Benfica lança “fan token” na mesma plataforma da Seleção, sem dar mais detalhes

"Fan tokens" do Benfica vão poder ser comprados e vendidos na plataforma Socios.com, a mesma que foi escolhida pela Federação para lançar o da Seleção. Porto optou pela Binance.

Dito e feito. O Benfica anunciou esta terça-feira que vai lançar um fan token, um tipo de criptoativo, na plataforma Socios.com, sem revelar mais detalhes. O anúncio, em comunicado, acontece num momento particularmente sensível para os ativos digitais, em que as criptomoedas e outros tokens têm dado que falar pelos prejuízos que estão a provocar a muitos investidores, bem como pelo colapso recente de uma criptomoeda popular.

O clube da Luz vai seguir o caminho desbravado no ano passado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), quando, em setembro, anunciou o lançamento do fan token da Seleção Nacional em parceria com a mesma plataforma. O token do Benfica deverá funcionar, por isso, de forma semelhante ao da FPF, podendo ser negociado livremente no mercado e dando alguns benefícios aos detentores.

Imagem promocional do “fan token” do Benfica, destacando Julian Weigl (à esquerda), Nicolás Otamendi (ao centro) e Gonçalo Ramos (à direita)Benfica e Socios.com

Na prática, um fan token é bastante semelhante a uma criptomoeda – a maior de todas é a bitcoin. A diferença é que os promotores destes projetos declaram, normalmente, que estes títulos são “utilitários” e não representam, por isso, ativos financeiros – nem ambicionam ser um meio de pagamento.

O token da Seleção confere aos adeptos titulares o direito a participarem em minijogos e outras ações promocionais, bem como a votar em certos inquéritos (por exemplo, que música “deve ser tocada no aquecimento” antes de um jogo). Além disso, quem compra tokens da Seleção fica exposto às subidas e descidas do preço dos mesmos, pelo que também podem ser usados para especular sobre o respetivo valor.

Num comunicado, Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica, afirma que o clube tem “estado muito atento aos ativos digitais”, um mercado que, para o gestor, tem tido bastante “influência” na indústria da bola. O responsável já tinha deixado escapar no final de maio que o Benfica estava a preparar-se para lançar um token.

Ao escolher este momento em particular, o Benfica mostra acreditar que a tendência dos criptoativos veio para ficar, ainda que a fuga ao risco por parte dos investidores tenha feito algumas criptomoedas afundarem perto de 80% desde o início do ano. Além de poder ser uma forma de angariação de capital, os clubes têm apostado que a tecnologia dos fan tokens pode ter um papel mais determinante na forma como os adeptos se relacionarão com os clubes no futuro.

O comunicado conjunto do Benfica e da Socios.com não especifica quantos tokens vão ser emitidos nem a que preço serão vendidos aos investidores iniciais. O ECO questionou fonte oficial da plataforma, que respondeu que estes “detalhes” serão “revelados em breve”.

Como acontece com o token da Seleção, para realizar uma compra, os adeptos têm de usar euros para adquirir unidades da criptomoeda da plataforma (chamada Chilliz). É, depois, com esta moeda virtual que podem adquirir os títulos do Benfica, que serão provavelmente cotados em Chilliz na app da Socios.com. Assim, para saber o valor dos tokens em euros é necessário calcular quantos euros vale uma unidade de Chilliz e quantos Chilliz vale um token do Benfica (a plataforma apresenta uma estimativa).

Capital em risco

Tal como acontece com a maioria dos criptoativos, os investidores correm o risco de perder todo o valor usado para adquirir estes tokens. Uma hipótese que não é remota, tendo em conta que o token da Seleção cotava esta segunda-feira nos 4,35 Chilliz, o equivalente a cerca de 53 cêntimos, uma desvalorização de 73,5% face aos dois euros a que cada um foi vendido inicialmente.

Além da Seleção, o Porto também anunciou no final do ano passado o lançamento do seu próprio fan token em parceria com a Binance, uma corretora de criptomoedas. O valor do token do Porto tem seguido a mesma tendência do token da Seleção.

A perspetiva de subida das taxas de juro na Zona Euro (que já se iniciou nos EUA) tem espoletado uma fuga ao risco, castigando os mercados financeiros e, por arrasto, as criptomoedas. Mas o novo ciclo económico também tem exposto falhas nos modelos de funcionamento de alguns destes projetos.

No início de maio, uma “criptomoeda estável” (stablecoin) indexada ao valor do dólar colapsou, levando as poupanças dos fãs mais fervorosos. O The Wall Street Journal noticiou alguns casos concretos, como o de um médico norte-americano que perdeu todo o dinheiro da família e um jovem ucraniano que considerou tirar a própria vida após perder 90% do que tinha.

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Juros da dívida portuguesa a dez anos atingem os 2,5%

Ainda em dezembro de 2020 a taxa a dez anos era negativa. Um ano e meio depois, os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão nos 2,5%. É o valor mais elevado em cinco anos.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos atingiram na manhã desta terça-feira os 2,5%, o que não acontecia desde setembro de 2017, ou seja, há quase cinco anos, de acordo com os dados da Refinitiv/Reuters. Porém, neste momento, a taxa de juro de referências da República está a aliviar ligeiramente, mas continuam perto daquele patamar (2,497%).

Os juros de 2,5% agora “exigidos” pelos investidores no mercado secundário para comprar a dívida portuguesa contrastam completamente com o mínimo atingido nesta mesma maturidade em dezembro de 2020, com uma taxa negativa de 0,052%. O IGCP, a agência que gere a dívida pública, chegou mesmo a emitir no mercado primário dívida a dez anos com taxa negativa, algo inédito.

Contudo, desde então, a taxa de inflação acelerou significativamente, o que foi acentuado pela invasão russa na Ucrânia, e a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), em conjunto com a de outros bancos centrais, começou o processo de normalização. Mais recentemente, o BCE tornou claro que irá subir os juros em breve, acabando com a era dos juros negativos até setembro.

Evolução dos juros da dívida portuguesa a dez anos

Fonte: Refinitiv/Reuters.

A eventual subida dos juros diretores por parte do banco central da Zona Euro já está a ser antecipada nos mercados internacionais, refletindo-se desde logo nas cotações das obrigações soberanas no mercado secundário.

No caso de Portugal, as únicas taxas que ainda continuam negativas são nos prazos a três e seis meses. A um ano, os juros estão nos 0,3%.

Esta tendência de subida dos juros soberanos é transversal a todos os prazos e aos 19 países da Zona Euro.

No caso da Alemanha, que serve de referência para efeitos de comparação, os juros a dez anos tocaram nos 1,3%, um máximo de 2014.

Em Espanha, os juros a dez anos estão ligeiramente abaixo dos de Portugal, nos 2,4%, máximos de agosto de 2014. Já os juros italianos a dez anos negoceiam nos 3,4%.

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Caixa Geral de Depósitos avança com nova emissão de dívida verde

  • ECO
  • 7 Junho 2022

Embora não se seja conhecido o valor do montante pretendido, sabe-se que o "guidance" inicial aponta para um prémio de 140 pontos.

O banco liderado por Paulo Macedo avançou esta terça-feira com uma nova emissão de dívida verde.

De acordo com a notícia avançada pela Bloomberg, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pretende colocar títulos a quatro anos junto de investidores institucionais.

Embora não tenham sido avançadas informações quanto ao montante pretendido, a agência sabe que está a decorrer a emissão de green bonds séniores preferenciais com maturidade a 15 de junho de 2026. O montante captado deverá ser utilizado pelo banco para financiar ou refinanciar projetos verdes elegíveis.

Segundo o jornal, o “guidance” inicial aponta para um prémio de 140 pontos base face à taxa mid-swap do euro com a mesma maturidade, que negoceia nos 1,64%. No entanto, o juro final só será fixado com o fim da operação e consoante a procura.

A CGD, o Commerzbank (B&D), o Crédit Suisse, o JP Morgan e o Sociéte Generale são os bookrunners da emissão. As novas obrigações serão admitidas à negociação no Luxemburgo.

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UE alcança acordo provisório sobre lei que garante salários mínimos “adequados”

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

Conselho e PE acordaram que as atualizações dos salários mínimos terão lugar pelo menos de 2 em 2 anos, ou, no máximo, de 4 em 4 anos para os países que utilizam um mecanismo de indexação automática.

Os negociadores do Parlamento Europeu e do Conselho (Estados-membros) chegaram esta terça-feira a um acordo provisório em torno da proposta de lei sobre “salários mínimos adequados” na União Europeia (UE), que respeita “a diversidade dos modelos nacionais” dos 27.

O grande objetivo desta legislação, proposta pela Comissão Europeia em 2020, é “assegurar que os salários mínimos em todos os países da UE proporcionem um nível de vida decente aos trabalhadores”, devendo cada Estado-membro avaliar se o seu salário mínimo legal existente – ou seja, o salário mais baixo permitido por lei – é suficiente para garantir “um nível de vida decente, tendo em conta as suas próprias condições socioeconómicas, poder de compra ou níveis nacionais de produtividade e desenvolvimento a longo prazo”.

Em comunicado, o Conselho da UE sublinha que a diretiva (lei comunitária) “estabelece procedimentos para a adequação dos salários mínimos legais, promove a negociação coletiva em matéria de fixação de salários e reforça o acesso efetivo à proteção do salário mínimo para os trabalhadores que têm direito a um salário mínimo ao abrigo da legislação nacional, por exemplo, através de um salário mínimo obrigatório ou de acordos coletivos”.

De acordo com a atual presidência francesa do Conselho, “os Estados-membros com salários mínimos legais são convidados a criar um quadro processual para estabelecer e atualizar estes salários mínimos de acordo com um conjunto de critérios claros”.

“O Conselho e o Parlamento Europeu acordaram que as atualizações dos salários mínimos legais terão lugar pelo menos de dois em dois anos, ou, no máximo, de quatro em quatro anos para os países que utilizam um mecanismo de indexação automática”, e “os parceiros sociais terão de ser envolvidos nos procedimentos de fixação e atualização dos salários mínimos obrigatórios”.

A proposta de lei estabelece ainda que “os Estados-membros onde a mão-de-obra protegida por um acordo coletivo seja inferior a 80% terão de criar um plano de ação para aumentar progressivamente esta cobertura”.

O Conselho sublinha que a nova legislação, uma vez adotada, “promoverá a adequação dos salários mínimos legais e ajudará assim a alcançar condições de trabalho e de vida dignas para os trabalhadores europeus”.

O compromisso alcançado durante a madrugada entre os representantes do Conselho e do Parlamento foi já saudado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que apresentará esta proposta em outubro de 2020.

“A UE cumpriu a sua promessa. As novas regras sobre salários mínimos protegerão a dignidade do trabalho e garantirão que o trabalho seja compensador. Tudo isto será feito no pleno respeito das tradições nacionais e da autonomia dos parceiros sociais”, declarou a presidente do executivo comunitário.

A adoção de legislação comunitária para garantir salários mínimos adequados em toda a UE foi também uma das prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano passado, e estava contemplada no plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, adotado há cerca de um ano na cimeira do Porto.

O Pilar Social é um texto não vinculativo para promover estes direitos na Europa e no qual, além de outras questões, é feita uma referência à remuneração, defendendo que “os trabalhadores têm direito a um salário justo que lhes garanta um nível de vida decente”.

Em outubro de 2020, a Comissão Europeia apresentou uma proposta legislativa sobre os salários mínimos europeus, mas admitiu dificuldades nas negociações no Conselho, razão pela qual assegurou não querer impor valores aos países, mas antes indicadores para garantir uma qualidade de vida decente aos trabalhadores.

Os tratados reconhecem a competência de cada Estado-membro na fixação de salários, mas a Comissão recorreu a uma interpretação flexível que integra o salário nas condições de trabalho.

Atualmente, 21 Estados-membros têm um salário mínimo definido por lei, enquanto nos restantes seis – Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia – tal só existe através de negociação coletiva.

Nos países onde existem, os salários mínimos mensais variam entre 332 euros na Bulgária e 2.202 euros no Luxemburgo. Uma vez formalmente adotada esta diretiva – o que deverá agora suceder numa questão de dias -, os Estados-membros terão dois anos para a transpor para o direito nacional.

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Edição de Junho da Advocatus. Veja a revista com um novo design

  • ADVOCATUS
  • 7 Junho 2022

Na Advocatus de junho pode ler o balanço da Summit Lisboa, uma entrevista ao sócio da Morais Leitão, Gonçalo Machado Borges, e ainda todos os pormenores da sociedade do mês, Pinto Ribeiro.

Após quatro edições em Lisboa e duas no Porto, a Advocatus Summit esteve de regresso à capital. Este ano o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia foi em formato híbrido – presencial e digital e contou com o patrocínio da Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES, Vieira de Almeida e da Moneris.

Em debate estiveram os temas “Crescimento da economia e competitividade para o Portugal do pós pandemia”, “Agribusiness em Portugal: tendências e perspetivas de investimento”, “Financiamento sustentável: novos desenvolvimentos”, “Criptoativos: da fiscalidade à regulação”, “As Novas Formas de Trabalho nas sociedades de advogados”, “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”, “Desafios da nova Lei de Bases do Clima”, “NFTs e Criptoarte”, “ESG: Taxonomia e os Atos Delegados do Clima”, “Licenciamento urbanístico – necessariamente uma dor de cabeça?”, “Controle externo e riscos na gestão de fundos europeus”, “Imobiliário: as novas tendências de investimento”, “Whistleblowing: novas obrigações das empresas” e “A emergência dos ativos digitais”.

Advocatus Summit em Lisboa - 12MAI22
(Da esquerda para a direita): Fernando Medina, ministro das Finanças, e Maria João Ricou, managing partner da CuatrecasasHenrique Casinhas/ECO

Logo no primeiro dia do evento, 12 managing partners dos escritórios patrocinadores, um sócio da Morais Leitão e ainda o ministro das Finanças, Fernando Medina, que foram recebidos pelo publisher do ECO, António Costa, o diretor-geral Paulo Padrão e a diretora Executiva da Advocatus, Filipa Ambrósio de Sousa. Orçamento do Estado, regime da transparência fiscal dos advogados, a situação na Ucrânia, a posição da União Europeia, as relações económicas com a China e ainda o aumento ou descida de impostos foram alguns dos temas debatidos.

Diogo Pereira Duarte é o advogado do mês desta edição. O sócio da Abreu Advogados contou como recebeu o convite para integrar o Grupo de Contacto com o Mercado sobre o Euro Digital. Sobre a recente promoção a sócio do escritório, o advogado considera que representa o “reconhecimento de mérito profissional” e a “forte aposta” da firma nas áreas de Fintech e cripto-ativos, web 3, ESG no setor financeiro, em especial com recurso a tecnologia.

Diogo Pereira DuarteHugo Amaral/ECO

Nesta edição a Advocatus esteve à conversa com o sócio Gonçalo Machado Borges, da Morais Leitão, sobre as implicações reais da Lei dos Serviços Digitais (DSA) e da Lei dos Mercados Digitais (DMA).

André Miranda e João André Antunes, sócios da Pinto Ribeiro Advogados, estiveram à conversa com a Advocatus e fizeram um balanço dos quatro anos de atividade. Defendem os “advogados curiosos” e assumem que a “qualidade”, “inovação” e “competência” são predicados essenciais na profissão. Considerando o escritório já full-service, os sócios sublinham que a identificação de talento e a sua retenção são a batalha constante da firma. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

André Miranda e João André Antunes, sócios e administradores executivos da Pinto Ribeiro AdvogadosHugo Amaral/ECO

A Cuatrecasas assessorou juridicamente o Bison Bank na obtenção do registo da Bison Digital Assets para atividades com ativos virtuais junto do Banco de Portugal. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 137.ª edição.

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Nas notícias lá fora: PwC, Apple e Abramovich

  • ECO
  • 7 Junho 2022

No plano empresarial, a PwC foi multada em cerca de cinco milhões de libras por falhas em duas auditorias, enquanto que a Apple vai começar a oferecer a opção "compre agora, pague mais tarde".

Barómetro de consumo da Cetelem revela que a taxa de poupança retomou os níveis pré-pandemia em Espanha. No plano empresarial, consultora PwC foi multada em cerca de cinco milhões de libras pelo regulador britânico por falhas em duas auditorias, enquanto a Apple vai começar a oferecer a opção “compre agora, pague mais tarde”. EUA apreendem dois aviões do oligarca russo Roman Abramovich.

El Economista

Espanhóis recuperam taxa de poupança pré-pandemia

O barómetro de consumo da Cetelem para maio de 2022 realizado em Espanha mostra que os consumidores estão confiantes de que esta situação será ultrapassada, seja a invasão russa na Ucrânia, a aceleração da taxa de inflação para valores não vistos há décadas ou ainda a escassez de certas matérias-primas. Segundo o El Economista, o que mais ressalta deste barómetro é a recuperação dos níveis de poupança prévios ao início da pandemia. Em maio, cerca de metade dos inquiridos, 47,9%, afirmaram ter tido uma taxa de poupança quatro pontos acima do mês de abril. A intenção de manter esse nível de poupança nos próximos meses também abrange mais espanhóis do que em momentos anteriores.

Leia a notícia no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Bloomberg

PwC multa em cinco milhões de libras por falhas em duas auditorias a construtoras

A consultora PwC foi multada em cerca de cinco milhões de libras (cerca de 5,84 milhões de euros à taxa de câmbio atual) pelo regulador britânico por falhas em duas auditorias às construtoras Kier e Galliford Try. O FRC alegam que a consultora britânica e o seu parceiro Jonathan Hook falharam em vários requisitos relevantes, incluindo na identificação e correção dos proveitos e cash flow da Kier relacionados com a apresentação de resultados referentes ao exercício financeiro de 2017. Ainda assim, o regulador não acredita que estas falhas tenham sido intencionais, desonestas ou imprudentes e sublinha que tanto a PwC como a Jonathan Hook cooperaram na investigação.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Apple desafia Klarna com opção “compre agora, pague mais tarde”

A gigante tecnológica norte-americana vai começar a oferecer a opção “compre agora, pague mais tarde”, desafiando empresas como a sueca Klarna, que recentemente chegou a Portugal, ou a Affirm. Estas fintechs já estão a ser pressionadas pelos investidores, pelo crescimento económico mais lento e pelo aumento das taxas de juro. Agora vão ser pressionadas pela Apple, cujos produtos lhes dão acesso direto a milhares de milhões de consumidores. A revelação foi feita esta segunda-feira numa conferência tecnológica: o Apple Pay Later permitirá, para já nos Estados Unidos, que os consumidores paguem em quatro prestações durante seis meses sem nenhum custo adicional (juros ou outras comissões).

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Guardian

Financiamento para desastres climáticos disparou 800% nos últimos 20 anos

O financiamento destinado pela ONU para cobrir desastres climáticos disparou 800% em 20 anos, segundo o novo relatório da Oxfam. Contudo, apenas cerca de metade dos fundos necessários para este fim estão a ser fornecidos por países de altos rendimentos. Só no ano passado, a entidade estima que tenham sido gastos 329 mil milhões de dólares para fazer face aos desastres climáticos, como a seca, inundações ou incêndios florestais, o que representa o terceiro valor mais elevado de sempre e quase o dobro do montante total concedido pelos países doadores.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

EUA apreendem dois aviões do oligarca russo Abramovich

Um tribunal de Manhattan emitiu na segunda-feira um mandado para apreender dois aviões de luxo do oligarca russo com passaporte português, Roman Abramovich. As autoridades norte-americanas consideram que os aviões foram utilizados numa altura em que já vigoravam as sanções impostas à Rússia, após a invasão à Ucrânia. Em causa está um Boeing 787-8 Dreamliner e um jato Gulfstream, sendo que os dois aparelhos estão avaliados em mais de 400 milhões de dólares.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Bruxelas vai votar pacote de medidas ambientais com metas reforçadas

O pacote de medidas ambientais que visa acelerar a descarbonização e reduzir as emissões em 55% até 2030 vai estar em debate esta terça-feira no Parlamento Europeu, e serão votadas no dia seguinte.

O pacote mais ambicioso de medidas que visam acelerar a descarbonização e transição energética no bloco europeu vai estar em debate esta terça-feira no Parlamento Europeu.

As propostas – que variam desde o imposto sobre as emissões de carbono ao impulso sobre as energias renováveis – prometem um debate de algumas horas e centenas de emendas. Caso sejam aprovadas, as medidas terão impacto no dia-a-dia dos europeus e das empresas, desde a como consomem, se deslocam e até ao recurso de materiais mais poluentes como o cimento, fertilizantes ou metal.

O Fit for 55 vai alinhar as nossas leis com a nossa ambição. Vamos fortalecer o Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia, atualizar a Diretiva de Tributação de Energia e propor novos padrões de CO2 [dióxido de carbono] para carros, novos padrões de eficiência energética para edifícios, novas metas para energias renováveis e novas formas de apoiar as energias limpas e infraestrutura para transporte limpo”, explicou o Vice-Presidente da Comissão Europeia e o chefe do Pacto Ecológico Europeu (Green New Deal), Frans Timmermans, em maio.

O que está incluído no pacote?

As medidas apresentadas, no ano passado, pelo Conselho Europeu, debatidas esta terça-feira e votadas esta quarta-feira pelos eurodeputados, incluem um conjunto de propostas legislativas e iniciativas políticas desde o ambiente à energia ou transportes, tal como adianta o documento de Bruxelas.

Emissões e transportes

Em cima da mesa estará o Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia (ETS, em inglês ou CELE em português), que propõe um conjunto abrangente de alterações ao atual programa de emissões poluentes. A sugestão deverá resultar numa redução global das emissões em 61% até 2030, comparativamente a 2005, nos setores responsáveis por cerca de 45% das emissões de gases com efeito estufa (GEE) na União Europeia. São eles os responsáveis pela queima de combustíveis, a refinação de óleos minerais, a metalurgia, a produção de clínquer, cal e vidro, a cerâmica, a pasta e papel, os químicos e a aviação. A proposta a ser debatida prevê que também passem a ser abrangidos os transportes aéreos, marítimos e terrestres e ainda os alojamentos.

Ainda no âmbito dos transportes, destaque para a iniciativa de Combustíveis Sustentáveis para a Aviação (CORSIA, em inglês), que quer passar a incluir os biocombustíveis avançados e eletrocombustíveis no mix energético deste setor, promovendo a sua exploração.

Já para os transportes marítimos, os eurodeputados irão discutir a proposta relativa à utilização de combustíveis renováveis e hipocarbónicos de forma a acelerar a redução de combustíveis fósseis que continuam a prevalecer no setor. Com esta medida, antecipa-se uma redução de 75% da intensidade das emissões de gases com efeito de estufa proveniente da energia utilizada a bordo dos navios, promovendo a utilização de combustíveis mais ecológicos.

Outra das medidas mais sonantes, é a proposta relativa às emissões de dióxido de carbono (CO2) dos automóveis de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros. A proposta introduz metas de redução ambiciosas a nível europeu e fixa uma nova meta de 100% para 2035. Na prática, tal implica que, a partir de 2035, deixará de ser possível colocar no mercado na União Europeia (UE) automóveis ou veículos comerciais ligeiros com motor de combustão interna.

Já o Mecanismo de Ajuste de Carbono Fronteiriço, (CBAM, em inglês) pretende, entre outros objetivos, estabelecer um imposto sobre o carbono nos produtos importados, a fim de proteger as empresas europeias que têm de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030. O mecanismo deverá abranger o aço, o cimento, fertilizantes, alumínio e eletricidade.

Energia e gestão de solos

O pacote inclui também uma nova meta de redução das emissões dos Estados-membros, ou o Regulamento Partilha de Esforços, para setores não abrangidos pelo CELE, nem pelo Regulamento Relativo ao Uso do solo. Assim, a proposta eleva a meta de redução das emissões da UE, nesses setores, de 29% para 40%, até 2030, em comparação com 2005, e atualiza os objetivos nacionais em conformidade.

Ainda no âmbito da gestão dos solos, os eurodeputados vão discutir novas medidas de gestão de emissões e remoção de gases resultantes do uso do solo e da floresta, entre elas, uma meta de remoções líquidas de gases com efeito de estufa de, pelo menos, 310 milhões de toneladas de equivalente CO2 até 2030, que é repartida entre os estados-membros a título vinculativo.

E, como a energia não podia faltar ao debate, o Fit for 55 propõe também aumentar a atual meta a nível da União Europeia de 32% de energia de fontes renováveis no mix energético total para, pelo menos, 40 % até 2030. Além disso, propõe também a introdução ou o reforço de objetivos para aqueles setores que até à data registaram progressos mais lentos na integração das energias renováveis, nomeadamente nos domínios dos transportes, dos edifícios e da indústria.

Também a nível da energia, os eurodeputados vão avaliar a proposta de revisão da atual Diretiva Eficiência Energética do executivo comunitário, e que defende o aumento da meta de eficiência energética da UE de 32,5% para 36% em relação ao consumo final de energia e para 39 % em relação ao consumo de energia primária.

Destaque ainda para o Fundo Social para a Ação Climática, o qual visa apoiar os cidadãos da União Europeia mais afetados ou em risco de pobreza energética ou de mobilidade. O fundo concederá um financiamento de 72.200 milhões de euros durante 7 anos, para a renovação de habitações e edifícios que utilizem mais energias renováveis e sejam mais eficientes do ponto de vista energético.

“Vão haver muitas dificuldades em alcançar as metas”

Ainda que muitos considerem o pacote ambicioso e levante algumas preocupações a nível das exigências que uma transição energética implica, para a associação ambiental Zero é importante destacar um aspeto: os objetivos são insuficientes.

“O nível de ambição advogado não representa uma proporção justa daquilo que deveriam ser os esforços da União Europeia no sentido de cumprir o Acordo de Paris e limitar o aumento global da temperatura a 1,5°C até ao final do século”, explica ao ECO/Capital Verde o dirigente da organização, Francisco Ferreira que, apesar das críticas, reconhece o valor de algumas propostas.

“O CELE para edifícios e transportes é um dos dossiers mais contenciosos, já que tem uma vertente de justiça social subjacente que poderá, dependendo da direção dos votos, ser progressiva ou regressiva”, explica. “É essencial garantir que os custos não sejam passados para os consumidores e que não sejam as famílias mais necessitadas a pagar o preço da poluição das grandes companhias petrolífera”, continua.

Já para o Vogal da direção nacional da Quercus não existem dúvidas: as metas propostas e debatidas, se aprovadas, não vão ser facilmente implementadas. E parte disso deve-se ao conflito militar na Ucrânia.

“Sem querer ser pessimista, creio que vão haver muitas dificuldades em alcançar as metas para 2030, precisamente se não conseguirmos, muito rapidamente, encontrar uma solução para a guerra que existe neste momento”, considerou ao ECO/Capital Verde Carlos Moura, acrescentando que o conflito “não será vantajoso, de maneira nenhuma, para os objetivos de controlar as emissões em 55% até 2030”.

Uma das medidas que abarca mais dificuldades são aquelas que criam obstáculos na relação entre a Rússia e a União Europeia, nomeadamente, aquela que visa aplicar imposto sobre as importações de materiais mais poluentes, uma vez que Moscovo é um dos principais fornecedores.

“Para haver um acordo nesse valor teria que haver uma cooperação mais profunda entre os vários países, nomeadamente, os produtores”, explicou o responsável, repetindo que a atual conjuntura vai dificultar qualquer tipo de avanço nesse sentido.

Para o responsável, as propostas “não são propriamente novidades” e são dificuldades que já tinham sido identificadas mas que “foram arrastadas no tempo sem que fossem tomadas medidas. Temo que qualquer medida tomada já seja um pouco tardia”, frisou.

 

 

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Miguel Albuquerque quer IRC de 4,5% na Zona Franca de Madeira

  • ECO
  • 7 Junho 2022

A intenção de Albuquerque é que, à semelhança do que acontece nos Países Baixos, Luxemburgo e Malta, a Madeira seja capaz de atrair grandes empresas, em particular as do setor tecnológico e digital.

O presidente do Governo Regional da Madeira revela esta terça-feira em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) que quer reduzir de 5% para 4,5% o IRC cobrado às empresas registadas na Zona Franca da Madeira, no próximo regime legal e fiscal que terá de ser negociado com a Comissão Europeia para o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM). Para já, com o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), as empresas ficam com via verde para aderir à Zona Euro até ao final de 2023.

Quando baixamos o IRC recebemos mais porque as pessoas pagam com mais facilidade”, argumenta Miguel Albuquerque, assinalando que, por outro lado, “quando o regime fiscal é muito alto, as Finanças têm mais dificuldade em cobrar”. Para o presidente do Governo Regional da Madeira, “o CINM deve ser entendido de uma vez por todas como uma zona de baixa fiscalidade, mas sobretudo como uma oportunidade de internacionalização da economia portuguesa”.

A intenção de Albuquerque é que, à semelhança do que acontece nos Países Baixos, Luxemburgo e Malta, a Madeira seja capaz de atrair grandes empresas, em particular as do setor tecnológico e digital. “Pela primeira vez até agora, através da transição da economia digital, Portugal não fica dependente, nem fica sujeito às injunções e às desvantagens do seu posicionamento físico“, considera o social-democrata, fixando o objetivo de que a economia digital tenha um maior peso do que o turismo no futuro.

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Galp Energia sobe mais de 1,5% e PSI continua no verde

Contrariando a tendência negativa das bolsas europeias neste arranque da negociação, o PSI mantém-se em terreno positivo com a ajuda da subida das ações da Galp Energia.

No arranque da negociação desta terça-feira, o PSI valoriza 0,27% para os 6.290,28 pontos, subindo pela terceira sessão consecutiva. A praça lisboeta consegue assim contrariar a tendência negativa das bolsas europeias no início desta nova sessão.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 0,35%. O alemão DAX cede 0,56%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,39%, o espanhol IBEX perde 0,3% e o britânico FTSE100 encolhe 0,1%.

Em Lisboa, a maior parte das cotadas do PSI está a valorizar, com três cotadas inalteradas e mais três a negociar em baixa.

Nas subidas, o destaque vai para a Galp Energia cujas ações sobem 1,68% para os 12,42 euros, negociando perto dos valores a que a empresa cotava antes da pandemia. Esta subida acontece num dia em que o petróleo está em alta por causa do alívio de restrições Covid-19 na China e a oferta sob pressão.

Ainda nas cotadas em alta, a Nos valoriza 1,01% para os 3,98 euros, a Mota Engil soma 0,9% para os 1,34 euros e a Semapa ganha 0,78% para os 15,5 euros.

A travar maiores ganhos no PSI está a EDP Renováveis com uma desvalorização de 0,17% para os 23,07 euros, a Jerónimo Martins com uma queda de 0,16% para os 18,89 euros e a Altri com um deslize de 0,08% para os 6,19 euros.

Os CTT, a Greenvolt e a Ren são as cotadas inalteradas no arranque da sessão desta terça-feira.

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Ministra da Coesão diz que há “limites orçamentais” na descentralização

  • ECO
  • 7 Junho 2022

Ana Abrunhosa adianta que está a ser negociado um aumento do preço das refeições escolares pago às câmara municipais, com o Governo a "propor um valor intermédio de 2,75 euros".

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, alerta, em entrevista ao Público (acesso condiciondo), que “há limites orçamentais”, pelo que não é possível, “com a descentralização, passar de oito para 80 num mês” em termos dos recursos financeiros.

Nos últimos tempos tem-se verificado um pedido para, de repente, aumentar os valores de manutenção como se não tivéssemos limites orçamentais”, afirma a ministra, argumentando que já fez um “um grande esforço”, dando o exemplo do aumento do preço das refeições escolares pago às câmara. Os municípios pedem três euros por refeição, mas a proposta do Executivo é de 2,75 euros, face aos atuais 2,5 euros. “O valor tem de ser aumentado, mas ainda não nos aproximámos dos três euros, que achamos que pode ser perigoso. Tememos que, ao acompanhar o valor dos três euros, estejamos a alimentar uma tendência inflacionista”, explicou a ministra da Coesão.

Quanto ao Porto, com Rui Moreira a colocar-se à parte da negociação com a saída da ANMP, Ana Abrunhosa diz que “aplicar-se-á o que for aplicado aos outros municípios”. Questionada sobre se haverá alguma cedência, a ministra responde com uma pergunta: “Que mensagem é que passaríamos aos outros 307? Ontem o senhor primeiro-ministro foi bem claro e transmitiu a posição do Governo: a negociação faz-se com a ANMP naquilo que são as questões transversais. Depois dialogamos com os municípios”.

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Maior vulnerabilidade da Europa é a energia, diz Costa

  • ECO
  • 7 Junho 2022

À chegada a Paris, António Costa destacou que a guerra demonstrou que a "maior fragilidade da Europa" é a energia e que este é um momento de "afirmação" do bloco.

À chegada a Paris para um encontro com o Presidente francês, o primeiro-ministro português destacou que a invasão russa à Ucrânia representa “um momento de afirmação para a Europa”, mas também demonstrou algumas fragilidades do bloco, nomeadamente no que toca à defesa e energia.

“A maior vulnerabilidade da Europa do ponto de vista de segurança tem um nome: energia”, elencou António Costa, acrescentando que o conflito deve “dar-nos novas forças para acelerar todo este processo de transição energética”, para que a Europa se torne “autónoma e independente”.

As cidades de Severodonetsk e Lysychansk “são cidades mortas”. A afirmação é do Presidente ucraniano, num momento em que as duas cidades gémeas do Donbas sofrem o peso total da força invasora russa. É em Severodonetsk que os combates são mais intensos, com relatos de combates de rua e informações contraditórias sobre quem controla a cidade.

Na frente económica as sanções traduzem-se numa quebra das receitas russas com exportação de petróleo ainda que a venda de crude por via marítima esteja em máximos. Nos mercados internacionais o petróleo continua a subir alimentado pelos receios de escassez de oferta agora que a China já voltou a abrir depois de semanas de confinamento para travar a progressão da pandemia de Covid-19.

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Hoje nas notícias: Hotéis, Zona Franca e descentralização

  • ECO
  • 7 Junho 2022

O setor da hotelaria quer uma via verde legal para a contratação de imigrantes. Na Madeira, o Governo Regional quer reduzir mais o IRC no próximo regime da Zona Franca.

O processo de descentralização das competências do Estado central para as autarquias continua a dar que falar nas capas dos jornais desta terça-feira. Em entrevista ao Público, a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, alerta para os “limites orçamentais” que o país enfrenta e esclarece que o Porto, apesar de ter saído das negociações, vai ter as mesmas condições dos restantes municípios. Nota ainda para Luís Montenegro que quer Carlos Moedas na sua equipa do PSD e os incidentes de cibersegurança que triplicaram nos últimos três anos.

Hotelaria pede via verde na imigração para contratar 15 mil pessoas em falta

Com 15 mil trabalhadores em falta, os hotéis estão para já a recorrer às horas extraordinárias para compensar, mas pedem que haja uma via verde legal na imigração para resolver a situação. No total, há 45 mil trabalhadores em falta no setor do turismo, dos quais 15 mil na hotelaria. Além dos acordos de mobilidade já firmados com países como a Índia e Marrocos, o Governo está também a trabalhar em alternativas como a Tunísia, a Moldávia, o Uzbequistão, a Geórgia ou as Filipinas. A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) quer que, além da facilidade na contratação de estrangeiros, haja uma redução dos impostos.

Leia a notícia completa no Diário da Notícias (acesso pago)

Miguel Albuquerque quer IRC de 4,5% na Zona Franca de Madeira

O presidente do Governo Regional da Madeira quer reduzir de 5% para 4,5% o IRC cobrado às empresas registadas na Zona Franca da Madeira, no próximo regime legal e fiscal a ser negociado com a Comissão Europeia para o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM). “Quando baixamos o IRC recebemos mais porque as pessoas pagam com mais facilidade”, argumenta Miguel Albuquerque, assinalando que, por outro lado, “quando o regime fiscal é muito alto, as finanças têm mais dificuldade em cobrar”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ministra da Coesão diz que há “limites orçamentais” na descentralização

A ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, alerta que não é possível, “com a descentralização, passar de oito para 80 num mês” em termos dos recursos financeiros. “Nos últimos tempos tem-se verificado um pedido para, de repente, aumentar os valores de manutenção como se não tivéssemos limites orçamentais”, afirma a ministra, argumentando que já fez um “um grande esforço”, dando o exemplo do aumento do preço das refeições escolares para 2,75 euros que está a ser a negociado com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Quanto ao Porto, com Rui Moreira a colocar-se à parte da negociação com a saída da ANMP, a ministra diz que “aplicar-se-á o que for aplicado aos outros municípios”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Luís Montenegro quer Carlos Moedas na sua equipa

O novo líder do PSD, Luís Montenegro, tenciona convencer o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a encabeçar a lista para o Conselho Nacional dos sociais-democratas. Paulo Rangel também é uma opção para o lugar. Para secretário-geral do partido tudo aponta para Hugo Soares. Em alternativa, circula o nome de António Leitão Amaro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

​Incidentes de cibersegurança triplicam em três anos

A falta de literacia digital, acompanhada pela maior utilização das ferramentas digitais por causa do teletrabalho e a pandemia, está a levar a um aumento dos incidentes de cibersegurança em Portugal. De acordo com o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Lino Santos, o aumento em apenas três anos foi de 114%, o que significa que os incidentes mais do que triplicaram neste espaço curto de tempo. A iliteracia digital leva a que 54% dos incidentes tenham como vetor inicial de ataque o fator humano. “O simples clicar pode criar dano automático na empresa se o dispositivo tiver uma vulnerabilidade que é explorada logo pelo atacante”, alerta Lino Santos.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

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