Chuvas causaram 91 mortes no estado brasileiro de Pernambuco

  • Lusa
  • 30 Maio 2022

As inundações desalojaram ainda 5.000 pessoas de suas casas. O Governo brasileiro anunciou que disponibilizará ajuda financeira aos municípios que declararam estado de emergência.

Fortes chuvas que caíram na região metropolitana do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco, provocarem até o momento 91 vítimas mortais, segundo dados atualizados esta segunda pelo Centro Integrado de Comando e Controlo Regional (CICCR) do estado.

As autoridades brasileiras informaram também que equipas de resgate locais e do Governo Federal ainda fazem buscas para encontrar 26 pessoas desaparecidas, de acordo com um comunicado oficial. O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sobrevoou esta segunda a área afetada nas cidades de Recife e Jaboatão dos Guararapes, e justificou aos jornalistas que não foi possível o helicóptero pousar devido ao solo encharcado.

Bolsonaro também observou que o país passou recentemente por desastres semelhantes nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e em Minas Gerais. “Infelizmente, essas catástrofes acontecem em um país continental como o Brasil”, disse Bolsonaro. “Estamos todos obviamente tristes. Manifestamos nossa solidariedade aos familiares. Nosso objetivo maior é confortar as famílias e também, com meios materiais, atender à população”, acrescentou.

O Governo brasileiro anunciou que disponibilizará ajuda financeira aos municípios que declararam estado de emergência e as pessoas que tiveram casas e negócios afetadas pelas águas das chuvas.

Especialistas dizem que as mudanças climáticas contribuem para chuvas mais intensas, e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) classificou a região metropolitana de Recife como uma das zonas mais vulneráveis ​​do mundo.

Recife e cidades vizinhas formam uma grande região metropolitana de baixa altitude situada no delta de três rios, com várzeas e uma rede de dezenas de canais onde vivem cerca de quatro milhões de pessoas. Em março, Recife tornou-se na primeira cidade latino-americana a se inscrever para participar num programa que criará um seguro contra desastres climáticos criado por uma rede de governos locais e regionais e financiado pelo banco de desenvolvimento alemão KfW.

As autoridades de Defesa Civil de Pernambuco disseram que as inundações desalojaram 5.000 pessoas de suas casas e reforçou seu alerta sobre o risco ainda alto de deslizamentos de terra. A chuva continua na região, embora com menor intensidade.

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Aon e Multicare vão apoiar prémio a empresas com melhores práticas de saúde e bem-estar

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2022

Projeto da Workwell em parceria com associação AGIS, as empresas vencedoras da 1ª edição dos Wellbeing Awards serão conhecidas no próximo dia 8 de junho.

A Workwell, empresa especializada em programas de bem-estar nas organizações, e a AGIS – Associação para a Gestão e Inovação em Saúde, associação dedicada a qualidade de vida, saúde e bem-estar das populações e dos cidadãos, vão anunciar as empresas vencedoras da 1ª edição dos “Wellbeing Awards”, um projeto que tem apoio oficial da Aon Portugal, corretora de seguros e consultora de risco, e da Multicare, marca do grupo Fidelidade no setor dos seguros de Saúde.

Com este prémio “queremos distinguir as empresas que melhor o fazem através da implementação de programas, políticas e estratégias de people first,” explica Tiago Santos, CEO da Workwell.

O júri do concurso avaliou mais de 100 candidaturas e já selecionou os finalistas para as categorias Healthiest Company, prémio para a organização com colaboradores mais saudáveis, e Best Wellbeing Program, prémio para o melhor programa de qualidade de vida e bem-estar corporativo.

Os vencedores serão conhecidos próximo dia 8 de junho. Os Wellbeing Awards têm objetivo de “premiar ações e programas desenvolvidos pelas organizações que promovem o bem-estar, a saúde e a felicidade dos seus colaboradores,” explica um comunicado da organização.

“Não quisemos deixar nenhuma das organizações de fora independentemente do número de colaboradores e agrupamos em três segmentos distintos,” acrescenta Tiago Santos. No total serão entregues seis prémios nas duas categorias referidas (Healthiest Company; Best Wellbeing Program) e dentro destas categorias são consideradas “Empresas até 250 colaboradores, Empresas entre 251 e 1000 colaboradores e Empresas com mais de 1001 colaboradores”. Em cada um dos segmentos (individualizados por nº de trabalhadores), as finalistas distribuem-se pelos mais variados setores.

Adicionalmente, a edição inaugural do programa inclui quatro prémios para “Best Physical Wellbeing Strategy, Best Mental/Emotional Wellbeing Strategy, Best Engagement and Communication, Best Leadership and Culture of Wellbeing“.

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Xangai vai aliviar medidas rigorosas de confinamento na quarta-feira

  • Lusa
  • 30 Maio 2022

Os residentes que vivem em zonas sem casos de covid-19 podem sair de casa. As empresas e os transportes públicos também voltam a funcionar no dia 1 de junho.

Os 25 milhões de residentes de Xangai vão poder circular em zonas sem casos de covid-19 a partir de quarta-feira, após dois meses de confinamento rigoroso, anunciaram esta segunda-feira as autoridades da capital financeira da China. A partir de quarta-feira, 1 de junho, os residentes que vivem em zonas sem casos de covid-19 poderão abandonar as suas casas, num dia em que as empresas e os transportes públicos também voltarão a funcionar.

De acordo com a agência noticiosa estatal Xinhua, citada pela agência espanhola EFE, a cidade do leste da China irá flexibilizar as restrições à entrada ou saída de edifícios residenciais, bem como ao tráfego rodoviário. “Ninguém deve impor restrições aos residentes que entram ou saem de complexos residenciais, exceto os que se encontram em áreas de médio e alto risco ou áreas sujeitas a uma liberdade de circulação limitada”, segundo um comunicado das autoridades locais de prevenção e controlo da covid-19.

De acordo com as autoridades, Xangai irá geralmente retomar os serviços de transportes públicos e táxis, e será permitida a circulação de automóveis particulares nas estradas, exceto nas áreas de médio e alto risco. O governo de Xangai já tinha anunciado um regresso gradual à normalidade a partir de quarta-feira, num processo que deverá estar concluído até ao final de junho.

Nos últimos dias, muitas áreas que tinham estado confinadas durante meses começaram a recuperar a liberdade total ou parcial, embora a grande maioria das lojas ainda estivesse fechada. No domingo, o governo municipal alargou de 48 para 72 horas o tempo máximo desde o último teste PCR com resultado negativo para utilizar transportes públicos ou aceder a outros locais, como os supermercados.

O rigoroso confinamento imposto à população de Xangai motivou protestos de muitos residentes devido a dificuldades no acesso a alimentos, perda de rendimentos e excesso de pessoas em centros de quarentena. As autoridades municipais também anunciaram hoje um plano de 50 medidas para revitalizar a economia local após dois meses de estrita contenção face ao pior surto de covid-19 na cidade desde o início da pandemia.

De acordo com a imprensa oficial, as medidas reduzirão a carga financeira das empresas e outros intervenientes no mercado em cerca de 300.000 milhões de yuan (mais de 41.930 milhões de euros, ao câmbio atual). Xangai registou 68 novas infeções de covid-19 no domingo, maioritariamente assintomáticas, muito longe do pico de quase 28.000 casos em meados de abril.

O ressurgimento da doença deveu-se à variante ómicron, altamente contagiosa, que pôs em causa em causa a estratégia “covid zero” com que a China enfrentou os surtos anteriores, através de confinamentos e testes em massa, além do encerramento quase total das fronteiras desde março de 2020.

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LaLiga é a competição nacional com mais títulos europeus

  • Servimedia
  • 30 Maio 2022

A liga espanhola é a competição nacional que tem mais títulos europeus no século XXI. Ao todo, são 32 os títulos conquistados pelas equipas da LaLiga desde o século passado.

Com o Real Madrid a ganhar o 14º título da Liga dos Campeões, a LaLiga tem agora 32 títulos europeus conquistados pelas suas equipas desde o início do século passado, sendo a competição nacional com mais títulos europeus do século XXI, noticia a Servimedia.

Estes 32 títulos ultrapassam em mais do dobro os títulos conquistados pelos clubes da Premier League, que ganharam 13 títulos nos últimos 20 anos. Mais atrás estão a Serie A italiana e a Bundesliga, com cinco títulos respetivamente, conquistados por equipas como a Inter, AC Milan, Bayern Munique e Eintracht Frankfurt.

Entretanto, a liga francesa, outra das principais ligas europeias, com o PSG e o Olympique Lyon, não conseguiu ganhar nenhum título continental nas últimas duas décadas.

Estes dados demonstram que, apesar do grande poder económico de algumas ligas, que investem quantias elevadas para ter os jogadores mais procurados no mercado, os clubes espanhóis da LaLiga, por sua vez, conseguiram um nível de competitividade mais forte em cada uma das competições organizadas pela UEFA, a nível continental.

Além dos 32 títulos europeus, as equipas espanholas desempenharam um papel de destaque em todas as competições ao longo deste século. Desde 2000, a Liga dos Campeões assistiu a três finais “espanholas”, com o Real Madrid, Atlético de Madrid e Valência como protagonistas.

Outras equipas como o Deportivo de La Coruña, Villareal e Sevilla também chegaram perto da glória da Liga dos Campeões em várias ocasiões. A equipa de La Coruña chegou à final em 2003/2004. Mais recentemente, o Villareal chegou duas vezes às meias-finais desta competição, em 2005/2006 contra o Arsenal, mas, nesta temporada, o Liverpool pôs fim às esperanças do Villareal ao eliminá-lo da Liga dos Campeões de Espanha.

Historial Europeu dos clubes LaLiga

O Real Madrid, com seis títulos na Liga dos Campeões e três Supertaças Europeias, lidera o ranking dos clubes espanhóis com os títulos mais continentais dos últimos 20 anos. Segue-se o Barcelona, que ganhou quatro títulos na Liga dos Campeões e três Supercopas Europeias nas últimas duas décadas.

Em terceiro lugar está o Sevilha que, em meados dos anos 2000, começou a coroar-se como rei da Liga Europa, vencendo-a seis vezes, bem como o título da Super Taça Europeia numa final em que venceu o Barcelona, em 2009.

Outras equipas espanholas que alcançaram sucesso continental nos últimos 20 anos foram o Atlético de Madrid, Valência e Villareal. De 2000 a 2022, o Atlético de Madrid ganhou três Ligas Europa e três Supercopas Europeias, o Valencia ganhou uma Liga Europa e uma Supercopa Europeia, e, na época passada, o Villareal ganhou a sua primeira Liga Europa ao vencer o Manchester United, um dos clubes de topo da Premier League.

Com o objetivo de reconhecer a competitividade dos seus clubes, a LaLiga lançou uma campanha em diferentes meios de comunicação e nos outdoors de algumas cidades espanholas com o slogan ‘Não é LaLiga, mas é como se fosse’, onde sublinha que não existe outra competição no velho continente tão competitiva como a espanhola.

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DBRS melhora tendência do rating da CGD para “positiva”

A agência de notação financeira DBRS/Morningstar manteve os ratings da Caixa Geral de Depósitos, mas subiu a perspetiva do banco público de "negativa" para "positiva".

A agência de notação financeira DBRS/Morningstar manteve os ratings da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas subiu a perspetiva do banco público para “positiva”, na sequência da “expectativa da consolidação dos progressos realizados em termos de redução do risco de balanço, bem como a manutenção de um bom controlo de custos”.

Em comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM) a instituição liderada por Paulo Macedo nota que a DBRS/Morningstar deixou inalterado o rating de longo prazo de “BBB”, o rating de curto prazo de R-2 (high) e o rating dos depósitos de longo e curto prazo em BBB (high) e R-1 (low), respetivamente, justificando esta decisão com “a posição de liderança da Caixa no mercado em Portugal, o seu sólido financiamento e capital, bem como a resiliência demonstrada durante a pandemia”.

“Uma subida de rating será provável se a Caixa for capaz de preservar a sua sólida posição de capital, manter o seu perfil de risco atual, bem como demonstrar um histórico adequado de resultados recorrentes”, lê-se.

Ainda assim, a agência de notação subiu a perspetiva do banco público de “negativa” para “positiva”, tendo em conta “a expectativa da consolidação dos progressos realizados em termos de redução do risco de balanço, bem como a manutenção de um bom controlo de custos” da CGD.

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Crédit Agricole quer a operação seguros do Banco BPM

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2022

Braço de seguros do grupo francês que detém a portuguesa Mudum, a CA Assurances quer estender a bancassurance a Itália. Allianz, Axa e Generali podem ter estado na corrida.

O grupo bancário francês CA, através do Crédit Agricole Italia, confirmou interesse na aquisição das atividades de seguros do italiano Banco bpm. Segundo Giampero Maioli, diretor-geral da filial do grupo francês,: “Há um processo em curso na área de bancassurance e estamos obviamente interessados. Demo-nos a conhecer e, por isso veremos quais as escolhas que o Banco Bpm fará, se se decide por um acordo externo ou se o mantém internamente. Ainda não sabemos isso,” avançou a agência Reuters citando declarações recolhidas num evento do jornal Corriere della Sera, em Milão.

Questionado sobre a existência de outros interessados no negócio de seguros do Banco Bpm, Maioli escudou-se: “não sei quantos são: é uma escolha do banco e nós não entramos na sua lógica. Tomámos nota e tentaremos oferecer, se houver uma hipótese, as melhores condições”. Segundo avançado na imprensa, Allianz, Axa e Generali entraram na corrida.

No início de abril, o Crédit Agricole anunciou aquisição de uma participação de 9,18% no Banco Bpm, tornando-se maior acionista individual da instituição italiana.

CA Assurances segue estratégia para crescer em linhas prioritárias

O Crédit Agricole Assurances (CA Assurances), a subsidiária de seguros do grupo financeiro francês, encerrou o primeiro trimestre com 11,2 mil milhões de euros em volume de negócio, apresentando crescimento homólogo de 5,8% no período. Assumindo como linhas de negócio prioritárias a proteção de pessoas e bens e as soluções de UC (unidades de conta) nos seguros de Vida, o grupo consolidou 2,1 mil milhões de euros (+6,7% em variação homóloga) no ramo não Vida, apontando crescimento de 16% em Itália.

No negócio poupança e reforma, a coleta bruta cresceu mais de 5%, totalizando 7,7 mil milhões de euros no trimestre, indicou a CA Assurances em comunicado.

 

 

 

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Encontro APS Dia 2: Desenhar seguros que promovam a cibersegurança

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2022

A jornada que encerrou o 18º Meeting APS reuniu plateia e convidados internacionais. Falou de humanizar algoritmos e lançou desafio de compensar clientes de seguros proativos em cibersegurança.

A digitalização já era tendência muito antes da pandemia e, com o isolamento imposto contra a Covid-19, tornou-se realidade incontornável no quotidiano e nos seguros, justificando espaço de discussão no 18º Encontro de Resseguros, organizado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

XVIII Encontro de Resseguros APS (27 de maio 2022). “Os modelos de simulação sobre comportamentos têm potencial nos seguros”.ECOseguros/AF

Futuro feito de algoritmos e neurociência?

No segundo dia do meeting internacional da APS, no Estoril, Ana Paiva, Professora Catedrática de Engenharia Informática (IST-UL) e Joe Paton, Diretor de Investigação em Neurociência na Fundação Champalimaud, estiveram na mesa redonda do painel “Human vs Digital: Como vamos pensar e sentir o futuro?Dados e algoritmos, aprendizagem de máquina e modelação multi-agentes são realidades que vão ganhando espaço (com maior ou menor utilidade) nas empresas e nas nossas casas. Porém, quando os cientistas abordaram limites e complementaridades human vs digital concluíram que “as máquinas não têm o senso comum,” como disse Ana Paiva dando mote ao desafio de humanização das máquinas.

“O nosso cérebro tem várias camadas (…) até um nível de abstração que os algoritmos ainda não conseguem alcançar,” complementou Joe Paton, corroborando a ideia de que o futuro inclui o desafio da interação entre o humano e o digital. Nas conversas entre os congressistas presentes foi lembrado que os modelos de simulação sobre comportamentos têm potencial nos seguros. A regulação também já percebeu que tem trabalho pela frente.

Como previsto, o painel de fecho do Encontro APS teve Martin Kreuzer, Senior Risk Manager na Munich Re, na qualidade de keynote speaker para 5º tema do evento (“Ciber Risco – Entre a Ameaça e a Oportunidade”). Coautor de diversos relatórios da resseguradora alemã, o especialista traçou panorama global sobre ameaça cyber e abordou a gestão do risco na ótica da indústria seguradora.

Martin Kreuzer, Senior Risk Manager na Munich Re, abordou ciber risco na perspetiva dos seguros.APS 27 Maio, 2022


Num mundo com 5,3 mil de milhões de utilizadores de internet, mais de 16 mil milhões de dispositivos ligados (
IoT), um bilião de sensores embutidos um pouco por todo o lado e custos globais do cibercrime estimados em 6 biliões de dólares (USD 6 trillion), “todos os grandes conflitos geopolíticos tornar-se-ão totalmente digitalizados” e é de “esperar mais regulação” para ciber-risco, antecipou.

Desenhar oferta de seguros que promovam a cibersegurança

No debate que se seguiu à intervenção do especialista alemão, António Gameiro Marques, Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança, intervindo por videoconferência, abriu a mesa redonda de forma direta, em português: “Continuamos a estar bastante mal na literacia digital (…) e também mal na cibersegurança.”

Perante esta realidade, “sem a colaboração com as entidades públicas e privadas não se consegue fazer nada,” vincou António Marques sugerindo também que as entidades seguradoras atuem “como um veículo para transmitir requisitos” de cibersegurança aos clientes. Porque não desenvolver uma oferta de seguros “com um serviço de acompanhamento?”, desafiou.

Painel Ciber Risco: Moderado por Pedro Guerreiro, contou com Jorge Portugal (Cotec), Javier Mora Rubio (Mapfre Re) e, por videoconferência, com António Marques (ANS).APS 27 Maio 2022

No evento, o representante da Autoridade Nacional de Segurança (ANS) referiu que, desde início do ano registaram-se “8 ataques significativos a entidades”, duas públicas e as restantes privadas. Os mais destrutivos “não foram ransomware. Foram aqueles em que o atacante entrou e apagou tudo. Tudo.” Em dois destes ciberataques, “até os back ups foram apagados. Para sempre…” E essas duas organizações investem muito em cibersegurança,” acrescentou. “A perceção de risco dos CIO é fundamental”, preconizou.

Javier Mora Rubio – Head of Infrastruture and IT Governance, Mapfre Re, outro interveniente do painel e que partilhou a experiência de um ciberataque sofrido pelo grupo espanhol, descrevendo os procedimentos de resposta e contenção da infeção adotados pela Mapfre. Na mesa redonda, Jorge Portugal, Diretor-Geral da Cotec, Associação Empresarial para a Inovação, desenvolveu a ideia da “maturidade na prevenção de risco” que deveria supor uma compensação sobre os prémios que os clientes pagam às seguradoras pela cobertura de segurança,” defendeu o responsável da Cotec.

Além destes incentivos para promover cultura de cibersegurança, os participantes convergiram em outros aspetos considerados centrais na problemática do ciber risco. O nível de proficiência e certificação dos profissionais de IT seria contributo positivo. Neste sentido, a Autoridade Nacional de Segurança vai avançar com uma Academia de Segurança e as certificações poderão “reforçar a maturidade digital apresentada pelas empresas,” defendeu Gameiro Marques.

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Um em cada quatro carros em Portugal tem mais de 20 anos

Automóveis matriculados em Portugal têm idade média de 13,5 anos, segundo dados divulgados pela ACAP. Há 5,4 milhões de veículos ligeiros de passageiros registados.

Um em cada quatro carros a circularem em Portugal tem mais de 20 anos. A informação consta das Estatísticas do Setor Automóvel, divulgadas nesta segunda-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP). O parque circulante também está cada vez mais envelhecido, revelam os mesmos dados.

No final de 2021, havia um total de 5,41 milhões de automóveis ligeiros de passageiros com matrícula portuguesa mais 2% do que em 2020. Destes, 25% (1,35 milhões) tiveram o primeiro registo antes de 2001 – eram 22,6% no final de 2020.

A situação tem efeitos ambientais: os veículos com mais de 20 anos no final do ano passado apenas cumpriam a norma de emissões Euro 2, que vigorou para as novas matrículas entre 1997 e o final de 2000. Os carros mais antigos têm menos elementos de segurança a bordo.

A situação também contribui para o envelhecimento da frota circulante dos portugueses: em 2021, cada carro dos portugueses tinha a idade média de 13,5 anos, mais 0,3 anos em relação ao final de 2021. Segundo a ACAP, apenas 18,7% dos veículos matriculados em Portugal têm menos de cinco anos.

O parque automóvel tem envelhecido sucessivamente na última década: no final de 2012, por exemplo, os carros ligeiros de passageiros tinham, em média, 11,1 anos.

Para reverter esta tendência, as associações automóveis têm exigido o regresso dos incentivos ao abate de veículos mais antigos para a compra de veículos novos. Nos últimos anos, apenas têm sido dados apoios diretos para a compra de automóveis totalmente elétricos, por parte do Fundo Ambiental.

A nível fiscal, quanto mais velho for o carro, menor a receita arrecadada: todos os automóveis matriculados antes de 30 de junho de 2007 apenas pagam imposto único de circulação (IUC), conforme a cilindrada – e uma taxa adicional se for uma unidade a gasóleo.

Os veículos com matrícula a partir de 1 de julho de 2007 pagam IUC sobre a cilindrada e as emissões poluentes.

Renault é a marca com mais carros

A Renault é a marca com mais veículos matriculados em Portugal, num total de 678.602, o que corresponde a 12,5% de toda a frota de ligeiros de passageiros. Peugeot e Volkswagen seguem na segunda e terceira posições, com 9% e 8,3% dos registos, respetivamente.

Em termos de densidade, o distrito de Faro é o que tem menos habitantes por cada carro, com 1,6 unidades. Em sentido contrário, o distrito de Bragança tem um total de 2,4 habitantes por cada carro ligeiro de passageiros.

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Robots a darem crédito? Podem ajudar os bancos, mas cuidado com enviesamentos

Inteligência artificial não substitui o gestor do banco na concessão de crédito, mas pode ajudar a tomar um melhor decisão. Especialistas pedem cautela na utilização desta ferramenta.

Os robots não substituem os gestores dos bancos na hora de dar um crédito a uma família ou empresa, mas podem ajudá-los a tomarem uma melhor decisão, defenderam os especialistas numa conferência organizada pelo Banco de Portugal, avisando, porém, que é preciso ter cautela na utilização da inteligência artificial.

“A prática bancária não evoluiu para que, no futuro de curto prazo, [a concessão de crédito] possa ser única exclusivamente mecânica. (…) Vejo [a inteligência artificial] como uma fonte auxiliar de decisão”, defendeu Cristina Máximo dos Santos, Encarregada de Proteção de Dados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no colóquio sobre “Proteção de dados e os novos desafios no sector bancário”.

A inteligência artificial traz-nos “dados trabalhados e resultados trabalhados, em função de um volume de dados que um humano não consegue analisar num curto espaço de tempo”, acrescentou a responsável do banco.

“Como sistema de suporte, a inteligência artificial ajuda-nos a tomar decisões muito mais assertivas”, apontou, por sua vez, Luís Antunes, professor catedrático do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. “A inteligência artificial consegue ir buscar padrões que nós, humanos, não conseguimos”, explicou o docente sobre as potencialidades desta tecnologia.

Falando no mesmo painel sobre “A Inteligência Artificial na Banca e a proteção de dados: oportunidades e desafios”, Filipa Calvão, presidente da Comissão Nacional da Proteção de Dados (CNPD), sublinhou que a inteligência artificial “traz eficiência e é útil” para as organizações, mas considerou que “é preciso ter cautelas” na utilização destas ferramentas.

Segundo disse a responsável, “estão carregadas com os mesmos vícios que nós [a sociedade] temos”, pois trabalham com “dados que refletem a sociedade que temos”. “Se a sociedade é discriminatória, os dados também serão”, argumentou.

“O viés não está no algoritmo, está nos dados da sociedade. O mundo real é enviesado”, completou Luís Antunes. “Se estamos a potenciar um viés, aí temos de parar” com o modelo, acrescentou o professor.

Nesse sentido, ambos os responsáveis defenderam que é preciso assegurar que estas ferramentas sejam transparentes e justas. “O algoritmo tem de ser explicado. Eu tenho de saber o que explicar o que se está a passar com o modelo”, referiu Luís Antunes.

Para Filipa Calvão, esta exigência de transparência é o passo essencial para evoluir estas ferramentas.

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MoOngy cria departamento para acelerar diversidade e inclusão

Exposições fotográficas, compromisso com a Carta Portuguesa para a Diversidade, integração de pessoas com deficiência e formações no âmbito da diversidade e inclusão são alguns dos projetos planeados.

A MoOngy criou um departamento de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) para acelerar a promoção da sustentabilidade já em curso no grupo, focando-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O grupo já iniciou trabalhos e está a preparar um plano com iniciativas até 2030. Os primeiros projetos estão associados à diversidade, igualdade e inclusão e vão durar até ao final de junho. Exposições fotográficas, compromisso com a Carta Portuguesa para a Diversidade, integração de pessoas com deficiência e formações no âmbito da diversidade e inclusão são alguns dos projetos planeados.

“A Responsabilidade Social Corporativa é um dos nossos pilares estratégicos desde a nossa génese. Está na base do nosso compromisso para com a sociedade, no sentido em que contribuímos para um desenvolvimento sustentável que englobe todos os aspetos, sejam eles sociais, económicos e/ou ambientais”, começa por dizer Rita Costa, chief marketing officer da MoOngy Portugal.

“Os passos que iremos tomar neste sentido além de já terem um impacto direto na sustentabilidade, vão influenciar toda a equipa a adotar novas atitudes e posições que se aproximem do mesmo compromisso”, acrescenta, citada em comunicado.

Na primeira iniciativa do departamento, os escritórios do grupo receberam uma exposição composta por uma fotografia de cerca de uma centena de elementos do grupo a explicar o que consideravam ser a diversidade. “Maio é o mês Europeu da Diversidade e, como tal, quisemos dar a oportunidade aos nossos colaboradores de expressarem o que consideram que esse conceito representa”, explica Rita Costa. “A junção desta pluralidade de perspetivas numa área comum promove precisamente a heterogeneidade e sensibiliza quem passa por esse espaço.”

Exposição fotográfica no escritório da MoOngy.

O “Empower Voices”, dedicado à igualdade de género e redução de desigualdades, é o projeto atualmente em vigor. O aumento da percentagem de mulheres nos quadros da empresa é uma das metas integradas nesta primeira fase: 22,1% dos colaboradores da MoOngy são mulheres, um valor ligeiramente acima da realidade portuguesa (20,7%) e da média europeia. A igualdade de oportunidades para cargos de liderança e a capacitação e promoção da inclusão social e económica também integram os objetivos.

Para o conseguir, a MoOngy já iniciou algumas iniciativas. As empresas do grupo já são signatárias, ou formalizaram pedido de adesão, à Carta Portuguesa para a Diversidade e iniciaram parcerias para a integração de pessoas com deficiência. Foram também disponibilizadas formações gratuitas no âmbito da diversidade e inclusão e redigidos artigos de opinião sobre o tema, que apelem à sensibilização da população. Ao longo do mês, foram ainda realizadas campanhas de promoção de oportunidades de carreira na área das TIC para os talentos femininos.

Além do “Empower Voices”, estão já planeados mais quatro projetos até ao próximo ano divididos nos segmentos “inovação”, “saúde, bem-estar e educação”, “planeta e ambiente” e, por fim, “transparência no trabalho, ética e valores”.

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FC Porto vai “agir judicialmente” contra Frederico Varandas

  • Lusa
  • 30 Maio 2022

Em causa estão as declarações proferidas por Frederico Varandas que chamou a Pinto da Costa “corruptor ativo”, acusação que sustentou com episódios dos casos 'Apito Dourado' e 'Cartão Azul'.

O FC Porto anunciou esta segunda-feira que vai “agir judicialmente” contra o presidente do Sporting, Frederico Varandas, alegando que foram efetuadas declarações “falsas e insultuosas” pelo dirigente dos ‘leões’, que a justiça deve avaliar.

“Face às declarações falsas e insultuosas proferidas ontem [domingo] numa cerimónia pública, o Conselho de Administração da FC Porto – Futebol SAD e o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, tomaram a decisão de agir judicialmente contra o presidente do Sporting Clube de Portugal. É à justiça que compete avaliar ações graves – e reiteradas – de pura piromania mediática”, refere o clube em comunicado.

No domingo, durante o discurso para assinalar o 19.º aniversário do núcleo do Sporting de Carregal do Sal, distrito de Viseu, o presidente Frederico Varandas não poupou críticas a quem elogiou Pinto da Costa, como o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, e lembrou os 40 anos de liderança do presidente dos ‘dragões’, a quem chamou mais do que uma vez de “corruptor ativo”, acusação que sustentou com episódios dos casos ‘Apito Dourado’ e ‘Cartão Azul’.

“Senhor secretário de Estado, não é preciso a justiça portuguesa dizer o que quer que seja para sabermos que o senhor Pinto da Costa é um corruptor ativo e alguém que deveria estar banido do dirigismo desportivo há décadas”, declarou.

Neste sentido, estimou que “difícil é explicar a qualquer cidadão como é que uma pessoa apanhada a dizer isto [alegando escutas ilegais do caso do “Apito Dourado”] não é condenada”.

“Ao senhor Pinto da Costa, por mais que lhe custe e por mais tentativas que faça para apagar as suas ações, será sempre recordado como um corruptor ativo e eu aqui estarei para lhe recordar até ao último dia da sua presidência que é um corruptor ativo e uma vergonha para o desporto português”, alegou.

No entanto, esta não foi a primeira vez que dirigente leonino considerou Pinto da Costa como um “corruptor ativo”.

Em outubro de 2020, Frederico Varandas chamou “bandido” a Pinto da Costa, referindo que o presidente dos ‘dragões’ “no dia em que se retirar, ou que for obrigado a retirar-se, prestará um grande serviço ao futebol português”.

Pinto da Costa avançou então com uma queixa contra Frederico Varandas, por proferir considerações “ofensivas da sua honra ou consideração através de meio de comunicação social” e, segundo a decisão instrutória do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, Frederico Varandas vai ser julgado por difamar o seu homólogo do FC Porto.

Em março, numa reação a esta decisão, Frederico Varandas ‘reformulou’ de “bandido” para “corruptor ativo” a qualificação a Pinto da Costa.

Num outro caso, foi o Sporting a anunciar que iria apresentar uma queixa-crime contra Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, Vítor Baía, vice-presidente e administrador da SAD portista, e Rui Cerqueira, diretor de imprensa do clube, por “agressões verbais e tentativas de agressão física” a Frederico Varandas.

Esta situação terá alegadamente ocorrido em 11 de fevereiro, no encontro FC Porto-Sporting, da 22.ª jornada da I liga, que terminou empatado 2-2, e ficou marcado por desacatos entre jogadores e elementos das duas equipas, com o árbitro a mostrar vários cartões vermelhos.

O clube lisboeta precisou que “os três elementos, rodeados de vários seguranças, efetuaram uma espera a Frederico Varandas”, quando este se deslocava para o autocarro da equipa, e que “Rui Cerqueira abalroou de forma violenta o presidente do Sporting, retirando-lhe da mão a carteira com telemóvel, cartões pessoais de identificação e cartões de crédito, e colocando-se de imediato em fuga”. O FC Porto negou as acusações feitas e desmentiu quaisquer agressões ao líder dos ‘leões’.

Sobre este caso, o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou a instauração de processos disciplinares à SAD do FC Porto, a Sérgio Conceição, Vítor Baía e Rui Cerqueira.

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Depois da Seleção e do Porto, Benfica também vai lançar “fan token”

Clube da luz está a preparar o lançamento de um "fan token", um tipo de criptoativo semelhante às criptomoedas. Anúncio oficial está previsto para este verão.

O Benfica está atento às tendências no mundo desportivo e prepara-se para lançar um fan token, uma espécie de criptoativo que funciona de forma semelhante às criptomoedas. Estes tokens também oscilam em valor consoante a oferta e a procura no mercado, mas a principal diferença é que confere vantagens exclusivas aos adeptos detentores.

A revelação partiu de Domingos Soares Oliveira, na conferência de imprensa em que o Benfica e a Euronext Lisbon divulgaram os resultados da emissão obrigacionista, e depois de o gestor ter apontado o mundo dos tokens, dos NFT (outro tipo de criptoativo) e do metaverso (em geral, mundos paralelos virtuais) como alguns dos fatores que poderão transformar a indústria desportiva nos próximos anos.

Apesar de ser sido questionado nesse sentido, o gestor não quis avançar mais detalhes sobre como funcionará o fan token do Benfica, prometendo apenas que o anúncio oficial será feito este verão pelo clube da luz.

Mas o Benfica não será o primeiro clube de futebol português a fazê-lo: a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lançou o fan token da Seleção Nacional no ano passado, bem como o rival FC Porto, que também passou a ser patrocinado por uma popular corretora de criptomoedas, a Binance.

No entanto, com a correção que se tem observado na generalidade dos ativos especulativos, estes fan tokens já registaram perdas de até 85% face ao preço a que foram inicialmente vendidos aos adeptos, noticiou o ECO este mês.

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