Vista Alegre reduz prejuízo no 1.º trimestre para 300 mil euros

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

A empresa registou um volume de negócios de 30,3 milhões de euros, mais 59,6% em termos homólogos.

A Vista Alegre registou prejuízos de 300 mil euros no primeiro trimestre deste ano, o que compara com um resultado líquido negativo de 2,3 milhões de euros um ano antes, divulgou esta quinta-feira o grupo.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Vista Alegre salienta que “o primeiro trimestre de 2022 ficou marcado, para além do impacto que se fez sentir da pandemia covid-19, também pelo ambiente de grande incerteza devido ao conflito geopolítico, com invasão da Ucrânia pelas forças militares da Federação Russa em fevereiro”.

Isso “veio agravar a escalada da subida de preços da energia (principalmente do custo do gás natural), combustíveis e das matérias-primas”, destaca a Vista Alegre.

A Vista Alegre sublinha que “a recente crise energética, agravada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, provocaram uma escalada vertiginosa dos preços do gás natural com forte impacto na estrutura de custos da Vista Alegre, na ordem dos 485%, face a 2021, levando o resultado líquido para valores negativos neste primeiro trimestre”, justifica.

Nos primeiros três meses do ano, a Vista Alegre registou um volume de negócios de 30,3 milhões de euros, mais 59,6% em termos homólogos, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) mais que triplicou (255,9%) para 4,2 milhões de euros.

“O mercado externo representou 77,3% do volume de negócios da Vista Alegre, com 23,4 milhões de euros de vendas”, refere o grupo, destacando “o crescimento das receitas nos segmentos da faiança e grés”, que representaram respetivamente um aumento de 69% e 77%, face às receitas do período homólogo. “As receitas da porcelana atingiram os 10,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 44% face ao ano anterior“, adianta.

Destaque a nível internacional “para os mercados de França, Países Baixos e Alemanha, os maiores contribuidores para as vendas de produtos marca, com um crescimento de 42% face ao mesmo período homólogo”.

Apesar do contexto adverso, “a Vista Alegre, quer com o desenvolvimento ao longo dos últimos anos de um conjunto de investimentos tendentes a melhorar a eficiência dos seus processos, quer através de uma gestão mais eficiente dos consumos e dos meios de produção, tem conseguido atenuar algum deste impacto, mas esperam-se medidas governamentais urgentes de apoio ao setor da indústria de cerâmica e vidro que é dos maiores consumidores de gás natural”, salienta.

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BdP adverte para uso indevido do nome da instituição e do governador em vídeo

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

A aplicação Tecalytic utilizou indevidamente os nomes do Banco de Portugal e do governador num vídeo, avisa a instituição.

O Banco de Portugal (BdP) avisou esta quinta-feira que o nome da instituição e do respetivo governador foram utilizados de forma indevida num vídeo que publicita uma “alegada” plataforma de investimento online, a Techalytic, e pediu prudência ao público.

“O Banco de Portugal adverte que foi divulgado na internet um vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=4L7vHKGCOEc) que utiliza indevidamente os nomes do Banco de Portugal e do governador do Banco de Portugal para publicitar uma alegada plataforma de investimento online, identificada como ‘aplicação Tecalytic’”, lê-se numa nota.

Assim, o supervisor financeiro vincou não ter participado ou desenvolvido a aplicação mencionado ou qualquer outra solução semelhante.

A instituição liderada por Mário Centeno recomendou que o público seja prudente face a este tipo de conteúdos, “lembrando que a contratação de qualquer produto ou serviço financeiro deverá ser sempre precedida de uma cuidada verificação da legitimidade da entidade que o comercializa”.

A lista das instituições com autorização para exercer atividade financeira em Portugal está disponível no ‘site’ do BdP.

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Défice orçamental encolhe 84% para 782 milhões até abril

O Ministério das Finanças adianta que até abril as administrações públicas registaram um défice orçamental de 782 milhões de euros, o que representa uma melhoria homóloga de 84%.

No primeiro mês em que assumiu a pasta do Ministério das Finanças, Fernando Medina prosseguiu com a melhoria das contas públicas: o défice orçamental fixou-se em 782 milhões de euros até abril, menos 84% do que os 5.054 milhões de euros do mesmo período do ano passado. Os dados divulgados pelo Ministério das Finanças esta quinta-feira mostram que o saldo das administrações públicas em contabilidade pública melhora 4.272 milhões de euros face ao período homólogo.

Estes são os valores na ótica de caixa, a qual difere da ótica de compromissos (contabilidade nacional) usada nas comparações internacionais. Mais tarde, a Direção-Geral do Orçamento publicará os dados completos da execução orçamental até março.

“A execução orçamental em contabilidade pública registou um défice de 782 milhões de euros em abril de 2022, evidenciando uma melhoria de 4.272 milhões de euros face aos primeiros quatro meses de 2021, momento em que a atividade económica foi fortemente afetada por um confinamento geral“, revela o Ministério das Finanças em comunicado enviado às redações.

O mais surpreendente é que, em comparação com o mesmo período de 2019, “de forma a expurgar o efeito base causado pela pandemia”, o saldo orçamental apresenta uma melhoria de 528 milhões de euros: ou seja, até abril de 2019 — ano em que se registou o primeiro excedente orçamental em contabilidade nacional do período democrático — o défice era de 1.310 milhões de euros, o que compara com 782 milhões até abril de 2022.

Contudo, é de realçar que não se podem tirar ilações diretas entre o saldo orçamental em contabilidade pública e em contabilidade nacional, muito menos com apenas quatro meses do ano decorridos.

Na opinião do gabinete de Fernando Medina, “a evolução no primeiro quadrimestre de 2022 traduz a melhoria da atividade económica e do mercado de trabalho bem como a redução dos encargos associados às medidas de prevenção e combate da Covid-19, em face da melhoria verificada na situação pandémica”.

Mais uma vez, a receita pública cresceu a um ritmo elevado, dando um salto de 15% nestes quatro primeiros meses — o que poderá já estar influenciado parcialmente pela aceleração da taxa de inflação. Já a despesa pública caiu 1,8% por causa do efeito da retirada das medidas Covid-19. Sem considerar essas medidas, a despesa primária está a crescer 2,1% em termos homólogos.

O Ministério das Finanças revela ainda que “o saldo primário, que exclui juros da equação orçamental, foi positivo em 2.042 milhões de euros“, o que compara “com um défice primário de 1.862 milhões de euros em 2021 e um excedente primário de 2.078 milhões de euros em 2019”. Nesta comparação, o excedente primário até abril de 2022 já está muito próximo do de até abril de 2019.

Crescimento da receita “resulta da recuperação da economia”

O Ministério das Finanças não faz qualquer correlação entre o ritmo de crescimento das receitas do Estado e a aceleração da taxa de inflação sentida no início deste ano, argumentando que a subida se deve à recuperação da economia.

“Com a retoma da atividade económica, a receita fiscal e contributiva aumentou 15,5% face ao período homólogo (12,6% face a 2019), destacando-se o contributo da receita fiscal (18,8% face a 2021 e 11,2% face a 2019) em particular a recuperação do IVA (+26,2% face a 2021 e +12,7% face a 2019), que evidencia a recuperação económica dos últimos meses”, assinala.

É de notar ainda o aumento da receita de transferências de capital que é influenciada pelas verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que Portugal vai recebendo da União Europeia.

Despesa desce pela retirada de medidas Covid-19

No caso da despesa pública, esta regista uma queda de 1,8% por causa da retirada de medidas relacionadas com a pandemia, o que é notório na quebra da despesa corrente. Essa evolução está “fortemente influenciada pelas reduções de 11,5% dos juros e outros encargos e de 4,8% das transferências correntes devido à diminuição do impacto com medidas Covid-19“. Expurgada desse efeito, a despesa primária cresceu 2,1% face a igual período de 2021 e 9,6% face a 2019.

As Finanças dão destaque aos salários da função pública, um dos temas que estiveram em discussão neste OE2022 com partidos a reclamarem uma atualização à taxa de inflação esperada para 2022. “As despesas com salários nas Administrações Públicas cresceram 3,2% face aos mesmos quatro meses do ano passado, destacando-se a evolução no SNS (+4,9%) e no pessoal docente dos estabelecimentos de ensino não superior (+4,9%), refletindo o aumento no número de contratações, os aumentos salariais e as valorizações remuneratórias”, lê-se no comunicado.

A despesa com prestações sociais realizada pela Segurança Social, excluindo prestações de desemprego e medidas Covid, cresceu 2%, “destacando-se o subsídio por doença (+21,7%) e as prestações de parentalidade (+16,1%)”.

Apesar de a pandemia estar mais esquecida, o impacto no saldo orçamental continua a ser considerável, na ordem dos 1.461 milhões de euros, ainda que de menor magnitude face ao período homólogo. “Concorre para este efeito as medidas extraordinárias do lado da receita que ascendem a 240 milhões de euros, destacando-se a perda de receita decorrente da prorrogação do pagamento do IVA (241 milhões) e o encaixe da revenda de vacinas contra a Covid-19 a países terceiros (-32 milhões)”, concretiza o comunicado.

(Notícia atualizada às 19h22 com mais informação)

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Governo rompe acordo com Berardo sobre coleção de arte no CCB

O Estado vai denunciar o protocolo que tinha com Joe Berardo na coleção de arte no CCB, avançou o Governo. Foi ainda criado um grupo de trabalho para avaliar a coleção Ellipse, ligada ao BPP.

O Governo denunciou esta quinta-feira o protocolo com Joe Berardo sobre a coleção de arte, revelou o ministro da Cultura Pedro Adão e Silva, em conferência de imprensa no Centro Cultural de Belém (CCB). Adão e Silva informou que não vai renovar o acordo de comodato com a Associação Coleção Berardo, sendo que a denúncia do contrato irá entrar em vigor a 1 de janeiro de 2023. A partir desta data, o Estado “passará a gerir de novo o espaço do CCB”.

“A prioridade do Estado e do Ministério da Cultura é defender o interesse público e eu entendo que é do interesse público a fruição desta coleção“, disse o ministro momentos mais tarde, em entrevista à RTP. “Temos um protocolo, mas também uma enorme indefinição judicial. Há um processo de três bancos contra a coleção e o juiz decretou o arresto das obras. Mas é um arresto muito particular e o fiel depositário é o presidente do CCB”.

Adão e Silva explicou que há uma zona de exposições no CCB que era gerida pela “fundação que resultava do protocolo” entre o Estado e a Associação Berardo. “Decidimos hoje que, a 1 de janeiro, o CCB — o Estado indiretamente — passa a gerir esse espaço. Isso não acontecia desde 2006″, apontou.

O fim deste protocolo vai “permitir construir aquele que era o objetivo do Governo”, o Museu de Arte Contemporânea de Belém, “que vai integrar várias coleções e, certamente, a Ellipse. O espaço deixa de ser o Museu Berardo e a gestão passa para o CCB e isso permite integrar outras coleções”.

Por essa altura haverá condições para ter a coleção Ellipse, disse o ministro da Cultura, na conferência de imprensa. Pedro Adão e Silva avançou ainda que foi criado um grupo de trabalho para avaliar a coleção Ellipse — ligada ao BPP e ao ex-banqueiro João Rendeiro –, e recordou que os quadros de Berardo se encontram arrestados. O Governo irá ainda negociar a troca de créditos do tesouro pela coleção.

O contrato entre o Estado e Berardo iria renovar automaticamente no final deste ano e o Governo tinha até 30 de junho para o denunciar. O protocolo, assinado em 2006, estabeleceu a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea — Coleção Berardo, contando com a participação do empresário e do Estado. O contrato tinha como objetivo a exibição de um acervo de 862 obras da coleção de arte moderna e contemporânea de Berardo.

Inquirido quanto à ação colocada por Berardo sobre os bancos, Pedro Adão e Silva admitiu não saber nada sobre o assunto. “Imagino que tenha sido uma tentativa de antecipação” da decisão do Estado, comentou. O ministro também desconhece o processo cautelar colocado por Berardo contra o ministério da Cultura e o CCB, acrescentando que o Governo não foi notificado.

O ministro da Cultura considerou ainda que se está “perante uma coleção única, de grande representatividade”, pelo que “quando os tribunais decidirem quem é o legítimo proprietário da coleção Berardo”, o Estado estará então disponível para negociar o novo protocolo. Até este processo ficar concluído, Pedro Adão e Silva admite que o que “parece defender o interesse público é denunciar o contrato” e extinguir a fundação, garantindo ainda que a decisão não surge na sequência da ação de Berardo em tribunal.

Sobre a possibilidade de o Estado comprar a coleção, na totalidade ou em parte, o ministro da Cultura esclareceu que, de momento, “isso não está em cima da mesa”, visto não ser possível adquirir um conjunto de obras arrestadas, descartando, por agora, a possibilidade de tal acontecer mais tarde.

Joe Berardo debate-se com a justiça por alegadas dívidas no valor de mil milhões de euros à banca, dívida esta que já levou a um contra processo no valor de 900 milhões sobre os bancos que o levaram a tribunal. Berardo encontra-se também sob investigação por suspeitas de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

(Notícia atualizada às 20h55 com novas declarações do ministro da Cultura)

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Já sem GreenVolt, lucro da Altri atinge quase 30 milhões no primeiro trimestre

O grupo liderado por José Soares de Pina aumentou a produção de fibras celulósicas nas três fábricas e beneficiou do crescimento das vendas num contexto de alta dos preços.

O resultado líquido do Grupo Altri atingiu cerca de 29,8 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que compara com os 12,2 milhões registados em igual período do ano passado, já sem a GreenVolt, que passou a ser considerada “operação descontinuada” em termos de reporte de informação financeira.

Em comunicado enviado à CMVM, o grupo refere que o desempenho financeiro foi “fortemente impactado” pelo volume de produção de fibras celulósicas nas três unidades industriais (Celbi, Biotek e Caima), “mas principalmente pelo crescimento das vendas num contexto de alta dos preços nos mercados internacionais”. As receitas totais ascenderam a 249,2 milhões de euros nos três primeiros meses deste ano (+46,5% em termos homólogos).

“A procura por fibras celulósicas continua a apresentar uma dinâmica muito positiva, na generalidade das geografias, com exceção da China. (…) Este contexto, associado aos reduzidos stocks, tem levado a sucessivos aumentos de preços. O preço ascendeu aos 1.200 dólares por tonelada no final do primeiro trimestre, mas desde então foram já anunciados ao mercado várias atualizações, totalizando 100 dólares”, sublinha o CEO, José Soares de Pina.

Apesar de o gás natural, os químicos e o maior nível de importação de madeira terem ditado um “acréscimo relevante dos custos de produção por tonelada”, o EBITDA atingiu 61 milhões de euros (+85,6%), com a margem EBITDA reportada a aumentar em 5,1 pontos percentuais para os 24,5%. O grupo investiu 6,8 milhões de euros no arranque deste ano, um período em que a dívida líquida foi reduzida de 344 milhões no final de 2021 para 303,3 milhões de euros a 31 de março.

Na mensagem que acompanha os resultados, o CEO destaca que este desempenho operacional e financeiro “ganha maior relevância perante o contexto adverso que enfrentámos, e continuaremos a enfrentar, de forte aumento dos preços da energia e de matérias-primas, em especial dos produtos químicos e madeira”.

“As pressões inflacionistas que se fazem sentir são reflexo das disrupções nas cadeias logísticas que já se faziam sentir no ano passado, mas são agora exacerbadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, um ato condenável a todos os níveis. E esta é uma realidade que nos vai acompanhar ao longo dos próximos tempos, exigindo de todos nós uma gestão cada vez mais prudente”, completa José Soares de Pina.

Avançar a “ritmo elevado” na Galiza

Além de produzir fibras celulósicas de eucalipto, a Altri está também presente no setor de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro e biomassa. O grupo gere mais de 88 mil hectares de floresta em Portugal e detém três biorefinarias de pasta no país, com uma capacidade instalada que em 2021 superou 1,1 milhões de toneladas de pastas de eucalipto.

Quanto ao projeto na Galiza, que decorre de um acordo com o consórcio público-privado galego Impulsa, salienta neste comunicado que “continua a avançar a ritmo elevado”. Em abril anunciou que a biofábrica de fibras sustentáveis ficará localizada na zona de Palas de Rei, na província de Lugo, na Galiza. Os passos seguintes incluem o estudo de impacto ambiental, o início do detalhe do projeto de engenharia e viabilidade económica, e a definição da estrutura de financiamento para esta fábrica a construir de raiz e que deverá ter uma capacidade anual para 200 mil toneladas de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis.

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Mais de 54 mil estrangeiros pediram a nacionalidade portuguesa em 2021

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

O Serviço de Estrangeiros emitiu 46.855 pareceres positivos, a maioria a cidadãos de Israel e do Brasil.

Mais de 54 mil estrangeiros pediram a nacionalidade portuguesa em 2021, tendo o Serviço de Estrangeiros emitido 46.855 pareceres positivos, a maioria a cidadãos de Israel e do Brasil, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

O RASI de 2021, aprovado esta semana pelo Conselho Superior de Segurança Interna e entregue na Assembleia da República, dá conta que no passado se registou uma diminuição do número de pedidos de nacionalidade portuguesa, num total de 54.288.

O relatório indica que o SEF emitiu 47.278 pareceres, 46.855 dos quais positivos e 423 negativos.

De acordo com o RASI, as nacionalidades mais representativas foram de Israel (20.252), Brasil (11.109), Cabo Verde (2.242), Ucrânia (1.285), Angola (1.277), Venezuela (1.023), Argentina (1.004), Índia (967) e Guiné-Bissau (768).

O número de pedidos efetuados no âmbito da aquisição de nacionalidade portuguesa por naturalização representou 73,5% do total e a aquisição por casamento 12,2%.

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Banca de investimento pode aumentar receitas em 70 mil milhões em três anos

  • ECO
  • 26 Maio 2022

Banca de empresas e de investimento poderão aumentar receitas em 70 mil milhões de dólares até 2024 em relação aos níveis pré-pandemia, aponta estudo da Oliver Wyman e Morgan Stanley.

Apesar da incerteza relacionada com a guerra e os riscos para a economia, o setor da banca de empresas e de investimento pode aumentar as suas receitas até 70 mil milhões de dólares nos próximos três anos, em relação aos níveis pré-pandemia, de acordo com um estudo da consultora financeira Oliver Wyman e do banco americano Morgan Stanley.

Os especialistas identificam seis mudanças estruturais em curso nos mercados globais e que, se forem aproveitadas as suas oportunidades, poderão permitir que a indústria aumente as suas receitas para 596 mil milhões de dólares até 2024, face aos 525 mil milhões registados em 2019, dentro do que consideram ser o “cenário mais plausível”.

Neste cenário, é expectável uma lenta resolução do conflito da Rússia contra a Ucrânia e também das pressões inflacionistas, que vão condicionar a recuperação de muitas economias e os níveis de atividade das empresas e de investimento.

“Existe um risco considerável de a inflação vir a perturbar o crescimento económico, e a guerra na Ucrânia levanta a possibilidade de uma nova era de grandes tensões geopolíticas e de retrocessos no processo de globalização. A grande questão que a indústria enfrenta é se poderá manter as receitas e os lucros. Temos esperança e acreditamos que a banca grossista será capaz de sustentar o crescimento das receitas e também a rentabilidade, neste caso acima dos 10% registados nos últimos anos”, refere Pablo Campos, CEO da Oliver Wyman para Espanha e Portugal.

No seu estudo anual sobre a banca grossista “Clima, moeda criptográfica e concorrência no ciclo atual”, a Oliver Wyman e a Morgan Stanley explicam que o crescimento do setor assenta em seis grandes alterações, incluindo o aumento da procura de serviços bancários grossistas pelas empresas (com potencial de 25 mil milhões de dólares) e a normalização das taxas de juro por parte dos bancos centrais (que também pode gerar receitas em 25 mil milhões).

A procura de mercados privados, a macro volatilidade, a volatilidade das matérias-primas e a oportunidades na China onshore são as outras quatro mudanças nos mercados mundiais que poderão beneficiar a banca de empresas e de investimento, de acordo com os especialistas.

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Alemanha suspende obrigatoriedade do certificado Covid para quem entra no país

Berlim suspende durante três meses apresentação do certificado Covid da UE, com efeito a 1 de junho. Decisão surge depois do número de novas infeções por 100 mil habitantes cair para baixo dos 300.

A Alemanha suspendeu durante três meses a obrigação de apresentar o certificado digital Covid da União Europeia (UE) ao entrar no país, com efeito a partir de 1 de junho, avançou esta quinta-feira o jornal Expansion (acesso condicionado, conteúdo em espanhol).

Segundo o regulamento aprovado pelo Conselho de Ministros de Olaf Scholz, as pessoas que entrem na Alemanha já não têm de se submeter à regra 3G do país, uma sigla alemã que remete para a exigência da apresentação de uma prova de vacinação, recuperação da Covid-19 ou teste negativo. Já os visitantes oriundos dos países afetados pelas variantes mais agressivas devem manter-se em isolamento durante 12 dias, independentemente de estarem ou não vacinados, embora não haja atualmente qualquer país sob esta classificação.

Os parâmetros definidos pelo Instituto Robert Koch mantêm-se como precaução, caso volte a haver um agravamento da situação epidemiológica. A decisão do Conselho de Ministros surge após uma trajetória decrescente do número de novas infeções, sendo que a incidência semanal por cada 100 mil habitantes encontra-se, pela primeira vez em meses, abaixo dos 300 casos.

Recorde-se que em Portugal ainda é necessária a apresentação do Certificado Digital COVID da UE na modalidade de vacinação ou recuperação, ou um certificado proveniente de outro país mas reconhecido como equivalente.

Em alternativa, também pode ser apresentado um teste negativo de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN), ou um teste rápido de antigénio (TRAg), estando dispensados desta exigência as crianças que não tenham completado 12 anos de idade.

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Dimensão ambiental deve ser “responsabilidade colectiva” da sociedade, defende Duarte Cordeiro

Ministro do Ambiente defende que responsabilidades não são apenas da competência do sector e apela a que se continue a "contagiar a sociedade" para serem atingidas metas ambientais.

O Ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) considera Portugal um “país de primeiro mundo” em matéria de transição energética e proteção ambiental, mas sublinha que para serem atingidas as principais metas a nível nacional e internacional é necessário “contagiar a sociedade” de forma a alertar para a importância da responsabilidade colectiva e não apenas sectorial.

Durante a sua intervenção na sessão comemorativa dos 10 anos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), esta quinta-feira, em Lisboa, Duarte Cordeiro relembrou que Portugal “foi pioneiro ao declarar a intenção de ser neutro em carbono até 2050” e que esteve “na linha da frente” tanto na assinatura da Lei do Clima, a nível europeu, como na aprovação no Parlamento da Lei de Bases do Clima – um decreto-lei que é “capaz de responder e satisfazer as exigências das alterações climáticas mas que exigirá um intenso trabalho para a sua execução” tendo em conta que os riscos a que Portugal está exposto, disse.

“Tivemos sucesso nestes últimos 10 anos”, referiu o governante, acrescentando ser preciso reconhecer “o que ainda falta fazer”, referindo, a título de exemplo, os desafios existentes e que passam pela gestão e reutilização de resíduos, capacidade de reciclagem dos mesmos, a gestão de recursos hídricos e o tratamento de águas residuais.

Depois de reconhecer e parabenizar o papel da APA na última década, Duarte Cordeiro relembrou que depois de, em 2021, ter sido disponibilizado um orçamento de 28 milhões de euros à entidade, é necessário avaliar “se estão dispostos os recursos para responder a todos os desafios”.

“Investimos e continuamos a investir na proteção da zona costeira do litoral, na gestão dos recursos hídricos durante a seca e na proteção das florestas contra os incêndios, mas também em todas as políticas de redução da emissão dos gases de efeito estufa”, disse.

Naquela que foi a sua intervenção de encerramento da sessão comemorativa, Cordeiro acrescentou que “mitigar e adaptar são passos decisivos para a economia circular e a transição energética, que se pretende eficiente”, dizendo ainda que devem ser aproveitados recursos – “alguns deles sujeitos a polémica”, como lítio, mas outros “mais consensuais”, como o hidrogénio verde – “para substituirmos progressivamente os combustíveis fosseis e apostarmos nas energias renováveis”.

Para que os objetivos sejam cumpridos, explica Duarte Cordeiro, “temos que contar uns com os outros” mas mais importante ainda “temos que continuar a contagiar a sociedade para progressivamente as pessoas sentirem que a dimensão ambiental não é apenas uma das entidades que trabalham a partir do ambiente, mas uma responsabilidade colectiva de toda a sociedade e toda a economia”.

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Generali/Tranquilidade com lucro recorde em Portugal em 2021

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2022

Resultados mais que quadruplicaram em 2021 para 54 milhões de euros, valor justificado por crescimento de vendas acima do mercado, otimização de custos e melhoria técnica da atividade.

A Generali Seguros registou, em 2021, um resultado líquido de 54,1 milhões de euros, mais que quadruplicando o lucro face aos 12,9 milhões de euros registados no ano anterior. Este desempenho reflete uma melhoria da componente técnica da sua atividade, combinada com uma otimização da sua estrutura de custos operacionais, afirma a companhia.

Pedro Carvalho, CEO da Generali em Portugal: ” O contexto no qual a companhia obteve estes resultados, continuou a ser muito desafiante, tanto a nível externo, como a nível interno”.Miguel Ribeiro Fernandes (APS)

O volume de negócios de contratos de seguro e de investimento do Grupo Generali, que, em Portugal, opera com as marcas Tranquilidade, Açoreana – apenas nos Açores – e LOGO, representou igualmente um crescimento face ao exercício anterior, atingindo os 1.138,2 milhões de euros dos quais 1.058,6 milhões na atividade Não Vida e os restantes 79,6 milhões na área Vida. Em 2020, o Grupo Generali tinha registado em Portugal, numa base comparável, um volume de negócios de 1.079,6 milhões de euros, dos quais 985,3 milhões em Não Vida e 94,3 milhões em Vida.

“O volume de negócios na atividade Não Vida da Generali em Portugal, ultrapassou pela primeira vez a barreira de mil milhões de euros confirmando uma boa performance comercial ao longo de 2021, com um crescimento no segmento Não Vida acima do mercado, que permitiu à companhia consolidar a sua posição no setor segurador português, reforçando a sua quota de mercado”, referiu Pedro Carvalho, CEO da Generali Seguros.

A Generali terminou o ano de 2021 com uma quota de mercado, em Não Vida, de 18,8%.

A Generali comenta ainda que o ano de 2021 continuou a ser marcado pela crise pandémica originada pela Covid-19, se bem que, ao contrário do ano de 2020, tenham já sido evidentes alguns sinais de recuperação a nível económico, com impacto no produto da economia portuguesa.

Não obstante estes sinais de recuperação, diz a companhia, “o contexto no qual a companhia obteve estes resultados, continuou a ser muito desafiante, tanto a nível externo, como a nível interno. Foi em 2021 que a companhia concluiu, em tempo recorde, o seu processo de integração, após a aquisição, efetuada em janeiro de 2020, pelo Grupo Generali”.

De forma complementar, refere a Generali, a seguradora “continuou o seu caminho de transformação, com uma aposta crescente numa estratégia digital no back office e front office, com impacto direto nos processos de venda, no desempenho operacional e nos níveis de serviço a clientes e parceiros de distribuição”.

A Generali em Portugal conclui que mantém perspetivas positivas para o exercício de 2022, “embora com alguma prudência, dada a indefinição quanto à evolução do conflito e a incógnita do seu desfecho, bem como da pandemia, fatores que estão a afetar globalmente a atividade económica”.

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UnLimited Spain promove economia de impacto em 95 startups

  • Servimedia
  • 26 Maio 2022

A UnLimited Spain está há sete anos em Espanha e durante este período já promoveu uma economia de impacto em 95 startups com uma taxa de sobrevivência de 85%.

A UnLimited Spain é um acelerador de impacto em startups que, durante os últimos sete anos, já promoveu uma economia de impacto em 95 startups com uma taxa de sobrevivência de 85%, noticia a Servimedia.

Este acelerador de impacto pretende promover startups que tenham um objetivo social ou ambiental através de programas de aceleração em colaboração com grandes empresas. Desta forma, as startups são capazes de impulsionar os seus projetos enquanto as empresas integram rapidamente a inovação, o empreendedorismo e o impacto positivo.

Todas as startups apoiadas pela UnLimited Spain quase criaram cerca de 75 novos postos de trabalho, o que significa que quase duplicaram o número de funcionários. Além disso, a organização também promoveu o voluntariado em empresas com mais de 250 voluntários corporativos, tendo conseguido beneficiar mais de 5 milhões de pessoas.

Para além de executar programas de apoio ao empreendedorismo, este acelerador de impacto também acompanha empresas mais estabelecidas na sua transformação cultural rumo ao impacto, através de soluções alinhadas com os SDGs.

“Existimos porque acreditamos na necessidade de humanizar as empresas e redefinir o sucesso empresarial com base num triplo impacto (social, ambiental e económico). O mundo e a sociedade precisam de organizações mais empenhadas e nós estamos aqui para promover as que nascem com este propósito e para acompanhar as que procuram uma transformação“, disse Manuel Lencero, co-fundador da UnLimited Spain.

Parceiros e outras iniciativas da UnLimited Spain

A UnLimited Spain pertence à rede global UnLtd, que já apoiou mais de 15 mil empreendedores sociais em todo o mundo. A organização surgiu da visão dos seus fundadores – Manuel Lencero e Ángel Bonet – para mudar o mundo através dos negócios.

Esta organização começou as suas funções há sete anos, em Espanha, numa altura em que não havia um acelerador no país com um impacto real e positivo nas pessoas. Por essa razão a UnLimited Spain é considerada pioneira dentro do setor e tem como parceiros grandes empresas e organizações como o Bank of America, Unilever, Lilly España e Naturgy.

Entre as suas iniciativas está também a UnLimited Circle, uma comunidade não-conformista que conta com membros de diferentes perfis e referências em diferentes setores, tais como Cecilia Boned, presidente do BNP Paribas, Ignacio Rivera, presidente executivo da Estrella de Galicia, e Teresa Parejo, diretora de Sustentabilidade da Península Ibérica.

A organização salienta que estas diferentes perspetivas enriquecem a comunidade, “dando origem a sinergias que permitem alianças e colaborações em que uns líderes aprendem com outros, unindo-os no mesmo ponto de partida: objetivo, ativismo empresarial e a ambição de todos de querer melhores empresas para o planeta”.

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OE2022: Luz verde a proposta sobre acesso ao incentivo fiscal à recuperação

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

Os deputados aprovaram também uma proposta que permite a redução de taxa do IRC nas regiões autónomas e dois diplomas relacionadas com fundos de investimentos.

Os deputados aprovaram esta quinta-feira uma proposta do PS que clarifica as condições de acesso pelas empresas ao incentivo fiscal à recuperação que consta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Em causa está a criação de um Incentivo Fiscal à Recuperação (IFR), dirigido a empresas que disponham de contabilidade regularmente organizada, de acordo com a normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o respetivo setor de atividade, cujo lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos e tenham a situação tributária regularizada.

A proposta do OE2022 que o Governo enviou ao parlamento exige ainda que, para serem elegíveis para este benefício fiscal, não cessem contratos de trabalho durante três anos, “contados do início do período de tributação em que se realizem as despesas de investimento elegíveis, ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo ou despedimento por extinção do posto de trabalho” e “não distribuam lucros durante três anos, contados do início do período de tributação em que se realizem as despesas de investimento elegíveis”.

A proposta de alteração dos socialistas hoje aprovada pela Comissão de Orçamento e Finanças durante as votações na especialidade do OE2022 vem clarificar a contagem daquele período determinando em ambos os casos (cessão de contratos de trabalho e distribuição de lucros), que os três anos são “do primeiro dia do sétimo mês do período de tributação em que se realizem as despesas de investimento elegíveis”.

Aquisição de fundos de investimento para promoção pública de habitação isentos de fiscalização prévia

Os deputados aprovaram também uma proposta do PS que isenta de fiscalização prévia do Tribunal de Contas a aquisição de unidades de participação em fundos de investimento imobiliário para promoção pública de habitação, como é o caso do FNRE.

De acordo com a nota justificativa do PS, a proposta clarifica que a isenção de fiscalização prévia do Tribunal de Contas aplica-se também à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento imobiliário para promoção pública de habitação, como é o caso do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE).

“Tais previsões justificam-se com a necessidade de promover celeridade a estes processos, atenta a urgência habitacional e a particular necessidade de aumentar as respostas de promoção pública e ao segmento ao qual se destina a habitação acessível, sem que tal celeridade signifique menos rigor, menor transparência ou menor sindicância por parte de todos os poderes públicos, incluindo do próprio Tribunal de Contas”, afirma o PS.

As entidades isentas à fiscalização prévia ficam, no entanto, sujeitas à fiscalização sucessiva em geral pelo Tribunal de Contas e à fiscalização concomitante.

Transmissões gratuitas de aplicações em fundos de investimento ficam sujeitas a imposto de selo

As transmissões gratuitas de valores aplicados em fundos de investimento mobiliário e imobiliário ou em sociedades de investimento mobiliário e imobiliário passam a pagar Imposto do Selo (IS), segundo uma proposta de alteração do PS ao OE2022 aprovada esta quinta.

A proposta, que o PS justifica como pretendendo evitar situações de planeamento fiscal abusivo e evasão fiscal, foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, PCP, Bloco e Esquerda e PAN, o voto contra do PSD e da Iniciativa Liberal e a abstenção do Chega.

Desta forma, “passam a estar sujeitas a imposto do selo as transmissões gratuitas de valores aplicados em fundos de investimento mobiliário e imobiliário ou em sociedades de investimento mobiliário e imobiliário considerando em particular a utilização destas estruturas como veículo de transmissão de imóveis, atenta a atual não sujeição a imposto do selo nestas transmissões”.

Com a redação do Código do Imposto do Selo proposta pelo PS e hoje aprovada, passa a determinar que no caso de rendimentos decorrentes de unidades de participação adquiridas em mercado secundário “ou adquiridas a título gratuito”, o adquirente deve comunicar à entidade registadora ou depositária, ou, na ausência destas, à entidade responsável pela gestão ou ao organismo de investimento coletivo sob a forma societária, a data e o valor de aquisição “ou o valor que tenha sido considerado para efeitos de liquidação de imposto do selo ou que serviria de base à liquidação de imposto do selo, caso este fosse devido”.

Proposta de redução de taxa do IRC nas regiões autónomas aprovada

Os deputados aprovaram ainda uma proposta de alteração do PS ao OE2022 que permite às regiões autónomas aplicar uma redução nas taxas o IRC.

A medida foi aprovada por unanimidade e visa agilizar a compatibilização da norma prevista no Estatuto dos Benefícios Fiscais que permite a aplicação de uma taxa de IRC mais baixa no interior de baixa densidade com os termos dos estatutos das regiões autónomas e da lei das finanças regionais que permitem à Madeira e aos Açores um diferencial fiscal de 30%.

“O Estatuto dos Benefícios Fiscais permite já consagrar uma taxa de IRC mais baixa nos territórios de baixa densidade, fazendo parte do conjunto de benefícios fiscais aplicáveis ao interior do nosso país”, lê-se na nota justificativa da iniciativa, lembrando que nos termos dos estatutos das regiões autónomas e da lei das finanças regionais, é permitido às regiões autónomas um diferencial fiscal de 30%, que visa assegurar de igual modo o devido incentivo ao investimento empresarial nestas regiões ultraperiféricas.

“Interessa, agora, compatibilizar estes dois regimes, permitindo às regiões autónomas aplicar a redução de taxas previstas no artigo 41.º-B para territórios de baixa densidade aos territórios dentro das suas regiões que tenham um perfil socioeconómico semelhantemente desfavorecido no contexto regional”, é referido.

Assim, determina-se, “no caso das Regiões Autónomas, a taxa prevista no n.º 1 [do artigo 41.ºB do EBF: Benefícios fiscais aplicáveis aos territórios do Interior e às Regiões Autónomas] pode ser adaptada nos termos previstos no n.º 2 do artigo 59.º da Lei das Finanças das Regiões Autónomas”, refere o texto da proposta.

Esta quinta decorre o quarto dia de votações na especialidade do OE2022, cuja votação final global está agendada para esta sexta-feira.

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