Mais portugueses pediram crédito ao consumo em dezembro mas com valores mais baixos

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

O valor do novo crédito automóvel ascendeu a 230 milhões de euros em dezembro de 2022, um aumento de 9,3% face a novembro. O crédito pessoal concedido somou 257 milhões, uma descida de 10,2%.

O montante total de novos contratos de crédito aos consumidores manteve-se praticamente inalterado em dezembro de 2022 face ao período homólogo, mas o número de novos contratos aumentou 4,6%, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados provisórios do regulador sobre a evolução dos novos créditos aos consumidores, o montante total dos novos créditos fixou-se em 592,5 milhões de euros em dezembro do ano passado, reduzindo-se em 0,3% face a dezembro de 2021.

Contudo, o número total de novos contratos de crédito aos consumidores ascendeu a 128.289, um aumento de 4,6% face ao período homólogo. Por outro lado, na comparação face a novembro o montante total dos novos contratos de crédito aos consumidores reduziu-se em 2,8%, enquanto o número de total de novos contratos registou uma queda de 5,2%.

Os dados do banco central indicam que o valor do novo crédito automóvel ascendeu a 230 milhões de euros em dezembro de 2022, um aumento de 9,3% face a novembro, correspondendo a 14.755, um acréscimo de 8,4%. Já o crédito pessoal concedido somou 257 milhões de euros, uma descida de 10,2% face a novembro, sendo a maior parcela “sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades” (246 milhões de euros).

No que respeita ao número de novos contratos de crédito pessoais ascendeu a 38.987, uma queda de 11,8% relativamente a novembro. Considerando o crédito concedido através de cartões de crédito e facilidades de descoberto, o montante de novos contratos caiu 6,4% para 106 milhões de euros, em cadeia, através de 74.547 novos contratos (um recuo de 3,8%).

O número de contratos com subvenção, em percentagem, do total de contratos de crédito aos consumidores, representa 4,7% em dezembro, o que compara com os 4,3% do período homólogo e de 4,9% em novembro. Já a proporção do montante dos novos contratos de crédito aos consumidores com subvenção representou 7,4% em dezembro de 2022, o que compara com os 6,8% em dezembro de 2021 e de 6,7% de novembro.

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Leixões mantém liderança portuária no noroeste peninsular por 91 mil toneladas

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

Porto de Leixões mantém liderança portuária no noroeste peninsular por 91 mil toneladas. Só em 2022 movimentou 14,891 milhões de toneladas de carga.

O porto de Leixões manteve, em 2022, o estatuto de maior porto do noroeste peninsular por 91 mil toneladas, já que o porto da Corunha, na Galiza, se aproximou em toneladas de carga movimentada nesse mesmo ano, segundo dados oficiais.

Em 2022, o porto de Leixões movimentou 14,891 milhões de toneladas de carga, de acordo com os dados oficiais da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL). Um número que ligeiramente acima dos 14,799 milhões movimentados pelo porto da Corunha, na Galiza, segundo dados dos Portos do Estado espanhol.

No ano passado, Leixões registou uma quebra de 2% face aos 15,1 milhões de toneladas movimentadas de 2021, ao passo que o porto da Corunha registou um aumento de 25,6% na carga movimentada, excluindo o pescado, passando de 11,8 milhões de toneladas em 2021 para 14,8 milhões no ano passado.

A meio do ano, de acordo com os dados do primeiro semestre, Leixões liderava face à Corunha, já que os 7,5 milhões de toneladas movimentadas superaram os 6,3 milhões do porto da Corunha, uma posição que se encurtou nos últimos seis meses de 2022.

A última vez que a Corunha ultrapassou Leixões foi em 2005; ano em que o porto galego movimentou 14,534 milhões de toneladas e o terminal matosinhense se ficou pelos 14,050 milhões, segundo os dados oficiais.

Desde então, o valor mais alto atingido por Leixões em termos de toneladas de carga movimentada foi o de 2019, com 19,5 milhões de toneladas, o que comparava, à data, com 13,6 milhões da Corunha.

No total, em 2022, os portos do Norte de Portugal (Aveiro, Leixões e Viana do Castelo) contabilizaram 21,07 milhões de toneladas movimentadas, ao passo que os terminais galegos quase 35 milhões de toneladas.

Neste caso, é uma tendência que se mantém do ano anterior, já que em 2021 o conjunto dos portos galegos (Corunha, Ferrol – São Cibrão, Vigo, Marín e Ria de Pontevedra e Vilagarcia de Arousa) já tinha movimentado 30,3 milhões de toneladas e o Norte de Portugal 21,2 milhões.

No noroeste português, em 2022, o porto de Leixões movimentou 14,891 milhões de toneladas, o de Aveiro 5,7 milhões e o de Viana do Castelo 409 mil toneladas.

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Costa admite que inflação vai obrigar Portugal a recorrer a uma verba maior dos empréstimos do PRR

A lógica de as empresas concorrerem numa lógica de consórcios nas agendas mobilizadoras do PRR está a pressionar que o modelo seja replicado no Portugal 2030.

O primeiro-ministro admitiu a hipótese de vir a recorrer à componente dos empréstimos, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), devido à inflação que está a tornar impossível cumprir os investimentos inicialmente previstos nomeadamente ao nível das IPSS. No balanço da execução da bazuca de “para já” 16,6 mil milhões de euros, em Belém, António Costa recordou que cada euro do PRR vai gerar um crescimento de 5,3 euros no Produto Interno Bruto.

Em função da inflação é muito provável que iremos recorrer a verbas ainda não utilizadas do PRR, para permitir cobrir custos designadamente das IPSS ou dos municípios em muitas das obras que estão a tentar contratar, hoje a um preço muito superior ao que estava inicialmente previsto”, disse António Costa.

Apresentação do Ponto de Situação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pelo Governo ao Presidente da República - 15FEV23
Apresentação do Ponto de Situação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pelo Governo ao Presidente da RepúblicaHugo Amaral/ECO

Portugal tem 16,6 mil milhões de euros da bazuca, sendo que 2,7 mil milhões são concedido a Portugal através de empréstimos e o restante a fundo perdido. Além disso, Portugal deixou, desde o início, 2,3 mil milhões de euros pré-reservados em Bruxelas para usar no financiamento de empresas caso viesse a ser necessário. No âmbito das agendas mobilizadoras, que tinham uma dotação inicial de 930 milhões de euros, foi a primeira vez que se admitiu a possibilidade de recorrer a estes empréstimos, mas depois os 1,6 mil milhões adicionais que o PRR português ganhou por via do recálculo dos indicadores pareceu voltar a pôr essa ideia de parte ainda que o dinheiro não chegasse. Mas o Executivo poderia recorrer ao Orçamento do Estado para completar o financiamento necessário. Mas esta quarta-feira António Costa acrescentou duas novas justificações para recorrer aos empréstimos de Bruxelas, que pareciam não ser inicialmente uma opção.

O primeiro-ministro recordou que a Comissão Europeia “já pagou 30% da totalidade das verbas” após o cumprimento de todas as metas e marcos contratualizados com a UE, o que faz com que Portugal seja o sexto país com mais verbas transferidas pela Comissão Europeia. Mas frisou que estes cumprimentos estão “sujeitos as vicissitudes, como a subida dos custos dos materiais de construção, o agravamento das perturbações das cadeias de abastecimento, como é disso exemplo a crise dos chips e vicissitudes legislativas, como a reforma das ordens profissionais”. “Uma reforma vital para a liberalização da economia e para libertar a economia dos constrangimentos corporativos”, disse António Costa.

O PRR tem um impacto que supere em muito os 16,6 mil milhões“, lembrou ainda o chefe de Governo. Citando um estudo do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia, o primeiro-ministro sublinhou que “cada euro do PRR vai gerar um crescimento 5,3 euros no PIB”. Um efeito de alavancagem muito presente na agendas mobilizadoras já que os três mil milhões de euros da bazuca vão potenciar 7.700 milhões de euros de investimento privado das 53 agendas selecionadas.

O conjunto de consórcios das agendas mobilizadoras “pretende produzir mais dois mil produtos, serviços ou patentes, com um aumento do volume de negócios anual de 8.800 milhões de euros, e isto significa que este efeito multiplicador para os próximos anos do PRR vai ser fortíssimo na economia portuguesa”, sublinhou.

Apresentação do Ponto de Situação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pelo Governo ao Presidente da República - 15FEV23
Apresentação do Ponto de Situação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pelo Governo ao Presidente da RepúblicaHugo Amaral/ECO

As agendas mobilizadoras para além do efeito transformador da economia estão também a “lançar importantes sementes para o futuro”, disse António Costa. “O que estamos a verificar é que, no arranque do Portugal 2003”, o novo quadro comunitário de apoio, “há muitos pedidos e pressão para que seja organizado em regime se consórcios tal como foram organizadas as agendas mobilizadoras”, avançou o primeiro-ministro.

António Costa recordou ainda a “lógica de complementaridade” do PRR em vários aspetos, porque permite “incluir investimentos que não são elegíveis no financiamento dos fundos estruturais normais”. É o caso das estradas — “porque em Bruxelas há a ideia de que há estradas as mais em Portugal” — e a habitação.

No arranque da sessão, que decorre esta quarta-feira no antigo Museu dos Coches, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu a António Costa o facto de vir pela segunda vez a Belém fazer “o ponto de situação desta matéria que é de interesse nacional”. E sublinhou que “este é um exemplo de solidariedade institucional e estratégica”, disse o Chefe de Estado, “porque a estratégia corporizada no PRR, e tudo o que a envolve, deve ter um sucesso nacional”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Consumidores defendem maior diversidade na publicidade em Portugal

"Os formatos e os conteúdos vão ser cada vez mais adaptados de forma a incluir a realidade de todos e não apenas das maiorias", antecipa o grupo Havas, autor do estudo O Novo Poder das Comunidades.

Cerca de três quartos (76%) dos consumidores portugueses consideram que as marcas devem representar as diferentes comunidades na sua publicidade e apenas 34% acreditam que os anúncios são os meios que melhor representam uma audiência diversa, defendendo uma maior diversidade na publicidade em Portugal. Ainda assim, de acordo com 45% dos consumidores, apenas a Netflix representa melhor uma audiência diversa do que a publicidade.

Estas são algumas das conclusões do estudo ‘O Novo Poder das Comunidades’, desenvolvido pelo Havas Group, grupo que integra as agências de meios Havas Media e Arena Media, as agências criativas Fuel e Havas Worldwide e também a Fullsix Portugal.

De acordo com o estudo, 81% dos consumidores reconhecem que as comunidades contribuem para uma sociedade mais funcional e saudável, defendendo que cabe às marcas e às empresas integrarem estas comunidades e, para 75% dos inquiridos, as marcas globais devem considerar as diferenças culturais de todas as comunidades para não gerar qualquer tipo de ofensa. Para 64% dos inquiridos é dever das grandes empresas apoiar pequenas empresas de comunidades marginalizadas, prossegue a Havas.

Apesar de defenderem uma publicidade mais inclusiva, apenas 44% dos inquiridos defendem que as marcas devem criar produtos e serviços adaptados a necessidades específicas das comunidades e 77% preferem comprar marcas que não são dirigidas a nenhuma comunidade em especial, prossegue a análise.

A Havas também inquiriu a amostra sobre a importância da diversidade nas empresas. Aqui, 64% dos inquiridos aponta como necessária a existência de um especialista em diversidade e inclusão nos comités de liderança e 68% afirmam que as empresas precisam de um comité de liderança diverso.

“A consciência dos consumidores para a importância da representatividade tem vindo a crescer e cabe, por isso, às empresas defenderem a diversidade sem criar distanciamento”, diz Ana Roma Torres, managing and creative partner da HSE, agência de brand engagement do Havas Media Group, citada em comunicado. “A comunicação é atualmente um dos meios que pode ajudar nesta representatividade. Os formatos e os conteúdos vão ser cada vez mais adaptados de forma a incluir a realidade de todos e não apenas das maiorias”, prossegue a responsável.

O estudo ‘O Novo Poder das Comunidades’ teve por base 503 entrevistas a residentes em Portugal Continental, maiores de 18 anos.

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CMS nomeia três novos sócios

Bernardo Cunha Ferreira, da área de Energia e Alterações Climáticas, Tiago Valente de Oliveira, de Corporate M&A, e Tiago Machado Graça, da área de África Lusófona são os novos sócios da CMS.

A CMS reforçou a equipa de sócios com Bernardo Cunha Ferreira, da área de Energia e Alterações Climáticas, Tiago Valente de Oliveira, de Corporate M&A, e Tiago Machado Graça, da área de África Lusófona.

“Estas nomeações são um importante passo na carreira destes três excelentes advogados, que muito têm contribuído para o desenvolvimento das suas áreas de prática e da sociedade. Quero agradecer o seu profissionalismo, sem o qual estas nomeações não seriam possíveis, desejando boa sorte neste passo tão importante das suas carreiras”, afirmou José Luís Arnaut, managing partner da CMS.

Na CMS desde 2012, Bernardo Cunha Ferreira integra a área de prática de Energia e Alterações Climáticas e desenvolve a sua atividade na área do direito público, com especial enfoque em direito da energia e do ambiente, prestando assessoria jurídica a diversas entidades públicas e privadas. Entre eles, diversos players nacionais e internacionais no setor na energia, em particular na áreas de energias renováveis, cogeração, entre outros.

Tiago Valente de Oliveira, também na CMS desde 2012, desenvolve a sua atividade maioritariamente nas áreas de corporate M&A, fusões e aquisições, capital de risco e direito comercial. Tem participado em processos de aquisição e alienação de sociedades, operações de reestruturação societária de âmbito nacional e internacional, capital de risco e estruturação de parcerias internacionais. Presta ainda assessoria jurídica permanente, no âmbito do direito societário, a diversos clientes nacionais e internacionais, incluindo aconselhamento em questões de corporate finance.

Por outro lado, Tiago Machado Graça está na CMS desde 2014 e tem desenvolvido a sua carreira na área da consultoria fiscal e de investimento a nível nacional e internacional, em operações que envolvem sobretudo Portugal e os Países de Língua Portuguesa, em particular Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e também Timor Leste. Nesse âmbito tem prestado assessoria a clientes nacionais e internacionais de grande e média dimensão em questões de tributação direta e indireta, planeamento tributário internacional e fiscalidade do setor petrolífero, contencioso tributário, bem como assessoria jurídica nas áreas tributárias, aduaneira e societária, operações de financiamento, repatriamento de lucros, ‘compliance’ fiscal, entre outras.

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PGR diz que greve do STOP é ilegal. Mas porquê? Leia os argumentos

O documento compara a greve que dura desde o início de dezembro a uma greve "self-service". Leia a argumentação jurídica invocada pelos magistrados.

O parecer da Procuradoria-Geral da República põe em causa a legalidade da greve convocada pelo STOP. O documento, a que o ECO teve acesso, compara a greve que dura desde o início de dezembro a uma greve “self-service”.

As greves de professores e do pessoal não docente convocadas pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) vão prolongar-se até 10 de março, segundo consta dos pré-avisos de greve publicados no site da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Estes pré-avisos juntam-se, assim, aos pré-avisos anteriormente lançados pelo sindicato liderado por André Pestana, que tinha greves previstas até 24 de fevereiro, que incluem pessoal docente e não docente.

“De acordo com este parecer, há uma divergência entre os avisos prévios de greve enviados ao Ministério da Educação, que referiam que a greve corresponderia à jornada diária de trabalho, e a informação aos docentes, designada “FAQ GREVE 2022”, publicada no sítio da internet do sindicato STOP, que afirma ser possível aos
docentes decidirem a concreta duração do período em que aderem à greve, tornando-a, nesses casos, numa greve com características similares às da greve self-service“, diz o parecer do gabinete de Lucília Gago, com a data de 9 de fevereiro.

Na prática, este parecer, que vai ser homologado pelo Ministério da Educação (ME), conforme já foi anunciado em comunicado, quando for publicado em Diário da República, terá efeito imediato. Mas apenas interno. Ou seja: o STOP pode continuar a fazer a greve, mas em termos diferentes. “Só os tribunais têm competência para decretarem a ilegalidade da greve. No caso do parecer, uma vez homologado, tem efeitos internos, para os serviços, vulgo diretores de agrupamentos”, explicou a advogada Rita Garcia Pereira.

Que argumentos jurídicos são apresentados no parecer, votado a 9 de fevereiro pelo Conselho Consultivo da PGR?

  • Apesar da proteção constitucional do direito à greve, que decidiu não limitar as condutas coletivas merecedoras desse direito à greve, os magistrados invocam o parecer 7/2020, do mesmo Conselho Consultivo, de Junho de 2020, para explicar que devem excluir-se desse mesmo direito à greve as “condutas impróprias e atípicas que, com a mínima perda de salário possível, provoca maior prejuízo ao empregador“;
  • O documento sublinha que, este exercício da greve “deve observar a lealdade, a probidade e a boa-fé“. E pode ser considerado ilícita “caso ultrapasse esse limite”, invocando os artigos 522º do Código do Trabalho e 334º do Código Civil;
  • Ainda que o direito à greve seja um direito individualmente reconhecido pela CRP, esse mesmo direito está coletivamente condicionado ao nível da decisão;
  • Os avisos de greve têm que seguir, “com rigor, o seu âmbito, início e termos“, por uma questão de certeza jurídica e para possibilitar aos afetados (neste caso, os pais e Ministério da Educação) tomar precauções quanto às consequências da paralisação, segundo o artigo 534º do Código do Trabalho;
  • Não resulta dos pré avisos de greve do STOP que a greve seja rotativa ou que abranja os termos apenas da manhã, da tarde ou do pós-laboral. Apenas é dito que a greve é relativa a todo o serviço, “a todo o período de funcionamento das escolas”.
  • E porque, “individualmente, os docentes não podem decidir os termos da greve”, segundo o artigo 395º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), e apenas lhes compete aderir ou não segundo os termos pré-definidos pelo STOP. Tanto assim, que os docentes não têm de comunicar às escolas que estão em greve, apenas têm de justificar a falta, caso não seja por esse motivo.
  • É é “o próprio sindicato (STOP) que comunicou “formas alternativas de adesão à greve, à revelia do declarado nos avisos pré-emitidos”
  • O exercício seletivo do direito à greve, durante um tempo ou a dois tempos durante o horário semanal, quando existem outras aulas previstas para esse mesmo dia, configura a chamada “greve surpresa”, em que o trabalhador”pode decidir iniciar e terminar a greve a qualquer hora do dia”. Essa adesão do trabalhador tem de ser conhecida pela entidade empregadora (o Estado), “sob pena de parecer uma greve self-service”;
  • Caso de interpretasse uma greve como um ato individual, em que o trabalhador pudesse fazer greve quando e como entendesse, deixaria de ser um direito coletivo, como o exposto no artigo 396ª da LTFP;
  • O parecer lembra ainda que, não obstante esse aspeto não estar nos pré-avisos de greve do STOP, os docentes, “de uma forma concertada, têm privilegiado faltar apenas aos primeiros tempos da manhã e da tarde, criando a expectativa nos pais, encarregados de educação, nos alunos e nos órgãos de gestão dos agrupamentos das escolas, de que a ausência se prolongará durante o resto do dia”;
  • Diz ainda o Conselho Consultivo da PGR que “esse modus operandi” tem-se revelado fortemente “destabilizador do regular funcionamento das escolas, impedindo os alunos, famílias e órgãos de gestão das escolas, tomarem as melhores opções e aumentando os prejuízos para as aprendizagens dos alunos”;
  • Por outro lado, “os docentes pretendem causar menos prejuízos para si próprios, já que se vêem privados de apenas uma ínfima parte dos seus rendimentos, ao fazerem greve apenas a determinado tempo letivo”;

“O parecer é também claro quando refere que executar a greve nesses termos, e em detrimento dos avisos prévios, afeta a respetiva legalidade do exercício deste direito. A execução da greve deverá respeitar os pré-avisos apresentados pelas organizações sindicais, em respeito pela legislação que enquadra o direito à greve, enquanto direito fundamental dos trabalhadores”, diz o comunicado do Ministério da Educação.

Essa informação foi comunicada pelo Ministério da Educação aos sindicatos, no início da reunião negocial que decorre na tarde desta quarta-feira e tornada pública, de seguida, em comunicado. Segundo essa nota, o parecer do conselho consultivo da PGR é “claro” quando refere que executar a greve nos termos que têm sido seguidos pelo Stop, “afecta a respectiva legalidade do exercício deste direito”.

Na semana passada, o Ministério da Educação pediu pareceres jurídicos à Procuradoria-Geral da República e ao Centro de Competências Jurídicas do Estado (JurisAPP) sobre a “legalidade da forma de execução das greves dos professores em curso, convocadas pelo STOP e pelo SIPE”.

Esta decisão surge na sequência do apelo feito pela Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) para que a tutela tomasse diligências para “avaliar a legalidade desta forma de greve” imprevisível, assim como para que sejam decretados com “urgência” serviços mínimos nas escolas.

Em curso neste início do segundo período, o Sindicato de Todos os Professores (STOP) convocou greves até ao dia 10 de março, tendo em vigor uma paralisação por tempo indeterminado, enquanto o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) convocou uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas.

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“Não vai haver acordo nenhum”, diz Fenprof antes da reunião com Governo

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

"Já ouvi dizer que o ministro tinha dito que estávamos muito perto do acordo, mas deve ser um acordo entre o senhor ministro e o secretário de Estado", disse Mário Nogueira.

O secretário-geral da Fenprof disse esta quarta-feira que “não vai haver acordo nenhum” com o Ministério da Educação, que acusou de “voltar atrás” em algumas matérias, questionando se a tutela está “a brincar com os professores”.

Não sei se [o ministério] está a brincar com os professores, se está a brincar aos concursos, se está a brincar às estabilidades. Já ouvi dizer que o ministro tinha dito que estávamos muito perto do acordo, mas deve ser um acordo entre o senhor ministro e o secretário de Estado”, afirmou Mário Nogueira, antes de entrar para a quinta ronda negocial sobre um novo modelo de colocação e recrutamento de professores.

O ministério da Educação enviou ao final da tarde de terça-feira o documento sobre o novo modelo de recrutamento e colocação que na opinião de Fenprof “volta atrás” em vários pontos.

“Não vai haver acordo nenhum”, anunciou Mário Nogueira antes de entrar para a reunião no Ministério da Educação, em Lisboa, que se fará com a presença de todos os sindicatos, à semelhança da quarta ronda negocial, que ocorreu no inicio do mês.

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Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos marca greve parcial a partir de março

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

A greve abrange "as primeiras três horas e últimas três da jornada de trabalho", podendo ser renovada por "iguais períodos mensais".

O Sindicato dos Trabalhadores do Impostos (STI) avançou com um pré-aviso de greve às três primeiras e às três últimas horas da jornada de trabalho, com início em março e possibilidade de renovação mensal até ao final de 2023.

Com esta paralisação parcial, os trabalhadores dos impostos pretendem mostrar o seu desagrado perante “a desvalorização profissional” e o “colapso da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”, segundo refere o STI num comunicado emitido hoje.

A greve, cujo pré-aviso foi emitido esta terça-feira, terá início a partir do próximo mês de março, abrangendo “as primeiras três horas e últimas três da jornada de trabalho”, podendo ser renovada por “iguais períodos mensais, até ao final de 2023 ou até que o STI veja as suas reivindicações atendidas”.

O STI refere que esta forma de luta surge perante a ausência de resposta, “quer por parte da tutela, quer por parte da Direção-Geral da AT”, aos “muitos problemas que afetam os trabalhadores” e pela ausência de “qualquer indício de que as condições em que se trabalha na AT vão mudar para melhor”.

“Pelo contrário, a desorganização no funcionamento dos serviços perpetua-se, continua-se a trabalhar com cada vez mais pressão, com milhares de trabalhadores a acusar desgaste físico e psicológico“, refere o sindicato liderado por Ana Gamboa.

O STI indica ainda que os procedimentos relacionados com as carreiras “ou estão parados ou avançam lentamente, ou avançam com prejuízo dos trabalhadores”, como resultado de uma política de gestão de recursos humanos “que promove a discricionariedade e o sentimento de injustiça entre colegas”.

Além da greve, o STI vai ainda organizar concentrações de trabalhadores e outras iniciativas de protesto, cuja divulgação remete para mais tarde.

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Feira do Livro de Lisboa regressa às datas pré-pandemia

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

A edição da Feira do Livro de Lisboa deste ano vai realizar-se entre 25 de maio e 11 de junho, no Parque Eduardo VII.

A 93.ª Feira do Livro de Lisboa vai realizar-se entre 25 de maio e 11 de junho, no Parque Eduardo VII, regressando assim às datas pré-pandemia, anunciou a organização.

“Já abriram as inscrições para a próxima Feira do Livro de Lisboa, este ano a ter lugar entre os dias 25 de maio e 11 de junho. O local será, como sempre, no magnífico cenário do Parque Eduardo VII“, lê-se numa publicação partilhada na página oficial da Feira do Livro de Lisboa na rede social Facebook.

Na publicação, a organização refere que conta “com a presença de todos naquele que se espera, seja um excelente retorno da Feira do Livro de Lisboa ao calendário habitual”.

A 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa decorreu entre 25 de agosto e 11 de setembro e foi apresentada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) como “a maior edição de sempre”, com 140 participantes – mais dez do que em 2021 – e 340 pavilhões.

Ao longo dos vários dias, passaram pela feira 772 mil pessoas, segundo a APEL. A Ucrânia foi o país convidado da feira, com a presença de um pequeno stand com livros ucranianos e programação associada. Em 2020, a Feira do Livro de Lisboa realizou-se pela primeira vez entre os dias 27 de agosto e 13 de setembro, devido à pandemia de covid-19.

Em 2021 e no ano passado a feira voltou a realizar-se no final de agosto e início de setembro, coincidindo com as datas da Feira do Livro do Porto, organizada pela Câmara Municipal daquela cidade.

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PS critica propostas do PSD para a habitação: “É o pacote da mercantilização”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Fevereiro 2023

A bancada parlamentar socialista deixou críticas ao pacote de medidas apresentado na terça-feira pelos social-democratas, antecipando o Conselho de Ministros de amanhã dedicado ao tema.

O PS criticou esta quarta-feira as medidas para a habitação apresentadas pelo PSD, apelidando-as de “pacote de mercantilização”. “Apresentam ou propostas que já estão em execução ou propostas que já viram na comunicação social que iriam ser apresentadas” no Conselho de Ministros desta quinta-feira, dedicado à habitação, afirmou o deputado socialista Hugo Carvalho, num debate sobre o tema no Parlamento convocado pelo PCP.

Para Hugo Carvalho, o PSD “olha para a habitação como um espaço de quatro paredes com potencial para gerar receitas“. “Fazem a defesa de um mercado, mas não fazem a defesa do mercado de habitação”, sustentou o parlamentar, acusando os social-democratas de não estarem à altura de responder aos desafios que se colocam no acesso à habitação.

O deputado do PS questionou ainda o PSD sobre o “valor global” do seu pacote para a habitação – que reúne cerca de 40 medidas que passam, maioritariamente, pelo desagravamento fiscal – e qual o impacto na redução da taxa de esforço com despesas de habitação das famílias.

Em resposta à bancada socialista, o deputado social-democrata António Prôa prometeu apresentar a quantificação do pacote de medidas “para muito mais breve do que o tempo que o PS demora a reprogramar e a corrigir as medidas que nunca cumpre”.

Culpando o PS pelo estado atual do mercado da habitação, António Prôa lembrou os 2,7 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinados à habitação para acusar o Governo de atirar dinheiro para cima dos problemas e mesmo assim “não os consegue resolver”. “Quer maior prova de incompetência?”, contrapôs.

O debate parlamentar desta quarta-feira, marcado pelo PCP para discutir o seu projeto-lei sobre habitação, antecede o Conselho de Ministros agendado para amanhã, que será exclusivamente dedicado à política de habitação, estando prevista a aprovação de três ordens de medidas. Estas devem incluir a disponibilização de mais solos para a construção de casas, um novo mecanismo permanente de apoio à renda para famílias com quebras de rendimentos e incentivos à construção de habitação por parte de privados.

No arranque da sessão plenária, o deputado comunista Bruno Dias apresentou o diploma que prevê a criação de um regime para proteger a habitação própria e evitar situações de incumprimento, desafiando os partidos a aprovarem o seu projeto-lei e a optarem entre “proteger os lucros da banca ou a casa das pessoas”.

A bancada socialista, pela deputada Vera Braz, desafiou por sua vez o PCP a fazer propostas “realistas e concretizáveis”, remetendo para o Conselho de Ministros “as respostas que são relevantes para os portugueses, como sempre dadas pelo Governo liderado pelo PS”.

Já o PSD e o Chega convergiram em acusar os comunistas de terem apoiado as políticas do Governo socialista desde 2015 e que levaram à atual crise da habitação.

O projeto de lei do PCP que prevê a criação de um regime para proteger a habitação própria e evitar situações de incumprimento foi rejeitado com os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal, as abstenções do PSD e do Chega e a favor do PCP, Bloco de Esquerda e os deputados únicos do Livre e do PAN.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h38 com os resultados da votação do projeto de lei do PCP)

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Falha informática na Lufthansa afeta aeroportos de Frankfurt e Munique

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

"Todas as partidas e chegadas a Frankfurt estão suspensas neste momento", indicou a Lufthansa. A falha informática terá sido provocada por trabalhos de construção.

O tráfego aéreo registou fortes perturbações esta quarta-feira nos aeroportos de Frankfurt e Munique, os mais importantes da Alemanha, devido a uma falha informática provocada por trabalhos de construção, que afetou os voos do grupo Lufthansa.

“Todas as partidas e chegadas a Frankfurt estão suspensas neste momento”, enquanto o movimento “proveniente ou com destino ao aeroporto de Munique tem sido parcialmente afetado”, indicou o grupo em comunicado enviado à AFP. A avaria informática levou ao cancelamento de vários voos operados pelo grupo aéreo Lufthansa, que detém igualmente a Austrian Airlines, Swiss e Brussels Airlines.

“Ainda não temos indicação sobre o número de voos afetados por estas perturbações”, disse um porta-voz do grupo à AFP. Devido à falta de lugares, com os aviões da Lufthansa no solo, “não houve qualquer aterragem” no aeroporto de Frankfurt durante várias horas.

Ao fim da manhã, “alguns aviões puderam aterrar, mas de forma isolada”, acrescentou. A avaria foi provocada por “trabalhos de construção na região de Frankfurt”, disse a Lufthansa no Twitter, acrescentando que procura uma solução.

Quatro cabos de internet operados pela Deutsche Telekom ficaram “danificados” na terça-feira à noite, durante trabalhos numa linha férrea, o que provocou a avaria que afetou o sistema informático, afirmou à AFP um porta-voz do grupo de telecomunicações, explicando que dois cabos já foram reparados.

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Nova greve na CP a 27 de fevereiro e 1 de março

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

Os trabalhadores da CP vão fazer greve à prestação de “todo e qualquer trabalho nos seguintes termos”, nos dias 27 de fevereiro e 1 de março, “durante todo o seu período de trabalho”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram esta quarta-feira uma greve na CP – Comboios de Portugal para os dias 27 de fevereiro e 1 de março. “Os sindicatos da UGT, Sinafe [Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins] e Sintap [Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública], avançam para a greve face à interrupção das negociações na CP e na IP”, informaram em comunicado.

Assim, os trabalhadores da CP vão fazer greve à prestação de “todo e qualquer trabalho nos seguintes termos”, nos dias 27 de fevereiro e 01 de março, “durante todo o seu período de trabalho”. Na terça-feira, aqueles sindicatos tinham anunciado uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP) para os dias 28 de fevereiro e 02 de março.

Em causa está o “impasse” nas negociações salariais com a administração da IP e da CP, afirmam os sindicatos em comunicado. Segundo contam, na última reunião, as administrações mantiveram a proposta apresentada na anterior reunião, “não havendo qualquer evolução, nem aproximação às reivindicações do Sintap e do Sinafe”.

“Claramente condicionado pelo Governo, o negociador patronal acenava com o despacho da tutela financeira que limitava o aumento a 5,1% da massa salarial, o que se traduz por mais um ano de perda de poder de compra para os trabalhadores da IP-Infraestruturas, IP-Telecom, IP-Engenharia e IP-Património”, pode ler-se no comunicado.

De acordo com o Sintap e o Sinafe, as propostas dos sindicatos não foram consideradas pela comissão negociadora patronal, pelo que, “perante este impasse, a administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por ato de gestão”. No comunicado, os sindicatos indicam que a greve é pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação coletiva e pela “não discriminação de trabalhadores” e contratação de pessoal.

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