Nova política de rentabilização do YouTube Shorts prejudica criadores

Os criadores podem ter sofrido uma quebra de receita de 20% com a nova política de rentabilização do YouTube Shorts, embora as visualizações nos seus vídeos tenham aumentado.

O YouTube introduziu em fevereiro uma nova forma de rentabilizar a criação de vídeos curtos, através do YouTube Shorts, possibilitando que os criadores de conteúdos ganhem 45% da receita angariada através da publicidade transmitida entre os vídeos, enquanto a plataforma retém os outros 55%.

Esta nova forma de monetização dos YouTube Shorts não parece convencer os criadores de conteúdos, que afirmam estar a perder dinheiro com esta nova modalidade, segundo afirma a revista Digiday depois de falar com cinco gestores de talento, que trabalham com mais de 60 criadores de conteúdos.

A impressão geral e as visualizações aumentaram bastante (aproximadamente 60% para os criadores com quem trabalhamos) mas o tempo de visualização e a receita sofreram um grande impacto“, afirmou Aniket Mishra, co-founder e CEO da Creator Mail, estimando uma quebra de receita na ordem dos 20%. Alguns criadores já ilustraram estas quebras com as suas estatísticas, como Brooke Mon, que tem 2,03 milhões de inscritos no seu canal e que diz ter ganho 768,41 libras (872,13 euros) no último mês, apesar dos 64,5 milhões de visualizações nos seus vídeos.

O incremento nas visualizações não está, portanto, a ser refletido na receita que chega até aos criadores. Phil Ranta, diretor de operações da companhia We Are Verified, considera inclusive que a motivação dos criadores pode ser afetada, tendo em conta que as audiências passam de um milhão para dez milhões de visualizações mensais, sem que estes sejam proporcionalmente remunerados. Vimos muitos criadores a crescer entre 20 a 50% mês após mês com o Shorts, mas não vimos um crescimento de receita associado“, afirmou Phil Ranta à Digiday.

A receita dos anúncios apresentados entre vídeos no feed do YouTube Shorts, conforme explicado pelo YouTube, “é somada e utilizada para recompensar os criadores e ajudar a cobrir os custos de licenciamento de música”, pelo que se o criador não usar música no vídeo, toda a receita associada às respetivas visualizações é revertida para o Fundo para criadores, enquanto nos vídeos com faixas sonoras a receita tem de ser repartida com os parceiros de música, com base no número de faixas utilizadas.

Partindo depois do valor global atribuído ao Fundo para criadores, a receita é distribuída pelos criadores mediante o número de visualizações que os respetivos vídeos curtos geraram em cada país. “Por exemplo, se um criador obtiver 5% de todas as visualizações de vídeos curtos elegíveis carregados por criadores com rentabilização, recebe 5% da receita através do Fundo para criadores”, explica a plataforma. De modo a serem elegíveis e a obterem receita, os parceiros com rentabilização têm de aceitar o módulo de rentabilização do Shorts.

O YouTube exemplifica: Se no total forem registadas 100 milhões de visualizações de vídeos curtos no país (carregados por criadores com rentabilização), são recebidos 100 mil dólares através de anúncios reproduzidos entre vídeos curtos no feed do Shorts. Se 20% desses vídeos utilizarem uma faixa de música, isso significa que o Fundo para criadores recolhe 90 mil dólares (10 mil dólares são utilizados para cobrir os custos de licenciamento de música). Se o vídeo curto de um determinado criador for visto 1 milhão de vezes é-lhe portanto atribuído 1% do Fundo para criadores, ou seja, 900 dólares. Contudo, mediante a aplicação da partilha de receita de 45%, o criador vai receber um total de 405 dólares pelas visualizações dos seus vídeos.

Ainda é cedo, e nós estamos focados em juntar criadores, visualizadores e publicitários para aumentar o ecossistema do Shorts“, diz fonte do YouTube à Digiday. “Como todos investimos no Shorts, esperamos que as receitas dos criadores continuem a crescer. Com a partilha da receita estamos comprometidos em construir uma parceria a longo termo, onde os criadores possam diretamente partilhar o sucesso da plataforma”.

Entretanto, recentemente a Insider publicou uma lista de alguns criadores de conteúdos e a rentabilização que eles tiveram no mês de fevereiro com o YouTube Shorts:

  • Julia McNamee (55.000 subscritores): 3.15 dólares com 50.500 visualizações
  • Riley Lemon (92.000 subscritores): 383.13 dólares com 7 milhões de visualizações
  • Ammon Runger (155.000 subscritores): 140.37 dólares com 2.9 milhões de visualizações
  • MattyKay (220.000 subscritores): 465.79 dólares com 11 milhões de visualizações
  • Alasdair Mann (360.000 subscritores): 1,075.35 dólares com 25.6 milhões de visualizações
  • James Seo (650.000 subscritores): 1,455.04 dólares com 32.4 milhões de visualizações
  • Kaz Sawyer (3.3 milhões de subscritores): 4,207.31 dólares com 115.9 milhões de visualizações

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Incubadora Taguspark abre portas a empreendedores estrangeiros

Com a certificação do âmbito do Programa StartUP Visa, a incubadora passa a ter condições para acolher empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto em Portugal.

A Incubadora do ecossistema de ciência e tecnologia, o Taguspark – Cidade do Conhecimento, acaba de receber certificação no âmbito do Programa StartUP Visa. Através desta certificação, operacionalizada através do IAPMEI, a Incubadora Taguspark passa a ter condições para acolher empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e inovação em Portugal, com vista à concessão de visto de residência ou autorização de residência para imigrantes empreendedores que se rege por regulamento próprio.

“Este é mais um passo feliz e muito importante para o crescimento da nossa Incubadora na Cidade do Conhecimento. O StartUP Visa é um programa que nos assenta muito naturalmente porque reforçamos a diversidade e multiculturalidade que fazem pulsar a nossa comunidade inovadora e empreendedora”, comenta Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark, em comunicado.

Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark.

“Este é um programa que acreditamos enriquecer a dinâmica empreendedora da Incubadora e a forma como as sinergias multiplicam o valor dos projetos e das ideias que aqui vemos nascer e crescer diariamente”, acrescenta a responsável pela Incubadora Taguspark, Fernanda Melo.

Deste modo, os empreendedores estrangeiros, sem residência permanente no Espaço Schengen, que pretendam desenvolver o seu projeto em Portugal, ainda que não tenham constituído empresa, ou os empreendedores que já detenham projetos empresariais nos países de origem e que pretendam exercer a sua atividade em Portugal, ganham uma via de oportunidade de se instalarem na Cidade do Conhecimento e entrarem no programa de incubação da Incubadora Taguspark.

A Incubadora do Taguspark é um ecossistema capacitado para fomentar permanentemente as startups em todas as fases. Tendo em conta o compromisso com a inovação e a competitividade, destaca-se ainda a atual integração de novas áreas, como a Economia Azul, as Ciências do Mar e Espaço e Defesa.

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Supremo Tribunal de Justiça divide o processo da Operação Lex em dois

  • Lusa
  • 14 Março 2023

O STJ decidiu separar o processo Operação Lex em dois processos distintos, cabendo-lhe apenas julgar alguns crimes imputados aos juízes Rui Rangel e Vaz das Neves e outros três arguidos.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu separar o processo Operação Lex em dois processos distintos, cabendo-lhe apenas julgar alguns crimes imputados aos juízes Rui Rangel e Vaz das Neves e outros três arguidos.

Segundo um acórdão assinado por António Latas, juiz presidente do coletivo que vai julgar o processo no Supremo Tribunal de Justiça, este tribunal considerou que “apenas é competente” para julgar quatro crimes, parte deles em co-autoria.

O STJ vai julgar Vaz das Neves, juiz desembargador e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL); Rui Rangel, ex-juiz desembargador; Octávio Correia, funcionário judicial do TRL, e José Santos Martins, advogado de Rui Rangel e seu alegado testa-de-ferro, todos por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, agravado.

Vai também julgar o empresário José Veiga por um crime de corrupção ativa para ato ilícito; Vaz das Neves e Rui Rangel por um crime de abuso de poder; e Vaz das Neves por um crime de abuso de poder.

Para o restante processo, “declara-se o STJ incompetente para o julgamento dos demais crimes objeto da acusação e pronúncia”, remetendo esse julgamento para o Juízo Central Criminal de Lisboa, por entender ser este o tribunal judicial funcional e territorialmente competente para apreciar os ilícitos em causa.

Significa isto que arguidos como o ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB), Luís Filipe Vieira, a antiga juíza desembargadora Fátima Galante, o ex-vice-presidente do SLB Fernando Tavares, e o advogado Jorge Barroso, entre outros, vão ser julgados em tribunal de 1.ª instância.

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Governo vai lançar dois novos avisos do PRR para apoio domiciliário

António Costa disse que “só na poesia basta Deus querer, o homem sonhar e a obra aparecer”. “Na vida real é um bocado mais difícil", reconheceu.

Este semestre serão lançados dois novos avisos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apoio domiciliário, anunciou esta terça-feira a ministra do Trabalho e da Segurança Social.

Numa vista às obras da Unidade Social integrada da Portela, um projeto financiado pelo PRR, mas também pela Cruz Vermelha Portuguesa e a autarquia de Loures, Ana Mendes Godinho anunciou que serão “lançados este semestre dois novos avisos para apoio domiciliário 4.0, qualificado e com acompanhamento tecnológico e teleassistência para que os idosos passem a estar ligados garantindo assim um acompanhamento personalizado”. E um outro para “permitir pequenas obras de adaptação das casas — uma banheira, um corrimão ou uma escada — para que as pessoas passam envelhecer nas suas casas de forma ativa, ainda que com acompanhamento domiciliário”, explicou a ministra.

A Unidade Social integrada da Portela, que representa um investimento de 7,6 milhões de euros, sendo que o PRR apenas financia 1,6 milhões, pretende promover dois tipos de resposta: residencial, para cerca de 160 utentes com cuidados continuados, e de apoio domiciliário para cerca de 300 idosos para promover assim um envelhecimento ativo. O objetivo é “aumentar respostas de qualidade que promovam a autonomia e a independência”, precisou a Ana Mendes Godinho.

O primeiro-ministro, que tem todas as semanas iniciativas para demonstrar a aplicação do PRR no terreno, explicou que este é “um bom exemplo” de com a bazuca europeia permite dar uma resposta mais significativa aos problemas estruturais do país, seja nas respostas sociais, seja na habitação.

“No programa PARES, financiado pelo orçamento da Segurança Social temos previstas 18 mil camas, mas temos mais 15 mil graças ao PRR”, sublinhou António Costa. “O PRR acrescenta ao que o país é capaz de fazer”, frisou. “Com o PRR aumentou 33% a capacidade do país em termos de respostas sociais”, acrescentou.

Mas num recado aos críticos da lenta execução do PRR, António Costa disse que “só na poesia basta Deus querer, o homem sonhar e a obra aparecer”. “Na vida real é um bocado mais difícil. É necessário que os arquitetos projetem, que as instituições contratem empreiteiros, que os empreiteiros montem estaleiro, comprem materiais e comecem a executar a obra”, frisou.

Sublinhando que esta obra tem “um prazo de execução”, António Costa justifica que o PRR apenas pagou ainda 20% do valor porque se trata do adiantamento. O restante será pago “à medida que a obra for avançando”. “Significa que o PRR está parado?”, questionou. “Não significa que o PRR está a andar”, respondeu.

De acordo com o mais recente relatório semanal de monitorização da aplicação do PRR, até 8 de março, foram pagos 1,55 mil milhões de euros aos beneficiários finais (9%). Um valor que pouco avançou face ao início do ano.

O Presidente da República aproveita todas as intervenções para alertar para a necessidade de acelerar a execução dos fundos europeus, lembrando que esta é uma oportunidade que Portugal não pode perder. António Costa também aproveita todas as intervenções para responder e esta terça-feira não foi exceção.

“O PRR está a ser executado a bom ritmo, para ser executado a tempo e horas”, concluiu.

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Mercadona vê receitas crescerem 78% em Portugal. Vai investir 280 milhões este ano

Operação em Portugal é deficitária em 50 milhões de euros, uma melhoria face aos 64 milhões de euros registados em 2021. Cadeia aponta equilíbrio para 2024.

A Mercadona fechou o ano passado com um volume de vendas de 737 milhões de euros, uma subida de quase 78% face aos 415 milhões de euros registados no mercado português em 2021, de um total de vendas de 31.041 milhões de euros, um crescimento de 11%. Globalmente, os lucros líquidos da companhia espanhola subiram 5%, para 718 milhões. Em Portugal, mercado onde a empresa já tem 39 lojas, a companhia conta investir este ano 280 milhões de euros na abertura de novas lojas e no bloco logístico de Almeirim.

“Estamos super contentes com Portugal. Estamos cada vez mais portugueses”, garante Juan Roig, CEO da Mercadona, durante a apresentação de contas anuais da cadeia de supermercados espanhola.

No ano passado, a empresa abriu dez lojas, elevando para 39 o número de espaços, num investimento de 140 milhões de euros de um total de 923 milhões.

Para este ano, a companhia estima investir 280 milhões de euros, dos quais 225 milhões no bloco logístico de Almeirim. “No ano que vem abrimos o bloco”, anunciou o responsável. Para este ano, a Mercadona estima adicionar dez novas lojas à rede. “Queríamos adicionar mais, mas falta-nos pessoas e bloco logístico”, refere o CEO.

Apesar da evolução positiva das receitas no mercado nacional, o primeiro de internacionalização da cadeia, a operação é ainda deficitária. “Este ano perdemos em Portugal 50 milhões de euros — no ano anterior esse valor era de 64 milhões de euros. Em 2024 chegaremos ao equilíbrio”, afiança Juan Roig.

No ano passado, a companhia comprou 789 milhões de euros a fornecedores em Portugal. Finalizou o período com 3.500 colaboradores. A empresa contribuiu com 93 milhões de euros em impostos através da empresa Irmãdona Supermercados, com sede em Vila Nova de Gaia.

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Afinal, MAAT mantém-se sob gestão da EDP

A EDP tinha anunciado um acordo com a Fundação de Serralves para a cedência da gestão e programação do MAAT. O acordo foi revisto, o museu vai continuar no universo EDP, mas haverá mais parcerias.

No dia 5 de novembro de 2021, a Fundação EDP e a Fundação de Serralves revelaram um memorando de entendimento para uma parceria de longo prazo, que previa a transferência da gestão e programação do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) para fundação liderada por Ana Pinho, mas, afinal, o acordo foi revisto… e diminuído. O MAAT e a Central Tejo continuarão sob gestão da Fundação EDP, apurou o ECO junto de duas fontes que conhecem as negociações, mas haverá um reforço das parcerias de programação. As duas fundações confirmaram, entretanto, em comunicado oficial, a notícia do ECO.

Assim, um ano e quatro meses de negociações depois, e as duas entidades optaram por um acordo diferente: Haverá um reforço da parceria entre as duas fundações e respetivos museus de arte contemporânea, mas a gestão e programação do MAAT continuará sob a responsabilidade de Vera Pinto Pereira, a presidente da Fundação EDP, e das equipas. João Pinharanda permanecerá como diretor do museu e Miguel Coutinho como diretor-geral da Fundação.

Além disso, como decorre da comunicação da EDP ao mercado, no quadro da Assembleia Geral de Acionistas, revelada esta segunda-feira, a administração propõe, no ponto dois da agenda, sobre a aplicação de resultados de 2022, a manutenção de uma transferência de 6,2 milhões de euros para a Fundação EDP. O MAAT, recorde-se, foi uma aposta de António Mexia, anterior presidente da EDP, foi desenhado pela arquiteta Amanda Levete e inaugurado em outubro de 2016, com um investimento da ordem dos 20 milhões de euros.

“A Fundação EDP e a Fundação de Serralves acordaram o desenvolvimento de projetos em conjunto nos espaços que gerem, nomeadamente o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat) e a Central Tejo, em Lisboa, e o Museu, a Casa, o Parque de Serralves e a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, no Porto, orientados para a promoção da arte contemporânea, da arquitetura e da ciência”, revelaram, em comunicado conjunto, as duas fundações, já depois da notícia do ECO.

Todas as partes estão satisfeitas com o acordo que foi estabelecido“, disse ao ECO outra fonte. O anúncio do acordo, recorde-se, foi recebido com reservas pela comunidade cultural que trabalha com o MAAT, e até pelo anterior diretor do museu de arte, Pedro Gadanho. Citado pelo Público, o antigo curador considerou-o “mais um sintoma da perda de diversidade e da cada vez maior homogeneização da cultura em Portugal”. “É uma notícia triste”. No mesmo artigo, era também citado João Fernandes, que liderou Serralves. “Sendo tão poucas as instituições de arte em Portugal, preferiria também aqui a diversidade, por contraponto à concentração de responsabilidades e de poderes de programação”. Já Artur Santos Silva, antigo presidente de Serralves, dizia que o “memorando de entendimento reflete o reconhecimento do grande sucesso que, na área da gestão da arte contemporânea, Serralves tem tido, tanto no plano nacional como internacional”. Agora, o acordo é outro.

“Nos próximos anos a Fundação EDP irá apoiar anualmente uma grande exposição em Serralves, começando desde já, por apoiar a grande exposição dedicada à obra de Carla Filipe, que inaugurará este mês no Museu de Serralves. Está também prevista a apresentação de algumas iniciativas de Serralves no maat e na Central Tejo, numa colaboração que se prevê estender-se nos próximos anos, com outras exposições e programas a divulgar”, lê-se no comunicado a anunciar o acordo revisto.

Assim, com o novo acordo, diferente do inicialmente anunciado no memorando de entendimento, acaba por haver uma resposta às preocupações de agentes do setor. Mantém-se uma programação diversificada, mas o objetivo será mesmo ter mais Serralves em Lisboa e o MAAT no Porto.

(Notícia atualizada às 15h30 com o comunicado oficial das duas fundações, divulgado depois da notícia divulgada).

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Taxas Euribor recuam pela terceira sessão após máximos de 14 anos

  • Lusa e ECO
  • 14 Março 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa cedem pela terceira sessão nos prazos a seis meses e a 12 meses, aliviando de máximos desde o final de 2008.

As taxas Euribor desceram pela terceira sessão seguida, depois de terem renovado máximos de mais de 14 anos no final da semana passada, com a queda do Silicon Valley Bank a mexer nas expectativas dos investidores em relação à política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

  • A taxa Euribor a 12 meses, que é a mais utilizada em Portugal nos novos créditos à habitação com taxa variável, recuou pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,509%, menos 0,349 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também baixou pela terceira sessão consecutiva, para 3,035%, menos 0,340 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou pela segunda sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,753%, menos 0,204 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião está agendada para esta quinta-feira e em cima da mesa estará uma nova subida de 50 pontos base, mas a instabilidade provocada pela queda do SVB deixa os investidores menos certos sobre qual será a decisão a tomar no que diz respeito aos juros.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Rumos Consulting quer contratar 80 perfis tech até final do ano

Algumas vagas dizem respeito a regimes de trabalho híbrido, outras a um formato completamento remoto.

A Rumos Consulting pretende recrutar 80 profissionais até ao final do ano, reforçando assim a sua atual equipa composta por 220 consultores de tecnologias de informação. Algumas vagas dizem respeito a regimes de trabalho híbrido, outras a um formato totalmente remoto.

“Estes profissionais terão a oportunidade de integrar projetos desafiante da Rumos Consulting e da nossa carteira de clientes, nos mais diversos setores de atuação na área das tecnologias de informação, tendo, entre outros benefícios, acesso a formação certificada pelos principais fabricantes de TI”, afirma Ana Dias, human resources manager da Rumos Consulting, em comunicado.

Com este processo de recrutamento e seleção, a Rumos Consulting pretende reforçar a aposta nos seus projetos nas áreas de software development, data analytics & AI, project management, cloud engineer e networking & cybersecurity.

Para saber mais sobre o processo de recrutamento deverá consultar o Portal de Emprego da Rumos Consulting.

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Portugal atrás da média da UE na despesa pública em proteção ambiental

OCDE aponta que Portugal está a falhar nas metas de gestão de resíduos e que a nível de investimento das infraestruturas as "necessidades continuam a ser significativas".

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alerta que a despesa pública com a proteção ambiental esteve, em 2020, abaixo da média da União Europeia (0,9%), situando-se nos 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), com a média da OCDE a ficar-se pelos 0,5%. Entre as áreas que ficaram mais atrasadas, a entidade internacional aponta a fraca valorização de resíduos e a economia circular.

Num relatório divulgado esta terça-feira, no âmbito da revisão do desempenho ambiental de Portugal, a OCDE deixa claro que “a gestão dos resíduos tem impulsionado o seu recente aumento, mas que tal não se reflete no desempenho da prestação de serviços”.

Nesse âmbito, a entidade aponta que, em 2020, três quatros dos municípios não recuperaram totalmente os custos da prestação de serviços de resíduos através das tarifas cobradas aos consumidores, relembrando que as taxas sobre resíduos estão incluídas na conta da água. É desta forma que o país deve financiar as infraestruturas.

“Portugal concluiu as principais infraestruturas para a gestão de águas residuais mas as necessidades de investimento continuam a ser significativas”, revela a entidade no documento divulgado.

A nível de resíduos e à sua circularidade, a OCDE vinca que “Portugal regista um atraso relativamente à economia circular”, e explica que, em 2020, o país gerou mais resíduos urbanos per capita do que a média europeia tendo sido também um dos países com as taxas mais elevadas de deposição em aterro. “O país não cumpriu a maior parte das suas metas de resíduos para 2020”, revela o documento.

Na valorização de materiais de resíduos urbanos, a percentagem de compostagem e reciclagem no tratamento total é em Portugal de 28%, quando a média na OCDE é de 34%, uma média também superior a Portugal na área da economia circular.

Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática reconheceu este atraso referindo ser “evidente que temos que áreas com resultados muito positivos acima da média da OCDE e que nos permitem acreditar em progressos”. No entanto, existem também “áreas em que temos de trabalhar no sentido de recuperar atrasos”, sublinhando ser crucial “reduzirmos a deposição [de resíduos] em aterro” e “reforçar os princípios de circularidade”, nomeadamente, a nível da reciclagem, recolha de biorresíduos.

Sabemos que temos que aproveitar esses resíduos como recurso energético“, afirmou o governante esta terça-feira, durante a apresentação do relatório, em Sintra.

Além disso, deu conta de que para além do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2030), aprovado em fevereiro, o Governo está a preparar-se para aprovar também o UNILEX, uma diretiva a nível europeu, que, entre as medidas, visa implementar o sistema nacional de depósito de embalagens e reembolso (SDR).

“Vamos generalizar [o SDR] no nosso pais para aumentar a reciclagem de embalagens e dando o retorno aos nossos cidadãos que contribuem para [as metas de reciclagem]”, anunciou Duarte Cordeiro.

Mas nem tudo são más notícias: a nível das áreas como as energias renováveis, emissões de gases com efeito de estufa e qualidade do ar, a OCDE sublinha o bom desempenho do país. Portugal “registou progressos louváveis no desenvolvimento de energias renováveis e na eliminação progresso do carvão em 2021”.

“Na última década, o cabaz energético passou do petróleo e do carvão para o gás natural para as energias renováveis. Portugal pode ser elogiado por ter encerrado as duas últimas centrais eléctricas a carvão em 2021, dois anos antes do previsto. Os combustíveis fósseis continuam a fazer a maior parte do fornecimento de energia, mas a quota das energias renováveis (principalmente biomassa, eólica e hidro) é mais elevada do que na maioria dos países europeus“, sublinha o relatório.

Com 34% de energias renováveis no consumo final bruto de energia em 2020, a OCDE sublinha que Portugal alcançou o seu objetivo vinculativo de atingir o mínimo de produção de energias renováveis (31%) estabelecido pela Directiva da UE.

Os dados constam da quarta revisão de desempenho ambiental de Portugal divulgada esta terça-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), na qual a organização de 38 países deixa 26 recomendações, que “visam ajudar Portugal a reforçar a coerência das políticas para impulsionar uma recuperação económica ecológica” e progredir na neutralidade carbónica e desenvolvimento sustentável.

Tal como as revisões de desempenho em 1993, 2001 e 2011, a quarta revisão analisa o desempenho ambiental de Portugal, neste caso respeitante à última década. Os dois países examinadores foram a Costa Rica e o Luxemburgo.

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OCDE recomenda que preços das portagens variem em função das emissões

Ao mesmo tempo, a OCDE apela a que se suprima o "tratamento fiscal preferencial para os veículos mais antigos".

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomenda que os preços das portagens variem consoante as emissões dos veículos e que se suprima o “tratamento fiscal preferencial para os veículos mais antigos”, a fim de rejuvenescer a frota.

Esta recomendação foi feita no âmbito da quarta Avaliação de Desempenho Ambiental de Portugal, apresentada esta terça-feira, 14 de março, na qual a OCDE faz uma análise dos progressos de Portugal no sentido de atingir os seus objetivos de neutralidade de carbono e desenvolvimento sustentável, assim como de desempenho na ecologização do seu mix energético, na melhoria da qualidade do ar, na gestão da água e dos resíduos, e na inversão da perda de biodiversidade.

Além das recomendações em relação aos veículos já referidas, a OCDE defende também que gradualmente seja colmatada a diferença fiscal entre gasóleo e gasolina e que continuem a ser desenvolvidas zonas de baixas emissões nas cidades, “com normas rigorosas nas cidades que excedam os limites de qualidade do ar”.

Em paralelo, a OCDE espera que sejam reduzidas as emissões dos veículos e a dependência do automóvel. Isto, através de apoios à aquisição de veículos de baixas emissões e da implantação de estações de carregamento em todo o país. Por outro lado, fica sugerido que o montante que deveria ser dirigido à construção de novas estradas passe a ser usado para investimento na linha ferroviária.

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Taxa de inflação homóloga em Espanha acelera para 6% em fevereiro

  • Lusa
  • 14 Março 2023

A inflação homóloga em Espanha subiu 6% em fevereiro, mais uma décima que em janeiro, devido principalmente ao aumento histórico dos preços dos alimentos de 16,6%.

A inflação homóloga em Espanha subiu 6% em fevereiro, menos uma décima que o valor anunciado a 28 de fevereiro e mais uma décima que em janeiro, devido principalmente ao aumento histórico dos preços dos alimentos de 16,6%.

O Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) anunciou esta terça-feira que o grupo de alimentos e bebidas não alcoólicas aumentou mais de um ponto acima do mês anterior, e este comportamento é influenciado pelo aumento do preço dos legumes e da carne, bem como por uma redução menor do preço do peixe e do marisco em relação ao ano passado.

O INE também reviu em baixa – uma décima de ponto percentual – a taxa de variação anual da inflação subjacente – índice sem alimentos não transformados ou produtos energéticos – para 7,6%, mais uma décima de ponto do que a registada em janeiro e o mais alto desde dezembro de 1986.

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China alarga concessão de vistos a estrangeiros após quase três anos de bloqueio

  • Lusa
  • 14 Março 2023

China vai alargar concessão de vistos a estrangeiros a partir de quarta-feira, quase três anos de suspensão na sequência da pandemia de Covid-19.

A China vai alargar a concessão de vistos a estrangeiros a partir de quarta-feira, quase três anos de suspensão na sequência da pandemia de Covid-19, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.

Turistas com vistos válidos emitidos antes de 28 de março de 2020, data em que foi decretado o encerramento quase total das fronteiras chinesas a estrangeiros, vão voltar a poder entrar no país asiático, informou, em comunicado, o departamento de assuntos consulares daquele ministério.

Nos últimos meses, a China voltou a atribuir vistos a alguns turistas de negócios, estudantes e pessoas com familiares na China. “Com o objetivo de facilitar ainda mais o intercâmbio entre a China e o exterior”, as agências “vão voltar a processar vários tipos de vistos”, referiu o comunicado.

As autoridades chinesas também anunciaram a retoma das políticas de entrada sem visto para quem viaje até à ilha de Hainão, no sul do país, ou que entrem na cidade de Xangai, no leste chinês, num navio de cruzeiro.

As embaixadas chinesas em vários países, incluindo Estados Unidos, Luxemburgo, Canadá, Argentina e Coreia do Sul, especificaram que os “vários tipos de vistos” citados pelo departamento incluem vistos de viagem.

Na segunda-feira, a embaixada chinesa em Lisboa anunciou que, também a partir de quarta-feira, passageiros com destino à China oriundos de Portugal não terão mais de apresentar um teste de ácido nucleico negativo para a Covid-19 ao embarcar.

“Face ao desenvolvimento da situação epidémica e à necessidade de facilitar as trocas de pessoal, a partir de 15 de março de 2023, os passageiros dos voos diretos de Portugal para a China estão autorizados a usar testes antigénio (incluindo autoteste), em vez de testes de ácido nucleico”, conhecidos como PCR, lê-se no comunicado, publicado em chinês, no portal da embaixada.

Portugal integra uma lista de 32 países a partir de onde não é preciso mais apresentar um teste PCR negativo para o vírus ao embarcar para a China.

Na sexta-feira, as autoridades chinesas incluíram também Portugal num segundo lote de países para onde vão permitir a realização de viagens de turismo em grupo.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia. A partir de 15 de março, os turistas chineses que viajarem em grupos organizados poderão visitar mais 40 países, incluindo ainda Brasil, França ou Espanha.

Segundo dados facultados à Lusa por Tiago Brito, o representante permanente do Turismo de Portugal na China, mais de 385 mil chineses visitaram Portugal em 2019, o ano antes da pandemia. Os turistas oriundos da China gastaram, no total, 224 milhões de euros no país, um crescimento de 20% face a 2018.

A China, o maior emissor de turistas do mundo, manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, no âmbito da política de “zero casos” de Covid-19, que foi desmantelada, em dezembro passado, após protestos ocorridos em várias cidades do país.

No âmbito daquela política, quem chegava ao país tinha que cumprir um período de quarentena, que chegou a ser de três semanas, em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2% face ao período anterior à pandemia.

A ligação aérea direta entre Portugal e a China passou a ser feita apenas uma vez por semana. Até ao início da pandemia, o voo realizava-se três vezes por semana.

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