CIM do Tâmega e Sousa implementa projeto-piloto para proteger municípios de ataques informáticos

CIM do Tâmega e Sousa implementa, em 2025, projeto-piloto de cibersegurança, colocando este tema no topo da prioridade nacional para prevenir ciberataques. Quer alargar a todo o país.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa vai, em 2025, implementar um projeto-piloto de cibersegurança nas 11 autarquias da região, para prevenir ciberataques, que, no futuro, poderá ser replicado nas CIM de todo o país, como resposta a este problema que já colocou em risco dados pessoais em autarquias e empresas. “E que pode agravar ainda mais com descentralização de competências, nomeadamente ao nível da educação. Se houver um ataque informático, os dados pessoais de pais e filhos ficam mais a descoberto”, começa por alertar Sérgio Cunha, diretor do departamento de Administração Geral da CIM do Tâmega e Sousa.

E porque “ninguém está preparado para um ciberataque e se sente seguro”, sublinha Sérgio Cunha, existe a necessidade de haver ações de prevenção e de colocar a cibersegurança no topo das prioridades nacionais, quer seja na administração pública, quer no setor privado. A CIM do Tâmega e Sousa há já algum tempo que se antecipou e tem trabalho feito no sentido de encontrar uma resposta a este problema. Depois de um primeiro contacto com o Centro Nacional de Cibersegurança e com o Centro de Cibersegurança e Privacidade da Universidade do Porto, já foram dados alguns passos.

Recentemente, um grupo de técnicos informáticos das 11 autarquias terminou uma formação em cibersegurança avançada que os capacita e dota de ferramentas para prevenir e atuar perante um ciberataque. Passaram a ter na bagagem conhecimentos ao nível da criptografia ou “como é que se consegue entrar no computador ou no telemóvel de uma pessoa, mas com exemplos concretos“, explicou ao ECO o diretor do departamento de Administração Geral da CIM do Tâmega e Sousa.

Ninguém está preparado para um ciberataque e se sente seguro.

Sérgio Cunha

Diretor do departamento da CIM do Tâmega e Sousa

O responsável não tem dúvidas de que, neste momento, “há uma série de fatores negativos que se conjugam e que podem espoletar um problema ainda mais grave, principalmente com a descentralização” em marcha. Elenca, por exemplo, os computadores que estão desatualizados e “não permitem fazer a atualização de software; o que é um risco muito grande, além de os sistemas de informação serem completamente distintos, o que é difícil praticar em termos de operabilidade”.

Luís Antunes, consultor do Centro Nacional de Cibersegurança e diretor do Centro de Cibersegurança e Privacidade da Universidade do Porto, acrescenta, por sua vez, “a não retenção de talento ao nível de técnicos de informática” assim como a antiguidade e falta de segurança “dos sistemas de informação que existem nas autarquias que não foram desenhados para serem seguros”. Estes são alguns pontos críticos que tornam as câmaras municipais mais vulneráveis a um ciberataque, segundo o também encarregado de Proteção de Dados da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

“Se atacarem uma Câmara Municipal, podem estar dois ou três meses a fazer o que quiserem que ninguém vai dar conta”, alerta o especialista em cibersegurança, e privacidade e proteção de dados. Ainda recentemente, a autarquia do Barreiro foi alvo de ataque informático e há alguns meses “a Câmara Municipal de Barcelos esteve um mês sem sistemas de informação”, adianta Luís Antunes. Ambas foram alvo de “ransomware” – um tipo de ataque informático que implica roubo de dados e exigência de resgate para que os mesmos sejam desbloqueados e não sejam divulgados.

O que o leva a assegurar que “este ecossistema é vulnerável e é a tempestade perfeita para correr mal, porque [as autarquias] não têm recursos humanos com competências técnicas para o problema da cibersegurança”. Aliás, reitera, “cada autarquia, por si só, não vai ter esta capacidade” de resolver o problema dos ciberataques.

Se atacarem uma Câmara Municipal, podem estar dois ou três meses a fazer o que quiserem, que ninguém vai dar conta.

Luís Antunes

Consultor do Centro Nacional de Cibersegurança e diretor do Centro de Cibersegurança e Privacidade da Universidade do Porto

Por tudo isto, o professor defende que a resposta para este imbróglio que se avizinha “deve passar pelas CIM” e até pelo projeto-piloto da comunidade intermunicipal do Tâmega e Sousa, porque o problema é transversal a todos os municípios.

“Somos pioneiros na criação de uma cadeia de valor e de conhecimento assim como na atuação conjunta para que, quando surja um ciberataque, nós sabermos o que fazer para minimizar o risco”, afiança o responsável da CIM do Tâmega e Sousa. Sérgio Cunha explica que este projeto piloto funcionaria, mediante a instalação de um centro de operações para fazer a monitorização dos sistemas de informação de cibersegurança às autarquias dos 11 concelhos. A ideia é alargar o projeto ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, a empresas privadas e a universidades. Futuramente, este modelo pode ser replicado por todo o país, sugere, por sua vez, Luís Antunes.

O modelo, proposto pela CIM do Tâmega e Sousa, consiste na instalação de “um SOC – sistema de monitorização que que lança alertas, num centro de operações, com um técnico atento a estes mesmos alertas e que age em conformidade”, descreve ao ECO Luís Antunes. Por exemplo, resume, “se está a sair um grande volume de dados, é lançado um alerta em como há qualquer coisa que sai da normalidade”.

Para Sérgio Cunha, “este projeto é essencial até para a economia, para que as empresas da região possam trabalhar com confiança”, adiantando que atuam 41.191 empresas, das quais 4.435 na área da construção, mais 1.081 com atividade no setor do calçado, 934 no mobiliário, 901 no vestuário, 533 na metalomecânica e 276 no têxtil.

Mas, para que este projeto tenha pernas para andar, é preciso financiamento que a CIM do Tâmega e Sousa espera captar do Portugal 2030.

Ainda no que toca às novas tecnologias, estão em curso 14 projetos públicos de transição digital e modernização administrativa, implementados com apoio dos fundos comunitários, através do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial do Tâmega e Sousa, um envelope financeiro gerido pela CIM do Tâmega e Sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Startups não reportaram problemas sobre SVB, mas há risco de situação alastar

  • Lusa
  • 14 Março 2023

Startups e scaleups portuguesas nos EUA "não nos reportaram problemas associados a esta falência" estando convictas da sua capacidade para honrar compromissos, diz diretor da Startup Portugal.

O diretor executivo da Startup Portugal afirmou hoje que as ‘startups’ portuguesas nos EUA não reportaram problemas associados à falência do SVB, mas admitiu “o risco” da situação alastrar e gerar falta de confiança generalizada.

O Silicon Valley Bank (SVB) anunciou falência na sexta-feira e o Signature Bank também encerrou posteriormente.

“A falência do SVB foi o resultado de opções tomadas na gestão financeira da liquidez do banco e não de problemas ou risco dos seus clientes – as ‘startups'”, afirma António Dias Martins.

Uma corrida aos depósitos, “como a que aconteceu, resulta da falta de confiança dos depositantes e afetaria qualquer banco independentemente da sua solidez, balanço ou perfil dos seus clientes”, disse o diretor executivo da Startup Portugal.

Não se trata portanto de um problema do ecossistema empreendedor, mas da gestão financeira do banco e dos resultados e confiança que a mesma gera“, apontou.

No entanto, António Dias Martins admitiu que “existe de facto um risco de esta situação alastrar e gerar uma falta de confiança generalizada”.

E “isso tem de ser evitado a todo o custo e os bancos centrais, governos e reguladores deverão atuar e evitar que tal aconteça mostrando que aprenderam com a última crise financeira global”, defendeu.

As startups e scaleups portuguesas que estão nos EUA “não nos reportaram problemas associados a esta falência, estando, pelo contrário, convictas da sua capacidade para honrar compromissos com trabalhadores e credores”, rematou o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal com incorporação renovável na eletricidade de 64,9% em fevereiro

  • Lusa
  • 14 Março 2023

A incorporação de renováveis na geração de energia aumentou 14,1%, em fevereiro, em termos homólogos, para 64,9%.

A incorporação de renováveis na geração de energia aumentou 14,1%, em fevereiro, em termos homólogos, para 64,9%, divulgou esta terça-feira a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

De acordo com a APREN, “entre os dias 01 e 28 de fevereiro de 2023, a incorporação renovável foi de 64,9%, no total de 4.348 GWh [gigawatts-hora] produzidos”.

O aumento de 14,1% face a fevereiro de 2022 deve-se ao aumento da produção hídrica e eólica, que contribuíram com 1.181 GWh e 1.176 GWh para a produção de fevereiro face aos 221 GWh e 892 GWh, respetivamente, no período homólogo do ano passado”, explicou a associação, no Boletim de Eletricidade Renovável.

Já no acumulado de janeiro e fevereiro, foram gerados, em Portugal continental, 9.686 GWh de eletricidade, dos quais 75,6 % tiveram origem renovável.

De acordo com a APREN, em fevereiro, o setor electroprodutor emitiu um total de 0,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2eq), sendo que o setor da eletricidade renovável evitou a emissão de 1,8 MtCO2eq e o gasto de 140 milhões de euros na importação de gás natural.

No mês em análise, foi registado um preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade em Portugal de 100,1 euros por megawatt-hora (MWh).

O Sistema Elétrico Nacional registou, em fevereiro, um saldo importador negativo de 63 GWh, com exportações de eletricidade de 1.090 GWh e importações de 1.027 GWh.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro de Lisboa e do Porto financiados por verbas nacionais a partir de 2024

POSEUR é um dos programas operacionais mais atrasados na execução das verbas porque a pandemia e a guerra na Ucrânia atrasaram o arranque dos grandes projetos. Helena Azevedo garante execução a 100%.

O financiamento da linha circular do Metro de Lisboa e da expansão do Metro do Porto vai passar a ser assegurado “exclusivamente por recursos nacionais” a partir de 1 de janeiro de 2024, revelou a gestora do programa operacional do Portugal 2020, o POSEUR, esta terça-feira na Assembleia da República, na subcomissão dedicada aos fundos europeus. Helena Azevedo revelou aos deputados que foi convidada para ser a gestora do novo programa Transição climática e sustentabilidade dos recursos, o sucessor do POSEUR no Portugal 2030.

as grandes obras da Infraestruturas de Portugal, como o metro do Mondego e modernização da linha de Cascais, vão ter uma segunda fase de financiamento no próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, revelou Helena Azevedo. A Comissão Europeia já foi informada deste objetivo do Executivo nacional e a formalização do pedido tem de ser submetida à Comissão Europeia porque são grandes projetos.

Helena Azevedo reconheceu as dificuldades no arranque do POSEUR, que se traduzem em maiores atrasos na execução do mesmo. A responsável do programa revelou aos deputados da subcomissão que, até fevereiro, tem uma taxa de execução de 82,3%, mas está tranquila de que as verbas serão executadas a 100%, isto porque existe um overbooking de 104%.

Vamos assegurar a execução integral mesmo que haja algumas quebras, que serão compensadas pelo overbooking que temos, de quatro pontos percentuais, na ordem de cem milhões de euros”, disse a gestora.

“A nossa aposta é de, nos 10 meses que faltam, conseguir taxas de execução próximas dos 100% em cada um dos eixos”, referiu Helena Azevedo.

A responsável sublinhou que os custos de investimento aumentaram muito e, uma vez que as verbas do POSEUR já estão todas comprometidas para fazer face a estes aumentos, é necessário colocar os valores adicionais no overbooking, que só poderá ser utilizado posteriormente perante a existência de quebras. “Poderemos no final vir a ter verbas para a despesa elegível não comparticipada recuperável e financiar os projetos com custos de mais elevados”, explicou, recordando que foi eliminado o limite de 5% da despesa elegível em matéria de revisão de preços.

A garantia de que Portugal não irá devolver nem um euro a Bruxelas neste programa operacional – uma hipótese que a gestora nem sequer coloca — decorre também da possibilidade de se aumentar as taxas de cofinanciamento e da flexibilidade que os programas têm de alocar até 15% da dotação de eixo noutro sem necessidade de reprogramação.

Helena Azevedo, que mereceu elogios rasgados de todas as bancadas parlamentares pela clareza das suas explicações – “um pleno nunca visto”, sublinhou o presidente da subcomissão –, reconheceu que o Eixo 1 é aquele que suscita “maior preocupação”, dados os “atrasos na eficiência energética na Administração Pública”. Não só o programa demorou “mais tempo para ir para o terreno, como depois surgiu a pandemia quando os projetos iam começar a ser executados”. “Por exemplo, a pandemia era impensável substituir janelas de hospitais para as tornar mais eficientes, exemplificou.

Mas se há a garantida de que o POSEUR será executado a 100%, Helena Azevedo reconhece que algumas metas definidas não serão alcançadas, como é o caso da redução da fatura energética, nos respetivos serviços e organismos públicos.

Já ao nível dos transportes públicos surgiram “outras dificuldades de contexto” “associadas à guerra na Ucrânia” ao atrasar a substituição dos autocarros a diesel por autocarros limpos tendo em conta as perturbações nos prazos de entrega dos autocarros e das suas componentes.

“As baixas taxas de execução têm a ver com os problemas iniciais e com os problemas da pandemia, sobretudo a falta de mão, atrasos nas obras, falta de materiais e falta de componentes”, sublinhou Helena Azevedo. Já o aumento de custos “decorre da pandemia e da guerra” e “o que dá execução financeira ao programa são as grandes obras e isso acontece normalmente no final do programa”, precisou.

(Notícia atualizada às 14h17 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mercadona paga 3,5 milhões de euros em prémios aos 3.500 colaboradores em Portugal

Cada colaborador em Portugal recebeu, com o salário de fevereiro, pelo menos um ordenado adicional.

A Mercadona pagou no início de março 3,5 milhões de euros em prémios aos 3.500 colaboradores em Portugal, adiantou fonte oficial da cadeia à ECO Pessoas. Cada colaborador recebeu, com o salário de fevereiro, pelo menos um ordenado adicional. No ano passado, o retalhista alimentar investiu 20 milhões de euros em formação no mercado nacional. Este ano conta investir 280 milhões de euros na sua rede de lojas e no centro logístico de Almeirim.

Dos 405 milhões de euros pagos em prémios pela cadeia espanhola aos colaboradores, 3,5 milhões foram alocados para a equipa portuguesa, o primeiro mercado de internacionalização da cadeia fundada por Juan Roig. Cada trabalhador em Portugal recebeu um salário extra — o valor estipulado para os colaboradores com até cinco anos de casa — a partir do quinto ano, os colaboradores recebem dois salários adicionais.

O valor representa uma subida face ao ano passado, altura em que a Mercadona distribuiu 375 milhões em prémios, dos quais três milhões pela equipa em Portugal.

O investimento em formação subiu igualmente. No ano passado, a companhia investiu 100 milhões de euros — cerca de 1.020 euros ano por pessoa — em 123.400 ações de formação, tendo sido 20 milhões dirigidos para a equipa em Portugal, adianta fonte oficial à ECO Pessoas. No ano anterior, o montante tinha sido na ordem dos 8 milhões de euros.

Mais 10 lojas em 2023

No ano passado, 1.171 pessoas foram promovidas, de um total de 99 mil colaboradores. Foram criados 3.000 empregos, dos quais 1.000 em Portugal, elevando para 3.500 o número total da equipa.

Um crescimento a acompanhar o aumento de 10 lojas, para 39, bem como da construção do centro logístico de Almeirim. O bloco, cuja construção arrancou este ano, tem conclusão prevista para 2023 e vai absorver 225 milhões, dos 280 milhões que a cadeia conta investir este ano na sua rede de lojas, com 10 novas adições.

Para este ano, a Mercadona conta criar 1.000 novos empregos em Portugal e Espanha. Só o centro logístico de Almeirim representa a criação de 500 postos de trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empregadores estão otimistas. Mais de 30% prevê contratar no segundo trimestre

Comunicação, Grande Porto e microempresas lideram as previsões de criação de emprego, no que toca a área de atividade, localização geográfica e dimensão.

Metade dos empregadores nacionais espera manter o atual número de colaboradores durante o próximo trimestre, 32% pretende recrutar e 16% estima reduzir equipa, resultando na criação líquida de emprego de 16% para o segundo trimestre de 2023, valor ajustado sazonalmente e que reflete uma subida de quatro pontos percentuais face aos primeiros três meses do ano, aponta o “ManpowerGroup Employment Outlook Survey”, divulgado esta terça-feira. Valor posiciona Portugal abaixo da média global e da região da EMEA.

“O ano de 2023 arrancou com uma previsão económica menos otimista, impulsionada pela subida acentuada da inflação e o aumento das taxas de juro, que provocaram, entre outros aspetos, a redução do poder de compra e da capacidade de investimento das empresas. Apesar desta perspetiva desfavorável, os primeiros meses do ano permitiram à economia, nomeadamente a nacional, manter-se mais estável do que o esperado: a crise energética na Europa não se concretizou com a intensidade prevista e a inflação, apesar de elevada, parece tender a estabilizar. Esta conjuntura traz agora alguma esperança aos empregadores, que entram no segundo trimestre de 2023 com um maior otimismo nas intenções de contratação”, comenta Rui Teixeira, country manager do ManpowerGroup Portugal, em comunicado.

A projeção positiva para a criação de emprego prevista pelo ManpowerGroup (16%), apesar da subida face ao trimestre anterior, representa, contudo, uma descida de 13 pontos percentuais, quando comparada com o período homólogo, quando Portugal começava a sair do contexto da crise pandémica.

Estes valores posicionam Portugal abaixo da média global e da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com apenas oito países deste território a terem perspetivas de contratação mais pessimistas, entre os quais, Espanha, Grécia e Hungria.

Setor da comunicação lidera contratações

Entre os setores que apresentam as previsões de contratação mais otimistas estão os serviços de comunicação (35%), tecnologias da informação (32%) e energia & utilities (29%). As perspetivas no setor dos serviços de comunicação, que incluem telecomunicações e media, traduzem-se numa subida de 17 pontos percentuais face ao trimestre anterior.

A nível geográfico, todas as regiões de Portugal apresentam previsões favoráveis quanto à evolução das contratações, no segundo trimestre de 2023. Contudo, é novamente o Grande Porto que apresenta a projeção para a criação líquida de emprego mais sólida, com um valor de 29%, o que equivale a uma subida de seis pontos percentuais face ao primeiro trimestre do presente ano e uma descida no mesmo valor em relação ao período homólogo de 2022.

Apenas a região centro evolui negativamente face aos primeiros meses do ano. Com a projeção mais modesta (4%), esta região revela uma descida tanto face aos meses anteriores como ao mesmo trimestre do ano passado, com um abrandamento em 17 e 32 pontos percentuais, respetivamente.

No entanto, quando comparadas com o período homólogo de 2022, há um abrandamento nas perspetivas de todas as regiões.

No que toca à dimensão das empresas, as quatro categorias preveem aumentar as suas equipas no segundo trimestre do ano, assumindo uma evolução positiva face aos primeiros meses do ano. O destaque vai, contudo, para as microempresas, que avançam com a perspetiva mais dinâmica, com uma projeção de 25%, o que se traduz numa evolução de 11 pontos percentuais, tanto comparativamente com o último trimestre como com o mesmo período do ano passado.

O estudo trimestral do ManpowerGroup entrevistou mais de 38.000 empregadores, em 41 países e territórios. Os resultados completos do ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o segundo trimestre de 2023 podem ser consultados neste link.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hospital da Luz é o novo parceiro médico da Federação Portuguesa de Rugby

A Seleção Portuguesa de Rugby, mais conhecida como "Os Lobos", disputa no domingo a final do Rugby Europe Championship 2023. Entre setembro e outubro de 2023 participa no Mundial, em França.

O Hospital da Luz é o novo “Parceiro de Serviços Médicos Oficiais” da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) para a época 2023/20234. As seleções nacionais de rugby passam assim a dispor da assistência clínica e das equipas especializadas do Centro de Medicina Desportiva do Hospital da Luz Lisboa.

Este protocolo vem cimentar as boas relações que o Hospital da Luz tem com o rugby nacional. Num ano de Mundial, e com todas as outras competições internacionais onde estamos, é para nós de extrema importância poder assegurar serviços médicos de excelência aos nossos jogadores, garantindo que estão à altura da exigência física da modalidade e na sua melhor forma”, diz citado em nota de imprensa Carlos Amado da Silva, presidente da FPR.

Por seu turno, Tomás Branquinho da Fonseca, administrador da Luz Saúde, afirma que é “com orgulho” que o grupo se associa à Federação Portuguesa de Rugby, contribuindo para o desenvolvimento da modalidade, garantindo que as equipas clínicas “altamente diferenciadas em medicina desportiva” da Luz Saúde irão dar todo o apoio necessário aos jogadores da seleção, “garantindo a sua boa forma física”.

Olhamos para esta parceria como uma oportunidade de contribuir para a qualidade e a saúde da prática desportiva nacional, seja qual for a modalidade e o nível competitivo das equipas e dos praticantes”, refere.

O próximo jogo dos Lobos é frente à Geórgia, no domingo, dia 19 de março, para a final do Rugby Europe Championship 2023, um dos principais títulos europeus de seleções. O jogo realiza-se no Estadio Nuevo Vivero, em Badajoz, Espanha.

A seleção nacional, recorde-se, vai novamente jogar um Mundial de râguebi, depois de ter garantido o apuramento com um empate (16-16) num jogo derradeiro frente aos Estados Unidos da América, no dia 18 de novembro 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pizarro pede a Bruxelas que tome “medidas conjuntas” para combater escassez de medicamentos

Ministro salienta que a escassez de medicamentos é um problema europeu e que está a ser trabalhada uma nova estratégia que torne a UE "autossustentável" do ponto de vista da produção de medicamentos.

O ministro da Saúde insta a Comissão Europeia a “adotar medidas conjuntas” para evitar a escassez de medicamentos, nomeadamente dos antibióticos, cuja venda aumenta nas épocas de inverno. Manuel Pizarro sinaliza ainda que este não é um problema exclusivo de Portugal, mas “de toda a Europa” e quer que a União Europeia se torne “autossustentável” do ponto de vista da produção de medicamentos.

“Chamámos a atenção da Comissão Europeia para a necessidade de adotar medidas conjuntas que previnam em alguns casos a escassez de medicamentos, em períodos onde isso possa ser mais expectável”, afirmou o ministro da Saúde, em declarações a partir de Bruxelas transmitidas pela RTP3. “É o caso de certos antibióticos”, acrescentou, precisando que nas épocas de inverno, o consumo destes medicamentos tende a aumentar.

O governante sublinha ainda que a escassez de medicamentos é um problema que “afeta toda a Europa” e aponta que o bloco comunitário está a “trabalhar numa nova estratégia farmacêutica da UE que torne a UE autossustentável do ponto de vista da produção industrial de medicamentos”.

Para colmatar a dificuldade no acesso de medicamentos e evitar ruturas de stock, o Governo avançou com a revisão dos preços dos medicamentos mais baratos. Além disso, será criada uma lista de medicamentos essenciais críticos, “cuja disponibilidade será monitorizada de forma particular e em relação aos quais serão tomadas medidas específicas que podem incluir a revisão excecional de preço”. Paralelamente, o Infarmed tem ainda uma lista de medicamentos cuja exportação está suspensa temporariamente.

Questionado sobre as críticas ao plano de reorganização das urgências pediátricas de Lisboa e Vale do Tejo, que foi divulgado na segunda-feira, Manuel Pizarro desvaloriza referindo que não considera que “haja uma contestação generalizada” e que o modelo adotado é “até bastante mais moderado do que muitas propostas técnicas” pedidas. Este modelo “procura assegurar o que nos parece essencial: urgências com qualidade e segurança e que as pessoas possam ter previsibilidade na forma o sistema funciona”, explica.

O ministro sinaliza ainda que “as mudanças são sempre momentos de certa perturbação” e que no caso dos serviços de urgência geral e de urgência pediátrica haverá ainda que fazer “um grande trabalho para que as pessoas procurem outras portas que não o serviço de urgência”. “Se o SNS fosse capaz de de oferecer outras alternativas [os utentes] precisariam de ir a urgência”, afirmou, numa alusão à falta de resposta dos cuidados de saúde primários.

Já sobre o caso particular da urgência pediátrica do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, — que para além de não funcionar no período noturno, continuará encerrada também ao fim de semana até 30 de junho — Manuel Pizarro sublinha que “não foi uma decisão organizativa e política que conduziu ao encerramento”, mas “a carência de profissionais, nomeadamente de pediatras” e espera que ainda seja possível reverter a decisão, pelo menos relativamente ao fecho aos fins de semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É uma ilusão fixar os preços”, diz CEO da Mercadona

Apesar da subida de 11% das receitas globais, para 31.041 milhões de euros, o retalhista alimentar fala de uma das rentabilidades mais baixas da sua história

“É uma ilusão fixar os preços” dos produtos, “fixar os preços é o mesmo que dizer que a água não se move”, reagiu Juan Roig, CEO da Mercadona, durante a apresentação de contas de 2022 da cadeia de supermercados espanhola. A Mercadona registou lucros de 718 milhões de euros, uma subida de 5%. Fala da rentabilidade mais baixa da sua história.

O tema da inflação marcou 2022, o arranque do ano e a conferência de imprensa do retalhista espanhol. O preço do tomate subiu 50% por conta do aumento dos custos do gás”, exemplifica Juan Roig. “Se não subíssemos os preços o desastre que iria provocar em toda a cadeia de abastecimento”, diz.

No ano passado, o impacto da inflação levou a uma subida de preços, bem como nos custos da companhia, que viu subir em 17% os custos com transporte de mercadorias, 5% o aluguer dos espaços, bem como salários. Ao todo, a empresa viu aumentar em 500 milhões os seus custos.

Apesar da subida de 11% das receitas globais, para 31.041 milhões de euros, a empresa fala de uma das rentabilidades mais baixas da sua história: com o impacto do aumento dos preços de custo a reduzir a margem da empresa em 0,6 pontos e colocando a rentabilidade em 0,025 euros de lucro por cada euro vendido, face aos 0,027 euros de 2021.

Com a inflação ainda a marcar o dia a dia dos consumidores espanhóis e portugueses, Juan Roig aponta a baixa de preços da cesta dos compradores como um dos desígnios para 2023, mas não adianta valores, nem aponta um prazo para uma maior estabilidade nos preços.

“Até quando (os preços vão subir) não sei”, disse o gestor. Os últimos meses têm sido muito maus em termos de inflação”, aponta. “Vamos lutar até à morte para baixar os preços”, garante, mas atira. “É uma ilusão fixar os preços”, disse. “Fixar os preços é o mesmo que dizer que a água não se move”, diz.

“Artificialmente não vamos baixar os preços”, garante Juan Roig, apontando quebras de qualidade do produto ou redução de quantidade, como a forma de o fazer artificialmente.

Em Portugal, as cadeias de retalho alimentar têm estado sob pressão por causa da subida da taxa de inflação dos alimentos acima da inflação global. Depois de várias ações inspetivas da ASAE nas cadeias, foi notícia de que o Governo estava a estudar várias medidas para o caso de os supermercados não baixarem os preços, como por exemplo, um limite para as margens de lucro de produtores, indus­triais e distribuidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grandes bancos dos EUA “inundados” com pedidos de transferência de fundos

  • ECO
  • 14 Março 2023

Grandes bancos dos EUA estão a receber inúmeros pedidos de clientes que querem transferir fundos de pequenos credores. Movimentações são influência da falência do Silicon Valley Bank.

Os grandes bancos dos Estados Unidos da América estão a receber inúmeros pedidos de clientes que querem transferir fundos de pequenos credores. As movimentações são influência da falência do Silicon Valley Bank (SVB), neste que é o maior movimento de depósitos em mais de uma década, segundo os executivos citados pelo Financial Times.

Algumas das instituições financeiras que estão a tentar acomodar clientes que querem transferir fundos rapidamente são o JPMorgan Chase e o Citigroup. Para tal, têm sido tomadas medidas que permitam acelerar processos como a abertura de contas. É o caso do JPMorgan, que encurtou o tempo de espera e está a acelerar a velocidade a que os novos clientes (nomeadamente empresas) podem aceder aos fundos, assegurando o pagamento do salários dos funcionários no final desta semana.

As transferências de fundos do SBV para grandes bancos ganharam força na semana passada e ainda continuam. Para alguns clientes, a falência do banco realçou o risco que é ter todo o dinheiro depositado apenas numa instituição. Segundo um funcionário de um banco grande citado pelo FT, os clientes “aprenderam a lição” e perceberam que, além de diversificar o portefólio, é também necessário diversificar os bancos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurodeputados votam diretiva europeia de transparência salarial a 29 de março

  • Trabalho
  • 14 Março 2023

Após a publicação da diretiva, os países terão dois anos para adaptarem as respetivas legislações.

A diretiva europeia da transparência salarial, que pretende garantir pagamento igual para trabalho igual, vai finalmente a votações finais. Dia 29 de março será votada em plenário do Parlamento europeia, depois de, em dezembro, os eurodeputados e os 27 Estados-membros terem chegado a um acordo quanto à formulação do texto final, noticia o Jornal de Negócios esta terça-feira.

Na proposta acordada provisoriamente prevê-se que as empresas com um mínimo de 100 trabalhadores sejam chamadas a corrigir diferenças salariais injustificadas que sejam iguais ou superiores a 5%. Inicialmente, a Comissão Europeia previa que as regras se aplicassem apenas a empresas com um mínimo de 250 trabalhadores. A atual legislação portuguesa, por outro lado, visa empresas com pelo menos 50 trabalhadores.

Os parceiros sociais são chamados a participar na avaliação dos critérios que possam justificar as disparidades salariais, bem como na transposição da diretiva, seja no que toca às metodologias, seja no que diz respeito a sanções.

O texto prevê ainda que seja divulgado ao candidato o salário ou, pelo menos, o intervalo salarial oferecido para a posição a concorre; e impede os empregadores de questionarem candidatos sobre o respetivo histórico salarial.

Após a publicação da diretiva, os países terão dois anos para adaptarem as respetivas legislações.

Ao ECO Pessoas, Carla Tavares, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), garante não ter dúvidas sobre o impacto de uma maior transparência salarial no combate à desigualdade de género. “Ajuda a dissipar dúvidas sobre a desigualdade remuneratória entre mulheres e homens, combatendo assim, de forma mais eficaz e efetiva, os preconceitos em função do sexo nas práticas salariais”, afirma.

Desde 2019 que Portugal tem em vigor a Lei 60/2018, que visa assegurar a igualdade salarial entre homens e mulheres. Mas o país continua a registar um enorme gap no que toca às remunerações praticadas no mundo do trabalho. A diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal é, atualmente, de 13%. Em 2021, essa diferença atingiu os 153 euros, em média. E entre os quadros superiores chegou mesmo aos 600 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro do Porto pode avançar com concurso para Linha Rubi

  • Lusa
  • 14 Março 2023

Parecer favorável da declaração de impacte ambiental permite lançar concurso público para construção da linha entre Casa da Música e Santo Ovídio no dia 17 de março.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu parecer favorável condicionado ao avanço da Linha Rubi do Metro do Porto (Casa da Música – Santo Ovídio), de acordo com a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) consultada nesta terça-feira pela Lusa.

“Considerando os impactes positivos identificados e tendo em conta que grande parte dos impactes negativos identificados são minimizáveis, emite-se decisão favorável condicionada ao cumprimento dos termos e condições do presente documento”, pode ler-se na DIA, disponível no site da APA.

De acordo com a declaração, emitida na sexta-feira, “sublinha-se a necessidade de ser garantida a devida articulação e compatibilidade do projeto com o território e com as vias rodoviárias e ferroviárias existentes e previstas, devendo esta articulação estar patente no projeto de execução que vier a ser desenvolvido”.

Em Vila Nova de Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha Rubi foi colocado em consulta pública no dia 12 de outubro do ano passado, estimando-se então que a construção da linha levará dois anos e 10 meses e implicando demolições de edifícios em Gaia.

O EIA admite também que a nova ponte sobre o rio Douro causa um “impacto negativo bastante significativo” na paisagem e, “sobretudo, cenicamente”, apesar de estarem previstas medidas de mitigação projetadas pelo arquiteto Álvaro Siza.

Na quarta-feira, numa audição regimental na Assembleia da República (AR) ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, admitiu que a data apontada inicialmente para o lançamento do concurso público para a execução da obra, 17 de março (sexta-feira), “talvez” não seja cumprida.

No dia 02 de janeiro, a Metro do Porto previu lançar o concurso no dia 17 de março, segundo um anúncio periódico indicativo publicado no Jornal Oficial da União Europeia

O governante disse esperar que “ainda durante o mês de março” seja possível lançar o concurso público, apontando também para um aumento dos custos do projeto face aos 299 milhões de euros estimados inicialmente, totalmente financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Foi um valor estimado no início do processo. Com o aumento de custos que todos conhecemos, terá que ser revisto em alta, e acautelaremos o financiamento necessário para esse efeito”, assegurou, no parlamento.

Segundo o secretário de Estado, estão a ser feitas “as últimas revisões para que o projeto tenha o mínimo de falhas possível”, esperando “em setembro, outubro no máximo, consignar esta obra e iniciar os trabalhos”.

“Até ao final do primeiro semestre de 2026 contamos ter esta linha em operação”, concluiu Jorge Delgado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.