Marcelo convoca Conselho de Estado para 5 de setembro

O Presidente da República convocou Conselho de Estado para 5 de setembro, avançou a SIC Notícias esta quinta-feira.

O Conselho de Estado de 21 de julho terminou, sem terminar, porque Marcelo Rebelo de Sousa optou por não fazer a sua intervenção final porque o primeiro-ministro tinha de sair para apanhar o avião para a Nova Zelândia para acompanhar a seleção de futebol feminino. O Chefe de Estado terá deixado para setembro essa conclusão.

António Costa ainda falou cerca de dois minutos sobre o Ministério Público e as buscas ao PSD, mas Marcelo Rebelo de Sousa terá decidido que não valeria a pena continuar já que tinha de sair para apanhar o avião e não iria ter tempo para responder as perguntas dos restantes conselheiros. Conselheiros que terão tido uma participação muito ativa na primeira parte sobre a situação económica do país e a TAP.

A segunda parte deste Conselho de Estado está agora agendada para 5 de setembro, onde serão retomados os temas da última reunião, ou seja, a análise da situação política, económica e social do país. O encontro promete marcar a rentrée política e era, aliás, esta a intensão do Chefe de Estado, que prometeu uma vigilância mais aperta ao Executivo, desde o braço de ferro criada a propósito da não demissão do ministro das Infraestruturas João Galamba.

A descida do IRS será mais um tema que poderá marcar o encontro já que PS e PSD, assim como Iniciativa Liberal, têm projetos a apresentar nesta área. O próprio Presidente da República disse esta quarta-feira que existe folga orçamental para o fazer, embora também haja riscos económicos. “Este período que estamos a viver é difícil para o mundo, para a Europa e para Portugal. E nesse período difícil encontramos ainda a guerra, ainda muita crise económica e financeira, em Portugal a inflação está a descer, mas não está no resto da Europa, o Estado está com as contas equilibradas e há folga para desagravar impostos, vários partidos já falaram nisso, o Governo e a oposição. Em que termos, muito ou pouco, vai depender da evolução da economia”, disse o Chefe de Estado numa praia do Algarve.