“Complexidade” deixa direção executiva do SNS sem estatutos há quatro meses

Ao ECO, o Ministério da Saúde assegura que está a "trabalhar ativamente" na conclusão dos estatutos da direção executiva do SNS e justifica o atraso com a "complexidade" do processo.

O Governo garante que está a “trabalhar ativamente” na conclusão da aprovação dos estatutos da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que entrou em plenitude de funções a 1 de janeiro, e justifica o atraso com o facto de ser “um processo complexo” que envolve várias entidades.

O Ministério da Saúde continua a trabalhar ativamente para a conclusão dos Estatutos da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS). Trata-se de uma entidade completamente nova e de um processo complexo, que envolve cuidadosa articulação com competências de outras entidades, desde logo as Administrações Regionais de Saúde (ARSs) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)”, adianta fonte oficial do ministério liderado por Manuel Pizarro, em resposta ao ECO.

A 15 de fevereiro, o diretor executivo já tinha dito, no Parlamento, que enviou ao Governo uma proposta com os estatutos que definem as competências de atuação deste novo organismo e que o processo seria “concluído em breve”. Mas, tal como o ECO já tinha noticiado, a direção executiva do SNS ainda aguarda “a avaliação do Ministério da Saúde, Ministério das Finanças e Ministério da Administração Pública, à proposta apresentada”, apesar de este novo organismo ter entrado em plenitude de funções com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2023, isto é, há cerca de quatro meses.

Em declarações ao ECO, o antigo ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes alertou que o atraso na publicação destes estatutos tem consequências sérias para a atuação deste novo organismo. “A direção executiva tem poderes limitados e tem, sobretudo, poderes mal definidos”, afirmou no final de abril, sublinhando que “não é por acaso que a direção executiva se chama executiva e não contemplativa”, pelo que para o efeito “precisa de ter capacidades e poderes efetivos para executar”. Também o Presidente da República já tinha alertado o Governo para esta questão.

O socialista avisou ainda que a falta destes estatutos está a criar “um vazio de poder nas ARS” e que o “pecado original está na forma atabalhoada” e “em cima do joelho” como a direção executiva foi criada. Por sua vez, Pedro Pita Barros, especialista em economia da Saúde e professor na Nova SBE, defendeu que o decreto-lei que consagrou a orgânica da direção executiva do SNS “tem várias ambiguidades quanto à divisão do poder de decisão final entre várias entidades do SNS” e este novo organismo, pelo que insta o Executivo a esclarecer esses aspetos.

Com um orçamento de 10 milhões de euros, a direção executiva do SNS está responsável por gerir o SNS, assegurando o funcionamento em rede, designar os responsáveis de direção dos hospitais EPE e dos agrupamentos de centros de saúde (ACS), decidir onde e quando fazer parcerias público-privadas, celebrar acordos com entidades do setor privado e social, bem como gerir as redes nacionais de cuidados paliativos e de cuidados continuados, entre outras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vento condiciona aeroporto da Madeira

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Quatro voos divergiram e dois foram cancelados devido ao vento que está a condicionar a atividade no aeroporto madeirense.

O movimento no Aeroporto da Madeira está esta segunda-feira a sofrer alguns condicionamentos devido ao vento que se faz sentir, tendo quatro voos divergido e dois sido cancelados.

De acordo com o site da ANA — Aeroportos de Portugal, o primeiro voo do dia (Ryanair), proveniente de Lisboa e com chegada prevista para as 07:45, acabou por divergir.

Após um período em que vários aviões conseguiram aterrar, também os voos provenientes de Birmingham (Jet2), no Reino Unido, Viena (Smartwings), na Áustria, e Helsínquia (Finnair), na Filândia, divergiram.

Já os voos provenientes de Londres (Esyjet) e de Lisboa (TAP), com chegadas previstas para as 11:30 e 11:45, respetivamente, foram cancelados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lavradores do Douro “voam” com American Airlines e vão ter marca no vinho do Porto

Atualmente com 53 acionistas, Lavradores de Feitoria faturou três milhões de euros em 2022. Estreou-se no enoturismo, está prestes a lançar loja online e quer marca própria no vinho do Porto.

Com 20 quintas espalhadas pelas três sub-regiões do Douro – Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, a Lavradores de Feitoria vendeu quase um milhão de garrafas de vinho e bateu o recorde de vendas no ano passado, ao faturar três milhões de euros, o que representa um crescimento de 23,9% no volume de vendas. Além da aposta no enoturismo, a empresa vai passar a ter uma marca própria de vinho do Porto.

Outra das novidades, segundo adiantou ao ECO a presidente executiva, Olga Martins, foi o contrato fechado com a American Airlines, através do qual já forneceu 160 mil garrafas de vinhos para esta companhia aérea norte-americana. Na lista de transportadoras a quem a Lavradores de Feitoria já vendeu vinhos está também a TAP ou a japonesa All Nippon Airways, a segunda mais importante do país asiático.

Esta parceria com a American Airlines fez com que os EUA passassem a integrar o top cinco dos destinos de exportação. No total, a empresa duriense exporta para mais de 20 mercados, que asseguram perto de 45% do volume de negócios anual. Noruega, Canadá, Suíça, EUA e Inglaterra são atualmente os melhores mercados, com Bélgica e Israel a destacarem-se igualmente no grupo de países em que as vendas mais estão a crescer. No final de abril, a empresa entrou na Lituânia.

Embora não seja a área de maior foco, nos planos de médio prazo está a comercialização de uma marca própria de vinho do Porto.Produzimos e vendemos Vinho do Porto a granel a grupos como a Gran Cruz. Compramos as uvas, fazemos o vinho e vendemos a grandes empresas. Não é impossível que agora nasça um vinho do Porto depois deste treino, quando as coisas estiverem bem afinadas. (…) Será sempre uma celebração da região. É impossível estar no Douro e não ter um vinho do Porto”, explica Olga Martins.

Questionada sobre o prazo de chegada ao mercado deste novo produto, a gestora prefere não se comprometer com uma data, notando que “estes vinhos especiais” têm de alavancar a marca e ser “muito bem pensados”. “Queremos garantir que temos um vinho do Porto exatamente como sonhamos. Tudo com muita calma e sempre assente na grande qualidade”, comenta.

CEO da Lavradores de Feitoria, Olga Martins

Os vinhos standard estão à venda na grande distribuição, enquanto as edições especiais são comercializadas sobretudo em garrafeiras e lojas gourmet, até por exigirem “um atendimento mais personalizado”. Os vinhos podem ainda ser comprados online através da Vinicom, mas, dentro de dois meses, a Lavradores de Feitoria terá a sua própria loja online.

No portefólio de vinhos destacam-se as marcas Lavradores de Feitoria, Três Bagos, Meruge, Quinta da Costa das Aguaneiras e Vinha do Sobreiro, detendo ainda outras, como Cheda, Gadiva e Estrada. “Na nossa loja online, além de todas as referências, vamos ter alguns vinhos raros e especiais de pequenas edições antigas, que vamos pontualmente colocar para os mais aficionados”, relata a gestora, que está na empresa quase desde a fundação.

A empresa nasceu no virar do século e resultou da união de 15 lavradores, que decidiram juntar-se para partilhar recursos e criar sinergias. O associativismo deu frutos e, passados 23 anos, é composta por 53 acionistas e tem ao dispor uvas provenientes de mais de 600 hectares de vinha. Uma “fórmula” que permite obter a melhor matéria-prima, com uvas de castas bastantes diversas, cepas de todas as idades, plantadas a múltiplas altitudes, com diferentes exposições, numa enorme heterogeneidade de solos.

Olga Martins recorda que a ideia passou por ir “buscar o espírito cooperativo, de que as pessoas unidas conseguem pagar uma estrutura e um enólogo”. Numa primeira fase, este modelo contemplava a vinificação nas adegas destes lavradores, mas com um “pensamento no futuro de uma adega única e própria com mais condições”.

Nova adega na Quinta do Medronheiro

Em 2020, este sonho de ter uma adega própria passou a ser uma realidade. Foi em plena pandemia que começou a construi-la na Quinta do Medronheiro, localizada em Sabrosa. Foi inaugurada no ano seguinte e, entretanto, já abriu portas ao enoturismo, que atrai cada vez mais americanos, alemães, franceses, holandeses, brasileiros e israelitas. Olga Martins sublinha que “o turismo em Portugal tem sido um grande boost para as vendas de vinhos”.

Esta adega representou um investimento de 3,55 milhões de euros e foi pensada para ser evolutiva. “Há terreno disponível e o edifício foi pensado para cresça de forma harmoniosa”, acrescenta a CEO, para quem a sustentabilidade social é um dos pilares, de que os grandes operadores se esquecem. Olga Martins lamenta que o “lavrador seja espremido até desaparecer” e realça que esta prática faz com que existam “cada vez mais pessoas a fugir da região, o que depois se reflete na falta de mão-de-obra”.

Não faz sentido ter muito bom marketing, ter uma quinta muito bonita com muitos spots para o Instagram e depois pagar uma miséria a quem tem o risco e o trabalho.

Olga Martins

CEO da Lavradores de Feitoria

A empresa orgulha-se de pagar as uvas aos produtores a preços acima da média praticada na região. Olga Martins calcula ao ECO que, no ano passado, as uvas foram pagas na região a 400 euros por pipa, ao passo que as mais baratas foram pagas pela Lavradores de Feitoria a 520 euros.

“Não faz sentido ter muito bom marketing, ter uma quinta muito bonita com muitos spots para o Instagram e depois pagar uma miséria a quem tem o risco e o trabalho”, desabafa. A gestora salvaguarda que prefere ter “resultados menos bons no final do ano”, mas seguir o princípio “mais correto” de pagar a matéria-prima “muito acima da média da região”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona do Continente desafia para hackathon. Quer ideias inovadoras para retalho

"A equipa vencedora recebe um prémio de 2.500 euros em Cartão Dá e o segundo e terceiro lugar, 1.500 euros e 500 euros, respetivamente", informa a MC.

A MC, a dona do Continente, está a desafiar os universitários, comunidades tecnológicas, startups e parceiros a participar numa hackathon para desenvolverem projetos com ideias inovadoras para o retalho. A maratona tecnológica realiza-se a 24 e 25 de maio. As candidaturas estão a decorrer. Vencedor recebe 2.500 euros, em Cartão Dá.

“A hackathon é uma das formas em que mostramos a todos o nosso lado tecnológico, ao mesmo tempo em que somos desafiados, de volta, a inovar. Este ano vamos ter, novamente, várias novidades e recursos adicionais para robustecer as soluções desenvolvidas. Estamos muito entusiasmados com as possibilidades deste evento aberto e do reforço que traz à relação com parceiros e comunidades”, diz Pedro Côrte-Real, responsável de IT na MC, citado em comunicado.

A dona do Continente procura ideias inovadoras para o setor do retalho em toda a sua cadeia de valor e para todas as marcas da MC — Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia, Continente Online, Meu Super, Bagga, Go Natural, Wells, Dr. Wells, Arenal, note!, ZU, Washy e Home Story — com recurso a áreas como inteligência artificial generativa, estratégias de gamificação, sustentabilidade ou novas formas de trabalho

O evento realiza-se a 24 e 25 de maio, na Quinta do Jordão, em Vila Nova de Gaia.

“A equipa vencedora recebe um prémio de 2.500 euros em Cartão Dá e o segundo e terceiro lugar, 1.500 euros e 500 euros, respetivamente”, informa a cadeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Português ISQ instala “TAC” industrial para automóvel, eletrónica ou plásticos

Portuguesa ISQ instala o maior "TAC" industrial na Europa, permitindo o lançamento de serviços que irão abranger as indústrias automóvel, eletrónica e aeroespacial.

A portuguesa ISQ está a instalar o maior “TAC” na Europa, um equipamento de tomografia 3D com 25 toneladas, que irá ajudar nas áreas industriais do setor automóvel, defesa, eletrónica, a generalidade da indústria transformadora, indústrias de plásticos, entre outras, avançou esta segunda-feira em comunicado.

Entre as várias possibilidades do novo equipamento está a captura de informações de modo não destrutivo, “onde antes seria impossível”, esclarece a empresa. Hugo Carrasqueira acrescenta que este equipamento tem capacidade para manipular amostras de grande dimensão, até 1,3 metros de envergadura e até aos 180 quilos. Dada a sua potência, torna-se igualmente possível controlar amostras de materiais mais densos, como o aço, titânio ou outros metais.

"O lançamento desta linha de serviços em Portugal permitirá apoiar os setores que possuem processos críticos como por exemplo as indústrias automóvel, eletrónica e aeroespacial, contribuindo para elevar o nível da qualidade do produto, dando assim resposta ao crescente aumento das exigências com a qualidade do fabrico a que se vem assistindo nos últimos anos.”

Hugo Carrasqueira

responsável do departamento de ensaios da unidade de negócio Serviços Integrados de Engenharia (SIE)

A tomografia industrial é uma das ferramentas mais sofisticadas para inspecionar peças, sendo que este equipamento recorre a um “complexo processo” de radiografia por raio-X. Este “TAC” industrial captura imagens de vários ângulos para construir uma imagem 3D virtual do objeto em causa, sendo feitos milhares de raios-X enquanto o objeto roda dentro da máquina.

Após o processo de reconstrução digital, é obtido um modelo com um nível de precisão e resolução “extremamente elevados”, garante a empresa, permitindo assim a análise detalhada de defeitos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil paga dividendo de 10,023 cêntimos a 24 de maio

  • ECO
  • 8 Maio 2023

Construtora liderada por Carlos Mota Santos vai distribuir dividendos no final de maio depois de ter registado lucros de 41 milhões de euros em 2022.

A Mota-Engil vai pagar os dividendos anuais aos acionistas a 24 de maio. A construtora anunciou nesta segunda-feira a data do pagamento da remuneração aos acionistas. Em causa está um dividendo ilíquido por ação de 10,023 cêntimos, conforme aprovado por unanimidade em assembleia geral no dia 27 de abril.

Dois dias antes, as atuais ações da Mota-Engil negociadas em bolsa deixarão de dar acesso ao dividendo, refere o comunicado publicação junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os dividendos serão pagos por intermediação da Caixa Geral de Depósitos.

A Mota-Engil vai remunerar os acionistas depois de ter registado lucros de 41 milhões de euros em 2022, mais 69% do que em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Promova Talks #11 com Susana Enes, da Deloitte

  • Trabalho + CIP
  • 8 Maio 2023

No penúltimo episódio da segunda temporada do Promova Talks, ouvimos Susana Enes, partner da Deloitte.

O 11º episódio da segunda temporada do “Promova Talks” tem como convidada Susana Enes, partner da Deloitte. Este podcast é o espaço de debate do Projeto Promova, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que pretende alargar o acesso das mulheres a cargos de liderança nas empresas portuguesas e sensibilizar as empresas para o tema da igualdade de género.

Susana Enes, partner da Deloitte

Neste episódio, a partner da Deloitte realça a importância de se promoverem iniciativas que visem desconstruir e acabar com o gender gap no mercado de trabalho, principalmente em áreas tendencialmente masculinas, como a tecnológica.

Ouça aqui o episódio:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ramalho vai trabalhar como consultor na Alvarez & Marsal

António Ramalho deixou o cargo de CEO do Novobanco no final de junho e agora junta-se à consultora Alvarez & Marsal, que o banco contratou para fazer uma avaliação independente às vendas de imóveis.

António Ramalho, antigo CEO do Novobanco, é o novo senior advisor da consultora espanhola Alvarez & Marsal em Portugal, que é liderada por um antigo sócio da EY em Portugal, Mário Trinca.

Fundada em 1983, a Alvarez & Marsal é especializada em serviços de consultoria em processos de turnaround, desempenho empresarial e reestruturação corporativa, com expertise na melhoria e otimização de desempenho de empresas que procuram oportunidades de crescimento. Conta atualmente com 7.500 colaboradores com escritórios em 34 países, de cinco continentes.

Foi esta consultora que o Novobanco, então liderado por António Ramalho, contratou para fazer uma avaliação independente às vendas de ativos imobiliários, negócios que mereceram muitas críticas devido às perdas que geraram. A Alvarez & Marshal concluiu que as vendas ocorreram dentro das condições do mercado.

Depois de ter abandonado as funções de presidente executivo do Novobanco, em julho do ano passado, António Ramalho manteve-se como consultor do banco e aproveitou ainda para regressar à escola para tirar o diploma de não executivo no IMD, na Suíça.

Já este ano o gestor – com mais de três décadas de experiência bancária – passou a integrar a equipa da Católica Porto Business School, como Industry Fellow da Área de Banca e Financiamento, onde dá formação de executivos na área financeira.

Em abril, de acordo com o seu perfil de LinkedIn, passou a assumir funções em outras duas instituições: como presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota e como vice-presidente da Feira Internacional de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Microsoft vai despedir em Portugal

Tecnológica norte-americana tem um plano para cortar postos de trabalho no mercado português, confirmou fonte oficial. Podem estar em causa mais de uma centena de empregos.

A Microsoft vai despedir trabalhadores em Portugal, confirmou ao ECO fonte oficial da empresa. A notícia foi avançada inicialmente pelo Observador.

Contactada pelo ECO, a empresa não revela quantas pessoas serão despedidas. No entanto, outra fonte familiarizada com os planos da tecnológica disse que podem estar em causa mais de uma centena de empregos. O Observador refere 112 postos de trabalho afetados pelo corte.

“Não tomamos decisões como esta de ânimo leve. Estamos a trabalhar de forma próxima com os colaboradores impactados para garantir que são tratados com respeito e têm todo o nosso apoio durante estas transições”, disse fonte oficial da Microsoft numa declaração remetida ao ECO.

Questionada sobre as áreas que vão ser atingidas pelo plano de despedimentos, a Microsoft sublinha apenas que “os cortes impactam colaboradores de mais do que uma equipa, com diferentes funções e níveis de senioridade”. A empresa não indica, deste modo, quais os departamentos mais abrangidos pela decisão de redução de pessoal.

Face a isto, a Microsoft acrescenta: “Ajustes organizacionais são uma parte regular, necessária no nosso negócio. Continuaremos a priorizar e investir em áreas estratégicas de crescimento para o nosso futuro, dando suporte e apoio aos nossos clientes e parceiros”, sublinha a empresa liderada em Portugal por Andrés Ortolá.

Em meados do ano passado, a Microsoft empregava diretamente pouco mais de 1.500 pessoas no país, de acordo com um estudo elaborado pela EY a pedido da empresa, que teve o objetivo de medir o impacto económico e social da tecnológica neste território. Ao que o ECO apurou, as saídas terão de ser negociadas e poderão demorar alguns meses até o processo estar terminado.

Os despedimentos nas grandes tecnológicas americanas têm sido uma tendência ao longo dos últimos meses, no contexto da subida das taxas de juro e da inflação. Em janeiro, a Microsoft nos EUA anunciou o despedimento de 10 mil pessoas, tendo pesado na decisão as perspetivas de abrandamento no crescimento das receitas.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h40)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander cria holding para juntar negócio de seguros

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2023

Vai chamar-se Santander Insurance e quer juntar o que o grupo tem de seguros em três holdings, 22 seguradoras e 20 mediadoras em todo o mundo.

O Santander vai criar uma holding para juntar os interesses em seguros que o grupo tem em todo o mundo. Segundo o jornal espanhol INESE, o grupo quer simplificar a sua estrutura e melhorar a oferta aos clientes. O negócio segurador contribuiu em 1,4 mil milhões de euros para os lucro do grupo espanhol em 2022.

Fora desta nova holding ficarão acordos comerciais que o Santander mantém com muitas empresas, em muitos casos de âmbito local, através de sociedades conjuntas.

As participações das seguradoras em Portugal e que são a Santander Totta Seguros, e a parceria com a holandesa Aegon através de uma companhia Vida e outra Não Vida serão – tudo indica – incluídas na nova holding.

O Santander que com frequência realiza sociedades 51%/49% com concorrentes em alguns mercados tem parcerias com a Aegon e Mapfre em Espanha e Portugal, com Allianz na Polónia, com os franceses da CNP na Irlanda, com a alemã HDI no Brasil e com a Zurich no Brasil, Espanha, Argentina, Chile, México e Uruguai. Outras parcerias incluem a Stellantis em Malta e Brasil, detendo ainda participações na seguradora holandesa Achmea e na seguradora de crédito CESCE.

O grupo detém ainda uma mediadora de seguros UCI, ativa em Portugal, Espanha, Grécia e Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato dos Funcionários Judiciais anuncia greve ao trabalho suplementar

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

O SFJ exorta estes profissionais a apenas "cumprirem escrupulosamente" o seu horário de trabalho (09:00/12:30 e 13:30/17:00), considerando que "só assim podem obter os benefícios desejados".

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) apelou a uma greve ao serviço fora das horas de expediente, designadamente à hora de almoço e ao serviço depois das 17:00, num protesto em defesa das suas reivindicações.

Em nota informativa, o SFJ exorta estes profissionais a apenas “cumprirem escrupulosamente” o seu horário de trabalho (09:00/12:30 e 13:30/17:00), considerando que “só assim podem obter os benefícios desejados e garantir os seus direitos”.

Em causa neste luta sindical está o suplemento de recuperação processual, revisão da carreira e regime especial de aposentação, entre outras questões.

“Relembramos que a greve ao serviço fora das horas de expediente (…) está em plena vigência, e esta não tem serviços mínimos decretados, pelo que, a essas horas (12:30 e 17:00), podem/devem aderir a esta greve, adesão crucial à luta que estamos a levar a cabo”, refere a nota a que a Lusa teve acesso.

Os funcionários judiciais terminaram recentemente uma longa greve clássica que, segundo o sindicato, levou ao adiamento de cerca de 10 mil diligências nos tribunais.

Segundo o SFJ, é essencial que todos os funcionários de justiça que aderiram às greves anteriores “continuem firmes no apoio à causa, caso contrário todo o esforço feito até agora pode ser prejudicado”.

A este propósito, o sindicato salienta que a união e o comprometimento de todos os funcionários de justiça são fundamentais para a defesa dos interesses e para a concretização das reivindicações da classe.

“Assim, pedimos o empenho e a colaboração de todos para que a greve fora do horário de trabalho seja respeitada e seguida à risca. Só juntos podemos conquistar os nossos objetivos”, diz o SFJ, garantindo que esta semana será apresentado “um novo calendário de luta com vista a manter acesa a causa” destes profissionais, “sem colocar, ainda mais, em perigo a sustentabilidade da vida dos trabalhadores”.

Também hoje, o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) anunciou a retoma por tempo indeterminado da greve ao período da tarde, entre as 13:30 e as 24:00, após a anterior greve realizada entre 26 de abril e 05 de abril.

O SOJ critica o Ministério da Justiça por “não assumir as suas responsabilidades e não merecer credibilidade pela falta de verdade, rigor e ambiguidade nas declarações que emite”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco insiste em “falta de credibilidade” de Galamba e acusa Governo de não fazer “absolutamente nada”

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

"Um ministro, quando não tem credibilidade, perde legitimidade democrática", ataca Catarina Martins, frisando que "ninguém conhece uma ideia" de João Galamba sobre a TAP, a CP ou o novo aeroporto.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, lamentou esta segunda-feira que o Governo não faça “absolutamente nada” para resolver os seus problemas internos ou dar respostas ao país e insistiu que o ministro das Infraestruturas tem “falta de credibilidade”.

O Governo neste momento não faz absolutamente nada: nem resolve os seus problemas internos e institucionais, nem é capaz de responder à vida das pessoas, e eu acho que esse é o maior problema do país“, afirmou Catarina Martins em declarações aos jornalistas no bairro do Casal do Gil, em Lisboa, onde os moradores estão a receber ordens de despejo.

A líder do Bloco de Esquerda (BE) defendeu que o “Governo continua descredibilizado, não só pelos vários escândalos em vários ministérios, mas também pela incapacidade de ter resposta política em áreas tão importantes”.

“Eu lembro que está o ano letivo a acabar, ainda não há nenhuma solução para os professores. O próximo ano letivo promete não ter alunos suficientes para os alunos, porque os professores estão a reformar-se e estão a sair da escola pública, porque estão zangados – e com razões – e não há nenhuma solução”, disse.

Catarina Martins também referiu que o ano judicial está “sucessivamente parado e atrasado porque não há nenhuma solução para os oficiais da justiça”, acrescentando que tanto as questões da habitação como da saúde “estão cada vez piores”.

Numa alusão à tensão entre o primeiro-ministro e o Presidente da República sobre o ministro das Infraestruturas, João Galamba, Catarina Martins lamentou que, na semana passada, não “se tivesse resolvido qualquer problema, nem do país, nem do Governo”.

Sobre o caso concreto de João Galamba, a líder do BE considerou que o governante tem “dois problemas”, começando por destacar a sua “falta de credibilidade”. “Um ministro, quando não tem credibilidade, perde legitimidade democrática e perde interlocução com os setores com que tem que ter para resolver os problemas do país. Esse é um problema grave”, destacou.

Por outro lado, Catarina Martins considerou que o ministro das Infraestruturas tem também um problema de “falta de respostas concretas nas áreas” em que tutela. “Vejam bem: desde a CP à TAP, ao aeroporto, continuamos com inúmeros problemas e ninguém conhece uma ideia do ministro João Galamba sobre qualquer um desses problemas”, sublinhou.

Questionada se considera que Marcelo Rebelo de Sousa não tem “mão sobre o Governo”, Catarina Martins considerou que o Presidente da República “está numa situação complicada desde que decidiu dar a mão a António Costa”, num “número criado para haver eleições antecipadas e dar uma maioria absoluta ao PS”. “Eu acho que há muita gente no país arrependida desta maioria absoluta. Seguramente o Presidente da República é um deles“, disse.

Interrogada se considera que, caso houvesse eleições, o PS ganharia com maioria absoluta, a coordenadora do BE respondeu que não se ganha nada “em estar todos os dias a falar de uma situação que só depende do próprio do Governo e do Presidente da República”.

“Ganhávamos sim em colocar problemas concretos em cima da mesa. Nada ajuda mais um Governo que é incapaz de responder ao país do que, no país, falar-se de tudo menos do que é preciso resolver”, sustentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.