Rússia ultrapassa Arábia Saudita como maior fornecedora de petróleo da China

  • Lusa
  • 21 Março 2023

As compras da China à Rússia fixaram-se, em média, em quase dois milhões de barris por dia. A Rússia superou assim a Arábia Saudita, nos primeiros dois meses de 2023.

As compras de petróleo russo pela China aumentaram 24% em janeiro e fevereiro, em termos homólogos, permitindo à Rússia ultrapassar a Arábia Saudita como maior fornecedora de crude do país vizinho, segundo dados oficiais divulgados esta terça-feira.

De acordo com as alfândegas chinesas, as compras da China à Rússia fixaram-se, em média, em quase dois milhões de barris por dia. No total, as importações de crude russo pela China ascenderam a 84,61 mil milhões de dólares (78,58 mil milhões de euros). O preço médio por barril fixou-se em cerca de 73,62 dólares (68,38 euros), uma queda de 11,71%, face ao mesmo período do ano anterior.

A Rússia superou assim a Arábia Saudita, nos primeiros dois meses de 2023, para se tornar no maior fornecedor de petróleo bruto da China. Nos primeiros dois meses deste ano, a China importou cerca de 1,73 milhões de barris por dia da Arábia Saudita, uma queda de 4,7%, em termos homólogos. No entanto, o preço médio por barril aumentou em quase 4%, face ao ano anterior.

A China pode comprar energia à Rússia sem entrar em conflito com as sanções impostas pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Pequim está a intensificar as compras, para aproveitar os descontos russos. Isto causa fricções com Washington e países aliados, ao aumentar o fluxo de caixa de Moscovo e limitar o impacto das sanções.

O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, de visita a Moscovo, que a Rússia está em condições de satisfazer as crescentes necessidades energéticas da China. “As empresas russas são capazes de satisfazer a crescente procura de energia da China”, disse Putin a Xi durante as conversações entre as duas delegações oficiais no Kremlin, segundo a agência francesa AFP.

A China difunde os dados relativos a janeiro e fevereiro em conjunto, já que a data do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, cujo feriado se prolonga por uma semana, calha em datas diferentes todos os anos, nos dois primeiros meses do ano. Aquele feriado causa uma interrupção da atividade económica, o que se reflete nas comparações homólogas.

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“Rabo de Peixe” chega em maio à Netflix

  • Lusa
  • 21 Março 2023

Depois de "Glória", "Rabo de Peixe" é a segunda série portuguesa, realizada integralmente em Portugal, a integrar a Netflix. A produção é da Ukbar Filmes.

A série portuguesa “Rabo de Peixe” vai chegar em maio à Netflix, anunciou hoje a plataforma de streaming, sem especificar o dia.

“Rabo de Peixe”, realizada por Augusto Fraga e Patrícia Sequeira, foi um dos dez projetos vencedores do concurso promovido pela plataforma Netflix com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), para argumentistas, lançado em 2020, que teve no seu propósito apoiar a produção audiovisual portuguesa no contexto da pandemia de covid-19.

Com produção da Ukbar Filmes, “Rabo de Peixe” é a segunda série portuguesa para a Netflix realizada integralmente em Portugal, depois de “Glória”, de Tiago Guedes, produzida pela SPi e estreada em novembro passado.

“Inspirada (muito livremente) num evento real, ‘Rabo de Peixe’ conta a história ficcional de quatro amigos que veem a sua vida mudar com a chegada de uma tonelada de cocaína à costa da pequena vila açoriana Rabo de Peixe. A série é um thriller com toques de humor sarcástico e uma história baseada na esperança, nos sonhos, na amizade, no amor e no mar que promete conquistar e arrebatar o público português”, descreveu a Netflix, em comunicado.

O elenco é encabeçado por José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão e Kelly Bailey, contando ainda com a participação de Maria João Bastos, Pepê Rapazote, Albano Jerónimo e Afonso Pimentel.

“Rabo de Peixe” será ainda a primeira produção de ficção assinada por Augusto Fraga, que tem trabalhado sobretudo em publicidade, juntamente com Patrícia Sequeira, autora de filmes como “Snu” e “Bem Bom”.

“É um enorme orgulho poder mostrar os Açores ao mundo, contando uma história incrível num dos lugares mais especiais do planeta. Esta é uma série de puro entretenimento e adrenalina, mas, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a fortuna e fatalidade da condição humana. Sendo eu açoriano, estou muito feliz por trazer esta aventura aos écrans da Netflix”, disse Augusto Fraga, citado no comunicado hoje divulgado.

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Associação Salvador arranca com campanha de consignação de IRS: Comunicação tardia dos resultados é um entrave

Associações esperam cerca de 10 meses pela comunicação, por parte da AT, do valor angariado com as doações de IRS. Uma demora que põe em causa o planeamento, diz a Associação Salvador.

Desde 2001 que os contribuintes podem doar 0,5% do seu IRS a entidades de cariz social, ambiental ou cultural. Sem custos para o contribuinte, esta opção permite ajudar uma das 4.700 entidades elegíveis para o efeito. Escolher uma é o primeiro desafio e, com o aproximar do período de entrega do IRS (entre 1 de abril e 30 de junho), muitas associações apostam em campanhas nas quais divulgam esta possibilidade. Ao longo do ano, este é dos principais momentos de comunicação para grande parte das associações.

A Associação Salvador, a assinalar o vigésimo aniversário, é um exemplo. Prestes a reforçar uma campanha “especial”, a associação partilha com o +M também alguns dos constrangimentos inerentes a estas iniciativas. O principal é a demora, por parte da Autoridade Tributária, em fornecer informação sobre os valores recolhidos no ano anterior. Para se ter uma ideia, apenas no dia 9 de março foram informados do valor angariado em 2022. Filipa Mourão, responsável pela coordenação de angariação de fundos da associação, aponta que a comunicação dos resultados e transferência do valor por parte da Autoridade Tributária é muito tardia e defende uma campanha geral de divulgação por parte do Estado, uma vez que parte da população ainda desconhece alguns aspetos desta possibilidade de consignação.

“Há 20 anos a tirar sonhos do papel” é o mote da campanha deste ano da associação, coincidente com os seus 20 anos de luta pela melhoria das condições de vida de pessoas com deficiência motora. Chegar às pessoas de uma “forma emotiva”, de modo a dar a conhecer o trabalho desenvolvido e o seu impacto na vida das pessoas com deficiência motora, é o objetivo.

Transportar os portugueses para o seu imaginário infantil, fazendo-os recordar os seus sonhos de criança, e pensar se estes seriam concretizáveis caso estivessem numa cadeira de rodas, é a premissa da campanha que representa as histórias verídicas de três pessoas que viram os seus sonhos saírem do papel graças ao apoio da Associação Salvador: ter uma casa adaptada às suas necessidades, ter um emprego ou praticar surf.

Já alcançámos muito nestes 20 anos mas ainda há muita coisa para fazer, e esta campanha lembra isso, lembra que já fizemos muita coisa mas que há igualmente muito por fazer na área das acessibilidades e de ofertas iguais para as pessoas com deficiência motora, seja no acesso à cultura, aos eventos, ao emprego, ao desporto, aos transportes, ao turismo, em todas as componentes que fazem a vida do ser humano“, diz Filipa Mourão.

A criatividade é assinada pela agência 9, com produção da Casperfilms, realização de André Caniços e voz off do ator Ivo Canelas. A banda sonora é produzida por Máximo Francisco. Os atores principais, Sara Soares, Sandra Manuel e Rui Aguiar, são todos beneficiários da instituição, que viram a sua vida “mudada” com o apoio da Associação Salvador.

É sempre muito importante contar com o que os profissionais sabem fazer de melhor para elevar ainda mais a qualidade destas campanhas e todas as agências produtoras e profissionais enriqueceram muito aqui esta ideia e concretizaram-na de uma forma muito especial, muito bonita e muito bem conseguida na nossa opinião“, considera Filipa Mourão, esclarecendo que foi tudo feito em regime pro bono.

O grande foco da divulgação da campanha passa pelo meio digital, através do site e redes sociais. A Associação Salvador espera também contar com partilhas por parte de pessoas “anónimas”, de beneficiários, amigos, doadores e voluntários da associação, que façam o papel de “embaixadores” e “divulgadores”. Ao mesmo tempo, e também de forma pro bono, espera-se a possibilidade de distribuição de uma versão offline da campanha – através folhetos, cartões e cartazes – em empresas, grandes superfícies ou cadeias de restauração.

Torna-se difícil “atuar de uma forma consistente e profissional, quando cerca de 20% do nosso orçamento, é imprevisível e incerto”

Filipa Mourão

coordenadora de angariação de fundos da Associação Salvador

Em 20 anos, já mudámos a vida de mais de 4 mil pessoas com deficiência motora através do nosso trabalho. Quando olho para trás, vejo que foram muitos os sonhos que tirámos do papel, mas também sei que ainda há muitos por concretizar. Muitas vidas em suspenso pela falta de oportunidades, de acessibilidades… Este é um caminho que não se faz sozinho e que só é possível com o envolvimento de todos. Esta não deveria ser uma luta apenas de pessoas com mobilidade reduzida, mas de toda a sociedade. Esse é o grande sonho e objetivo que queremos concretizar e tirar do papel”, refere Salvador Mendes de Almeida, fundador da Associação Salvador, citado em comunicado.

As dificuldades associadas a estas campanhas

Uma grande dificuldade das associações com estas campanhas prende-se com o facto de as mesmas só conhecerem tardiamente os resultados da campanha do ano anterior, por norma em março. Este ano a Associação Salvador soube a 9 de março – por lei o Estado pode comunicar até ao final de março – sendo que por essa altura a associação já se encontra a implementar os projetos e a realizar o seu trabalho com base numa previsão de orçamento. Relembra-se que o período da submissão das declarações de IRS começa no dia 1 de abril.

Esta iniciativa é muito relevante para as organizações e ainda bem que o Estado possibilita a consignação do IRS de cada um, no entanto, a comunicação dos resultados e transferência do valor por parte da Autoridade Tributária é muito tardia. De acordo com todas as organizações com as quais temos contacto e parceria, se tivéssemos acesso, pelo menos ao valor que iremos receber de consignação, o planeamento do orçamento e atividades do ano seguinte seria realizado de uma forma mais realista e eficiente“, defende Filipa Mourão, acrescentando que se torna difícil “atuar de uma forma consistente e profissional, quando cerca de 20% do nosso orçamento, é imprevisível e incerto”.

Filipa Mourão, responsável pela Angariação de Fundos e Envolvimento da Associação Salvador.

A responsável pela angariação de fundos e envolvimento da Associação Salvador defende que seria “realmente importante” que o setor social tivesse conhecimento em tempo mais útil do valor para uma previsão e planeamento do ano seguinte. Não é defendido o recebimento antecipado da verba, mas a informação de qual seria o valor total das consignações alocado a casa associação, reforça.

“Ao saber o valor, pelo menos já conseguimos preparar o plano do ano seguinte, ou seja, perceber melhor o impacto que conseguimos ter, as pessoas a que conseguimos chegar, de uma forma mais profissional, mais assertiva e mais eficiente. Não sabendo o valor com que vamos contar então estamos a planear um pouco no ar, porque depois podemos ter uma boa ou má surpresa. Não se podem fazer planeamentos de projetos e de apoios aos nossos beneficiários – pessoas com deficiência motora – sem saber o valor exato. Temos muitas pessoas a contar com os nossos projetos e com a nossa missão anualmente para depois termos uma má surpresa de IRS e não conseguirmos chegar até eles”, afirma, adiantando ainda que um conjunto de organizações já fez chegar ao Ministério das Finanças e à Autoridade Tributária uma carta exatamente com este pedido.

As associações também só conseguem saber o valor total do montante que recebem e as declarações de IRS correspondentes da campanha de consignação, não se sabendo de onde vêm ou qual o valor unitário de cada doação. Apenas se conhece o bolo. Em 2021 foram 10.991 as pessoas que escolheram a Associação Salvador para consignar 0,5% do seu IRS, número que baixou para 9.514 em 2022. Apesar da redução, a receita manteve-se para a associação. Facto “curioso” e que pode ser explicado ou por os consignantes de 2022 serem pessoas com rendimentos maiores ou pelo aumento do imposto em si mesmo, avança Filipa Mourão.

A estratégia para estas campanhas são assim também difíceis de delinear, uma vez que não é possível saber o que resultou mais na divulgação da campanha, se foi o formato digital, offline ou mesmo a comunicação presencial – como acontece em algumas ações feitas junto das empresas, onde se tenta conferir um cunho mais personalizado, através de testemunhos reais dos beneficiários – pelo que esta campanha é “muito imprevisível e muito desafiante”, considera Filipa Mourão.

E por isso nós nunca conseguimos perceber qual a estratégia de comunicação que funcionou mais. É um bocadinho pensar pela nossa experiência pelos anos que passaram e pelos resultados que temos tido, o que é que fomos fazendo, e tentarmos fazer mais ou menos a mesma coisa e ir tentando inovar. E com alguma criatividade tentar apelar a uma parte mais emotiva do nosso trabalho, mas também a uma parte mais informativa porque temos a noção que há muitas pessoas que ainda não percebem o conceito desta campanha ou têm ideias erradas”, diz Filipa Mourão. Há pessoas que pensam que vão pagar mais ou receber menos, “e não é isso, é um imposto liquidado que já vai para o Estado e que nós apenas estamos a decidir para onde é que vai 0,5% desse imposto“, clarifica.

Segundo os dados avançados pela Associação Salvador, em 2020 foram 845.591 os contribuintes que consignaram o seu imposto (num montante conjunto de 21.036.527,86 euros), sendo que, de um total de 5.479.417 agregados familiares que entregaram declaração referente ao ano de 2020, cerca de 61% não fizeram nenhuma doação. Existe assim “uma grande margem de crescimento que poderá beneficiar em grande escala o Terceiro Setor”, acredita.

Filipa Mourão considera, aliás, que seria positiva e “muito importante” a realização de uma campanha de sensibilização por parte do próprio Governo para esta consignação, tendo em conta que existem organizações que não têm maneira de investir na realização destas campanhas. “Uma campanha geral que beneficiasse todas as associações era fundamental”, afirma.

Também as empresas podem aqui desempenhar um papel social muito importante. “As empresas podem fazer muito porque são feitas de pessoas”, diz Filipa Mourão, defendendo que estas têm um papel “importantíssimo” na divulgação das campanhas das associações. Há empresas que escolhem um conjunto de associações cujo trabalho reconhecem como meritório para divulgarem junto dos colaboradores, explica a responsável, adiantando que a Associação Salvador conta com algumas destas empresas como parceiras.

Além da campanha de consignação de 0,5% do IRS – que representa cerca de 20% das receitas da Associação Salvador – esta associação conta com contribuições por parte de empresas e de doadores regulares. Aposta ainda em candidaturas a prémios e fundos e em iniciativas solidárias de modo a, com criatividade, fazer com que as pessoas se envolvam “para em conjunto chegarmos a um país mais inclusivo, mais acessível para todos e com oportunidades iguais para as pessoas com deficiência motora”, diz Filipa Mourão.

A importância da comunicação

A comunicação figura assim como uma “peça-chave” na angariação de fundos por parte das associações, mas não se resume a esta área, afiança Mariana Corrêa Nunes, responsável de comunicação da Associação Salvador.

No entanto, embora sejam duas áreas de trabalho diferentes, a equipa de comunicação e de angariação de fundos “trabalham sempre em sinergia, garantindo que os objetivos são cumpridos e isso é crucial para o sucesso do nosso trabalho”, continua. Os destinatários da comunicação da associação são vários – entre pessoas com deficiência, doadores regulares, mecenas, sociedade civil, imprensa ou instituições públicas -, pelo que isso obriga a uma “estratégia muito bem definida e a trabalhar com os parceiros certos, de forma a que seja sempre garantida a coerência da mensagem e a sua eficácia”.

Na Associação Salvador o objetivo, no final, é sempre o mesmo: promover a inclusão e melhoria de vida das pessoas com deficiência motora e sensibilizar para a igualdade de oportunidades, garante a responsável de comunicação da associação.

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Governo deverá atribuir até final de junho apoios por causa das cheias

Municípios e empresas recebem até final de junho apoios do Governo por causa das cheias, garantiu Ana Abrunhosa, avisando que vai haver fiscalização aleatória às candidaturas.

A ministra da Coesão Territorial garantiu, esta terça-feira, que o Governo vai atribuir até ao final de junho os apoios aos municípios e empresas por causa das cheias que assolaram o país, em dezembro e janeiro deste ano. Mas foi avisando que o Ministério fará uma “fiscalização aleatória de algumas candidaturas” por estarem em causa “valores muito elevados”, ascendendo já “o reporte dos danos a cerca de 340 milhões euros”.

“Gostaríamos de, no máximo até final de junho, entregar as verbas a que estes municípios e empresas têm direito”, assegurou Ana Abrunhosa, na Comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local a propósito dos prejuízos decorrentes do mau tempo, que assolou o país em dezembro e em janeiro.

“Neste momento, o reporte dos danos são de cerca de 340 milhões euros, sendo que 288 milhões de euros são em equipamentos e infraestruturas municipais, e 28 milhões são em atividade económica e pequeno comércio“, avançou a ministra.

Entretanto, estão a decorrer até 15 de abril as candidaturas a apoios, num total de 91 milhões de euros, para reparação de danos em infraestruturas e equipamentos municipais por causa do mau tempo. O anúncio foi feito, no passado dia 17 de março, pelo Ministério da Coesão Territorial, adiantando, na ocasião, que “com uma dotação de 91 milhões de euros, as medidas de apoio à Administração Local podem financiar até 60% da reposição e/ou reconstrução de equipamentos e infraestruturas.

“Todos os pequenos municípios terão a taxa máxima de 60%, ou seja todos os municípios do Alto Minho e do Alto Alentejo. Depois, haverá municípios, consoante o peso dos prejuízos nas suas receitas próprias, que terão 40 ou 50%”. Como é o caso de Loures que terá uma taxa de apoio de 50% e cujos prejuízos ascenderam a 22 milhões de euros, segundo Ana Abrunhosa.

Agora, o processo seguirá os trâmites normais. “A equipa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) fará a analise e nós faremos a fiscalização aleatória de algumas candidaturas, porque estamos a falar de valores muito elevados”, avisou a ministra.

Ana Abrunhosa alertou ainda, que no caso das empresas, terão de fazer acompanhar a candidatura, que vão submeter ao apoio do Estado, do relatório do perito de seguros ou emitido por uma “entidade certificada para fazer esse levantamento de danos”.

A equipa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) fará a analise e nós faremos a fiscalização aleatória de algumas candidaturas, porque estamos a falar de valores muito elevados.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

A governante aproveitou para fazer um ponto de situação, adiantando que já decorreu o levantamento dos danos, “que foi coordenado pelas CCDR e feito pelas várias entidades”. O mau tempo causou prejuízos em habitações, comércio, agricultura, nas linhas de água, estradas nacionais e municipais, ferrovia e património nacional.

Ana Abrunhosa lembrou, contudo, que não havia um diploma que permitisse, de um momento para o outro, agilizar apoios para as empresas que sofrem danos decorrentes de ocorrências extremas”. Havia, sim, um fundo de emergência municipal para os equipamentos e infraestruturas municipais. Foi, por isso, necessário criar “uma norma jurídica para a atividade económica“.

Desde a alteração do orçamento das CCDR — “porque o apoio às empresas vai passar pelas CCDR” –, até à abertura dos avisos a 17 de março para apoio às empresas assim como a infraestruturas e equipamentos municipais, o processo esteve carregado de uma “carga administrativa”, adiantou a governante.

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Navio com combustível em chamas na zona da Foz do Douro

  • Lusa
  • 21 Março 2023

O navio Greta K, que transporta combustível, dirigia-se para o porto de Leixões, em Matosinhos. Doze dos 19 tripulantes do navio-tanque já foram retirados.

O navio Greta K, que esta terça-feira se incendiou ao largo da Foz do Douro, no Porto, encontrava-se às 17:45 a quatro quilómetros da costa, vindo do porto de Sines, de acordo com a aplicação Marine Traffic. O alerta para o incêndio na embarcação, registada em Malta, foi dado às 15:24, de acordo com a página na Internet da Proteção Civil.

Doze dos 19 tripulantes do navio-tanque já foram retirados. Pelas 19:04, a embarcação foi rebocada para longe da costa, anunciou em comunicado a Marinha Portuguesa.

Na nota de imprensa, a Marinha Portuguesa assinala que o alerta foi dado cerca das 15:30 para o “Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de Lisboa, da Marinha” para um “incêndio no navio-tanque Greta K, com bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e meia de costa, cerca de três quilómetros, junto à praia dos Ingleses, na Foz do Douro, com 19 pessoas a bordo, todas de nacionalidade filipina”.

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que tinha a bordo um piloto de barra no apoio ao navio que se dirigia para Leixões, conseguiu rapidamente colocar no local três navios-rebocadores a ajudar no combate ao incêndio. Também o Capitão do Porto do Douro e de Leixões empenhou duas embarcações da Estação Salva-vidas de Leixões, acrescenta a nota de imprensa.

O incêndio continua ativo e 12 dos tripulantes foram resgatados por embarcações das Estações Salva-vidas de Leixões, da Póvoa de Varzim e do Comando-local da Polícia Marítima de Leixões. Os outros sete tripulantes mantiveram-se a bordo”, assinala a Marinha.

O navio, que tem “a bordo gasóleo e combustível destinado a aviões (jet fuel) e não tem crude”, está a ser “rebocado para uma zona afastada de costa”, informa o comunicado.

Entretanto, a Marinha Portuguesa está a reforçar o material e as equipas de combate à poluição para a eventualidade de algum foco de poluição, enquanto o Instituto Hidrográfico, da Marinha, também se encontra a acompanhar a situação para a eventual necessidade de cálculo da deriva, em caso de foco de poluição, acrescenta o comunicado. O comunicado não revela a existência de feridos.

Em declarações à Lusa, na Avenida Brasil, na marginal do Porto, um casal de espanhóis de visita à cidade referiu ter visto chamas na embarcação desde as 14:00. Pelas 17:00, era ainda visível um fumo negro a sair do navio, estando o incêndio a ser combatido com água, projetada por pelo menos duas outras embarcações.

O navio em chamas dirigia-se para o porto de Leixões, em Matosinhos, acrescentou a fonte da Proteção Civil. Pelas 18:15, de acordo com informação disponível no site da proteção Civil, o incêndio ainda estava ativo. No combate às chamas estão meios da Capitania do Porto.

(atualizado às 19h48 com mais informação)

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Mil maiores empresas familiares renderam mais 3% do que as restantes desde 2006

Face a 2006, as empresas familiares de pequena dimensão foram as que tiveram maior vantagem, com 5,4%. Em 2022, contudo, as empresas familiares ficaram para trás, gerando menos 7% de faturação.

As 1.000 maiores empresas familiares de todo o mundo geraram mais 3% de receitas desde 2006 do que todas as outras. A conclusão é de um estudo divulgado nesta terça-feira pelo banco Credit Suisse, que avaliou estes negócios em que pelo menos 20% do capital social ou dos direitos de voto pertencem aos fundadores. Foram analisadas 1.005 empresas, menos 55 face a 2020.

Face a 2006, as empresas familiares de pequena dimensão foram as que tiveram maior vantagem sobre as restantes, com 5,4%; as empresas médias ficaram com mais 4% de receitas; nas grandes empresas, a diferença foi de 2,3% a favor das companhias com fundadoras.

Em 2022, contudo, as empresas familiares ficaram para trás, gerando menos 7% de receitas em comparação com as restantes. A culpa foi das grandes empresas, que registaram uma desvantagem de 8,5%; as empresas pequenas e médias conseguiram mais 2,1% e 6,7% de receitas, respetivamente.

As 1.000 maiores empresas familiares geraram sempre mais receitas do que as restantes desde 2006.

O maior número de empresas familiares (498) encontra-se na região da Ásia-Pacífico (excluindo Japão), seguida da região da Europa, Médio Oriente e África (285) e da América do Norte (146). Na América Latina (57) e no Japão (19) há o menor número destas companhias.

Portugal surge nesta análise graças à Jerónimo Martins. Fundada em 1792, a dona do Pingo Doce aparece como uma das empresas familiares mais antigas da Europa. A empresa familiar mais antiga analisada é a Orkla, grupo da Noruega.

As três empresas familiares mais valiosas do são tecnológicas: Alphabet, dona do Google (1,177 bilião de dólares), Tesla (624 mil milhões de dólares) e Meta, dona do Facebook (446 mil milhões de dólares).

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Municípios aprovam parecer ao pacote Mais Habitação

  • Lusa
  • 21 Março 2023

Parecer dos autarcas foi aprovado por unanimidade e consolida um "vasto" conjunto de propostas e salienta "cautelas" em algumas medidas propostas pelo Governo.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) vai enviar ao Governo um conjunto de contributos para melhorar o programa “Mais Habitação”, de forma a “responder às reais necessidades do país”, revelou hesta terça-feira a presidente, Luísa Salgueiro.

No final de uma reunião do conselho diretivo, que decorreu em Coimbra, Luísa Salgueiro informou que as propostas da ANMP “são vastas” e abarcam “vários dos aspetos do pacote”, elencando quatro contributos relacionados com a vida das autarquias. No que toca a provisão de se poderem aprovar os projetos apenas com os termos de responsabilidade dos técnicos, Luísa Salgueiro defendeu que tal deve ser visto “com cautelas”.

“Têm de ser mantidas as condições para que sejam verdadeiramente os municípios a gerir a sua gestão urbanística, os seus serviços, e não passar para a esfera exclusivamente privada”, sustentou. No que toca a questão da alteração do uso dos solos de outros fins para habitação, a autarca também vincou que esta deve ser “muito cautelosa”.

“Todos nós prosseguimos uma definição de cidade que promova a cidade dos cinco minutos e multifuncional e não a correr riscos de inverter esta visão para as cidades”, acrescentou.

Em relação às isenções de impostos, que são receitas próprias dos municípios – Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) –, a ANMP discorda da previsão automática. No que concerne às áreas de reabilitação urbana, a ANMP entende que deve manter-se a bonificação do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) a 6%, não apenas para os imóveis construídos, mas para os imóveis em sentido lato.

“Não apenas para edifícios existentes, mas para reabilitação de toda a área, seja de equipamentos, seja de espaço público, seja de novas construções e também para habitação”, concretizou. No entender de Luísa Salgueiro, estes são alguns dos pontos essenciais para que o pacote legislativo “responda às reais necessidades do país”, tendo sido incluídos no parecer da ANMP aprovado por unanimidade e que será remetido ao Governo.

Estas propostas, que servem para “melhorar o programa Mais Habitação”, já tinham sido apresentadas em reunião, mantida a semana passada com as ministras da Habitação e da Coesão Territorial. A segunda parte do programa “Mais Habitação” está em consulta pública até dia 24 deste mês, estando prevista a aprovação das respetivas propostas de lei no dia 30 de março. A primeira parte foi aprovada na semana passada.

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Mercado global de música gravada cresceu 9% em 2022

  • Lusa
  • 21 Março 2023

As receitas de música gravada atingiram os 26,2 mil milhões de dólares no ano passado, um aumento de 9% face a 2021.

O mercado global de música gravada cresceu 9% no ano passado, com o streaming por subscrição a ser o principal impulsionador deste aumento, de acordo com o relatório da Federação Internacional da Indústria Discográfica divulgado esta terça-feira.

Em 2022, as receitas de música gravada atingiram os 26,2 mil milhões de dólares, um aumento de 9% face a 2021, demonstram os dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI, na sigla em inglês).

“O crescimento deve-se a várias fontes de receita: mais uma vez registou-se um aumento nas receitas de streaming, formatos físicos, direitos de reprodução e sincronização, tendo apenas os downloads e outros digitais registado uma diminuição de receitas”, lê-se no relatório, no qual é destacado que “o streaming por subscrição foi o principal impulsionador do crescimento”.

O streaming por subscrição teve um aumento de 10,3% em 2022, atingindo os 12,7 mil milhões de euros. As receitas de formatos físicos aumentaram 4% e as de direitos de reprodução 8,6%, “regressando a níveis pré-pandemia”. O total do streaming (incluindo subscrição e publicidade) representou, em 2022, 67% das receitas de música gravada, acima dos 65% registados no ano anterior.

No final de 2022, estavam registados 589 milhões de utilizadores de contas pagas de streaming, em plataformas como Spotify, Apple Music e Tidal, mais 66 milhões do que no ano anterior. Os três artistas que mais venderam e lucraram, globalmente, em 2022, foram a norte-americana Taylor Swift, os sul-coreanos BTS e o canadiano Drake.

O top 10 dos artistas que no ano passado mais venderam e lucraram inclui ainda o porto-riquenho Bad Bunny, o canadiano The Weeknd, os sul-coreanos Seventeen e Stray Kids, o britânico Harry Styles, o taiwanês Jay Chou e o britânico Ed Sheeran. O tema mais ouvido em streaming no ano passado foi “As it was”, de Harry Styles. “Heat waves”, dos Glass Animals, e “Stay”, de Kid Lacroi e Justin Bieber, completam o top 3.

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Gasolina e gasóleo desceram três cêntimos esta semana

Esta semana, quando abastecer o carro, deverá pagar 1,515 euros por litro de gasóleo simples e 1,657 euros por litro de gasolina simples 95. Desde Janeiro de 2022 que o diesel não estava tão barato.

Tanto o litro de diesel, o combustível mais usado em Portugal, como o da gasolina desceram três cêntimos esta semana, apesar de os preços do Brent terem registado a maior queda deste ano na semana passada, na sequência das perturbações com o setor bancário que voltaram a agitar o fantasma da recessão.

Ao longo desta semana quando for abastecer, deverá pagar 1,515 euros por litro de gasóleo simples e 1,657 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar a 3 de janeiro de 2022 para encontrar os preços do diesel nas bombas mais baratos, ou seja, antes da Rússia ter invadido a Ucrânia. No caso da gasolina, o recuo é muito mais curto. A 19 de dezembro, os automobilistas pagavam em média 1,582 euros por litro de gasolina.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras, mas os valores cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E têm também em conta a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Em março, o efeito do mecanismo de compensação aplicado ditou um redução do desconto no ISP de 1,9 cêntimos no gasóleo e de 0,9 cêntimos na gasolina, face a fevereiro.

A descida de 3,7 cêntimos no diesel e 3,1 cêntimos na gasolina esta semana surge depois do litro de diesel ter ficado 1,4 cêntimos mais barato a semana passada e a gasolina ter descido meio cêntimo.

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“Temos de ter uma política de seguros diferente”, diz a ministra da Coesão Territorial

Ana Abrunhosa diz que "o seguro tem de ser adequado aos mapas de risco", algo que ainda não existe no país. Quer levar o assunto a reflexão na AR, porque é preciso uma política de seguros diferente.

A ministra da Coesão Territorial defendeu, esta terça-feira, na Comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, que o país tem de “ter uma política de seguros diferente” e que “o seguro tem de ser adequado aos mapas de risco“. Aliás, Ana Abrunhosa quer que esta matéria seja objeto de reflexão no Parlamento.

“O seguro tem de ser adequado aos mapas de risco e ainda não temos isso no nosso país. É preciso uma reflexão de todos e incluindo este Parlamento”, começou por sublinhar Ana Abrunhosa. “Vamos ter estas ocorrências extremas com grande severidade e portanto, temos de ter uma política de seguros diferente”, argumentou a ministra da Coesão Territorial.

Para Ana Abrunhosa, este assunto é de tal forma importante que deve ser debatido no Parlamento. “Creio que a Assembleia da república não pode estar afastada dessa discussão, porque a dificuldade que uma família tem, numa zona sísmica, para fazer um seguro contra sismos é algo que só as que já tentaram é que podem relatar”.

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Dona do Pingo Doce aprova prémio de 750 euros para funcionários

Em Portugal são abrangidos cerca de 22 mil colaboradores, num investimento superior a 15 milhões de euros. O "cheque" é de 750 euros e será pago em abril.

O Conselho de Administração de Jerónimo Martins aprovou a distribuição de um prémio extraordinário aos colaboradores em Portugal, Polónia e Colômbia, num total de 75 milhões de euros. Em Portugal vão ser abrangidos 22 mil colaboradores, que irão receber 750 euros em abril.

“O Grupo Jerónimo Martins investe 75 milhões de euros na atribuição de um prémio extraordinário a cerca de 90 mil colaboradores das operações (na sua maioria lojas e centros de distribuição) em Portugal, Polónia e Colômbia”, adianta o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, em comunicado divulgado esta terça-feira.

O “cheque” será pago “em abril” conjuntamente com o salário “como reconhecimento do trabalho e do contributo destes colaboradores para os resultados obtidos em 2022”, justifica a empresa. O grupo apresenta os resultados financeiros relativos ao ano passado na próxima quarta-feira. Os resultados preliminares indicavam que as vendas da dona do Pingo Doce dispararam 21,5% para 25,4 mil milhões de euros em 2022.

Assim, em Portugal o prémio será de 750 euros e “será atribuído a cerca de 22 mil colaboradores”, de um total de mais de 34 mil. Contas feitas, o montante destinado aos funcionários a colaborar em território nacional ronda os 16,5 milhões de euros.

Em 2022, o grupo tinha aprovado um prémio de extraordinário de 550 euros aos funcionários, pelo que este ano o prémio é de mais 200 euros, isto é, um aumento de 36% face ao ano passado.

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PSD chama ex-gestores, acionistas e advogados da TAP à comissão inquérito

A lista final dos sociais-democratas tem um total de 43 nomes para serem ouvidos na comissão de inquérito, incluindo ex-gestores e os assessores jurídicos da TAP e de Alexandra Reis.

O PSD apresentou uma lista final com 43 nomes para serem ouvidos na comissão parlamentar de inquérito à tutela pública da gestão da TAP, incluindo os advogados que assessoraram a TAP e Alexandra Reis no acordo de saída da antiga administradora executiva da companhia, antigos gestores da companhia e acionistas. Os partidos tinham até esta segunda-feira para submeter os pedidos.

A lista enviada ao presidente da comissão parlamentar de inquérito, Jorge Seguro Sanches, pede que seja ouvida, “com caráter prioritário e de urgência” a ainda CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. Mas também antigos presidentes executivos da companhia aérea, como Fernando Pinto e Antonoaldo Neves, ou administradores financeiros, como Rafael Quintas e João Weber Gameiro, que saiu poucos meses depois de ocupar o cargo.

O PSD chama também os ex-acionistas privados: Humberto Pedrosa e David Neeleman, este último o protagonista do polémico negócio de compra de aviões à Airbus, que esteve na origem dos fundos que usou para capitalizar a transportadora na privatização em 2015, já no segundo Governo de Passos Coelho.

Os sociais-democratas querem também questionar os advogados que estiveram evolvidos nas negociações do acordo de saída da antiga administradora Alexandra Reis da TAP: César Esteves, da SRS Legal, que assessorou a TAP, bem como a equipa da Morais Leitão que acompanhou Alexandra Reis nas negociações da renúncia por mútuo acordo.

Stéphanie Sá Silva, ex-diretora Jurídica da TAP e mulher de Fernando Medina, está também na lista. Assim como “a responsável pelo departamento jurídico da TAP” na sua ausência, uma vez que Stéphanie Sá Silva estava fora em licença na altura em que decorreram as negociações com Alexandra Reis e já não voltou à companhia.

O rol, assinado pelo coordenador do grupo parlamentar do PSD na CPI, Paulo Moniz, inclui também nomes da tutela atual, como Fernando Medina e João Galamba, mas sobretudo antigos titulares, como João Leão, Pedro Nuno Santos, Hugo Mendes (ex-secretário de Estado das Infraestruturas) ou Miguel Cruz (ex-secretário de Estado do Tesouro).

Na lista dos sociais-democratas está ainda Luís Laginha de Sousa, presidente da CMVM, a Inspeção-Geral de Finanças, a auditora PwC e a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.

Os partidos tinham até esta segunda-feira para enviar as suas listas finais de nomes para as audições, depois de consultarem os documentos solicitados às várias entidades, dos ministérios à TAP. Os deputados da comissão parlamentar de inquérito acordaram votar na reunião ordinária de amanhã, quarta-feira, a lista final de personalidades a ouvir. Terão também de decidir a ordem pela qual serão chamadas.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estendendo-se por um período de 90 dias.

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