Banco CTT espera que BdP aprove entrada do grupo italiano Generali no capital ainda este ano

O acordo para a entrada da Generali no Banco CTT foi anunciado há um ano, mas ainda aguarda a aprovação do Banco de Portugal. CEO dos CTT diz que espera o 'OK' ainda este ano.

Os CTT esperam que possam ver a entrada da Generali/Tranquilidade no capital do Banco CTT aprovada pelo Banco de Portugal ainda em 2023, afirmou esta sexta-feira João Bento, CEO do operador postal que ainda é o acionista único do banco.

A 7 de novembro de 2022, os CTT anunciaram ao mercado que o grupo segurador italiano Generali comprou uma participação de cerca de 8,71% do Banco CTT através de um aumento de capital de 25 milhões de euros. Na mesma altura, a Generali disse que, com a subsidiária assume a ambição de consolidar a sua posição no mercado segurador português, dado que o acordo pressupõe a distribuição de seguros de vida e de ramos reais da Tranquilidade pelos CTT e pelo Banco CTT, através de contratos de distribuição de longo prazo, com períodos de exclusividade renováveis de cinco anos.

Volvido um ano, no entanto, o negócio continua a aguardar a aprovação do regulador português, algo que João Bento diz poder estar para breve.

O CEO dos CTT recordou que banco “tem talvez dois eventos muito significativos no final deste ano, um que é garantido e que é o fecho formal da relação com o Cartão Universo, e tem portanto um ganho de liquidez e uma alteração com algum impacto no modelo de negócio e reafirma-se como um banco simples e democrático e para qual já convocou em sete anos 700 mil clientes”.

João Bento adiantou que “o segundo momento que poderá acontecer até ao final do ano, que poderá acontecer a qualquer momento, é a entrada do grupo Generali com o aumento de capital“.

Recordou ainda que os CTT a 27 de setembro anunciaram a nova estratégia do banco, que incluindo esses dois passos e à boleia das subidas das taxas de juro, permite reforçar as metas crescimento até 2025, querendo agora atingir 750 mil contas, num crescimento da base de clientes que permitirá obter um volume de negócios de sete mil milhões de euros nos próximos dois anos.

Em relação aos Certificados de Aforro, produtos de dívida pública que podem ser subscritos através da rede do Banco CTT, João Bento forneceu mais detalhes sobre as novas mudanças que o IGCP poderá implementar. O presidente executivo dos CTT tinha dito que aguarda, depois das alterações promovidas pelo IGCP, instituição que gere a dívida pública, aguardava com “expectativa” que as condições e o montante máximo de subscrição voltem a ser alterados em breve pelo Governo.

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Associação insta MP a suspender de imediato mina do Barroso em Boticas

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

A UDCB lembrou que já decorrem em tribunal três processos distintos relacionados com a mina do Barroso.

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB) apelou ao Ministério Público (MP) para suspender “de imediato” a licença concedida à Savannah para exploração de lítio e das prospeções em curso em Boticas.

Em nome do interesse público e da legalidade, [a associação] exige que as autoridades administrativas suspendam de imediato a licença e apela ao MP que, atendendo à gravidade dos factos, proceda à suspensão da licença e das prospeções“, afirmou a UCDB.

A reação da associação criada para lutar contra a exploração mineira em Boticas, distrito de Vila Real, surge na sequência da operação Influencer que levou à demissão do primeiro-ministro, António Costa.

O processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real, um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um ‘data center’ na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

A mina do Barroso foi o primeiro projeto de lítio em Portugal que obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, embora condicionada à concretização de medidas de compensação e mitigação.

A associação apelou ainda ao MP para que “investigue a usurpação de terrenos baldios e privados através do uso abusivo do BUPI (a nova plataforma digital que permite o mapeamento de terrenos) e de registos fraudulentos que favorecem a mineradora e o projeto em causa”.

A UDCB lembrou que já decorrem em tribunal três processos distintos relacionados com a mina do Barroso. Esta semana, o presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, afirmou que o município está também a ultimar uma ação de impugnação à continuidade da mina do Barroso.

A primeira ação em tribunal foi interposta pela Junta de Freguesia de Covas do Barroso para cancelar a licença de prospeção e exploração, com “base na alteração da área e mudança do propósito da licença original, atribuída em 2006, e as sucessivas alterações do objeto do contrato e da licença, à qual o lítio foi acrescentado”.

A segunda ação foi levantada pela Comunidade de Baldios de Covas do Barroso contra a Savannah e particulares, e visa a restituição de terrenos alegadamente “usurpados” pela empresa.

Mais recentemente, a mesma junta deu entrada com uma ação administrativa contra a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de viabilizar a mina do Barroso.

A UDCB afirmou que o processo de avaliação ambiental da mina do Barroso se pautou “pela falta de transparência por parte da APA, que foi recentemente condenada por não facultar informação à Junta de Covas do Barroso“.

“Esta já não era a primeira vez que a APA tinha sido repreendida e condenada por recusar ou ignorar pedidos de acesso a informação que deveria estar no domínio público”, lembrou, apontando que, “no seguimento de várias reprimendas e sentenças, está em curso um processo contra Portugal no Comité de Cumprimento da Convenção de Aarhus, relacionado com o desrespeito pelo direito ao acesso à informação ambiental neste processo”.

A associação disse que o EIA do projeto foi declarado “não conforme” por duas vezes em 2020 e que, mesmo “após estas reformulações, o EIA recebeu um parecer “não favorável” em junho de 2022, tendo sido dada à empresa mais uma oportunidade para reformular o projeto ao abrigo do “novo regime jurídico, aprovado no início deste ano e feito por medida para ‘simplificar’ os processos de Avaliação de Impacte Ambiental”.

“A UDCB sempre insistiu que tanto a licença como o parecer favorável da APA foram concedidos sem qualquer fundamento e as descobertas agora feitas pelo MP vieram dar-nos razão. Ilegalidades profundas que inquinam de forma irremediável a licença que a empresa tem utilizado”, frisou.

Na sequência da operação, o primeiro-ministro, António Costa, pediu a demissão ao Presidente da República, que na quinta-feira anunciou a dissolução do parlamento e a marcação de eleições antecipadas para 10 de março.

Movimento contra abate de sobreiros em Sines avança com ação judicial

Um movimento de cidadãos interpôs uma ação judicial contra o abate de sobreiros para a construção de um parque eólico em Sines (Setúbal), que diz estar ligado à investigação que levou à demissão do primeiro-ministro.

O grupo de cidadãos indicou que a ação judicial deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja, no início deste mês, através do Grupo de Ação e Intervenção Ambiental (GAIA) e da Cooperativa Regenerativa, na sequência de uma providência cautelar interposta pelo mesmo movimento em outubro.

A ação judicial que põe em causa a legalidade do despacho de 1 de agosto de 2023 do ministro do Ambiente e da Ação Climática entrou na passada quinta-feira, dia 2, no Tribunal de Beja, dando suporte à providência cautelar que foi submetida e aceite pela mesma instância”, no final de outubro, avançou o movimento.

Em declarações à agência Lusa, a porta-voz do movimento, Avani Ancok, explicou que “o crime é o abate ilegal de sobreiros protegidos pela legislação vigente em Portugal através da imprescindível utilidade pública e o argumento desta ação é a ilegalidade do despacho n.º 7879/2023 proferido pelo ministro do Ambiente, publicado em Diário da República”.

O despacho do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, reconhece “o imprescindível interesse público do projeto eólico de Morgavel” e o consequente abate de 1.821 sobreiros para a construção de um parque eólico em Sines.

Na nota, o movimento adiantou que este processo “visa a proteção efetiva de um bosque de sobreiros perto de Sines, depois de o Ministério do Ambiente ter dado autorização à EDP para o seu abate, com vista à instalação de um parque eólico”. E alegou que “o polémico parque eólico que a EDP queria instalar em Sines está na base das investigações que levaram à demissão do primeiro-ministro, na terça-feira”.

Para o grupo de cidadãos, “os principais pontos críticos do modelo em vigor do processo de AIA – Avaliação de Impacto Ambiental são claramente favoráveis às empresas em detrimento dos ecossistemas e das populações locais”.

Questionada pela Lusa, a porta-voz do movimento esclareceu que a ação judicial “visa o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e tem como contrainteressado o Parque Eólico de Moncorvo Lda, que também está ligado com toda esta questão que veio agora a público nos últimos dias”.

“O suposto Parque Eólico de Moncorvo está relacionado diretamente com esta intenção de criar em Sines um megaprojeto de hidrogénio verde e ‘data center’ e, por isso, pedimos que tudo isto agora seja revisto e seja cancelado”, acrescentou.

No seu entender “é necessário fazer uma transição [energética], mas não a custo de destruir todo o ecossistema e prejudicar as populações locais que iriam sair bastante lesadas se todos estes projetos, desde o abate destas árvores protegidas por lei, em Morgavel, até à mineração do lítio, fossem para a frente”.

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Ecofinanciamento é solução para compra de carros elétricos

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  • 10 Novembro 2023

Quer comprar um carro elétrico, mas acha muito caro? Está a par dos apoios que existem para quem quer trocar um carro a combustão por uma opção mais sustentável? Conheça, aqui, o ecofinanciamento.

A procura por veículos híbridos ou elétricos tem vindo a aumentar, mas os carros a combustão continuam a prevalecer e isso deve-se a alguns fatores, entre os quais o desconhecimento das vantagens que um veículo elétrico pode trazer, tais como uma melhor condução, uma pegada verde e uma poupança considerável em combustível, mas também a falta de informação relativamente aos apoios disponíveis para esta compra.

Há, ainda, uma grande preocupação com o gasto associado à compra de um carro elétrico, principalmente pelas pessoas que já têm carros a combustão pagos e que não pretendem fazer um novo investimento. No entanto, os preços cada vez mais altos dos combustíveis e o aumento dos impostos associados a carros a combustão, como o IUC, têm levado cada vez mais condutores a considerarem esta troca.

Mas quais são, então, os apoios que existem para quem decide trocar um veículo a combustão por um híbrido ou elétrico? Desde logo, há incentivos do Estado, definidos desde 2021, para a compra de veículos elétricos, que podem ir até três mil euros para pessoas singulares e até seis mil euros para empresas.

Além dos incentivos do governo, há também algumas entidades bancárias que já estão a lançar alguns apoios nesse sentido, como é o caso do Montepio Crédito, que criou o Ecofinanciamento, que tem como objetivo promover o financiamento para viaturas elétricas e híbridas plug-in. Esta solução caracteriza-se por possuir taxas competitivas e comissões reduzidas para a aquisição de veículos novos e seminovos.

O Montepio Crédito, no quadro da sua atividade que tem por base a resposta aos desafios da sustentabilidade e ciente das novas tendências, lançou a marca Ecofinanciamento por isso mesmo, para refletir o posicionamento da instituição enquanto promotora da defesa do ambiente e como entidade de referência no financiamento de viaturas elétricas e híbridas.

O Ecofinanciamento é uma solução financeira que disponibiliza condições para financiamento da aquisição de viaturas elétricas e híbridas que permitem uma poupança nos custos e no ambiente. Esta oferta responde às necessidades de financiamento de particulares e empresas, de uma forma transversal, considerando a importância e estímulos existentes para a consolidação de soluções de mobilidade verdes.

Conheça as soluções de crédito, leasing e renting automóvel do Montepio Crédito em www.montepiocredito.pt/ecofinanciamento.

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Lagarde mais confiante de que manter juros elevados vai “contribuir” para controlar a inflação

Christine Lagarde afirmou que se os juros forem mantidos no nível atual por algum tempo, isso "contribuirá de forma significativa para trazer a inflação de volta" aos 2%.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central EuropeuLusa

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) está mais confiante de que manter o atual nível das taxas de juro por algum tempo vai contribuir para baixar a inflação na Zona Euro. Mesmo assim, diz-se preparada para voltar a agravar o preço do dinheiro se tal se verificar necessário.

“O nível em que estamos atualmente, se o mantivermos por tempo suficiente — e podemos debater isso, naturalmente — contribuirá de forma significativa para trazer a inflação de volta ao nosso objetivo dos 2%. Se ocorrerem choques relevantes, dependendo da natureza dos mesmos, teremos de reavaliar isso”, afirmou Christine Lagarde durante um evento promovido pelo Financial Times.

A inflação na Zona Euro atingiu 2,9% em outubro, o ritmo mais baixo dos últimos dois anos e uma redução significativa face aos 4,3% registados em setembro, nas comparações homólogas. Contudo, a escalada do conflito no Médio Oriente ameaça gerar constrangimentos no setor energético, podendo fazer subir os preços do petróleo, o que poderia deitar por terra as perspetivas do BCE.

“Temos realmente de monitorizar os preços da energia daqui para a frente. Não podemos assumir que esta leitura respeitável de 2,9% [da taxa de inflação na Zona Euro em outubro] é algo que podemos dar como garantido por muito tempo”, afirmou a presidente do banco central, citada pela Bloomberg.

Estas declarações da presidente do BCE surgem algumas semanas depois de o banco central ter decidido, a 26 de outubro, manter a taxa de juro de facilidade permanente de depósito nos 4% pela primeira vez desde que iniciou o ciclo de subida das taxas diretoras no ano passado.

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Marcelo dá “luz verde” a salário mínimo de 820 euros, menos de 24 horas após aprovação do Governo

Já é oficial. O salário mínimo nacional vai subir 60 euros em 2024, para 820 euros. Aumento foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e promulgado pelo Chefe de Estado esta sexta-feira.

Nem 24 horas passaram desde que o Governo aprovou em Conselho de Ministros a subida do salário mínimo nacional para 820 euros, a partir de janeiro de 2024, mas o Presidente da República já deu “luz verde” a esse aumento. O novo valor da retribuição mínima garantida foi acordado em Concertação Social por três das quatro confederações patronais e pela UGT.

“O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que aumenta o salário mínimo nacional”, dá conta uma nota publicada esta sexta-feira no site da Presidência.

O acordo de rendimento assinado há um ano com as quatro confederações patronais e com a UGT previa a subida do salário mínimo nacional para 810 euros em 2024, mas os parceiros sociais acabaram por negociar uma subida mais robusta da retribuição mínima garantida para o próximo ano.

Assim, a 7 de outubro deste ano foi assinado um reforço desse acordo (já sem a Confederação Empresarial de Portugal) que prevê que o salário mínimo nacional vai subir dos atuais 760 euros para 820 euros em janeiro.

Apesar da crise política, esta quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros esse aumento do salário mínimo e o chefe de Estado promulgou-o esta sexta-feira de manhã.

Trata-se de um acréscimo de 60 euros da retribuição mínima garantida. “Corresponde ao maior aumento da retribuição mínima mensal garantida alguma vez verificado, de 7,9%“, salientou o Executivo, no comunicado de quinta-feira, em linha com o que já tinha sido realçado pelo próprio primeiro-ministro (agora demissionário).

Na quinta-feira, o Presidente da República anunciou que irá dissolver o Parlamento, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2024. Conforme escreveu o ECO, mesmo que o país ficasse com um governo de gestão antes de a subida do salário mínimo estar aprovada, seria possível avançar com esta medida, uma vez que depende apenas de um decreto-lei e não passa pelo Parlamento.

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PSD critica “falta de independência” de Centeno. PS lembra livro do ex-governador Carlos Costa

Miranda Sarmento questiona independência do governador e quer saber se Mário Centeno aprovou que o seu nome fosse sugerido a Marcelo. PS responde com livro de Carlos Costa. BCE em silêncio.

O PSD deixou críticas à revelação de que António Costa propôs Mário Centeno como primeiro-ministro interino ao Presidente da República, com o líder parlamentar social-democrata a apontar que é “mais uma demonstração – esta mais grave – da falta de independência do governador do Banco de Portugal”. Já o PS respondeu com o recente livro do antigo governador Carlos Costa: “Se vir com detalhe as personalidades que se juntaram na apresentação desse livro, verá o que é independência”, atirou Eurico Brilhante Dias.

Joaquim Miranda Sarmento recordou que o PSD sempre disse que Centeno, “desde a nomeação, quando passou diretamente de ministro das Finanças para governador do banco central, não era independente do poder político”. Em declarações no Parlamento, o deputado laranja falou numa “teia socialista” que “procura ocupar todos os espaços do Estado e do setor público” e que se estendeu ao banco central.

O líder parlamentar social-democrata salientou também que é preciso saber se a indicação de Centeno para primeiro-ministro “teve a anuência do próprio governador”. Adiantando, porém, que tal “mostra bem como é um agente político e não tem a independência que o banco central requer”.

“O banco central deve ser independente, foi uma das conquistas” que se obteve, reiterou Miranda Sarmento, apontando que é uma “instituição muito relevante”. Centeno “tem mais de 20 anos como funcionário do Banco de Portugal”, destacou, pelo que “deve ter preocupação de preservar a instituição”.

Já o líder do parlamentar do PS respondeu às críticas ao aconselhar os portugueses a irem ver a apresentação recente do livro do ex-governador Carlos Costa. “Se quiser ver com detalhe as personalidades que se juntaram na apresentação desse livro, verá o que é independência”, referiu aos jornalistas, em declarações nos Passos Perdidos.

A apresentação do livro contou com os ex-Presidentes da República Cavaco Silva e Ramalho Eanes, bem como do antigo primeiro-ministro Passos Coelho e do presidente do PSD, Luís Montenegro. Marcou também presença Fernando Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças do Governo de José Sócrates.

Quanto à menção de Mário Centeno como um nome possível, defendeu que “qualquer português responsável, se o Presidente da República lhe pedir um serviço importante numa circunstância ao país, deve aceitar”.

Na quinta-feira, António Costa revelou que tinha proposto ao Presidente da República o nome do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, para lhe suceder em São Bento. “Estou certo que Centeno teria todas as qualidades para o poder fazer”, poupando “o país a meses de paralisação” sendo “uma personalidade que merece a confiança, o crédito e a admiração dos portugueses”, disse, à chegada à sede do PS.

BCE em silêncio, Banco de Portugal não responde

Questionado sobre esta situação, fonte oficial do Banco Central Europeu indicou ao ECO que não tinham comentários a fazer, chamando ainda assim a atenção para o “código de conduta que os membros do conselho de governadores do BCE têm de seguir”.

Um dos princípios básicos inscritos neste código é que “no desempenho dos seus deveres e responsabilidades, os membros e suplentes deverão observar os mais elevados padrões de conduta ética e integridade”. “Espera-se que atuem de forma honesta, independente, imparcial, com discrição e sem levar em conta o interesse próprio”, lê-se ainda.

O Banco de Portugal não vai responder às questões colocadas pelo ECO sobre o mesmo assunto.

(Notícia atualizada às 14h40)

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CIM Tâmega e Sousa tem “dos mais elevados indicadores de execução da região Norte” do PT2020

“Temos dos mais elevados indicadores de execução da região Norte", diz Telmo Pinto, primeiro secretário da CIM Tâmega e Sousa, a propósito do Portugal 2020.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa deverá atingir, até ao final de novembro, uma taxa de execução de 100% do Portugal 2020, cumprindo assim todo o programa a que se comprometeu. “Temos dos mais elevados indicadores de execução da região Norte. A verba [disponível ao abrigo do quadro comunitário] vai ser toda utilizada no nosso território”, assegura Telmo Pinto, primeiro secretário da CIM Tâmega e Sousa.

“Quando estou a falar da execução de 100%, refiro-me ao investimento de 78 milhões de euros no setor público, empresarial e social”, ou seja, perto de 56 milhões de euros, cerca de 14 milhões de euros e nove milhões de euros, respetivamente, clarifica o primeiro secretário da CIM Tâmega e Sousa.

No âmbito do atual quadro comunitário – Norte 2020, que termina a 31 de dezembro de 2023, a região do Douro, Tâmega e Sousa recebeu um envelope financeiro de 108 milhões de euros. Deste valor, cerca de 78 milhões de euros foram consignados ao abrigo do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT) do Tâmega e Sousa, um instrumento financeiro e de planeamento gerido pela CIM do Tâmega e Sousa.

Numa sub-região caracterizada por setores económicos mais tradicionais, como a confeção, o mobiliário, a metalomecânica e ainda o calçado — este último concentrado em Felgueiras —, cerca de 200 empresas receberam apoio no âmbito do PT2020, ao abrigo do PDCT do Tâmega e Sousa. Todas elas candidataram projetos para se modernizarem e otimizarem a capacidade produtiva e, desta forma, melhor competirem nos mercados interno e externo.

Somos das CIM que mais investimos no apoio às empresas. Apoiámos em 14 milhões de euros micro e pequenas empresas que fizeram pequenos investimentos para aumentar capacidade de produção e se internacionalizem em novos mercados”, avança este responsável.

Conheça aqui algumas das empresas apoiadas:

  • A ItzWood – Soluções Tecnológicas, empresa da área do mobiliário, apoiada em 24 mil euros para aquisição de um conjunto de equipamentos e de software para manuseamento e transformação de madeira. A empresa de Paços de Ferreira pretende otimizar a produção, assente num menor tempo de resposta e melhores condições de desenvolvimento do produto que quer ainda com mais qualidade. A ItzWood é especializada no desenvolvimento e fabrico de equipamentos à base de madeira (para outras marcas) ao serviço de segmentos áudio, nomeadamente painéis arquiteturais, mobiliário para estúdios de gravação.
  • A MPN – Mecânica de Precisão do Norte, Lda., que opera no setor da metalomecânica, em Amarante, teve um apoio o financeiro, ao abrigo do PDCT do Tâmega e Sousa, na ordem dos 56 mil euros, com vista à aquisição de uma nova máquina para expansão e modernização da empresa. A metalomecânica pretende, assim, aumentar a capacidade produtiva, tornando-a ainda mais célere, com uma maior qualidade. A produção de novos tipos de peças, a expansão do mercado de vendas e a criação de emprego são mais alguns dos objetivos inscritos na cândida tatura aos fundos comunitários.
  • A Quinta de Santa Cristina – Enoturismo, em Celorico de Basto, também saiu beneficiada com 120 mil euros no âmbito da candidatura aos fundos comunitários, para avançar com a transição digital através da aquisição de equipamentos informáticos e de software de modo. O crescimento do número de vendas e a execução de obras de remodelação dos espaços são alguns dos objetivos a alcançar com esta candidatura.

Somos das CIM que mais investimos no apoio às empresas. Apoiámos em 14 milhões de euros micro e pequenas empresas que fizeram pequenos investimentos para aumentar capacidade de produção e se internacionalizem em novos mercados.

Telmo Pinto

Primeiro secretário da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa

Ainda assim, a maior fatia deste bolo de 78 milhões de euros do PT2020 destinou-se ao setor público. “Uma das grandes prioridades foi o investimento nas infraestruturas escolares, consideradas muito estratégicas para o desenvolvimento do território”, refere Telmo Pinto.

A eficiência energética, a transição digital e modernização administrativa, assim como a requalificação de equipamentos sociais, e o ambiente e floresta foram mais algumas das áreas estratégicas do PT 2020 neste território que abrange 11 municípios. São eles: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende.

PDCT na CIM Tãmega e Sousa em números:

  • 400 projetos apoiados no âmbito do PDCT
  • 163 projetos do setor público
  • 189 projetos do setor empresarial
  • 48 projetos do setor social
  • 244 entidades beneficiárias do PDCT (34 públicas, 162 empresas e 48 entidades da área social)

Entretanto, a sub-região do Douro, Tâmega e Sousa vai receber 187 milhões de euros ao abrigo do Portugal 2030, mais 72% do que os 108 milhões do anterior quadro comunitário. Este reforço de dotação, que é “o maior registado no conjunto das oito sub-regiões que constituem a região Norte”, vai permitir dinamizar a economia deste território mediante o apoio às empresas e à criação de centros tecnológicos, avança ao ECO/Local Online o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, Pedro Machado.

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Lisboa Unicorn Capital leva 30 startups à Web Summit

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  • 10 Novembro 2023

Durante a próxima semana, 30 startups vão marcar presença na Web Summit com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. O ECO conversou com alguns dos empreendedores sobre as expectativas para esta edição.

É já na próxima semana que Lisboa volta a ser palco da Web Summit, o maior evento europeu sobre tecnologia, e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), através da Lisboa Unicorn Capital, vai apoiar 30 startups presentes em vários stands.

Para Miguel Alves Ribeiro, colaborador da Best Tables (que originou a The Fork), responsável pela vinda da Zomato para Portugal e, ainda fundador da Sheerme, a Web Summit já não é novidade, até porque é a terceira vez que estarão presentes no evento, mas continua a ser a oportunidade perfeita para estreitar relações. “Conhecemos muita gente por Zoom, por videochamada, mas a Web Summit é o momento para nós estarmos face to face, ver pessoas que já não vemos há muito tempo, unirmo-nos à comunidade, fazer networking e parcerias”, refere Miguel, que conta há já muitos anos com o acompanhamento da CML para os seus negócios.

O colaborador da Best Tables decidiu, em 2020/2021, lançar a SheerMe, a primeira app de serviços de beleza e bem-estar, através da qual é possível fazer agendamentos e pagamentos de serviços a qualquer dia e a qualquer hora. Para o empresário, o apoio da autarquia sempre foi muito importante: “Eles são facilitadores, unem o ecossistema, abrem portas. Eu, como estou neste meio desde 2009, também me disponibilizo muito para poder ajudar outros empreendedores que estejam dentro do programa de aceleração ou da incubadora deles. Do outro lado, eles ajudam-nos como podem e, apesar de a nossa expressão já ser maior do que Lisboa, dentro de Lisboa a Câmara e a Unicorn Capital tentam apoiar-nos da melhor maneira possível e uma das coisas que fazem é esta nossa ligação com a Web Summit, que é sempre muito positiva. Sentimos que no stand de Lisboa somos sempre bem acolhidos. Acho que há aqui uma parceria bastante engraçada”.

Créditos de imagem:Câmara Municipal de Lisboa

A opinião é partilhada por Carolina Amorim, da EMOTAI, uma startup focada em fornecer serviços de saúde mental totalmente personalizados a empresas e que, para o efeito, utiliza a neurotecnologia para perceber como as pessoas se sentem (por exemplo: se estão, ou não, em risco de burnout ou de ansiedade). “Através da gravação desses dados, conseguimos recomendar o plano mais adequado para aquela pessoa e as suas necessidades, plano esse que pode incluir exercícios de respiração, concentração, meditação, tudo baseado em bio feedback, ou seja, consegue-se ver em tempo real o quão bem está a ser feito o exercício”, explicou.

A empreendedora referiu, ainda, que, em menos de dois meses, a EMOTAI conseguiu reduzir o burnout em 30% e que houve até empresas em que essa percentagem atingiu os 70%. A startup, cuja equipa é composta por sete elementos, dedicou-se mais especificamente à saúde mental no início deste ano e contou sempre com o acompanhamento da CML e da Lisboa Unicorn Capital. “Nós sempre contámos com muito apoio por parte da Câmara, mesmo através da Startup Lisboa. Temos lá o nosso escritório e sempre nos apoiaram muito desde o início, quer seja através de networking ou da criação de eventos que nos dão a conhecer ao mundo. Sempre nos ajudaram dentro da Web Summit, tanto em termos de preparação como para tirarmos o melhor partido da nossa presença lá. A expectativa para este ano é que tenhamos muita afluência no nosso stand, à semelhança da edição anterior, e continuar a conhecer parceiros e potenciais investidores”.

Além das startups já referidas neste artigo, vão estar presentes na Web Summit, com o apoio da CML, outras 25: AssetFloow, Automaise, Bairro, BotsEver, Builtrix, Dimpulse Limited, DomicileO, EMOTAI, FitMindAI, GeekPay, HolyWally, Indie Seguros, Instarent.me, Interface, Leadzai, LogisticsWMS, MIGHTY, Mykor ltd, Mystic, Orna, ProGrow, Purrmi, Sensei, Splink e Swatter Company.

A Web Summit decorre de 13 a 16 de novembro. Uma oportunidade para perceber a realidade atual do mercado tecnológico.

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Combustíveis baixam na próxima semana. Gasóleo desce 4,5 cêntimos e gasolina 3 cêntimos

Na próxima semana, abastecer o depósito vai ficar mais barato. Litro do gasóleo vai ficar 4,5 cêntimos mais barato, enquanto a gasolina desce também três cêntimos

O preço dos combustíveis vai voltar a abrandar na próxima semana. Fonte do setor adianta ao ECO que o litro do gasóleo vai descer 4,5 cêntimos, o combustível mais usado em Portugal, enquanto a gasolina ficará três cêntimos mais barata.

Feitas as contas, partir da próxima segunda-feira, 13 de novembro quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,687 euros por litro de gasóleo simples e 1,763 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. Em julho, o Governo aumentou os “descontos” nos combustíveis, em dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo por litro na gasolina e deste então não voltou a mexer nos apoios. Desta forma, a redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Mas os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo Brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Esta sexta-feira, pelas 13h17, a cotação do Brent, petróleo de referência no mercado europeu, cotava acima dos 80 dólares por barril.

Os preços finais também resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Recorde-se que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h19)

 

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Algarve com perspetivas “muito positivas” para o turismo em 2024 com novas rotas aéreas

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Algarve terá novas ligações entre Faro e Ponta Delgada (Açores), Nova Iorque/Newark (Estados Unidos da América), Helsínquia (Finlândia), Southampton (Reino Unido) e Brest (França).

A Associação Turismo do Algarve (ATA) considerou, esta sexta-feira, que as perspetivas para o próximo ano turístico “são muito positivas”, na sequência da abertura de novas rotas e ligações aéreas anunciadas para a região para 2024.

Num comunicado, a ATA considera que as novas ligações entre Faro e Ponta Delgada (Açores), Nova Iorque/Newark (Estados Unidos da América), Helsínquia (Finlândia), Southampton (Reino Unido) e Brest (França) “confirmam o Algarve como destino turístico cada vez mais atrativo”.

“O Algarve é, cada vez mais, um destino turístico de excelência, reconhecido em todos os seus segmentos e produtos, e a prova disso é que a nossa região está cada vez mais ligada ao mundo”, afirma André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, citado na nota.

De acordo com o responsável, “nos últimos tempos, a curiosidade em relação ao Algarve continua a crescer a olhos vistos”, sublinhando que “este número tão expressivo de novas rotas mostra que está a ser feito um bom trabalho de promoção” da região.

Para André Gomes, o Algarve “está a deixar de ser visto exclusivamente como um destino de sol e praia, conseguindo dar resposta a uma série de outras motivações que vão ao encontro do perfil do turista atual”.

Exemplo disso, realça, “é a rota agora anunciada pela companhia aérea Finnair, que inclui o Algarve como um destino de destaque para a sua oferta de inverno no próximo ano”. A companhia finlandesa anunciou esta semana que vai iniciar em outubro de 2024 a ligação Faro/Helsínquia com dois voos semanais.

Esta rota junta-se à da Easyjet, que inaugura, em junho de 2024, a ligação Southampton (Reino Unido)/Faro, com um voo semanal, e da companhia Volotea, que, no próximo verão, apresenta uma nova rota de Brest (França) para o Algarve.

De acordo com a ATA, a estes voos somam-se ainda os novos pontos de conectividade com a América do Norte que a região conseguiu assegurar, através do reforço da oferta de voos da Azores Airlines entre os Açores (Ponta Delgada) e o Algarve (Faro), e do anúncio do primeiro voo direto entre o continente norte-americano e o Algarve, operado pela United Airlines, que vai ligar Nova Iorque/Newark a Faro a partir de maio de 2024.

A Associação Turismo do Algarve realça que as atividades de promoção para a captação de novas ligações aéreas “vão continuar, não só junto dos principais mercados emissores de turistas para a região, como de vários mercados de aposta”.

“A expectativa do Turismo do Algarve é a de que este interesse das companhias aéreas pelo destino se mantenha e que possam ainda vir a ser anunciadas mais novidades para 2024“, conclui a ATA.

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Calendário orçamental “intacto”, garante Santos Silva. Costa não volta aos debates quinzenais

Augusto Santos Silva anunciou ainda que o Parlamento será dissolvido a 15 de janeiro de 2024, na sequência da decisão anunciada pelo Presidente da República, de convocar eleições para 10 de março.

O Presidente da Assembleia da República (AR) anunciou que o Parlamento será dissolvido a 15 de janeiro de 2024, na sequência da decisão anunciada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de convocar novas eleições para dia 10 de março.

Aos jornalistas, Augusto Santos Silva afirmou que a decisão de dissolução do Parlamento foi tomada depois da Conferência de Líderes que decorreu na AR, tendo ela sido “consensual” entre os grupos parlamentares presentes. Ainda assim, deixou a garantia de que o “calendário orçamental” permanecerá “intacto”: no dia 23 de novembro, os deputados irão debater a proposta orçamental na especialidade e a 29 de novembro “conclui-se o processo orçamental”.

“Asseguraremos a fiscalização do Governo, quer na fase e que está em plenas funções, quer na fase em que estará em gestão. Do ponto de vista político, não faz sentido ter debates quinzenais ou setoriais com os ministros”, afirmou Augusto Santos Silva, esta sexta-feira.

Na próxima terça-feira, 14 de novembro, os deputados voltam a reunir-se para uma nova Conferência de Líderes na qual serão decididos quais “os instrumentos legislativos que consideram indispensáveis” aprovar ates da dissolução do Parlamento, nomeadamente aqueles que permitem executar o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Presidente da República optou pela dissolução da Assembleia, mas vai deixar passar o Orçamento do Estado para 2024 antes de assinar e publicar o decreto que formaliza a aceitação da demissão do primeiro-ministro, António Costa. “Quero deixar a garantia da indispensável estabilidade económica e social, que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado, antes mesmo de ser formalizada a exoneração em inícios de dezembro”, referiu Marcelo.

O debate e votação do documento avançar mesmo com um Governo demissionário, mas arrisca perder a validade no segundo semestre de 2024. Se o novo elenco governativo, que sair das urnas, não for uma maioria absoluta socialista ou tiver maioria de direita, será sujeito a um retificativo na segunda metade do próximo ano. Medidas emblemáticas como a descida do IRS ou a polémica subida do IUC para carros anteriores a julho de 2007 arriscam, por isso, ficar a meio do caminho.

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Irão considera que expansão da guerra entre Israel e Hamas é inevitável

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

O Irão, aliado do Hamas, considerou inevitável uma expansão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano na Faixa de Gaza, num contexto de receio de uma escalada regional do conflito.

O Irão, aliado do Hamas, considerou esta sexta-feira inevitável uma expansão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano na Faixa de Gaza, num contexto de receio de uma escalada regional do conflito.

Devido à intensidade crescente da guerra contra os habitantes civis de Gaza, a expansão do âmbito da guerra tornou-se inevitável“, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.

A afirmação foi feita durante uma chamada telefónica do ministro iraniano para o homólogo do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, de acordo com agência francesa AFP, que cita o ‘site’ do ministério.

Mais de 1.400 pessoas, maioritariamente civis, foram mortas em Israel desde o início da guerra desencadeada por um ataque violento sem precedentes do Hamas em solo israelita em, 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas.

Na Faixa de Gaza, as represálias de Israel, que afirma querer aniquilar o Hamas, causaram mais de 10.800 mortos, sobretudo civis, segundo o Hamas.

O Irão, um aliado próximo do Hamas e inimigo declarado de Israel, saudou o ataque de 07 de outubro como um êxito, mas negou qualquer envolvimento na sua preparação ou execução.

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, afirmou que a República Islâmica tinha o “dever de apoiar os grupos de resistência”, referindo-se aos grupos armados que lutam contra Israel, mas insistiu que estes grupos agiam de forma independente.

O Irão não reconhece Israel e tem feito do apoio à causa palestiniana o principal eixo da sua política externa desde a Revolução Islâmica de 1979.

Para além dos palestinianos do Hamas e da Jihad Islâmica, Teerão apoia o Hezbollah libanês que, em associação com outros grupos, tem lançado diariamente foguetes através da fronteira para o norte de Israel desde 07 de outubro.

No Iraque e na Síria, aliados do Irão, os foguetes e os ataques de ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) têm como alvo bases militares pertencentes à coligação antijihadista liderada pelos Estados Unidos.

Washington acusa Teerão de estar envolvido nestes ataques por procuração.

No Iémen, os rebeldes houthi, apoiados pelo Irão, anunciaram ter disparado vários mísseis contra o território israelita.

Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, colocaram dois porta-aviões e os respetivos navios de escolta no Mediterrâneo oriental para proteger Israel e “dissuadir qualquer esforço de expansão” da guerra em Gaza.

Hamas acusa Israel de atacar hospital em Gaza

O movimento islamita Hamas acusou Israel de atacar diretamente um hospital na Faixa de Gaza, declarando que 13 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Treze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no bombardeamento israelita ao complexo hospitalar de Al-Shifa”, afirmou o Governo da Faixa de Gaza.

O gabinete de comunicações do Hamas garantiu que as tropas israelitas “estão nas proximidades do complexo hospitalar no centro de Gaza e exigem a sua evacuação”.

Acusou ainda Israel de enviar tanques para cercar os “hospitais infantis, oftalmológicos e de saúde mental Al-Rantisi e Al-Naser”, vindo “de todas as direções”.

“Milhares de pacientes, pessoal médico e pessoas deslocadas estão presos dentro dos hospitais sem água ou comida e expostos à morte a qualquer momento”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde do enclave.

As autoridades de saúde da Faixa de Gaza garantiram ainda que na noite passada houve outro “ataque direto ao hospital Al-Rantisi, especializado em saúde infantil”.

Questionado pela agência de notícias EFE, um porta-voz do Exército israelita disse que estava a analisar todos os factos relacionados a este caso.

Israel afirma que o centro militar e a infraestrutura subterrânea mais importantes do Hamas estão debaixo e em redor do hospital Al-Shifa, onde os militares disseram que há intensos combates atualmente, à medida que as tropas avançam mais profundamente na cidade de Gaza.

Tanto médicos como grupos de direitos humanos denunciaram os bombardeamentos israelitas em torno de hospitais nas últimas semanas.

Muitos deles sofreram danos com os ataques e agora pelo menos 18 dos cerca de 35 centros hospitalares não funcionam por falta de combustível devido ao cerco quase total de Israel.

Na semana passada, um ataque israelita nas proximidades do hospital Al-Shifa já havia matado quinze pessoas.

“Os ataques e bombardeamentos de hospitais por parte da ocupação são uma loucura criminosa”, afirmou o Governo de Gaza, condenando que “instalações de saúde tenham sido deliberadamente bombardeadas e que nelas estão a ser cometidos massacres”.

Israel está a cometer um crime contra hospitais e pessoal médico. Começou por impedir a entrada de combustível e material médico e hoje termina por atacar diretamente os hospitais com artilharia e bombardeamentos, como fez de madrugada com vários hospitais de Gaza”, declarou a ministra da Saúde da Autoridade palestiniana, Mai al-Kaila, que alertou sobre a “grande catástrofe resultante”.

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