Destruição de casas em Gaza é “crime de guerra”, diz relator especial da ONU

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

O relator especial da ONU diz que lançar ataques "sabendo que irão destruir e danificar sistematicamente casas e infraestruturas civis" é um "crime de guerra".

O relator especial da ONU Balakrishnan Rajagopal afirmou esta quarta-feira que 45% das habitações em Gaza foram destruídas por bombardeamentos israelitas, o que pode constituir um crime de guerra. Segundo o relator para o Direito à Habitação Adequada, lançar ataques “sabendo que irão destruir e danificar sistematicamente casas e infraestruturas civis, tornando uma cidade inteira inabitável para civis, é um crime de guerra”.

O especialista destacou ainda que quando estes ataques são dirigidos contra a população civil também constituem “crimes contra a humanidade” e acrescentou ainda que estes bombardeamentos sistemáticos são “estritamente proibidos” pelo Direito Internacional Humanitário. Neste sentido, Rajagopal lembrou que locais como apartamentos, hospitais, campos de refugiados, escolas ou igrejas não são objetivos militares.

O especialista disse que, segundo o direito internacional, mesmo que as casas de civis sejam utilizadas por combatentes, no caso de Gaza pelo movimento islamita Hamas, é proibido lançar ataques se causarem “danos desproporcionais, morte e deslocamento de um grande número de civis”.

Num relatório recente apresentado à Assembleia Geral das Nações Unidas, o especialista referiu-se a estes ataques como “domicídios” e denunciou que o mundo continua a assistir “impotente” à violação das normas básicas do direito humanitário internacional e dos direitos humanos.

Por isso, Rajagopal pediu à comunidade internacional e às partes combatentes que ponham fim a estes ataques “horríveis e maciços” com um “custo tremendo” nas vidas humanas. “Nenhum direito à legítima defesa ao abrigo do direito internacional pode justificar tais ataques”, concluiu.

O conflito, que teve início a 7 de outubro com o ataque surpresa do grupo islamita Hamas contra o sul de Israel, que levou Israel a declarar guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

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“Estado não pode ter 95% da Lusa sem mudança do modelo de governação”, defende Pedro Adão e Silva

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

O ministro da Cultura defendeu que o Estado não pode ter cerca de 95% do capital da Lusa sem que tal se traduza numa alteração do modelo de governação da agência de notícias.

O ministro da Cultura defendeu esta quarta-feira que o Estado não pode ter cerca de 95% do capital da Lusa sem que tal se traduza numa alteração do modelo de governação da agência de notícias.

Não pode haver presença do Estado [na Lusa] na ordem dos 95% sem que isso se traduza também numa alteração do modelo de governação [da agência]“, afirmou Pedro Adão e Silva, na Assembleia da República, no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

O ministro da Cultura foi questionado pelo grupo parlamentar do PS sobre o já anunciado interesse do Estado em comprar as participações do grupo Bel e da Global Media Group (GMG), liderados por Marco Galinha, na agência de notícias, que perfazem 45,7% do capital, no quadro da entrada de um novo acionista no capital da Global Media — o UCAP Group, uma sociedade gestora de fundos suíça.

Sabemos pouco sobre esse acionista e acho que é do interesse estratégico para o país que a operação se possa concretizar, com duas ou três condicionantes”, apontou o governante.

Entre as condições está a necessidade de apurar o valor dos capitais próprios da Lusa.

Em segundo lugar, essa operação não pode ocorrer sem uma alteração do modelo de governação da agência, garantindo desde logo a participação dos principais clientes da agência, que é o setor [da comunicação social]“, acrescentou Adão e Silva.

O ministro disse ainda acreditar que um reforço da relação com os clientes, eventualmente expresso no acordo parassocial, “pode colocar a agência Lusa numa posição muito importante” para ser “um instrumento fundamental para ajudar a comunicação social e o jornalismo“.

Em 04 de agosto, o empresário Marco Galinha confirmou à Lusa que o grupo Bel “vendeu parte da Global Media” a um fundo e que “não parece de interesse estratégico” ter participação na agência de notícias.

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Quem é Rui Oliveira Neves, o sócio da Morais Leitão detido?

Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão, foi um dos arguidos detidos na investigação que levou à demissão de António Costa. Esta não é a primeira vez que o advogado é implicado em casos judiciais.

O dia 4 de novembro, terça-feira, ficou marcado pela demissão inesperada do Chefe do Executivo, António Costa, depois de ao longo da manhã terem sido divulgadas as suspeitas e detenções de Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa, e do chefe de gabinete do PM, Vítor Escária.

Mas mais três arguidos foram também detidos: o presidente da câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, o presidente executivo da Start Campus, Afonso Salema e um administrador da mesma empresa, o advogado Rui de Oliveira Neves. O advogado é sócio da Morais Leitão, para onde regressou em 2021, depois de vários anos na Galp, onde foi responsável pela pasta dos Assuntos Jurídicos e Governance.

O advogado esteve ainda envolvido no chamado processo Galpgate. Um processo que acabou por ser suspenso, em 2020, pelo juiz de instrução criminal, com a Justiça a propôr às empresas e governantes envolvidos a possibilidade de não irem a julgamento em troca do pagamento de multas. A Galp Energia foi a mais penalizada, com duas subsidiárias condenadas ao pagamento de 50 mil euros, enquanto os restantes 15 arguidos pagaram quantias entre os 600 e os dez mil euros. A Rui de Oliveira Neves foram pedidos cinco mil euros. O valor total ultrapassou os 125 mil euros, que foram diretamente para os cofres do Estado.

Entre os acusados no processo Galpgate — que consistia no pagamento de viagens a governantes para assistir aos jogos do Euro2016 –, estavam dois ex-secretários de Estado, Fernando Rocha Andrade e Jorge Oliveira, Vítor Escária, e Carlos Costa Pina, administrador da Galp e ex-secretário de Estado do Tesouro do Governo de José Sócrates.

Rui Oliveira Neves foi acusado da alegada prática de um crime de recebimento indevido de vantagem e em regime de co-autoria com José Sequeira Nunes (chefe de gabinete da presidência e de comunicação do Grupo Galp) por ter convidado o então secretário de Estado da Energia para assistir a jogos do Euro 2016. Jorge Seguro Sanches recusou o convite mas do ponto da vista da lei, o crime consuma-se com a realização do convite.

Em novembro de 2021, e depois de mais de oito anos na gestão na GALP, Oliveira Neves regressou à Morais Leitão. O advogado passou a integrar o departamento de Corporate e M&A, onde lidera a área transversal de transformação de negócio (business transformation).

Com o desenrolar dos acontecimentos, o ECO pediu à Morais Leitão uma reação que respondeu, através da fonte oficial: “aguardamos tranquilamente pelo decorrer do processo, colaborando com as autoridades. E foi isso que fizemos durante as buscas, apoiando em tudo”. O advogado responsável pela defesa de Oliveira Neves é o sócio da Morais Leitão, Tiago Félix da Costa.

Diogo Lacerda Machado, Vitor Escária, Nuno Mascarenhas, Afonso Salema e Rui de Oliveira Neves

E em que medida o advogado pode estar implicado nesta teia de alegado tráfico de influência, prevaricação e corrupção (ativa e passiva)?

Diz o mandado de detenção, a que o ECO teve acesso, que os suspeitos Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda de Machado “mantiveram contactos com grande frequência com João Galamba, secretário de Estado da Energia até Janeiro de 2022 e ministro das Infraestruturas atualmente, e com Nuno Lacasta, presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente e ainda Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente à data, “tendo logrado obter o favor destes em matérias relacionadas com a Start Campus, das quais se destaca a dispensa de aprovação da APA quanto à primeira fase do projeto (NEST) e a emissão da declaração de Impacte Ambiental favorável com condições na segunda fase do projeto (REST)”.

João Galamba e Nuno Lacasta são ambos arguidos mas não foram detidos.Duarte Cordeiro não é sequer arguido.

Estão ainda indiciados pelos contactos que mantiveram com o autarca de Sines, Nuno Mascarenhas, ainda no decorrer deste ano de 2023, tendo acordado com o suspeito que este “daria andamento ao projeto com celeridade ou mesmo um andamento favorável em matérias de urbanismo envolvendo a Start Campus, dando em troca vantagens indevidas”.

O dossier do data center da Start Campus inclui suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, prevaricação e tráfico de influência.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) denuncia ainda encontros marcados no escritório da Start Campus, em Lisboa ou ainda almoços e jantares privados com um valor elevado. Ou um “valor não despiciendo”, como refere o MP no mandado. Refeições essas pagas pelos donos da Start Campus – Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, para o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.

Lacerda Machado usaria a amizade e proximidade com Costa para pressionar outros membros do Governo, com a ajuda de Escária, bem como entidades como o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas).

Nestes autos das buscas, o DCIAP diz ainda que Galamba terá levado ao Conselho de Ministros pareceres feitos por advogados pagos pela Start Campus, suspeitos de influenciar o conteúdo normativo de atos do Governo, já enquanto Galamba era Secretário de Estado da Energia ou enquanto Ministro das Infra-estruturas.

Ligação aos CMEC

Tal como Observador explicava, numa peça publicada em 2019, a 4 de Abril de 2007 os advogados Rui de Oliveira Neves e Ricardo Andrade Amaro, ambos sócios da Morais Leitão, estiveram numa reunião com João Manso Neto e uma comitiva de cinco diretores da EDP, à data. Numa altura em que se concretizava a legislação para a liberalização do mercado de eletricidade em julho de 2007 e a criação do MIBEL — Mercado Ibérico de Eletricidade.

Daquela reunião saíram decisões fundamentais de regulação da EDP em Portugal. Foi a EDP a elaborar boa parte dos drafts das leis, decretos-lei e portarias sobre a sua atividade, matéria da exclusiva competência do Governo. De seguida, esses textos foram enviados para o Ministério da Economia liderado por Manuel Pinho. Quem redigiu, na prática, esses diplomas foram Rui de Oliveira Neves (contratado pela elétrica) e alguns dos diretores da EDP. Grande parte das versões finais dos diplomas foram escritos pelos Morais Leitão e aprovados pelo Governo de Sócrates.

Perfil de Rui Oliveira Neves

Rui de Oliveira Neves regressou à Morais Leitão como sócio em 2021, com “responsabilidade pela transformação do negócio para disponibilizar, de forma transversal, uma oferta renovada de serviços jurídicos com uma abordagem estratégica e de gestão de risco focada na assessoria de transações, projetos e matérias regulatórias. Acrescenta ainda uma forte ênfase na sustentabilidade, coordenando a área de Sustentabilidade da Sociedade para responder às matérias de ESG e dos direitos humanos”, segundo diz o site do escritório.

Entre 2013 e 2021, foi Diretor de Assuntos Jurídicos e Governance, Secretário-Geral e desempenhou funções de gestão na Galp. Anteriormente, tinha desenvolvido a sua carreira na Morais Leitão durante 14 anos.

Na área de M&A, foi responsável pela condução jurídica de várias transações na Península Ibérica, em diversos setores, nomeadamente, na energia, nas telecomunicações e nos transportes, destacando-se as aquisições de alguns portefólios de ativos renováveis nos Estados Unidos e em Espanha. No mercado de capitais fez a assessoria no IPO de uma das maiores empresas de energias renováveis a nível mundial, na reprivatização da maior empresa de serviços públicos portuguesa, na reprivatização do TSO nacional, em diversas OPAs e em outros processos de IPO e reprivatizações.

O site diz ainda que é um dos advogados ativos na área do direito da energia, com um percurso transversal a todas as áreas do setor, “sendo de salientar a experiência internacional quer ao nível regulatório quer transacional, desde a fileira do petróleo e gás natural, nas vertentes de upstream, midstream e downstream, até à produção, transporte, distribuição e comercialização de eletricidade e gás natural, assim como nas energias renováveis e novas soluções energéticas, nomeadamente hidrogénio, gases renováveis e baterias”,

É docente convidado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Direito da Universidade Católica.

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Aplicação de serviços de limpeza aproveita demissão de António Costa para campanha

"Perante as mais recentes notícias sobre as buscas em São Bento, sentimos a responsabilidade de ajudar o primeiro-ministro e a sua equipa a manter as suas casas limpas e livres de vestígios", diz.

Aproveitando o tema que tem marcado a atualidade – a demissão do primeiro-ministro António Costa – a Oscar, aplicação de serviços de reparação, limpeza e lavandaria ao domicílio, lançou a campanha “costalimpinho”.

Divulgada durante a tarde desta terça-feira, a campanha registou mais de dois mil “gostos” no Instagram, bem como dezenas de comentários e partilhas orgânicas e comentários em fóruns como o Reddit.

“Perante as mais recentes notícias sobre as buscas em São Bento, sentimos a responsabilidade de ajudar o primeiro-ministro e a sua equipa a manter as suas casas limpas e livres de vestígios”, referia-se em tom humorístico.

O código costalimpinho, que oferece 10 euros de desconto em qualquer serviço de limpeza até às 23h59 desta quarta-feira, já foi utilizado mais de 250 vezes, segundo nota de imprensa.

“Exagerámos na limpeza e acabamos por varrer o Costa, continuem a usar o código costalimpinho para poupar 10 euros em qualquer serviço de limpeza, enquanto resolvemos a situação”, disse ainda a marca numa segunda publicação.

Lançada em Portugal em 2021, a aplicação Oscar expandiu-se recentemente para Madrid.

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IP contratou estudo sobre impacto turístico da alta velocidade Lisboa-Vigo à PwC

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

A Infraestruturas de Portugal contratou, por ajuste direto e 74 mil euros, um estudo à consultora PwC para avaliar o impacto turística da linha de alta velocidade entre o Porto e Vigo.

A Infraestruturas de Portugal (IP) contratou à consultora PwC a elaboração de um estudo sobre o impacto turístico potencial das linhas ferroviárias de alta velocidade Porto-Lisboa e Porto-Vigo, segundo o portal de contratação pública Base. “O presente contrato tem por objeto efetuar um estudo sobre a avaliação do impacte no setor do turismo em Portugal, devido aos projetos de alta velocidade entre o Porto e Lisboa e o Porto e Vigo”, pode ler-se no documento.

O contrato foi publicado no portal Base no final de outubro e corresponde a um ajuste direto de 74 mil euros à PwC. O Jornal de Negócios noticiou esta quarta-feira que o projeto de alta velocidade ferroviária “arrisca perder mil milhões de fundos europeus” com a demissão do Governo, já que se o concurso público “não for lançado em janeiro, o projeto não terá a maturidade exigida” para a candidatura a fundos europeus.

“Como o projeto ainda tem de ser aprovado por Resolução do Conselho de Ministros – o que não pode fazer um Governo que não esteja em plenitude de funções – a IP fica sem condições para lançar em janeiro – como pretendia – o concurso para esta obra”, pode ler-se no Negócios. Segundo o jornal, nesta fase o concurso poderia contar com 729 milhões de euros de fundos europeus e candidatar-se a mais 300 milhões.

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Mao, manifestou-se preocupado com as consequências da demissão do primeiro-ministro, António Costa, que “desbloqueou” várias questões da eurorregião Portugal – Galiza, mas quanto às ligações entre Porto e Vigo por alta velocidade considerou que “venha quem venha, é algo que não vai mudar”.

Na terça-feira, nas jornadas das Redes de Transporte e Logística na Fachada Atlântica, organizadas pela Associação Espanhola de Transporte e pelo Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular em O Porriño, na Galiza, Xoán Mao disse acreditar que a ligação fique pronta em 2030, admitindo o “atraso de alguns meses”.

a IP apontou para 2027/2028 o arranque das obras da ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, com o vice-presidente Carlos Fernandes a dizer que a obra “dificilmente estará concluída em 2030”, mas observou que nada obriga a que só fique pronta em 2040, o prazo estipulado pela União Europeia para concluir a “rede alargada do corredor atlântico transfronteiriço”.

Ainda antes da demissão do primeiro-ministro, Carlos Fernandes afirmou que “Portugal lançará no inicio 2024 primeiro concurso para nova linha alta velocidade entre Lisboa e Porto” e, na “fase seguinte” vai “preparar a ligação entre Braga e a fronteira e entre Campanhã e o aeroporto Sá Carneiro”. Em 13 de outubro, em Gondomar, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que a obra da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Vigo “vai ser feita”, apesar de ser um investimento “que se julgava que nunca se faria”.

Em maio, o Governo espanhol adjudicou a realização de um estudo para a saída sul de Vigo, um troço ferroviário de alta velocidade entre a cidade e Valença, parte da linha projetada que ligará a Galiza ao Porto. Em setembro de 2022, no Porto, na apresentação do projeto de alta velocidade ferroviária entre Porto e Lisboa, a ligação para Vigo estava “dependente de articulação com Espanha”, segundo o cronograma do projeto da Infraestruturas de Portugal (IP).

O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia. Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença (distrito de Viana do Castelo) até 2030.

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Sindicatos da Educação anunciaram 10 vezes mais greves do que os da Saúde ou Justiça

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

Entre janeiro e outubro deste ano, a DGAEP recebeu 751 pré-avisos de greve, dos quais 567 ligados ao setor da Educação, 55 da área da Saúde e 51 da área da Justiça.

Os sindicatos ligados à Educação entregaram este ano dez vezes mais pedidos de greve do que os ligados à Saúde ou à Justiça, segundo dados oficiais que colocam estes três setores como os mais contestatários.

Entre janeiro e outubro deste ano, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) recebeu 751 declarações comunicando a intenção de avançar para uma greve, sendo a grande maioria entregue por estruturas sindicais ligadas à educação.

No total, a DGAEP já recebeu 567 avisos prévios de greve da área da educação, destacando-se os sindicatos que têm lutado pela recuperação do tempo de serviço congelado aos docentes do ensino obrigatório, mas também por melhores salários e condições de trabalho de professores e pessoal não docente.

Os sindicatos da área da saúde apresentaram 55 avisos prévios de greve desde janeiro, continuando a ser os aumentos salariais o principal motivo para avançar para novas paralisações.

Já o descontentamento de quem trabalha nas áreas ligadas à Justiça motivou a entrega de 51 declarações, seguindo-se a área da Administração Local (25 pré-avisos).

Os sindicatos ligados ao setor dos Negócios Estrangeiros apresentaram 13 pré-avisos de greve, seguindo-se seis declarações das estruturas sindicais ligadas à Administração Interna.

No final da lista, surgem dois avisos entregues pelo setor da Agricultura e Alimentação e um outro pelas Finanças.

Olhando para o calendário, os meses mais ativos foram os de abril (147 pré-avisos), março (107) e janeiro (105), por oposição aos meses de verão, que foram os mais calmos (julho com a entrega de 32 pré-avisos de greve e agosto com outras 26 declarações).

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Associação dNovo vence 1.º Prémio dos European Enterprise Promotion Awards 2023

Associação quer sensibilizar empresas e poderes políticos sobre a importância de "apoiar a atividade profissional qualificada sénior em Portugal".

A associação dNovo, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, arrecadou o 1.º Prémio Nacional dos European Enterprise Promotion Awards 2023, na categoria “Empreendedorismo responsável e inclusivo”. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Europeia, alinhada com as prioridades da estratégia Europa 2020 e coordenada em Portugal pelo IAPMEI.

A dNovo atua na área da empregabilidade sénior qualificada com “uma metodologia única apoiada em programas de mentoria, networking e capacitação”, refere a associação, em comunicado.

Para o vice-presidente desta entidade, Joaquim Paiva Chaves, “a atribuição deste prémio vem reconhecer a importância da missão da dNovo e de que o desemprego sénior qualificado é um desafio atual que tem de ser atenuado”.

O responsável espera que esta distinção traga “uma maior visibilidade pública para, assim, sensibilizar as empresas e os poderes políticos no apoio à promoção da atividade profissional qualificada sénior em Portugal”.

Atualmente, a associação conta com mais de 280 profissionais inscritos, mais de 120 mentores e 60 profissionais que entretanto regressaram ao mercado de trabalho.

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AICEP lança campanhas para promover moda sustentável e smart cities no estrangeiro

Assinadas pela FCB Lisboa com produção da Bro Cinema e pela Marketividade, as duas campanhas são dirigidas aos mercados externos. O lançamento está agendado para esta semana.

Moda sustentável e smart cities são os temas em destaque nas duas campanhas que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) vai lançar esta semana no mercado internacional para promover o “Portugal Sustentável”.

O objetivo é dar a conhecer “as soluções tecnológicas e inovadoras da oferta nacional e a competitividade das empresas portuguesas tendo em conta a incorporação dos critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança empresarial, descreve a agência pública.

Lançada esta quarta-feira e orientada sobretudo para Espanha e França, a campanha “Moda Sustentável” pretende promover a oferta portuguesa de moda sustentável e afirmar Portugal como um país criador, inovador e com design. Assinada pela FCB Lisboa e produzida pela Bro Cinema, a campanha assenta na marca “Made in Portugal naturally” e tem como assinatura “Moda Sustentável. Em Portugal muito se cria, tudo se transforma. Naturalmente”.

Changing the Future Together” é a assinatura da campanha Smart Cities, baseada no conceito “Portugal Makes Sense”, marca criada pela AICEP para reforçar as competências de Portugal como um país inovador, de talento e tecnologicamente sustentável. Desenvolvida pela Marketividade, a campanha é lançada na quinta-feira.

“As novas campanhas da AICEP pretendem afirmar o Portugal verde e inovador dos setores exportadores da economia nacional. Promover “Portugal Sustentável” internacionalmente é uma estratégia de posicionamento e competitividade para as nossas empresas exportadoras de bens e serviços”, refere Filipe Santos Costa, presidente da AICEP, citado em comunicado.

 

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Beira Baixa pede serenidade aos partidos para aprovarem o OE2024

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

residente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa manifestou apreensão com o pedido de demissão do primeiro-ministro e pediu serenidade aos partidos para que o Orçamento do Estado seja aprovado.

“A situação que [na terça-feira] espoletou o pedido de demissão do primeiro-ministro é uma situação que lamentamos. Estamos com o Orçamento [Estado] aprovado na sua generalidade. Espero que haja a racionalidade e que haja condições para ser aprovado” o orçamento, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), João Lobo, à agência Lusa.

O presidente da CIMBB e da Câmara de Proença-a-Nova realçou que esta situação surge numa “altura má”, com o Orçamento do Estado para 2024 aprovado na generalidade, com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em pleno desenvolvimento, o Portugal 2020 a ser encerrado e com o início do Portugal 2030.

“Vemos com alguma apreensão, como é natural, esta questão da demissão e esta situação que foi espoletada e criada. Esperemos que haja por parte dos partidos políticos, que têm responsabilidades acrescidas, a serenidade e capacidade de não entrarem em guerrilhas e politiquices, mas que seja exercida verdadeira política no interesse dos cidadãos. É isso que queremos e pugnamos”, sustentou.

Relativamente ao processo que envolve o primeiro-ministro António Costa, o autarca disse “aguardar com serenidade o seu desenvolvimento”, e que seja célere.

Esperemos que haja por parte dos partidos políticos, que têm responsabilidades acrescidas, a serenidade e capacidade de não entrarem em guerrilhas e politiquices, mas que seja exercida verdadeira política no interesse dos cidadãos.

João Lobo

Presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB)

“O pior que pode acontecer — infelizmente temos todos em memória casos que se prolongam anos a fio — é a lentidão [da justiça], colocando os cidadãos que estão nessa circunstância numa situação lastimável. Havendo culpas, como é natural, têm de ser assumidas e sancionadas. Não havendo, tem de se dar a condição aos cidadãos, na defesa do seu bom nome e honorabilidade”, frisou.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio. O Presidente convocou para hoje os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.

Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável” e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça “em tudo o que entenda necessário”.

A CIMBB integra os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila Velha de Ródão e Vila de Rei (todos no distrito de Castelo Branco). Tem a missão de potenciar e promover o desenvolvimento da sub-região, otimizando e defendendo os interesses comuns dos seus municípios, por forma a reforçar a identidade conjunta do território.

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Tribunal de Contas avança com processo contra ex-gestores da TAP

  • ECO
  • 8 Novembro 2023

O Tribunal de Contas já avançou com o processo de infracção financeira contra a antiga presidente executiva e o presidente do conselho de administração, no âmbito da saída de Alexandra Reis.

O Tribunal de Contas já colocou em marcha o processo de infração financeira da antiga CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do ex-presidente do conselho de administração, Manuel Beja, requerido pelo Ministério Público, segundo avança o Observador. O procurador-geral adjunto informou que, “do referido processo de acompanhamento, derivou requerimento do Ministério Público que deu origem a processo de apuramento de responsabilidade financeira“, afirmou fonte oficial do Tribunal de Contas (TC) ao jornal.

O processo resulta da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao processo de rescisão do contrato com a antiga administradora da TAP Alexandra Reis, que envolveu o pagamento de uma indemnização bruta de 500 mil euros. A IGF considerou nulo o acordo e propôs ao Governo envio do relatório ao TC para apuramento de responsabilidades financeiras.

A auditoria serviu de base aos despedimentos de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, anunciados pelo Governo em março. A ex-CEO da TAP já deu entrada com o prometido processo contra a TAP, contestando a sua demissão pelo Governo. Pede uma indemnização de 5,9 milhões de euros.

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Dos pneus de Ovar à pedra da Benedita. Conheça as seis finalistas do Prémio PME Inovação

Quem vai suceder aos powerbanks para camiões de frio da Addvolt? COTEC e BPI acabam de anunciar as seis empresas que vão disputar a 19ª edição deste prémio de inovação, que recebeu 198 candidaturas.

Já são conhecidas as seis empresas finalistas da 19ª edição do Prémio PME Inovação COTEC – BPI, escolhidas entre um total de 198 candidaturas. Avaliadas por “critérios exigentes” de robustez financeira, investimento em conhecimento e inovação, e desempenho económico a nível internacional, a Controlar, Genan, Mecalbi, Mtex NS, Solancis e Siscog vão disputar o prémio que, desde que foi lançado, em 2005, já distinguiu 23 empresas de diversos setores, como tecnologias de informação, serviços de engenharia, agroalimentar, mobilidade sustentável, têxteis técnicos, robótica, automação e farmacêutica.

A sucessora da matosinhense Addvolt, que no ano passado se apresentou a concurso com um projeto de powerbanks para camiões de frio, será anunciada a 22 de novembro, numa cerimónia agendada para o Espaço do BPI All in One, em Lisboa. O júri desta edição é presidido por Pedro Barreto (BPI) e composto por Ana Teresa Lehman (Universidade do Porto), António Portela (BIAL), Carlos Oliveira (Fundação José Neves), António Grilo (ANI), João Bigote (Universidade de Coimbra), José Carlos Caldeira (INESC TEC), Lua Queiroz Pereira (Semapa), Manuel Mira Godinho (ISEG) e Manuela Tavares de Sousa (Imperial).

Reportagem na Addvolt - 16DEZ22
Bruno Azevedo, presidente executivo da Addvolt, com o troféu conquistado em 2022Pedro Granadeiro/ECO

“O prémio é uma montra, com quase duas décadas, do sucesso das empresas que adotam a inovação tecnológica e a internacionalização como estratégias complementares de crescimento rentável e sustentado. O crescente reconhecimento da iniciativa é um sinal muito positivo tendo em conta o peso crucial deste segmento na competitividade da economia portuguesa”, aponta Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, em comunicado enviado às redações por esta associação empresarial para a inovação.

Conheça as seis finalistas do Prémio PME Inovação COTEC – BPI 2023

Controlar. Empresa do Porto que fabrica sistemas que testam diariamente o funcionamento de milhares de componentes nas linhas de montagem dos principais fabricantes da indústria automóvel. Fundada em 1995, tem como clientes os fornecedores Tier 1 das principais marcas mundiais e tem introduzido novas soluções que permitem integrar operações na mesma estação de trabalho e, assim, reduzir custos, diminuir o tempo de ciclo na linha de produção e melhorar a eficiência da utilização de recursos. Tem filiais na Europa, Ásia e América do Sul.

Genan. Sediada em Ovar, transforma pneus em fim de vida em novas matérias-primas de “elevada qualidade”, tendo iniciado atividade em 1990 com a abertura da primeira fábrica de reciclagem na Dinamarca. O granulado, aço e têxtil que resultam da separação do pneu é transformado em matérias-primas aplicadas em pavimentos de campos desportivos e recreativos, calçado, fibras têxteis e novos pneus. Integrada numa rede de seis unidades na Europa e EUA, a fábrica de Ovar (antiga Biosafe, fundada em 1997) tem capacidade de reciclar 40.000 toneladas de pneus por ano, o equivalente a cinco milhões de pneus usados.

Mecalbi. Tem sede em Castelo Branco e é apresentada como uma referência mundial no desenvolvimento de máquinas para montagem de cablagem automóvel, exportando 99% da produção anual. “Desde 2006 tem sido protagonista de sucessivas inovações em máquinas industriais para o processo de retração de cablagem automóvel. O foco no desenvolvimento tecnológico deste nicho, cujos clientes e concorrentes são multinacionais, torna-a numa das empresas mais especializadas a nível mundial neste tipo de processo”, descreve a organização.

Mtex NS. A partir de Vila Nova de Famalicão, concebe, desenvolve e fabrica impressoras digitais para aplicações em linhas de produção industriais. Desde que foi fundada em 2011, a empresa tem marcas multinacionais na lista de clientes, tendo vindo a “crescer através de um posicionamento constante na vanguarda tecnológica e desenvolvimento de novos produtos” para várias aplicações, como embalagens flexíveis, rótulos, etiquetas comerciais, têxtil, vestuário e calçado.

Solancis. É na arte e técnica de transformar a pedra natural em obras de “grande efeito estético e arquitetónico” que esta empresa da Benedita se tem destacado a nível mundial. Fundada em 1969, extrai e transforma pedra calcária que aplica em projetos de construção à medida em 70 países, exportando 95% da produção. Estes “artesãos da pedra modelada”, descreve a COTEC, inserem-se num ecossistema de mercado que inclui promotores, aplicadores, arquitetos e designers de interiores e construtores.

Siscog. Pioneira na aplicação combinada de técnicas de inteligência artificial e algoritmos de investigação operacional ao planeamento e gestão de recursos em operações de transporte ferroviário, esta spin-off fundada por dois professores do Instituto Superior Técnico (IST), com 37 anos no mercado, tem alargado os campos de aplicação das suas soluções a outros setores de transportes. Recentemente, iniciou uma nova linha de crescimento com o desenvolvimento de soluções de aprendizagem automática para o setor agrícola.

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Bruxelas “acompanha notícias em Portugal”. Von der Leyen diz que “cabe às autoridades investigar”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2023

"Estamos a acompanhar as notícias em Portugal e cabe agora às autoridades nacionais investigar", declarou a presidente da Comissão Europeia, quando questionada sobre a demissão de António Costa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta quarta-feira estar a acompanhar a crise política em Portugal, após a demissão na terça-feira do primeiro-ministro, António Costa, sublinhando que cabe às autoridades portuguesas investigar.

Estamos a acompanhar as notícias em Portugal e cabe agora às autoridades nacionais investigar“, declarou Ursula von der Leyen, quando questionada sobre a demissão de António Costa, na conferência de imprensa de apresentação de relatórios sobre o alargamento da União Europeia, em Bruxelas.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

O Presidente convocou para quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e vai reunir o Conselho de Estado na quinta-feira.

Numa declaração no Palácio de São Bento, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável” e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça “em tudo o que entenda necessário”.

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