Galp passa a comercializar gasóleo 100% renovável para transportes pesados

Nos postos de abastecimento em Matosinhos e em Vila Franca de Xira, a solução 100% renovável já está disponível para os condutores de pesados.

Os transportes rodoviários pesados já vão poder abastecer os tanques com gasóleo 100% renovável. Este biocombustível, produzido pela Galp, está disponível nos postos de abastecimento de Matosinhos e Vila Franca de Xira, estando em cima da mesa uma estratégia de expansão que procurará dar resposta à procura existente.

Segundo o comunicado enviado às redações esta segunda-feira, o Gasóleo Renovável 100% da Galp é um biocombustível de baixa intensidade carbónica, “obtido a partir de matérias-primas residuais ou avançadas como óleos alimentares usados e resíduos de gordura animal”, permitindo uma redução das emissões de dióxido de carbono de até 90%, em comparação com o gasóleo fóssil.

Questionada pelo ECO/Capital Verde sobre que preços serão praticados para a venda deste biocombustível, a Galp não avançou com mais detalhes.

A sua utilização em viaturas com motor de combustão interna a diesel é em tudo idêntica à do gasóleo convencional“, garante a petrolífera liderada por Filipe Silva.

Para já, os alemães da Bosch e da TJA, um operador de logística, foram os primeiros clientes a aderir, mas a ideia será alargar a carteira de clientes com cartão Galp Frota Corporate, ou por entrega direta nas instalações dos clientes. “A expansão deste produto nos postos da rede Galp acompanhará as necessidades de procura do mercado“, lê-se no comunicado.

O desenvolvimento deste combustível acontece como parte da estratégia da petrolífera de investir na produção de biocombustíveis a partir de 2025, na Refinaria de Sines. Esta unidade e a instalação de 100 megawatts (MW) de eletrolisadores para produção de hidrogénio verde representam um investimento conjunto de 650 milhões de euros.

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Cabo de telecomunicações russo danificado em outubro no Mar Báltico, avança a Finlândia

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

"O navio de salvamento russo Spasatel Karev começou a reparar o cabo de telecomunicações Baltika, da [operadora russa] Rostelecom, no Golfo da Finlândia", segundo o Ministério da Economia finlandês.

Um cabo de telecomunicações russo foi danificado no Mar Báltico em outubro passado, anunciaram esta segunda-feira as autoridades finlandesas, ao mesmo tempo que se verificaram danos em infraestruturas submarinas na Finlândia e na Suécia.

Hoje, 06 de novembro, o navio de salvamento russo Spasatel Karev começou a reparar o cabo de telecomunicações Baltika, da [operadora russa] Rostelecom, no Golfo da Finlândia”, declarou o Ministério da Economia finlandês em comunicado.

O cabo russo Baltika, que se estende por cerca de mil quilómetros entre São Petersburgo e o enclave de Kaliningrado, necessita urgentemente de reparação para poder manter os seus serviços na região, informou a Rostelecom às autoridades finlandesas. O ministério finlandês foi informado deste incidente pela Rostelecom a 12 de outubro, cinco dias após a fuga que levou ao encerramento do gasoduto Balticconnector, que liga a Finlândia à Estónia.

Segundo a polícia finlandesa, os danos no Balticconnector foram causados por uma âncora, entretanto recuperada do local e pertencente a um navio chinês. Helsínquia e Pequim estão a cooperar para determinar o papel de um navio com bandeira de Hong Kong, o Newnew Polar Bear, cujos movimentos coincidiram com a hora e o local em que o gasoduto foi danificado, acrescentou a polícia finlandesa.

Também em outubro, um cabo submarino de telecomunicações entre a Suécia e a Estónia foi danificado, segundo o Ministério da Defesa sueco.

Há mais de um ano, em setembro de 2022, ocorreram enormes fugas de gás, precedidas de explosões submarinas, nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que transportam a maior parte do gás russo para a Europa. A responsabilidade pelo que se crê ter sido uma sabotagem ainda não foi apurada.

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Renováveis em máximos. Portugal está a produzir mais do que consome há seis dias consecutivos

Desde o dia 31 de outubro que Portugal está a produzir mais energia renovável do que aquela que consome. REN contabiliza 149 horas consecutivas, superando o recorde de 2019.

As sucessivas depressões meteorológicas têm atirado a produção de energia renovável em Portugal para novos máximos.

De acordo com a Redes Energéticas Nacionais (REN), entre as 04h00 do passado dia 31 de outubro e as 09h00 desta segunda-feira, 6 de novembro, contabilizaram-se 149 horas consecutivas em que as energias de fontes renováveis foram superiores às necessidades de consumo industrial e das famílias de todo o país.

Durante esse período, foram produzidos 1102 gigawatts-hora (GWh), superando em 262 GWh o valor de consumo nacional para o mesmo período, que é equivalente a 840 GWh. Este número permite que o recorde anterior, de 2019, seja ultrapassado, altura em que se contabilizaram 131 horas de produção de energia renovável consecutiva.

Além das horas consecutivas recorde, a REN dá conta de outros dois novos máximos: o primeiro, entre as 22h00 de dia 31 de outubro e as 09h00 desta segunda-feira: a produção de energia renovável foi maior do que a necessária para abastecer todo Sistema Elétrico Nacional — incluindo as necessidades de bombagem nas albufeiras hidroelétricas –, sem que tenha sido necessário qualquer recurso a fontes de geração térmica convencional, nomeadamente às Centrais de Ciclo Combinado a gás natural. Foram 131 horas consecutivas, quase triplicando o anterior recorde, datado de 2021, em que se manteve o registo durante 56 horas.

Já no segundo recorde verificou-se entre as 10h00 de dia 1 de novembro e as 09h00 de dia 5 de novembro, o corresponde a 95 horas seguidas em que a produção renovável foi maior que o consumo, sem necessidade de recurso a centrais de gás natural. Nesse período, Portugal exportou energia para Espanha e superou o anterior recorde de 52 horas, registado em 2018.

“Estes importantes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, mantendo os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço”, lê-se na nota da REN.

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Inquilinos querem subir para 20% a dedução das despesas com as rendas em sede de IRS

  • Ana Petronilho
  • 6 Novembro 2023

Associação dos Inquilinos envia aos partidos quatro propostas sobre deduções fiscais em sede de IRS para "atenuar" a subida das rendas.

Os inquilinos reclamam um aumento de 15% para “o mínimo de 20%” da dedução das despesas com as rendas das casas em sede de IRS, para acompanhar a atualização do valor das rendas prevista para 2024.

Além disso, em comunicado, a Associação dos Inquilinos Lisbonenses defende que todas as rendas habitacionais “sem exceções, independentemente do ano da celebração do contrato ou do valor da renda” beneficiem de deduções fiscais em sede de IRS. O que não acontece com os contratos que ainda não transitaram para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), as chamadas rendas antigas.

Estas são duas das quatro propostas que os inquilinos enviaram aos partidos com assento parlamentar apelando que sejam acolhidas e que resultem em propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 para “atenuar” o “enorme problema da insuficiência de habitação” e do “elevado preço”.

Os inquilinos vincam ainda que a subida do atual limite da dedução de 502 euros para 550 euros, aprovada pelo Governo em conselho de ministros “é irrelevante face ao elevado valor das rendas e da atualização de 2024”, defendendo que o limite da dedução seja atualizado para 820 euros, o valor do salário mínimo em vigor no próximo ano.

Por fim, a associação dos inquilinos avisa que o peso das rendas habitacionais no orçamento familiar “representa uma taxa de esforço, em média, superior a 40%, incluindo as rendas mais antigas” sendo “superior nas rendas mais recentes”. Por isso, “os apoios a conceder devem assentar numa taxa de esforço de 25% (no mínimo) em substituição da atual taxa de 35%”, remata.

Os arrendatários acreditam que o impacto destas quatro medidas é “acomodável para as contas públicas” tendo em conta que a atualização de 6,94% das rendas para 2024 “comporta aumento relevante na receita fiscal”.

Estas medidas, enviadas no final da semana passada para o Parlamento, podem ainda “ser encaradas como um incentivo ao arrendamento” e “contribuir para a redução da informalidade e clandestinidade que grassa neste desregulado, desacreditado, precário e selvático mercado de arrendamento”, lê-se no comunicado.

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Faro aprova empréstimo até 16,4 milhões de euros para investimentos estruturantes

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

O município escolheu a proposta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarvecom a taxa de juro indexada à média da Euribor a 12 meses, acrescida de um spread de 0,33%.

A Assembleia Municipal de Faro autorizou na sexta-feira a contratação por parte da Câmara Municipal de um empréstimo até 16,4 milhões de euros para a realização de vários investimentos considerados estruturantes para o concelho, anunciou esta segunda-feira a autarquia.

Em comunicado, o município adianta que o financiamento vai permitir requalificar o eixo central da Baixa de Faro (3,3 milhões de euros), estender a infraestrutura portuária na Porta Nova (8,5 milhões), construir uma rotunda nas Pontes de Marchil (2,4 milhões) e construir a Ecovia do Litoral na ligação Faro/Olhão (2,2 milhões).

Depois de consultadas várias entidades bancárias, o município escolheu a proposta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve que, segundo a autarquia, foi a mais vantajosa, com a taxa de juro indexada à média da Euribor a 12 meses, no mês anterior ao da prestação, acrescida de um spread de 0,33 %.

De acordo com a autarquia, este empréstimo vai permitir ao município viabilizar a concretização dos projetos indicados, uma vez que, apenas com recurso a capitais próprios, o município não dispõe de disponibilidade financeira para os suportar.

A autarquia sublinha que uma “parte substancial” do investimento será canalizado para a baixa da cidade de Faro, com a empreitada de requalificação do eixo central, que vai intervir em toda a área urbana entre a estação de comboios e o Largo de São Francisco.

Outro projeto que se insere na estratégia desenvolvida para promoção do desenvolvimento sustentado do concelho, nomeadamente para revitalização da frente ribeirinha, terá lugar com a requalificação e extensão da infraestrutura do cais da Porta Nova, que prevê uma zona pedonal entre a futura doca exterior e o Largo de São Francisco, acrescenta. O financiamento também vai permitir a melhoria da fluidez nas vias de comunicação viária do concelho, nomeadamente na principal entrada da cidade, com a execução de uma nova rotunda na zona das Pontes de Marchil.

O município afirma que pretende igualmente dar mais um passo rumo à mobilidade urbana sustentável, através da criação da ligação Faro/Olhão da Ecovia do Litoral, que irá complementar a rede de ciclovias já existentes e permitir uma “melhoria substancial” da circulação ciclável entre as duas cidades vizinhas.

A autarquia aproveitou para congratular-se com a obtenção do financiamento, que assegura ter sido em condições muito favoráveis, “fruto da estabilidade financeira e credibilidade, marcada por contas sãs e uma gestão realista”. Finalmente, realça, o empréstimo vai permitir “continuar a operar enormes transformações no espaço público do concelho e na capacidade de o vir a tornar mais dinâmico, atrativo e com qualidade para todos os munícipes e visitantes”.

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Câmara do Porto acusa Metro de resvalar obras da linha Rosa para 2025

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

A construção da nova estação da Praça da Liberdade, cuja conclusão estava prevista para dezembro de 2024, "está com um atraso de quatro meses", aponta a autarquia.

A Câmara do Porto acusou esta segunda-feira a Metro de resvalar para 2025 as obras da linha Rosa, que ligará São Bento à Casa da Música e cuja conclusão estava prevista para o final do próximo ano.

Numa informação partilhada durante a reunião do executivo, a maioria independente liderada por Rui Moreira adianta, relativamente às obras da linha Rosa, que a construção da nova estação da Praça da Liberdade, cuja conclusão estava prevista para dezembro de 2024, “está com um atraso de quatro meses, com conclusão prevista para abril de 2025″.

“A população sente-se enganada pelos prazos que lhe vão sendo comunicados e que nunca são cumpridos”, refere. Segundo a maioria, a segunda e última fase da obra da linha Rosa, que ligará São Bento à Casa da Música, só deverá começar em fevereiro de 2024, “com uma estimativa de duração de aproximadamente três meses, pelo que resulta num atraso de um ano e nove meses”.

Na informação é também indicado que a nova estação do hospital de Santo António, no jardim do Carregal, projeto que deveria estar concluído até 31 de dezembro, “tem 92 dias de atraso”, e que a frente de obra da Galiza está atualmente “com 244 dias de atraso”. “Inicialmente, a previsão de conclusão [da obra da Galiza] era 31 de março de 2024, porém, está programada para terminar a 30 de novembro de 2024”, refere.

Segundo a câmara, a construção do poço de emergência e ventilação da Praça de Parada Leitão está 92 dias de atraso, e do poço de emergência e ventilação do Bom Sucesso com 190 dias. “O impacto na vida das pessoas e na economia da cidade assume hoje proporções verdadeiramente intoleráveis”, acrescenta.

Já quanto ao ‘metrobus’, que ligará a Casa da Música e a Praça do Império, a câmara afirma que a obra está atrasada em quatro meses, “o que até vai coincidir com a chegada dos veículos”. “Deve ser um mero milagre”, ironiza, apontando falhas ao nível da sinalização, segurança, mas também de cumprimento dos prazos. Contactada pela Lusa, a Metro do Porto não quis fazer qualquer comentário.

O executivo da Câmara do Porto aprovou hoje, por maioria, informar o Governo e a Metro do Porto de que não poderá haver nova empreitada na cidade se não forem resolvidos os constrangimentos nas atuais frentes de obra. O executivo concordou também em pedir ao Governo uma avaliação do estado das obras em curso e uma auditoria à fiscalização e alterações de projeto, bem como às medidas de segurança implementadas nas várias frentes de obra.

O presidente da Câmara do Porto reúne-se esta segunda com o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e com a administração da Metro do Porto. Num ofício enviado em novembro de 2022 ao presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Rui Moreira já tinha manifestado a sua preocupação com “o impacto profundamente negativo gerado pela empreitada da nova linha do metro” que, defendeu à época, apresentava “excessivos atrasos” em “praticamente todas as frentes”.

Na sequência do ofício, o presidente da Metro, Tiago Braga, garantiu que a empresa hierarquizava os atrasos que sucedem nas obras em função das diferentes zonas de empreitada. Posteriormente, em resposta à carta de Rui Moreira, Tiago Braga garantiu que a empresa tinha formalizado, em maio de 2022, uma aceleração da empreitada da linha Rosa, mostrando-se também disponível para reunir periodicamente com o autarca independente.

Dias mais tarde, Rui Moreira dizia esperar que não existissem mais derrapagens no cronograma das obras da linha Rosa, salientando que a Metro “foi sensível” às preocupações do município.

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Iberis Capital investe 60 milhões em sete empresas até final do ano

Iberis Capital investiu mais 12 milhões de euros na Unbabel e antecipa que a Tekever poderá ser o próximo "unicórnio" português. Vão gerir mais de 550 milhões este ano, com metade por investir.

A sociedade Iberis Capital espera fechar o ano com mais 50 milhões a 60 milhões de euros investidos em sete empresas, segundo avançou o co-fundador João Henriques esta segunda-feira num encontro com os jornalistas.

Até setembro, a Iberis Capital, fundada em 2017, acumulava cerca de 155 milhões de euros investidos em quase 50 empresas e negócios através dos fundos Bluetech I e II. O montante investido irá aumentar quase 40% para mais de 200 milhões de euros só na reta final deste ano. “Vai ser o ano com mais investimentos na Iberis”, disse João Henriques.

Por outro lado, a Iberis Capital conta ter captado mais de 550 milhões de euros até final do ano junto de mais de 1.000 investidores, sobretudo junto de Pequenas e Médias Empresas (PME), mas também Family Offices e Corporate.

Menos de metade dos fundos captados estará investido. “Somos criteriosos nos nossos investimentos. O ritmo de investimento é consistente com os fundos que vão sendo levantados”, explicou o responsável.

Um dos grandes investimentos é na Unbabel: 12 milhões de euros. Mas não fica por aqui pois participou na ronda de financiamento que a start-up de tradução com ajuda da inteligência artificial está a finalizar.

De resto, quase 80% do investimento da Iberis Capital está alocado ao segmento de Inovação e Crescimento, a área de capital de risco, incluindo, além da Unbabel, outras startups promissoras como a Codacy (revisão de código), Sensei (automação de retalho) e Tekever (tecnologia aeroespacial).

“Somos ao maior fundo de venture capital (capital de risco). Quando é preciso fazer tickets (investimentos) de 10 milhões ou 20 milhões, somos a única empresa portuguesa com capacidade”, referiu o responsável que vê alguns dos seus negócios com potencial para se transformarem em unicórnios (empresa avaliada em mais de mil milhões de dólares) em breve.

“Se não for agora, a Tekever vai ser um unicórnio na próximo ronda de financiamento, a Unbabel tem um caminho claro”, apontou João Henriques.

Outros 15% dos fundos estão direcionados para a área Buyout, com apostas em negócios mais tradicionais Sanindusa (material cerâmico), Campotec (fruta e vegetais), Carmo Wood (madeira tratada), a Infos (o maior investimento neste segmento), entre outros. Os restantes fundos estão alocados à área de Investimentos de Rendimento, sobretudo imobiliário, como o edifício da Universidade Europeia em Lisboa, entre outros ativos.

“O dinheiro é todo investido em Portugal, é uma regra desde sempre na Iberis”, explicou o responsável.

Com uma equipa de mais de 20 trabalhadores, a Iberis Capital foi fundada há seis por João Henriques, Luís Quaresma, Diogo Chalbert e David Pinheiro, que integram o conselho de administração que conta ainda com Filipa Choon como administradora financeira.

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Beyond Gravity cria 200 empregos até 2025 em novo polo de inovação em Lisboa

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

A fornecedora mundial de produtos espaciais avança que o Innovation & Digital Hub terá “um enfoque claro na captação de talentos nas áreas de engenharia espacial, digital e inovação”,

A empresa espacial suíça Beyond Gravity anunciou esta segunda-feira a abertura em Lisboa de uma nova unidade para promoção de tecnologias emergentes, prevendo contratar 50 colaboradores até final deste ano e atingir os 200 até 2025.

Em comunicado, a fornecedora mundial de produtos espaciais avança que o Innovation & Digital Hub terá “um enfoque claro na captação de talentos nas áreas de engenharia espacial, digital e inovação” e irá “promover tecnologias emergentes, como a IA [inteligência artificial], melhorando todo o núcleo de IT [tecnologias da informação] e a infraestrutura digital da empresa”.

“Lisboa trabalhará em conjunto com as 12 localizações internacionais já existentes da Beyond Gravity e o Innovation & Digital Hub permitirá à Beyond Gravity assumir um papel de liderança enquanto empresa inovadora ágil na indústria aeroespacial, impulsionar o seu crescimento e manter-se na liderança do setor na área da engenharia”, destaca.

Com a contratação prevista para este ano de mais de 50 trabalhadores em Lisboa, principalmente nas áreas de engenharia, IT e financeira, e o objetivo de atingir os 200 colaboradores até 2024, a Beyond Gravity afirma que se tornará na “maior empresa de engenharia aeroespacial a operar em Lisboa”.

Com 40 anos de atividade, a Beyond Gravity é uma fornecedora de veículos de lançamento espaciais, como o novo lançador europeu Ariane 6, e reclama a liderança em produtos específicos e constelações de satélites no setor espacial. Fornece ainda a indústria litográfica, através do fabrico de atuadores e aberturas especiais usados para a exposição nanométrica precisa de wafers (substrato de silício semicondutor).

Citado no comunicado, o presidente executivo (CEO) da Beyond Gravity sustenta que o lançamento do Innovation & Digital Hub em Lisboa sublinha a “dedicação inabalável na captação de talentos de alto nível em engenharia espacial, digital e inovação” da empresa.

Ao abrir as portas a mais de 50 novos membros para a equipa este ano – e com o objetivo de chegar aos 200 colaboradores até 2025 – estamos no caminho certo para nos tornarmos a principal empresa de engenharia espacial em Lisboa”, sublinha André Wall.

Segundo o responsável, a capital portuguesa foi escolhida como a 13.ª localização para a empresa “após uma análise cuidada”, tendo-se destacado pela “concentração de universidades técnicas”, “localização atrativa”, “ambiente dinâmico de startup” e “ecossistema espacial em crescimento”, entre outros aspetos.

“Além disso, Portugal tem um conjunto de profissionais altamente especializados que são difíceis de encontrar noutros locais e que contribuirão para o crescimento da nossa empresa nos próximos anos. Isto colocar-nos-á numa posição ainda melhor para responder às necessidades e expectativas dos nossos clientes em todo o mundo”, acrescenta André Wall.

Já o presidente da Agência Espacial Portuguesa considera que a fixação do hub da Beyond Gravity em Portugal irá contribuir significativamente para a expansão do ecossistema espacial nacional: “O ecossistema espacial português está em constante crescimento e a integração da Beyond Gravity representa um salto significativo”, afirma Ricardo Conde, também citado no comunicado.

A BeyondGravity não só é uma empresa bem estabelecida e reconhecida, como também oferece uma oportunidade fantástica para os nossos talentos. A Agência Espacial Portuguesa antecipa o surgimento de novas sinergias entre a BeyondGravity e o ecossistema espacial nacional”, acrescenta.

Por sua vez, o administrador executivo da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal João Noronha Leal destaca o novo Innovation & Digital Hub como “um contributo importante para reforçar o posicionamento de Portugal como um local preferencial para operacionalizar projetos de engenharia e tecnologia e crucial para o crescimento e competitividade do ecossistema espacial em Portugal”.

Atualmente a trabalhar em 400 projetos, a Beyond Gravity diz ter entre os seus clientes atuais empresas como a ESA, NASA, Maxar, Rocket Lab; Ball Aerospace, Airbus Defence & Space, Thales Alenia Space, Amazon, United Launch Alliance (ULA), Ariane Group e Mitsubishi.

Os atuais 1.600 colaboradores da empresa estão dispersos por 13 localizações em sete países – Suíça, Suécia, Áustria, Alemanha, EUA, Finlândia e Portugal – e desenvolvem e fabricam produtos para satélites, veículos de lançamento e para a indústria de semicondutores. Em 2022, a empresa faturou cerca de 356 milhões de francos suíços (365 milhões de euros), prevendo agora um crescimento deste valor.

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Paula Ribeiro deixa Sumol+Compal e integra Unlock Brands

Formada em gestão pela NOVA SBE, Paula Ribeiro começou na L´Óreal, passando pelo Novo Banco, Danone e Dan Cake, tendo assumido diferentes responsabilidades na Sumol+Compal nos últimos sete anos.

Depois de passar os últimos sete anos na Sumol+Compal, Paula Ribeiro é o novo reforço da Unlock Brands, onde vai assumir as funções de executive strategy and research director.

O meu objetivo é reforçar a proposta de valor da Unlock, naquele que já hoje é um dos aspetos mais diferenciadores da empresa, a área de estratégia. Acredito que a criatividade deve responder a desafios de negócio e que para isso se tem de definir as estratégias de marca mais adequadas para que os resultados aconteçam. Para construir marcas relevantes, estratégia e criatividade têm de caminhar juntas“, diz Paula Ribeiro, citada em comunicado.

A nova executive strategy and research director da Unlock Brands refere ainda que o desafio “vem no momento certo da minha carreira e acrescenta uma nova perspetiva, onde posso usar todo o conhecimento e experiência que acumulei ao longo de 20 anos. Trabalho marcas desde que me conheço como profissional e continuo apaixonada por fazê-lo, porque acredito que elas acrescentam valor à nossa vida”.

Já Miguel Viana, chief creative officer and co-Ceo da Unlock Brands, diz que “a entrada da Paula, acontece num momento de afirmação do projeto Unlock” e que com esta contratação “consolidamos ainda mais a oferta de estratégia, aumentando as nossas capacidades de aportar valor aos nossos clientes”.

“A Paula tem uma enorme experiência como marketeer. Tem uma noção clara do valor do branding enquanto ferramenta de transformação de organizações, de reorganização de portfolios de produtos e serviços ou de lançamento de novos conceitos para o mercado. Acreditamos que a Paula com a sua experiência e energia contagiante será decisiva para atingirmos os nossos mais ambiciosos objetivos“, acrescenta.

Formada em gestão pela NOVA SBE, Paula Ribeiro começou pela L´Óreal, passando pelo Novo Banco, Danone eDan Cake, tendo assumido diferentes responsabilidades na Sumol+Compal ao longo dos últimos sete anos. Nos últimos meses desempenhou a função de head of gestão estratégica da categoria de vegetais.

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Visabeira compra maioria do capital da HCI Construções

Com este negócio, que ainda terá que passar pelo crivo da Autoridade da Concorrência, o grupo Visabeira pretende reforçar "a sua capacidade na atividade de construção e engenharia civil".

O grupo Visabeira assinou um acordo, tendo em vista a aquisição da maioria do capital da HCI Construções, anunciou esta segunda-feira a empresa, em comunicado. Objetivo é reforçar “capacidade” na área da construção e engenharia civil. O valor do negócio não foi divulgado.

“Os atuais acionistas da HCI mantêm-se como acionistas e a equipa de gestão permanece inalterada”, adianta o grupo de Fernando Campos Nunes.

Com este negócio, o grupo Visabeira pretende reforçar “a sua capacidade na atividade de construção e engenharia civil, até agora desempenhada pela sua subsidiária Edivisa“, acrescenta a nota de imprensa. O valor da operação não é conhecido e ainda terá que passar pelo crivo da Autoridade da Concorrência.

Fundada em 1979, a HCI Construções tem sede em Lisboa e é considerada uma das empresas portuguesas mais relevantes na área da construção civil. Com um volume de negócios anual superior a 100 milhões de euros, foi responsável pela construção de vários edifícios, nomeadamente da sede da EDP, da Fundação Champalimaud, do Hospital da Luz, entre outros.

Além disso, na área da reabilitação e reconstrução, conta com intervenções na sede do Banco de Portugal, na Assembleia da República, no antigo edifício do Diário de Notícias, entre outros. “Como corolário, o processo de incorporação da HCI Construções no Grupo Visabeira irá potenciar sinergias entre as duas empresas em termos nacionais”, realça a Visabeira, em comunicado.

Já a Visabeira foi fundada há 43 anos e atua em vários setores de atividade nomeadamente nas telecomunicações, energia, tecnologia, construção, indústria, imobiliário e turismo. Com mais de 14 mil funcionários e presente em 17 países, espera alcançar um volume de negócios superior a 1.700 milhões de euros este ano.

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JCDecaux lança venda programática em publicidade de exterior. É o “maior investimento de sempre” da companhia

O maior investimento da JCDecaux a nível global este ano vai permitir, numa fase inicial, uma oferta programática de 428 ecrãs, quase 65% do parque digital da JCDecaux à data.

A JCDecaux está a lançar o serviço de venda programática de publicidade digital de exteriorProgramatic Digital Out Of Home (pDOOH) – no país. Trata-se do maior investimento de sempre em Portugal, assegura a empresa, embora sem avançar números.

Numa fase inicial, e dirigido a uma audiência urbana, o programático OOH da JCDecaux vai contar com inventário em Lisboa, Porto, Oeiras e Cascais, num total de 44 ecrãs de pequeno formato e 18 ecrãs de grande formato. Já nos shoppings, distribuídos pelas várias zonas do país, e naquela que é uma “poderosa influência junto do ponto de venda”, a JCDecaux vai contar com 327 ecrãs de pequeno formato e um ecrã de grande formato. Nos aeroportos – com a possibilidade de este ser o primeiro ou último impacto numa “audiência recetiva e premium” – vão estar instalados 46 ecrãs de pequeno formato e três ecrãs de grande formato. Os aeroportos e os centros comerciais vão ser territórios exclusivos da JCDecaux.

No total, numa primeira fase, a JCDecaux vai contar com um total de 428 equipamentos disponíveis para publicidade programática (ou seja, quase 65% do parque digital da JCDecaux à data).

No entanto, a empresa vai instalar 664 ecrãs digitais aos quais, mais tarde, se somarão outros cerca de 400, perfazendo um total de mais de mil ecrãs espalhados pelo país. Embora os equipamentos para digital e digital programático sejam iguais, nem todos os ecrãs digitais vão ser usados em programático, explica a empresa.

Este é assim um “investimento brutal” e o maior feito em Portugal até agora. “Chegou tarde, mas em força”, diz Philippe Infante, diretor geral da JCDecaux Portugal, num encontro com jornalistas no qual foi explicado o processo.

A venda de publicidade programática em digital out of home é feito através de uma negociação realizada numa plataforma de compra. De um lado existe a oferta (JCDecaux) e do outro a procura (agências ou os próprios anunciantes), cabendo ao programático fazer essa negociação, de uma forma quase “automática”, partindo de um pré-acordo.

Primeiro, é assim feito um acordo entre a JCDecaux e as marcas – por norma campanha a campanha – para que quando exista inventário disponível, segundo os critérios já previamente acordados, a plataforma de compra o possa “comunicar” às marcas e estas aceitem ou não investir naquele espaço por um determinado preço, num processo feito através de algoritmos.

Este, no entanto, não é um marketplace aberto, sendo exclusivo para convidados, de forma a preservar a “segurança” e “garantia” dadas às marcas, explicou o diretor de publicidade programática da JCDecaux Pedro Viegas. As campanhas são analisadas num primeiro momento por humanos e só depois são colocadas na “mesa de negociação”.

Ou seja, uma marca que tenha uma campanha que quer lançar, com determinadas características e que pretende alcançar um determinado tipo de população numa dada zona geográfica, realiza uma pré negociação com a JCDecaux.

Quando esse espaço está disponível – num processo feito na totalidade através de algoritmos – a JCDecaux, que já autorizou aquela negociação à priori, diz que para aquele pedido tem “x” impactos disponíveis num determinado espaço e hora com umas determinadas características, cabendo depois à marca “decidir”, num processo computorizado.

O programático compra-se por CPM (custo por mil impressões), sendo que o valor de um determinado equipamento é feito através de uma amostra de audiências através de uma app móvel distribuído por um painel de 2500 indivíduos, e tem em conta fatores como a posição do equipamento, o ângulo em que é visualizado, a distância, o tempo e velocidade média em que as pessoas passam por ele ou a luminosidade. Depois de instalado, é necessário um mês para que o equipamento consiga recolher e divulgar os dados das audiências, de forma que seja possível aferir valores para as negociações.

Segundo explicou Vítor Martins, diretor comercial da JCDecaux, na reunião com jornalistas a propósito do lançamento da programática digital out-of-home, a empresa passou de mupis e papel para o digital, numa transição que decorreu de forma gradual, mas queria dar um passo mais além e tornar o seu imobiliário mais tecnológico, através da publicidade programática.

No entanto, a JCDecaux teve de aguardar pelas condições necessárias, como inventário digital suficiente e dados, que dissessem qual o valor desse mesmo inventário.

Encarada como “natural”, a transição para o programático tem registado um grande crescimento noutros países, refere Vítor Martins, e tem-se vindo a acentuar de tal maneira que “tínhamos de entrar no avião”.

Liderado por Pedro Viegas, o serviço de publicidade digital programática de exterior começou a preparar-se através da implementação de um software que diz, em tempo real, o inventário disponível para comercializar.

Agora, a JCDecaux decidiu avançar com este tipo de publicidade uma vez que já dispõe de inventário “robusto” e de dados sobre as audiências que permitam avaliar o valor de cada um dos componentes do inventário. O avanço está a ser feito agora também tendo em conta que existe uma procura e apetência no mercado por programático em digital out of home – incluindo um procura global, para campanhas multinacionais – bem como um controlo e garantia de “brand safety, ou seja, não há bots (robôs), explicou Pedro Viegas.

O programático em OOH “vem complementar a visão do consumo de media (dentro e fora de casa) dos consumidores com a vantagem de acessibilidade e conectividade entre todos os canais“, referiu-se no documento de apresentação aos jornalistas, sendo que o objetivo passa por “acompanhar a jornada do consumidor” e “estar onde as pessoas estão“, como na rua, centros comerciais ou aeroportos, acrescentou Vítor Martins.

 

Esta tecnologia tem em conta fatores como a temperatura, índices ultravioleta (UV), redes sociais, geolocalização ou as horas, de forma a permitir uma maior dinâmica e flexibilidade, e potenciar a comercialização de cada uma das campanhas. Por exemplo, se o stock do produto de uma determinada campanha acabar, a campanha pode ser logo retirada.

Existindo “espaço para tudo”, foi dada a garantia de que o papel não vai desaparecer, sendo este mais indicado para campanhas de notoriedade, enquanto o digital permite uma maior flexibilidade, eficiência, eficácia e desempenho, tendo em conta que o programático permite efetuar uma troca ou venda do espaço em cerca de 30 minutos. Esta mudança, no caso do papel, poderia demorar dois ou três dias a concretizar-se.

Vítor Martins e Pedro Viegas concedem que não são os primeiros a fazer uso de programático em OOH digital em Portugal, tendo já havido outras empresas a fazer experiências. No entanto, referem que a JCDecaux é a primeira a fazê-lo de uma forma consistente e abrangente. Numa analogia dizem que já houve outros que “chegaram ao Espaço” mas que a JCDecaux será a primeira a “chegar à Lua”.

O maior investimento de sempre da empresa em Portugal, e este ano o maior do grupo, de “muitos milhões”, segundo Vítor Martins, que não concretizou o valor do montante, prendeu-se com a compra e instalação de equipamentos, em mais recursos e pessoas, em entradas em hubs tecnológicos ou renovações de contratos.

O objetivo não é canibalizar o papel, garantiu Pedro Viegas, pelo que a perspetiva da empresa é de crescimento. Ainda que não concretizando percentagens ou valores, foi adiantado que em outros mercados europeus – que já são mercados “maduros” – o programático já representa entre 10 a 30%.

Estamos a descobrir um caminho novo em Portugal. As expectativas são altas, acreditamos que a aceitação vai ser elevada“, disse Vítor Martins, acrescentando que neste momento o mercado de out of home é “escasso” para a procura que existe. “Gostaríamos de ter muito mais inventário disponível neste momento”, afirmou.

“A compra/venda programática constituirá um autêntico ponto de viragem no planeamento da publicidade exterior, ao possibilitar ao setor a atuação com precisão e agilidade, com recurso à segmentação de audiências através de diferentes tipologias de dados, e ao corresponder a objetivos específicos”, refere também Philippe Infante, diretor-geral da JCDecaux em Portugal, citado em comunicado.

“Estes novos elementos irão proporcionar maior flexibilidade na compra de espaço e possibilitar igualmente oportunidades de venda de OOH a um novo conjunto de marcas, nomeadamente as de menores orçamentos e as nativas digitais”, acrescenta.

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Junta de Freguesia de Benfica investe 29 milhões de euros em habitação

Autarquia vai adquirir quatro terrenos para construção e reabilitação, além de 13 apartamentos. Até 2026 estão previstos 250 fogos para arrendamento a baixo custo no Bairro de Benfica.

A Junta de Freguesia de Benfica anunciou um investimento de 29 milhões de euros na construção e reabilitação de 133 novos apartamentos no Bairro de Benfica, até 2025. Num comunicado, a autarquia diz tratar-se “do maior pacote de investimento alguma vez realizado por uma Junta de Freguesia, na área da habitação“, de modo “a combater a grave crise habitacional que Lisboa atravessa”.

Este investimento foi aprovado na última reunião de Executivo. Até 2025 está prevista a construção de 133 novos apartamentos em Benfica, com tipologias que vão do T0 ao T3, ao abrigo da linha de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – 1⁰ Direito.

A autarquia vai, assim, adquirir quatro terrenos para construção e reabilitação, além de 13 apartamentos dispersos por vários locais desta freguesia lisboeta. Entretanto, a Junta de Freguesia já tem candidaturas aprovadas pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para outros dois edifícios, na Rua Cláudio Nunes e Travessa José Agostinho.

“O investimento para criar soluções habitacionais dignas, que permitam às famílias lisboetas continuar a viver no Bairro de Benfica, está inserido numa estratégia local de habitação que pretende, até 2026, criar 250 fogos para arrendamento a baixo custo no Bairro de Benfica“.

Freguesia de Benfica6 novembro 2023

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