Hoje nas notícias: imigrantes, dividendo do BCP e estágios

  • ECO
  • 18 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Verificou-se um saldo positivo das contribuições dos imigrantes para a Segurança Social de mais de 1.600 milhões de euros no ano passado. No BCP preparam-se alterações “relevantes” no dividendo, após o regresso ao índice Stoxx 600. Já no que diz respeito aos estágios do IEFP, novos dados mostram que cerca de metade das pessoas acabam por ser contratadas pela empresa. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade nacional.

Imigrantes deram mais de 1.600 milhões de lucro à Segurança Social

Os imigrantes contribuíram com 1.861 milhões de euros para a Segurança Social em 2022, enquanto só beneficiaram de cerca de 257 mil euros em prestações sociais. Desta forma, verificou-se um saldo positivo das contribuições dos imigrantes de 1.600 milhões de euros no ano passado. Os imigrantes pesam 7,5% no total da população, sendo que este foi “o valor mais elevado de sempre”, de acordo com um novo relatório do Observatório das Migrações.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

BCP prepara “alteração relevante” no dividendo

Numa altura em que o BCP se prepara para regressar ao índice europeu Stoxx 600, existe espaço para mudanças nos dividendos. No que diz respeito a esta política, “o trabalho realizado e os resultados alcançados permitem, sem descurar a importância que atribuímos e continuaremos a atribuir a uma gestão prudente e rigorosa do capital, perspetivar uma alteração relevante face ao passado recente, constituindo uma evolução positiva para os investidores”, indica Miguel Maya, CEO do banco.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Metade dos estagiários com salários pagos pelo Estado fizeram contrato com as empresas

Mais de metade das 130 mil pessoas que fizeram estágios profissionais através do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) nos últimos cinco anos acabou por ser contratada pelas empresas. Além disso, cerca de 75% dos estagiários encontravam-se empregados meio ano depois de terem feito o estágio. O IEFP investiu quase 700 milhões de euros nesta medida, que é financiada pelo Fundo Social Europeu, desde 2018.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Portela vai atingir 34 milhões de passageiros este ano

A procura no aeroporto de Lisboa deverá atingir os 34 milhões de passageiros este ano, segundo as previsões da ANA. A concretizar-se, será um novo recorde face ao número alcançado em 2019, que era de 31,1 milhões — representa assim uma subida de 10%. O número de passageiros é um dos fatores que é considerado para desencadear a construção de um novo aeroporto (acima de 22 milhões). São, no total, quatro os fatores considerados no contrato — e já foram todos preenchidos em 2017.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Mais de 450 médicos querem sair do país

Desde 2019 até ao início de dezembro de 2023 foram passadas 1.888 declarações para os médicos saírem do país, sendo que só este ano foram feitos 453 pedidos às Secções Regionais do Sul e do Centro da Ordem dos Médicos. A estes acrescem ainda os pedidos feitos à Secção Regional do Norte, que não foram divulgados. Em causa está uma certificação que permite aos médicos exercer fora de Portugal, frequentar internatos da especialidade, estágios ou pós-graduações.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso condicionado).

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A organização não governamental (ONG) de María Galán envia um burofax às empresas do Ibex-35 para apoiar os projetos que desenvolve com Babies Uganda.

  • Servimedia
  • 18 Dezembro 2023

A ONG de María Galán, Babies Uganda, enviou um burofax às empresas do Ibex-35 convidando-as a apoiar os projetos que desenvolve no país africano para ajudar crianças e famílias.

“Se você é o CEO de uma grande empresa e recebeu um burofax, abra-o sem hesitar, porque teve sorte: tem em suas mãos o XMAS Burofax de Babies Uganda, que lhe oferece a oportunidade de contribuir para o crescimento do trabalho que a ONG vem realizando desde 2012 nesse país africano”, explicou.

Babies Uganda propôs que as empresas espanholas mais importantes contribuam para a realização de seus objetivos e, para isso, impulsionou uma campanha para mobilizar a solidariedade de “alguns Reis muito especiais: as empresas do Ibex-35 e as grandes companhias deste país”.

Até cem empresas e corporações receberão nos próximos dias o XMAS Burofax com uma mensagem que, a meio caminho entre advertência e apelo, convida os CEOs de todas elas a se tornarem empresas amigas da organização. O objetivo é obter doações com o propósito de consolidar e ampliar os projetos que a ONG desenvolve no terreno para continuar ajudando milhares de crianças ugandesas órfãs ou abandonadas.

O programa ‘Empresa amiga’ reconhece durante um ano inteiro aquelas corporações que doam 1.000, 2.500 ou mais de 5.000 euros à ONG para colaborar com seus projetos. Companhias como Pastas Gallo, Vicky Foods, Cervezas Ámbar e HOFF já decidiram se tornar ‘empresas amigas’ após receberem seu XMAS Burofax. A iniciativa também está aberta a todas as organizações e empresas, grandes ou pequenas, que, embora não tenham sido convocadas diretamente, desejem se juntar e participar através do site ‘www.xmasburofax.com’.

BABIES UGANDA

Fundada em 2012 por Montserrat Martínez e Maribe García, Babies Uganda ajuda mais de 10.000 pessoas com seus projetos. A maioria são crianças que são atendidas através de dois orfanatos (Kikaya House e Babies Home), duas escolas (sendo uma delas para crianças com deficiência visual, CEVIC school), uma clínica odontológica, programas de colaboração económica com um terceiro orfanato e para alimentação das crianças da ilha Zinga, uma das mais pobres de Uganda.

Além disso, graças à ONG, o país agora conta com uma nova clínica de atenção primária que atende gratuitamente mais de mil pessoas por mês. A inauguração de uma escola secundária está prevista para 2024.

O trabalho da organização está tornando-a uma das ONGs de referência em Uganda. Tanto é assim que o último apelo para construir uma escola para crianças com deficiência, feito através das redes sociais pela sua coordenadora de projetos, María Galán, conseguiu arrecadar 100.000 euros em 48 horas.

A entidade explica que por trás dos números estão as histórias difíceis que milhares de crianças ugandesas vivem: famílias desfeitas, abandono, morte dos pais por doenças como a SIDA, abusos, etc. Na Babies Uganda, eles não apenas alimentam, educam e fornecem serviços de saúde às crianças que vivem nos seus orfanatos, mas também lhes dão uma família e um lar.

MARÍA GALÁN

María Galán é uma das figuras visíveis da organização que torna esse projeto possível. Aos 26 anos, ela mora numa das casas onde cuida de 32 crianças. Galán decidiu instalar-se lá quando, na sua terceira visita ao país, ficou presa por 6 meses devido às consequências da pandemia. “Eu não queria ter uma vida cheia de privilégios enquanto houvesse pessoas vivendo nessas condições”, afirma a jovem para explicar por que se mudou definitivamente para Uganda.

Desde então, Galán está a colaborar com Babies Uganda e a divulgar o seu trabalho no seu perfil do Instagram (@auntie_mariagalan), onde mais de um milhão de pessoas a seguem e podem ver o trabalho da ONG no país. Na verdade, esse é um dos seus objetivos, “gerar confiança nas ONGs”, pois ela considera que a falta dela “é um dos maiores males” da sociedade.

María Galán recebeu uma dúzia de prémios e reconhecimentos pelo trabalho que realiza à frente de Babies Uganda, cinco deles neste ano de 2023: o Prémio DONaDOS para o compromisso, o Prémio pela melhor gestão da mudança na 9ª edição dos prémios Imm, o Prémio IX Edição programa ‘Tú eliges’ da Cecabak, o Prémio FREMAP para o projeto solidário e o primeiro Prémio #GentedeBuenaPasta criado pela Pastas Gallo.

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Um em cada quatro médicos internos com sintomas graves de burnout

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2023

Estudo da Ordem dos Médicos, dirigido especificamente a médicos internos, mostra ainda que 35,5% iniciou apoio psicológico ou psiquiátrico durante o internato.

Um em cada quatro jovens médicos apresenta sintomas graves de burnout e 55,3% está em risco de desenvolver a síndrome, revela um estudo da Ordem dos Médicos, dirigido especificamente a internos, referindo que 35,5% iniciou apoio psicológico ou psiquiátrico durante o internato.

Quase 65% dos internos inquiridos encontra-se num nível de exaustão emocional grave, 45,8% num nível elevado de despersonalização/desumanização e 48,1% apresenta elevada diminuição da realização profissional, adianta o estudo, realizado pelo Conselho Nacional do Médico Interno (CNMI) e divulgado esta segunda-feira.

O objetivo do estudo, que decorreu entre agosto e setembro de 2023 e contou com 1.737 respostas (taxa de resposta de 16,9%), visou avaliar o burnout nos internos e a sua associação com variáveis socioprofissionais.

Comparando com o último estudo feito em 2016, os internos têm uma prevalência de burnout grave (24,7%) mais de três vezes superior aos restantes médicos (7%), e também têm níveis superiores equiparando com a média de estudos realizados noutros países (22,9%).

“Os médicos internos há mais tempo no internato, que consideram como mais desequilibrada a relação entre trabalho e vida pessoal, com menos autonomia no seu trabalho e que realizam mais horas extraordinárias apresentam níveis superiores de ‘burnout'”, salienta o estudo.

A percentagem de internos totalmente envolvidos no seu trabalho é de apenas 5,3%, uma percentagem cerca de quatro vezes inferior à de outros países. Apenas 16,5% considera a relação entre a vida pessoal e profissional equilibrada.

maior percentagem de médicos com sintomas de burnout na região Norte (28,6%), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (23,7%) e Centro (22,1%).

É na especialidade de Anestesiologia que se encontram os níveis mais elevados (32,4%), seguida de Cirurgia Geral (29,7%), Medicina Interna (28,9%), Medicina Intensiva (26,2%) e Ginecologia/Obstetrícia (22,2%).

Segundo o estudo, 84,8% dos inquiridos realiza horas extraordinárias, com uma média de trabalho semanal de 52,8 horas, o equivalente a cerca de 2,5 meses de trabalho extra por ano. Mais de metade (55,1%) faz turnos mensais com duração superior a 12 horas, 62,1% realiza trabalho noturno e 55,9% tinha dois ou menos fins de semana livres por mês.

A elevada carga horária associada ao trabalho e estudo autónomos e prossecução de objetivos curriculares foi o principal tema elencado na pergunta do questionário sobre condições laborais.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do CNMI, José Durão, considerou os resultados deste primeiro estudo nacional “bastantes preocupantes”. “Tínhamos a sensibilidade de que havia muitos internos com a sua saúde mental ameaçada, com muitos deles já a ter de recorrer ao psicólogo ou psiquiatra, ou mesmo a medicação, que acusavam muitas horas de trabalho, poucas horas de sono”, afirmou.

Porém, “não esperávamos descobrir que praticamente 25% (…) estivessem em burnout severo”. Questionado se esta situação se deve ao trabalho nos serviços de urgência, José Durão referiu que será “uma das explicações”, mas considerou que o problema “é multifatorial”.

“Estamos a falar de várias situações, em várias especialidades, em várias regiões e, portanto, é difícil apontar uma só razão”, mas, observou, “não é por acaso que os níveis mais elevados de ‘burnout’ são detetados em especialidades hospitalares, nomeadamente médicas e cirúrgicas, com carga de horário de urgência também mais acentuado”.

José Durão observou alguns fazem “dois, três turnos de 24 horas de urgência numa só semana, o que não só não é legal, nem está previsto nos seus programas de formação, como, obviamente, qualquer pessoa com bom senso percebe que não pode ser bom para a saúde mental das pessoas”.

“Estamos a falar da geração que vai substituir nos próximos anos os médicos mais velhos que irão sair. Em que condições é que essas pessoas vão chegar ao início da sua carreira e com que vontade é que têm de continuar a trabalhar maioritariamente no Serviço Nacional de saúde, onde as condições também são piores e que mais facilitam este tipo de situação. Portanto, isto é muito, muito grave”, lamentou.

O CNMI defendeu a criação de tempo protegido no horário de trabalho para estudo autónomo, a necessidade de revisão e uniformização das grelhas de avaliação do internato médico, promovendo a valorização de competências clínicas, e a agilização de apoio psicológico e/ou psiquiátrico aos internos em todas as instituições de formação.

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Human Rights Watch acusa Israel de “usar fome de civis como método de guerra”

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2023

"As forças israelitas estão a bloquear deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo deliberadamente a assistência humanitária", denuncia a organização não-governamental.

A Human Rights Watch (HRW) acusou esta segunda-feira o Governo de Israel de “utilizar a fome de civis como método de guerra” na Faixa de Gaza ocupada, o que constitui um crime de guerra.

“As forças israelitas estão a bloquear deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo deliberadamente a assistência humanitária, aparentemente arrasando zonas agrícolas e privando a população civil de objetos indispensáveis à sua sobrevivência”, escreveu a organização não-governamental (ONG) num comunicado enviado à Lusa.

A HRW notou que, desde o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, políticos israelitas, incluindo o Ministro da Defesa, Yoav Gallant, o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o Ministro da Energia, Israel Katz, “fizeram declarações públicas a expressar o objetivo de privar os civis em Gaza de alimentos, água e combustível”.

Declarações que refletem “uma política que está a ser levada a cabo pelas forças israelitas”, referiu-se na nota. “Há mais de dois meses que Israel tem vindo a privar a população de Gaza de alimentos e água, uma política incentivada ou apoiada por altos funcionários israelitas e que reflete a intenção de matar civis à fome como método de guerra”, constatou o diretor da HRW para Israel e Palestina, Omar Shakir.

Neste sentido, o responsável apelou aos líderes mundiais para se manifestarem “contra este abominável crime de guerra, que tem efeitos devastadores para a população de Gaza.”

A HRW entrevistou 11 palestinianos deslocados em Gaza entre 24 de novembro e 04 de dezembro. Estes, segundo o comunicado, descreveram “profundas dificuldades em assegurar as necessidades básicas”.

“Não tínhamos comida, nem eletricidade, nem Internet, nada”, disse um homem que abandonou o norte de Gaza, a zona mais bombardeada pelo exército israelita desde que estalou o conflito a 07 de outubro.

No sul da Faixa de Gaza, os entrevistados falaram à ONG sobre a escassez de água potável, a falta de alimentos e os preços exorbitantes. “Estamos constantemente à procura de bens necessários para sobreviver”, notou um homem, pai de dois filhos.

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas informou, a 06 de dezembro, que nove em cada 10 agregados familiares no norte da Faixa de Gaza e dois em cada três agregados familiares no sul do território tinham passado pelo menos um dia e uma noite sem alimentos, referiu ainda a HRW.

O direito humanitário internacional, ou as leis da guerra, afirma-se ainda no comunicado, “proíbem a fome de civis como método de guerra”.

A ONG relembrou ainda que, “antes das recentes hostilidades”, já se estimava que 1,2 milhões dos 2,2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza se encontravam em situação de insegurança alimentar aguda e mais de 80% dependiam de ajuda humanitária.

“Israel mantém um controlo global sobre Gaza, incluindo a circulação de pessoas e mercadorias, as águas territoriais, o espaço aéreo, as infraestruturas de que Gaza depende, bem como o registo da população. Isto deixa a população de Gaza, que Israel submeteu a um bloqueio ilegal durante 16 anos, quase totalmente dependente de Israel para ter acesso a combustível, eletricidade, medicamentos, alimentos e outros bens essenciais”, declarou.

Na nota apela-se a Telavive que pare “imediatamente de usar a fome de civis como método de guerra”, respeite a proibição de ataques a bens essenciais à sobrevivência da população civil e levante o bloqueio à Faixa de Gaza”.

“O Governo deve restabelecer o acesso à água e à eletricidade e permitir a entrada em Gaza de alimentos, ajuda médica e combustível desesperadamente necessários, incluindo através da passagem de Kerem Shalom”, a fronteira entre Israel, Egito e Gaza, apelou.

A HRW deixou ainda um apelo a vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Alemanha, para “suspenderem a assistência militar e a venda de armas a Israel enquanto as suas forças continuarem a cometer impunemente abusos generalizados e graves que equivalem a crimes de guerra contra civis”.

Desde que começou a guerra, em 07 de outubro, cerca de 19 mil habitantes de Gaza morreram, vítimas de bombardeamentos israelitas e dos combates, incluindo quase 8.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa, controlada pelo movimento islamito palestiniano Hamas desde 2007.

O ataque do Hamas em solo israelita causou 1.140 mortos, de acordo com os últimos números fornecidos pelas autoridades israelitas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de dezembro

  • ECO
  • 18 Dezembro 2023

Ao longo desta segunda-feira, 18 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2023

Esta segunda-feira, destaca-se o regresso do BCP ao índice STOXX Europe 600, bem como uma nova descida dos preços dos combustíveis e a deslocação de António Costa a Moçambique e Angola.

A semana começa com o regresso do BCP ao índice que reúne as 600 maiores empresas da Europa e com um presente de Natal antecipada para os portugueses: os preços dos combustíveis voltam a descer. Mas esta segunda-feira há também dados do Eurostat sobre as vagas de emprego, uma visita do primeiro-ministro demissionário a dois países africanos e a apresentação de uma nova estratégia para territórios inteligentes.

Nova descida do preço dos combustíveis

A partir desta segunda-feira, quando for abastecer, o litro de gasóleo estará dois cêntimos mais barato, enquanto a gasolina baixa 1,5 cêntimos por litro. É a oitava semana consecutiva de queda dos preços dos combustíveis em Portugal, sendo que o preço do diesel já desceu 17 cêntimos e o da gasolina 14,7 cêntimos neste período.

BCP (re)entra no índice Stoxx 600

O Millenium bcp está de volta ao índice STOXX Europe 600, onde estão cotadas as 600 principais empresas europeias. O banco português tinha saído do índice em 2016, regressou em 2018 e voltou a sair um ano depois. Nesta segunda reentrada, o peso das ações do Banco Comercial Português no STOXX 600 será de 0,03%, juntando-se a três outras companhias portuguesas: a EDP (que pesa 0,11%), a Galp (0,07%) e a Jerónimo Martins (0,05%).

Costa em Moçambique e Angola

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se na manhã desta segunda-feira com o Presidente angolano, em Luanda. À tarde, é recebido no Palácio Presidencial pelo chefe de Estado moçambicano, em Maputo, antes de fazer uma visita de Natal às tropas portuguesas em Moçambique. A deslocação inclui uma visita ao armazém do comando da Marinha de Guerra de Moçambique.

Como evoluem as vagas de emprego na UE?

O Eurostat publica dados relativos ao número de vagas de emprego no terceiro trimestre deste ano. O período de abril a junho registou uma quebra dos empregos disponíveis tanto na União Europeia (UE), como na Zona Euro, mas quatro países contrariaram essa tendência. Um deles foi Portugal, onde se verificou uma taxa de empregos disponíveis de 1,5%, abaixo da média comunitária e da área da moeda única, mas acima do valor do trimestre anterior (+0,1 pontos percentuais).

Apresentação da estratégia para os Territórios Inteligentes

Esta segunda-feira decorre a apresentação pública da primeira Estratégia Nacional para os Territórios Inteligentes, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. Esta estratégia, aprovada em novembro pelo Conselho de Ministros, será financiada com 60 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e prevê que os municípios implementem soluções tecnológicas para recolha e tratamento de dados em áreas como a gestão de resíduos, consumo de água ou energia ou mobilidade urbana.

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Há países europeus que vão aumentar em 20% salário mínimo em janeiro

Salário mínimo em Portugal vai registar "maior subida de sempre" em janeiro. Com um aumento de 7,9% chegará aos 820 euros. Nos demais países europeus, planeiam-se reforços entre 1% até 21%.

Janeiro será sinónimo do “maior aumento alguma vez ocorrido” do salário mínimo português. Em causa está um salto de 7,9% para 820 euros. Entre os demais países europeus, há quem esteja a planear reforços menores — em França, a retribuição mínima deverá avançar pouco mais de 1% –, mas também quem já tenha anunciado disparos em torno de 20%, nomeadamente a Polónia e a Bulgária.

Depois de em outubro do ano passado ter assinado um acordo na Concertação Social que previa uma subida do salário mínimo nacional para 810 euros em 2024, o Governo de António Costa veio mostrar abertura para ir mais longe.

Resultado: em outubro deste ano, esse acordo foi revisto e, afinal, o salário mínimo nacional subirá dos atuais 760 para 820 euros, um salto de 60 euros, o equivalente a 7,9%.

É o maior aumento anual do salário mínimo alguma vez ocorrido“, realçou o primeiro-ministro. Também a ministra do Trabalho tem feito questão de destacar a expressividade dessa subida, tendo, entretanto, acrescentado numa audição Parlamentar que, apesar da trajetória ascendente da retribuição mínima garantida, o número de trabalhadores abrangidos por ela está em mínimos de sete anos.

Nos demais países europeus, janeiro promete igualmente trazer aumentos da retribuição mínima garantida, mas as subidas anunciadas variam (e muito) entre si.

Por exemplo, em França, onde o salário mínimo é atualmente de 1.747,2 euros (ou 1.497,6 euros a 14 meses, se quisermos comparar com o valor praticado em Portugal), está previsto um aumento de 1,1% para janeiro, passando para 1.766,92 euros (ou 1.514,5 euros a 14 meses).

Esta atualização, convém explicar, é determinada pela evolução dos preços. É um salto bem menos acentuado que o português, mas importa notar que o salário mínimo francês é, segundo o Eurostat, o sexto mais elevado do Velho Continente, enquanto o praticado por cá aparece bem mais abaixo na tabela europeia (em 11.º lugar).

Também na Alemanha, apesar da recessão económica, o salário mínimo vai aumentar em janeiro. Segundo o Ministério do Trabalho germânico, a subida será de 41 cêntimos por hora, passando de 12 euros para 12,41 euros, é o correspondente a um aumento de 3,4%. E no verão, será aplicado um reforço idêntico (isto é, o salário mínimo subirá mais 41 cêntimos).

A calculadora disponibilizada pelo Governo alemão permite perceber que, em termos mensais, o salário mínimo passará de 2.080 euros para 2.151 euros em janeiro, sendo que “não são esperados efeitos negativos no emprego”, uma vez que, nos últimos anos, as empresas têm sido capazes de se adaptar aos aumentos da retribuição mínima.

O salário mínimo é uma ferramenta relativamente recente na Alemanha. Foi introduzido só em 2015, como forma de proteger os trabalhadores face aos baixos salários, de evitar concorrência desleal, mas também de estabilizar o sistema da Segurança Social, enumera o Governo desse país. Entre os vários países europeus, o salário mínimo alemão é o segundo mais elevado.

Espanha a caminho dos 1.123 euros mínimos mensais

Notas Euros depósitos Dinheiro

Entre os dez salários mínimos mais elevados da Europa, está também o espanhol, que deverá igualmente subir no próximo ano. Hoje a retribuição mínima garantida praticada em Espanha está em 1.080 euros (a 14 meses) e o Governo propôs que suba para 1.123 euros.

O Ministério do Trabalho espanhol está, assim, a defender um aumento de 4%, que é superior ao sugerido pelas confederações patronais (3%). Por enquanto, ainda não foi possível fechar um acordo em torno do salário mínimo em Espanha, de acordo com a imprensa desse país.

Já na Grécia, com base nos dados económicos já conhecidos, está previsto um aumento de cerca de 5% do salário mínimo nacional, de 780 euros (a 14 meses) para 820 euros.

A Grécia estava 20 euros à frente de Portugal, mas deverá agora ficar alinhada. O Governo grego definiu como meta chegar a um salário mínimo de 950 euros até 2027. Por cá, o Governo de António Costa tinha estabelecido o objetivo de atingir, pelo menos, os 900 euros até 2026, mas a queda do Executivo colocou em causa essa trajetória. O destino do salário mínimo está agora nas mãos do Governo que sair das eleições de 10 de março.

Por outro lado, na Lituânia (país que esteve imediatamente abaixo de Portugal ao longo de 2023), o salário mínimo nacional subirá 10% de 720 euros (14 meses) para 792 euros. É um aumento superior ao português, mas o salário mínimo lituano continuará abaixo do luso.

Polónia reforça salário mínimo em mais de 21%

Entre os países europeus onde o salário mínimo é tradicionalmente mais baixo, o próximo ano trará aumentos significativos, isto é, em torno de 20%.

É o caso da Bulgária. Segundo o Eurostat, este foi o país com o salário mais baixo de 2023 (cerca de 342 euros a 14 meses). Já em 2024, vai avançar com um aumento de 19,6% para cerca de 409 euros. Segundo o Governo búlgaro, o objetivo é reduzir a pobreza no trabalho e a desigualdade de rendimentos.

Também a Croácia tem previsto um aumento de 20% do salário mínimo nacional, de 600 euros (a 14 meses) para 720 euros. Este ano, a Croácia ocupou o 16.º lugar da tabela dos salários mínimos europeus.

Pouco acima nessa tabela, a Polónia planeia subir em 21,5% o seu salário mínimo nacional em janeiro, passando-o de 695,2 euros (a 14 meses) para cerca de 844 euros. Em termos absolutos, é um salto de 149 euros, que colocará a Polónia acima de Portugal.

A propósito, apesar de o salário mínimo fixado em Portugal estar hoje em 760 euros e em janeiro em 820 euros, há várias empresas que determinam internamente limites mais generosos. No IKEA, o mínimo são mil euros. E na têxtil Riopele, o salário mais baixo será de 840 euros, a partir do próximo mês.

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Goparity lança campanha de crowdlending para Café Joyeux para obter 10 mil euros

Campanha visa apoiar desenvolvimento da loja online da rede de cafés inclusivos que já dá emprego a 30 pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento.

A Goparity está à procura investidores para apoiar o desenvolvimento da loja online do Café Joyeux, rede de cafés-restaurantes inclusivos. Através da campanha de crowdlending quer obter 10 mil euros de financiamento.

“A inclusão da diferença intelectual na nossa sociedade é urgente e não pode ser deixada para segundo plano. É um prazer podermos ter uma pequena marca no Café Joyeux e abrir as portas para que a nossa comunidade de investimento consiga ver que projetos com maior impacto social também podem ser negócios fortes”, diz Nuno Brito Jorge, fundador e CEO da Goparity, citado em comunicado.

O Café Joyeux, rede com já quatro cafés-restaurante inclusivos que dá emprego a 30 colaboradores com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento, criou, recentemente, a loja online Joyeux.pt para ajudar a garantir a sustentabilidade financeira do projeto. A campanha com a Goparity tem como objetivo angariar 10 mil euros através de crowdlending para investir no seu desenvolvimento e divulgação.

Qualquer pessoa pode investir neste projeto através da plataforma com o mínimo de cinco euros, que renderão juros anuais de 4,85%, pagos mensalmente durante dois anos”, informa a Goparity, em comunicado.

“Como qualquer empresa necessita de investimento para crescer e se tornar rentável, também o Café Joyeux, no seio da Associação VilacomVida, necessita desta aposta para que a sua rentabilidade possa ajudar a criar mais postos de trabalho para estas pessoas incríveis que queremos formar e empregar na comunidade. É para nós um privilégio podermos contar com o olhar atento e responsável da comunidade de investidores sociais que a Goparity é capaz de mobilizar, com os projetos de qualidade que propõe. Do nosso lado, fica o total compromisso de fazer render, em impacto, cada cêntimo que será investido neste projeto”, afirma Filipa Pinto Coelho, CEO do Café Joyeux, citada em comunicado.

Em Portugal, existem mais de 12 mil pessoas com Síndrome de Down/Trissomia 21 e mais de 2.300 famílias têm uma ou mais crianças diagnosticadas com autismo.

Em novembro, a Goparity atingiu a meta dos 30 milhões de euros investidos por mais de 35 mil membros registados, tendo os projetos financiados através da plataforma impactado positivamente cerca de 89 mil pessoas, criando quase 5 mil postos de trabalho e contribuído para evitar a emissão anual de 25 mil toneladas de emissões de CO2, segundo os dados divulgados pela empresa.

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Geração de políticos com 40 anos que despontaram em 2023 e irão marcar a agenda nacional em 2024

  • Servimedia
  • 18 Dezembro 2023

São as mulheres mais bem-sucedidas, com potencial e liderança da política espanhola. Esta geração já completou 40 anos e está a encerrar o ano político de 2023 ocupando cargos de grande relevância.

Elas irão definir as decisões do governo e a agenda do ano que se inicia.

Pilar Alegría, 46 anos. Ministra da Educação, Formação Profissional e Desporto e porta-voz do governo (PSOE). Natural de Saragoça, nascida em La Zaida, formou-se em Ensino e Educação Primária na Universidade de Saragoça e possui mestrado em Estudos Avançados em Educação Social. Ela ingressou no governo em 2021 como ministra da Educação, para dar continuidade à reforma iniciada pela sua antecessora, Isabel Celaá. Em 2023, ela renovou seu cargo à frente do ministério da Educação e Formação Profissional, que nesta legislatura também engloba as competências de Desporto. Uma responsabilidade que ela terá que conciliar com sua recente nomeação como porta-voz do governo.

Alegría fez quase tudo na política: foi conselheira de Inovação, Pesquisa e Universidades no governo de Aragão; em 2018, entrou para a política local ao vencer as eleições para a prefeitura (não pôde governar devido a um pacto da direita); posteriormente, atuou como porta-voz do grupo socialista na prefeitura até fevereiro de 2020, quando foi nomeada Delegada do Governo, cargo que ocupou até julho de 2021, quando se tornou ministra.

Mónica García, 49 anos. Ministra da Saúde (Más Madrid). Com apenas oito anos de trajetória política, essa médica anestesista nascida em Madrid é a nova ministra da Saúde do governo espanhol. Seu ativismo através do movimento chamado Marea Blanca, como porta-voz da Associação de Médicos Especialistas de Madri (AFEM), a levou à política ao se juntar ao Podemos, sendo deputada na X legislatura da Assembleia de Madrid no grupo parlamentar roxo.

Quatro anos depois, quando Íñigo Errejón e Manuela Carmena impulsionaram o Mais Madrid, García deixou as fileiras de Pablo Iglesias e integrou-se ao seu projeto. Ela foi porta-voz do Mais Madrid na assembleia madrilenha, onde exerceu um trabalho de grande oposição às políticas de Isabel Díaz Ayuso, com quem disputou a candidatura à presidência da Comunidade de Madrid nas eleições regionais de maio de 2023. Em 2022, ela publicou o livro “Política sem anestesia”, onde narra como passou do seu trabalho como profissional de saúde para a arena política.

Marga Prohens, 41 anos. Presidente de Baleares (PP). Natural de Campos, Mallorca, Margarida Prohens é atualmente a presidente das Ilhas Baleares e lidera o Partido Popular na região. Uma mulher que irrompeu com força na política, tanto nas Ilhas Baleares quanto no cenário nacional, consolidando sua presença por quase uma legislatura completa no Congresso dos Deputados. Um período em que se destacou como porta-voz do Partido Popular em assuntos de igualdade, sendo um pilar fundamental na dura oposição às políticas da então ministra do ramo, Irene Montero, do Podemos.

A sua ascensão política alcançou seu ponto culminante nas últimas eleições regionais, onde conseguiu tirar a presidência da Comunidade balear de Francina Armengol, do PSOE, garantindo estrategicamente o apoio do Vox para sua posse sem que entrasse no governo. Atualmente, como presidente das Ilhas, ela realiza uma ação de governo centrada na gestão, moderação e defesa da liberdade individual. Com uma combinação única de experiência, habilidades e compromisso com seus princípios, Margalida Prohens se destaca como uma líder política em ascensão, desempenhando um papel crucial na configuração do futuro político das Ilhas Baleares e deixando sua marca na cena nacional.

Isabel Rodríguez, 42 anos. Ministra de Habitação e Agenda Urbana (PSOE). Nasceu em Abenójar (Ciudad Real) e formou-se em Direito pela Universidade de Castilla-La Mancha. Ela tem sido uma mulher com uma carreira meteórica. Em 2004, foi nomeada senadora, com apenas 23 anos, tornando-se a mulher mais jovem da história da Espanha a ocupar esse cargo.

Ao longo de sua trajetória profissional, ela foi diretora-geral da Juventude e porta-voz do Governo Regional de Castilla-La Mancha, deputada nacional pela província de Ciudad Real e prefeita de Puertollano. Em julho de 2021, Pedro Sánchez a nomeou ministra da Política Territorial e porta-voz do governo, e após as eleições gerais de 23 de junho de 2023, ela se tornou a nova ministra da Habitação e Agenda Urbana.

Isabel Díaz Ayuso, 45 anos. Presidenta da Comunidade de Madrid (PP), uma jornalista e especialista em comunicação nascida no bairro de Chamberí (Madrid), que se destaca na política nacional pelo seu estilo próprio. Presidenta da Comunidade de Madrid e do Partido Popular nesta região, ela começou sua trajetória política na Juventude do partido, filiando-se ao PP em 2003. A sua ascensão foi notória e, em 2011, assumiu o cargo de deputada na Assembleia de Madrid. Durante seu mandato, se destacou como porta-voz de Economia e Emprego, consolidando sua reputação como defensora de políticas económicas liberais.

Após as eleições regionais de 2019, Díaz Ayuso foi nomeada presidenta da Comunidade de Madrid, liderando um governo de coalizão com o partido Ciudadanos. Durante a pandemia de Covid-19, sua gestão marcou um estilo próprio, defendendo políticas de abertura económica e questionando as restrições. Ayuso posteriormente revalidou seu cargo em duas ocasiões, a última delas em 23 de julho, recebendo um histórico 44,3% dos votos e a maioria absoluta para governar sozinha. A sua maneira de exercer a política e o governo da Comunidade têm gerado debates contínuos. Com um estilo direto e uma visão clara, Isabel Díaz Ayuso continua desafiando o status quo com seus constantes desafios ao partido no governo.

Elma Sáinz, 48 anos. Ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações (PSOE). Nascida em Pamplona, ela é formada em Direito e especialista em Consultoria Fiscal pela Universidade de Navarra. Iniciou sua trajetória profissional em fevereiro de 1999 como sócia-diretora da Consultoria Jurídico-Tributária, IMEL. Mulher muito ativa na política, foi parlamentar do Partido Socialista de Navarra e ocupou o cargo de delegada do governo da Espanha em Navarra de 2008 a 2012, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo na Comunidade Foral e a pessoa mais jovem a desempenhá-lo até então. Além disso, foi diretora do Instituto Navarro para a Igualdade e Família e vereadora na prefeitura de Pamplona.

Nas eleições municipais de maio de 2019, foi candidata do PSN à prefeitura. Durante a legislatura anterior, ocupou o cargo de conselheira de Economia e Finanças no Governo de Navarra, ganhando a confiança do secretário de Organização do PSOE e líder do PSN, Santos Cerdán. A sua contribuição para o setor empresarial também foi significativa, ocupando a presidência da Associação de Trabalhadoras Autónomas e Empreendedoras de Navarra, bem como um cargo de vocal na executiva do sindicato UGT. Destaca-se seu compromisso com a igualdade de género. Em 2006, Sáinz co-fundou a associação ‘Ahora ellas’ junto com outras companheiras socialistas, com o objetivo de avançar na igualdade real entre homens e mulheres.

María Guardiola Martín, 45 anos. Presidenta da Junta da Estremadura (PP). É presidenta da Junta da Estremadura desde 17 de julho de 2023 e do Partido Popular da Estremadura desde 16 de julho de 2022. Nasceu em Cáceres e estudou na escola de Santa Cecília na sua cidade, formando-se em Administração e Direção de Empresas na Universidade da Estremadura, obtendo o melhor histórico académico da sua turma. De 2011 a 2015, foi secretária-geral de Economia e Finanças e secretária-geral de Ciência e Tecnologia da Junta da Estremadura.

Após esse período, María ingressou na política local como vereadora da prefeitura de Cáceres. Em 2022, foi eleita por unanimidade presidenta do Partido Popular da Estremadura, formalizando assim sua candidatura para governar sua região, objetivo que conseguiu apenas um ano depois, nas eleições regionais de 28 de maio de 2023, tornando-se assim a primeira mulher presidenta da região.

Diana Morant, 43 anos. Ministra da Ciência, Inovações e Universidades (PSOE). É engenheira de telecomunicações formada pela Universidade Politécnica de Valência e ministra da Ciência e Inovação desde 2021. Nesta legislatura, ela repete a pasta, somando também a Universidades. Morant começou sua trajetória em 2014, como secretária-geral do Partido Socialista do País Valenciano em Gandía, sua cidade natal.

Ela também foi responsável por Comunidades e municipalismo na região de Valência por dois anos e, em 2015, foi eleita presidente de Gandía até que, em 2021, Pedro Sánchez a convocou para ser ministra da Ciência e Inovação, substituindo o astronauta Pedro Luque. Entre suas realizações está a gestão do maior orçamento da história de P&D e a aprovação de uma reforma da Lei da Ciência sem votos contrários.

María Chivite, 45 anos. Presidenta do Governo de Navarra (PSOE). María Chivite Navascués é uma socióloga e política espanhola nascida em Cintruénigo, Navarra. Atualmente, é presidenta do governo da comunidade foral, reeleita graças à abstenção da Bildu. Ela começou na política se filiando às Juventudes Socialistas em 1998. A sua primeira responsabilidade como cargo público foi em 2003 como vereadora na prefeitura de Cintruénigo e, em 2007, foi eleita parlamentar regional, ocupando nessa legislatura a porta-voz da Comissão de Saúde.

Em 2011, ela assumiu seu cargo como senadora e, em setembro de 2014, foi nomeada porta-voz do Grupo Socialista do Senado, recebendo naquele ano o prémio “senadora revelação”. Na legislatura 2015-2019, voltou ao Parlamento de Navarra liderando a lista do PSN-PSOE e liderando, na oposição, o trabalho do Grupo Parlamentar Socialista. Em agosto de 2019, foi nomeada presidenta da Comunidade Foral de Navarra, cargo que ocupou na legislatura passada e que revalidou em agosto de 2023.

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Há grandes projetos de investimento de três mil milhões a concorrer a apoio de 150 milhões

“Temos 3.042 milhões de euros em projetos de investimento inscritos no Registo de Pedido de Auxílio", diz ao ECO fonte oficial da Aicep. Grande empresas concorrem para apoio de 150 milhões.

Há já mais de três mil milhões de euros em projetos de investimento inscritos no Registo de Pedido de Auxílio (RPA), o novo mecanismo de apoio às grandes empresas que ficaram de fora do Portugal 2030, que tem uma dotação anual de 150 milhões de euros. Um montante que mais do que quintuplicou em dois meses e meio.

Neste momento temos 3.042 milhões de euros em projetos de investimento inscritos no Registo de Pedido de Auxílio (RPA) no âmbito do Regime Contratual de Investimento (RCI), para projetos de Inovação Produtiva ou de Aceleração de Investimentos Estratégicos”, avançou ao ECO fonte oficial da Aicep, a entidade responsável por contratualizar estes apoios para projetos de inovação produtiva e investigação e desenvolvimento de empresas com mais de 250 trabalhadores.

Segundo o presidente da Aicep, Filipe Santos Costa, no final de setembro, Portugal tinha 44 manifestações de interesse de investimento por parte de grandes empresas, num potencial de 32,3 mil milhões de euros. Sendo que já oito empresas tinham feito o registo de pedido de auxílio, cujos projetos ascendiam a 469 milhões de euros. Na atualização dos dados pedida pelo ECO, a AICEP não avançou o número de empresas que fizeram o registo de pedido de auxílio, apenas o montante em questão.

“Esta é uma pré-candidatura a incentivos, que assinala um sólido interesse e compromisso destas empresas em desenvolver investimento em Portugal, devendo as empresas formalizar as candidaturas”, recorda fonte oficial da Aicep. E já o podem fazer desde dia 2 de novembro data em que foram disponibilizados os formulários para as empresas poderem concorrer.

Filipe Santos Costa revelou no final de setembro que “o primeiro projeto a fazer o registo foi de veículos elétricos e no dia seguinte encomendou a máquina”, um investimento de 40 milhões de euros. Entre os pedidos de registo estava também o de uma empresa de semicondutores que ascende a 110 milhões de euros.

Este apoio anual de 150 milhões de euros – o de 2024 já está garantido após a resolução aprovada no Conselho de Ministros de 7 de dezembro – é financiado com verbas do Orçamento do Estado, dos reembolsos e recuperações de verbas de quadros comunitários anteriores, já encerrados e com os reembolsos provenientes de operações financiadas ao abrigo deste novo sistema de incentivos, que serão exclusivamente afetos ao reforço da sua dotação.

A decisão de criar este sistema de incentivos foi a forma encontrada pelo Executivo para “dar continuidade do apoio ao investimento, ao emprego e à atividade económica das grandes empresas. O objetivo foi reforçar o investimento empresarial e promover uma maior eficácia dos processos produtivos, aumentar as exportações de bens e serviços para que atinjam 53% do PIB na segunda metade desta década, aumentar a despesa total em investigação e desenvolvimento (I&D) para 3% do PIB, melhorar a atratividade de Portugal enquanto destino para o IDE, catalisar o novo investimento estruturante (greenfield e reinvestimento), em particular IDE, incluindo da diáspora.

Apesar de as grandes empresas só poderem aceder às verbas do Portugal 2030 se for em atividades de I&D e de Inovação, e em co-promoção com PME, as grandes empresas assumem no panorama económico nacional um papel muito importante – entre 2017 e 2021 representaram 40% do Valor Acrescentado Bruto gerado no país –, tendo em conta a sua maior capacidade de acesso a mercados internacionais mas também o efeito de arrastamento que têm de outros investimentos.

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Futuro megaprojeto de aço verde em Sines quer arrancar produção em 2028

O projeto, que foi um dos 17 que manifestou interesse em ligar-se à rede em Sines, aguarda resposta para arrancar com a primeira fase do investimento, que deverá rondar os 2,4 milhões de euros.

Apesar da instabilidade política e de os projetos ligados ao hidrogénio estarem debaixo do olho da Justiça, o CEO da H2 Green Steel mantém confiança no potencial de Portugal vir a acolher a segunda unidade de aço e hidrogénio verde da empresa, em Sines, tendo marcado no calendário o arranque da produção para o final de 2028.

A decisão de avançar com o investimento não é, contudo, definitiva. O investimento da startup sueca foi um dos 17 projetos que manifestou interesse, no passado mês de novembro, em conectar-se à rede de Sines, estando agora à espera de “luz verde” da RESP (rede elétrica de serviço público, operada pela REN) para poder avançar.

“Ainda não foi feito um anúncio final sobre a atribuição de capacidade de rede. Se o projeto receber uma resposta positiva, procederemos ao desenvolvimento de todos os aspetos necessários para um projeto bem sucedido. Um aspeto importante é assegurar o êxito do pedido de autorização”, explica a empresa ao Capital Verde. Caso a empresa desista de avançar com o investimento em Portugal, a H2 Green Steel deverá realocar a aposta para Espanha.

Formada há quase três anos, a H2 Green Steel é uma startup especializada na produção de “aço verde”, através da descarbornização do processo de transformação do minério de ferro. O hidrogénio verde é um dos elementos desse processo. A indústria do aço é uma das mais poluentes, sendo responsável por 8% das emissões de dióxido de carbono mundiais.

Assim que surja a “luz verde” da RESP, a primeira fase do investimento para a arrancar com a produção de aço “verde” vai custar à H2 Green Steel 2,4 milhões de euros. A ideia será inaugurar uma central de hidrogénio “verde” de grande escala — com uma potência de cerca de 1 gigawatt — que recorra a eletrolisadores, alimentados com cerca de oito terawatts de eletricidade “verde” por ano e água, para produzir cerca de 100.000 toneladas de hidrogénio verde por ano.

Este gás será utilizado para processar três milhões de toneladas por ano de pellets de minério de ferro num reator DRI (direct reduction iron) que resultará, por sua vez, em 2,1 milhões de toneladas por ano de hot briquetted iron, considerado um ferro premium.

O modelo não será novo. Na verdade, em 2025, a startup sueca, avaliada em 60 mil milhões de euros, vai arrancar a produção de aço “verde” no país de origem e a expectativa é que consiga cobrir até 4% de todo o mercado de aço na Europa.

“Este ferro [produzido em Portugal] seria exportado principalmente para a União Europeia para que as siderurgias existentes o possam utilizar para descarbonizar os seus atuais processos de aço “castanho”, isto é, produzido com combustíveis fósseis, detalha a H2 Green Steel.

O investimento para a fase 1 seria de cerca de 2,4 milhões de euros e o início da produção dar-se-ia no final de 2028″, revelam.

Tal como o ECO/Capital Verde já tinha adiantando, o total do investimento deverá rondar os 2,3 mil milhões de euros no entanto, está previsto um reforço adicional de 600 milhões de euros para a construção e instalação de centrais solares que servirão para alimentar a unidade de produção.

A fábrica deverá levar quatro anos a ser construída, o que sugere que a intenção da H2 Green Steel é de lançar a primeira pedra já entre 2024 e 2025. Só para a fase de construção da fábrica, a startup sueca estima que sejam precisos 4.000 trabalhadores. Em 2028, na data que se prevê que a unidade já esteja operacional, deverão ser criados 400 postos de trabalho diretos e cerca de 2.000 empregos indiretos.

O CEO, Henrik Henriksson, esteve presente na edição deste ano da Web Summit, onde detalhou que embora o aço verde seja 25% mais caro do que o aço tradicional, emite menos 95% de dióxido de carbono durante a produção. “Esse é o tipo de resultados que queremos alcançar”, sublinhou, referindo ainda, a título de exemplo, que a indústria automóvel poderá ser um dos principais beneficiados deste material.

Suecos acompanham “de perto” Operação Influencer

Além de aguardar resposta à manifestação de interesse, os suecos dizem estar a acompanhar o processo judicial no âmbito da Operação Influencer, que se debruça sobre investimentos em Sines ligados à produção de hidrogénio.

A estabilidade política é sempre preferível“, dizem ao Capital Verde. E, embora garantam que a H2 Green Steel não foi, nem deverá vir a ser, “implicada em nada” relacionado com o caso, a empresa diz estar “naturalmente, a acompanhar de perto estes assuntos sérios”.

Tal como Henriksson revelou durante a sua intervenção na Web Summit, o interesse por Portugal prende-se com as boas condições regulatórias e de produção de energia renovável, assim como o talento. E, em Sines, indica a empresa ao Capital Verde, está assegurado “tudo aquilo” que necessitam.

Portugal está estrategicamente localizado para a produção em larga escala de eletricidade renovável a um custo competitivo, proporcionando vantagens logísticas para o transporte de ferro verde para a indústria siderúrgica na Europa”, acrescenta a empresa, sublinhando que essas condições são “fundamentais” e “fazem de Portugal um local atrativo para investimentos em hidrogénio verde”.

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BCP regressa hoje à “montra de luxo” da bolsa europeia

Banco volta a integrar o índice de referência europeu Stoxx 600 a partir desta segunda-feira. "É uma montra de luxo" e vai ter "impacto imediato" nas ações, adiantam os analistas ouvidos pelo ECO.

Apresentação dos resultados do 1S 2023 do Millennium BCP - 27JUL23
CEO do BCP, Miguel Maya, durante a apresentação dos resultados do banco.Hugo Amaral/ECO

“É como se entrasse numa montra de luxo”, atira Carla Maia Santos, analista de mercados da Forste, sobre o regresso do BCP ao índice Stoxx 600.

O banco liderado por Miguel Maya volta esta segunda-feira ao grande palco da bolsa europeia, depois de quatro anos de ausência. A reentrada será positiva para o título que já duplicou de valor este ano, de acordo com os analistas ouvidos pelo ECO.

Permitirá ao BCP BCP 1,05% entrar no radar de um maior grupo de investidores, particulares e institucionais, enquanto passa a fazer parte de produtos de gestão passiva que replicam os índices, os ETFs, ou em fundos de índices.

“Qualquer produto que esteja numa montra tem mais probabilidade de ser comprado porque tem mais visibilidade, do que o produto que está guardado dentro da loja”, acrescenta a responsável da Forste.

O impacto inicial para as ações do banco deverá ser “imediato”, completa Henrique Tomé, analista da XTB Portugal.

Não só “os fundos com exposição ao Euro Stoxx são obrigados a comprar também ações do BCP”, mas o banco também vai beneficiar do facto de “deixar de ficar limitado ao mercado nacional, passando a ser cotado numa bolsa de valores muito maior”, frisa o analista.

O que torna Stoxx Europe 600 relevante para a carteira de um investidor? Permite uma exposição às principais economias europeias, incluindo Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Suíça e Espanha, e uma alocação diversificada no que diz respeito a indústrias e à dimensão das empresas, desde grandes companhias a mid e small-caps.

BCP sobe 100% em 2023

Margem para subir após valorização de 100%?

No Stoxx 600, o BCP irá encontrar a EDP, a Galp e a Jerónimo Martins, embora com pesos diferentes em função do seu valor em bolsa. O banco irá ter um peso de 0,03% no índice de referência, que compara com os 0,11% da elétrica, 0,07% da petrolífera e 0,05% da retalhista. A cotada com maior peso é a Nestlé: 3%.

O regresso do BCP surge depois de ter duplicado o seu valor em bolsa este ano, à boleia da subida das taxas de juro e dos bons resultados (ainda que as notícias vindas da Polónia continuem a pesar no título). Até setembro, lucrou 650,7 milhões, sete vezes mais do que no mesmo período de 2022, e prepara o maior dividendo em muito tempo.

A ação fechou a última sessão nos 0,2808 euros, o que confere à instituição financeira uma capitalização bolsista de 4,3 mil milhões de euros na passada sexta-feira.

Pode continuar a subir? “Apesar das fortes valorizações registadas este ano, há espaço para novas subidas”, refere Henrique Tomé.

Enquanto os bancos espanhóis negoceiam quase sem desconto em relação ao seu valor contabilístico, o BCP transaciona a 74% do seu book value. Se a reentrada no Stoxx 600 pode ajudar a diminuir o gap, há mais fatores.

É preciso “perceber se a manutenção de taxas de juro altas poderá levar a incumprimentos no pagamento dos créditos, que coloquem o setor bancário em xeque”, responde Carla Maia Santos sobre o potencial de valorização do único banco português cotado em bolsa.

“O melhor cenário para o BCP será um equilíbrio entre taxas de juro altas e capacidade de cumprimento por parte dos clientes, sem se entrar em recessão e a manutenção na montra de ações Stoxx 600”, atira.

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