Portugueses estimam gastar em média 356 euros este Natal, menos que no ano passado

Entre os portugueses que dizem que vão gastar mais em compras de Natal do que no ano passado, 52% referem que essa subida se deve ao aumento generalizado dos produtos.

Este Natal os portugueses estimam gastar, em média, 356 euros em compras. É uma diminuição de 5,5% face a 2022, em que os consumidores previam gastar 377 euros. Os dados são avançados no 15º estudo “Compras de Natal”, realizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) e que inquiriu 560 indivíduos.

O comportamento dos consumidores parece estar mais retraído este ano. Segundo a análise do IPAM, 60% dos portugueses dizm que vão gastar menos que no ano passado e 27% estimam gastar o mesmo. Vários dos inquiridos alteraram ainda os hábitos de consumo, com 40,8% a afirmarem ter reduzido os custos com compras de Natal e 36,7% a dizerem que vão diminuir o número de pessoas às quais compram prenda de Natal.

As reduções nas compras de Natal verificam-se sobretudo no que diz respeito às ornamentações de Natal (86%), aos presentes para adultos (81%), aos produtos alimentares específicos da época (33%) e aos presentes para crianças (23%).

Já entre aqueles que dizem que vão gastar mais do que no ano passado, 52% referem que essa subida se deve ao aumento generalizado dos produtos.

Nos agregados familiares com filhos (55% dos inquiridos), estes são contemplados na totalidade com presentes de Natal, sendo referido em 60% dos casos a intenção de compra de prendas para o cônjuge, em 59% para os pais, irmãos e outros familiares e em 27% para amigos.

Entre os inquiridos, 23% afirmam que não vão comprar presentes de Natal.

Entre os produtos que mais são comprados para crianças (até aos 12 anos) encontram-se os brinquedos (25%), roupa e sapatos (24,8%) e livros (15,5%), enquanto para adolescentes (entre os 12 e os 18 anos) as principais escolhas recaem sobre roupa e sapatos (37%), jogos eletrónicos (14%) e acessórios (9%). Já para adultos, os presentes de Natal mais oferecidos são roupa e sapatos (24%), acessórios (21%) e chocolates (17%).

Os portugueses continuam a preferir comprar online, com 26% dos consumidores a dizerem que fazem as suas compras de Natal de forma exclusivamente online. Entre a preferência do local para as compras destaca-se depois o centro comercial (19%), a junção entre centros comerciais, comércio de rua e online (15%), a combinação entre centro comercial e comércio de rua (16%) e o comércio de rua (12%).

O mês em que os portugueses mais efetuam as suas compras de Natal é dezembro (73%), sendo que o fator que mais pesa para a realização de compras antecipadas é o de evitar a concentração de pessoas e garantir a entrega atempada de produtos (no caso das compras online).

O estudo do IPAM revela ainda que 79% dos inquiridos recebe o subsídio de Natal nesta altura, sendo que 3% disse não utilizar esse dinheiro para efetuar compras de Natal. Por outro lado, 2% indicou que vai gastar a totalidade do subsídio em compras de Natal. Já um terço dos inquiridos estima gastar entre 11% e 25% e outro terço prevê gastar entre 26% e 50% do subsídio.

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Ritmo de contração da atividade na Zona Euro acelerou em dezembro

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

"Os números pintam um quadro desanimador, uma vez que a economia da zona euro não mostra sinais claros de recuperação. Pelo contrário, está em contração há seis meses consecutivos", diz economista.

O ritmo de contração da atividade na Zona Euro acelerou em dezembro em cadeia, terminando assim um quarto trimestre em que a atividade total caiu ao ritmo mais rápido em 11 anos, com exceção dos meses afetados pela pandemia em 2020.

O avanço do índice de atividade HCOB Eurozone PMI, compilado pela S&P Global – que integra a IHS Markit – e publicado esta sexta-feira, situou-se em 47 pontos em dezembro, abaixo dos 47,6 de novembro e abaixo dos 50 que separam o crescimento da contração.

O setor da indústria transformadora, que caiu pelo nono mês consecutivo, continua a liderar o declínio da atividade na Zona Euro, embora seja acompanhado por uma queda cada vez mais acentuada nos serviços, que já caem há cinco meses.

Os números pintam um quadro desanimador, uma vez que a economia da Zona Euro não mostra sinais claros de recuperação. Pelo contrário, está em contração há seis meses consecutivos”, adverte o economista-chefe do HCOB, Cyrus de la Rubia, que considera que a probabilidade de a Zona Euro entrar em recessão a partir do terceiro trimestre “continua a ser muito elevada”.

De acordo com a S&P Global, o mês de dezembro foi marcado por um novo abrandamento nos setores da indústria transformadora e dos serviços, tendo ambos registado “quedas acentuadas” nas novas encomendas e uma redução das encomendas em carteira.

Esta situação conduziu a um declínio do emprego pelo segundo mês consecutivo, enquanto as empresas reduziram a sua capacidade operacional em consonância com o agravamento da situação da carteira de encomendas e com a persistência de “perspetivas sombrias” para os próximos doze meses.

Entretanto, o índice indica “sinais contraditórios” em matéria de inflação, uma vez que a inflação dos custos dos fatores de produção abrandou, mas a inflação dos preços de venda acelerou, o que, segundo o economista-chefe do HCOB, “sugere que as empresas conseguiram transferir alguns dos aumentos de custos para os clientes”.

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Bruxelas aprova 140 milhões em ajudas de Estado a Portugal para hidrogénio renovável e biometano

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

A ajuda de Estado "assumirá a forma de um prémio variável ao abrigo de um contrato bilateral por diferença celebrado por um período de dez anos", salienta Bruxelas.

A Comissão Europeia aprovou esta sexta-feira ajudas estatais de 140 milhões de euros em Portugal para apoiar a produção de hidrogénio renovável e biometano, a fim de promover a transição para uma economia de emissões líquidas nulas.

O regime, aprovado ao abrigo do Quadro Temporário relativo aos Auxílios Estatais para a Crise e a Transição, está em conformidade com o Plano Industrial do Pacto Ecológico Europeu, segundo um comunicado do executivo comunitário.

A ajuda de Estado “assumirá a forma de um prémio variável ao abrigo de um contrato bilateral por diferença celebrado por um período de dez anos”, salienta Bruxelas.

O auxílio, refere ainda a Comissão, é concedido através de um processo de concurso em que os produtores de hidrogénio renovável e os produtores de biometano concorrem separadamente.

No processo de concurso, os beneficiários são selecionados com base no preço de exercício por megawatts por hora de hidrogénio renovável ou biometano oferecido.

O regime de ajudas cumpre as regras da União Europeia para os auxílios estatais e, por outro lado, inclui salvaguardas que garantem a competitividade do procedimento do concurso.

 

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Volume de negócios das empresas cresceu 22,5% em 2022

Os setores da indústria e da energia foram os que mais contribuíram para o crescimento do volume de negócios entre 2021 e 2022.

O setor empresarial em Portugal acelerou o ritmo de crescimento, em 2022. Segundo os dados do INE, o volume de negócios registou um aumento nominal de 22,5%, face a 2021, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) e o excedente bruto de exploração (EBE) registaram uma subida de 19,9% e 26,1%, respetivamente.

Os setores da Indústria e energia foram os principais responsáveis pelo crescimento do volume de negócios, com um contributo positivo de 8,4 pontos percentuais, seguindo-se o comércio (+6,2 pontos percentuais), adianta o Instituto Nacional de Estatística (INE), num comunicado divulgado esta sexta-feira.

No que se refere ao VAB, os Outros serviços e o Alojamento e restauração registaram os maiores contributos, com um acréscimo de 3,9 pontos percentuais e 3,2 pontos percentuais, respetivamente), enquanto no EBE foram os Serviços financeiros que mais contribuíram para o crescimento observado (+5,5 p.p.).

O pessoal ao serviço e os gastos com o pessoal também mostraram um aumento face a 2021, de 5,8% e 12,6%, respetivamente (+2,3% e +8,9% em 2021).

Número de empresas volta a aumentar

O setor empresarial português fechou o ano com 1.453.728 empresas em atividade (+7% face a 2021), das quais 65,8% eram empresas individuais e 34,2% sociedades. Face a 2021, verificou-se um aumento de 8,4% das empresas individuais e 4,2% das sociedades, acrescenta o INE.

Destas empresas, 488.807 eram sociedades não financeiras e registaram crescimentos de 5,2% no pessoal ao serviço, 24,1% no volume de negócios, 18,6% no VAB e 24,2% no EBE.

As empresas de maior dimensão lideraram o crescimento na maioria das variáveis económicas, à exceção do VAB, onde as Pequenas e Médias Empresas (PME) se distinguiram com um crescimento ligeiramente superior.

Outra área onde foram observadas melhorias foi na produtividade aparente do trabalho, que atingiu quase 35 mil euros por pessoa, enquanto a remuneração média anual ascendeu a 17,3 mil euros por pessoa.

Quanto às empresas com perfil exportador, o ano fechou com 30.742 sociedades, mais 8,9% do que em 2021, correspondendo a 6,3% do total de sociedades não financeiras.

Regresso a níveis pré-pandemia

Segundo o INE, “as sociedades não financeiras registaram crescimentos superiores no volume de negócios, nos gastos com o pessoal e no EBE face às empresas individuais não financeiras e, por dimensão, as micro, pequenas e médias empresas (PME) evidenciaram maiores crescimentos do pessoal ao serviço e do VAB face às grandes empresas, entre 2021 e 2022. Verificou-se ainda que, para as principais variáveis económicas, as empresas individuais já atingiram em 2022 os valores observados antes da pandemia”.

Para as principais variáveis económicas, as empresas individuais já atingiram em 2022 os valores observados antes da pandemia.

INE

Já as empresas financeiras em Portugal registaram aumentos de 29,4% no VAB e 1,1% no volume de negócios, sendo que o número de empresas neste setor decresceu 2,6%, após um aumento de 10,9% registado no ano anterior, sendo que o número de pessoas ao serviço se manteve num nível semelhante.

O setor do Alojamento e restauração registou uma aceleração acentuada do crescimento do VAB (+90,6%, face a +48,9% em 2021), influenciado pelas atividades Hotéis com restaurante e Restaurantes tipo tradicional, ultrapassando já os níveis pré-pandemia.

O mesmo aconteceu no setor dos Transportes e armazenagem, com taxas de crescimento de 36,3%, um aumento justificado pela atividade dos Transportes aéreos de passageiros. Mesmo assim, a Indústria e energia continuou a ser o setor com maior peso no VAB das sociedades não financeiras (27,9%), registando um crescimento de 10,1% em 2022 (+13,7% no ano anterior), diz o INE.

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PS e PSD disputam correção do IUC que tira 40 milhões às autarquias

Depois dos socialistas terem anunciado que iriam emendar o "lapso" que os próprios aprovaram, os social-democratas entregaram uma proposta para evitar a perda de receita para os municípios.

A guerra entre PS e PSD sobre o Imposto Único de Circulação (IUC) ainda não terminou. Os socialistas cederam e deixaram cair o polémico aumento sobre veículos ligeiros anteriores a 2007, proposto pelo Governo, para não ficarem mal na fotografia no arranque da pré-campanha para as legislativas antecipadas, na sequência da crise política. O problema, que tanta contestação social provocou, parecia sanado, mas os socialistas aperceberam-se, esta semana, que aprovaram, “por lapso”, um corte de 30% na receita para as autarquias, gerado pela tributação daquelas viaturas antigas, o que significa uma perda na ordem dos 40 milhões de euros. Agora, PS e PSD disputam o lugar de quem irá corrigir o erro, com ataques de parte a parte.

Em causa está uma mudança, inscrita no Orçamento do Estado para 2024, na afetação de verbas relativas ao IUC que incide sobre a cilindrada de automóveis com matrícula entre 1981 e junho de 2007 (categoria A) e de motociclos posteriores a 1992 (categoria E). Até agora, os municípios recebem a totalidade da receita gerada com estes veículos. A proposta orçamental, aprovada, reduz essa fatia para 70%.

Depois de os socialistas terem anunciado, esta quinta-feira à tarde, que iriam corrigir a falha, através da apresentação de uma alteração, cujo fórmula ainda está a ser estudada, o PSD já se antecipou e deu entrada nos serviços do Parlamento, na noite desta quinta-feira, um projeto de lei autónomo para evitar que os municípios sejam prejudicados.

“O PSD propõe a correção desta injusta situação, repondo as regras de titularidade da receita do IUC, designadamente a sua correta afetação, atribuindo aos municípios a parte dessas receitas que por direito lhes cabe”, de acordo com a iniciativa legislativa a que o ECO teve acesso.

O PS ainda tentou retificar o “lapso” durante a redação final do Orçamento do Estado, tendo assim evitar novo processo legislativo. Mas o PSD não aceitou. “É ilegal mudar o sentido de voto durante a fixação da redação do Orçamento. Isto é uma vigarice”, indicou ao ECO o deputado social-democrata, Hugo Carneiro.

Para acelerar o processo de votação, de modo a garantir que a iniciativa é viabilizada até 15 de janeiro, data em que a Assembleia da República é dissolvida, o parlamentar explicou que “o PSD vai pedir o consenso de todas as bancadas para que o projeto seja votado sem debate e sem ter de aguardar os 30 dias necessários entre o momento em que entra nos serviços e sobe a plenário”.

“Idealmente, o projeto deveria ser votado na primeira quinzena de janeiro e publicado depois da entrada em vigor do Orçamento do Estado para efetivamente corrigir o artigo do diploma orçamental que retira verbas às autarquias”, salientou o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.

Mas não é certo que os socialistas deem aval a tal consenso para viabilizar a proposta social-democrata. “Este foi um problema que o PSD desencadeou quando não aceitou a correção sugerida pelo PS no âmbito da redação final do Orçamento. E agora quer emendar esse problema com uma iniciativa própria”, criticou o deputado socialista, Miguel Cabrita.

“O PS não se compromete ainda com uma decisão, ainda está a avaliar”, afirmou o também coordenador do PS na Comissão de Orçamento e Finanças. Até porque o PS já tinha anunciado que iria impedir que as autarquias fossem prejudicadas com perda de receita do IUC devendo revelar, no início da próxima semana, o mecanismo para esse efeito.

A bancada do PS vai “integrar a alteração num processo legislativo já em curso no Parlamento como, por exemplo, o projeto de lei que altera o IRC” em vez de optar por um projeto autónomo como o PSD, indicou Miguel Cabrita. “Desta forma, não há necessidade de esperar pelo agendamento da discussão e votação da medida nem esperar pelos 30 dias exigidos”, explicou.

Contudo, e tal como o deputado Hugo Carneiro esclareceu, se os grupos parlamentares aceitarem o pedido do PSD para abdicar de tais prazos, é possível avançar mais rapidamente com o processo. Para além disso, o deputado considera que “não faz sentido colocar a alteração num outro projeto qualquer”. “Precisamos de certeza jurídica e não de habilidades”.

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Patrícia Nunes Coelho vence prémio “Comunicador do Ano” pela APCE

  • + M
  • 15 Dezembro 2023

Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, recebeu o troféu "CEO Comunicador do Ano" e Ricardo Florêncio, CEO do Grupo Multipublicações, o "Prémio Carreira".

Patrícia Nunes Coelho, diretora de marketing da Control Portugal e Espanha, foi eleita “Comunicador do Ano” na 27ª edição do Grande Prémio APCE. Trata-se de uma votação dos associados da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE) e nomeados estavam também António Fuzeta da Ponte (diretor de marca e comunicação da Worten Iberia), Leonor Dias (diretora de Marca da Vodafone Portugal) e Raquel Andrade Neves (diretora de comunicação institucional e corporativa da Altice Portugal).

Ainda nos prémios pessoais, Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, recebeu o troféu “CEO Comunicador do Ano” e Ricardo Florêncio, CEO do Grupo Multipublicações, com o “Prémio Carreira”. José Teixeira, CEO do Grupo DST foi considerado “Líder Inspirador”.

O Grande Prémio APCE, ao qual concorreram empresas, agências de comunicação e instituições nacionais, tem o objetivo de distinguir e reconhecer a excelência e o profissionalismo dos responsáveis de comunicação portugueses. Concorreram a esta edição 58 entidades a operar no mercado nacional.

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BCE vai cortar juros? “Questão não é se vai acontecer, é quando”, diz Centeno

O governador do Banco de Portugal destaca que "atingimos o topo das taxas Euribor no quarto trimestre de 2023", e que a questão agora será quando se dá um corte nas taxas de juro.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro esta quinta-feira e a presidente Christine Lagarde não deu muitas pistas sobre um possível corte, mas o governador do Banco de Portugal aponta que “não é uma questão de “se vai acontecer, é quando”, na apresentação do boletim económico de dezembro.

“Neste momento, o tema que está sobre a mesa e o que é necessário em termos de análise é responder à pergunta: qual é o momento adequado para o primeiro movimento de corte das taxas?”, diz Mário Centeno. Assim, “não é uma questão de se vai acontecer, é quando”, reitera, ressalvando que isto é “num contexto de não haver choques adicionais”.

O governador do banco central salienta ainda que “atingimos o topo das taxas Euribor no quarto trimestre de 2023″, pelo que “as atualizações trimestrais nos contratos em que a Euribor é utilizada a partir de dezembro/janeiro já vão refletir uma ligeira redução”.

O governador francês, Francois Villeroy de Galhau, também já tinha sinalizado que o próximo passo do BCE será um corte nas taxas de juro, mas será “paciente” e guiado por dados e não por mercados ou datas específicas, em declarações citadas pela Bloomberg.

No entanto, apesar de o banco central ter mantido os juros e o mercado perspetivar múltiplos cortes no próximo ano, Centeno alerta que o aperto financeiro vai continuar. Isto já que com a redução da taxa de inflação, a taxa de juro real fica cada vez mais alta.

“Os próximos meses vão assistir a um aumento do aperto das condições financeiras, porque apesar da estabilidade nas taxas diretoras do BCE, com a taxa de inflação cada vez mais reduzida, a taxa de juro real está cada vez mais alta”, admite o governador do Banco de Portugal.

Centeno explica que a situação “se caracteriza de uma forma dual: a previsibilidade sobre não haver mais aumentos da taxa de juro é positiva, mas por outro lado — com o atraso com que a politica monetária impacta a economia, através das condições financeiras — este ciclo curto em que as taxas de juro real vão continuar a aumentar traz aumentos no aperto financeiro nos próximos meses”.

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Clientes terão de ter cartão bancário para fazer pagamentos de serviços a partir de janeiro

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

Os clientes terão de ter obrigatoriamente cartão bancário para fazer pagamentos de serviços nos canais digitais dos bancos a partir de 1 de janeiro de 2024.

Os clientes terão de ter obrigatoriamente cartão bancário para fazer pagamentos de serviços nos canais digitais dos bancos a partir de 01 de janeiro de 2024, segundo as comunicações que os bancos estão a enviar aos seus clientes.

Nas comunicações a que a Lusa teve acesso, os bancos dizem que, por decisão regulamentar, a partir de 01 de janeiro os clientes precisarão de ter um cartão bancário associado à sua conta para poderem fazer operações como pagamento de serviços, pagamentos ao Estado ou carregamentos de telemóveis mesmo nos seus canais digitais (‘homebanking’).

A maioria dos clientes tem cartão bancário, mas podem escolher não ter, mantendo a possibilidade de fazer operações (nomeadamente nos canais digitais). Muitas vezes acontece o mesmo cliente ter duas contas bancárias e em uma dessas não ter cartão bancário.

Contudo, a partir de janeiro para fazer operações Multibanco como pagamento de serviços (em causa não estão operações como transferências, por exemplo) terão de ter sempre um cartão (de débito ou de crédito) associado à conta.

Em geral, ter um cartão implica o pagamento de comissões ao banco pelo cliente. Um cartão de débito custa, em média, cerca de 20 euros anuais.

Esta decisão foi tomada pela SIBS (gestora do Multibanco) que, segundo explicou, alterou as condições da operações “em conformidade com evolução da regulamentação Europeia e em cumprimento de Determinação Específica do Banco de Portugal em 2022 à SIBS FPS“.

Segundo a SIBS, apenas em “situações muito pontuais poderá ser necessária a associação de um novo cartão, real ou virtual, dependendo da oferta do Prestador de Serviços de Pagamento/Instituição Financeira”.

A SIBS é detida pela maioria dos principais bancos que operam em Portugal, sendo os principais acionistas BCP, Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta e BPI.

A Lusa contactou o Banco de Portugal mas ainda não obteve mais informações.

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“Instabilidade política não rima particularmente bem com crescimento económico”, admite Centeno

Centeno admite que é um risco a instabilidade política, mas diz que "não devemos ficar demasiado ansiosos". O governador alerta ainda que os próximos meses serão de aperto financeiro.

O governador do Banco de Portugal (BdP) admite que a instabilidade política “não rima particularmente bem com o crescimento económico”, sendo um risco às previsões para a evolução do PIB. Mas, ainda assim, Mário Centeno defende que “não devemos ficar demasiado ansiosos com estes momentos”. Por outro lado, o ex-ministro das Finanças alerta que os próximos meses serão de “aperto financeiro”, com os efeitos da política monetária a fazerem-se sentir em pleno.

No boletim económico de dezembro, apresentado esta sexta-feira, o BdP inclui entre os riscos o “cenário de incerteza na condução da política económica”, já que é incerto que caminho irá seguir o Governo que resultar das eleições de 10 de março. Mário Centeno assume assim que a instabilidade política “não rima particularmente bem com o crescimento económico”, pelo que poderá ameaçar as previsões de crescimento do PIB.

O BdP estima que a economia portuguesa vai crescer 2,1% este ano e 1,2% no próximo, número que representa uma revisão em baixa face às previsões de outubro.

Mesmo assim, o ex-ministro diz que “não devemos ficar demasiado ansiosos com estes momentos”. “Temos instituições que estão a funcionar e que vão promover o processo de transição governativa que o país já assistiu muitas vezes no passado”, sublinha.

Centeno alerta que próximos meses serão de aperto financeiro

Mário Centeno deixa ainda um alerta para que os “próximos meses serão de aperto financeiro”, já que com a redução da taxa de inflação, a taxa de juro real fica cada vez mais alta.

“Os próximos meses vão assistir a um aumento do aperto das condições financeiras, porque apesar da estabilidade nas taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE), com a taxa de inflação cada vez mais reduzida, a taxa de juro real está cada vez mais alta“, admite o governador do Banco de Portugal.

Centeno explica que a situação “se caracteriza de uma forma dual: a previsibilidade sobre não haver mais aumentos da taxa de juro é positiva, mas por outro lado — com o atraso com que a politica monetária impacta a economia, através das condições financeiras — este ciclo curto em que as taxas de juro real vão continuar a aumentar traz aumentos no aperto financeiro nos próximos meses”.

É de recordar que esta quinta-feira, o BCE decidiu manter as taxas de juro diretoras inalteradas, pelo segundo mês consecutivo. No entanto, a política monetária demora algum tempo a produzir todos os efeitos na economia, como destaca Centeno.

Questionado sobre futuras decisões de política monetária, Centeno aponta que “neste momento, o tema que está sobre a mesa e o que é necessário em termos de análise é responder à pergunta: qual é o momento adequado para o primeiro movimento de corte das taxas”. “Não é uma questão de “se vai acontecer”, é quando”, assegura o governador, isto “num contexto de não haver choques adicionais”.

O ex-ministro das Finanças deixa ainda uma recomendação aos portugueses para procurarem os melhores depósitos. “É muito importante para quem tem depósitos, ser ativo na procura das melhores utilizações e melhor investimento das poupanças”, aponta Centeno, destacando que se está a verificar uma “convergência das taxas de remuneração medias dos depósitos no sistema bancário português com a área do euro”.

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Portugal é dos países da UE onde custos dos patrões com salários menos estão a subir

Portugal registou a quinta menor subida dos custos dos patrões com salários, entre os países da UE. Ainda assim, custos com contribuições sociais e impostos cresceram mais do que a média comunitária.

Os custos dos patrões portugueses com salários estão a aumentar, mas noutros países europeus essa subida tem sido bem mais acentuada. Em Portugal, no terceiro trimestre, essa despesa cresceu, em termos homólogos, 4,6%, abaixo tanto da média da União Europeia (UE) como da Zona Euro. Essa foi mesmo a quinta subida menos expressiva do Velho Continente. Já os demais custos, nomeadamente as contribuições sociais a cargo dos patrões, estão a aumentar em Portugal acima da média comunitária.

Comecemos pelo retrato europeu. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, entre julho e setembro, os custos do trabalho por hora aumentaram 5,3% na Zona Euro 5,7% na UE, face ao mesmo período do ano anterior.

No que diz respeito especificamente aos custos com salários, a subida homóloga foi de 5,3% na área da moeda única e de 5,8% no bloco comunitário. Já os outros custos do trabalho (incluindo contribuições sociais e impostos) cresceram 5,1% na Zona Euro e 5,4% na UE.

Entre os vários países europeus, quatro registaram aumentos dos custos dos patrões com salários acima dos 10%, sendo que foi na Croácia que se deu o maior salto, no terceiro trimestre: 16,2%. Em destaque, também estão a Bulgária (15,8%) e a Hungria (15,4%).

Já a Dinamarca (2,7%), França (3,1%) e Itália (3,1%) verificaram os menores aumentos dos custos salariais, entre os Estados-membros.

Por sua vez, Portugal contabilizou um aumento de 4,6% dos custos dos patrões com os salários, valor que fica abaixo da médica comunitária e próximo da base da tabela composta pelos vários países. Aliás, o aumento registado por cá foi mesmo o quinto menos expressivo do Velho Continente.

Mas se em Portugal os custos com salários cresceram menos que a média, o mesmo não se pode dizer dos outros custos laborais. Essa componente engordou 6,2% em termos homólogos, no terceiro trimestre, acima da média da UE e da Zona Euro. Ainda assim, em 14 países europeus, a variação foi mais acentuada do que a portuguesa.

Contas feitas, em Portugal os custos do trabalho aumentaram 4,9%, entre julho e setembro, face ao mesmo período do ano passado, abaixo da média comunitária.

23% dos desempregados europeus encontraram um trabalho

Esta sexta-feira, o Eurostat divulgou também os dados que permitem perceber os fluxos do mercado de trabalho e estes revelam que, no terceiro trimestre, cerca de 23% dos desempregados encontraram um novo posto de trabalho. Em causa estão três milhões de pessoas.

Ainda assim, 6,7 milhões de desempregados continuaram nessa situação, enquanto 3,2 milhões saíram da força de trabalho, isto é, deixaram de procurar ativamente um novo emprego ou, pelo menos, deixaram de estar disponíveis para começar uma nova oportunidade.

Já entre os empregados, 1,2% (2,5 milhões de indivíduos) passaram ao desemprego, entre julho e setembro e 2,5% (5,1 milhões) saíram da força de trabalho. A maioria (96,3 milhões) manteve-se empregada.

(Artigo atualizado às 13h05)

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Combustíveis descem pela oitava semana. Gasóleo baixa dois cêntimos e gasolina 1,5 cêntimos

Na próxima semana, quando abastecer, deverá pagar 1,556 euros por litro de gasóleo simples e 1,627 euros por litro de gasolina simples 95. Em 8 semanas, preços do diesel já desceram 17 cêntimos.

Os preços dos combustíveis vão descer pela oitava semana consecutiva. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar dois cêntimos mais barato a partir de segunda-feira e a gasolina deverá baixar 1,5 cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado. Assim, nestas oito semanas, o preço do diesel já desceu 17 cêntimos e o da gasolina 14,7 cêntimos. Mas se a contabilização for feita desde o final de agosto, ambos já desceram 25 cêntimos.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,556 euros por litro de gasóleo simples e 1,627 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Com estas descidas consecutivas é preciso recuar a 24 de julho para encontrar preços na bomba mais baratos para o diesel e a 8 de maio para a gasolina.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo aumentou os “descontos” nos combustíveis, em dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo por litro na gasolina. Desta forma, a redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços só serão fixados no sábado e podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent na sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 3,1 cêntimos e os da gasolina 2,5 cêntimos. As descidas quase corresponderam a expectativa do mercado, que apontava uma redução de três cêntimos nos preços do diesel e de dois cêntimos na gasolina.

Os preços do petróleo poderão interromper sete semanas de quedas e quase dois meses depois registar a primeira subida semanal, numa combinação de otimismo ao nível da procura e um aumento dos riscos políticos que aumentam a pressão em alta. Se a recuperação nos preços do petróleo não se inverterem ao longo desta sexta-feira, a maré de descidas poderá ser quebrada.

Não só a decisão da Reserva Federal norte-americana em sinalizar a inversão da sua política monetária ajudou a melhorar as condições de liquidez e a impulsionar em alta a procura por petróleo, como também o relatório da Agência internacional de Energia que prevê que a procura por crude aumente mais, em 2024, do que inicialmente previsto, estão a ajudar a valorizar os preços do ouro negro. Esta sexta-feira, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, sobem 0,4%, para 76,92 dólares por barril.

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Empresas podem levantar a partir de janeiro milhões do Fundo de Compensação do Trabalho

Empresas têm apenas de ouvir os trabalhadores sobre a finalidade que será dada ao dinheiro levantado do FCT, não precisando do "sim" destes. A exceção são os casos em que pretendem construir creches.

As empresas vão poder levantar a partir de janeiro os mais de 600 milhões de euros que estão atualmente no Fundo de Compensação do Trabalho (FCT). O decreto-lei que faltava para que essa mobilização pudesse arrancar foi publicado esta sexta-feira em Diário da República, entrando em vigor no primeiro dia do próximo mês, ou seja, 1 de janeiro de 2024.

“O programa do XXIII Governo Constitucional comprometeu-se a reavaliar, com os parceiros sociais, a utilização do fundo de compensação do trabalho. A reconversão do FCT visa permitir que as empresas que tenham contribuído para o fundo invistam as verbas mobilizadas no apoio aos trabalhadores“, sublinha o Governo, no diploma publicado esta manhã.

No acordo de rendimentos celebrado em outubro do ano passado na Concertação Social estava previsto, por um lado, o fim das contribuições mensais para esse fundo e, por outro, a sua reconversão, permitindo aos empregadores levantar essas verbas.

Ora, desde maio que o primeiro desses pontos está concretizado, mas o segundo continuava na gaveta. Aliás, o calendário enviado aos parceiros sociais indicava que a mobilização dos fundos arrancaria no último trimestre do ano, mas tal não foi possível por falta do decreto-lei que foi publicado esta sexta-feira.

E ainda que o diploma preveja que a mobilização pode ser feita a partir do último trimestre de 2023 e até 31 de dezembro de 2026, o decreto-lei só entra em vigor a 1 de janeiro.

Estas verbas terão de ser aplicados numa das seguintes finalidades: apoiar os custos e investimentos com habitação dos trabalhadores, financiar a qualificação e formação certificada dos trabalhadores e construir, por exemplo, creches e refeitórios.

Inicialmente, o Governo tinha indicado que escolha da finalidade para essas verbas teria de ser acordada entre os empregadores e os trabalhadores, mas tal foi contestado pelas confederações patronais.

Por isso, o diploma agora conhecido estabelece que o empregador tem apenas de ouvir os trabalhadores e deixa claro que estes só podem opor-se à mobilização dos montantes se a empresa estiver a planear utilizar as verbas para outros fins que não os já referidos ou estiver “em desrespeito pelos princípios da equidade e da igualdade de oportunidades e de tratamento”.

A exceção a esta norma são os casos em que o empregador decidir aplicar o dinheiro do FCT na construção de creches ou refeitórios. Neste caso, é preciso celebrar um acordo com as estruturas representativas dos trabalhadores.

De notar que ainda que, para que consiga mobiliza os montantes em questão, o empregador terá de declarar no site do FCT que valor pretende levantar, a finalidade, os trabalhadores beneficiários e o cumprimento do dever de auscultação dos trabalhadores

Mas, atenção, as verbas não terão de ser levantadas todas de uma vez. Os saldos inferiores a 400 mil euros poderão ser mobilizados até duas vezes. Acima desse valor, são admitidas até quatro mobilizações.

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