Fim dos apoios puxa pelas insolvências, que subiram 12% até junho

Cosec prevê um aumento no número de insolvências até ao final do ano, ditado pelo fim dos apoios da Covid-19 e da inflação.

Com o aparecimento da Covid-19, os governos atribuíram às empresas vários incentivos para colmatar os efeitos da pandemia. Agora, o fim destes apoios e o regresso à normalidade está a puxar pelas insolvências das empresas, indica a Companhia de Seguro de Créditos (Cosec).

Com efeito, nos primeiros seis meses do ano, as insolvências do tecido empresarial português registaram um aumento de 12% face ao mesmo período do ano anterior, refere a Cosec. Em termos geográficos, o Porto foi o distrito que registou maior número de insolvências, um crescimento de 14% face ao período homólogo, seguido pelo distrito de Lisboa.

Em termos de dimensão, o segmento das micro e pequenas empresas (com uma faturação abaixo dos 500 mil euros) registou o maior número de insolvências no final do primeiro semestre. No que diz respeito à longevidade, o maior número de insolvências foi registado nas empresas com uma década, ou mais, de vida.

Os serviços, construção seguidos dos têxteis e retalho são os setores mais afetados pelo aumento das insolvências.

Fonte: Cosec

Insolvências vão acelerar

Face aos dados já conhecidos, a Cosec alerta que o aumento das insolvências em Portugal pode disparar para 19% “no final do ano”.

“Pela tendência já registada nos primeiros seis meses do ano, bem como pelo agravamento destes fatores macroeconómicos, mantemos a estimativa para Portugal de, no final do ano, termos um nível de insolvências na casa dos 19%”, afirma Vassili Christidis, CEO da Cosec, citado em comunicado.

Ou seja, a tendência de crescimento tenderá a agravar-se ao longo do ano, quer pela evolução recente da inflação, quer pela política monetária que o Banco Central Europeu promete manter para tentar controlar os preços. Ora, o consumo tenderá a reduzir-se por causa destes fatores e da elevada exposição dos privados e empresas à subida das taxas de juro, de acordo com a Cosec.

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Bolsas Mário Soares vão apoiar portugueses no Colégio Europa. Programa entra em vigor esta semana

O objetivo deste programa é reforçar a aposta na formação académica em assuntos europeus e relações internacionais, bem como colmatar a sub-representação de portugueses nas instituições da UE.

O Governo criou o programa “Bolsas Mário Soares” para financiar a frequência de alunos portugueses no Colégio da Europa ou outras instituições de referência na formação em assuntos europeus ou relações internacionais. O objetivo é reforçar a aposta na formação académica nestas áreas, bem como contribuir para colmatar a sub-representação de portugueses nas instituições e organismos da União Europeia (UE). O programa foi publicado esta quinta-feira em Diário da República e entra em vigor sexta-feira, 14 de julho.

“As bolsas são prioritariamente concedidas para a frequência dos cursos do Colégio da Europa e do último ano dos programas de doutoramento do Instituto Universitário Europeu, podendo ser alargadas a outras instituições de referência na formação, estudo ou investigação em assuntos europeus ou relações internacionais, mediante a celebração de protocolos”, lê-se no regulamento assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, em DR.

No caso das bolsas para o Colégio da Europa — atribuídas anualmente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, por intermédio da Direção-Geral dos Assuntos Europeus (DGAE) — trata-se de “prestações pecuniárias destinadas a comparticipar, total ou parcialmente, os encargos com propinas e alojamento para a frequência dos cursos”, “não sendo cumuláveis com bolsas concedidas por outras entidades“.

O número e o montante das bolsas atribuídas dependem, contudo, “da respetiva disponibilidade orçamental”. O pagamento das bolsas será realizado, diretamente e numa única prestação, ao Colégio da Europa, no início de cada ano letivo.

Sobre as candidaturas, o regulamento detalha que serão apresentadas por intermédio do preenchimento do formulário disponível no site do Colégio da Europa, respeitando o prazo e as condições de admissibilidade ali descritas e juntando os documentos necessários de apoio à candidatura.

Terminado o prazo para apresentação de candidaturas, a primeira apreciação será feita pelo Colégio da Europa, devendo o resultado dessa pré-seleção ser confirmado pelo comité de seleção nacional. Posteriormente, os candidatos pré-selecionados são convidados a realizar uma entrevista individual. Esta será conduzida por membros do comité de seleção nacional e por representantes do Colégio da Europa.

“A entrevista é conduzida em francês e em inglês, sendo especialmente valorizados o percurso académico, conhecimentos atualizados em matérias europeias, competências linguísticas e a motivação do candidato”, pode ler-se.

Bolsas para Instituto Universitário Europeu

No caso específico das bolsas para o Instituto Universitário Europeu (IUE), que fornece formação académica avançada, promovendo a investigação e atribuindo os graus de mestrado, doutoramento e pós doutoramento em áreas como Direito, Economia, História e Ciências Políticas e Sociais, “o pagamento de bolsas de investigação atribuídas aos alunos a frequentar o 1.º, 2.º e 3.º anos dos programas de doutoramento do IUE compete à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)”.

Contudo, “o pagamento dos encargos relativos à frequência do quarto ano dos programas de doutoramento compete ao próprio IUE”, salienta.

Mais uma vez, “o montante das bolsas atribuídas anualmente depende da respetiva disponibilidade orçamental”.

Para mais informações deverá consultar o site do IUE e o site do Centro de Informação Jacques Delors (CIEJD), da Direção-Geral dos Assuntos Europeus. A decisão sobre o pagamento da bolsa previsto cabe à Direção-Geral dos Assuntos Europeus, tendo em consideração eventuais pareceres da FCT e do IUE.

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Preços da habitação sobem apenas 7,6% no último ano. É o maior abrandamento desde 2021

Os preços da habitação subiram apenas 7,6% no último ano. Foi o maior abrandamento homólogo desde junho de 2021. Porém, Lisboa alcançou uma subida acima da média do país pela primeira vez em 3 anos.

O mercado imobiliário nacional está a abrandar há três trimestres consecutivos. De acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1.565 euros o metro quadrado no primeiro trimestre, cerca de 7,6% acima dos preços praticados um ano antes, que compara com uma taxa homóloga de 10,7% no quarto trimestre de 2022.

Recorde-se que no segundo trimestre de 2022 a taxa de variação homóloga dos preços medianos em Portugal alcançou os 17,8% e deste então que tem estado a cair.

“O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 20 sub-regiões NUTS III, destacando-se os crescimentos da Lezíria do Tejo (+17,5%), Algarve (+16,6%), Leiria (+15,9%), Cávado (+15,6%) e Área Metropolitana de Lisboa (+15,2%)”, refere o comunicado do INE.

Entre os 17 municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, os dados do INE revelam que 14 destes municípios apresentaram taxas de variação homólogas superiores à média nacional, com destaque para Loures (26,5%), que apresentou o valor mais elevado.

Lisboa foi destes municípios aquele que apresentou a menor variação homóloga (9,2%), mas alcançou, “pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2020 (início da corrente série), uma taxa de variação homóloga superior à do país”, lê-se no comunicado do gabinete de estatísticas nacional.

O INE refere ainda que em 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes ocorreu uma desaceleração mensal dos preços da habitação, com destaque para quatro que contabilizaram quedas acima de 10 pontos percentuais (p.p): Coimbra (-16,5 p.p.), Santa Maria da Feira (-14,0 p.p.), Vila Franca de Xira (-11,0 p.p.) e Funchal (-10,2 p.p.).

Entre as duas maiores cidades do país, o comportamento foi distinto: enquanto o município do Porto registou uma queda mensal do preço mediano da habitação de 6,5 pontos percentuais para 2.652 euros por metro quadrado, Lisboa registou uma subida de 1,2 pontos percentuais para 4.103 euros por metro quadrado, cerca de 2,6 vezes acima do preço médio nacional.

Por regiões, o Algarve e o Alto Alentejo estão em lados opostos. Se o Algarve reforçou a posição de região com os mais elevados preços da habitação no país e apresentou a maior evolução homóloga no primeiro trimestre deste ano (16,6%), o Alto Alentejo, apesar de ter registado um aumento de 11,3% dos preços, permanece no fundo da tabela de preços regionais.

Preços medianos da habitação do primeiro trimestre de 2023
Fonte: INE. Preços medianos da habitação do primeiro trimestre de 2023

 

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Ordem dos Advogados de Varsóvia “preocupada” com nova lei das Ordens Profissionais

A OA de Varsóvia manifestou uma "profunda preocupação" com a nova Lei das Ordens Profissionais e apelou ao Governo português que assegure o acesso adequado à assistência jurídica.

A Ordem dos Advogados de Varsóvia, na Polónia, manifestou uma “profunda preocupação” com a nova Lei das Ordens Profissionais e apelou ao Governo português que cumpra a obrigação de assegurar o acesso adequado à assistência jurídica dos cidadãos. Entre as preocupações da Ordem de Varsóvia está o impacto da nova lei nos direitos dos cidadãos portugueses e de outras pessoas residentes em Portugal no que toca ao acesso à assistência jurídica profissional e na independência da Ordem dos Advogados portuguesa.

“Os direitos consagrados no artigo 6.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos garantem o acesso efetivo a um advogado independente e qualificado. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos confirmou, em vários acórdãos, que tal implica a obrigação de um Estado signatário da Convenção assegurar o acesso a um advogado qualificado e independente. A independência dos advogados que prestam serviços jurídicos só pode ser garantida por um Conselho de Advogados independente“, referem em declaração.

Desta forma, a Ordem dos Advogados de Varsóvia considera que uma Ordem dos Advogados independente é também um “elemento-chave de um poder judicial independente”, que é uma das “principais salvaguardas sem as quais as democracias estão expostas à erosão por impulsos populistas e autoritários”.

“Uma situação em que se permite que pessoas que não advogados sejam livres de prestar apoio jurídico, sem estarem portanto obrigadas a cumprir o código deontológico profissional a que os advogados estão vinculados ou sujeitos à jurisdição disciplinar da Ordem dos Advogados portuguesa, põe em causa o direito individual à assistência de um advogado independente e retira um elemento importante do sistema democrático de contrapesos“, acrescentaram.

A Ordem dos Advogados de Varsóvia sublinhou ainda que a qualidade dos serviços jurídicos não pode ser garantida se forem prestados por pessoas que “não tenham a mesma formação que os advogados, nem estejam sujeitas a obrigações de sigilo profissional ou de prevenção de conflitos de interesses”.

Assim, apelaram ao governo português e às autoridades públicas para que cumpram a sua obrigação de assegurar o acesso adequado à assistência jurídica aos seus cidadãos, garantindo que “todas as pessoas residentes em Portugal, independentemente da sua situação financeira, jurídica ou social, podem contar com a assistência de um advogado qualificado e independente, conforme exigido pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem“, e que a “Ordem dos Advogados mantém-se independente e mantém a competência para regular e fiscalizar a atividade profissional de todas as pessoas que prestem serviços jurídicos em Portugal”.

Foi no dia 16 de junho que o Governo aprovou o diploma que altera os estatutos de 12 ordens profissionais, adaptando-os ao estipulado no regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais.

A proposta de lei será agora submetida ao Parlamento e altera os estatutos da Ordem dos Médicos Dentistas, Ordem dos Médicos, Ordem dos Engenheiros, Ordem dos Notários, Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Economistas, Ordem dos Arquitetos, Ordem dos Engenheiros Técnicos, Ordem dos Farmacêuticos, Ordem dos Advogados, Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução.

No caso concreto da Ordem dos Advogados, na proposta agora apresentada, e por comparação à primeira remetida à Ordem dos Advogados no dia 7 de junho, verificaram-se algumas alterações. Quer no que toca aos Estatutos da Ordem dos Advogados, quer no que toca à Lei dos Atos Próprios dos Advogados e Solicitadores.

Lei dos Atos Próprios de Advogados e Solicitadores

  • Foi eliminada a possibilidade da consulta jurídica ser prestada por entidades da administração direta ou indireta do Estado, as regiões autónomas, as autarquias locais, outras pessoas coletivas da administração autónoma e demais pessoas coletivas públicas, em matérias incluídas no âmbito das respetivas atribuições e competências;
  • E por pessoas coletivas de direito privado, que tenham como atividade principal ou acessória de atividade compreendida no respetivo objeto ou fins;
  • Mantém-se a possibilidade da consulta jurídica ser prestada por agentes de execução, notários e licenciados em direito, ainda que com ressalvas;
  • O exercício da consulta jurídica por licenciados em direito que se encontrem em regime de subordinação ou de prestação de serviços para outras entidades, independente da respetiva natureza, apenas abrange as matérias compreendidas nas atribuições e competências, no objeto ou no fim das entidades em causa;
  • Para poderem prestar consulta jurídica, estas entidades ficam obrigadas a celebrar e manter um seguro de responsabilidade civil profissional;
  • No caso das sociedades comerciais, a elaboração de contratos apenas poderá ser praticada como atividade acessória de atividade compreendida no respetivo objeto social, e não como atividade principal.

Estatuto da Ordem dos Advogados

  • Obrigatoriedade de seguro para as sociedades de advogados e sociedades multidisciplinares;
  • A decisão de reduzir, isentar taxas de estágio ou suspensão deste, que no anteprojeto se propunha fosse competência do Conselho de Supervisão, mantém-se no escopo dos Conselhos Regionais, cabendo ao primeiro decidir dos recursos das decisões destes.

Segundo a bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro, “as referidas alterações apenas se verificam porque a advocacia, unida, fez ouvir a sua voz, demonstrando junto do poder político e da opinião pública o risco que a primeira proposta do Governo representava para os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”. Mas admitem que, “no entanto, consideramos que, apesar das referidas alterações, esta proposta ainda não defende devidamente os cidadãos nem o interesse público da profissão, existindo ainda linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas”.

O que o Governo não alterou, face à proposta inicial?

  • O Governo manteve a possibilidade da consulta jurídica ser praticada por profissionais licenciados em direito (juristas), mas sem a devida habilitação profissional da Ordem dos Advogados.
  • A elaboração de contratos pode ser entregue a pessoas com licenciatura mas não necessariamente advogados;
  • A negociação e cobrança de créditos, ainda que supervisionada por um advogado, passa a poder ser realizada por pessoas que não sejam sequer licenciados em Direito, a trabalhar em empresas de cobranças;
  • Existência de supervisão na OA por membros não inscritos, não advogados, bem como o ingresso de membros não inscritos nos seus órgãos disciplinares (conselho de supervisão e provedor);
  • Redução da duração do estágio de 18 para 12 meses e remunerado. A remuneração mínima de um estágio, no valor de uma remuneração mínima mensal garantida acrescida de 25%: no mínimo, 950 euros por mês;

“Não aceitamos sequer que um Governo que paga 805 euros a um funcionário judicial em início de carreira, tenha estatuto moral para exigir que advogados em prática individual, que muitas vezes têm dificuldade em pagar as próprias contas, sejam obrigados a pagar um valor mínimo bem superior àquele”, diz a bastonária.

Fernanda de Almeida Pinheiro e o seu Conselho Geral exigem ainda a este governo que “apresente estudos do impacto que as medidas ora propostas terão na sociedade portuguesa, bem como no exercício das profissões, uma vez que, ao contrário do veiculado pelo governo, não se pode legislar para “depois logo se ver”, numa total irresponsabilidade que desprotege por completo os cidadãos portugueses”.

Posto isto, a OA reitera a determinação em manter a aplicação das medidas de protesto sufragadas na Assembleia Geral de 6 de junho, de modo a mostrar o “veemente repúdio pelas propostas mantidas nesta iniciativa legislativa e que ultrapassam as linhas vermelhas por nós apresentadas”.

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Euribor sobe a três meses e desce a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 13 Julho 2023

As taxas Euribor subiram a três meses e desceram a seis e a 12 meses esta quinta-feira.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram esta quinta-feira a três meses e desceram a seis e a 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta quinta-feira para 4,174%, menos 0,017 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, também caiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,945%, menos 0,010 pontos que na quarta-feira, contra um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,955%, registado em 12 de julho. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,663%, mais 0,006 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,672%, verificado em 11 de julho. A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.

Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 33,7% e 22,9%, respetivamente.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

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Governo admite rever salários do pessoal dirigente

  • Trabalho
  • 13 Julho 2023

A revisão do Estatuto do Pessoal Dirigente será feita no próximo ano. Cresap defende alterações ao regime de substituição, à composição dos júris dos concursos, ao estatuto dos peritos, entre outras.

A revisão do Estatuto do Pessoal Dirigente a iniciar em 2024 vai ter em consideração as “dimensões remuneratórias e de recrutamento”, garantiu o gabinete da ministra da Presidência.

“Na audição regimental realizada no dia 16 de maio (…) a ministra anunciou que se irão iniciar em 2024 os trabalhos de revisão do estatuto do pessoal dirigente, sendo objetivo do Governo que esta revisão, considerando as dimensões remuneratórias e de recrutamento, permita ultrapassar os constrangimentos que atualmente se verificam no recrutamento de dirigentes em algumas áreas”, afirma fonte oficial do gabinete de Mariana Vieira da Silva, ao Jornal de Negócios.

Antes haverá “um amplo debate com todos os intervenientes no processo, entre eles e a Cresap [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública]”.

O Governo, no entanto, não se compromete com todas as alterações legislativas que a Cresap sugere no relatório — que contempla alterações ao regime de substituição, à composição dos júris dos concursos, às competências de gestão, ao estatuto dos peritos, à natureza dos prazos e cômputo — e que revela que já apresentou à ministra da Presidência, a 13 de maio do ano passado.

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Dona do Burger King em Portugal e Espanha quer entrar na bolsa em 2024

A Restaurant Brands Iberia, que detém os restaurantes Burger King em Portugal e Espanha, quer entrar na bolsa espanhola já no segundo semestre do próximo ano. 

A Restaurant Brands Iberia, que detém os restaurantes Burger King em Portugal e Espanha, prepara-se para entrar na bolsa espanhola já no segundo semestre do próximo ano.

“Impulsionaremos o plano para a entrada em bolsa do grupo no segundo semestre de 2024. O roteiro já está definido, ainda que não haja, para já, assessores contratados”, afirmou Gregorio Jiménez, presidente da Restaurant Brands Iberia, em declarações ao Expansión (acesso pago). A previsão do grupo de restauração é que comece a negociar na bolsa no final do próximo ano ou no início de 2025.

O grupo retoma, assim, o plano iniciado em 2019, altura em que chegou a contratar o Morgan Stanley e o Bank of America para abrir o capital. Contudo, o surgimento da pandemia em março de 2020 colocou essa ambição em suspenso. Gregorio Jiménez explica que o objetivo agora é duplicar o tamanho da empresa e atingir “uma faturação de cerca de 1.300 milhões de euros e um EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] perto dos 250 milhões de euros no final do próximo ano”.

De acordo com o jornal, fontes do mercado apontam que estes números permitirão ao grupo de restauração almejar uma avaliação em bolsa de cerca de 2.400 milhões de euros, o que, a confirmar-se, significará quase dez vezes o EBITDA, e duplicar a avaliação da empresa quando a Cinven, empresa de private equity, entrou como acionista no Restaurant Brands Iberia.

“Embora ainda seja cedo para dar um número concreto, a intenção é levar mais de 50% do capital da empresa para a bolsa de valores”, adianta ainda o presidente do grupo, que detém 17% do capital da empresa, sendo o seu segundo maior acionista.

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Mais de três mil advogados brasileiros vão poder exercer em Portugal

Conselho Geral deliberou que os que já estavam cá a exercer, se mantêm. E os que estavam em processo de inscrição, podem fazê-lo até dia 31 de julho.

O Conselho Geral dos Advogados recuou no limite de data da proibição para advogados brasileiros se inscreverem na Ordem dos Advogados (OA) a partir de 5 de julho. Assim, os que estavam com inscrição já a decorrer mas ainda não concluída, podem fazê-lo até dia 31 de julho. Bem como os que já estavam a exercer em Portugal (mais de três mil advogados) podem continuar a fazê-lo, visto que esta deliberação não tem efeitos retroativos.

A mudança de data limite de inscrição mudou depois de vários advogados brasileiros se terem queixado ao Conselho Regional de Lisboa. No seguimento desta deliberação, os serviços do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da OA recusaram o recebimento de todos os pedidos de inscrição de advogados brasileiros que se apresentaram na sede do Conselho Regional de Lisboa.

“Nesse mesmo dia (5 de julho), perante as queixas apresentadas pelos advogados brasileiros, e a fim de evitar incorretas e indesejadas interpretações, entendeu o conselheiro do Conselho Geral, com o pelouro da área, proceder ao envio de dois emails, esclarecendo que os pedidos de inscrição dos advogados brasileiros rececionados naquele dia, deveriam ser rececionados e aceites pelos serviços do CR Lisboa, para posterior agendamento, bem como, todos os agendamentos de pedidos de inscrição, até à data registados na respetiva plataforma, devendo todos eles, sem exceção, ser concretizados até à data limite de 31 de Julho de 2023″, segundo comunicado do Conselho Regional de Lisboa, liderado por João Massano.

Assim sendo, o CRL aceitou todos os pedidos de inscrição, apresentados até ao passado dia 5 de Julho de 2023, todos eles objeto de agendamento anterior.

No dia 3 de julho, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro – deliberou, por unanimidade, cessar o regime de reciprocidade atualmente em vigor com a Ordem dos Advogados do Brasil. “Esta tomada de posição não afeta os processos de inscrição de advogados que se encontrem em curso e entra em vigor a partir desta quarta-feira, dia 5 de julho”, segundo comunicado da OA desse dia. Entre os motivos apontados está a diferença na prática jurídica em Portugal e no Brasil e as queixas recebidas.

“Sem embargo do espírito de cooperação e amizade que pontifica as relações entre as duas ordens profissionais, perante a gravidade das questões identificadas e amplamente conhecidas, bem como a especial repercussão social que delas decorre, designadamente, no que se refere à garantia de uma efetiva proteção dos interesses legítimos dos cidadãos de ambos os países, deliberou o Conselho Geral da OA, reunido em sessão plenária do dia 3 de julho de 2023, por unanimidade dos presentes, fazer cessar o regime de reciprocidade de inscrição de advogados atualmente em vigor”, lê-se no site oficial.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro.Hugo Amaral/ECO

O regime de reciprocidade permitia a inscrição na Ordem dos Advogados em Portugal de um advogado brasileiro sem que este tenha de realizar um estágio ou a prova de agregação, e vice-versa.

Atualmente, cerca de 10% dos advogados registados em Portugal são brasileiros. Dados avançados em dezembro de 2022 pela OA mostram que, dos cerca de 34 mil profissionais inscritos na instituição, 3.173 são brasileiros. Desses, quase 60% estão concentrados na região de Lisboa. Um aumento de quase 482%, já que em 2017 eram apenas 536 os advogados brasileiros em Portugal. Em 2019, estavam inscritos 2.270 brasileiros no total.

O acordo que existia até então entre a Ordem dos Advogados do Brasil e a Ordem dos Advogados portugueses favorecia a migração destes profissionais para Portugal, relativamente a outros. A reciprocidade entre Portugal e Brasil passou a constar no estatuto da Ordem dos Advogados Portugueses em dezembro de 2015. Atualmente, existem quase dois mil advogados nascidos em Portugal e que estão a exercer a profissão na Justiça brasileira

“Embora possa ter existido uma matriz de base comum aos ordenamentos jurídicos de ambos os países, constata-se que em Portugal têm sido adotadas opções legislativas muito distintas das que são implementadas no Brasil, até por força da aplicabilidade e transposição para o direito interno português do direito da União Europeia, o que, inevitavelmente, tem contribuído para que ambos os ordenamentos jurídicos se afastem e tenham evoluído em sentidos totalmente diferentes”, referem em comunicado.

Assim, a Ordem dos Advogados portuguesa considerou que as normas jurídicas atualmente em vigor em alguns ramos do Direito num e noutro ordenamento jurídico “já não são sequer equiparáveis”.

A OA sublinha ainda que existem “sérias” e “notórias” dificuldades na adaptação dos advogados brasileiros ao regime jurídico português, à legislação substantiva e processual e às plataformas jurídicas em uso corrente, “o que faz perigar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses e, de forma recíproca os dos cidadãos brasileiros”.

“Cumpre ainda salientar que foram recentemente transmitidas à Ordem dos Advogados portuguesa inúmeras queixas relativas à utilização indevida do regime de reciprocidade em vigor, o qual só deverá produzir efeitos no âmbito da inscrição como advogado nas respetivas ordens profissionais e não para a obtenção de registo ou inscrição junto de outras Ordens de Advogados ou Associações Profissionais Equiparadas de outros Estados membros da União Europeia, que não são, nem nunca foram, parte deste acordo”, acrescentaram.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiu e mostrou-se “surpreendida” com a decisão. Em declarações ao jornal “O Globo”, a OAB aponta “discriminação” e “mentalidade colonial” e admite que vai lutar pelos direitos dos brasileiros.

“Estava em curso um processo de diálogo iniciado há vários meses com o objetivo de aperfeiçoar o acordo. A OAB, durante toda a negociação, opôs-se a qualquer mudança que validasse textos imbuídos de discriminação e preconceito contra advogadas e advogados brasileiros. A mentalidade colonial já foi derrotada e só encontra lugar nos livros de história, não mais no dia-a-dia das duas nações”, referiu a OAB.

As conversações entre as instituições decorreram entre o mês fevereiro e o mês de junho de 2023. Apesar de admitir que têm mantido um diálogo aberto com a Ordem brasileira, a Ordem dos Advogados portugueses diz que, segundo informação que foi remetida através de um email no dia 28 de junho de 2023, a OAB afirmou “não dispor de condições para poder proceder às alterações do atual regime de reciprocidade (e que mereceram o acordo de ambas as instituições no passado dia 23 de maio de 2023), nem no imediato, nem dentro de um prazo considerado por este como razoável”.

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Guilherme e Victor viram aulas complexas em vídeos de 10 minutos para ajudar universitários

Plataforma criada no Porto durante a pandemia disponibiliza mais de 500 aulas das áreas de economia, gestão e engenharia para acabar com as más notas no ensino universitário.

A Hollow transforma disciplinas complexas em aulas de até 10 minutos para estudantes universitários. Cadeiras da faculdade como estatística, contabilidade e microeconomia são condensadas em vídeos gravados e ainda podem ser criados planos de estudo personalizados. A ideia nascida no Porto há dois anos, em plena pandemia, está a alcançar algumas das principais universidades portuguesas, quer entrar na formação para empresas e, para 2024, já tem Espanha na mira.

“O nosso objetivo é transformar a maneira como as pessoas aprendem, proporcionando uma experiência de aprendizagem personalizada, colaborativa e centrada no aluno”, sinalizam ao ECO Guilherme Calassi (responsável tecnológico) e Victor Souza (presidente executivo), os dois brasileiros que fundaram a Hollow. “Com a pandemia e o ensino remoto compreendemos a importância de promover uma educação mais inclusiva, flexível e adaptada ao contexto atual. Percebendo a necessidade de oferecer apoio aos estudantes, começamos a criar um site com vídeos e conteúdos que pudessem ajudá-los”, recordam. A ideia é apoiar as universidades.

Guilherme Calassi (esquerda) e Victor Hugo Souza são os fundadores da Hollow. A startup foi desenvolvida no UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto)

Atualmente, a Hollow tem vídeos gratuitos em oito disciplinas: matemática, estatística, macroeconomia, microeconomia, contabilidade e relato financeiro, controle de gestão, investigação operacional e pré-matemática (resumo dos conteúdos do ensino secundário). Para recolher as informações, a equipa da startup verifica o plano curricular das universidades e conta com o apoio das associações de estudantes para ter acesso aos materiais das disciplinas. Os dados são fundamentais para também serem criados os planos personalizados, mediante uma subscrição.

“O plano curricular é subdividido em tópicos menores, permitindo que o conteúdo seja abordado de maneira fragmentada. Ao invés de aulas de uma hora, as aulas são divididas em diversas sessões, de 5 a 10 minutos. Desta forma, os alunos reveem as aulas mais vezes e assimilam o conhecimento de forma mais consistente ao longo do tempo“, justificam os fundadores. Com uma equipa de 12 pessoas (inclusive os fundadores), a startup conta com mais de 2.000 utilizadores ativos e recebeu um apoio de 15.000 euros de um business angel brasileiro.

O poder da educação e as dificuldades por serem estrangeiros

Victor e Guilherme mudaram-se para Portugal na hora de irem para a faculdade. “Após concluir o ensino secundário no Brasil, tive a oportunidade de ingressar na Universidade do Porto e realizar o grande sonho de ser a primeira pessoa da minha família a entrar no ensino superior. Ao chegar a Portugal, tinha grandes expectativas sobre como seria meu processo de aprendizagem para me tornar um economista”, recorda Victor Souza. O cofundador lembra-se de ter de andar numa escola pública e numa privada entre os 12 e os 14 anos “para me nivelar com os restantes colegas”. Apenas uma bolsa de mérito permitiu-lhe frequentar a escola privada

Guilherme é o especialista na área tecnológica. Teve de aprender de forma autodidata e fez uma “imersão total em diversos bootcamps de grandes tecnológicas com presença no Brasil”. Aí, “pude conhecer muito mais o ecossistema e ver o poder que a tecnologia tem na transformação do mundo e as suas aplicações como ferramenta fundamental na solução de uma pluralidade de problemas”.

Com a mudança para Portugal surgiram vários problemas. “Percebemos que muitas abordagens e práticas tradicionais estavam desalinhadas com as necessidades da geração atual. A educação ainda era predominantemente focada na sala de aula, com menos ênfase no protagonismo e na participação ativa dos estudantes. Além disso, o suporte adicional disponível dependia principalmente de associações estudantis e professores particulares, o que limitava as opções e tornava o acesso a recursos extras mais difícil.”

Já como empreendedores “enfrentamos o desafio de sermos estrangeiros introduzindo mudanças num ambiente já estabelecido. Demonstrar nossa credibilidade e especialização exigiu perseverança e uma abordagem estratégica para conquistar a confiança dos envolvidos”.

Ensino secundário e entrada em Espanha

A Hollow desenvolve internamente toda a plataforma e conta com a ajuda da fundação OpenAI para as soluções que envolvem inteligência artificial. Enquanto as universidades estão de férias, a equipa está a criar uma solução para programas de formação para empresas e ambiciona chegar ao ensino secundário até ao final deste ano.

“Pretendemos criar a primeira plataforma nacional que apoie os estudantes na preparação para o exame nacional, utilizando gamificação, machine learning e tecnologia avançada para ajudar os estudantes de todas as escolas a ingressarem na faculdade e no curso dos seus sonhos”, assume Victor Souza. No ensino superior, a startup pretende chegar a 10 universidades e atingir mais de 5.000 alunos.

A empresa, além disso, pretende levantar 120.000 euros em ronda pre-seed, para impulsionar o crescimento da empresa. Em 2024, a Hollow quer chegar a Espanha, onde “há mais de 1,5 milhões de estudantes” e existe a “taxa mais elevada de abandono escolar no ensino secundário da União Europeia. “Os estudantes estão abertos (e ansiosos) por novas soluções”, antevê. A expansão internacional implicará contratar mais pessoas para resumir as aulas de 10 minutos a aumentar o sucesso escolar.

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Metade dos portugueses tenciona gastar menos nestas férias

  • ECO
  • 13 Julho 2023

Barómetro da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV revela que quase metade dos portugueses vão reduzir as despesas nas férias em comparação com o ano passado.

Perante a conjuntura de fortes subidas de preços, quase metade dos portugueses (46,9%) pretende gastar menos nas férias de verão deste ano em comparação com o ano passado, segundo um barómetro da Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV. Quase um terço dos inquiridos (32,6%) diz que vai gastar o mesmo, enquanto 13,5% asseguram que vão gastar mais.

Mesmo assim, mais de dois terços (75,8%) dos portugueses que participaram neste inquérito têm intenção de passar férias fora de casa, enquanto 24,2% não pretendem sair da respetiva residência habitual, mostra a sondagem realizada no início deste mês.

O barómetro da Intercampus revela também que aproximadamente um quinto dos inquiridos (19,6%) vão passar, pelo menos, parte das férias no estrangeiro, enquanto quase metade (47,2%) dizem que vão desfrutar das férias em território nacional.

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Bard, o “ChatGPT” da Google, acaba de chegar a Portugal

"Chatbot" com inteligência artificial da Google já fala português - e, agora, passa a estar disponível em Portugal. Melhor ou pior, consegue responder a todas as perguntas e pedidos dos utilizadores.

O Bard recorre à inteligência artificial para responder aos utilizadores.Mojahid Mottakin via Unsplash

O Bard, uma ferramenta criada pela Google parecida com o ChatGPT, foi disponibilizado esta quinta-feira em Portugal, anunciou a empresa sedeada na Califórnia. A partir de agora, os portugueses já podem “conversar” em linguagem natural com o famoso motor de busca graças ao poder da inteligência artificial.

Desde maio que o Bard já estava disponível ao público em dezenas de outros países, mas não na União Europeia, onde as regras de proteção de dados são vistas como mais apertadas. Os impedimentos terão sido ultrapassados e, doravante, o programa está disponível na “maior parte do mundo” e em “mais de 40 idiomas”, incluindo em português, anunciou a Google.

Esta é a reposta da Google à crescente popularidade do ChatGPT, um programa lançado em novembro por uma empresa chamada OpenAI, que responde a todas as perguntas e solicitações dos utilizadores. Muitas centenas de milhões de pessoas já usam programas como o ChatGPT no dia-a-dia, incluindo para fins profissionais, onde esta tendência tem causado tanta surpresa como preocupação.

Para tal, programas como o ChatGPT e o Bard estão ligados a modelos que foram “treinados” recorrendo a quantidades gigantescas de dados, incluindo conteúdos disponibilizados na internet, desde artigos como este a publicações nas redes sociais. Assim, estes programas conseguem gerar conteúdos que se assemelham aos produzidos pelos humanos.

“O Bard procura combinar a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade dos nossos grandes modelos de linguagem. Baseia-se em informações da web para proporcionar respostas novas e de alta qualidade. É uma experiência inicial que permite colaborar com inteligência artificial generativa. Pode ser uma saída para a criatividade e uma plataforma para despertar a curiosidade”, explica a Google.

Ou seja, em vez de procurar no Google receitas de bacalhau com natas e percorrer os melhores resultados, um utilizador pode perguntar diretamente ao Bard uma boa receita para cozinhar esta iguaria. Pode até dizer quais os ingredientes que tem em casa e pedir uma receita simples que abranja só aquilo que já tem.

Tal como o ChatGPT, o Google Bard é capaz de responder, melhor ou pior, a todos os pedidos dos utilizadores.Google

Contudo, esta é apenas uma tecnologia experimental, o que significa que está sujeita a erros. “Enquanto tecnologia experimental, o Bard poderá ocasionalmente fazer declarações imprecisas em resposta a comandos do utilizador”, admite a empresa, apelando aos utilizadores para reportarem esses erros. É também uma forma de a Google obter informação preciosa para aprimorar esta tecnologia.

"O Bard poderá ocasionalmente fazer declarações imprecisas em resposta a comandos do utilizador.”

Google

Em fevereiro, quando apresentou o Bard, a Alphabet (empresa dona da Google) perdeu cerca de 100 mil milhões de dólares em valor de mercado num só dia, depois de a Reuters ter detetado que um anúncio da empresa mostrava o programa a responder incorretamente a uma pergunta sobre ciência.

O caso representou uma humilhação para a Google, que, nessa altura, se batia com o crescimento do motor de busca concorrente Bing, da Microsoft. A concorrente foi mais rápida a perceber o potencial da tecnologia do ChatGPT neste tipo de aplicação, tendo lançado o Bing Chat, com o qual o Bard se assemelha.

Além do lançamento em vários países, incluindo Portugal e Brasil, e da compatibilidade com a língua portuguesa, a Google introduziu “novos recursos”, incluindo a possibilidade de juntar imagens aos comandos. “Quer o utilizador queira mais informações sobre uma imagem ou precise de inspiração para o texto da imagem — por exemplo, uma nota de agradecimento sobre um presente –, é agora possível carregar imagens com comandos (prompts) e o Bard analisa a foto para ajudar”, detalha a Google. Porém, para já, esta funcionalidade só está disponível em inglês.

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Hoje nas notícias: Despesas nas férias, CReSAP e TAP

  • ECO
  • 13 Julho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Quase metade dos portugueses tenciona gastar menos nas férias de verão face ao ano passado, segundo um barómetro publicado esta quinta-feira. A comissão que avalia candidatos a altos cargos públicos queixa-se de “dificuldade em atrair candidatos com mérito”. A privatização da TAP deverá ser aprovada no final deste mês. Conheça estas e outras notícias em destaque nos jornais nacionais.

Metade dos portugueses vai gastar menos nas férias

Num contexto de fortes subidas de preços, quase metade dos portugueses (46,9%) tenciona gastar menos nas férias de verão deste ano em comparação com o ano passado, concluiu um barómetro da Intercampus feito para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV. Quase um terço dos inquiridos (32,6%) diz que vai gastar o mesmo, enquanto 13,5% das pessoas admitem que vão gastar mais.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

CReSAP diz que faltam candidatos “com mérito”

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), que gere o recrutamento de dirigentes da Administração Pública, queixa-se de “dificuldade em atrair candidatos com mérito para o exercício das funções de dirigente de topo”, o que tem conduzido à repetição “um “número significativo” de concursos. Nessas situações, que deviam ser excecionais, o Governo pode escolher quem quiser.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Venda da TAP deve ser aprovada no final de julho

O Governo tenciona acelerar processo de privatização da TAP, tendo em vista conseguir preparar o decreto-lei até ao final deste mês, antes das férias de verão. Nas últimas semanas têm sido feitos vários contactos com bancos de investimento que estão a fazer comparações com outras companhias aéreas, segundo o Jornal de Negócios. A consultora EY e o Banco Finantia foram as entidades selecionadas pela Parpública para fazerem as duas avaliações independentes, que deverão estar concluídas no final deste mês.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Militantes ganham milhares com contratos sem concurso nas juntas de freguesia de Lisboa

Em várias freguesias de Lisboa, segundo uma análise feita pela CNN Portugal, há contratos por ajuste direto, de vários milhares de euros, pagos a empresas de ex-deputados na Assembleia da República e membros de assembleias municipais que são, ao mesmo tempo, assessores nas freguesias da mesma cor política. Luís de Sousa, politólogo e especialista em corrupção, afirma que esta prática “distorce a livre concorrência e, além de danos financeiros, pode gerar danos reputacionais”.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

Contas do ex-secretário de Estado vão ser investigadas

As contas bancárias do ex-secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, vão ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, no âmbito do processo “Tempestade Perfeita”. A investigação pretenderá averiguar se o ex-governante ficou com os 61.500 euros que recebeu do contrato celebrado com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) ou se parte desse dinheiro terá sido canalizado para eventual benefício de terceiros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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