Câmara de Gaia isenta em 50% as taxas para esplanadas no espaço público

Para "minimizar alguns dos efeitos negativos e de sustentabilidade financeira dos estabelecimentos de restauração e bebidas", autarquia de Gaia isenta em 50% as taxas para ocupação de esplanadas.

A partir de 1 julho, a título excecional e pelo período mínimo de um ano, a autarquia de Vila Nova de Gaia, liderada pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues, vai isentar em 50% as taxas previstas para ocupação do espaço público por esplanadas, incluindo as situadas nas baias de estacionamento e demais espaços públicos. A medida é levada a discussão na reunião do Executivo agendada para 19 de junho e visa “minimizar alguns dos efeitos negativos e de sustentabilidade financeira dos estabelecimentos de restauração e bebidas”.

O município nortenho ressalva, contudo, que a medida se aplica “desde que estas [as esplanadas] se situem em frente ao estabelecimento e cumpram as condições de instalação referidas no Regulamento Municipal de Defesa da Paisagem, Publicidade e Ocupação do Espaço Público, quer no que respeita à sua localização, quer ao nível do mobiliário”.

Embora a situação resultante do surto epidémico se encontre praticamente normalizada, a câmara de Gaia reconhece ainda dificuldades, agravadas por novas circunstâncias externas, que têm implicado uma recuperação lenta das atividades económicas com consequências no custo de vida da população em geral.

Eduardo Vítor Rodrigues

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

A autarquia já tinha em vigor uma medida de isenção das taxas na sequência da pandemia de Covid-19, que quer atualizar para fazer face às dificuldades que o país atravessa. “Embora a situação resultante do surto epidémico se encontre praticamente normalizada, a Câmara de Gaia reconhece ainda dificuldades, agravadas por novas circunstâncias externas, que têm implicado uma recuperação lenta das atividades económicas com consequências no custo de vida da população em geral”, sustenta a decisão.

Também com o objetivo de incentivar o cumprimento das normas e regras municipais para a instalação de esplanadas, será implementada uma restituição gradual da normalidade destas situações com forte impacto paisagístico”, conclui a autarquia.

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PME

Sunenergy de Coimbra vai entrar em Espanha e acelera na mobilidade elétrica

Empresa de energias renováveis que emprega 120 pessoas e fatura 12 milhões vai expandir o negócio para Espanha com abertura de sucursal em Ourense, e aposta em postos de carregamento elétricos.

A empresa de energias renováveis SunEnergy vai abrir em agosto uma sucursal na Galiza, mais concretamente em Ourense. Além do mercado espanhol, a SunEnergy continua a apostar no mercado nacional, preparando-se para inaugurar uma delegação na Maia no próximo mês. A PME sediada em Coimbra emprega 120 pessoas e fatura 12 milhões de euros.

A porta de entrada no mercado espanhol vai ser pelo Norte e, a partir daí, vamos avançar para outras regiões”, adianta ao ECO/Local Online, Raul Santos, diretor geral da SunEnergy em Portugal.

No final do ano passado, a espanhola Sorigué comprou 70% do capital da SunEnergy, uma operação que assinalou a primeira aposta do grupo no mercado português. Fundado em 1954 e liderado por Ana Valles, o grupo Sorigué fatura 700 milhões, emprega 3.500 pessoas e tem atividade em áreas como construção, engenharia ou tecnologia, tendo entrado em 2021 nas energias renováveis com a aquisição da espanhola Ecotelia.

“Antes da entrada do grupo Sorigué no capital da SunEnergy, já tínhamos o objetivo de internacionalizar. O mercado espanhol era uma prioridade e uma opção lógica. Já tínhamos planos para abrir uma sucursal na Galiza”, destaca o diretor geral da SunEnergy em Portugal.

Antes da entrada do grupo Sorigué no capital da SunEnergy, já tínhamos o objetivo de internacionalizar. O mercado espanhol era uma prioridade e uma opção lógica.

Raul Santos

Diretor geral da SunEnergy em Portugal

Fundada em 2010, a SunEnergy já instalou cerca de 120 mil painéis solares fotovoltaicos. Só no ano passado instalou cerca de 17.000 painéis para a produção de energia elétrica a partir do sol em modelo de autoconsumo, o que correspondeu a 7 MW de potência instalada, num total de energia produzida de 10 MWh, que daria para abastecer mais de 3 mil casas. Nas contas da empresa, estes projetos vão permitir uma poupança anual acumulada de 1.400.000€ e uma redução de 3.000 toneladas de emissões de CO2 por ano.

Raul Santos, diretor geral da SunEnergy em Portugal

Neste momento, a SunEnergy está a terminar a instalação de 2.027 painéis solares fotovoltaicos no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, descrito como “um dos maiores projetos de autoconsumo em hospitais no país”. Os painéis vão permitir diminuir a fatura energética desta unidade hospitalar nortenha em cerca de 200 mil euros por ano, com uma diminuição anual das emissões de CO2 em 300 toneladas.

A empresa vai ainda instalar 3.267 painéis solares fotovoltaicos no Hospital Santa Maria, em Lisboa. Omya, Asa Congelados, Grupo Rodi, Logoplaste, Bacalhôa, Solzaima, Ramalhos, E-Leclerc, Miranda Bike Parts, Plural, Astrazeneca ou Interecycling são algumas das dezenas de clientes da empresa de Coimbra.

Acelerar na mobilidade elétrica

Desde 2021 que a empresa portuguesa tem vindo a apostar igualmente na mobilidade elétrica, mais concretamente através da instalação e operação de postos de carregamento de viaturas elétricas. Para os próximos dois anos, está nos planos um investimento de, pelo menos, um milhão de euros nesta área de negócio.

A SunEnergy já tem postos de carregamento ultra rápidos em Vila Real, Santarém e Palmela. E prepara-se para inaugurar outros em Viana do Castelo, Évora e Guarda. Raul Santos releva que o Algarve está também na mira da empresa. Juntamente com o novo acionista espanhol, o gestor está também a “avaliar oportunidades na área da mobilidade elétrica” no país vizinho.

De Norte a Sul, passando pelas ilhas, a SunEnergy conta com um total de 22 delegações em regime de franchising. Está presente em Coimbra, Montalegre, Viana do Castelo, Braga, Viseu, Mangualde, Caldas da Rainha, Marinha Grande, Vila Franca de Xira, Mafra, Elvas, Mafra, Odivelas, Cascais & Sintra, Barreiro, Seixal, Setúbal & Palmela, Sesimbra & Almada, Grândola, Albufeira, Faro, Madeira e Açores. O objetivo passa por ampliar a rede para 30 delegações até ao final do ano.

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“Nunca senti falta de solidariedade do primeiro-ministro. A decisão de demissão foi minha”, diz Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos reconheceu na comissão parlamentar de inquérito à TAP que o processo de indemnização à antiga administradora, que ditou a sua saída do Governo, não correu bem.

Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e Habitação, reconheceu na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP que o processo de saída da antiga administradora executiva da TAP, Alexandra Reis, “correu mal”. Disse também que nunca sentiu falta de solidariedade do primeiro-ministro.

“É um processo que correu mal, mas foi ele que ditou a minha saída do Governo e me faz estar aqui no Parlamento“, afirmou Pedro Nuno Santos na sua intervenção inicial, que fez sem qualquer papel escrito.

André Ventura, deputado do Chega, perguntou ao ex-ministro se fazia um mea culpa e se considerava que tinha sido negligente. “Eu fiz o meu trabalho de boa-fé. As coisas não correram bem. E assumi a responsabilidade demitindo-me”, respondeu. Por várias vezes acusou André Ventura de estar mais preocupado em “falar para o eleitorado” do que em apurar a verdade.

Tinha e tenho uma boa relação com o primeiro-ministro. Vou vendo muitas leituras sobre a minha relação com o primeiro-ministro e o ministro das Finanças. Nunca senti falta de solidariedade do primeiro-ministro. A decisão de demissão foi minha“, afirmou, respondendo a Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda.

“A indemnização a Alexandra Reis é menos de 1% do trabalho com a TAP e menos de 0,5% do trabalho do Ministério”, sublinhou, no entanto, o ex-governante que, na semana passada, foi ouvido sobre a TAP, mas na Comissão de Economia, após cinco meses de silêncio. Pedro Nuno Santos afirmou que ele próprio deu autorização à ex-CEO para a substituição de Alexandra Reis numa reunião com Christine Ourmières-Widener. “A reunião foi comigo, a sós, e dei autorização”, afirmou.

Era para mim fundamental, independentemente da minha opinião sobre Alexandra Reis, ter uma comissão executiva coesa, coerente, em que a CEO se revia na totalidade dos seus membros. Esse é um direito que na medida do possível deve ser reconhecido aos CEO”, disse para justificar a decisão.

O ex-ministro deu como exemplo a entrada de Paulo Macedo na presidência executiva da Caixa Geral de Depósitos, em que este pode escolher a sua equipa, sendo indemnizados os administradores que tiveram que sair. Na equipa original de Christine Ourmières-Widener estavam administradores que não tinham sido escolhidos pela nova CEO. Um deles era Alexandra Reis.

O antigo governante disse que esteve envolvido no início do processo e depois só no fim. “Não sabia de tudo”. Disse aos deputados que “foi confrontado com um valor que achava alto” [1,5 milhões] e depois com outro que ainda achava alto [500 mil euros], mas que segundo o meu secretário de Estado não era possível baixar mais. Por isso dei o OK”, relatou.

O valor é alto em qualquer país do mundo. Em Portugal ainda mais. Mas é uma empresa em que os administradores ganham muito. Sendo um valor alto é conducente com os salários praticados”, justificou.

Sobre a violação do Estatuto do Gestor Público na cessação de funções de Alexandra Reis, Pedro Nuno Santos escudou-se dizendo que não lhe foi apresentado “um enquadramento jurídico ou alternativa. Fui confrontado com um valor e dei a minha opinião pessoal”, disse na sua intervenção inicial.

Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP - Audição de Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação - 15JUN23
Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP – Audição de Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e da HabitaçãoHugo Amaral/ECO

“O processo decisório é formal”

O ex-ministro respondeu também às acusações de informalidade na tomada de decisões no ministério que liderou, depois da divulgação das mensagens de WhatsApp com o ex-secretário de Estado das Infraestruturas em que autoriza a indemnização. “As decisões no Ministério das Infraestruturas não são tomadas por WhatsApp. No Ministério das Infraestruturas e Comunicações comunicamos de muitas maneiras. Outra coisa é o processo decisório e o processo decisório é formal”, atirou.

Disse também que na altura não tinha informação de que não tinha existido diálogo com as Finanças sobre a saída da antiga administradora executiva.

Não sabia que não tinha havido contacto entre o secretário de Estado das Infraestruturas e o Secretário de Estado do Tesouro. Era normal que tivesse falado”, reconheceu Pedro Nuno Santos. O antigo ministro sublinhou, no entanto, que Hugo Mendes, que foi ouvido na véspera na CPI, “não tinha que o fazer, como a IGF aqui o disse, como o ex-ministro João Leão o disse”. “Não é a tutela setorial que tem levar o processo às Finanças. As empresas é que expõem processos junto das duas tutelas”.

Pedro Nuno Santos quis justificar os comunicados que enviou. Primeiro o pedido de esclarecimentos à TAP, partilhado pelas Finanças, sobre o acordo com Alexandra Reis. “O pedido de esclarecimento é sobre aquilo que não sabia: como se chega àquele valor. Mesmo que soubesse, precisamos sempre uma resposta formal da TAP para remeter à Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e esta iniciar o processo de fiscalização”, justificou.

Bernardo Blanco confrontou-o com o facto de os benefícios do acordo com Alexandra Reis constarem da mensagem que lhe foi enviada pelo secretário de Estado das Infraestruturas. “Um ano depois não tinha memória sobre o montante e aquela troca de mensagens”, justificou, reconhecendo que só mais tarde, ao revisitar com a sua equipa o processo, identificou as mensagens. O que o levou a fazer um segundo comunicado onde assume que teve conhecimento e autorizou a saída de Alexandra Reis. “Ando na política há muito tempo. Fazer dois comunicados de demissão com três semanas de intervalo… Se soubesse [das mensagens] ter-me-ia poupado”.

E porque não foi aproveitada a iniciativa de Alexandra Reis, que no dia 29 de dezembro pôs o lugar à disposição num e-mail enviado às tutelas, devido à saída da HPGP (de Humberto Pedrosa) da estrutura acionista da companhia aérea, que a tinha indicado? Pedro Nuno Santos salientou que Alexandra Reis mostrava vontade em ficar e que a considerava “competente”, pelo que não havia motivo para que saísse. Nenhum membro do Governo respondeu ao e-mail.

“Não sei se a saída era a custo zero se fosse eu a falar” com Alexandra Reis

Cinco dias depois, a ex-CEO da TAP comunicou na reunião com Pedro Nuno Santos a vontade em substituir a administradora, lembrou Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda. “Cada um sabe como se relaciona com as pessoas. Eu podia ter dito à CEO ‘não diga nada à Engenheira Alexandra Reis e eu vou-lhe responder que faz sentido ela ir-se embora’. O que diria isso sobre mim?”, respondeu.

“A partir do momento em que a engenheira Christine tem autorização vai falar com Alexandra Reis, com suporte do acionista”, defendeu. “Não considerou ter conversa franca com a administradora e conseguir a saída a custo zero”, questionou Paulo Moniz, do PSD. “Não sei se a saída era a custo zero se fosse eu a falar. Se havia disponibilidade para sair não é ter sido eu a falar que transforma uma saída por zero no pedido de uma indemnização de 1,5 milhões”, apontou.

André Ventura confrontou Pedro Nuno Santos com o comunicado enviado pela TAP à CMVM onde é comunicada a renúncia da antiga administradora, para abraçar novos desafios profissionais. “Eu não conhecia o acordo que as duas partes assinaram. E o comunicado era a tradução do acordo e da solução jurídica a que tinham chegado as duas partes”, justificou o antigo ministro.

“Não olhei para o comunicado da CMVM como sendo uma mentira”, acrescentou, referindo que na correção do comunicado pela TAP, feita por determinação do supervisor do mercado de capitais, mantém-se a referência a uma “renúncia”, acrescentando que esta aconteceu “por acordo”.

A passagem de Alexandra Reis para a NAV, pouco depois de sair da TAP, também foi tema. Pedro Filipe Soares confrontou o ex-ministro com o facto mês e meio depois ter sido sondada para o cargo. Pedro Nuno Santos garantiu que os dois processos não estão relacionados e que o nome foi sugerido pelo seu secretário de Estado, Hugo Mendes. O deputado do Bloco de Esquerda salientou que, segundo o Estatuto do Gestor Público, Alexandra Reis teria de devolver parte da indemnização.

O antigo ministro garantiu que não falou com Fernando Medina antes deste convidar Alexandra Reis para secretária de Estado do Tesouro, cargo em que tomou posse a 2 de dezembro de 2022. “Ele não pede a minha opinião antes de convidar Alexandra Reis. Soube [que ia para o Governo] no dia em que foi tornado público. Fiquei com pena pela NAV, mas fiquei a achar que o Governo tinha ganho uma excelente secretária de Estado do Tesouro”.

Pedro Nuno Santos começou com uma nota de humor, antes mesmo do início da audição. “Como são dez horas trouxe snacks. Eu partilho, sou socialista”. “Esta é uma audição difícil para mim, com temas desconfortáveis para mim. Mas era uma audição que ansiava há muito tempo. Passaram seis meses desde que que saí do Governo”, recordou.

Na última ronda da CPI, avisou que estaria de regresso em breve ao Parlamento. “Não sou candidato a nada. Vou ser deputado no dia 4 de julho”, disse Pedro Nuno Santos.

Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP - Audição de Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação - 15JUN23
Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP – Audição de Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e da HabitaçãoHugo Amaral/ECO

Parlamento vai ter acesso às faturas que Neeleman cobrou à TAP

Antes da audição foi aprovado um requerimento do PCP a pedir à TAP e ao Ministério das Finanças de toda a documentação, troca de correspondência e faturas que tenham eventualmente sido remetidas à TAP por David Neeleman ou suas empresas (incluindo DGN), ou pela Atlantic Gateway, referentes a serviços de assessoria prestados a David Neeleman ou às suas empresas. Bem como toda a documentação de pagamentos efetuados pela TAP a consultores externos, ou outras entidades, relativas ao processo de aquisição da TAP e de negociação dos contratos com a Airbus desde 2014 até ao presente.

Pedro Nuno Santos era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares quando, em fevereiro de 2019, foi convidado por António Costa para ministro das Infraestruturas e Habitação, sucedendo a Pedro Marques. Manteve-se no cargo no Executivo seguinte, saindo a 4 de janeiro deste ano, na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros brutos paga a Alexandra Reis para deixar a administração da TAP. É apontado como um dos mais fortes candidatos a uma futura liderança do PS.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estando a votação do relatório final prevista para 13 de julho.

(notícia atualizada às 22h03)

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Após subida de juros do BCE, Marcelo renova apelo para banca remunerar melhor depósitos

O Presidente da República alerta para a monitorização da situação das famílias após subida de juros, mas vê sinal positivo na decisão do banco central dos EUA.

Em reação a mais uma subida de juros do Banco Central Europeu (BCE), o Presidente da República volta a insistir com a banca portuguesa para que “remunere melhor os depósitos”, numa altura de “aperto” para muitas famílias. Marcelo Rebelo de Sousa admite “sabor amargo” da decisão do BCE mas destaca sinais positivos dos EUA.

“No imediato, é preciso que a banca olhe para isto, remunere melhor os depósitos bancários dos portugueses”, diz aos jornalistas em declarações transmitidas pelas televisões, apontando que, se continuar esta tendência de subida de juros, a banca deve perceber que tal “está a apertar ainda muitas famílias portuguesas”.

Marcelo respondia a questões depois de ser conhecido que o BCE avançou para a oitava subida de juros consecutiva, aumentando as taxas diretoras em 25 pontos base, numa decisão que não trouxe surpresas e eleva a taxa de depósitos para máximos desde 2001.

Para o Presidente da República, estas notícias trazem “coisas positivas e negativas”. Por um lado, “já se esperava esta subida”, que “é pequena mas é uma subida”. É “negativo o facto de o BCE explicar que está ainda com previsões que não são muito favoráveis em relação à Europa, quanto à inflação e o crescimento”, aponta.

Por outro lado, é “positivo que não tenha havido o mesmo comportamento da parte da Reserva Federal norte-americana, que já nem aumentou juros: é um primeiro sinal”, diz, mostrando-se expectante que o BCE possa acompanhar esta decisão eventualmente em setembro. Para já, a presidente do Banco Central Europeu já deixou claro que em julho haverá uma nova subida dos juros. Marcelo nota ainda que o cenário de Portugal é mais favorável do que o europeu, sendo que “está numa linha de descida de inflação um pouco mais rápida e com crescimento superior a resto da Europa”.

Assim, expressa uma “mistura de sentimentos: no imediato, tem sabor amargo esta subida, mas apesar de tudo é menos amargo com a mudança americana, evolução de alguns países da Europa e facto de sabermos que a preocupação do BCE não é tão verdade em Portugal”.

Mesmo com este cenário mais favorável, Marcelo insiste no aviso à banca (que já tinha sido feito após a mudança de condições nos Certificados de Aforro) para melhorar os depósitos e diz que é necessário “as autoridades financeiras irem acompanhando com cuidado” a situação das famílias. “Vamos ver o impacto disto no rendimento disponível das famílias, para ver ate onde e preciso que o Governo intervenha”, alerta.

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Moody’s desce ratings da Altice International e melhora perspetiva para estável

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

O rating CFR (Corporate Family Rating) de longo prazo da Altice International desceu de B2 para B3, tal como o rating PDR (Probability of default rating).

A Moody’s Investors Service anunciou esta quinta-feira que desceu o rating CFR (Corporate Family Rating) de longo prazo (de B2 para B3) e o rating PDR (Probability of default rating) (de B2 para B3) da Altice International, que opera em Portugal.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Moody’s afirma que também desceu as notações dos instrumentos sénior sem garantia da Altice Finco S.A. (de Caa1 para Caa2) e dos instrumentos sénior com garantia e da facilidade de crédito bancário com garantia da Altice Financing (de B2 para B3).

O outlook (perspetiva) de todas as entidades foi alterado de negativo para estável“, adianta a Moody’s.

“O downgrade dos ratings reflete a deterioração prolongada das métricas de crédito da Altice International e a expectativa de que não irão melhorar para níveis compatíveis com os ratings B2 existentes nos próximos 12 a 24 meses, apesar do desempenho operacional estável da empresa”, afirma Ernesto Bisagno, vice-presidente da Moody’s – Senior Credit Officer, citado no comunicado.

No comunicado, Bisagno acrescenta que “a ação de rating também tem em conta a reduzida flexibilidade financeira da empresa, devido ao recente pagamento de dividendos de 320 milhões de euros, e a sua fraca geração de fluxo de caixa livre, que será ainda mais pressionada pelo aumento do custo da dívida”.

Além de Portugal, a Altice International opera em Israel, República Dominicana e é proprietária da TEADS.

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IP estuda nova solução para zona da Garraia em Évora após obras da ferrovia

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

Está em estudo uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional 18, na periferia de Évora, após alterações resultantes das obras da nova ferrovia.

A Infraestruturas de Portugal (IP) está a estudar uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional (EN) 18, na periferia de Évora, após alterações provocadas pelas obras da nova ferrovia, revelou esta quinta-feira a empresa. Esta nova solução junta-se a uma outra, igualmente em estudo pela IP e que foi divulgada pela empresa em março, que consiste na construção de um viaduto sobre a futura linha ferroviária.

Fonte da IP adiantou à Lusa que a empresa pública acordou com a Câmara Municipal de Évora e a Associação de Moradores da Garraia (AMG) avançar com estudos sobre o desenvolvimento de “uma solução alternativa ao viaduto de acesso à EN18“.

“Esta nova solução baseia-se na implantação de duas rotundas, a nascente e poente do nó” que dá acesso à Garraia, permitindo “eliminar as viragens à esquerda no restabelecimento e o cumprimento de redução de velocidade na aproximação”, salientou.

É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior.

Carlos Pinto de Sá

Presidente da Câmara Municipal de Évora

Segundo a IP, a nova solução foi apresentada pela empresa à Câmara de Évora no dia 30 de maio. “A IP está disponível para avançar com a concretização de qualquer uma das duas soluções, em função do que vier a ser acordado com a câmara de Évora em articulação com a AMG”, acrescentou.

Contactado pela Lusa, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, referiu que o município está agora a fazer uma avaliação técnica das duas soluções apresentadas e tomará uma decisão nas próximas semanas, em diálogo com a AMG. “É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior”, notou.

a AMG, disse à Lusa o presidente da associação, Pedro Pessoa, realizou uma assembleia geral para os moradores da Garraia discutirem as duas propostas e a maioria escolheu a solução que implica a construção do viaduto.

Em março, a empresa pública já tinha assumido “o desenvolvimento de uma nova passagem superior”, ou seja, um viaduto sobre a futura ferrovia, referindo, então, que o projeto de execução “se encontra em curso”. Na altura, a IP previa que o projeto pudesse ficar concluído até ao final de 2023, o que permitiria que os trabalhos estivessem em curso antes do final de 2024.

Os moradores da Garraia contestam o que consideram ser “erros grosseiros” do projeto do troço ferroviário Évora-Évora Norte, nomeadamente a solução que foi criada para a ligação do Caminho Municipal 1090, que serve os moradores deste lugar, à EN 18.

Estão em obra os quatro troços que vão integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.

O projeto pretende reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia, e “aumentar a eficiência e atratividade” do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento.

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BCE sem pausa na subida dos juros. “Terminámos a jornada? Não”, diz Lagarde, anunciando novo aumento em julho

“Are we done? No”, anunciou a presidente do BCE, Christine Lagarde, antecipando que o próximo trará uma nova subida das taxas de juro.

O Banco Central Europeu (BCE) acabou de subir as taxas na Zona Euro para máximos desde 2001, mas presidente Christine Lagarde revelou que o trabalho ainda não terminou no combate à inflação e que a reunião do conselho de governadores do próximo mês trará uma nova subida dos juros na região.

“Are we done? Terminámos a jornada? Não, ainda não chegamos ao nosso destino. Ainda temos caminho a percorrer? Sim, temos caminho a percorrer”, adiantou Christine Lagarde em conferência de imprensa, após a reunião do conselho de governadores ter decidido a oitava subida dos juros seguida.

“E posso ir mais longe: posso dizer que, salvo alguma mudança material no nosso cenário base, é muito provável que continuamos a aumentar as taxas de juro em julho, o que não é uma surpresa”, acrescentou.

Para Lagarde, que foi questionada sobre a pausa anunciada esta quarta-feira pela Fed, o BCE vai continuar a apertar a política monetária pois está “determinado” em atingir o objetivo de 2% da inflação em tempo apropriado.

“Não estamos a pensar em fazer pausas, como podem ver”, referiu aos jornalistas.

A subida de julho — reunião está marcada para 27 de julho — já era mais ou menos esperada pelos analistas. Mas o facto de a economia da Zona Euro ter entrado em recessão e a inflação estar a dar sinais de alívio baralham as contas do mercado em relação aos próximos meses.

Recusando fazer comentários sobre qual a taxa terminal, a presidente do BCE apenas notou que só se saberá quando as autoridades monetárias chegarem “ao destino”, ou seja, quando se atingir uma taxa de inflação a médio prazo de 2%, que é a meta do banco central.

O BCE anunciou esta quinta-feira um aumento de 25 pontos base nas taxas de juro, em linha com o aumento do mês passado e já acumulando subidas de 400 pontos em menos de um ano. Com esta decisão, elevou a taxa dos depósitos para 3,50%, a mais alta desde maio de 2001, na altura da crise das dotcom, enquanto as taxas de juro aplicáveis às operações de refinanciamento e de cedência de liquidez subiram para 4,00% e 4,25%, respetivamente.

O staff do banco central reviu em alta as projeções para a inflação subjacente, que deverão situar‑se em média em 5,4% em 2023, 3,0% em 2024 e 2,2% em 2025.

“Seremos tão restritivos quanto for necessário para garantir que cheguemos a esse destino. Nos parâmetros atuais, 2,2% em 2025 não é satisfatório e não é oportuno. É por isso que estamos a tomando estas decisões como as de hoje”, referiu a responsável francesa.

(Notícia atualizada às 14h17)

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Delta Cafés lança edição especial da revista DDD em homenagem a Rui Nabeiro

  • + M
  • 15 Junho 2023

Da capa à contracapa, o sorriso contagiante do comendador atravessa toda a revista, descreve o grupo.

A revista DDD, projeto editorial do Grupo Nabeiro – Delta Cafés destinado a clientes e parceiros, está a lançar uma edição especial dedicada a Rui Nabeiro, fundador do grupo. “Da capa à contracapa, o sorriso contagiante do comendador atravessa toda a revista”, descreve o grupo.

“Cada página é um elogio ao amor que guiou a vida do nosso avô e que tantas vidas tocou. A sua integridade e vincada ética serão sempre uma fonte de inspiração para a família, colaboradores e tantos amigos que conquistou nos seus 91 anos de vida. Esta edição é, por isso, muito especial. Feita de emoções, palavras pintadas de alegria e imagens bonitas que contam a nossa história e e do seu caminho, que nos continua a inspirar”, diz citada em comunicado Rita Nabeiro, administradora do Grupo Nabeiro – Delta Cafés e neta do fundador.

“As várias vidas de Rui Nabeiro” retrata o empresário, criador de um império com expressão internacional; o político, que acompanhou sempre a região e transmitiu sempre um sentido de missão aos autarcas; o humanista, generoso e dedicados aos outros; o criativo, com espírito visionário que cedo começou a investir em campanhas publicitárias e na melhor forma de comunicar cada produto; o homem do desporto, que deixou a sua marca no futebol através do Campomaiorense, o clube da terra, o único do Alentejo a chegar à final da Taça de Portugal e a jogar na primeira divisão”, detalha a Delta.

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Puma reorganiza marketing global e nomeia novo diretor global de marca e marketing

Richard Teyssier, general manager da Puma na Europa, será o novo novo diretor global de marca e marketing a partir de 1 de julho e irá reportar diretamente ao CEO da marca.

A Puma encontra-se a reorganizar o seu departamento de marketing global, tendo nomeado Richard Teyssier como o novo diretor global de marca e marketing.

Esta decisão de reorganização visa estabelecer a base organizacional para “elevar ainda mais a marca Puma“, naquela que é “assumidamente uma das três prioridades estratégicas da empresa”, refere-se em nota de imprensa.

Deste modo e futuramente, o marketing global da marca ficará na sede da empresa em Herzogenaurach (Alemanha), de forma a “melhorar o alinhamento e acelerar a tomada de decisões com as diferentes unidades de negócio globais da empresa”. Os departamentos de gestão da marca e operações de marketing vão assim ser realocados de Boston para Herzogenaurach a partir do dia 1 de julho.

Paralelamente, a equipa de marketing da América do Norte ver-se-á reforçada com novas responsabilidades, nomeadamente o marketing desportivo local e a gestão de parcerias locais, “de modo a dar continuidade à elevação da marca no mercado norte-americano”.

“A marca Puma está no centro do sucesso da nossa empresa. No entanto, as nossas pesquisas mostram claramente que a Puma tem oportunidades significativas para alavancar todo o seu potencial enquanto marca. É por isso que elevar continuamente a nossa marca é uma das prioridades estratégicas. Com a organização de marketing global baseada na proximidade das principais funções centrais na sede, estabelecemos a base organizacional para alcançar esse objetivo“, refere Arne Freundt, CEO da Puma, citado em comunicado.

Segundo o CEO da marca, esta ação “garantirá a consistência da marca e acelerará a tomada de decisões para fortalecer ainda mais a Puma, sempre e cada vez mais centrada no consumidor. Com a nova configuração, poderemos conduzir campanhas com ainda maior impacto de forma a reforçar o nosso posicionamento junto dos consumidores”.

Richard Teyssier, novo diretor de Marca e Marketing Global. Foto: PUMA

Richard Teyssier, general manager da Puma na Europa, será assim o responsável por liderar a organização de marketing global enquanto diretor de marca e marketing global, reportando diretamente a Arne Freundt.

Teyssier conta com uma “vasta” experiência em gestão de marcas e marketing após 17 anos em cargos de liderança na Mars Inc., onde foi responsável por algumas das marcas mais icónicas da empresa, como M&Ms e TWIX em França, antes de entrar na Puma em 2010.

Dentro da marca desportiva, Richard Teyssier foi diretor-geral para o mercado francês até 2021, tendo depois assumido a responsabilidade pela Europa Central, França, Reino Unido e Irlanda, Sul da Europa e Norte da Europa em todos os canais. Entretanto vai continuar a liderar esta região até que o seu sucessor seja anunciado.

Com Richard Teyssier, encontramos o candidato ideal para conduzir a estratégia de elevação da marca Puma no futuro. O Richard não é apenas um verdadeiro especialista em marketing com uma forte experiência em gestão de marcas. É também parte integrante da nossa família Puma e conhece o negócio aprofundadamente após mais de 12 anos com funções de gestão na Puma France e Puma Europe”, refere Arne Freundt, citado em comunicado.

Por sua vez e após mais de 20 anos na empresa, Adam Petrick, global chief brand officer da Puma, optou por não realizar a mudança para Herzogenaurach e por procurar novos desafios fora da empresa, ficando no entanto a desempenhar as suas funções até ao final do ano de forma a “garantir uma transição tranquila”.

Recentemente foi noticiado que a Puma pode substituir a Nike enquanto patrocinadora dos equipamentos da seleção nacional portuguesa de futebol.

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Cabaz IVA zero quase 10 euros mais barato desde arranque da medida

Cabaz IVA zero monitorizado pela Deco ficou quase 10 euros mais barato desde a entrada em vigor da medida, passando a custar 129,19 euros. Maçã, brócolos e ervilhas ultracongeladas lideram as subidas.

O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” ficou quase 10 euros mais barato, desde que a medida entrou em vigor, passando a custar 129,19 euros, de acordo com os cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem o peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção. Se a 17 de abril, este mesmo cabaz custava 138,63 euros, esta quarta-feira custava já 129,19 euros. Contas feitas, no espaço de quase dois meses ficou 9,58 euros mais barato, isto é, o equivalente a uma quebra de quase 7%.

A couve-flor foi o produto que mais registou uma contração de preço desde a entrada em vigor do IVA zero, tendo registado uma quebra de 1%. Já a laranja estabilizou.

Por outro lado, neste mesmo período, a maior subida foi registada na maçã gala, cujo preço disparou 14%, seguida pelos brócolos (11%), pela maça golden (6%) e pelas ervilhas ultracongeladas (4%).

Já em termos de categorias de produtos, o peixe foi o que mais beneficiou com a entrada em vigor desta medida, com o preço de uma cesta a recuar 12,92% (menos 4,51 euros) para 30,36 euros. Segue-se a mercearia, cujo preço recuou 5,96% (menos 1,33 euros), passando a custar 20,97 euros; os laticínios, que ficaram 5,55% mais baratos (78 cêntimos) para 13,31 euros); a carne, que recuou 5,20% (menos 2,12 euros) para 38,76 euros) e a fruta e legumes, que cedeu 4,26% (menos 0,98 cêntimos) para 22,04 euros.

Em contrapartida, os congelados foram a única categoria que viu o preço aumentar, com uma cesta a ficar 4,08% mais cara (mais 15 cêntimos) para 3,74 euros.

Já no que toca especificamente à última semana – entre 7 e 14 de junho –, o cabaz IVA zero ficou 1,87 euros mais barato (-1,43%), passando de 131,06 euros para 129,19 euros. A carne de novilho para cozer, a dourada, a laranja e a batata vermelha foram os produtos cujos preço mais aumentou na última semana, tendo registado uma subida de 4%.

Segue-se a maça gala, o bacalhau graúdo e as massas espirais (todos 3%) e as ervilhas ultracongeladas, o arroz agulha e a maça golden (2%).

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. E, tal como cabaz IVA zero, na última semana este cabaz de bens alimentares voltou a descer, após ter subido na semana anterior.

Entre 7 e 14 de junho, recuou 3,27 euros (-1,47%), passando a custar 218,79 euros. Já se compararmos com há um ano (a 15 de junho de 2022), este cabaz está cerca de 15,59 euros mais caro, como resultado de uma subida de 7,67% dos preços. Por sua vez, se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022), este cabaz aumentou 19,15%, passando a custar mais 35,16.

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Politécnico da Guarda vai criar plataforma para promover negócios agrícolas

  • ECO e Lusa
  • 15 Junho 2023

Instituto Politécnico da Guarda vai criar uma plataforma para tornar os negócios agrícolas dos territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha mais sustentáveis e competitivos.

“Vamos desenvolver a primeira plataforma de promoção de inovação territorial agroalimentar, com base em tecnologias de monitorização, produção e gestão”, anunciou a docente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e responsável pelo projeto, Teresa Paiva. E que visa tornar os negócios agrícolas dos territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha mais sustentáveis e competitivos.

Segundo o IPG, esta plataforma — que alia a inovação e tecnologia às atividades turísticas e rurais — vai ser desenvolvida em parceria com pequenas e médias empresas (PME) da região, centros de investigação e instituições de ensino superior.

Intitulado Interior+, este projeto contará com um investimento que ultrapassa os 850 mil euros, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), depois de ter assegurado a primeira posição numa lista de 13 candidatos ao financiamento para a revitalização de zonas rurais.

[Começa] com uma região modelo que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta. Diferentes agentes do setor reúnem-se para criar medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios.

Teresa Paiva

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

O contrato para a concretização deste projeto foi assinado na quarta-feira, numa cerimónia que decorreu em Lisboa, e que contou com a presença da ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, e do presidente do IPG, Joaquim Brigas.

Segundo Teresa Paiva, o projeto terá início “com uma região modelo que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta. Diferentes agentes do setor se reúnem para criarem medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios“.

om uma região modelo que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta. Diferentes agentes do setor reúnem-se para criar medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios.

Caberá ao Politécnico da Guarda capacitar empresários agrícolas para a utilização da plataforma, com formações para “dotar as empresas de competências para monitorizar pastagens, produções agrícolas e animal, terem melhores condições de trabalho e para otimizarem os seus negócios de forma sustentável”.

“Com recurso a instrumentos tecnológicos avançados — como drones, IoT (“internet das coisas”) e inteligência artificial –, a plataforma agrega informações úteis aos empresários agrícolas sobre características dos solos, dietas ajustadas para a criação de animais, otimização de recursos, necessidades dos consumidores, tendências de consumo e estratégias comerciais”, descreveu.

No seu entender, com esta plataforma as empresas terão ao seu dispor “um conjunto de dados que lhes permite adaptarem-se às necessidades do mercado e potenciar o valor dos produtos endógenos“.

“Este projeto-piloto vem responder às necessidades das regiões cuja atratividade turística é fraca e a desertificação populacional é alta, mas o objetivo é extrapolar para outros setores de atividade. A plataforma é uma ação para uma estratégia intersetorial, para sermos mais eficientes, começando na agricultura até à restauração, numa perspetiva farm-to-fork (do campo para a mesa)”, afirmou.

Já o presidente do IPG, Joaquim Brigas, evidenciou que liderar este projeto fortalece o compromisso de colocar a inovação e a investigação ao serviço da comunidade, estimulando o crescimento do tecido económico e social. “O desenvolvimento das zonas de baixa densidade e transfronteiriças, como é o caso da região da Guarda, está a ser reforçado pela transferência de conhecimento da academia para as empresas, o que torna a nossa sociedade mais qualificada e preparada”, concluiu.

Para além do IPG, estão também envolvidas no projeto a Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, o Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade — representado do Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, CerFundão, InCubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras. Assim como os institutos politécnicos de Castelo Branco e de Viana do Castelo, INIAV – Polo de Braga, Meltagus – Associação Apicultores Parque Natural Tejo Internacional, Monte Silveira Bio, O&C – Olive Company, Lda, Soprobeira, Quinta da Biaia, Gabriela Isabel Alves, Cereal do Vale e TeroMovigo — Earth Innovation.

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BCE mais pessimista para a economia e inflação

Zona Euro cresce menos de 1% este ano e inflação vai continuar acima do objetivo de 2% até 2025, de acordo com as novas projeções (mais pessismistas) do BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) está ligeiramente mais pessimista em relação à Zona Euro, antecipando um crescimento (ainda) mais moderado este ano e no próximo, enquanto agravou a perspetiva para a inflação, que se manterá acima do objetivo até 2025, pelo menos.

O PIB da região deverá crescer 0,9% em 2023 e 1,5% em 2024, de acordo com as novas projeções do banco central que ficam 0,1 pontos percentuais abaixo do que previa em março, uma revisão em baixa explicada pelas incertezas introduzias pela guerra na Ucrânia, explicou a presidente do BCE em conferência de imprensa. Para 2025, o BCE mantém a projeção de um crescimento de 1,6%.

Em relação aos preços, as projeções foram agravadas. A taxa de inflação deverá ficar nos 5,4% este ano, acima dos 5,3% previstos anteriormente. Também as taxas para 2024 e 2025 são revistas em alta em 0,1 pontos percentuais, para 3% e 2,2%, respetivamente.

No comunicado em que anuncia a decisão de subir novamente as taxas de juro, o BCE refere que os “indicadores das pressões subjacentes sobre os preços permanecem fortes, embora alguns evidenciem sinais preliminares de abrandamento”.

A autoridade monetária justifica a revisão em alta com “anteriores surpresas em sentido ascendente” e com as “implicações da robustez do mercado de trabalho para o ritmo de desinflação”.

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