Voto em qualquer local nas Europeias pode ser alargado às Presidenciais

Diploma aprovado pelo Governo para mitigar abstenção pode vir a converter-se numa "reforma estrutural" nas Europeias e Presidenciais, admite secretário de Estado Tiago Antunes ao ECO.

O Governo aprovou esta quinta-feira uma proposta de lei que vai permitir aos eleitores, nas próximas Europeias, no dia das eleições (9 de junho de 2024), exercerem o direito de voto em qualquer mesa do país, independentemente do concelho onde estejam recenseados. A medida visa “facilitar ao máximo” o voto e tentar mitigar a abstenção – e, se correr bem, pode vir a ser replicada nas Presidenciais. Um sistema de “semáforos” vai permitir saber se um dado local está livre ou tem muita gente na fila.

“Passa a ser indiferente o sítio onde se vota”, começa por explicar ao ECO o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes. “Isto vai depois ser avaliado. Está previsto também, na proposta de lei, uma avaliação. Obviamente, sendo a avaliação positiva, há a possibilidade de vir a reproduzir noutros atos eleitorais”, revelou o governante numa entrevista realizada poucas horas depois da conclusão do Conselho de Ministros.

A “possibilidade do voto em mobilidade, livre e sem necessidade de inscrição prévia”, pode vir, assim, a converter-se numa “reforma estrutural na forma de votação” em Europeias e Presidenciais.

E porque não Legislativas e Autárquicas? Tiago Antunes diz que “não é possível” replicar o modelo em todas as eleições, “porque as Europeias têm esta particularidade de terem um círculo único”. “Portanto, num círculo único, isso é possível, que é o caso das eleições Europeias bem como das Presidenciais. Mas, no caso das Legislativas ou das Autárquicas, não é assim. Esta solução não é, necessariamente, transferível para todos os tipos de eleições”, sublinha.

“Vamos montar isto e garantir que funciona nas Europeias. Esse é o objetivo. A única questão é que, obviamente, correndo bem, fica a possibilidade de usar para o futuro. É uma reforma estrutural na forma de votação”, remata.

Outra novidade é que o Governo vai reaproveitar uma tecnologia usada nos centros de vacinação da Covid-19 para mostrar em tempo real quais são as mesas de voto em que está menos gente e onde será mais fácil e rápido votar: “Vai haver sistema de semáforos que vai permitir em tempo real identificar quais as mesas de voto (no fundo, equivalente ao que aconteceu com as vacinas durante a pandemia) mais congestionadas e onde é que está menos, e pode-se ir ao lado, porque passa a ser indiferente o sítio onde se vota”, diz.

Além desta “inovação”, a proposta do Governo, que vai ser enviada à Assembleia da República, prevê também o “voto antecipado em mobilidade no domingo anterior [2 de junho], que já tem acontecido nas últimas eleições e que se manterá, e que funcionará exatamente nos mesmos moldes”. Isto porque o domingo de 9 de junho é véspera do feriado do 10 de junho, a que acresce o Dia de Santo António no dia 13, feriado municipal em Lisboa e noutros municípios do país.

Portugal foi, segundo Tiago Antunes, o único Estado-membro que levantou objeções com esta data, mas não foi possível chegar a acordo com uma data diferente para as Europeias.

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Ministério da Saúde apresenta nova carreira de técnico auxiliar

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

O ministério afirma que “as novas carreiras valorizam de forma inequívoca o papel destes trabalhadores no funcionamento dos serviços de saúde e na prestação de cuidados de saúde à população”.

O Ministério da Saúde (MS) anunciou que apresentou esta quinta-feira às associações representativas dos trabalhadores o projeto de decreto-lei que cria a nova carreira de técnico auxiliar de saúde.

Numa nota enviada à agência Lusa, o ministério refere que este era um compromisso assumido no programa do Governo e que foi apresentado às estruturas dos trabalhadores pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, explicando que “o projeto de decreto-lei que visa criar o regime legal da carreira especial de técnico auxiliar de saúde e o regime legal da carreira de técnico auxiliar de saúde, com aplicação nas entidades integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O ministério afirma que “as novas carreiras valorizam de forma inequívoca o papel destes trabalhadores no funcionamento dos serviços de saúde e na prestação de cuidados de saúde à população”.

“Em particular, este diploma representa o reconhecimento, por parte do Governo, da especificidade e exigência das funções desempenhadas por estes profissionais no apoio ao processo complexo, e muitas vezes imprevisível, que caracteriza a atividade que diariamente é desenvolvida nos serviços e estabelecimentos de saúde. Esta resposta requer equipas multidisciplinares, que sem os técnicos auxiliares de saúde não conseguiriam desempenhar a sua missão”, acrescenta.

De acordo com o projeto de diploma, citado na nota, a carreira de técnico auxiliar de saúde abrangerá os trabalhadores do SNS, independentemente do regime de vinculação – contrato de trabalho em funções públicas ou contrato de trabalho – que exerçam na área da prestação de cuidados de saúde, correspondente ao conteúdo funcional de técnico auxiliar de saúde e terá uma estrutura pluricategorial, desenvolvendo-se por duas categorias.

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As 12 medidas para proteger “segredos” no Parlamento

A deputa socialista responsável pelo inquérito sumário às fugas de informação na CPI à TAP deixou 12 recomendações para garantir o sigilo da informação enviada às comissões parlamentares de inquérito.

A deputada Alexandra Leitão deixa 12 recomendações para o trabalho futuro dos deputados no relatório sobre a investigação sumária ao cumprimento dos deveres de sigilo na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, em que conclui que não ficou demonstrada a existência de fugas de informação, ao contrário do que alegou o PS. A maior parte incide sobre o funcionamento da “sala de segurança”.

A presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados defende que na chamada “sala segura”, adotada na CPI à TAP e onde os deputados podem consultar os documentos sujeitos a sigilo em computadores sem ligação a qualquer rede informática, não seja permitida “a entrada de smartphones“. Os computadores portáteis deverão estar “em modo de voo ou qualquer outro sistema offline“, pode ler-se no despacho do Presidente da Assembleia da República com o relatório, a que o ECO teve acesso.

Alexandra Leitão recomenda também que “os postos de consulta na sala devem ter um sistema que permita saber quem acedeu a que documentos e durante quanto tempo“. Propõe ainda que “se torne mais exigente a assinatura do registo de entradas na “sala de segurança”, “mesmo quando a permanência na mesma seja muito curta e mesmo que não vise a consulta de documentos”.

A deputada socialista, que foi a instrutora do inquérito sumário às fugas de informação, defende a criação de uma sala de segurança com “caráter permanente para comissões parlamentares de inquérito”. Pelo menos até que seja desenvolvido o software Final Code, que é usado para encriptar ficheiros, gerir e rastrear o acesso e até definir que são apagados em caso de partilha. O software teria de ser credenciado pelo Gabinete Nacional de Segurança.

Entre as 12 recomendações, está a ainda “dar formação aos funcionários parlamentares da Assembleia da República (PS), designadamente juristas, na matéria da classificação e desclassificação de documentos” e “garantir apoio permanente às comissões parlamentares de inquérito por juristas com formação em matéria de classificação de documentos”.

Alexandra Leitão sugere ainda que sejam definidas “de forma mais clara e rigorosa” as regras sobre classificação de documentos pelas próprias entidades emissoras, antes de os enviarem para as comissões parlamentares de inquérito”, bem como “sobre a respetiva desclassificação pela mesa das comissões”.

A deputada socialista recomenda que seja revisto o “Regulamento de Política de Classificação e Manuseamento de Informação na AR”, que apenas tem um ponto, que sejam sensibilizadas as entidades terceiras para que não enviem informação “por meio de links ou sistemas tipo wetransfer”.

Por fim, a presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, propõe que seja repensada “a separação entre a matéria classificada — que fica na sala — e a matéria não classificada que é acedida de outro modo, designadamente através da AR@net por pessoas devidamente credenciadas”.

O presidente da mesa da CPI à TAP, Lacerda Sales, deu a conhecer ao início da tarde as conclusões da investigação sumária à violação de sigilo. No despacho assinado por Augusto Santo Silva lê-se que “tendo em conta o exposto, designadamente as diligências efetuadas e a prova produzida, tem-se por confirmado que ocorreu efetivamente a divulgação à comunicação social de documentos (emails e whatsapps], uns classificados outros não, que foram enviados à AR no âmbito da CPI à TAP”.

Não se tem, contudo, como demonstrado que essa divulgação tenha ocorrido após a sua entrada na AR por pessoas que tenham tido acesso aos mesmos no quadro do funcionamento da CPI à TAP, seja na ‘sala de segurança’, seja na AR@net ou noutro momento qualquer”, acrescenta. “Pelo contrário, ficou demonstrado que na ‘sala de segurança’ a reprodução de documentação é muito difícil ou quase impossível e, por outro lado, estes documentos tiveram um longo ciclo de vida prévio à sua classificação, a qual ocorreu apenas imediatamente antes do seu envio à AR”.

O despacho do Presidente da Assembleia da República pedia ainda que, se fosse o caso, fossem identificadas as situações passíveis de correção e de sanção, nos termos legais. Passíveis de sanção não há nenhumas, mas pelo caráter inovador da solução utilizada na CPI à TAP, Alexandra Leitão considerou “adequado deixar sugestões de melhoria, a ponderar superiormente”.

Lacerda Sales voltou a dar conta do despacho no início da reunião de quinta-feira da CPI, onde foi ouvido João Weber Gameiro, antigo administrador financeiro da TAP. Os deputados dos vários partidos deixaram elogios à investigação conduzida por Alexandra Leitão e, na oposição, criticas a Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, que acusou a os restantes partidos de fugas de informação “seletivas”, que consubstanciavam um potencial crime, para prejudicar o Governo.

Eurico Brilhante Dias fez uma espécie de mea culpa no plenário. “Não ficou provado, nem à esquerda nem à direita, que a fuga de informação tenha sido cometida dentro da CPI e, por isso, se houve qualquer análise ou interpretação de que eu acusara os deputados à direita, peço naturalmente desculpa”, afirmou, citado pelo Público. Salientou, no entanto, que também não ficou demonstrado que não existiu qualquer participação dos deputados.

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Marcelo diz que teve primeiro contacto sobre intervenção do SIS em 29 de abril

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

"O que posso dizer é que o primeiro contacto que tive sobre esta matéria com alguém foi no dia 29 [de abril], no regresso da Ovibeja", disse o Presidente da República.

O Presidente da República disse esta quinta-feira que foi em 29 de abril que teve o primeiro contacto sobre a intervenção do SIS na recuperação de um computador levado do Ministério das Infraestruturas, sem revelar com quem falou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas antes da cerimónia de abertura da 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa. Questionado se foi o primeiro-ministro quem o informou da intervenção do SIS, respondeu: “Eu o que posso dizer é que o primeiro contacto que tive sobre esta matéria com alguém foi no dia 29 [de abril], no regresso da Ovibeja”.

O chefe de Estado escusou-se a revelar com quem teve esse contacto: “Pois se eu não conto as conversas que tenho, menos ainda conto as conversas que tenho sobre uma matéria em que o que eu queria dizer disse no dia 04 [de abril]. Se eu tiver de dizer alguma coisa, direi mais tarde”.

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Obras de reabilitação do Palácio Foz vão derrapar para 2025

Reprogramação da despesa da empreitada geral de conservação do Palácio Foz, cujo valor se mantém inalterado, visa permitir que a execução do contrato possa ocorrer entre junho de 2023 e maio de 2025.

O Palácio Foz está a ser alvo de obras de reabilitação desde 2023. Mas, dada a complexidade da empreitada, os trabalhos vão prolongar-se até 2025. Por isso, foi aprovado em Conselho de Ministros esta quinta-feira uma autorização da reprogramação da despesa, que não envolve qualquer acréscimo de valor.

“A reprogramação da despesa referente à empreitada geral de conservação do Palácio Foz, cujo valor se mantém inalterado, visa permitir que a execução do contrato possa ocorrer entre junho de 2023 e maio de 2025”, explicou ao ECO fonte oficial da Presidência do Conselho de Ministros, na sequência do comunicado do Conselho de Ministros desta quinta-feira.

“Atenta a complexidade procedimental e administrativa da empreitada, verificou-se a necessidade de reprogramar a despesa que estava prevista ocorrer entre 2023 e 2024 para um período posterior”, acrescentou a mesma fonte.

Inicialmente as obras de reabilitação do Palácio Foz, também conhecido como Palácio Castelo Melhor, que está localizado na Praça dos Restauradores, em Lisboa, estavam previstas terminar em 2024, mas os trabalhados têm enfrentado várias vicissitudes.

O primeiro concurso público, lançado em maio de 2021, falhou. Foi necessário lançar um segundo, mas todas as propostas recebidas para as obras nas coberturas superavam o preço base. Em condições normais, seriam excluídas, ao abrigo do Código dos Contratos Públicos.

No entanto, “excecionalmente e por motivos de interesse público”, o Governo aceitou agravar o preço – cumprindo a regra de que a proposta “não excedesse em mais de 20% o montante do preço base”. Assim, o custo total da reabilitação do Palácio Foz passou para 6.957.067,12 euros (mais IVA), sendo que 2,62 milhões são só para as obras na cobertura.

As obras com uma comparticipação em 80% do Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial. O Palácio Foz, destruído pelo terramoto de 1755 e novamente construído, tendo sido inaugurado em 1858, estava a degradar-se rapidamente devido às condições atmosféricas adversas e inundações frequentes em Lisboa.

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71% dos CMO considera não dispor de orçamento suficiente

Em 2023, e em média, os orçamentos para marketing representam 9,1% da receita total das empresas, valor que traduz uma ligeira descida face a 2022 (9,5%).

Entre os líderes do setor de marketing, 71% diz que não ter orçamento suficiente para executar a sua estratégia delineada para 2023. A conclusão é revelada num estudo da Gartner que inquiriu 410 diretores de marketing na América do Norte e da Europa Ocidental, de diferentes indústrias.

O inquérito foi realizado aos líderes de marketing de empresas de diferentes setores e tamanhos, tendo a maioria dos inquiridos respondido que a empresa dispõe de receitas superiores a mil milhões de dólares (cerca de 931 milhões de euros).

Em 2023, e em média, os orçamentos para marketing representam cerca de 9,1% da receita total das empresas, valor que reflete uma ligeira descida face a 2022 (9,5%). Embora esta percentagem tenha recuperado após a pandemia – em 2021 foi registada uma percentagem de 6,4% – ainda não foram atingidos os valores pré-pandemia, fixados acima dos 10%, em 2019 e 2020.

Percentagem do budget de marketing no total das receitas

Os orçamentos suprimidos, os custos crescentes e a produtividade mais baixa estão a comprimir o poder de investimento dos CMO“, refere citado no estudo Ewan McIntyre, chief of research and VP analyst do Gartner Marketing Practice, acrescentando que “à medida que a volatilidade se torna o novo normal, muitos dos CMO estão a sofrer com uma disrupção nos orçamentos para os seus planos de 2023”.

Setenta e cinco por cento dos inquiridos diz inclusive estar a sofrer uma pressão cada vez maior para “fazer mais com menos” e para apresentar um crescimento em 2023. Tendo isto em conta, 86% dos marketeers dizem ter de fazer “mudanças significativas” de modo a alcançar resultados sustentáveis.

“Em 2023, os CMO precisam de se tornar num novo tipo de líder. Isso vai para lá de servir a marca, passando por assumir uma posição mais focada no negócio, que mude para um período de investimentos em lucratividade e não em crescimento. Aqueles que mantiverem o status quo vão enfrentar desafios significativos a curto prazo”, considera McIntyre.

Segundo o estudo, os líderes de marketing das empresas reportaram também uma queda nos investimentos em tecnologia, tendo em conta que as taxas de utilização caíram de 58% (2020) para 42% (2022). Por este mesmo motivo, 75% dos profissionais disse estar a ser pressionado a cortar gastos com martech este ano, de modo a obterem melhores ROI (retornos sobre o investimento).

No entanto, o maior crescimento em termos de investimento em ferramentas de marketing recai sobre as tecnologias. Por outro lado, a maior redução deu-se sobre o número de trabalhadores, aponta o inquérito.

“Da mesma forma que os apostadores procuram recuperar da perda com uma nova aposta, os CMO são atraídos pelo fascínio das novas tecnologias, sem dúvida amplificado pelo falatório em torno da inteligência artificial”, refere McIntyre, acrescentando que os mesmos “estão sedentos por ver como o seu potencial pode transformar as campanhas de marketing e a criação de conteúdo”.

Embora seja compreensível esta ‘fome’ de investimento, a mesma também ilustra a falácia de que mais tecnologia é sempre melhor“, diz ainda.

Segundo os inquiridos, a maior fatia dos seus orçamentos de marketing recai sobre paid media (25,6% do orçamento total para 2023), seguindo-se as tecnologias de marketing (25,4%), os recursos humanos (24,6%) e as agências (23,3%).

Dentro de paid media, as redes sociais são o canal que absorve a maior percentagem do orçamento alocado, seguindo-se o vídeo digital e o influencer marketing. Já search advertising foi a ferramenta mais vezes identificada como a que sofreu uma redução de investimento em 2023.

 

Alterações no investimento digital

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Jornal Público já tem nova direção completa

David Pontes vai ser o novo diretor do Público a partir de 1 de junho, sucedendo a Manuel Carvalho, e fez mudanças na direção do diário do grupo Sonae.

David Pontes, já se sabia, estava indicado para suceder a Manuel Carvalho como diretor do jornal Público, mas faltava conhecer a equipa que o acompanhará a partir de 1 de junho. O diretor indigitado manteve dois membros da direção que agora termina funções e promoveu à direção as jornalistas Marta Moitinho Oliveira e Sónia Sapage, apurou o ECO/+M.

David Pontes é o atual diretor-adjunto do jornal. Ingressou pela primeira vez no jornal em 1990, onde permaneceu oito anos e meio. Depois passou por meios como O Comércio do Porto, Público (novamente), Jornal de Notícias, Porto24 ou Lusa. Voltou ao Público em agosto de 2018. Nestes últimos cinco anos, foi o responsável pela redação do Público no Porto, pela área dos podcasts e pelo desenvolvimento de projetos editoriais.

O jornalista mantém assim na direção os atuais diretores-adjuntos Andreia Sanches e Tiago Luz Pedro, e entram a editora executiva Sónia Sapage e a redatora Marta Moitinho Oliveira. Da atual equipa de direção, sai o jornalista Amílcar Correia. O ECO/+M tentou contactar o Público, mas não foi possível obter qualquer informação até à publicação desta notícia.

Quando foi anunciada a mudança de diretor, David Pontes afirmou, citado em comunicado no próprio jornal, que a nova direção representaria “um reforço da nossa capacidade de inovação, mantendo aquilo que é a matriz do Público desde a sua nascença, o jornalismo independente de qualidade”. “Este é o momento de alargar o caminho feito, levando o nosso jornalismo sólido e, simultaneamente, disruptivo a cada vez mais leitores”, acrescentou o novo diretor.

Já Cristina Soares, presidente do conselho de administração do jornal, assinalava os resultados da equipa do Público com Manuel Carvalho e referia que David Pontes “é um profissional da casa amplamente reconhecido pelos seus pares e colegas”, lê-se no Público. “Com a colaboração de todos e um renovado ânimo da direção, estamos convictos de que o Público reforçará a sua condição de jornal digital de referência, assumindo ao mesmo tempo novos e indispensáveis desafios para reforçar o seu jornalismo, os desejos e ambições da equipa e lançando um plano de rejuvenescimento que garanta a solidez do jornal no futuro próximo”, acrescenta Cristina Soares.

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APPM Marketing Awards 2023 estão de regresso

  • + M
  • 25 Maio 2023

Marketing, Inovação, Advertising, Media, Comunicação & Relações-Públicas e Data são as categorias a concurso, dividindo-se estas em 42 sub categorias, que concorrem para ouro, prata e bronze.

A Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM) anunciou esta quinta-feira o regresso dos APPM Marketing Awards 2023, iniciativa relançada no último ano e que tem como objetivo distinguir o que de melhor se faz na área de marketing em Portugal.

Sérgio Carvalho (Fidelidade), Teresa Lameiras (Siva PHS), Duarte Durão (Nossa), Marlene Gaspar (Llorente & Cuenca), Luiza Galindo (Altice), Luís Ferreira (Cofina), Teresa Burnay (Unilever), Miguel Ralha (BAR Ogilvy), Alexandra Pereira (Omnicom Creative Hub), Rodrigo Albuquerque (Arena Media), Hugo Faria (Omnicom Media Group), Inês Mendes da Silva (Notable), Gaspar d´Orey (Worten), Nuno Santana (NIU), Frederico Costa (Google), Sandra Silva (Multiopticas/GrandOptical), Susana Coerver (Kindology), Miguel Osório (CNN/Pitch), Miguel Moreira Rato (Adagietto) e Fátima Sousa (Briefing), são os jurados da edição deste ano. Sandra Alvarez, PHD e também diretora da APPM, assume a presidência do júri.

Marketing, Inovação, Advertising, Media, Comunicação & Relações-Públicas e Data são as categorias a concurso, dividindo-se estas em 42 sub categorias, que concorrem para ouro, prata e bronze. Haverá ainda um Grande Prémio e o Grande Prémio Solidário, A Marca do Ano, Agência de Publicidade do Ano, Agência de Meios do Ano e Agência de Comunicação/PR do Ano, que resultarão do somatório dos pontos acumulados nos casos premiados. O Marketer do ano será eleito por nomeação da APPM e posterior votação dos jurados.

As candidaturas podem ser submetidas entre 1 de junho a 31 de julho e os vencedores serão anunciados no dia 27 de setembro. A Happy Brands é a agência responsável pela imagem dos prémios.

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Art Dunk leva peças de arte criadas a partir de bolas de basquetebol ao metro do Cais do Sodré

A iniciativa é da Betclic Collective e as receitas revertem na totalidade para a requalificação de um campo público de basquetebol..

Depois de ter desafiado 12 artistas a criar peças de arte a partir de 24 bolas de basquetebol usadas, o projeto Art Dunk leva agora os resultados do desafio até ao metro do Cais do Sodré, numa exposição gratuita e aberta ao público entre 25 e 31 de maio.

A iniciativa tem assinatura da Betclic Collective (incubadora de projetos de economia circular que procura causar impacto social positivo através do desporto) e conta com a curadoria da Underdogs.

Acreditamos que criar impacto positivo através do desporto é muito importante – e fazê-lo através de projetos de economia circular que ligam a cultura e o desporto é o que cada vez mais faz sentido e é por isso que a Betclic Collective existe”, diz, citado em comunicado, Pureza Sousa, country manager da Betclic em Portugal.

Com esta iniciativa “apostamos num projeto que tem em conta a sustentabilidade ambiental, a recuperação de um espaço público e o apoio à criação artística. Queremos aproximar as pessoas do basquetebol através da arte e também oferecer condições para a prática da modalidade a novos talentos. O basquetebol começa nas ruas, entre amigos, assim como a arte urbana e este é um projeto que incentiva o acesso gratuito e inclusivo das duas coisas”, acrescenta Pureza Sousa.

Na exposição constam obras de artistas como Fiumani, Kruella D’Enfer, Arashida ou Tamara Alves, cujos trabalhos transformaram as bolas em raposas, ténis desportivos, complexas instalações multimédia com vídeos integrados ou tabelas coloridas. Estão ainda envolvidos os artistas Confeere, Hélio Bray, João Varela, Maria Imaginário, Mariana A Miserável, Ruído, Tiago Evangelista e Vai Dar Pitanga.

As inspirações variadas reforçam a relação da arte urbana com o basquetebol e simbolizam, neste projeto, o desejo da Betclic em democratizar o acesso ao desporto e à cultura“, refere-se em nota de imprensa.

A exposição, localizada no saguão principal da estação de metro e comboio do Cais do Sodré, fica patente até ao dia 31 de maio, sendo visitável todos os dias entre as 9h e as 19h30.

As peças encontram-se à venda online pelo valor unitário de 750 euros . As receitas geradas com as vendas revertem na totalidade para a requalificação de um campo público de basquetebol.

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“Em Portugal acabámos por pagar um crescimento que não nos interessa”, diz Centeno

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

O governador do Banco de Portugal diz que Portugal tem "estádios vazios" e que os potugueses se tornaram "muito mais seletivos, muito mais exigentes com o conceito de investimento”.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defendeu esta quinta-feira a importância do investimento público para o crescimento do país e considerou que existe maior exigência sobre a sua alocação.

O ciclo de investimento em Portugal é muito importante para definir a qualidade e a velocidade do crescimento” no país, disse Mário Centeno durante um painel de debate que partilhou com o governador do Banco de Espanha, Pablo Hernández de Cós, e o vice-presidente, Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix, na conferência “investir e financiar a resiliência e a renovação na Europa”, em Lisboa.

O governador do Banco de Portugal (BdP) realçou que os períodos de crescimento em Portugal estão associados ao investimento e às exportações. Ao longo da sessão, o responsável do supervisor bancário português argumentou que o país necessita de investimento público, mas salientou que se tornou mais “exigente”.

“Por exemplo, em Portugal acabámos por pagar um crescimento que não nos interessa”, defendeu. “Temos estádios vazios…Tornámo-nos muito mais seletivos, muito mais exigentes com o conceito de investimento”, disse o governador do Banco de Portugal.

Para Mário Centeno, esta exigência é necessária: “É isso que somos agora e acho que é bom, é um desenvolvimento muito bom”. “2023 e os anos seguintes são críticos. São críticos porque precisamos de voltar a crescer”, sublinhou.

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Número de beneficiários da ADSE isentos de contribuições cai para 58 mil

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

Em 2015, o número de beneficiários isentos era de cerca de 42 mil, tendo subido para 57 mil em 2018 e atingido 65.588 em 2022.

O número de beneficiários da ADSE isentos de contribuições caiu este ano em cerca de 7.500 para 58 mil, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo instituto de proteção e assistência na doença da função pública.

A isenção da contribuição mensal de 3,5% para a ADSE abrange os beneficiários cujas pensões de aposentação e de reforma são inferiores a 635 euros, tendo deixado de estar indexada ao valor do salário mínimo nacional, que este ano é de 760 euros.

Segundo a newsletter da ADSE, o número de isentos estava a aumentar desde pelo menos 2015, mas este ano registou uma redução face a 2022. “Em 2015, o número de beneficiários isentos era de cerca de 42 mil, tendo subido para 57 mil em 2018 e atingido 65.588 em 2022”, com um impacto financeiro de 13,5 milhões de euros no ano passado.

De acordo com os dados, “em 2023, e até à presente data, existem cerca de 58 mil isentos”, indica a ADSE. Atualmente, os beneficiários descontam 3,5% sobre o salário ou pensão, mas quando da aplicação da taxa de desconto resultar uma pensão de valor inferior a 635 euros, o beneficiário aposentado fica isento da contribuição.

Ainda segundo os dados, as despesas correntes da ADSE com cuidados de saúde totalizaram 580,2 milhões de euros em 2022, sendo 407,8 milhões em regime convencionado e 172,4 milhões em regime livre.

Entre as maiores despesas realizadas em 2022, constam a cirurgia (93,5 milhões de euros), próteses intraoperatórias e meios de correção e compensação (72,5 milhões de euros), consultas (72,3 milhões de euros), quimioterapia e radioncologia (70,6 milhões de euros) e medicina dentária (57,6 milhões de euros).

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Marcelo convoca Conselho de Estado para fazer “ponto de situação” do país

O Presidente da República diz que "faz sentido ouvir o Conselho de Estado" no final de julho para fazer uma apreciação da situação económica, social e política do país.

O Presidente da República agendou para o final de julho uma reunião do Conselho de Estado extraordinária para fazer “o ponto de situação” sobre a realidade económica e política do país.”

“Faz sentido [ouvir os conselheiros] porque está a arrancar o Orçamento do Estado para o ano que vem, estão a terminar os trabalhos da Assembleia da República. Não é para nenhum caso específico de intervenção, é para ouvir, no geral, o que pensam da evolução da economia até ao fim do ano e ano que vem, e da situação social e política”, justificou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, na inauguração da Feira do Livro de Lisboa.

Corresponde ao que prometi aos portugueses no dia 4 de maio: continuar a acompanhar atentamente a evolução da situação, nada melhor do que ouvir um espetro amplo de pareceres dos conselheiros”, acrescentou.

Marcelo adiantou que no próximo dia 16 de junho há um Conselho de Estado dedicado à Europa, que vai contar com a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola. Mas decidiu convocar os conselheiros para novo encontro no mês seguinte, porque “há muito tempo” que não os auscultava para “a apreciação da situação portuguesa”. “Com a guerra na Ucrânia e a situação lá fora, tenho dado prioridade às questões internacionais”, observou.

Pelo meio, irá receber os partidos com assento na Assembleia da Madeira para a marcação das eleições e, depois, os partidos com assento na Assembleia da República para fazer um balanço da sessão legislativa que termina em julho – “como é habitual”, notou – e ouvir os deputados sobre a “situação económica e social” do país.

“Faz sentido ouvir o conselheiros de Estado logo a seguir aos partidos”, disse Marcelo. Segundo explicou, “a ideia não é dar passos”, mas antes “ouvir” os conselheiros e “fazer apreciação das várias perspetivas que há neste momento”.

O Presidente da República revelou ainda que o primeiro contacto que sobre a intervenção do SIS na recuperação do computador do antigo adjunto do ministro João Galamba foi no dia 29 de abril, no regresso da Ovibeja.

(Notícia atualizada às 20h04)

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