Podcast Heróis PME aborda a liderança e gestão de pessoas

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  • 21 Maio 2024

O 3º episódio do Podcast Heróis PME teve como tema a "Liderança e a Gestão de Pessoas". Os especialistas presentes no podcast explicam como as diferentes lideranças influenciam o sucesso das empresas.

“Liderança e Gestão de Pessoas” foi o mote para a conversa do terceiro episódio do Podcast Heróis PME, uma iniciativa da Yunit Consulting, que visa reconhecer vários empresários com histórias de sucesso, a fim de partilharem os seus exemplos de força, coragem e visão que geram emprego e riqueza para o país.

Neste episódio marcaram presença os especialistas João Raposo, administrador da Reorganiza; Hugo Oliveira, Partner & Ecosystems Director Sage Iberia; e Ken Gielen, responsável da marca ActionCOACH, que, além de reconhecerem a importância de iniciativas como a dos Heróis PME para as empresas, também falaram sobre os seus métodos de atuação e liderança nos negócios.

João Raposo, também finalista da 5ª edição do Heróis PME, na categoria de Transformação Digital, começou por dizer que o que o levou a candidatar-se a este prémio é o mesmo motivo que o leva, agora, a patrocinar a 6ª edição: “Achamos que é muito importante, em Portugal, criarmos comunidades de decisores e juntarmos grupos para podermos partilhar as melhores práticas. Ninguém nasce sozinho. Nascemos todos sempre fruto de alguém, mas, ao longo da vida, fico com a sensação de que vamos ficando cada vez mais sozinhos. E isso, para mim, é um contrassenso. Para não ser um caminho tão solitário, eu acredito que estas partilhas de experiências, de pôr as PME em contacto umas com as outras, de ouvir as diferentes candidaturas, de perceber os desafios, ajuda-nos muito a não ter um lugar de solidão na liderança do negócio“.

Por sua vez, Ken Gielen, também coach de empresários, acrescentou, ainda, que iniciativas como a dos Heróis PME são muito importantes para aumentar a confiança dos líderes. “O que me tem fascinado é mesmo a necessidade de reconhecer porque aumenta a confiança. Felizmente, já se vê cada vez mais candidaturas nesta 6ª edição. O processo de candidatura é um processo de reflexão muito importante e, portanto, dá para ganhar contexto. Nós conseguimos, no seio dos nossos clientes, aliciar alguns para se candidatarem. Isto é o que me tem fascinado mais, que é ganhar consciência daquilo que se faz bem, e depois eles sujeitarem-se a uma votação para mostrar ao mundo o bom daquilo que fazem”, disse.

A mesma opinião foi partilhada por Hugo Oliveira, que afirmou: “Estes prémios destacam muito a incrível coragem, a resiliência, e a inovação que as nossas PME têm. São verdadeiros heróis. E acho que, ao reconhecer e divulgar estes exemplos que temos, não só estamos a celebrar essas mesmas pessoas e empresas, mas também estamos a dar o mote e a incentivar outros a fazerem essa jornada de inovação e de empreendedorismo. A SAGE acredita firmemente no espírito do empreendedorismo e na celebração das histórias que as empresas portuguesas – as PME essencialmente, que são o core do nosso tecido empresarial, têm para nos contar do extraordinário que fazem”.

Hugo Oliveira, Partner & Ecosystems Director Sage IberiaSAGE

É mais fácil ser líder numa PME do que numa grande empresa?

Relativamente à liderança nas PME e nas grandes empresas, os especialistas consideram que há poucas coisas que mudam. “Eu acho que os princípios devem ser semelhantes. As empresas existem porque têm uma missão, missão essa que tem sempre alguma necessidade que a pessoa humana tem. Há aqui uma lógica focada na pessoa que não se pode perder e, por isso, uma liderança que não tenha o envolvimento das pessoas, não é uma liderança no sentido puro da palavra. O que eu acho que há de diferença é que talvez numa PME as coisas são muito mais transparentes para o bom e para o mau. Há mais informalidade que, às vezes, temos de combater, isto porque, apesar de a informalidade poder tornar as coisas mais ágeis, às vezes também pode criar algumas perceções nos colaboradores de pouca segurança”, explicou João Raposo.

Para Ken Gielen, que já liderou uma unidade fabril, em Portugal, com 350 colaboradores e que fazia parte de uma multinacional, a liderança de uma grande empresa já fez parte da sua vida, o que o faz considerar que o líder será sempre o fator principal de atração de pessoas: “Comparativamente com uma multinacional, eu, como diretor-geral, tinha uma lista telefónica de todas as pessoas especialistas que eu podia contactar. Numa PME, é a mesma pessoa que está em todas as caixas e não tenho de ser generalista. Isto porque há mais pessoas especialistas numa grande empresa do que numa PME, já que nesta última tem de haver maior versatilidade. Portanto, nos dias de hoje, num ciclo económico de pleno emprego, a liderança é que faz a diferença de querer ir trabalhar para o sítio A ou para o sítio B. A atratividade da empresa acontece através do seu líder“.

“Concordo que um líder faz toda a diferença por aquilo que consegue fazer com a equipa. Hoje em dia, uma boa liderança pode ser a diferença entre o sucesso e o insucesso. Mesmo para uma empresa que tenha todos os outros fatores. É claro que, quanto maior a empresa, quanto mais pesada for a sua estrutura e quanto mais diversificada for o seu negócio, esse poder dilui-se, mas a verdade é que um líder tem nas suas mãos o leme do navio”, acrescentou Hugo Oliveira.

E, no que diz respeito às características que um bom líder deve ter, o responsável da SAGE enalteceu, ainda, a confiança e estratégia: “Eu acho que um bom líder é um líder que tem a estratégia e o caminho bem definido e está convencido daquilo que quer fazer. Acho que um líder que não inspire confiança, não consegue liderar. E a confiança começa nele próprio. Portanto, um líder que está confiante e que consegue transmitir essa confiança naquilo que defende, tem uma equipa, por natureza, com ele, faz com que as pessoas o sigam com a energia necessária para que isso aconteça“.

Também neste ponto houve um consenso entre os três especialistas. João Raposo acredita que a “confiança é fundamental”, até porque “atrai otimismo”. Ainda assim, o administrador da Reorganiza, reforçou a importância de um líder saber gerir a transparência: “Há informações que não adianta nada estar a partilhar, mas, na dúvida, devemos partilhar informação. Eu acredito que um líder opaco é provavelmente alguém que não está bem com ele próprio. Portanto, não ter medo da transparência é muito importante para ser líder consigo e para, depois, poder sê-lo com a própria equipa. Como líder, eu tenho de ter a capacidade de ser escrutinado e de ser transparente”.

“Para mim, gestão tem a ver com competência e produtividade e liderança tem a ver com envolvimento e paixão, sabendo comunicar isso”, disse, por sua vez Ken Gielen, que destacou a comunicação como outra característica fundamental de um bom líder. “A comunicação eficaz é medida através da resposta que recebemos. O líder é responsável pelo contexto para que o próprio colaborador possa trazer o seu conteúdo, que se adapta àquele contexto. E há conversas duras que têm de ser tidas quando a pessoa não se encaixa no contexto, que são as regras do jogo, a cultura da empresa, os comportamentos que são premiados e os resultados”, disse.

Ken Gielen, responsável da marca ActionCOACH

A inteligência emocional para “conversas duras”

Ainda no âmbito de uma comunicação clara e de “conversas duras” que, muitas vezes, são necessárias entre os líderes e os colaboradores das empresas, Hugo Oliveira destacou que, para que isso aconteça, “há que criar, primeiro, um ambiente de confiança e segurança, onde as pessoas sintam que podem transmitir a sua opinião de uma forma livre, sem consequências. A partir do momento em que se constrói esse espaço, as conversas têm de ser duras quando têm de ser duras e transparentes sempre”.

“E o gestor de uma PME que quer continuar a crescer e manter a sua rentabilidade, tem de conseguir ter estas conversas. A equipa e os clientes não querem saber quanto eu sei, eles querem saber o quanto eu me preocupo. Portanto, isto tem a ver com eu preocupar-me com o outro, saber ler o outro, saber interpretar aquilo que é o estado de espírito da outra pessoa. Aliás, uma das técnicas que partilhamos com os nossos clientes é para começarem qualquer reunião com a pergunta: qual é o teu estado da alma, o que é que vai dentro de ti? Porque precisamos de saber qual o contexto da pessoa para depois trabalhar o conteúdo. E isto é inteligência emocional, saber interpretar estes sinais”, acrescentou Ken Gielen.

Nesse sentido, Hugo Oliveira disse, ainda, que a inteligência emocional é, de facto, essencial, até para saber quando ter essas “conversas duras”: “Não vou ter uma conversa dura com alguém que está em baixo e incapaz emocionalmente de ouvir aquilo que eu tenho para dizer e, portanto, não vou escolher aquele momento, vou escolher outro. Se não, a pessoa fecha-se. E aí também entra a inteligência emocional, para além da própria introspeção que nós próprios temos de fazer no dia a dia sobre o motivo que nos faz sentir como estamos a sentir, o que é que isto está a impactar no que estamos a fazer e o que temos de alterar ou corrigir para que isso mude”.

Esta lógica de uma preocupação com as nossas emoções, mas também com as do outro, nem sempre fez parte daquilo que se considera uma boa liderança, mas João Raposo considera que foi uma mudança que veio para ficar e que, independentemente dos diferentes tipos de liderança, é uma característica que tem de estar presente. “Concretamente, as lideranças não são todas iguais. O meu estilo de liderança não daria numa determinada empresa. Há setores, há tipos de colaboradores, de culturas, que têm que se encaixar, e daí que a autenticidade seja muito importante. Há uma geração anterior à nossa que se habituou a que o líder seja sempre o forte, o conquistador, o nº 1, e, hoje em dia, o líder é muito mais aquele que consegue levar os outros a serem fortes, conquistadores e nºs 1. Eu acho que isto é uma mudança cultural que está a acontecer e que não vai voltar atrás, e que eu acredito verdadeiramente nela“, afirmou.

João Raposo, administrador da Reorganiza

Os líderes que inspiram líderes

Elon Musk, Papa Francisco e Rui Nabeiro foram os três nomes mencionados pelos três líderes presentes neste episódio do podcast, depois de questionados sobre quais os líderes que os inspiravam. Apesar de serem personalidades diferentes, há um fator comum nos três que os leva a mencioná-los como inspiração: a boa liderança em diferentes contextos.

“Uma pessoa que a mim me inspirou bastante foi o Rui Nabeiro, da Delta Cafés, pela sua simplicidade, mas também por estar disponível para as outras pessoas. Se, em gestão, gerir dez pessoas é um bocadinho o nosso limite, já na liderança podemos liderar e inspirar milhões de pessoas. E acho que o Rui Nabeiro foi uma referência nesse nível pela sua humanidade e pela sua simplicidade. E, ao mesmo tempo, pela sua audácia”, começou por dizer Ken Gielen.

Já para o Hugo Oliveira, a sua referência é o Elon Musk “por aquilo que conseguiu fazer em todos os projetos em que pôs mão”: “Acho que foi uma pessoa que verdadeiramente transformou a nossa vida em muitas áreas, e continua a fazê-lo, e não desiste. Acredita naquilo com uma energia que é inexplicável. Foi uma das pessoas mais ricas do mundo e depois esteve quase na falência, mas voltou a reinventar-se por uma única razão: porque acredita naquilo que está a fazer e tem uma visão de transformar a vida das pessoas“.

João Raposo, por sua vez, inspira-se no Papa Francisco e justifica: “Tem um estilo de liderança de que eu gosto bastante, que é uma liderança assente no amor aos outros, é uma liderança que não é piramidal, ao contrário do que as pessoas possam estar habituadas a ver na igreja. Tem vindo a fazer aqui um processo de conversão grande, de muitas reformas em que não vêm de cima para baixo, onde desenvolve a comunidade. É um homem que percebe muito do mundo atual. Para mim, o Papa Francisco é um líder que me inspira por isto, porque tem esta capacidade de olhar o mundo e de estar com o coração sintonizado na pessoa“.

Acompanhe toda a conversa aqui:

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Viana do Castelo conquistou dois prémios e duas menções honrosas

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  • 21 Maio 2024

Foi pelos projetos "Palavras com Som", "Viana é tua", "Breathe Viana", e "Náutica para todos" que Viana do Castelo recebeu dois prémios e duas menções honrosas na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo conquistou dois Prémios e duas Menções Honrosas nos Prémios Autarquia do Ano de 2024. O município venceu na subcategoria “Apoio às Crianças” com o projeto Palavras com Som, e na subcategoria “Consciencialização Política” com o projeto Viana é Tua. Conquistou, ainda, uma Menção Honrosa na subcategoria “Promoção de Estilo de Vida Saudável” com o projeto e com a aplicação Breathe Viana, e uma Menção Honrosa na subcategoria “Apoio à inclusão de indivíduos com deficiência e incapacidade motora” com o projeto municipal Náutica para todos.

Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

O município dá, agora, mais detalhes sobre cada um dos projetos distinguidos:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação dos projetos, que acabaram por se tornar vencedores nesta 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

O projeto “Palavras com Som”, criado pela autarquia, pretende promover o adequado desenvolvimento da comunicação humana, potenciando capacidades linguísticas diretamente relacionadas com a aquisição de competências essenciais ao desenvolvimento da criança. Aborda a saúde infantil ao nível das competências exigidas na valência da Terapia da Fala, preocupando-se com diferentes áreas interventivas: fala, linguagem, voz, respiração, mastigação, deglutição e motricidade orofacial. Neste âmbito, promove atividades nos jardins de infância públicos, envolvendo a comunidade educativa (alunos, educadores de infância e encarregados de educação), destinando-se a crianças entre os 5 e os 6 anos, que frequentam jardins de infância públicos do concelho.

O projeto “Viana é tua” pretende criar um momento de diálogo entre os jovens do concelho e os decisores políticos, com vista a envolver e a comprometer as jovens gerações com o presente e futuro de Viana do Castelo. Para o efeito, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo está a percorrer as escolas secundárias do concelho para ouvir contributos e responder a questões colocadas pelos jovens vianenses. Esta iniciativa pretende desencadear um processo de reflexão sobre o futuro da juventude e reforçar a sua participação ativa na construção da sociedade, valorizando e integrando as políticas pensados por e para os mais jovens.

Sobre o “Breathe Viana”, a Câmara Municipal submeteu e viu aprovada uma candidatura no âmbito do “Património Natural – Gal Costeiro Litoral Norte – Alto Minho”, que tem como principal linha orientadora a Valorização Turística e Promoção de estilos de vida saudável no Património Natural de Viana do Castelo. Foi assim que nasceu o portal e o site “Breathe Viana”, com o objetivo maior de promover a orla litoral vianense. O projeto incluiu o desenvolvimento de diferentes ações, entre elas a criação de uma plataforma virtual (Portal + APP) para disponibilizar uma série de informação e visa chegar a diferentes públicos: cidadãos de todas as idades que habitam em Viana do Castelo; atletas, clubes e associações da região; bem como população portuguesa e comunidades internacionais incentivadas pela prática desportiva ou de atividade física em contextos de natureza.

Já na perspetiva de possibilitar igualdade de oportunidades a todos os alunos, a autarquia desenvolveu o projeto “Náutica para Todos” como um projeto paralelo e complementar ao “Náutica na Escola”, com o objetivo de também proporcionar a prática curricular destas atividades adaptadas aos alunos portadores de deficiência e com necessidades específicas. Nesta perspetiva de igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, o projeto visa ser um contributo para a inclusão através do ensino das náuticas a portadores de incapacidade e deficiência, propondo e incentivando a inclusão, na disciplina de Educação Física, da náutica (2º e 3º Ciclos) e da natação (1º Ciclo).

2. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução dos projetos e como foram superados?

Os desafios foram apenas o trilhar natural de um caminho desconhecido. No entanto, como os quatro projetos são necessários para o bem-estar comum, foram acolhidos com naturalidade e conquistaram, praticamente de imediato, o seu público.

3. Como foi o processo de escolha das categorias a inscrever nesta 4ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

Estes são quatro projetos desenvolvidos a pensar na conveniência, no conforto e comodidade da nossa população, apoiando as crianças, estimulando os mais jovens para a consciência política, apoiando indivíduos com deficiência e/ou incapacidade motora, e promovendo o nosso território. Candidatamos, por isso mesmo, nesta edição, quatro projetos que sabemos ser inovadores e uma imensa mais-valia para os nossos munícipes e até para o país, contribuindo não só para o bem-estar dos vianenses, mas para o desenvolvimento da comunidade, a igualdade de oportunidades e a promoção de Viana do Castelo.

4. Quais foram os resultados práticos da implementação dos projetos em questão, junto da sua comunidade?

Felizmente, podemos afirmar que os quatro projetos estão a ser bem-sucedidos. No que toca ao “Palavras com Som”, no presente ano letivo, o projeto garantiu a inscrição de 134 alunos, de dois agrupamentos e 4 jardins de infância, nomeadamente Areosa, Carreço, Monserrate e Meadela. O objetivo é que o projeto se vá alargando e apoiando cada vez mais alunos, chegando a mais escolas e agrupamentos. Este é, provavelmente, um dos nossos projetos mais queridos, no âmbito da Promoção da Saúde, já que nos permite detetar precocemente alterações que interfiram com o desenvolvimento da criança; promover o desenvolvimento adequado da comunicação, linguagem, fala, da mastigação e da deglutição; prevenir dificuldades de aprendizagem, potenciando competências meta fonológicas e sintáticas; e promover momentos de partilha de conhecimento sobre comunicação humana com os educadores de infância e encarregados de educação.

O “Viana é Tua” está a ser implementado desde o ano passado e, até maio de 2024, já passou por quatro escolas, conquistando cerca de três centenas de jovens – na Escola Pintor José de Brito o autarca vianense reuniu com cerca de 60 alunos do 11º e 12º anos; na Escola Monte da Ola foram ouvidos igualmente cerca de 60 estudantes do 11º e 12º anos; na Escola Secundária Santa Maria Maior a sessão contou com a presença de cerca de 130 estudantes; e na Escola Básica e Secundária de Barroselas foram envolvidos cerca de 30 estudantes. Em todas as sessões, os jovens conversaram com o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, apresentando as suas preocupações, abordando as áreas que gostavam de ver priorizadas no município, demonstrando ambição e interesse no exercício de uma cidadania ativa.

Também a “Náutica para Todos” tem vindo a crescer, reforçando-se ano após ano, apoiando mais crianças e jovens. No primeiro ano de Náutica para Todos, ano letivo 2016/2017, estiveram envolvidos no projeto 30 alunos de dois agrupamentos escolares. Desde então, a iniciativa tem incrementando a inclusão social através do desporto e, no presente ano letivo, inclui 67 alunos das escolas do concelho de Viana do Castelo, numa parceria salutar entre a Câmara Municipal, a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) e os Agrupamentos de Escolas, apoiando os alunos sinalizados com deficiência nas turmas que frequentam as atividades náuticas. Juntos, conseguimos promover atividades curriculares na expressão físico motora da natação no 1º CEB e na náutica na disciplina de educação física, no 2º e 3º ciclos e secundário, adaptada, em todos os estabelecimentos de ensino dos nossos sete agrupamentos escolares.

Por fim, o projeto “Breathe Viana” tem incentivado o turismo desportivo associado ao património natural, nomeadamente através da divulgação da região costeira de Viana do Castelo enquanto destino turístico, em termos de Desporto e Lazer, ao mesmo tempo que valoriza o papel do turismo desportivo no desenvolvimento sustentável do Património Natural desta área geográfica e ainda impulsiona os benefícios socioculturais, tais como a melhoria da qualidade de vida, através da divulgação do Património.

5. Como descreveria a relação entre os projetos em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Os objetivos têm sido amplamente atingidos nos quatro projetos, pelo que só podemos estar satisfeitos e motivados para continuar. Tal como anteriormente referido, os projetos têm cada vez mais aderentes, são valorizados e estimados pelos nossos munícipes, pelo que o caminho é seguir em frente.

6. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com os projetos em causa? Quais os seus pontos fortes?

Se candidatamos estes quatro projetos, foi por reconhecermos que todos tiveram um forte impacto positivo na nossa comunidade, cada um à sua maneira e na sua área. Estas iniciativas contribuem para o desenvolvimento, para a saúde, para a inclusão dos vianenses e para a promoção do território, objetivos que, como não poderiam deixar de ser, são o nosso propósito final.

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Câmara Municipal de Ponte de Sor distinguida pela Festa do Arroz e EMISE

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  • 21 Maio 2024

Foi por causa dos projetos "Festa do Arroz" e "EMISE" que a Câmara Municipal de Ponte de Sor recebeu uma menção honrosa e um prémio, na categoria Educação, na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

A Câmara Municipal de Ponte de Sor distinguiu-se na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, em duas categorias distintas, com os projetos “Festa do Arroz” e o “EMISE – Equipa Multidisciplinar de Intervenção em Saúde Escolar”.

O município recebeu uma Menção Honrosa na categoria de Cultura e Património e na subcategoria Evento pelo projeto “Festa do Arroz” e saiu premiado na categoria Educação e subcategoria Ensino Pré-Primário com o projeto EMISE.

Sérgia Bettencourt, vereadora da Cultura, Educação, Turismo e Geminações (à esquerda), e Susana Esculcas, Chefe de Divisão de Educação, Juventude e Desporto no Município de Ponte de Sor (à direita)

O município explica agora como nasceu o projeto “Festa do Arroz”:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

Ponte de Sor tem um passado ligado à produção de cereais e à cultura do arroz. Em 1920, instalou-se em Ponte de Sor uma Fábrica de Moagem de Cereais e Descasque de Arroz, que viria a laborar até meados dos anos 80. Atualmente, nesse edifício está instalado o Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, o principal polo cultural do concelho. Em 2014, nasceu a ideia de realizar neste espaço um evento que celebrasse este património que faz parte da nossa história e da história do próprio edifício.

2. Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Tal como referido anteriormente, o passado do edifício onde atualmente está instalado o Centro de Artes e Cultura está intimamente relacionado com a cultura do arroz. Era imperativo criar um evento que celebrasse a memória do espaço e o próprio arroz enquanto elemento identitário local.

3. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Tratando-se de um evento que já vai na sua 11ª edição, um dos principais desafios é conseguir manter a sua identidade, ao mesmo tempo que tentamos trazer sempre algum elemento inovador e que capte a atenção do público. Para além disso, entendemos que um dos principais desafios ao longo deste tempo foi, sem dúvida, conseguir realizar o evento em moldes totalmente diferentes durante a pandemia de COVID-19. Apesar de não se realizar num formato presencial, foram dinamizadas diferentes atividades através das redes sociais do Município, por forma a não deixar que o evento caísse no esquecimento.

4. Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

Ao longo destas 11 edições, a Festa do Arroz foi ganhando dimensão e entendemos que estava no momento de podermos apresentar este projeto a uma outra escala. Os Prémios Autarquia do Ano são, sem dúvida, uma ótima plataforma, porque, além do reconhecimento que conferem aos projetos, são uma oportunidade de os podermos apresentar a uma escala nacional.

5. Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Este evento tem vindo a consagrar-se, ao longo dos anos, como um dos principais eventos para a comunidade. É um evento em que são envolvidas várias camadas da comunidade, com atividades diferenciadas. A população e as associações locais são desafiadas a fazer parte deste evento numa das suas principais componentes, que é o Concurso de Arroz-Doce. Neste concurso, com duas modalidades (tradicional e inovador), a população é convidada a confecionar as suas receitas de arroz-doce e depois as mesmas são degustadas gratuitamente pelo público presente neste certame.

6. Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Um dos objetivos deste executivo municipal é conseguir proporcionar uma oferta cultural diversa e descentralizada, conseguindo também através do apoio às associações locais assegurar uma oferta cultural e desportiva com cada vez mais qualidade e para toda a população. Este evento é, sem dúvida, um exemplo dessa mesma oferta, onde, numa tarde cultural, são desenvolvidas diversas atividades que se complementam entre si e com o objetivo principal de manter viva a memória de um produto que foi tão importante para o desenvolvimento da nossa economia e identidade local.

7. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Este é um projeto transversal, que engloba diversas áreas de atuação. Por ser um evento cultural que celebra um elemento do nosso património e da história local, atravessa as dimensões da cultura e do turismo, captando novos visitantes e turistas para a cidade. O próprio programa musical é elaborado com base nas tradições regionais e etnográficas. E, ao longo das 11 edições deste evento, a dimensão ambiental também foi ganhando destaque, afirmando-se mesmo como um eco-evento, dadas as diversas preocupações que foram sendo tidas na sua concretização. Finalmente, a dimensão social é também bastante impactada, pois é sempre objetivo deste evento poder convidar as associações e IPSS’s Locais a estarem presentes, nomeadamente, com os seus utentes.

De seguida, o município de Ponte de Sor, passa a explicar o Projeto “EMISE – Equipa Multidisciplinar de Intervenção em Saúde Escolar”:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto EMISE, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

O Município de Ponte de Sor, através da Equipa Multidisciplinar, tem um longo histórico na intervenção em contexto escolar. As avaliações realizadas no final de cada ano letivo apontavam para questões que eram consecutivamente recorrentes. A Equipa Multidisciplinar de Intervenção em Saúde Escolar (EMISE) surgiu da reformulação que foi definida para a Equipa Multidisciplinar, promovendo o seu alinhamento com as atividades do Plano Integrado Inovador de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE). Esta equipa focou-se em centrar a sua ação no aluno e nos contextos familiar, escolar e comunitário, procurando responder a problemas práticos identificados no território educativo, através da intervenção direta e capacitação de famílias, assistentes operacionais e comunidade, e processos de consultoria a professores, tendo como objetivos a melhoria do sucesso e prevenção do insucesso escolar. A EMISE assume-se, então, como uma Equipa de Intervenções na área da mediação Sociocomunitária, Psicologia e Terapia da Fala, com foco no envolvimento e Capacitação das Famílias, implementando medidas locais de combate à reprodução social das desigualdades, promotoras da equidade e inclusão, empoderando a comunidade educativa de conhecimento e ferramentas que permitam desenvolver uma estratégia concertada de combate ao insucesso escolar. Para este projeto, o Município de Ponte de Sor, recorreu a um processo de consultoria, desenvolvendo ferramentas que permitiram a implementação de um processo de monitorização que permitisse avaliar o impacto da intervenção. Este processo, associado aos indicadores de Impacto verificados após a implementação desta abordagem ecossistémica, permitiu-nos verificar que o trabalho da EMISE constitui uma resposta eficaz aos problemas complexos que estão na base do insucesso escolar e que o maior envolvimento por parte das famílias e professores proporciona resultados mais rápidos e duradouros.

2. Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Ponte de Sor é um território educativo que investe na inovação e humanização do seu ecossistema de ensino/aprendizagem. Reconhecido pela excelência dos projetos educativos que visam o desenvolvimento de cada criança e jovem de forma plena, respeitando as suas características individuais e promovendo a sua participação e inclusão para que cada um desenvolva o seu potencial e seja apetrechado com as competências essenciais para uma integração social e cívica bem-sucedida. Desejando responder, cada vez melhor, aos imperativos de aprendizagem escolar de todos os alunos e formandos e às expectativas das suas famílias, o Município de Ponte de Sor tem renovado o seu compromisso com uma educação de qualidade, apresentando-se como um parceiro estratégico para uma escola moderna e inovadora alargando o seu âmbito de intervenção ao conceito de “cidade educadora”, onde cada um encontra a segurança, o conhecimento, a orientação e o estímulo de que precisa para a realização feliz do seu próprio projeto de vida. Pretende-se um ecossistema educativo onde todos – alunos, professores, famílias e parceiros do setor social e económico-, são valorizados e envolvidos como parte integrante de uma verdadeira comunidade de aprendizagem.

3. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Os desafios enfrentados foram os decorrentes da implementação de processos que procuram responder de forma diferente e inovadora a problemáticas enraizadas nos contextos/na comunidade. O processo de mudança da intervenção desencadeou diversos procedimentos e tarefas internas e externas à EMISE, sendo o desafio principal a implementação com qualidade do Modelo Operacional no terreno, sensibilizando os diferentes intervenientes para a necessidade de trabalhar em articulação, partilhando preocupações, objetivos e uma intervenção concertada e articulada, envolvendo e comprometendo todos os atores no processo de cada criança. Envolver toda uma comunidade de prática num novo sistema, que requer um maior nível de envolvimento e acompanhamento das crianças, tanto na implementação de medidas, como na monitorização e verificação dos resultados, constituiu o maior desafio, no entanto manifestou ser também o aspeto mais diferenciador e a razão mais direta da eficácia desta intervenção. Considerámos que foi um desafio nitidamente superado, através do compromisso assumido por uma equipa que se tornou coesa, organizada, focada e altamente comprometida com a vida de cada criança. De facto, este compromisso com a melhoria contínua, possibilitada pelo processo de monitorização constante e o compromisso com o sucesso e bem-estar de cada criança verificado na superação dos seus obstáculos e em pequenas conquistas dia após dia, constitui a força e a energia que leva esta equipa a enfrentar qualquer desafio e a tornar este projeto um verdadeiro Sucesso.

4. Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano?

O município é promotor de diversos projetos na área da educação, desde a educação pré-escolar com o projeto Kiitos 4All, passando pelo primeiro ciclo com a EMISE, e nos restantes ciclos de ensino que pretendem inspirar, envolver, capacitar e potenciar os diferentes contextos educativos para incrementar um ecossistema de inovação e aprendizagem que vise a transformação, a coesão social e o desenvolvimento do potencial individual de cada criança, jovem e adulto. De acordo com os diferentes níveis de atuação, definimos os valores que pautam a ação educativa e o ecossistema de aprendizagem que pretendemos potenciar em cada criança e jovem. Optámos por eleger a categoria de Educação – 1º ciclo como forma de divulgação do Projeto a nível Nacional. A opção por este Projeto centrado no 1º CEB e que tem o seu foco na Promoção do Sucesso Escolar, constituiu a nossa opção pelo facto de considerarmos que a mesma constitui uma Boa Prática que poderá ajudar outros territórios educativos a encontrar soluções mais eficazes para os seus problemas ao nível da promoção do sucesso escolar e na promoção da saúde e bem-estar psicossocial das crianças e jovens dos respetivos territórios.

5. Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?

Os resultados práticos da implementação centram-se em três níveis, que constituíram a base do sucesso da intervenção:

  1. Maior envolvimento das famílias no processo de sinalização, intervenção e acompanhamento da intervenção, tornando-se mais um “agente de intervenção”. As famílias são envolvidas e capacitadas em diferentes áreas, no sentido de potenciar os resultados das intervenções terapêuticas e pedagógicas, proporcionadas pelos técnicos da equipa. Este envolvimento demonstrou impactos nas crianças, mais rápidos e duradouros, porque são reforçados diariamente pelos pais.
  2. Maior envolvimento da Comunidade Educativa e Comunidade geral: professores, assistentes operacionais, técnicos das escolas, técnicos de ação social, profissionais de saúde de diferentes especialidades, entre outros atores, são envolvidos nos processos de intervenção nas crianças.
  3. Melhoria do Sistema de Colaboração, Articulação e Capacitação: um dos eixos de intervenção da EMISE direciona-se para a prevenção e capacitação/sensibilização da comunidade. As diferentes ações desenvolvidas, dirigidas à comunidade, contribuem para a promoção de uma comunidade mais informada e atenta. A metodologia de ação promoveu a capacitação de agentes educativos em diferentes áreas multidisciplinares e promoveu um sistema de colaboração mais coeso e eficaz.
6. Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

A educação constitui o fundamento de toda uma política que visa o desenvolvimento do território e a Coesão Social. O Investimento na Educação demonstra esse compromisso assumido na política municipal, o qual tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, decorrente de todos os projetos de Inovação Pedagógica e de Promoção do Sucesso Escolar, a par do processo de transferência de competências que acrescentou ao município uma maior responsabilidade ao nível da gestão das áreas complementares à ação educativa das escolas. Um dos grandes objetivos do município com este projeto é possibilitar um “bom começo” a todas as crianças do nosso território, promovendo condições de acesso a uma educação de qualidade e o apoio nas áreas de vulnerabilidade que cada criança apresenta no início da sua escolaridade. Pretende-se detetar vulnerabilidades que possam condicionar o processo de aprendizagem e de inclusão social, intervindo de forma precoce e focalizada no ecossistema da criança, de forma a proporcionar-lhe todas as ferramentas que necessita para a realização de uma aprendizagem eficaz, promotora do bem-estar e sucesso escolar.

7. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

São diversas as áreas que, direta e indiretamente, beneficiam dos resultados dos projetos implementados. A promoção do sucesso escolar, a diminuição das dificuldades manifestadas pelas crianças, o aumento de competências pessoais e sociais das crianças e das suas Famílias, a capacitação dos agentes educativos e das famílias são exemplos de áreas em que se observa maior impacto positivo. Sabemos que famílias e agentes educativos empoderados são promotores de um ambiente social e escolar mais positivo e mais acolhedor. Como pontos fortes ressalva-se a capacitação e consultoria prestadas às famílias e agentes educativos, bem como o compromisso desta equipa em procurar contribuir para um trabalho colaborativo entre todos os intervenientes, constituindo-se como equipa mobilizadora de sinergias e recursos na/da comunidade.

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Governo avisa presidente da TAP: não se deve “imiscuir em problemas que são do acionista”

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Em reação às declarações de Luís Rodrigues, que defendeu que o Estado deve manter uma participação na TAP, o ministro das Infraestruturas aconselhou-o a focar-se "na gestão" da companhia aérea.

O Governo defendeu esta terça-feira que o presidente da TAP devia focar-se na gestão, em vez de se “imiscuir em problemas que são do acionista”, depois de Luís Rodrigues ter dito que o Estado devia manter uma posição na companhia.

“Eu concordo que o presidente da TAP se deve focar na gestão da TAP e não se imiscuir em problemas que são do acionista. O presidente da TAP deve-se focar na gestão da TAP e a TAP bem precisa de boa gestão e, nesta altura, é isso, cada um deve desempenhar o seu papel“, disse o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, à saída de uma reunião ministerial em Bruxelas.

O presidente da TAP, que termina o mandato no final deste ano, defendeu que o Estado deve manter uma participação na companhia aérea após a privatização e que se deve atrair investidores fora do setor da aviação.

A minha recomendação seria que o Governo português mantivesse uma posição, fizesse parte de todo o processo de desenvolvimento“, disse Luís Rodrigues, em entrevista ao Financial Times, publicada esta terça-feira.

Luís Rodrigues, que antes liderava a açoriana SATA, tomou posse como presidente do conselho de administração e CEO da TAP em abril do ano passado, quando decorria já a comissão de inquérito à companhia aérea, constituída no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora Alexandra Reis — que levou a uma remodelação no governo então liderado por António Costa e à demissão por justa causa dos anteriores responsáveis da transportadora, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener.

Depois de um resultado negativo pouco usual no último trimestre do ano passado, a TAP prolongou as perdas com um prejuízo de 71,9 milhões de euros nos primeiros três meses de 2024, pressionada novamente pelos custos com pessoal.

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Rock in Rio “ainda mais saboroso” com ativação da Nobre

  • + M
  • 21 Maio 2024

A marca vai apostar num espaço "sustentável e inclusivo" para "proporcionar experiências memoráveis", convidando os festivaleiros a "enfrentarem o drama do jantar com gosto, num jogo desafiante".

A Nobre vai marcar presença no Rock In Rio, pelo que a edição que marca os 20 anos do festival “vai ser ainda mais saborosa”.

“Estamos muito entusiasmados com esta parceria, não só por todas as dinâmicas que vamos ter, mas também porque estamos totalmente alinhados com os valores e a ambição do Rock in Rio de construir um evento que tem a sustentabilidade e a responsabilidade social como pilares fundamentais. Tudo o que planeámos contribui para esse objetivo e vai motivar todos os festivaleiros que nos visitarem a celebrarem com gosto. Porque celebrar com gosto é Nobre”, diz Lia Oliveira, marketing & external communications director da Nobre.

“Enquanto marca que está presente na vida das famílias portuguesas desde sempre, a Nobre não podia ficar de fora de um momento tão especial como o Rock in Rio 2024. Uma edição que celebra os 20 anos de um festival que, também ele, já criou tantas memórias felizes nos portugueses”, refere também, citada em comunicado.

No recinto do festival, a marca vai contar com um espaço “sustentável e inclusivo” onde vai “proporcionar experiências memoráveis, convidando as famílias festivaleiras a enfrentarem o drama do jantar com gosto, num jogo desafiante e divertido”, refere-se em nota de imprensa.

A dinâmica do espaço da Nobre vai ser uma versão “mais apetitosa” do programa “O chão é lava”, onde se vai simular “o drama que é fazer o jantar diariamente”. Os festivaleiros, que terão acesso a vários brindes, serão assim desafiados a “enfrentarem esse drama num espaço onde produtos Nobre como salsichas, fiambres ou pizzas vão ser a solução para chegar à saída e resolver o problema do jantar, sem cair na piscina de espuma”, acrescenta-se na mesma nota.

O espaço da marca vai ainda contar com uma área de degustação. Aproveitando o mote da campanha da marca “O Drama das 17h30”, todos os dias, por essa hora, o chef Vasco Pereira vai “surpreender e fazer as delícias dos festivaleiros com petiscos criativos”.

Para isso, Vasco Pereira conta com a ajuda de alguns formandos da Cercicaper, associação sem fins lucrativos que se dedica à solidariedade social e ao desenvolvimento de atividades de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência ou incapacidade, visando “sensibilizar e promover a inclusão social de pessoas com deficiência”.

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865 mil telespectadores acompanharam o quarto debate para as europeias

  • + M
  • 21 Maio 2024

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, o confronto entre Pedro Fidalgo Marques, João Oliveira, Tânger-Corrêa e João Cotrim de Figueiredo foi o segundo mais visto.

O debate que juntou na noite de segunda-feira os cabeça-de-lista do PAN, da CDU do Chega e da Iniciativa Liberal foi seguido por 788,4 mil telespectadores na SIC, aos aos se juntam mais 77 mil na SIC Notícias.

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, o confronto entre Pedro Fidalgo Marques, João Oliveira, Tânger-Corrêa e João Cotrim de Figueiredo foi acompanhado em média por 865,4 mil telespetadores, o que faz deste o segundo debate mais visto até ao momento.

Na reta final dos debates a quatro, esta noite defrontam-se os cabeças de lista do PS, AD, Chega e CDU (RTP). No dia 24 de maio é a vez do PS, AD, BE e PAN (TVI). Os representantes da coligação de direita e dos socialistas, como mostra o calendário, surgem juntos em todos os debates.

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Francesa Fleet expande para Portugal e já tem mais seis outros mercados na mira

Ainda este ano, a scaleup de aluguer de equipamento informático e de escritório prevê instalar uma equipa em Portugal, um mercado que estima poder gerar 700 mil euros de faturação no primeiro ano.

Depois de ter entrado há mais de dois anos em Espanha, a francesa Fleet apontou a mira a Portugal. Um mercado que, acredita a scaleup de aluguer de equipamento informático e de escritório, poderá gerar 700 mil euros de receitas brutas no primeiro ano. E há planos para, ainda este ano, instalar uma equipa localmente. Presente em quatro mercados, este ano a companhia quer saltar para dez países. Itália, Irlanda, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Áustria estão na lista.

“No início, pensámos que poderíamos gerir [o mercado português] diretamente a partir de Espanha. Agora começamos a pensar que podemos realmente construir algo aqui e formar uma equipa porque gostamos muito do país, da cultura. Queremos construir equipa também aqui e crescer do zero. Precisamos de algumas pessoas locais”, adianta Carlos Andión, country manager da Fleet, em declarações ao ECO.

“Não temos um número de funcionários [fixo] por país, mas temos realmente de entender o volume [de negócio] deste país. Não desperdiçamos dinheiro porque somos uma empresa bootstrapped – o que significa que não precisamos levantar dinheiro –, então temos de realmente cuidar dos nossos custos. Mas é claro que teremos vendas e apoio ao cliente local”, diz quando questionado sobre a dimensão da equipa local.

Este ano poderemos contratar a primeira equipa. Vamos contratar vendedores e depois do verão chegaremos forte ao mercado em termos de apoio ao cliente. Neste momento, tudo é gerido a partir de Espanha, estamos perto, podemos fornecer rapidamente, temos todos os fornecedores locais para reparação local”, diz ainda.

A entrada no mercado português começou a ser estudada meses antes. “Vim para Lisboa há dois meses e comecei a falar com VC e esse tipo de parceiros do ecossistema. Portugal é um mercado que está a crescer muito. O Governo está a ajudar os empresários a crescer localmente. E gosto que aqui todas as startups tenham uma visão global. Isso dá-nos oportunidade de equipar todos os seus funcionários globalmente, porque podemos enviar dispositivos para todo o mundo, e, no momento, não há concorrência aqui. Portanto, achamos que há um bom ajuste do produto ao mercado. Existe um bom ecossistema. Há muitos empreendedores e muitas scaleups a crescer. Acho que podemos realmente agregar valor e mudar o comportamento de aquisição”, justifica o country manager.

Tecnológicas, startups ou scaleups estão na mira da empresa ao nível de clientes, mas também PME. A Fleet tem uma “plataforma que ajuda startups e scaleups, de dez a 600 funcionários, a adquirir todos os tipos de dispositivos: Monitores, laptops, telefones e até cabines telefónicas insonorizadas, qualquer material de escritório. Lançamos ainda uma solução MDM, uma solução de gestão de dispositivos móveis, que ajuda as empresas a aumentar a cibersegurança desses dispositivos. Depois também gerimos todo o atendimento, todo tipo de garantia, fica tudo coberto. Uma das vantagens de usar o Fleet é que as empresas construir políticas: por exemplo, a cada três ou quatro anos trocam-se os laptops. Durante esse tempo, está totalmente coberto. Assim, a equipa gasta menos tempo procurando alguém que faça a reparação do equipamento, o que vai fazer com os dispositivos antigos”, descreve.

“Basicamente, é uma solução de aluguer. As pessoas pagam apenas uma mensalidade com tudo incluído. Por exemplo, por um MacBook Air paga 49,90 por mês. Não há custos iniciais e quando termina o contrato há duas opções: podem comprar o equipamento ou enviamos novos equipamentos”, refere. Há um compromisso de 36 meses e, caso a empresa encerre antes desse período, terão de ser feitos os pagamentos remanescentes.

Metas de negócio e expansão a novos mercados

Carlos Andión mostra-se otimista com o potencial do mercado nacional. “Em Espanha tínhamos uma meta muito ambiciosa no início que atingimos perfeitamente. Em Portugal tínhamos um target inferior, porque não conhecíamos o mercado. Agora que conheço o mercado, acho que há mais série A a vir, mais investimentos e queremos muito crescer junto com as empresas. Se tudo correr bem, penso que, no primeiro ano gostaria de fazer cerca de 700 mil euros” de receitas brutas, aponta o country manager. “No segundo ano, vamos ver. Em Espanha, no segundo ano, faturámos 2,5 milhões de euros e crescemos muito rapidamente”, acrescenta.

Fundada em abril de 2019 por Alexandre Berriche e Sevan Marian, a scaleup francesa tem um volume de negócios de mais de 10 milhões de euros e mais de 1.000 clientes em Espanha, França, Alemanha e Reino Unido incluindo a Clarity, Seedtag, PropHero, Pimetag, entre outros.

E não faltam planos de expansão. “Este ano vamos de quatro para 10 países. Da Espanha, estamos abrindo em Portugal e Itália, daqui a cinco meses. Vou gerir o Sul da Europa. Depois, da Alemanha, abriremos na Holanda e na Áustria, da França, expandimos para Bélgica e Luxemburgo. E do Reino Unido, para a Irlanda”.

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Conheça a lista de convocados de Portugal para o Euro2024

  • ECO
  • 21 Maio 2024

O selecionador Roberto Martínez divulgou a lista de 26 futebolistas convocados para representar a seleção na fase final do Euro2024. Confira as escolhas, que incluem João Neves e Francisco Conceição.

O selecionador Roberto Martínez divulgou esta terça-feira a lista de 26 futebolistas convocados para representar a seleção na fase final do Euro2024, em que Portugal vai defrontar a República Checa (18 de junho, em Leipzig), a Turquia (22 de junho, em Dortmund) e a Geórgia (26 de junho, em Gelsenkirchen).

Guarda-redes: Diogo Costa, Rui Patrício e José Sá

Defesas: António Silva, Danilo, Diogo Dalot, Gonçalo Inácio, João Cancelo, Nelson Semedo, Nuno Mendes, Pepe e Rúben Dias.

Médios: Bruno Fernandes, João Palhinha, João Neves, Otávio, Rúben Neves, Vitinha e Bernardo Silva.

Avançado: Cristiano Ronaldo, Diogo Jota, Francisco Conceição, Gonçalo Ramos, João Félix, Rafael Leão e Pedro Neto.

O Euro2024 vai decorrer de 14 de junho a 14 de julho. Antes de partir para solo germânico, a seleção nacional vai realizar três jogos de preparação, frente a Finlândia (4 de junho, no Estádio José Alvalade), Croácia (8 de junho, no Estádio Nacional) e República da Irlanda (11 de junho, em Aveiro).

A lista de Martínez inclui apenas quatro campeões da Europa de 2016: Cristiano Ronaldo, Rui Patrício, Pepe e Danilo Pereira. Em relação ao Euro2020, além destes quatro, há dez outros repetentes: Nélson Semedo, Rúben Dias, Nuno Mendes, Palhinha, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rúben Neves, Diogo Jota, João Félix e Diogo Dalot (substituiu João Cancelo, excluído devido a um teste positivo à Covid-19).

Em conferência de imprensa, o selecionador deixou elogios a Cristiano Ronaldo e Pepe, lembrando o peso dos dois veteranos no balneário de Portugal e a importância que ainda têm no relvado. Já Francisco Conceição foi apresentado como um “espalha-brasas de nível excecional”, o que, a somar ao “bom momento de forma” levou Martínez a convocador o extremo do FC Porto para o Euro2024 de futebol.

A seleção portuguesa vai marcar presença na fase final de um Europeu pela nona vez, depois de ter sido campeã em 2016, finalista vencida em 2004, terceira em 1984, 2000 e 2012, eliminado nos quartos-de-final em 1996 e 2008, e nos oitavos-de-final em 2020.

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Revista Humanista chega ao fim em junho ano e meio após o lançamento

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

"Nasceu há ano e meio, é uma morte muito precoce. A Amnistia Internacional tinha a expectativa de alcançar a sustentabilidade financeira em pouco tempo, mas no papel, é impossível", diz o diretor.

A Humanista lançada há ano e meio terá em junho a sexta e última edição, disse à agência Lusa o diretor que lamentou o fecho da revista trimestral dedicada aos direitos humanos e da responsabilidade da Amnistia Internacional.

Nasceu há ano e meio, é uma morte muito precoce. A Amnistia Internacional tinha a expectativa de alcançar a sustentabilidade financeira em pouco tempo, mas no papel, nos dias de hoje, isso é impossível”, disse Victor Hugo Carmo.

Em declarações à agência Lusa, o diretor apontou como “pecha” para o fim da Humanista “a falta de uma promoção e divulgação online” da revista que, em junho, estará nas bancas pela sexta e última vez.

Sendo um produto ‘premium’, uma revista com 156 páginas, trimestral, merecia ser divulgado e promovido e não tivemos essa componente. Infelizmente, a direção da Amnistia Internacional decidiu não continuar, com o pesar dos envolvidos”, apontou.

O alerta para o fim da revista foi dado por jornalistas que viram trabalhos seus premiados pelo Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED), na gala da Associação de Jornalistas Desportivos (CNID), que decorreu esta segunda-feira, em Viseu.

Sara Dias Oliveira e Maria João Gala foram as autoras de “O silêncio também é racismo”, que ganhou o primeiro prémio de imprensa desportiva ou generalista e, na mesma categoria, em segundo lugar ficou “Traficantes de sonhos”, de Simão Freitas, Tomás Guerreiro e Paulo Pimenta, ambas reportagens publicadas na Humanista.

Contactado pela agência Lusa, Victor Hugo Carmo reconheceu que a Humanista “era mais do que uma revista, era também uma ferramenta para alertar para as questões dos Direitos Humanos” em Portugal.

“É uma revista e uma ferramenta que deixa de estar disponível para chamar à atenção para várias questões que preocupam e alertar para os Direitos Humanos em Portugal, através de exemplos e testemunhos de vítimas de violação desses direitos”, lamentou.

Neste sentido, Victor Hugo Carmo defendeu que “é uma perda incalculável no mundo editorial” e na própria Amnistia Internacional, “porque não há nenhuma igual” nesta organização não-governamental (ONG).

Tudo o que está relacionado com Direitos Humanos tem a ver com ativismo e a revista era exatamente a ponte entre o ativismo e o jornalismo“, defendeu o diretor, já que “mais nenhum órgão de comunicação social trabalhava esta área”.

Isto, porque, “permitia que fossem feitos trabalhos de investigação e se revelassem casos relacionados com violação dos Direitos Humanos e questões prementes em Portugal que precisam de ser trabalhados”.

Este responsável reforçou que a publicação “é praticamente como um livro, com reportagens, trabalhos aprofundados, fotografias, ilustrações e uma vertente artística muito atraente” mas que, “infelizmente, não teve a promoção que merecia e devia”.

A revista vivia de colaboradores, num total de 80, desde jornalistas, fotojornalistas, ilustradores e infografistas. Bons profissionais que fizeram com que, num só ano, a Humanista fosse premiada oito vezes“, sublinhou Victor Hugo Carmo.

A última edição será dedicada à habitação, com “uma narrativa fotográfica de nove fotojornalistas” e, anteriormente, dedicaram-se a temas como as alterações climáticas, a liberdade religiosa, a liberdade de expressão em contexto laboral, os 50 anos do 25 de Abril e os direitos humanos no desporto.

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Fidelidade prepara emissão de dívida verde perpétua até 500 milhões de euros

A Fidelidade prepara-se para emitir obrigações subordinadas Tier 1 "verdes" para financiar projetos sustentáveis e podem ser recompradas pelo grupo segurador a partir de 2030.

A Fidelidade prepara-se para se financiar no mercado obrigacionista até 500 milhões de euros através de uma emissão de obrigações subordinadas Tier 1 “verde” e, com isso, com objetivos de financiarem operações que promovam a sustentabilidade. A notícia foi avançada pelo portal International Financing Review e confirmada pelo ECO junto de fontes conhecedoras da operação.

Estes títulos de dívida têm a particularidade de serem um instrumento de dívida perpétua e, por isso, sem data de vencimento definida, com a possibilidade de o pagamento do cupão poder ser cancelado pelo emissor sob determinadas condições. Na operação que está a ser montada pela equipa da Fidelidade, que só deverá ser concluída amanhã, os títulos só poderão ser recomprados pela Fidelidade aos obrigacionistas após 5,5 anos da data da sua emissão — a partir de 2030.

Estes títulos são também estruturados para se qualificarem como fundos próprios restritos de Tier 1 da Fidelidade sob Solvência II e são valores mobiliários perpétuos de taxa de reajuste não cumulativos.

A emissão de dívida decorre no dia em que a Fitch confirmou uma classificação de “BBB-” às obrigações subordinadas restritas perpétuas de Tier 1 propostas pela Fidelidade. Esta avaliação está três níveis abaixo do rating de incumprimento de emissor de longo prazo (IDR) da Fidelidade, que é “A-“.

Note-se ainda que esta é a primeira emissão de dívida deste género realizada pela Fidelidade e acontece numa altura em que o grupo segurador já arrancou com o processo para abrir o seu capital em bolsa no próximo ano e pouco tempo depois de a Luz Saúde, detida na totalidade pela Fidelidade, decidiu suspender os planos para avançar com a sua oferta pública inicial (IPO, na sigla anglo-saxónica), devido às “condições de mercado adversas”.

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João Bento admite venda de 100% do Banco CTT

O líder do grupo CTT disse numa entrevista que a venda da totalidade do Banco CTT é uma possibilidade em cima da mesa, embora a preferência seja manter uma minoria do capital.

O presidente executivo dos CTT CTT 0,13% admite que o grupo pode decidir vender a totalidade do Banco CTT, apesar de preferir manter uma minoria do capital da instituição que fundou em 2015, disse o próprio gestor durante uma entrevista à Bloomberg.

“Estamos a considerar todas as possibilidades, até vender a totalidade do banco. A minha preferência seria nós mantermos uma posição minoritária no banco, visto que ele irá operar na nossa rede de lojas”, afirmou João Bento, citado pela agência financeira, situando o valor contabilístico do Banco CTT no final do ano passado nos 270 milhões de euros.

Apesar de ainda deter 100% do Banco CTT, o grupo acordou em 2022 vender 8,71% do capital à Generali Seguros através de um aumento de capital de 25 milhões de euros, mas a operação aguarda aprovação do Banco de Portugal desde então. À Bloomberg, João Bento diz que a transação deve ser aprovada pelo regulador antes deste verão.

Na mesma entrevista, o líder dos CTT mostra-se focado na operação logística e está à procura de potenciais aquisições no mercado espanhol: “Estamos à procura de oportunidades de consolidação. Não é garantido que sejamos bem-sucedidos, mas estamos ativos”, afirma o responsável.

A empresa está de olho, especificamente, em empresas de last mile, responsáveis pela última fase das entregas de encomendas, e que controlem a totalidade da respetiva operação. O objetivo é tirar vantagem do boom no negócio da entrega de encomendas, visto como o futuro do negócio dos CTT, que ainda depende bastante do correio tradicional, que está em queda acelerada.

À mesma agência, João Bento diz que os CTT estão a apontar para a distribuição de 35 a 50% dos lucros, intervalo que deverá aumentar à medida que a empresa se for focando cada vez mais no negócio da logística. Admite ainda o lançamento de mais programas de recompra de ações próprias.

Em meados deste mês, a empresa concluiu um programa desse tipo, iniciado em junho do ano passado, tendo investido um total de 20 milhões de euros na compra de 5.475 milhões de ações que “serão oportunamente canceladas”, anunciou ao mercado nessa altura.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h25)

Desempenho das ações dos CTT na bolsa de Lisboa:

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Continente continuou a liderar investimento publicitário em abril

No acumulado dos quatro primeiros meses, Continente, Ediclube e Nos foram os maiores anunciantes. A Dentsu Media lidera nas agências de meios e a VML nas criativas.

O Continente manteve-se em abril como o maior anunciante do país. A posição foi alcançada em março, mês em que foi lançada a nova linha de comunicação, e manteve-se no último mês: a insígnia investiu 48,8 milhões de euros a preços de tabela – ou seja, sem os descontos negociados com os meios –

Na segunda posição, com 47,2 milhões de euros, surge agora a Nos, e no terceiro posto o Ediclube. Lidl, Unilever Fima, L’Oreal Portugal, McDonald’s, Vodafone, Altice e Reckitt Benckiser encerram o top 10 dos maiores anunciantes.

Entre as agências de meios, a liderança mensal foi da Arena, com um investimento, também a preços de tabela, de 142,1 milhões de euros. De acordo com ranking elaborado todos os meses pela MediaMonitor, a segunda posição foi ocupada em abril pela OMD, surgindo a Wavemaker no terceiro lugar. Dentsu Media, Zenith, Initiative, Mindshare, Havas Media, Universal McCann e Starcom Media Vest Group completam as posições seguintes do Top 10.

Nas agências criativas, a primeira posição é d’O Escritório. Seguem-se, no top 3, a VML e a Fuel. Publicis, Havas Worldwide, Santa Fé Orange, McCann Erickson, TBWA Lisboa, Dentsu Creative e Bar Ogilvy ocupam as posições seguintes.

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, Modelo Continente, Nos e Ediclube são os maiores anunciantes e a Dentsu Media, a Arena e a OMD as agências de meios que movimentaram mais investimento. Nas agências criativas as três primeiras posições são da VML, Fuel e Havas Worldwide.

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