Grupo AHM prevê triplicar gestão de hotéis em três anos

O Grupo canadiano Mercan, que detém o AHM, continua a reforçar a aposta em Portugal, com um investimento global de 1,2 mil milhões de euros. Dentro de três anos, o AHM terá 30 hotéis sob a sua gestão.

A Ace Hospitality Management (AHM), empresa especializada na gestão de hotéis controlada pelo grupo canadiano Mercan, prevê triplicar o número de hotéis em carteira nos próximos três anos, à boleia da expansão em Portugal, cujo investimento global ronda os 1,2 mil milhões de euros, segundo adiantou em entrevista ao ECO o CEO da ACE, Mariano Faz. Depois de ter fechado o último ano com uma faturação de 25 milhões de euros, este ano deverá alcançar receitas de 35 milhões.

Depois de ter acrescentado uma nova unidade ao seu portefólio esta semana — o Hotel Califórnia Urban Beach em Albufeira, comprado pelo grupo Mercan no final do ano passado –, a ACE deverá fechar o ano com a gestão de nove hotéis, com 900 quartos, e prevê chegar aos 30 hotéis no prazo de três anos, adiantou Mariano Faz.

Portugal está na moda. Está numa fase de bastante crescimento nos próximos anos.

Mariano Faz

CEO da AHM

Portugal está na moda. Está numa fase de bastante crescimento nos próximos anos“, refere o líder da empresa responsável pela gestão de hotéis do grupo canadiano. “Continuamos a investir em Portugal e identificamos diferentes oportunidades”, explicou o CEO da AHM, acrescentando que o turismo em Portugal revolucionou-se “exponencialmente”, “muito procurado e com grandes destinos por descobrir”.

2023 foi um ano de forte crescimento e 2024 mantém a mesma tendência“, refere o Mariano Faz, que identifica uma evolução positiva quer em termos de procura, quer de preço. Com a empresa está a registar um crescimento de 3 a 4% do volume de negócios nos primeiros meses do ano, o responsável está a apontar para taxas de ocupação dos hotéis de 80%, dois pontos acima dos 78% registados em 2023.

2023 foi um ano de forte crescimento e 2024 mantém a mesma tendência.

Mariano Faz

CEO da AHM

Americanos ganham peso

Longe do tempo em que o turismo em Portugal era associado a um destino de sol e praia, Mariano Faz destaca que hoje em dia o país é procurado para outro tipo de turismo, uma oportunidade que o grupo Mercan está a aproveitar, com o grupo a desenvolver projetos fora dos grandes centros, Lisboa e Porto, e do Algarve. O grupo está a preparar uma nova abertura em Évora e em Beja.

O grupo está ainda atento a oportunidades que surjam, nomeadamente “em cidades mais pequenas no interior do país”.

Quanto à procura, em termos de nacionalidades, o turismo algarvio continua a ser muito procurado pelos ingleses e espanhóis, mas a procura americana tem vindo a crescer. Em destinos como o Porto, os turistas americanos já pesam 50% do mercado, diz o CEO da AHM.

Portugal é dos países que tem maior potencial na Europa [no setor do turismo].

Mariano Faz

CEO da AHM

Quanto aos focos de instabilidade geopolítica, Mariano Faz garante que há “boas reservas para o verão” e, até agora, “não houve cancelamentos”. “As pessoas estão dispostas a pagar mais para estarem num país seguro“, aponta. “Portugal é dos países que tem maior potencial na Europa“, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juízes têm um novo código de conduta. Não podem receber vantagens nem usar informações em benefício próprio

Os juízes passam a deixar de receber vantagens, aceitar convites ou usar informações para seu benefício ou de terceiros em resultado do cargo ou das funções desempenhadas.

No plenário do passado dia 16 de abril, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) aprovou o Código de Conduta dos Juízes dos Tribunais Judiciais. Passam a deixar de receber vantagens, aceitar convites ou usar informações para seu benefício ou de terceiros em resultado do cargo ou das funções desempenhadas.

“O Código de Conduta dos Juízes é um instrumento orientador que visa estabelecer um compromisso de conduta dos juízes dos Tribunais Judiciais, tanto no exercício das suas funções como nos atos da sua vida privada com repercussão no desempenho funcional e na dignidade do seu cargo”, refere o artigo n.º 1 do código.

O CSM considera que a matéria estritamente disciplinar regulada no Estatuto dos Magistrados Judiciais (EMJ) “não esgota o universo de condutas que têm repercussão direta e indireta no exercício das funções dos juízes” e na “perceção deste exercício pelos cidadãos”. Assim, entendem que há deveres que assentam num conjunto de valores comuns e que se projetam em deveres de conduta de ressonância mais ética do que jurídica.

O CSM sublinha ainda que o Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO), criado no âmbito do Conselho da Europa, tem feito diversas recomendações no sentido que de que o EMJ não substitui um código de conduta, “nomeadamente por não regular o recebimento de ofertas e os conflitos de interesses”.

A que ficam sujeitos os juízes?

O Código de Conduta aprovado pelo CSM abrange todos os juízes dos Tribunais Judiciais, incluindo os jubilados e os que desempenham funções no âmbito de comissões de serviço.

“Os juízes dos Tribunais Judiciais abstêm-se de participar em atividades extrajudiciais que possam ser considerados, por uma pessoa razoável, bem informada, objetiva e de boa-fé, como suscetíveis de afetar a confiança dos cidadãos na imparcialidade das suas análises e decisões”, lê-se no código.

De acordo com o documento, os juízes não se podem aproveitar do seu estatuto ou prestígio profissional nem invocar essa qualidade em atos da sua vida privada no intuito de obter vantagens ou precedências indevidas, para si ou para terceiro. Também não podem utilizar nenhuma informação confidencial a que tenham acesso por via das suas funções em benefício privado, próprio ou de terceiro.

Relativamente a ofertas, convites e hospitalidade, os juízes ficam impedidos de receber quaisquer vantagens, patrimoniais ou não, diretas ou indiretas, para si ou para terceiros, em razão do cargo ou funções que desempenham, que não sejam socialmente adequadas. Ficam também impedidos usar a condição de magistrado judicial para levar a cabo ação ou omissão que, objetivamente, “possa ser interpretada como solicitação de benefício indevido para si ou para terceiro, interveniente processual ou não”.

“Os juízes dos Tribunais Judiciais abstêm-se de aceitar, a qualquer título, de pessoas singulares e coletivas, vantagens ou ofertas de bens ou serviços, de qualquer valor, ou convites para espetáculos ou outros eventos sociais, culturais ou desportivos, que possam condicionar a objetividade, a imparcialidade ou a integridade do exercício das suas funções”, lê-se no documento.

Ainda assim, há exceções. Podem aceitar convites ou benefícios similares relacionados com a participação em cerimónias oficiais, conferências, congressos, seminários ou outros eventos análogos, “quando subsista interesse público relevante na participação, nomeadamente, em razão de representação oficial que importe assegurar”. Também excetuam-se os casos que ocorram em contexto de relações pessoais e familiares.

O Código de Conduta entra em vigor no dia seguinte à datada publicação no Diário da República da deliberação do plenário do CSM.

Conselho de Ética vai supervisionar

Foi criado um Conselho de Ética, de natureza “exclusivamente consultiva”, para acompanhar o cumprimento do Código de Conduta. Este Conselho não intervém em qualquer procedimento de caráter disciplinar.

Entre as suas funções está emitir pareceres sobre a compatibilidade de determinados comportamentos com o Código de Conduta e formular opiniões ou recomendações sobre questões relacionadas com a aplicação do Código ou com a sua atualização.

O Conselho de Ética será constituído por um juiz conselheiro, um juiz desembargador, um juiz de Direito e duas personalidades de reconhecido mérito, indicadas pelo plenário do CSM. O mandato dos membros é de quatro anos, não renováveis.

“O exercício das funções dos membros Conselho de Ética não implica qualquer compensação económica, para além do reembolso das despesas incorridas para participação nas reuniões, mediante a apresentação ao Conselho Superior da Magistratura de documento comprovativo das mesmas”, lê-se no documento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AICEP não prevê mais baixas nos projetos de hidrogénio em Sines

Os projetos de hidrogénio verde em Sines, sob gestão da AICEP Global Parques, representam de momento cerca de 9.000 milhões de euros investimento.

Soube-se recentemente que um projeto de hidrogénio verde que pretendia exportar este gás renovável a partir de Sines, o H2Sines.Rdam, foi cancelado, por decisão das empresas responsáveis, entre as quais a Engie e a Shell. A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) indica que não se registam outras desistências. Ao ECO/Capital Verde, a EDP e Iberdrola, que têm planos para produzir hidrogénio verde em Sines, confirmam manter-se firmes na intenção de avançar com os respetivos projetos, embora também deixem avisos quanto à regulação, um dos motivos por detrás da desistência do H2Sines.Rdam.

Não sentimos uma diminuição das intenções de investimento no hidrogénio verde“, indica Filipe Costa, presidente e CEO da AICEP. A CEO da AICEP Global Parques, Isabel Caldeira Cardoso, responsável pela gestão de parques industriais, indica que a agência foi informada dentro dos prazos contratuais de que o H2Sines.Rdam ficaria pelo caminho, e não se seguiu nenhuma comunicação semelhante da parte de outras entidades, nem esperaria outra coisa.

Ambos os dirigentes da AICEP realçam que o consórcio MadoquaPower2X (MP2X) reforçou, na mesma semana da desistência, a área contratada para a produção de hidrogénio e amoníaco verdes em Sines. Contrataram 60 hectares, em vez dos 25 hectares inicialmente previstos.

No caso da Iberdrola, a empresa lançou, no final do ano passado, o “Green Ammonia Express Sines”, um projeto para produzir hidrogénio verde (e, a partir dele, amoníaco verde) para exportação, através do Porto de Sines. “Neste momento os projetos estão numa fase inicial de licenciamento e planeamento de engenharia, com o objetivo de podermos avaliar custos, prazos, tecnologia disponível e possíveis offtakers“, indica a elétrica espanhola ao ECO/Capital Verde. Está também a aguardar a atribuição do título de reserva de capacidade de consumo por parte da REN.

Já na ex-central termoelétrica de Sines da EDP Produção, a EDP, Galp, Engie, Bondalti, Martifer, Vestas, McPhy e Efacec são algumas das entidades que sustentam o GreenH2Atlantic, um dos maiores projetos em Sines. Terá uma capacidade de 100 megawatts (MW), um investimento superior a 150 milhões de euros e a previsão é de que entre em operação no final de 2025. Este projeto, indica a EDP, mantém-se “em desenvolvimento”, tal como um projeto-piloto de 1,25 megawatts na central do Carregado. “Em termos geográficos, os projetos mais avançados [da EDP] encontram-se na Península Ibérica, seguindo-se os EUA [Estados Unidos da América] e o Brasil”, indica a elétrica.

Contactada, a Galp preferiu não se pronunciar. Além de integrar o consórcio GreenH2Atlantic, tem um projeto-piloto, com um eletrolisador de 2 MW, que deverá iniciar a produção no início de 2024, de acordo com o previsto pela empresa no ano passado.

Os projetos de hidrogénio verde em Sines, sob gestão da AICEP Global Parques, representam cerca de 9.000 milhões de euros investimento, numa área a ocupar de 270 hectares, prevendo-se a criação de cerca de 1000 postos de trabalho. Além dos projetos já mencionados, contam-se os das empresas Fusion Fuel, Smartenergy, Neogreen Portugal, Keme Energy, Winpower, REN, H2Greensteel e Repsol.

Exportação com menos interesse

O CEO da AICEP considera ainda que o projeto que caiu era “um dos mais incipientes” e que menos acrescentaria valor, por estar focado na exportação. O líder da agência de investimento considera que a maior oportunidade no que toca à produção de hidrogénio em Sines está em alimentar a indústria local, da refinação à petroquímica, ao mesmo tempo que pode atrair indústria que queira descarbonizar.

"A Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2) abrange a opção para exportação. No entanto, entendo que as vantagens competitivas do caso português deverão sobretudo expressar-se, no curto e médio prazo, para as vertentes da produção e substituição de consumos.”

Filipe de Vasconcelos Fernandes

“A Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2) abrange a opção para exportação. No entanto, entendo que as vantagens competitivas do caso português deverão sobretudo expressar-se, no curto e médio prazo, para as vertentes da produção e substituição de consumos“, indica Filipe de Vasconcelos Fernandes, especialista em Economia do Hidrogénio e membro da direção da Ap2H2 — Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio. A exportação, entende, é uma vertente a explorar mais a longo prazo, até porque depende de estruturas de conexão como gasodutos (estando, para já, politicamente bloqueada a ligação prevista entre a Península Ibérica e França), fora a via marítima.

Indústria do hidrogénio pede regulação

Dada a falta de regulamentação clara e considerando a atual maturidade do mercado-alvo, bem como a falta de infraestrutura adequada, os vários parceiros do projeto tomaram a decisão de o abandonar em outubro de 2023”, justificou a Engie, relativamente à decisão de desistir do H2Sines.Rdam. A Shell, que também fazia parte do consórcio, indica ter concluído que o projeto “não era economicamente viável”.

"O hidrogénio renovável encontra-se ainda numa fase inicial, sendo necessário um enquadramento regulatório e um conjunto de políticas públicas adequados.”

EDP

Fonte oficial

Apesar de manterem os projetos em Sines, as empresas contactadas pelo ECO/Capital Verde concordam com a avaliação de que existe falta de regulamentação. “Como acontece com todas as tecnologias emergentes (nomeadamente como a eólica e solar há 25 anos), o hidrogénio renovável encontra-se ainda numa fase inicial, sendo necessário um enquadramento regulatório e um conjunto de políticas públicas adequados para promover a sua adoção e permitir o desenvolvimento tecnológico e de mercado necessários para melhorar a sua competitividade”, considera a EDP.

Por seu lado, a Iberdrola sublinha que “uma regulamentação clara e estável é fundamental para o desenvolvimento de qualquer projeto”, assim como clarificar a definição de hidrogénio verde e derivados. “É ainda determinante que estes projetos possam ser apoiados por incentivos europeus ou nacionais, bem como incentivos à descarbonização melhorando assim a atratividade do hidrogénio verde”, afirma.

Na ótica de Filipe Vasconcelos, “algum atraso na regulamentação (agravado pela queda do anterior Governo e congelamento de alguns dossiers) não é favorável à estabilização do investimento, parecendo-me absolutamente prioritário o fecho da regulamentação em falta, até ao término do presente ano“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Encontrámos três ministros no TikTok. Adivinha quais são?

Há cada vez mais política - e políticos - no TikTok, incluindo membros do novo Governo, apesar dos receios em torno da recolha de dados pela ByteDance, a empresa chinesa que detém a aplicação.

Alguns membros do novo Governo estão no TikTok. A plataforma permite aos políticos estarem mais próximos do eleitorado, sobretudo do público mais jovem

Mais de quatro milhões de seguidores no TikTok. O suficiente para alcançar o estatuto de influencer, não fosse ele o Presidente de França, Emmanuel Macron. Um pouco por toda a Europa, são cada vez mais os políticos presentes nesta plataforma, muitos deles com funções executivas ao mais alto nível. Como o caso de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, que se estreou no TikTok no dia 8 de abril com uma única condição: não ter de dançar.

Em Portugal, a última campanha eleitoral também passou pela app de eleição para vídeos curtos e coreografias, com os partidos a partilharem material de campanha no feed, muito dele feito especificamente para esta plataforma. Concluídas as eleições, e com um novo primeiro-ministro instalado em São Bento, não é difícil de encontrar no TikTok alguns membros do novo Governo. O ECO foi capaz de identificar três dos novos ministros na aplicação e apenas um secretário de Estado. Mas, sobre isso, já lá iremos.

A prevalência desta rede social na classe política tem vindo a aumentar. Há cada vez mais política — e políticos — na plataforma, apesar dos receios relacionados com o facto de o TikTok ser detido pela ByteDance, uma empresa sedeada em Pequim, que também está no centro das tensões geopolíticas entre o ocidente e a China.

Teme-se que a app possa ser usada para espionagem pelo regime comunista de Xi Jinping, ou que funcione como um veículo de propaganda para, por exemplo, influenciar eleições — acusações que a empresa tem negado. Exemplo disso foi a decisão da Comissão Europeia de proibir os funcionários de usarem o TikTok nos equipamentos do trabalho ou em equipamentos pessoais que usem o serviço móvel da Comissão em fevereiro de 2023, citando, em termos gerais, o “aumento das ameaças e incidentes cibernéticos”.

Mesmo assim, apesar do potencial risco de segurança, muitos políticos fazem questão de estar no TikTok, mais próximos de uma franja do eleitorado, num serviço que tinha mais de 3,2 milhões de utilizadores mensais ativos em Portugal no início de 2023, e que é um dos preferidos do público mais jovem. Em Portugal, é possível encontrar três ministros com conta pública no TikTok, identificáveis pelo nome, fotografia e teor das publicações:

  • Nuno Melo, ministro da Defesa (@nunomelo.cds, ~650 seguidores)
  • Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia (@margracarvalho, ~300 seguidores)
  • Margarida Balseiro Lopes, ministra da Juventude e Modernização (@margaridablopes, ~1.200 seguidores)

As três contas foram criadas antes de estas pessoas chegarem ao Governo. Por exemplo, a de Nuno Melo fez a primeira publicação em setembro de 2022, poucos meses depois de se ter tornado o líder do CDS. A conta de Maria da Graça Carvalho foca-se na sua atividade como eurodeputada, com o primeiro post a datar de agosto de 2022. Margarida Balseiro Lopes, que vai tutelar a pasta da Juventude, tem publicações no TikTok desde 2020, pouco depois de ter deixado a presidência da JSD.

O ECO encontrou ainda aquela que será a conta de Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território (@hernani.dias7, ~700 seguidores), com um único post sobre o “estado da Saúde no distrito de Bragança”. Não foi possível detetar outros governantes, entre ministros e secretários de Estado, com conta no TikTok, o que não significa que não tenham uma conta anónima na plataforma, ou que não os tenha sido possível identificar.

Quanto a Luís Montenegro, o novo primeiro-ministro tem presença em muitas redes sociais, como o X (ex-Twitter) e o Instagram, mas o TikTok não é a sua rede social de eleição. No entanto, o presidente do PSD é presença assídua na conta da Aliança Democrática (@aliancademocratica2024), que esteve bastante ativa durante a campanha eleitoral para as legislativas. Pelo contrário, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS e líder da oposição, tem conta própria no TikTok (@pedronunosantosoficial), onde agrega cerca de 1.700 seguidores.

Números que não chegam perto dos de André Ventura, presidente do Chega, o partido de extrema-direita que surpreendeu nas legislativas ao obter mais de um milhão de votos. No TikTok (@andre_ventura_oficial) conta com 279 mil seguidores. E, ao contrário de Olaf Scholz, Ventura não se coíbe de dançar para conquistar eleitorado.

Notória é ainda a conta de Carlos Moedas (@carlosmoedas), presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde soma 13,5 mil seguidores. Na plataforma, o autarca publica excertos de intervenções públicas e até algumas brincadeiras. Num dos vídeos, encara a provocação de um seguidor, que lhe pergunta se prefere pastéis de nata ou Pastéis de Belém, respondendo: “Gosto de todos. Quentinhos, é do melhor.” E com canela.

Voltando à Europa, Macron e Scholz não são os únicos líderes europeus rendidos à chinesa TikTok. A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni soma 1,5 milhões de seguidores. Outro exemplo é Simon Harris, que no mês passado venceu as eleições na Irlanda e é o novo primeiro-ministro. Do outro lado do Atlântico, o Presidente do Brasil, Lula da Silva, também é tiktoker, partilhando diversos conteúdos com os seus 4,4 milhões de seguidores, incluindo do seu treino matinal antes de chegar ao Palácio da Alvorada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dos 22 imóveis do Revive apenas três estão a funcionar

Mosteiro de Arouca, o Palacete dos Condes Dias Garcia (São João da Madeira) e o Convento do Carmo (Moura), devem entrar em funcionamento a curto prazo, apurou o ECO junto do Turismo de Portugal.

Desde que o programa Revive foi lançado em 2016, foi adjudicada a concessão de 22 imóveis públicos devolutos. No entanto, oito anos depois só há três hotéis a funcionar: Vila Galé Collection Elvas Historic Hotel, o Vila Galé Collection Alter Real e o The Lince Santa Clara. Os restantes estão em obras ou parados. O Turismo de Portugal adianta ao ECO que o Mosteiro de Arouca, o Palacete dos Condes Dias Garcia (São João da Madeira) e o Convento do Carmo (Moura), “devem entrar em funcionamento a curto prazo”. Para este ano, está ainda previsto o lançamento de quatro concursos Revive.

O Vila Galé Collection Elvas Historic Hotel, Conference & SPA foi o primeiro hotel em Portugal a ficar concluído no âmbito Revive, o programa público para concessão e recuperação de património histórico. O investimento de nove milhões de euros do grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida permitiu transformar o antigo Convento de São Paulo — datado de 1721 e desocupado desde 2004 — num hotel de quatro estrelas, com 79 quartos, dois restaurantes, bar, piscina exterior, spa e piscina interior, duas salas de reuniões, um salão de eventos e claustro. O hotel abriu em 2019.

Um ano depois, o grupo Vila Galé investiu dez milhões de euros, no âmbito do Revive, e inaugurou o Vila Galé Collection Alter Real – Resort Equestre, Conference & Spa, integrado na Coudelaria de Alter do Chão, no Alto Alentejo. Esta unidade de 4 estrelas conta com 77 apartamentos, duas piscinas exteriores, spa com piscina interior aquecida, restaurante, bar, biblioteca, duas salas de reuniões e um salão de eventos.

O Antigo Mosteiro de Santa Clara em Vila do Conde foi transformado num hotel de cinco estrelas, o The Lince Santa Clara. O hotel, que abriu portas dia 22 de março deste ano em regime de soft opening, disponibiliza 87 quartos, um espaço dedicado ao bem-estar – o Aqueduto Wellness & Spa. A concessão do Mosteiro de anta Clara foi atribuída em 2018 ao grupo The Lince Hotels. O projeto de reabilitação representou um investimento de 18 milhões de euros.

O Turismo de Portugal avança que estão em obras mais três imóveis, nomeadamente, o Mosteiro de Arouca, o Palacete dos Condes Dias Garcia (São João da Madeira) e o Convento do Carmo (Moura), sendo que o primeiro “se encontra na fase final de obra”. A entidade presidida por Carlos Abade confirmou ao ECO que, “este ano, devem ser lançados quatro concursos Revive”, mas não revelou quais os imóveis em causa.

Vigoram, à data, 22 contratos que representam cerca de 162,5 milhões de euros de investimento privado e que correspondem a rendas anuais de cerca de 2,5 milhões de euros, de acordo com os dados do Turismo do Portugal.

Está a decorrer o concurso para a Casa das Fardas no concelho do Estremoz. O Turismo de Portugal confirma que “foram submetidas três propostas, decorrendo atualmente a análise das mesmas, pelo que, em breve, será anunciada a proposta vencedora”. Edificado em 1740, o Assento Real (Casa das Fardas) foi projetado pelo Marquês de Tancos, segundo o historiador Túlio Espanca, e inicialmente concebido para Armazém de Fardas do Exército da Província do Alentejo. Também serviu para Padaria Militar, chegando a cozer 40 mil pães por dia para todo o exército alentejano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Adeptos já emprestaram 1,2 mil milhões aos três grandes. Só Benfica levantou metade

Bolsa anuncia esta segunda-feira os resultados do empréstimo obrigacionista de 50 milhões da SAD do Benfica. Clubes já levantaram mais de 1,2 mil milhões no mercado que veio substituir a banca.

Os três grandes do futebol português já se financiaram em mais de 1,2 mil milhões de euros no mercado obrigacionista, com a SAD do Benfica a representar metade desse valor, de acordo com os dados fornecidos pela Euronext Lisboa ao ECO.

Em 14 empréstimos obrigacionistas realizados desde 2004, os encarnados já conseguiram levantar 605 milhões de euros (43 milhões por operação), e isto sem contar com os 50 milhões de euros vão obter — ao que tudo indica — no empréstimo obrigacionista 2024-2027 e cujos resultados serão divulgados esta segunda-feira depois do fecho da bolsa.

Trata-se de um montante igual ao que as SAD rivais do FC Porto e Sporting levantaram através do mesmo tipo de transações. Os azuis-e-brancos obtiveram 390 milhões de euros em 12 empréstimos obrigacionistas (32 milhões por operação), enquanto os leões conseguiram levantar 215 milhões de euros em oito operações (27 milhões por operação).

Águias já levantaram mais de 600 milhões nos mercados

Fonte: Euronext

Mercado substitui banca

Para Paulo Reis Mourão, professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho, estes dados confirmam a importância que o mercado de capitais vem assumindo na diversificação das fontes de financiamento de Benfica, FC Porto e Sporting nos últimos anos, depois de os bancos lhes terem fechado as torneiras do crédito bancário.

“O sistema bancário está especialmente regulado e monitorizado desde o solavanco de 2008. Logo, setores com oscilações significativas em muitas rubricas contabilísticas (e as SAD são um exemplo claro) ficam identificados com alto risco no setor bancário. Isto obrigou as SAD a diversificarem o portefólio no passivo, chamando privados, associados e fundos para o efeito”, refere o especialista em finanças desportivas ao ECO.

Os empréstimos obrigacionistas mais recentes realizados por Benfica, FC Porto e Sporting serviram não só para injetar dinheiro fresco nas contas das SAD, mas permitiram sobretudo refinanciar operações que estavam prestes a vencer. É o caso do empréstimo das águias que terminou na passada sexta-feira: a SAD encarnada irá obter 50 milhões de euros, sendo que 35 milhões servirão para refinanciar outro empréstimo que vence dentro de três meses.

“A generalidade das SAD, que antes pedia empréstimos bancários para pagar os empréstimos bancários do passado, parece fazer o mesmo com os empréstimos obrigacionistas“, observa Paulo Reis Mourão.

"Setores com oscilações significativas em muitas rubricas contabilísticas (e as SAD são um exemplo claro) ficaram identificados com alto risco no setor bancário. Isto obrigou as SAD a diversificarem o portfólio no passivo, chamando privados, associados e fundos para o efeito”

Paulo Reis Mourão

Professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho

Benfica dá menos, mas atrais mais investidores

Neste último empréstimo obrigacionista a SAD do Benfica acenou com uma taxa bruta de 5,1%, ligeiramente acima da média de 4,9% das anteriores 14 operações, mostram os dados disponibilizados pela Euronext Lisboa.

Em comparação com os rivais, as águias oferecem historicamente uma rentabilidade mais baixa. As 12 ofertas portistas apresentaram uma taxa de juro média de 5,88%, enquanto as oito operações dos sportinguistas tiveram uma rentabilidade média de 6,31%.

“A taxa de juro oferecida é uma espécie de ‘preço de equilíbrio’ onde clubes mais expostos, com direções mais impacientes ou com dívidas mais urgentes oferecem taxas superiores”, explica o professor de Economia da universidade minhota.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o gráfico.

Mas compensa o risco para os investidores? Depende do perfil de risco de cada um, mas, “no geral, as SAD têm sido bem comportadas no momento de liquidar a exposição e remuneram os empréstimos obrigacionistas como esperado”, lembra Paulo Reis Mourão. Ainda assim, já existiram “situações menos claras” noutros mercados que “obrigam à presença de outros parâmetros nas reflexões de cada investidor”, ressalva.

Em todo o caso, os três grandes têm tido a capacidade para atrair um forte interesse do mercado. E também aqui os encarnados se destacam face à concorrência: uma média de 4.843 investidores por operação contra os 4.045 de média do FC Porto e 3.126 de média do Sporting.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

La Llotja de Palma acolherá a exposição do célebre artista londrino Julian Opie

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

La Llotja de Palma prepara-se para receber a obra do artista britânico Julian Opie, de 26 de abril a 31 de agosto, numa exposição que promete cativar o público com a sua proposta inovadora.

Os amantes da arte contemporânea terão a oportunidade de mergulhar no universo criativo de Opie, cujas obras percorrerão diferentes espaços dentro e fora do edifício histórico.

Opie é um artista conhecido pela sua linguagem formal distintiva que desafia os limites da representação visual e concebeu esta exposição como uma intervenção que dialoga harmoniosamente com a arquitetura de La Llotja. Um total de 12 obras cuidadosamente selecionadas pelo próprio artista serão alinhadas com a geometria interior do edifício, refletindo temas recorrentes na sua obra, como a figura em movimento, o rosto humano e a arquitetura contemporânea.

O projeto de Opie não se limita ao interior de La Llotja; duas imponentes esculturas de aço dominarão a praça circundante, enquanto no Passeig Sagrera e no Passeig del Born, as suas conhecidas esculturas animadas por LED interagirão com os transeuntes. Para além disso, o Casal Solleric acolherá uma instalação de grande escala e animação LCD, que será visível a partir da rua, completando assim uma experiência artística que ultrapassa os limites do recinto.

O COMPROMISSO DE PROHENS COM A CULTURA

A exposição foi organizada pelo Governo das Ilhas Baleares em colaboração com a Câmara Municipal de Palma e a galeria Mario Sequeira, que representa o artista em Portugal. Um projeto ambicioso que faz parte do compromisso da Presidente das Ilhas Baleares, Marga Prohens, com o Consistório para consolidar La Llotja e a cidade de Palma como destinos de destaque no panorama internacional da arte e cultura contemporâneas.

Prohens pretende enriquecer o tecido cultural da região através de iniciativas como esta e desenvolver um programa permanente de exposições de artistas de renome mundial no arquipélago.

A exposição será a segunda a ser realizada em La Llotja desde junho de 2023, após a do artista português Pedro Cabrita Reis, que recebeu mais de 200 000 visitas. Agora, o público local e internacional de Maiorca poderá apreciar o talento do artista londrino, cujas obras já foram expostas em importantes museus e espaços públicos de todo o mundo, consolidando o seu lugar em coleções de prestígio como a Tate Modern de Londres e o MoMA de Nova Iorque.

Nas palavras de Opie, “um espaço tão belo como La Llotja não precisa de mais nada e, no entanto, o desafio é enchê-lo de arte sem perturbar o equilíbrio e o ambiente do interior. Como faço frequentemente, tentei estender as obras para além do local e para a cidade, alargando a discussão sobre retratos e monumentos, a linguagem do desenho e o processo de reconhecimento e interpretação de imagens”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 22 Abril 2024

A bolsa de Lisboa divulga resultados do empréstimo obrigacionista da SAD do Benfica, no mesmo dia em que o PSD aprova a lista de candidatos às eleições europeias de 9 de junho.

Em início de uma nova semana, os preços dos combustíveis seguem direções opostas: o gasóleo desce, mas a gasolina sobe. A menos de dois meses das eleições europeias, o PSD aprova a sua lista de candidatos. São apresentados os resultados do empréstimo obrigacionista do Benfica.

Preço do gasóleo desce, mas gasolina sobe

Quando for abastecer o seu veículo esta semana, o preço do litro do gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá estar 2,5 cêntimos mais barato em relação à semana passada, enquanto o litro de gasolina estará um cêntimo mais alto. Os novos preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a manutenção das medidas extraordinárias, para mitigar o aumento dos preços.

PSD aprova candidatos às eleições europeias

No mesmo dia em que arranca a última sessão plenária da atual legislatura do Parlamento Europeu, que decorre até 24 de abril, o Conselho Nacional do PSD reúne-se em Lisboa para aprovar a lista de candidatos às eleições europeias de 9 de junho — que, de acordo com o Público, deverá incluir nomes como Paulo Cunha, vice-presidente da comissão política nacional, e Lídia Pereira, eurodeputada social-democrata. A reunião servirá também para aprovar a alteração do nome da coligação com o CDS-PP e o PPM para a eleição ao Parlamento Europeu para “AD — ALIANÇA DEMOCRÁTICA”, depois da semelhança com a designação do ADN nas legislativas de março.

Bolsa divulga resultados do empréstimo do Benfica

A SAD do Benfica levou a cabo um empréstimo obrigacionista no valor de 50 milhões de euros nas últimas duas semanas, com o objetivo de refinanciar dívida que vence dentro de três meses. À tarde, a Euronext Lisboa divulga os resultados da operação numa sessão especial da bolsa de Lisboa.

Certificados continuam a afugentar famílias?

As famílias perderam o interesse nos Certificados de Aforro, depois de o anterior Governo ter cortado a remuneração deste produto de poupança do Estado. Há quatro meses que registam subscrições líquidas negativas. Será que março confirmou a tendência? O Banco de Portugal dá a resposta.

Feira Hannover Messe

A cidade alemã de Hanôver acolhe, a partir desta segunda-feira, a Hannover Messe, feira que reúne o setor industrial e tecnológico a nível mundial. Até 26 de abril, mais de 4.000 empresas estarão em exposição para apresentar soluções para uma indústria de alto desempenho e, simultaneamente, sustentável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nuno Melo anuncia que Governo vai criar comissão para as comemorações do 25 de Novembro

  • Lusa
  • 21 Abril 2024

O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que o Governo vai criar uma comissão para as comemorações do 25 de Novembro de 1975.

O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que o Governo vai criar uma comissão para as comemorações do 25 de Novembro de 1975. “Concertei com o senhor primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, que no âmbito da Defesa e do Governo, criaremos uma comissão para umas comemorações devidas, nacionais, dos 50 anos do 25 de novembro“, afirmou.

Nuno Melo fez este anúncio durante o discurso de encerramento do 31.º Congresso do CDS-PP, que terminou este domingo em Viseu, com a eleição dos novos órgãos nacionais.

O líder centrista quer que esta comemoração “seja plural e justa, feita de militares e feita de civis”, e considerou que se trata de uma questão de justiça. “Em 2024 celebraremos os 50 anos do 25 de Abril, Em 2025, devemos celebrar — e não esquecer — os 50 anos do 25 de Novembro”, considerou.

Lembrando que o CDS-PP celebra “todo os anos” esta data e é algo “quase identitário” para o partido, Nuno Melo salientou que “o 25 de Novembro foi um movimento militar que salvou a democracia em Portugal”.

O presidente do CDS-PP citou também o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, que defendeu que o “25 de Novembro foi a continuação do 25 de Abril” para afirmar: “é rigorosamente o que pensamos no CDS há 49 anos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acidentes com veículos agrícolas aumentam 9,3% em 2023

  • ECO Seguros
  • 21 Abril 2024

Desde 2021 até fevereiro deste ano, a GNR registou 1.396 acidentes envolvendo tratores e máquinas agrícolas que resultaram em 39 vítimas mortais. 

Acidentes que envolvem tratores e maquinas agrícolas aumentaram para 480 em 2023, mais 9,3% desde o ano anterior, que registou 439 acidentes, avançou a Guarda Nacional Republicana (GNR) num comunicado.

Em 2023, os acidentes resultaram em 13 vítimas mortais, 23 feridos graves e 172 os feridos leves. Até ao fim do mês de fevereiro deste ano, os dados provisórios lançados apontam para 21 acidentes com três feridos graves, sem vítimas mortais.

Desde 2021 até fevereiro deste ano, a GNR registou 1.396 acidentes envolvendo tratores e máquinas agrícolas que resultaram em 39 vítimas mortais.

Quanto ao número de acidentes com veículos agrícolas em propriedade privada, este foi de 122 em 2023, que resultaram em 28 vítimas mortais e 42 feridos graves. Até ao fim do mês de fevereiro deste ano, os dados provisórios lançados apontam para 11 acidentes com cinco feridos graves e sem vítimas mortais.

Segundo a GNR, uma das principais causas de acidentes no domínio da atividade agrícola ou relacionada é a idade avançada do agricultor, sendo que, a isso se alia “a necessidade das tarefas agrícolas terem de ser realizadas em intervalos reduzidos de tempo, agravando o cansaço físico, próprio de uma atividade fisicamente exigente”.

Outras das causas apontadas passam pelo excesso de confiança a operar máquinas e que, por vezes, os acidentes decorrem da falta de formação para o seu manuseamento.

Aliás, “mais de 50% dos tratores não dispõem de estruturas de proteção, sejam elas arcos ou cabines, acessórios importantíssimos para a segurança do trabalhador”, refere a GNR.

A Guarda Nacional Republicana deixa vários conselhos com o objetivo reduzir acidentes e que os condutores utilizem de forma segura veículos agrícolas e florestais, apelando à sua manutenção, ao uso de estruturas de proteção e dos acessórios de iluminação e sinalização, assim como a participação de ações de formação teóricas e práticas para o manuseamento destes veículos com segurança.

“Sendo o capotamento a principal causa a provocar vítimas, alertamos para o facto de que é obrigatório circular com arco de segurança, conhecido por ‘Arco de Santo António’, erguido e em posição de serviço (esta obrigatoriedade aplica-se aos tratores homologados com esta estrutura), bem como a utilização do cinto e demais dispositivos de segurança com que os veículos estejam equipados”, refere a Guarda Nacional Republicana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp anuncia que exploração de petróleo na Namíbia tem potencial comercial

A petrolífera comunicou uma potencial "importante descoberta comercial" no fim da primeira etapa de exploração de petróleo do campo Mopane na Namíbia.

A Galp anunciou este domingo que no final da primeira etapa da sua campanha de exploração petrolífera no campo Mopane na Namíbia, de que esta tem “potencial importante descoberta comercial. A Galp detém 80%, da operadora, em conjunto com os seus parceiros NAMCOR e Custos com 10% cada.

Plataforma da Galp ao largo da Namíbia. Há um potencial de reserva de 10 mil milhões de barris de petróleo nesta área.

Segundo comunicado enviado à CMVM, o consórcio concluiu com sucesso a primeira fase da campanha de exploração de Mopane com a conclusão das operações de testes do poço Mopane-1X. O poço Mopane-1X descobriu, em janeiro, colunas significativas de petróleo tendo a plataforma sido deslocada para o local do poço Mopane-2X, onde, em março, foram igualmente descobertas colunas significativas de petróleo.

Os fluxos alcançados durante o teste do poço indicam estes campos como “uma potencial importante descoberta comercial”. Só no complexo de Mopane, e antes da perfuração de poços adicionais de exploração e avaliação, as estimativas de hidrocarbonetos no local são de 10 mil milhões de barris de petróleo equivalente, ou mais. Tendo consumido 191 mil barris por dia, em média, em janeiro deste ano, esta reserva daria para 143 anos de consumo em Portugal.

A Galp indica que todos os dados adquiridos da atual campanha de perfuração de Mopane serão analisados ​​e integrados num modelo de reservatório atualizado. “O modelo servirá de base para refinar o plano de perfuração de curto prazo da Galp para continuar a explorar, avaliar e desenvolver o complexo mais vasto de Mopane”, conclui a empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Reis recupera a diplomacia económica. O que é o Fórum Macau?

  • ECO
  • 21 Abril 2024

O ministro da Economia está em Macau para participar no encontro que junta a China e os países de língua portuguesa. Afinal, o que é o Fórum Macau.

O Fórum Macau é um “mecanismo de cooperação eficiente” com um “papel relevante” na cooperação económica, comercial e cultural entre a China e os países lusófonos, disse o chefe do governo do território. O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) é “um mecanismo de cooperação eficiente e uma boa plataforma de serviços que tem desempenhado um papel relevante no reforço da cooperação económica e comercial e do intercâmbio cultural” entre os Estados-membros, salientou Ho Iat Seng.

Pedro Reis, recorde-se, vai representar Portugal neste fórum, como o ECO avançou. Pedro Reis tinha assumido a diplomacia económica como uma das prioridades políticas para a legislatura, uma das decisões orgânicas foi a transferência da Aicep dos Negócios Estrangeiros para o ministério da Economia. O ministro da Economia vai ter uma primeira intervenção política neste contexto, nesta 6º edição do Fórum Macau e que ocorre no ano dos 25 anos de transferência do Território para a China.

Num discurso proferido no jantar de boas-vindas às delegações participantes na sexta conferência ministerial do Fórum, o chefe do executivo local destacou que esta conferência é um “ponto de partida para reforçar ainda mais as funções da plataforma sino-lusófona, participar e contribuir ativamente para a implementação da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e promover o desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau”.

Para Ho Iat Seng, o Fórum de Macau alcançou “resultados encorajadores”, desde que foi criado, em 2003, tendo reforçado e aprofundado a cooperação em vários setores. “No momento atual em que a economia mundial se encontra a enfrentar mudanças profundas ainda mais importante é a solidariedade, a cooperação mutuamente vantajosa e a resposta conjunta aos desafios”, afirmou.

Por seu lado, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, destacou, na mesma ocasião, que a China quer trabalhar com os países-membros “para elevar o nível da cooperação económica e comercial sino-lusófona para um novo patamar”.

No sábado, Ho Iat Seng recebeu o ministro da Economia, Pedro Reis, num encontro em que abordaram a promoção da cooperação bilateral nas áreas da economia e comércio, a atração de mais empresas e quadros portugueses para se estabelecerem em Macau, entre outros, de acordo com um comunicado.

A presença de Pedro Reis neste Fórum Macau surge num momento particularmente sensível das relações políticas e económicas de Portugal e da China, na sequência da exclusão da Huawei da rede de 5G. Portugal passou a ser um dos poucos países da Europa Ocidental cujos nacionais não beneficiam de isenção de visto para entrar na China, após Pequim ter alargado aquela medida a mais seis nações. Em declarações à agência Lusa, o embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, disse mesmo “não entender” o critério que levou as autoridades chinesas a excluir Portugal. “Não acredito que haja aqui discriminação negativa, no sentido de dizer que a China está a fazer isso para sinalizar alguma coisa a Portugal, não acho que seja esse o caso“, afirmou. “Mas não consigo entender o critério”, disse.

O Fórum de Macau integra a China e nove países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.