Trabalhadores deslocados sem direito a deduzir rendas do quarto no IRS

Só é possível abater no imposto a pagar encargos relativos a habitação própria e permanente com domicílio fiscal. Custos com outro tipo de imóvel ainda que por questões profissionais estão excluídos.

Trabalhadores deslocados, como professores, que tenham necessidade de arrendar um quarto na cidade onde desenvolvam a sua atividade profissional, não podem deduzir as rendas no IRS, uma vez que não é a sua habitação própria e permanente nem corresponde à morada fiscal, segundo uma informação vinculativa publicada esta quinta-feira pela Autoridade Tributária (AT).

“Mantendo a requerente o seu domicílio fiscal na localidade AAA, não podem as rendas suportadas com o quarto na localidade BBB, ser dedutíveis ao abrigo do disposto no artigo 78.º-E do Código do IRS”, de acordo com o entendimento do Fisco, que já tinha sido noticiado pelo Jornal de Negócios.

A Autoridade Tributária lembra que é possível deduzir 15% do valor suportado com rendas de habitação própria permanente até ao limite de 502 euros, relativo ao ano de 2023, e que subiu, este ano, para 600 euros, na sequência das alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2024. Contudo, os montantes a abater ao imposto a pagar têm de corresponder ao domicílio fiscal. Ou seja, se o trabalhador tem a morada fiscal no Porto mas trabalha em Faro — e tem de arrendar um imóvel nesse concelho do Algarve –, então não pode deduzir essas rendas.

“Dispõe o artigo 78.º-E, n.º 1, alínea a) do Código do IRS que, à coleta do IRS, devido pelos sujeitos passivos residentes em território português, é dedutível um montante correspondente a 15% do valor suportado por qualquer membro do agregado familiar, relativamente às importâncias, líquidas de subsídios ou comparticipações oficiais, suportadas a título de renda pelo arrendatário (inquilino) de prédio urbano ou de fração autónoma para fins de habitação permanente […] até ao limite de 502 euros (para o ano de 2023) e de 600 euros (para o ano de 2024)”, segundo a AT.

Além disso, “estabelece […] a Lei Geral Tributária que o local de residência habitual das pessoas singulares corresponde ao domicílio fiscal dos sujeitos passivos. Acrescendo […] do citado normativo que é obrigatória a comunicação do domicílio por parte do contribuinte à Autoridade Tributária e Aduaneira, sendo ineficazes as mudanças que não forem comunicadas nos termos da lei”, lê-se na mesma informação vinculativa.

Governo quer alargar dedução no IRS a professores deslocados

O novo Governo, liderado por Luís Montenegro, quer alargar a dedução de encargos com rendas a professores deslocados. O programa do Executivo determina a criação de “uma dedução em sede de IRS das despesas de alojamento dos professores que se encontrem deslocados a mais de 70 quilómetros da sua área de residência”.

O anterior Governo socialista já tinha aprovado um subsídio para os docentes que tenham de dar aulas longe de casa. Em novembro foi aprovado em Conselho de Ministros um apoio às rendas para os professores do básico e secundário colocados numa escola nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, que fique a mais de 70 quilómetros de casa. Este apoio vai vigorar até 2025 e estarão abrangidos cerca de 4.000 docentes, com um custo previsto de cerca de oito milhões de euros.

Resta saber se o atual Governo da Aliança Democrática (AD), coligação liderada pelo PSD e com a participação do CDS-PP, vai manter o subsídio ou revogá-lo — e quando vai avançar com a dedução das rendas no IRS de professores deslocados.

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Juros do crédito da casa aliviam pelo segundo mês após máximos de 15 anos

Depois de ter atingido o valor mais elevado em década e meia em janeiro, a taxa de juro implícita nos contratos de crédito para a compra de casa aliviou pelo segundo mês seguido em março.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação voltou a descer em março, pelo segundo mês consecutivo, atingindo os 4,613%, depois de em janeiro ter valor mais elevado em cerca de década e meia, de acordo com Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Esta evolução reflete as perspetivas de inversão das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) por conta do abrandamento da taxa de inflação. Os mercados estão a antecipar cortes nas taxas diretoras do BCE a partir do verão. E antecipando este movimento as taxas Euribor têm vindo a corrigir nos últimos meses, levando a uma descida dos custos com os empréstimos para a compra de casa.

Na generalidade dos contratos, a taxa de juro implícita registou uma quebra de 2,8 pontos base em relação a fevereiro, a maior descida desde outubro de 2020.

Para os contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro caiu pelo quinto mês seguido, tendo sido mais expressiva em março: menos 19,7 pontos base para uma taxa de 4%, a mais baixa desde maio. No que diz respeito aos contratos assinados nos últimos seis meses, a taxa de juro recuou 11,6 pontos base para 4,102%.

Apesar da descida dos juros, a prestação média da casa fixou-se nos 403 euros, mantendo o valor de fevereiro mas 72 euros acima da prestação verificada há um ano, segundo o INE. Deste valor, a parcela relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 45% em março de 2023.

Quanto aos contratos celebrados mais recentemente, que haviam sido mais penalizados pela subida dos juros, a prestação da casa registou decréscimos de nove euros, oito euros e cinco euros para as operações fechadas nos últimos três meses, seis meses e 12 meses, respetivamente.

Entre julho de 2022 e setembro de 2023, o BCE aumentou as taxas em 450 pontos base, uma trajetória de subida que foi interrompida em setembro. A próxima reunião do conselho de governadores do banco central acontece no dia 6 de junho

Portugal foi um dos países que sentiu maior impacto da subida dos juros do BCE, dada a circunstância de mais de 90% dos contratos terem um regime de taxa variável.

(Notícia atualizada às 11h42)

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 19 Abril 2024

Esta sexta-feira, a taxa Euribor desceu para 3,892% a três meses. Nos prazos de seis e 12 meses, aumentou para 3,846% e 3,732%, respetivamente.

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a quinta-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,892%, permanece acima da taxa a seis meses (3,846%) e da taxa a 12 meses (3,732%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, subiu esta sexta-feira para 3,846%, mais 0,003 pontos, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu esta sexta-feira, para 3,732%, mais 0,001 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,892%, menos 0,005 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na reunião de política monetária de 11 de abril, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo avalia corte do IRS já com retroativos a janeiro

Estará em cima da mesa do Conselho de Ministros a possibilidade de corrigir retenções na fonte com efeitos a janeiro, à luz da nova descida de IRS. Objetivo é garantir que impacto é sentido já.

O Governo está a ponderar tornar a redução de impostos para as famílias retroativa a janeiro com a publicação da novas tabelas de retenção. Ou seja, no Conselho de Ministros desta sexta-feira, que já teve início, estará em cima da mesa a possibilidade de no mês em que se aplicar as alterações ao IRS os portugueses terem um aumento de rendimento correspondente às correções aplicadas às retenções na fonte desde janeiro.

A medida será uma inovação fiscal, mas é tecnicamente possível, como explicou ao ECO o fiscalista Jaime Esteves. A lei já prevê que as empresas possam fazer acertos nas retenções na fonte quando se enganam num determinado mês. As correções podem ser feitas nos meses seguintes. “Se houver uma autorização para recalcular o IRS que teria sido retido pelas taxas novas nas retenções feitas do início do ano até abril, no mês de maio, o sistema é capaz de o recalcular”, explica o fiscalista. No entanto, o fiscalista alerta que a medida poderá ter “algum custo administrativo para as empresas”. “Não sei se os sistemas informáticos conseguirão calcular assim tão facilmente as alterações”, admitiu Jaime Esteves.

Com esta eventual alteração, o Governo pretende que a medida de baixa do IRS tenha impacto total nos salários este ano e não apenas no próximo, por altura da liquidação do imposto referente aos rendimentos de 2024. Recorde-se que o Governo tinha prometido um “choque fiscal”, mas com o anúncio de que a redução de 1.500 milhões no IRS já tinha em conta os 1.191 milhões previstos no Orçamento do estado para 2024 (um valor recalculado já esta semana) criou-se uma enorme polémica com a oposição a acusar o Governo de “embuste”. O líder do PS falou mesmo de “mentira” e “fraude” e a sua líder parlamentar pediu um debate de urgência sobre o tema, durante o qual o ministro dos Assuntos Parlamentares devolveu a acusação, referindo que o “embuste” era o debate.

O Governo está neste momento em Conselho de Ministros, a ‘calibrar’ a medida de redução de IRS, como referiu publicamente o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O ECO apurou que deverão ser publicados exemplos específicos do impacto da redução de IRS.

A intenção do Governo é refletir nas tabelas de retenção na fonte a alteração ao artigo 68.º do Código do IRS [o artigo onde estão definidos os escalões do IRS e as taxas que sobre eles incidem], tendo o Executivo já referido que a redução que vai ser aprovada não contempla a subida de taxas em nenhum dos escalões, face aos valores em vigor desde janeiro. Em entrevista à RTP, Joaquim Miranda Sarmento sublinhou que ninguém iria ter um agravamento fiscal.

No programa eleitoral, a coligação AD apontava para um impacto orçamental de dois mil milhões de euros para a redução das taxas do IRS. Uma redução que o Governo tem reiterado que será entre 0,5 e 3 pontos percentuais (até ao 8.º escalão) face a 2023. Nestes dois mil milhões de euros está também contemplada a isenção de contribuições e IRS sobre prémios de desempenho (15.º mês). Já as mexidas ao nível do IRS, uma medida prevista para 2025, terão um custo de mil milhões de euros.

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Ativistas climáticos ocupam átrio do Ministério do Ambiente. PSP deteve 10 jovens

  • Capital Verde
  • 19 Abril 2024

Estudantes queriam entregar plano para a transição justa à nova ministra do Ambiente e que Maria da Graça Carvalho se comprometesse com o fim dos combustíveis fósseis até 2030. Detidos dez jovens.

Ativistas climáticos do movimento “Fim ao Fóssil” ocuparam esta sexta-feira de manhã o átrio do edifício do Ministério do Ambiente. Os estudantes querem entregar um plano para a transição justa à nova ministra do Ambiente.

O grupo protestou sentado no chão, unido por tubos metálicos, de acordo com o Jornal de Notícias. Os participantes recusaram-se a abandonar o local até que a ministra Maria da Graça Carvalho se comprometa a garantir o fim dos combustíveis fósseis até 2030.

“Nós não queríamos estar aqui, mas não temos outra opção (…) Aprendemos que precisamos do fim aos fósseis até 2030. A ONU ainda esta semana avisou que temos dois anos para criar e começar a implementar os planos necessários. Mas o Governo continua sem ter um plano para garantir o fim ao fóssil nos prazos da ciência. Mesmo depois de já lhes termos várias vezes apresentado um plano de como o podem garantir. Não podemos consentir com a nossa condenação por um governo que se recusa a enfrentar a realidade climática”, afirma Teresa Núncio, estudante de Medicina, citada no comunicado enviado às redações.

De acordo com a mesma nota, fora do Ministério também se reuniram estudantes em protesto, que os ativistas descrevem como “pacífico”. Mas indicam que estes terão sido forçados pela polícia a entrar na garagem do edifício. “Não se sabe por que razão nem onde estão de momento”, indicam.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Ministério do Ambiente confirmou que os jovens entraram esta manhã nas instalações do Ministério e atiraram tinta à fachada. A mesma fonte adiantou ainda que a PSP acabou por retirar rapidamente os jovens do edifício e que não se registaram incidentes.

Entretanto, fonte da PSP adiantou que foram detidos 10 jovens, que já se encontram a aguardar interrogatório judicial depois de terem ocupado o edifício e colocado cadeados nas portas. Foram ainda identificados outros jovens, entre eles, um menor de 15 anos, adiantou a polícia.

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Ex-CEO da Start Campus admite “alívio” com decisão da Relação no caso Influencer

Afonso Salema, que liderou a Start Campus e é arguido na investigação que fez cair o Governo, está aliviado com os últimos desenvolvimentos do processo e diz que o momento agora é de "reconstrução".

O ex-CEO da Start Campus, que é arguido na Operação Influencer, admite “alívio e alegria” depois de ver o Tribunal da Relação de Lisboa decidir contra o Ministério Público e afirmar que “nenhum dos factos adiantados se traduziam em crimes”. Afonso Salema reagiu esta sexta-feira numa mensagem publicada no LinkedIn, dizendo que agora é o momento de se “focar na reconstrução”.

“Os últimos dias têm sido repletos de alívio e alegria! A enorme injustiça e o pesadelo que a minha família e eu temos enfrentado parece estar a encaminhar-se para uma resolução”, escreveu o gestor, que foi responsável pela empresa que está a construir o polémico mega centro de dados em Sines, até apresentar a demissão por ter sido implicado na mesma investigação que fez cair o Governo de António Costa.

“O apoio do setor tem sido fonte de luz nos nossos momentos mais negros. As vossas orações, solidariedade e palavras de conforto têm significado muito para nós. É impossível expressar a minha gratidão na íntegra (vocês sabem quem são!). Infelizmente, tempos difíceis podem revelar o verdadeiro caráter – aqueles que vivem pelos seus valores e aqueles que exploram situações para ganho pessoal. No entanto, é a manifestação de apoio genuíno que fortalece a minha determinação”, continuou Afonso Salema, numa mensagem escrita em inglês.

O ex-líder da Start Campus continua, afirmando que “agora é tempo de focar na reconstrução”, sem elaborar. “Para todos os que se mantiveram firmes connosco, obrigado do fundo do meu coração. Se estiverem em Lisboa na próxima semana, digam — adoraria fazer um brinde para celebrar a resiliência da nossa indústria”, concluiu.

A mensagem original de Afonso Salema, em inglês, no LinkedIn

A mensagem de Salema surge dois dias depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decidido contra o Ministério Público e manter os arguidos da Operação Influencer apenas sujeitos à medida de coação menos gravosa, o Termo de Identidade e Residência. Mas o tribunal vai mais além ao dizer que “nenhum dos factos adiantados” pela investigação “se traduziam em crimes” e não ultrapassam “o desenvolvimento das funções de cada um dos intervenientes, tendo todos eles atuado no âmbito das mesmas”.

O caso, que ficou conhecido por Operação Influencer, levou à constituição como arguidos de Afonso Salema, mas também de Vítor Escária, ex-chefe de gabinete do então primeiro-ministro António Costa, e Diogo Lacerda Machado, consultor da Start Campus e um amigo próximo do primeiro-ministro. O caso investiga como a Start Campus contratou Lacerda Machado para, alegadamente, influenciar o Governo a tomar decisões que eram favoráveis ao data center de Sines.

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Criminalizar enriquecimento ilícito pode ser útil mas é difícil, diz Frente Cívica

  • Lusa
  • 19 Abril 2024

A criminalização do enriquecimento ilícito "pode ser útil" no combate à corrupção, mas convertê-la em lei que tenha eficácia penal "vai ser difícil", considera a associação Frente Cívica.

A criminalização do enriquecimento ilícito “pode ser útil” no combate à corrupção, mas convertê-la em lei numa formulação que “passe o crivo” do Tribunal Constitucional e tenha eficácia penal “vai ser difícil”, considera a associação Frente Cívica.

O Governo de coligação liderado por Pedro Passos Coelho tentou pela primeira vez passar a lei a criminalização do enriquecimento ilícito em 2012, com um decreto da Assembleia da República, enviado pelo Presidente da República de então, Aníbal Cavaco Silva, para fiscalização preventiva pelo Tribunal Constitucional, que viria a pronunciar-se pela inconstitucionalidade das normas.

O mesmo viria a acontecer em 2015, com nova tentativa do Governo de Passos Coelho a não passar no Tribunal Constitucional (TC).

A ideia ter ressurgido no programa do Governo da Aliança Democrática (AD), é algo que para o vice-presidente da Frente Cívica, João Paulo Batalha, se explica com facilidade.

“Em termos políticos, é uma coisa fácil de propor e é popular. E, portanto, é natural que esteja sempre a surgir. A verdade é que já esbarrou nas reservas do TC e mesmo que se encontre uma formulação que passe no crivo do TC, eu acho que vai ser difícil ter uma formulação que torne uma lei destas verdadeiramente eficaz, sem chocar na cultura judicial”, disse o responsável à Lusa.

Na opinião de João Paulo Batalha, “tudo o que pareça ou possa ser interpretado como reversão do ónus da prova vai ter problemas no TC e mesmo que se consiga uma formulação que não tenha problemas no TC, vai ter problemas nos tribunais em termos de aplicação”, gerando “imediatamente imensa doutrina” em sentido contrário, levando a que a nova tipologia de crime e a sua aplicação penal siga “o mesmo caminho do recebimento indevido de vantagem, do tráfico de influências, que estão na lei, mas não são aplicados porque não estão na nossa cultura judiciária”.

A este propósito, João Paulo Batalha referiu que, nos casos mais mediáticos, só tem memória de uma condenação por tráfico de influência, a do ex-ministro socialista Armando Vara.

O vice-presidente da Frente Cívica defende que “pode ser útil” para o combate à corrupção criminalizar o enriquecimento ilícito, regulamentar o lóbi ou permitir mecanismos de direito premial (a chamada ‘delação premiada’, como é denominada no Brasil), mas defende que “tudo isto tem que ser discutido com muito rigor, tem de ser legislado com muito cuidado e de forma muito participada e avaliando bem o que já existe e a sua eficácia”.

Nós estarmos a fazer leis muito progressistas, que depois esbarram em instituições que, ou não têm meios, ou não têm uma cultura que esteja em linha com a legislação progressista, então serve de pouco”, disse.

Ainda sobre o lóbi, recordou o processo apressado de tentativa de regulamentação no parlamento mesmo a encerrar a legislatura, que “ia, em grande medida, fazer mais mal que bem”, sobretudo no que diz respeito à atividade dos advogados, sublinhando que se poderia cair na contradição de ter sociedades de advogados em Portugal registadas como lobistas em Bruxelas, mas não em território nacional, ficando a ação destes profissionais enquadrada no âmbito dos atos próprios da atividade

Se nós fizermos uma regulação do lóbi que deixa de fora os advogados, na verdade estamos a criar o mercado para o lóbi transparente, em que é preciso registar quem é o lobista, quem é que está a pagar ao lobista, quais são os interesses que ele está a defender e criamos ao mesmo tempo o mercado de lóbi paralelo, que é um mercado que já existe hoje em dia pelas sociedades de advogados e que se ficarem fora da lei podem continuar a exercer um mercado que se torna ainda mais lucrativo, que é o do lóbi discreto ou opaco”, criticou.

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“É imperativo garantir o rigor e a prudência” na Justiça, diz bastonária dos advogados

A Ordem dos Advogados mostrou-se preocupada e assume que é "imperativo garantir o rigor e a prudência", tanto na condução dos processos como na divulgação de informações atinentes aos mesmos.

Face aos recentes desenvolvimentos na Justiça portuguesa, a Ordem dos Advogados (OA) mostrou-se preocupada e assume que é “imperativo garantir o rigor e a prudência”, tanto na condução dos processos como na divulgação de informações atinentes aos mesmos.

“É essencial que as investigações sejam pautadas por critérios de legalidade, adequação e proporcionalidade, com integral respeito pelos direitos processuais de todos os intervenientes, e cumprindo os respetivos prazos legais, promovendo uma Justiça séria, célere e eficaz, evitando prolongamentos desnecessários que apenas contribuem para o seu descrédito e aumentam a incerteza jurídica e social”, referem em comunicado.

A instituição apela ainda que os agentes da Justiça zelem pela própria independência, garantindo que a separação de poderes é “respeitada em todas as direções” e assegurando que o sistema judicial funcione “sem quaisquer interferências externas”.

“Por outro lado, é igualmente fulcral que a gestão e cobertura mediática dos processos judiciais sejam realizadas de modo a não prejudicar a dignidade dos envolvidos nem a integridade reconhecida do nosso sistema de Justiça”, reforça a OA.

Assim, assumem que a cobertura jornalística deve ser “equilibrada” e “ponderada”, evitando interferências que possam influenciar indevidamente os processos ou a opinião pública. “Este equilíbrio é fundamental para a manutenção da confiança do cidadão na Justiça, e basilar para a estabilidade, governabilidade e reputação internacional do nosso país”, acrescentam.

Apelamos, assim, à responsabilidade de todos os profissionais e entidades envolvidas, e esperamos que este ambiente seja rapidamente ultrapassado, com a serenidade e ponderação dos agentes da Justiça, da imprensa e também do poder político, e que não exista a tentação, por força deste contexto, de se proceder a alterações legislativas precipitadas e pouco ponderadas, que coloquem em causa os direitos dos cidadãos”, concluem.

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Lidl abre “loja icónica” de 12 milhões de euros no Estádio do Restelo, em Lisboa

Novo supermercado localizado no topo sul do Estádio do Restelo. É o 16.º espaço da cadeia de retalho em Lisboa, tendo criado 35 postos de trabalho. A nível nacional, a empresa alemã soma 270 lojas.

O Lidl abriu esta sexta-feira uma “loja icónica” no Estádio do Restelo, depois de um investimento de 12 milhões de euros na requalificação do complexo desportivo e zonas envolventes, com a criação de um jardim na cobertura do edifício. É a 16ª loja da cadeia de retalho no centro de Lisboa. Para este novo espaço contratou 35 pessoas, somando agora quase 400 colaboradores só no concelho de Lisboa.

Localizada no topo sul do Estádio do Restelo, com uma área de mais de 1.400 metros quadrados, o espaço tem um parque de estacionamento com capacidade para 150 lugares e dois postos de carregamento rápido para viaturas elétricas. O projeto nasceu de uma parceria com o Belenenses e contempla a abertura de uma nova loja para o clube e obras de urbanização de toda a área circundante: criação de novas redes de infraestruturas, novos arruamentos e acessos, permitindo uma melhor circulação e segurança rodoviária e mais iluminação pública.

“Estamos muito satisfeitos por, uma vez mais, estarmos onde é preciso, com o que é preciso, com um projeto inovador, onde fomos mais arrojados. Além de proporcionarmos aos moradores o acesso facilitado a uma oferta de máxima qualidade ao melhor preço, facultamos-lhes também novas infraestruturas para uma vida de bairro mais agradável, totalmente enquadrada na zona, e novas acessibilidades. E fizemo-lo em parceria com um dos históricos clubes da cidade, que reforça o nosso sentido de pertença com a comunidade e apoio ao desporto, que tão bem nos caracterizam”, explica Pedro Almeida, diretor geral do Lidl Portugal, para a Região Centro.

Patrick Morais de Carvalho, presidente do Belenenses, refere que a inauguração deste supermercado no Estádio do Restelo “constitui um marco muito significativo para o presente e para o futuro” do clube, encarado como “o pontapé de saída da era da modernidade” para o clube e as suas infraestruturas. “Tratou- se de um processo longo, complexo e difícil, mas que chegou a bom porto porque se casaram os interesses e respeito mútuo de duas grandes organizações”, acrescenta o dirigente desportivo.

Em comunicado, o Lidl detalha que o projeto incluiu também a criação de um jardim na cobertura da loja, descrito como um amplo espaço verde de utilização pública, que permite à população e utilizadores do complexo desportivo um novo percurso pedonal de ligação com a Rua dos Jerónimos e uma nova área verde de lazer e descanso. Foi ainda reconstruída uma escadaria exterior, que faz a ligação entre a Avenida do Restelo e o estádio.

Presente há 29 anos em Portugal, o Lidl soma cerca de 9.000 colaboradores, distribuídos por mais de 270 lojas, de Norte a Sul do país. De acordo com um estudo de impacto realizado pela consultora KPMG em 2022, a retalhista de origem alemã contribuiu com 3.100 milhões de euros para a geração de riqueza no país, representando 1,3% do PIB nacional.

A nível internacional, o Lidl, que pertence ao Grupo Schwarz, tem 12.200 lojas e mais de 220 centros de distribuição e entrepostos em 32 países e emprega mais de 376.000 colaboradores em todo o mundo. O Grupo Schwarz, que opera mundialmente enquanto retalhista alimentar, gerou uma faturação de 154,1 mil milhões de euros no ano fiscal de 2022.

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Sustentabilidade Human@Center: As Pessoas no Centro de um Futuro Sustentável

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Abril 2024

A sustentabilidade com uma abordagem Human@Center alavanca o valor da transformação, numa jornada de sustentabilidade com um foco estratégico nas Pessoas.

No contexto atual, a sustentabilidade assume uma dimensão holística, ultrapassando os desafios exclusivamente ambientais e avançando para uma perspetiva integrada de bem-estar e progresso social. É premente o desenvolvimento sustentável atendendo às necessidades presentes sem comprometer a capacidade futura de cumprir com as expectativas das próximas gerações.

As empresas enfrentam a necessidade de transitar para modelos de negócio mais verdes e digitais, uma mudança que é impulsionada por vários stakeholders – colaboradores, consumidores, investidores e sociedade – que exigem uma atuação empresarial pautada pela transparência e responsabilidade sustentável.

Por um lado, a transição verde requer uma resposta efetiva às crises climáticas e à escassez de recursos, promovendo simultaneamente a economia circular. Por outro, a transformação digital exige o desenvolvimento e a integração de processos e sistemas automatizados e digitalizados nas empresas.

O Fórum Económico Mundial prevê que, até 2030, novas funções sejam criadas ou transformadas, exigindo novas competências para o futuro. É através das Pessoas, capacitadas com os comportamentos e competências de futuro, e com o apoio de tecnologias inovadoras, que as empresas serão capazes de adotar modelos de negócio mais sustentáveis.

Perante estes desafios, as Empresas são desafiadas a redefinir as suas estratégias de sustentabilidade, colocando a dimensão humana e social no centro da criação de valor e na satisfação das expectativas dos múltiplos stakeholders.

Colocar as Pessoas no Centro da Sustentabilidade traduz-se na integração de práticas que atraiam e retenham o Talento e investidores, num contexto promotor do desenvolvimento pessoal e profissional. Assim sendo, as empresas que adotam este mindset, apresentam uma probabilidade significativamente superior para o sucesso na sua jornada de transformação.

Uma jornada de Sustentabilidade com uma abordagem Human@Center, implica reconhecer e incentivar comportamentos e práticas sustentáveis dos colaboradores, que são fundamentais para a realização dos objetivos ambientais. Paralelamente, as empresas devem assegurar uma workforce motivada e resiliente, atuando positivamente na qualidade de vida do colaborador, na equidade interna e nas comunidades onde opera.

Cláudia Gomes, Senior Consultant EY, People Consulting

Para uma jornada da transformação sustentável de sucesso, as empresas devem apostar nos seguintes vetores:

  • Definir uma estratégia com propósito e resultado: Garantir que as Pessoas são o mote da estratégia de sustentabilidade, através de uma visão e narrativa comum e transversal à organização;
  • Incentivar lideranças transformacionais: Assegurar que as lideranças atuam como role model, com uma atitude “human first” e de valorização da diversidade das suas equipas;
  • Desenvolver a agilidade organizacional: Desenvolver as competências certas para os novos modelos e práticas de negócio, através do desenvolvimento de percursos de aprendizagem e estratégias de upskills e reskills;
  • Gerir da mudança de comportamento: Desenvolver o Quociente de Sustentabilidade (ESG IQ), da workforce e reconhecer a performance dos ESG Champions;
  • Promover de uma cultura inclusiva: Integrar práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e promover uma cultura de pertença, para garantir elevada performance e maior capacidade de inovação;
  • Alavancar a experiência do colaborador: Envolver e criar valor social junto das comunidades, em torno de um propósito comum entre Empresa – Colaboradores – Sociedade;
  • Construir resiliência na workforce: Atuar positivamente na saúde física e mental e na estabilidade económica dos colaboradores, a par com a segurança de identidade social na organização.
  • Promover a responsabilidade e transparência: Assegurar a integração dos fatores ambientais, sociais e de governance nos modelos de negócio e o compromisso e transparência no reporte dos indicadores de sustentabilidade.

Em suma, perante o imperativo atual de um desenvolvimento consciente e resiliente, as Empresas devem evoluir para uma estratégia sustentável que coloque as pessoas e a inovação no foco das suas ações, assegurando um futuro próspero e equitativo para todos.

Cláudia Gomes, Senior Consultant EY, People Consulting

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Irão confirma ataque israelita em retaliação. Instalações nucleares escapam a danos

  • Lusa e ECO
  • 19 Abril 2024

Estados Unidos foram previamente notificados sobre o ataque de Israel contra o Irão, lançado esta madrugada. Explosões sentidas na região de Isfahan terão sido causadas pelo sistema de defesa aérea.

Israel terá lançado esta madrugada três mísseis contra o Irão, retaliando o ataque sofrido no passado sábado, no qual foram enviados mais de 300 drones e mísseis não tripulados contra alvos em todo o país israelita. A notícia foi avançada pela norte-americana ABC News.

Segundo disse um analista à televisão estatal iraniana, os mini-drones pilotados foram abatidos pelas defesas aéreas em Isfahan. Pouco depois da meia-noite, “três drones foram observados no céu sobre Isfahan. O sistema de defesa aérea foi ativado e destruiu esses drones no céu”, anunciou a cadeia televisiva. Entretanto, à agência de notícias de defesa iraniana Defa Press, o Exército do Irão confirmou o ataque através de drones.

No entanto, segundo a agência de notícias Reuters, as autoridades iranianas estão a desvalorizar o ataque, dizendo inclusive que não pretendem retaliar e não confirmando sequer a autoria de Israel.

Mas vários meios de comunicação iranianos também relataram explosões na zona de Isfahan, região a sul de Teerão e que tem instalações nucleares. Mas uma autoridade iraniana avançou que estas foram causadas pelos sistemas de defesa aérea, ainda segundo a Reuters.

A agência de notícias avança também que os Estados Unidos da América (EUA) foram notificados em relação ao ataque israelita, tendo sido dadas garantias a Washington de que as instalações nucleares não seriam atingidas.

Entretanto, a Agência Internacional de Energia Atómica já veio confirmar que as instalações nucleares do Irão não terão sido danificadas com o ataque de Israel. Num comunicado divulgado nas redes sociais, Rafael Grossi, líder da agência, apela à extrema contenção de todos e reitera que “as instalações nucleares nunca devem ser alvo de conflitos militares”.

O Irão ativou a defesa aérea em várias províncias, avançou a agência de notícias estatal iraniana IRNA. As autoridades do país chegaram a suspender todos os voos comerciais a partir e com destino a vários aeroportos, incluindo Teerão, disse a agência Mehr, citando as autoridades aeroportuárias. Entretanto, as operações aéreas já terão sido normalizadas.

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Hoje nas notícias: Função Pública, Efacec e IRS

  • ECO
  • 19 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As cedências aos polícias e professores, tendo em conta as promessas eleitorais, têm um peso adicional de 220 milhões no Orçamento de Estado deste ano. Na Efacec, mesmo depois da entrada do fundo alemão Mutares, mantêm-se as saídas de quadros de topo da empresa. Os trabalhadores que se encontrem deslocados não podem deduzir a renda do quarto no IRS. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta sexta-feira.

Cedências a polícias e professores vão custar 220 milhões já este ano

Tendo em conta as promessas eleitorais que Luís Montenegro fez aos polícias e professores, o Orçamento do Estado de 2024 tem de ter um aumento de, pelo menos, 220 milhões, ainda que sem necessidade de um orçamento retificativo. Este valor não inclui o que poderá resultar das reuniões com os oficiais de justiça e com os profissionais da saúde, cujas reivindicações deverão afetar apenas os orçamentos dos próximos anos, no caso de serem aprovados.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Saída de diretores da Efacec mantém-se após privatização

Apesar da entrada de um novo acionista, o fundo alemão Mutares, as saídas entre os quadros de topo da Efacec mantêm-se, tendo já saído da empresa três diretores desde novembro. Pedro Pinto, diretor-geral da área de negócio de transportes e que contava com mais de duas décadas de casa foi a última baixa. Os outros dois diretores são da área da mobilidade elétrica. Os trabalhadores da empresa aprovaram uma greve parcial para 6, 8 e 10 de maio, exigindo aumentos e a clarificação da estratégia da Mutares.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Trabalhadores deslocados não podem deduzir renda do quarto ao IRS

Tendo em conta que a dedução à coleta do IRS de encargos com imóveis só se aplica à morada fiscal dos contribuintes, caso estes tenham de arrendar um quarto noutra cidade devido a questões de trabalho, não podem deduzir esses gastos, esclarece a Autoridade Tributária. Só o poderão fazer caso transfiram para lá a sua residência fiscal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Portaria das taxas de regulação da Anacom é inconstitucional

Duas normas da portaria que determina as taxas cobradas pela Anacom aos operadores – pelo exercício da atividade de fornecedor de redes e serviços de comunicações eletrónicas – não cumprem a lei fundamental, declarou o Tribunal Constitucional (TC). O problema não está na existência das taxas, mas no facto de não serem suportadas por um documento com maior força legal, como um decreto-lei ou uma lei. Já foram foram decididos 53 processos pelo tribunal, tendo a reguladora restituído cerca de 40 milhões de euros (já provisionados) a diferentes operadores.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Doentes preferem esperar para ser operados nos hospitais públicos

Embora a emissão de vales-cirurgia e notas de transferência tenha subido mais de 10% em 2023, face ao ano anterior, num total de 181.805, a taxa de cativação foi de 20%, com a maioria dos utentes a preferir esperar para ser operada no hospital de origem. São emitidos para que os doentes possam ter uma alternativa atempada em unidades do setor social ou privado (vales-cirurgias) ou noutros hospitais do SNS (notas de transferência). O novo Governo quer agora criar uma alternativa idêntica a este instrumento, os chamados “vouchers-consulta”, para os utentes terem acesso a consultas de especialidade em tempo clínico adequado em unidades convencionadas

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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