Procura por transportes públicos cresce 10% até fevereiro

Nos 2 primeiros meses do ano foram transportados 43,86 milhões passageiros pelo Metro de Lisboa, Porto e Transtejo/Soflusa, uma subida de 10% face aos quase 40 milhões registado no período homólogo.

Nos primeiros dois meses deste ano, o número de passageiros transportados pelo Metro de Lisboa, Porto e Transtejo/Soflusa cresceu 10%, face ao período homólogo, para mais de 43 milhões, de acordo com os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).

No conjunto dos dois primeiros meses, foram transportados 43,86 milhões passageiros pelo Metro de Lisboa, Porto e Transtejo/Soflusa, o que representa um aumento de 10% face aos quase 40 milhões registados no período homólogo. Já face ao pré-pandemia corresponde a uma subida de 11%, dado que em janeiro e fevereiro de 2019 tinham sido transportadas 39,59 milhões pessoas.

Por meio de transporte, o Metro do Porto transportou 13,63 milhões passageiros nos primeiros dois meses de 2024, isto é, um aumento de 15% face aos 11,8 milhões passageiros transportados em igual período do ano passado. Já comparando com o valor pré-pandemia, trata-se de mais 3,23 milhões passageiros (31%).

Ao mesmo tempo, a Transtejo/Soflusa transportou 3,25 milhões passageiros, o que representa uma subida de 15% face aos 2,8 milhões registados no período homólogo. Trata-se de mais 249 mil passageiros (8%), face ao mesmo período de 2019.

Quanto ao Metro de Lisboa, transportou 26,97 milhões de passageiros nos primeiros dois meses deste ano, isto é, um aumento de 7% face aos 25,3 milhões registados em igual período de 2023. Já face a igual período de 2019 são mais 792 mil passageiros (3%).

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Calçado junta-se a universidades para criar 34 “equipamentos de ponta” para a indústria

Ilhas de automação, linhas integradas e plataforma digitais são alguns dos equipamentos que estão a ser desenvolvidos para capacitar as fábricas nacionais de calçado para médias e grandes encomendas.

Um consórcio português liderado pela Carité, com a coordenação do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, está a desenvolver 34 equipamentos de ponta para a indústria. Ilhas de automação, linhas integradas e plataforma digitais são algumas das inovações e que prometem “tornar a indústria portuguesa de calçado a mais qualificada do mundo”.

Com um orçamento de 60 milhões de euros, o projeto FAIST enquadra-se no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), engloba 45 copromotores, incluindo universidades, empresas e instituições do sistema científico e tecnológico, avança a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

A diretora do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal e coordenadora do projeto, Florbela Silva, explica que o projeto permite “aumentar o grau de especialização da indústria portuguesa de calçado para novas tipologias de produto” e potenciar “a capacidade de oferta das empresas portuguesas de calçado através do reforço da capacidade de fabricar médias e grandes encomendas, utilizando processos de montagem mais eficientes”.

A coordenadora do projeta nota ainda que “se empresas portuguesas são já reconhecidas pela sua capacidade de inovação, do fabrico de pequenas encomendas de modo eficiente”, importa agora “otimizar processos e melhorar a eficiência, para assegurar novos ganhos de competitividade”.

O setor “apostará na produção de bens de equipamentos e tecnologias avançadas, substituindo importações e criando competências e capacidades locais necessárias à instalação de unidades produtivas com elevados níveis de automação e robótica”.

No âmbito deste consórcio, está igualmente previsto reforçar a cooperação entre universidades, politécnicos, centros de interface tecnológica e empresas, criar novas linhas de produção automáticas e robotizadas, em empresas demonstradoras, que sirvam como locais de teste e experimentação, bem como de capacitação de recursos humanos são igualmente metas a atingir.

Ainda de acordo com Florbela Silva, paralelamente ao desenvolvimento de linhas de produção integradas com elevada automação, o setor investirá também na automação de postos e processos de trabalho chave nas linhas de produção já existentes, através da criação de ilhas de automação”.

No âmbito do PRR, o setor de calçado investirá 140 milhões de euros até final de 2024. Para além do investimento em tecnologia de ponta, está previsto o investimento de 80 milhões de euros na área da bioeconomia. O objetivo, consagrado no Plano Estratégico, passa por transformar Portugal na “a referência internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis.

Este é o momento de preparar uma nova década de crescimento, reforçando competências, acelerando a inserção de novos quadros qualificados nas empresas e aumentar o investimento em desenvolvimento tecnológico, para que possamos apresentar produtos altamente diferenciadores.

Luís Onofre

Presidente da Apiccaps

O setor do calçado sempre assumiu como grande objetivo ser uma grande referência internacional”, recordou o presidente da Apiccaps, Luís Onofre. “Este é o momento de preparar uma nova década de crescimento, reforçando competências, acelerando a inserção de novos quadros qualificados nas empresas e aumentar o investimento em desenvolvimento tecnológico, para que possamos apresentar produtos altamente diferenciadores”, concluiu o líder da associação.

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Altice já pagou multa de 124 milhões por irregularidades na compra da PT

Altice já liquidou as duas coimas impostas em 2018 pela Comissão Europeia por ter violado a lei na compra da PT. Apesar das reduções, montante foi agravado pelos juros.

O grupo Altice confirmou esta quarta-feira que já pagou a multa aplicada pela Comissão Europeia em 2018 por irregularidades na compra da PT Portugal três anos antes. O montante total pago no quarto trimestre foi de 124,1 milhões de euros.

“A 24 de abril de 2018, a Comissão Europeia impôs duas multas à Altice Europe num montante total de 124,5 milhões de euros por gun jumping na aquisição da PT Portugal em 2015. O montante total de 124,1 milhões de euros foi pago no quarto trimestre de 2023″, lê-se num comunicado da Altice International.

O ECO apurou que este montante pago pela Altice International inclui juros, visto que a Justiça europeia reduziu por duas vezes a multa da Comissão Europeia para pouco mais de 115 milhões de euros. Ou seja, quase dez milhões de euros correspondem a juros.

Em 2018, a Comissão Europeia tinha aplicado duas coimas à Altice Europe de 62,25 milhões de euros cada uma: a primeira por ter violado a obrigação de notificação da concentração e a segunda por ter violado a proibição de realizar a concentração antes da sua notificação à Comissão e antes da sua autorização por parte desta.

No âmbito de um primeiro recurso da Altice, o Tribunal Geral negou parcialmente provimento, mas reduziu a primeira das coimas em 6,22 milhões de euros, para 56,03 milhões. A Altice voltou a recorrer dessa decisão e, em novembro de 2023, o Tribunal de Justiça decidiu anular parcialmente o acórdão do Tribunal Geral, ao mesmo tempo que reduziu essa coima para 52.912.500 euros.

Feitas as contas, a Altice continuou exposta a penalizações no montante total superior a 115 milhões de euros, o que compara com os 124,5 milhões iniciais. Ora, com a notícia avançada pela Altice esta quarta-feira, confirma-se que a empresa acabou por ter de pagar praticamente o mesmo valor, por causa dos juros.

Esta não era a expectativa de Patrick Drahi. Em maio de 2018, instado pelo ECO a reagir à multa da Comissão à margem de um evento, o dono da Altice respondeu que a empresa iria “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para não pagar” a penalização.

A compra da PT Portugal pela Altice à brasileira Oi em 2015 esteve na base do que é, atualmente, a Altice Portugal. Um ativo que, aliás, Drahi colocou à venda no ano passado, estando a negociar com três potenciais compradores.

À semelhança da Altice International, a Altice Portugal apresentou resultados trimestrais esta quarta-feira. Num ano conturbado, também marcado por uma investigação judicial em Portugal, a empresa que controla a Meo ficou perto dos três mil milhões de euros em receitas em 2023. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ultrapassou, pela primeira vez desde 2016, os mil milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h41)

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h3 lança nova campanha. Quer trabalhar notoriedade para ajudar à política de expansão

A propósito do arranque da maior campanha anual da h3, e em vésperas da abertura de duas novas lojas, o +M falou com a diretora de marketing sobre a estratégia da marca.

Oferecer é de amigo” é a nova campanha multimeios lançada pela h3, que vai oferecer refeições a novos clientes que adiram à app da cadeia de restauração a convite de amigos que já sejam clientes. A campanha, no ar até 16 de junho, surge alinhada com uma estratégia que passa por continuar a investir em comunicação e trabalhar notoriedade, de forma a permitir que a política de expansão de lojas e clientes funcione melhor.

A notoriedade em si facilita-nos muitas coisas. Facilita em termos de expansão, quando entramos numa nova localidade, e ajuda-nos na angariação de novos clientes“, refere Pureza Morais Cabral, diretora de marketing da Real Food, dona da h3, ao +M.

No âmbito da sua aposta em expansão, no futuro próximo, a h3 vai abrir novos espaços nos centros comerciais Nova Arcada (Braga), já esta segunda-feira, e Fonte Nova (Benfica, Lisboa), em meados de abril. Além disso, vai apostar em várias renovações em lojas mais antigas, adianta a responsável.

Já em termos de novos clientes que adiram à aplicação, por norma, são sete mil as novas pessoas que entram na app por mês. “Mas sempre que fazemos uma comunicação mais abrangente, [esse número] passa de sete para 10 mil, portanto em termos de captação de novos clientes para a aplicação, ter mais notoriedade também ajuda”, explica Pureza Morais Cabral.

Pureza Morais Cabral, diretora de marketing da Real Food (dona da h3)

A app da h3 é mesmo o principal eixo da campanha, sendo que a mecânica da mesma assenta na possibilidade de cada atual cliente (que tenha conta e consumos na app da h3) possa convidar até cinco amigos para se juntar à mesma. Ao convidar está a oferecer uma refeição a cada amigo que instalar e se registar na app. Quando os novos clientes fizerem a primeira refeição paga, o amigo que os convidou recebe três pontos na sua app.

A campanha tem assim como alvo tanto potenciais novos clientes como atuais. “Não beneficiamos apenas clientes novos, mas também aqueles que já são fiéis“, diz Pureza Morais Cabral, acrescentando que a aplicação conta com 427 mil utilizadores, dos quais metade consumiram na cadeia de restauração nos últimos três meses.

Para alcançar estes clientes, a campanha, que conta com a criatividade e planeamento de meios da Dentsu Creative e da Dentsu Media, marca presença em mupis, redes sociais, rádio, app e lojas h3. Mas o investimento é também feito através de influenciadores, numa estratégia que “é a que nos parece que, em termos de investimento e resultados, funciona melhor. É a mais eficiente e mais eficaz para nós“, explica Pureza Morais Cabral.

Não sendo a primeira vez que trabalha com influenciadores, a h3 recorre assim de novo a personalidades nesta campanha para “alavancar a mensagem que queremos passar”, sendo que “mais do que influenciadores são figuras conhecidas e públicas que se destacam na sua área de intervenção e tentámos ser o mais abrangentes possíveis”, explica a diretora de marketing da Real Food.

Entre estes encontram-se atores, cantores ou desportistas, de forma a tentar-se alargar o espetro e chegar ao maior número de pessoas possíveis. Lourenço Ortigão, Carolina Carvalho, Patrícia Mamona, António Félix da Costa e Fernando Daniel são os nomes que compõem este leque de personalidades.

De um modo geral, e tendo em conta que “falando de marcas 100% nacionais de cadeias de restauração rápida, a h3 é a única que faz comunicação de forma consistente”, a sua estratégia de comunicação passa por comunicar novas aberturas de restaurantes, a introdução de novos hambúrgueres na ementa, novidades dentro da aplicação ou desafios novos (pois a app conta com um sistema de gamificação).

“São sempre estes eixos que comunicamos, entre a aplicação, novas aberturas e novidades na ementa. Acima disto, temos campanhas multimeios, um bocadinho acima destes benefícios mais funcionais, que aportem um benefício mais emocional à marca. Isto da amizade é tudo um bocadinho à volta de um benefício emocional. Embora assente na app, que é completamente funcional, o ponto de partida é emocional, que é a amizade”, explica a responsável pelo marketing da cadeia de restauração.

Estas campanhas multimeios são feitas sensivelmente de ano e meio em ano e meio (a última foi feita em 2022), visando “manter a notoriedade em alta“.

No caso desta nova campanha “Oferecer é de amigo”, e tendo em conta o foco em notoriedade, a h3 apostou também, através da GFK, na realização de um estudo de notoriedade, feito antes do lançamento da campanha, e que será repetido depois da campanha, dentro de um mês e meio.

Isto para obter “dados mais concretos e específicos sobre os níveis de notoriedade que a marca tem e que valores estão associados à marca, o que nos vai ajudar em futuras campanhas“, diz Pureza Morais Cabral.

O conceito de negócio da h3 tem assentado no uso dos clientes da sua app, quiosques em loja ou do sistema de delivery, até porque “hoje em dia a experiência do cliente é omnicanal, e portanto queremos garantir que a experiência seja igual tanto no balcão como em pedidos feitos através da aplicação ou do quiosque“.

“Toda esta transformação digital vai no sentido de oferecer a melhor experiência possível ao cliente e que ele não note diferenças dependendo de onde faz o pedido e esta campanha vai criar mais notoriedade que vai permitir ativar estes pontos de contacto com o cliente e melhorar a experiência“, refere a responsável pelo marketing da marca.

Tendo em conta que opera num setor marcado pela existência de players multinacionais com grandes orçamentos para investimento em marketing, a estratégia de comunicação da h3 passa também por uma aposta “mais direcionada e assertiva”.

“Como é óbvio não temos níveis de investimento como outras marcas multinacionais, estamos a falar de universos completamente diferentes. E por isso é que usamos muito a nossa aplicação, porque preferimos comunicar para os nossos clientes que passam a palavra, o boca-a-boca, que hoje em dia tem muito mais valor do que uma mensagem de uma marca. Investimos muito nisto porque sabemos que os nossos clientes são os nossos melhores embaixadores“, diz Pureza Morais Cabral.

Tentamos comunicar da forma mais assertiva e eficaz possível, ou seja, para garantir o retorno do investimento que é feito. Não se justifica estar o tempo inteiro na televisão ou na rádio a falar para o país inteiro, sabendo que não temos restaurantes no país inteiro, não faz sentido. Temos de ter uma estratégia de comunicação mais assertiva e direcionada.

Pureza Morais Cabral

Diretora de marketing da Real Food

“Em cima disso, tentamos comunicar da forma mais assertiva e eficaz possível, ou seja, para garantir o retorno do investimento que é feito. Não se justifica estar o tempo inteiro na televisão ou na rádio a falar para o país inteiro, sabendo que não temos restaurantes no país inteiro, não faz sentido. Temos de ter uma estratégia de comunicação mais assertiva e direcionada”, defende.

Segundo a diretora de marketing, havendo menos investimento, a tarefa pode ser mais difícil, mas é também “muito mais recompensadora”. Isto porque permite medir resultados “de forma mais clara”, seja em termos de vendas, novos registos na aplicação ou aumento de notoriedade.

“E é isso que, no fim do dia, nos interessa. Eu não preciso de estar a comunicar em massa, o tempo inteiro, para garantir resultados“, conclui.

Num ano em que conta com um reforço no investimento de marketing, o foco da h3 em termos de comunicação centra-se nesta campanha, sendo que a marca vai também estar presente numa campanha de promoção de delivery da Glovo – com a qual trabalha em exclusividade – que arranca a 25 de março e que vai estar presente em mupis e televisão até 7 de abril. Nos planos está ainda o lançamento e comunicação de um novo hambúrguer de verão, em meados de maio.

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Algarve quer tornar-se num dos principais polos mundiais no setor das algas

GreenCoLab, localizado na Universidade do Algarve, poderá mudar-se para as antigas instalações da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. Um investimento de um milhão financiado pelo PRR.

O GreenCoLab, laboratório colaborativo dedicado ao setor das algas, recebeu o parecer favorável da Estamo – Participações Imobiliárias para recuperar as instalações desativadas do laboratório de apoio à produção animal, gerido pela antiga Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP), localizadas no Patacão em Faro. Atualmente, o GreenCoLab está localizado no Campus de Gambelas na Universidade do Algarve.

“O espaço na Universidade do Algarve é muito disputado e estamos com alguns constrangimentos de espaço (…) Surgiu a oportunidade de ocuparmos o edifício do antigo laboratório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que estão desativados há alguns anos e a ficar progressivamente obsoletos“, explica fonte oficial da GreenCoLab, em declarações ao ECO/Local Online.

Surgiu a oportunidade de ocuparmos o edifício do antigo laboratório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que estão desativados há alguns anos e a ficar progressivamente obsoletos.

Fonte oficial do GreenCoLab

Em comunicado, a CCDR Algarve afirma que, “no imediato, esta solução permitirá desbloquear investimentos superiores a um milhão de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que serão repartidos entre a reabilitação do edifício e a instalação de duas unidades no âmbito do pacto da BioEconomia Azul”.

Fonte oficial da GreenCoLab avança que só estão à espera de uma “aprovação formal” para conseguirem “contratualizar a mudança”. Um dos objetivos passa por instalar na “nova casa” os dois demonstradores que estão previstos no pacto da BioEconomia Azul, financiada pelo PRR. Depois da aprovação, a organização privada avança que as obras podem demorar três meses.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve sublinha que o projeto tem como ambição “tornar o Algarve um dos principais polos mundiais de conhecimento do setor das algas e na criação de conhecimento e produtos de elevado valor acrescentado para aplicação nas áreas da produção agrícola, entre outras”.

A GreenCoLab afirma ao ECO/Local Online que o a biotecnologia das algas “está em franco crescimento” e que será uma “alternativa às fontes de proteína animal”. As algas são responsáveis ​​por cerca de 75% da produção mundial de oxigénio, crescem mais rápido e requerem menos espaço em comparação com culturas tradicionais e são um dos organismos fotossintéticos mais antigos da Terra, lê-se no site do GreenColab.

Fundado em 2018, o GreenColab “é um dos primeiros e mais dinâmicos laboratórios colaborativos nacionais e junta as grandes valências do nosso tecido académico, com o know how das maiores empresas nacionais a operar no novo e crescente setor da produção e valorização de algas”.

O GreenCoLab é uma organização privada sem fins lucrativos, emprega diretamente 34 colaboradores qualificados, e assume-se como uma plataforma colaborativa entre a investigação e a indústria, cuja agenda de investigação e inovação se baseia na exploração de macro e microalgas como componente essencial para diferentes indústrias. Atualmente, o GreenCoLab conta com dez associados, entre os quais dois centros de investigação (CCMAR e CIIMAR), a Universidade de Aveiro, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e seis empresas (Necton, ALGAplus, Allmicroalgae, Sparos, Iberagar, Gopsis).

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Abreu Advogados adota plataforma de Inteligência Artificial da Microsoft

Abreu Advogados está a realizar, até ao final do ano, um projeto de gestão de mudança com a gigante tecnológica. Grupo de early adopters já se encontra a trabalhar com a plataforma.

A Abreu Advogados fechou um acordo com a Microsoft para a adoção, em toda a organização, do novo Copilot para Microsoft 365, uma das ferramentas de Inteligência Artificial da gigante tecnológica.

“O Copilot combina o poder dos Grandes Modelos de Linguagem com os dados do Microsoft Graph – entre elas, calendário, emails, chats, documentos e reuniões – e as apps do Microsoft 365 e tem o potencial de melhorar significativamente a produtividade dos Advogados ao automatizar tarefas e disponibilizar ferramentas para facilitar a análise de dados e a tomada de decisões”, segundo comunicado do escritório.

“É inegável que a Inteligência Artificial tem o potencial de alterar profundamente a forma de trabalhar e o nosso setor não será alheio a esta transformação. Acreditamos que a adoção do Copilot pode aumentar a eficiência e a produtividade das equipas jurídicas, permitindo que os advogados se concentrem em trabalho de maior valor acrescentado para os clientes”, refere Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu, em entrevista ao ECO/Advocatus - 21SET21

“A Abreu Advogados tem apostado fortemente na inovação e disrupção em toda a sua atividade. Seguimos de perto as tendências e temos uma equipa multidisciplinar permanentemente dedicada à inovação, sendo que parte do seu trabalho passa por mapear e testar ferramentas com impacto direto na eficiência do nosso trabalho. A escolha pela plataforma da Microsoft foi fácil, pois é a que oferece maior garantia de segurança da informação, o que para nós é crítico, bem como de evolução e escala da solução ao longo dos tempos, pois não temos duvidas de que o futuro passa pela IA que a solução irá evoluir rapidamente ao longo dos próximos anos. Queremos estar ao lado da Microsoft nesta jornada desde o início, como early adopters, e ser um caso de estudo de melhores práticas ao longo dos tempos, por forma a podermos partilhar a nossa experiência com os nossos clientes e parceiros e acompanhá-los nos seus próprios processos de adoção de IA, acrescentando valor com a nossa experiência.”, explica Matilde de Mello Cabral, COO da Abreu Advogados.

“O Copilot para Microsoft 365 é uma tecnologia com o poder de revolucionar a forma como trabalhamos, ao permitir capacitar as pessoas para se focarem nas tarefas de valor acrescentado e que fará progredir as suas organizações. Ficamos muito satisfeitos por disponibilizar esta tecnologia à Abreu Advogados, e pela área do Direito e da Advocacia ser mais uma, em Portugal, que se destaca pela adoção de ferramentas que vão potenciar a nossa produtividade, contribuindo para uma economia mais competitiva, robusta, e melhores serviços”, refere Andrés Ortolá, Diretor-Geral da Microsoft Portugal.

A Abreu Advogados já tem em curso um projeto-piloto a decorrer dentro da sociedade e está a realizar vários testes com um grupo restrito de colaboradores, de forma a poder adaptar o Copilot às necessidades de cada função.

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Bitcoin atinge novo máximo ao ultrapassar 73.600 dólares

  • Lusa
  • 13 Março 2024

A bitcoin, a criptomoeda mais utilizada no mercado, superou hoje o nível de 73.600 dólares e alcançou um novo máximo, segundo dados da Bloomberg recolhidos pela Efe.

A bitcoin, a criptomoeda mais utilizada no mercado, superou hoje o nível de 73.600 dólares e alcançou um novo máximo, segundo dados da Bloomberg recolhidos pela Efe.

Às 7:15 em Lisboa, a criptomoeda ultrapassou os 73.000 dólares e às 8:44 atingiu um novo máximo de 73.664,23 dólares, mas entretanto desceu e às 12:15 estava a ser negociada a 73.175,01 dólares.

mais de uma semana que a bitcoin não para de renovar máximos, tendo em 5 de janeiro atingido 69.191,9 dólares e ultrapassado o máximo histórico de 68.991 dólares fixado em 10 de novembro de 2021.

Desde 23 de janeiro, quando a bitcoin caiu para um mínimo de 38.509 dólares, a criptomoeda já se valorizou quase 90%.

Analistas citados pela Efe atribuem a forte subida da bitcoin à decisão da SEC (Securities and Exchange Commision), a entidade que supervisiona o mercado bolsista norte-americano, de autorizar ETFs (Exchange-Traded Fund) ligados ao preço à vista desta criptomoeda.

Um ETF é um cabaz de títulos que compra ou vende através de uma empresa de corretagem numa bolsa de valores.

A subida da bitcoin está também a ser impulsionada pela redução para metade, em abril, da recompensa obtida pelos mineiros de bitcoin, o que reduzirá a criação de novas moedas.

Em declarações à EFE, o diretor de formação institucional da Bit2Me, Javier Pastor, destacou o ritmo de compras da criptomoeda, que ronda em média os 4.500 bitcoins por dia.

A este propósito, referiu que ainda que na terça-feira a BlackRock chegou a adquirir um recorde de cerca de 1.000 milhões de dólares em bitcoins.

“Continuamos a assistir a uma compra sustentada que deverá acelerar com a aprovação dos ETFs em Hong Kong e também dos ETMs no Reino Unido”, afirmou Pastor, que disse ainda que a subida do preço da criptomoeda se deve à proximidade cada vez maior dos cortes de taxas por parte dos bancos centrais, à “redução para metade” e ao “choque” da oferta.

“Isto ainda agora começou e a questão que temos de nos colocar é se será diferente de outros ciclos, em que houve uma explosão de preços e depois uma queda de 60% ou 70% ou mais. Penso que provavelmente não se repetirá da mesma forma e veremos um comportamento diferente, apesar de uma subida explosiva”, concluiu.

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Startups portuguesas ExpressTEC e FiberSight vencem Santander X Global Award

Com mais de 3.800 participantes, o Santander X Global Award distinguiu 3 startups e 3 scaleups, que irão receber um total de 60.000 euros em prémios e o acesso à comunidade de empresas Santander.

As startups portuguesas ExpressTEC e FiberSight são a primeira e a segunda classificadas do Santander X Global Award, na categoria universidades. A scaleup portuguesa Infinite Foundry foi reconhecida com uma menção honrosa no Santander X Global Award | Transforming the Digital Economy.

Com mais de 3.800 participantes, o Santander X Global Award distinguiu três startups e três scaleups, que irão receber um total de 60.000 euros em prémios e o acesso à comunidade de empresas Santander X 100.

Na categoria universidades, duas startups nacionais foram reconhecidas. É o caso da ExpressTEC (da Universidade do Algarve) — que apresentou um projeto de diagnóstico e tratamento personalizado do cancro, tendo desenvolvido o primeiro teste baseado em RNA (ácido ribonucleico) para a elegibilidade de tratamentos específicos — e da Fiber Sight. A startup da Universidade de Coimbra desenvolve soluções de deteção de fibra ótica e destacou-se por um “projeto de inovação tecnológica para a deteção de fugas de água, através de um sensor de fibra de humidade e temperatura da água, para aumentar a resiliência das infraestruturas.”

Nesta categoria, foi ainda reconhecida a startup do Reino Unido, RReact. Já a Pack2Earth (Espanha), a Lambda Agri (Reino Unido) e a Snowball (Reino Unido) foram as três empresas reconhecidas na categoria Startup.

São ainda conhecidos os vencedores do Santander X Global Award | Transforming the Digital Economy, um desafio internacional desenvolvido em colaboração com a Oxentia Foundation, ao qual se candidataram mais de 260 empresas.

A portuguesa Infinite Foundry recebeu uma menção honrosa, com um projeto que se foca “no conceito dos gémeos digitais e do metaverso industrial para melhorar a precisão do controlo em tempo real das operações industriais, tornando mais eficiente e com mais qualidade todo o processo de fabrico.”

Sentrisense (Argentina), Sleepup (Brasil) e a Siembra (Estados Unidos) foram as vencedoras na categoria Startup. Já na categoria Scaleup os vencedores foram a PixForce (Brasil), Fossa (Espanha) e a Kunak (Espanha).

Receberam 120.000 euros em prémios, além de acesso à comunidade Santander X 100 e a oportunidade de apresentar o seu projeto na Fintech Station, a área de Open Innovation do banco.

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Simpósio Wine2Help está de regresso para discutir desafios do mercado do vinho

  • ADVOCATUS
  • 13 Março 2024

Em parceria com o ECO e Advocatus, a Iniciativa junta especialistas de Portugal e do Brasil para pensar e debater temas como o mercado internacional, o enoturismo ou a inteligência artificial.

O simpósio online Wine2Help está de regresso em 2024. Depois das edições de 2021 e 2022, a iniciativa voltará a juntar o setor vitivinícola, de 18 a 22 de março, para cinco dias de debate, troca de experiências e networking.

“Desafios do Vinho 2024 – Changing Wine Sales and Marketing” é o mote da edição deste ano, que reúne players de Portugal e do Brasil num espaço que pretende continuar a criar valor para os setores vitivinícolas de ambos os países e preparar os agentes para responder aos desafios do presente e do futuro.

O simpósio Wine2Help decorrerá em formato webinar para os participantes registados e será gratuito. Em cada dia, as sessões começam a partir das 14:00 GMT / 11:00 BRT. A inscrição, sem custos, pode ser realizada em https://wine2help.com/simposio-wine2help-2024/.

Ao longo dos cinco dias, a iniciativa vai contar com apresentações individuais e painéis em que serão discutidos vários temas relevantes na atualidade do setor, como a presença do vinho português no mundo, as ameaças e oportunidades do zero e low álcool, o desenvolvimento do setor vitivinícola brasileiro, o papel da biodiversidade e dos ecossistemas no futuro do setor, as estratégias digitais, a inteligência artificial ou o enoturismo como ligação entre Portugal e Brasil.

“No decorrer dos quatro anos de atividade da Academia Wine2Help, temos sentido cada vez mais a importância de colocar o setor a discutir temas relevantes para o marketing e vendas, e se pudermos com isso criar pontes, acrescentar valor, fazer pensar e unir o setor, melhor ainda. Este ano, queremos estreitar ainda mais a colaboração com o Brasil, numa perspetiva de que não é só um mercado muito importante para Portugal, mas de que podemos aprender, fazer negócios e crescer juntos”, diz Rodrigo Quina, responsável pelo Simpósio Wine2Help.

O simpósio contará com nomes do setor vitivinícola português e brasileiro, como Bernardo Gouvêa (Presidente do IVV), Frederico Falcão (Presidente da Viniportugal), Ari Gorenstein (CEO do Grupo Víssimo), Beatriz Machado (Diretora de Marketing e Turismo da Niepoort), Renato Neves (Grupo Camolese – Melhor Sommelier Brasileiro 2021), Sara Santos (Export Manager do Esporão), Rita Marta (Export Director da Martha’s Wine),João Teixeira (Diretor Comercial da Fundação Eugénio de Almeida), António Pista (Export Manager da Lindeborg Wines),Tiago Paula (Presidente da AEP), Nuno Gaspar (CEO da Natural Business Intelligence), Domingos Meirelles (Diretor Geral da Exponor Brasil), Eduardo Lira (Diretor de Marketing da Vinícola Thera), Andreia Milan (Produtora da Amitié Espumantes e Vinhos),Bernardo Barreiros Cardoso (Diretor do Turismo de Portugal no Brasil) e vários outros oradores.

A iniciativa conta com um amplo grupo de parceiros: IVV, ViniPortugal / Wines of Portugal, CVR do Tejo – Vinhos do Tejo, CARMIM, M&A Creative, Precision Elite, Natural Business Intelligence, Virgu Wines, MailBoxes Etc. Campo de Ourique/Évora, Jornal ECO e Advocatus, Jornal Novo, Voz do Campo, Mutante, Reserva 85 e a agência de comunicação Message in a Bottle.

O parceiro de responsabilidade social será a Academia do Johnson, organização sem fins lucrativos que ajuda cerca de 200 crianças nos bairros da Cova da Moura e do Zambujal, e que a Academia Wine2Help tem vindo a apoiar desde o primeiro dia. Os participantes podem fazer um donativo ou apoiar o trabalho da organização através do website https://www.academiadojohnson.com/.

Além do simpósio, a Wine2Help promove habitualmente conversas com nomes ligados ao setor dos vinhos e outras iniciativas no seu canal de YouTube. Hoje, além de consultoria route-to-market e formação tailor made em vendas, a Wine2Help tem também uma Academia Digital com Cursos na área de Vendas e Enoturismo, com Rodrigo Quina e outros especialistas.

Rodrigo Quina fundou a Wine2Help em janeiro de 2021. Empresário com percurso no setor do vinho, tanto a nível nacional como internacional, esteve envolvido em negócios nos vários canais, desde a exportação, distribuição, garrafeiras e como comprador.

A paixão pelo Vinho e pelas vendas traduziram-se no Livro Vinho 5.0 – Vendas e Marketing de Vinho no Século XXI e no projeto Wine2Help.

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PCP avança com moção de rejeição ao Governo de Montenegro

O secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, afirmou que usará "todos os meios ao seu dispor para o combate da direita" e indicou que aceitou reunir-se com Bloco de Esquerda.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, esta quarta-feira, que o partido usará “todos os meios ao seu dispor para o combate da direita”, indicando que “a moção de rejeição” ao Governo da AD, de Luís Montenegro, “é um dos instrumentos ao nosso dispor”. No final da reunião do comité central, o líder comunista revelou ainda que aceitou o repto do Bloco e vai participar na reunião com bloquistas.

“Face à previsível formação do Governo pelo PSD e para lá das discordâncias de outros, o PCP reafirma, em coerência com o que sempre afirmou, que dará, desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projetos reacionários que se procuram afirmar e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para este combate. Não será pelo PCP que o projeto de direita será implementado no nosso país”, declarou.

Questionado se tenciona apresentar uma moção de rejeição ao Executivo da AD, Raimundo reiterou que o partido dará “um sinal forte de combate à política de direita”. “Nesse sentido, utilizaremos todos os instrumentos e a moção de rejeição é um instrumento ao nosso dispor”, vincou.

O líder do PCP revelou ainda que aceitou o desafio lançado pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua. “Fomos convidados para uma reunião, na qual participaremos. Vamos estar presentes”, indicou.

O BE pediu na terça-feira reuniões ao PS, PCP, Livre e PAN para analisar os resultados das eleições que “mudaram a face política do país” e debater convergências “na oposição ao Governo da direita” e na construção de uma alternativa.

Paulo Raimundo aproveitou ainda a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do comité central para dar umas alfinetadas aos socialistas, culpando a maioria absoluta de António Costa pela ascensão da extrema-direita.

O PS não pode ser desresponsabilizado. Com uma maioria absoluta não respondeu aos problemas centrais da vida e fez aumentar a justa indignação e o sentimento de injustiça. O PS optou por responder aos interesses dos grupos económicos e não desperdiçou nenhuma oportunidade para alimentar e se alimentar das forças mais reacionárias. Os resultados das opções do PS estão à vista”, atirou.

O secretário-geral do PCP elencou depois as prioridades do partido para os primeiros meses de trabalho parlamentar. “O PCP tomara tomará a iniciativa pelo aumento geral dos salários, garantir que em 2024 nenhum trabalhador ganhe menos de 1.000 euros, pelo aumento extraordinários das reformas e pensões, respeitar, valorizar e fixar os profissionais de saúde, repor o tempo de serviço dos professores e por fim a precariedade nas escolas, fixar os preços de bens essenciais, baixar o IVA da eletricidades, das telecomunicações e do gás, avançar com um travão ao aumento das rendas e por os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro, combater as privatizações, a corrupção e as injustiças para defender e fazer cumprir a Constituição.

(Notícia atualizada às 12h17)

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Receitas da Altice Portugal crescem 11% para perto de três mil milhões

Em pleno processo de venda, a Altice Portugal fechou o ano passado com receitas de 2.906 mil milhões de euros, com o EBITDA a superar os mil milhões de euros pela primeira vez desde 2016.

A Altice Portugal apresentou resultados trimestrais esta quarta-feiraMIGUEL A. LOPES/LUSA

Num ano conturbado, marcado por uma investigação judicial em Portugal e pelo arranque de um processo de venda pelo seu principal acionista, a Altice Portugal ficou perto dos três mil milhões de euros em receitas em 2023. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ultrapassou, pela primeira vez desde 2016, os mil milhões de euros.

Foram, mais concretamente, 2.906 milhões de euros em receitas em 2023, um crescimento de 10,5% face a 2022, que contribuiu para o EBITDA atingir 1.038 milhões de euros no total dos 12 meses, aumentando 14,5% em comparação com o ano anterior. A informação foi divulgada esta quarta-feira num comunicado. A empresa não é cotada na bolsa e não revela o resultado líquido.

Ao olhar para as contas, a empresa que detém a operadora Meo em Portugal destaca o “excelente desempenho financeiro” no ano passado. Justifica-o com a “diversificação do portefólio de serviços”, o “reforço do investimento em infraestruturas e em redes de nova geração” e a “qualidade de serviço”. Mas também houve um aumento da receita média gerada com cada cliente, o que pode ser explicado pelo aumento de preços de até 7,8% promovido a 1 de fevereiro de 2023, para ajustá-los à inflação.

A empresa liderada por Ana Figueiredo explica ainda o crescimento do EBITDA com o “incremento da receita dos serviços core de telecomunicações e de novos negócios”, com a “disciplina de custos operacionais” e outros “ganhos de eficiência”.

Analisando apenas o quarto trimestre de 2023, as receitas subiram 7,5% em termos homólogos, para 747 milhões de euros, e o EBITDA disparou 17,9%, para 258 milhões de euros, segundo números avançados pela empresa.

Os resultados apresentados esta quarta-feira pela Altice Portugal revestem-se de particular relevância, visto que Patrick Drahi, o multimilionário que controla o grupo, encontra-se a trabalhar na possível venda dos ativos nesta geografia. Entre os potenciais compradores na corrida encontra-se a operadora estatal saudita Saudi Telecom (STC), o grupo Iliad de Xavier Niel (dono da Free em França) e um consórcio composto pelos fundos de private equity Warburg Pincus e pela Zeno Partners, que conta com ADN português, incluindo o ex-banqueiro António Horta Osório. Drahi quer entre oito mil milhões e dez mil milhões de euros pela Altice Portugal, avançou a Bloomberg e confirmou o ECO.

Assim, com a venda como pano de fundo, a Altice Portugal apresenta um “crescimento operacional contínuo”, com a base de clientes fixos a subirem 2,2% e os clientes de TV por subscrição a aumentarem 3,3% em 2023, face ao ano prévio. A empresa enaltece a “contínua aquisição de clientes” e a “manutenção de níveis reduzidos de desligamentos”. O que a Altice Portugal não discrimina no comunicado é a variação da base de clientes móveis, depois de dois anos de intenso investimento no desenvolvimento da rede de quinta geração. No ano passado, a quota de mercado baixou ligeiramente, de 42,8 para 42,6%, segundo os últimos dados da Anacom, o regulador do setor.

Analisando por segmentos, e tendo em conta o período de outubro a dezembro do ano passado, o negócio do consumo gerou receitas de 354 milhões de euros, mais 4,5% face ao mesmo período de 2022. “Os clientes únicos do segmento de consumo continuaram a expandir-se e aumentaram 0,7% em relação ao último trimestre de 2022, mais 12 mil adições líquidas, elevando o total para 1,7 milhões, e o total de RGUS [número de serviços, ou unidades geradoras de receita] de serviços fixos e móveis atingiu os 10,7 milhões e aumentou 113,1 mil face ao último trimestre de 2022”, lê-se na nota da empresa.

Passando ao segmento empresarial, gerou 393 milhões de euros em receitas no quarto trimestre, um crescimento de 10,3% que a Altice Portugal atribui ao impulso dado pelos produtos e serviços não relacionados com telecomunicações. Outros fatores a contribuir foram as “novas linhas de negócio”, a “exportação tecnológica da Altice Labs para o mercado internacional” e o “contributo positivo do negócio de desenho, construção, operação e manutenção de uma rede de fibra ótica na Alemanha”. Este projeto está a ser comandado pela Geodésia Germany que, como o ECO já noticiou, responde à Altice Portugal na estrutura do grupo.

Por fim, o investimento: com a empresa a expandir o 5G depois de ter comprado licenças à Anacom no leilão de 2021, a Altice Portugal realizou um investimento total de 488 milhões de euros no ano passado, um crescimento marginal de 1%, dos quais 147 milhões (+2,8%) no último trimestre do ano.

Dívida do grupo aumenta

A Altice International, dona da Altice Portugal, também apresentou resultados esta quarta-feira, nomeadamente um incremento de 5,7% nas receitas, que atingiram 5.143 milhões de euros, enquanto o EBITDA somou 7,2%, para 1.855 euros em 2023. A empresa antecipa um impacto da guerra no Médio Oriente no negócio em Israel, onde detém a operadora Hot.

A Altice International é, de longe, o ramo menos endividado do grupo — os outros dois são a Altice France (SFR) e a Altice USA. Mesmo assim, importa notar o aumento da dívida líquida de 8.040 milhões de euros no final de 2022 para 8.786 milhões de euros a 31 de dezembro de 2023. O rácio da dívida face ao EBITDA é de 4,5x, sendo que a empresa propõe reduzir para um patamar entre 4 e 4,5x este ano.

A maturidade média da dívida da Altice International era, no final do ano, de 4,3 anos, com um juro médio de 5,8% e 80% do passivo com taxa fixa. A empresa não espera grandes reembolsos antes de 2027, pois tem conseguido refinanciar a sua dívida, contando com cerca de 800 milhões de euros de liquidez disponível, aponta no relatório com os resultados.

(Notícia atualizada às 14h11 com resultados da Altice International)

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Portugal paga menos para emitir dívida a sete e 18 anos

O Tesouro conseguiu colocar no mercado 1.002 milhões de euros em obrigações a sete e 18 anos que contaram com um preço abaixo do que Portugal pagou nas últimas operações semelhantes.

Portugal voltou esta quarta-feira ao mercado da dívida com dois leilões de Obrigações do Tesouro a sete e 18 anos que permitiram ao Tesouro financiar-se em 1.002 milhões de euros — muito perto do limite inferior do montante indicativo que o IGCP tinha anunciado na semana passada — por um preço abaixo do que pagou nas últimas operações com características semelhantes.

“As taxas em ambos os leilões desceram face ao nível que estavam há um mês”, refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, sublinhando ainda que “a subida de rating por parte da Standard & Poors, bem como o movimento de descida de taxas em toda a dívida soberana europeia, ditaram o sucesso deste leilão.”

Na emissão mais curta, que contou com uma procura de 1,54 vezes acima da oferta e que foi realizada através da linha OT 0,3% 17out2031, o Estado pagou 2,445% para se financiar em 485 milhões de euros.

Para efeitos comparativos, a última ocasião em que o Estado efetuou um leilão a sete anos foi a 26 de agosto de 2020, altura em que pagou 0,095% para emitir 450 milhões de euros. Contudo, atendendo ao intervalo temporal desde essa emissão, o leilão que melhor serve de termo de comparação deverá ser o realizado 12 de julho de 2023, numa operação a seis anos, durante a qual o Tesouro despendeu 3,181% para introduzir no mercado 467 milhões de euros.

No leilão a 18 anos, que foi realizado pela linha OT 1,15% 11abr2042 e que contou também com uma procura 1,54 vezes acima da oferta, o Estado pagou 3,262% para se financiar em 516 milhões de euros. Trata-se de um preço de 8,1 pontos base abaixo da yield de 3,181% paga no leilão recente mais comparável que foi realizado a 24 de janeiro deste ano, em que o Tesouro recorreu à mesma linha obrigacionista (OT 1,15% 11abr2042), tendo conseguido financiar-se em 675 milhões de euros com uma taxa de 3,46%.

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