Caso EDP: Juíza rejeita renovação da perícia e chama Salgado a tribunal no dia 9 de fevereiro

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

O tribunal rejeitou o pedido de renovação da perícia neurológica a Salgado e convocou-o para 9 de fevereiro para prestar declarações, caso queira, no julgamento do Caso EDP.

O tribunal rejeitou o pedido de renovação da perícia neurológica a Ricardo Salgado apresentado pela defesa e convocou para 9 de fevereiro o ex-presidente do Grupo Espírito Santo para prestar declarações, caso queira, no julgamento do Caso EDP.

De acordo com o despacho do Juízo Central Criminal de Lisboa, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, o coletivo de juízes rebateu os argumentos dos advogados do ex-banqueiro para renovar a perícia médica realizada por causa do diagnóstico de doença de Alzheimer.

No entanto, aceitou os pedidos de esclarecimentos dos peritos que efetuaram a perícia e a junção dos elementos clínicos referidos no relatório pericial.

Os juízes decidiram também “notificar o arguido Ricardo Salgado – considerando o teor do relatório pericial -, para, no dia 9 de fevereiro de 2024, comparecer na audiência de julgamento a fim de, querendo, prestar declarações”.

Na perícia conhecida no início de janeiro, os peritos indicaram que “a doença de Alzheimer é causa mais provável do quadro clínico” do arguido e que este revela “alterações significativas ao nível da orientação, atenção e memória (…) e lentificação psicomotora”, mas que pode ser interrogado judicialmente, embora não esteja garantido o rigor das declarações.

No mesmo documento é possível ler que “na análise de eventual esforço insuficiente ou tentativa de simulação durante o processo de avaliação, o examinando efetua relatos de sintomas neurológicos ilógicos ou muito atípicos e sintomas relacionados com distúrbios de memória que são inconsistentes com padrões de comprometimento produzidos por disfunção ou dano cerebral real, sugestivos da tentativa de exacerbar dificuldades”.

Esta alegação de eventual fingimento de sintomas levou a defesa a visar a perita Renata Benavente por “manifesta falta de capacidade técnica para a realização da específica perícia em causa”, por não ser especialista em neuropsicologia, mas em psicologia da justiça e psicologia comunitária. Porém, o tribunal recusou, alegando que a perita não foi responsável pelo relatório do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF).

“Resulta do relatório pericial que a Dr.ª Renata Benavente não foi subscritora do mesmo. Com efeito, a sua intervenção limitou-se à elaboração de um exame complementar e respetivo relatório”, indica o despacho, continuando: “Não sendo a Dr.ª Renata Benavente perita no âmbito do relatório pericial junto aos autos, não existe qualquer fundamento para renovação da perícia por dúvidas quanto à sua capacidade técnica como perita”.

O tribunal descartou igualmente o argumento dos advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce de que teriam sido apresentados dois relatórios e que tal situação gerou “incoerências e contradições”, violando a unidade da perícia. Os juízes sublinharam ainda que a anterior perícia invocada pela defesa de Salgado, realizada ao abrigo de um processo no tribunal cível de Cascais, “não consubstancia um relatório pericial”.

O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, está a ser julgado no Caso EDP por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento de capitais, num processo em que são também arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho (corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal) e a sua mulher, Alexandra Pinho (branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido).

(Notícia atualizada às 14h39)

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ANJE e IPDJ ensinam empreendedorismo a 6 mil alunos do Secundário

ANJE e IPDJ pretendem alargar a 300 mil estudantes do Ensino Secundário de todo o país um programa de ensino de empreendeorismo e literacia financeira, que chega para já a 6.000 alunos.

Um programa de empreendedorismo e literacia financeira já arrancou com uma fase piloto com 6.000 alunos de 22 escolas secundárias, e o objetivo final é abranger 300 mil jovens de todo o país. Numa iniciativa da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), o projeto NextGen by ANJE surge no seguimento da carta de recomendações que a associação entregou ao Governo depois de ouvir cerca de 400 jovens em todo o país.

Numa primeira fase, o projeto NextGen by ANJE vai fazer um périplo por 22 escolas secundárias do país, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Os seis mil estudantes abrangidos terão a oportunidade de se debruçarem sobre os mais variados temas económicos, desde finanças pessoais, orçamentos, poupança, investimento até à importância das decisões financeiras e do sistema tributário.

Aumentar a participação cívica e empresarial dos jovens, conferir literacia financeira e empreendedora nas escolas, comunicar com e para os jovens, e realizar a transição geracional dos decisores são necessidades urgentes em Portugal.

Alexandre Meireles

Presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE)

“Aumentar a participação cívica e empresarial dos jovens, conferir literacia financeira e empreendedora nas escolas, comunicar com e para os jovens, e realizar a transição geracional dos decisores são necessidades urgentes em Portugal”, defende o presidente da ANJE. Alexandre Meireles realça, por isso, a importância dos jovens saberem “identificar as oportunidades, apostar na inovação e não temer os riscos”.

Os alunos vão poder tomar conhecimento, através do programa, dos apoios e incentivos nacionais e europeus que existem. Para o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Paulo Correia, é preciso “fazer chegar o espírito empreendedor aos mais jovens” de todo o país.

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Sonae Sierra assume gestão do Fórum Barreiro que vai ter uma Loja do Cidadão

  • Ana Petronilho
  • 30 Janeiro 2024

Câmara do Barreiro instala uma Loja do Cidadão no centro comercial, com a abertura prevista para o primeiro semestre de 2024.

O Fórum Barreiro vai ser gerido pela Sonae Sierra, depois de, em dezembro do ano passado, o imóvel de 94 lojas ter sido vendido pela Finangeste a investidores internacionais. Além disso, em comunicado, a Sierra revela que já foi assinado com a Câmara do Barreiro o contrato para instalar no centro comercial uma Loja do Cidadão, com a abertura prevista para o primeiro semestre de 2024.

O centro abriu portas em 2008, numa zona residencial, e nos dois pisos funcionam lojas como o Pingo Doce, Fitness Hut, Castello Lopes Cinemas, Lefties, Worten, Sportzone, Springfield, Deichmann. A estas juntam-se agora lojas da Pluricosmética, Np4Game, This Cover Shop, Parfois e Açaí Concept, com a Celeiro a abrir em fevereiro um nova loja.

No total, o centro comercial conta com uma área de 17.801 metros quadrados e tem um parque subterrâneo pago com 700 lugares.

No total, a Sierra tem no seu portefólio a gestão de 27 centros comerciais em Portugal.

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FMI revê em baixa previsões de crescimento da Zona Euro para 0,9% em 2024

Economia da Zona Euro sofreu impactos da guerra na Ucrânia, mas começa a recuperar impulsionada pelo consumo das famílias, projeta o FMI. PIB mundial deverá voltar a crescer 3,1%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista quanto à evolução económica da Zona Euro, revendo em baixa as previsões de crescimento para 0,9% em 2024 e 1,7% em 2025. O crescimento será comedido em algumas das principais economias europeias, sendo que a Alemanha deverá crescer apenas 0,5%, segundo projeta o FMI.

Já a economia mundial deverá crescer 3,1% este ano, o mesmo ritmo do ano passado, num contexto em que a inflação está a cair mais rápido do que o esperado.

A revisão em baixa para a Zona Euro deveu-se “em grande parte” ao “resultado mais fraco do que o esperado para 2023”, que dá menos impulso à atividade económica, lê-se na atualização ao World Economic Outlook. O FMI estima agora que o crescimento “deverá recuperar da baixa taxa de cerca de 0,5% em 2023, que refletiu uma exposição relativamente elevada à guerra na Ucrânia, para 0,9% em 2024 e 1,7% em 2025”.

“O consumo mais forte das famílias, à medida que os efeitos do choque energético nos preços diminuem e a inflação cai, apoiando o crescimento do rendimento real, deverá impulsionar a recuperação“, explica a instituição.

Olhando para os países da Zona Euro para os quais há previsões, sobressai-se a Alemanha. Outrora conhecida como o “motor” da economia europeia, está ainda a recuperar dos impactos da guerra na Ucrânia e da subida dos preços na energia, pelo que as estimativas do FMI foram revistas em baixa para um crescimento de 0,5% em 2024, após uma contração de 0,3% no ano passado.

Já França deverá crescer 0,7% tanto em 2023 como em 2024, enquanto a economia espanhola vai abrandar de 2,4% para 1,5% este ano, segundo as previsões do FMI.

Num contexto geral, a instituição prevê que a economia mundial cresça 3,1% tanto em 2023 como em 2024. Em comparação com as previsões de outubro de 2023, “a previsão para 2024 é cerca de 0,2 pontos percentuais mais alta, refletindo atualizações para a China, os Estados Unidos e grandes mercados emergentes e economias em desenvolvimento”. Já o crescimento das economias desenvolvidas deve abrandar de 1,6% em 2023 para 1,5% este ano.

Inflação recua mais rápido que o esperado

O FMI prevê que, de forma global, a inflação caia de forma estável para se aproximar da meta dos 2%. A taxa global abranda de 6,8% para 5,8% este ano, sendo que as economias desenvolvidas devem ver desinflação mais rápida: cai dois pontos percentuais em 2024 para 2,6%. Mesmo assim, cerca de 80% das economias do mundo vão registar uma inflação mais baixa este ano.

Os fatores que impulsionam a descida da inflação “diferem consoante o país, mas geralmente refletem uma inflação subjacente mais baixa em resultado de políticas monetárias ainda restritivas, de um abrandamento relacionado nos mercados laborais e efeitos de repercussão de quedas anteriores e em curso nos preços relativos da energia”.

Existe, ainda assim, alguma incerteza em relação à evolução dos preços, que apresenta tanto riscos negativos como positivos. Por um lado, uma desinflação mais rápida poderia levar a uma flexibilização das condições financeiras, sendo que “uma política orçamental mais solta do que o necessário e do que o assumido nas projeções poderá implicar um crescimento temporariamente mais elevado, mas sob o risco de um ajuste mais oneroso posteriormente”.

Por outro lado, “novos picos nos preços das matérias-primas devido a choques geopolíticos – incluindo a continuação de ataques no Mar Vermelho – e interrupções no fornecimento ou uma inflação subjacente mais persistente podem prolongar o aperto das condições monetárias”.

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Ministro da Economia preocupado com impacto da instabilidade política nos investidores. “O meu trabalho tem sido tranquilizar”

“Há conversações avançadas com múltiplos investidores", diz António Costa Silva. “E aí noto algum nervosismo”, admite. “O meu trabalho tem sido serenar e tranquilizar”, sublinha.

Estou mais preocupado com os efeitos da instabilidade política nos investidores”, admite o ministro da Economia em declarações ao ECO, na sequência dos dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, que superaram as expectativas do próprio Executivo. “Temos um grande pipeline de investimentos”, justifica, por isso, está concentrado em tranquilizar os investidores.

“Nunca tivemos o Governo da República e das duas regiões autónomas numa situação como esta. Isto é preocupante porque a estabilidade política é fulcral para o desenvolvimento da economia e para continuarmos a captar investidores”, sublinha António Costa Silva, numa referência ao facto de o Governo estar em gestão após a demissão do primeiro-ministro, António Costa, de os Açores irem também para eleições regionais antecipadas devido ao chumbo do orçamento regional e ao facto de o líder do governo regional da Madeira ter apresentado a demissão na segunda-feira, embora ainda sem efeitos imediatos, depois de ter sido constituído arguido numa caso de corrupção.

Nunca tivemos o Governo da República e das duas regiões autónomas numa situação como esta. Isto é preocupante porque a estabilidade política é fulcral para o desenvolvimento da economia e para continuarmos a captar investidores.

António Costa Silva

Ministro da Economia

Há conversações avançadas com múltiplos investidores para ver se o país consegue reindustrializar-se e abraçar esta onda de transformação, sobretudo para as indústrias verdes, como o aço verde e outras”, revela Costa Silva. “E aí noto algum nervosismo”, admite. “O meu trabalho tem sido serenar e tranquilizar os investidores”, sublinha.

O ministro da Economia, que está em gestão, garante que não houve mais nenhum caso de uma empresa a desistir de investir em Portugal devido à crise política, à semelhança do que aconteceu com o consórcio europeu Naima, que abrange 15 parceiros de sete países e que estava interessado em fabricar baterias a partir de Portugal.

Até agora não há mais nenhuma” desistência, “mas há sempre preocupações e hesitações que temos de explicar continuamente”, diz Costa Silva. “A minha mensagem tem sido sempre muito clara. Os dois grandes partidos que governaram em Portugal ao longo da democracia portuguesa nestes 50 anos partilham uma visão pró-europeísta, pró-atração de investimento estrangeiro, pró-economia de mercado e, portanto, tento tranquilizá-los explicando que o país vai encontrar a melhor solução”, defende. “Esses investidores podem estar tranquilos que o país vai responder em todas as frentes. Espero que a mensagem passe”, desabafa.

Fora do radar estão para já as preocupações com as agências de rating. “Nesta altura não são uma preocupação, porque temos uma trajetória impressionante de redução da dívida e, muitas vezes, as agências olham, não para os valores absolutos da dívida, mas para a trajetória”, sublinha. “A nossa trajetória é tão consistente e tão sólida que penso que, para já, poderão não existir preocupações a esse nível”, reitera sem, no entanto, querer levantar a ponta do véu sobre qual será a percentagem da dívida pública face ao PIB. Um indicador que será revelado “em breve”.

Exportações são um bom sinal para 2024

Apesar das incertezas que que existem a nível internacional, António Costa Silva está confiante relativamente ao próximo ano, sobretudo, depois dos vários indicadores revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

“Todos os resultados divulgados hoje pelo INE são acima das expectativas, incluindo do Governo. Temos um crescimento, em 2023, de 2,3%, quando o crescimento médio na União Europeia é de 0,5%, estamos mais de quatro vezes acima do crescimento da União Europeia. Por outro lado, Portugal tem a maior subida do PIB na União Europeia. É o primeiro país, em termos da subida do PIB no quarto trimestre, com um crescimento em cadeia de 0,8%. São dados significativos, que dão tranquilidade”, sublinha Costa Silva, recordando ainda o bom desempenho dos indicadores de confiança. “O dos consumidores subiu em dezembro e voltou a subir em janeiro e o indicador de confiança do clima económico subiu em novembro, em dezembro e voltou a subir em janeiro. Um indicador que abrange múltiplos setores da indústria transformadora, à construção, das obras públicas, aos serviços”, precisou.

Quanto às exportações, que voltaram a ter um contributo positivo para o crescimento do PIB, “são um bom sinal para 2024”, diz Costa Silva.

A intensidade exploradora do país, em setembro, estava perto dos 48% e, de acordo com todo os indicadores que temos recebido dos vários setores, vamos ter outra vez um resultado das exportações muito perto dos 50% do PIB.

António Costa Silva

Ministro da Economia

“A intensidade exploradora do país, em setembro, estava perto dos 48% e, de acordo com todo os indicadores que temos recebido dos vários setores, vamos ter outra vez um resultado das exportações muito perto dos 50% do PIB”, revela o responsável. “É evidente que houve um declínio das exportações, se compararmos com 2022, um ano histórico. O crescimento foi de 6,8%, o maior desde 1987. Portanto, aqui temos claramente uma desaceleração que está relacionada com tudo aquilo que se está a passar no mundo, em particular a União Europeia”, disse, recordando que 70% das exportações nacionais vão para a União Europeia. “Temos de diversificar”, reitera.

Caso a estagnação económica na Alemanha seja ultrapassada e as guerras que hoje decorrem não gerem um novo pico inflacionista, então a meta de crescimento de 1,5% em 2024 é “válida”, diz Costa Silva, ainda que seja “cautelosa”. “A economia portuguesa tem-nos ensinado repetidamente que desmente as projeções mais pessimistas”, ironiza, sublinhado que “estão a existir transformações na economia que ainda não estão completamente analisadas”.

“A tendência indicada no último trimestre do ano passado é positiva e pode manter-se em 2024”, conclui o responsável.

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Horta devolve valor das propinas aos licenciados que regressem à ilha do Faial

Programa “Backhome – De Volta ao Faial” devolve aos recém-licenciados o valor de propina pago no ensino superior público por cada ano de trabalho declarado na ilha.

Com o objetivo de atrair talentos e fixar mais população para desenvolver economicamente o concelho, a Câmara Municipal da Horta, no Faial, está a incentivar os jovens a regressarem à ilha dos Açores para exercerem a sua atividade profissional após terminarem os estudos superiores.

O programa “Backhome – De Volta ao Faial” devolve o valor de propina pago no ensino superior público (697 euros) por cada ano de trabalho declarado na ilha.

“Este apoio estende-se pelo período correspondente ao número de anos do curso”, refere o autarca Carlos Ferreira, em comunicado. Com esta medida o edil quer atrair e fixar jovens quadros qualificados para “potenciar o mercado de trabalho, a criação de riqueza e o crescimento demográfico”.

Horta, ilha do Faial, Açores30 janeiro, 2024

Igualmente com o objetivo de fixar os jovens no concelho, o município decidiu, para quem tem até 35 anos, isentar do pagamento do IMT na aquisição de habitação própria permanente até 200 mil euros. “Esta medida engloba-se na visão estratégica de futuro do município”, justifica o social-democrata Carlos Ferreira.

A isenção do IMT já foi aprovada em Assembleia Municipal e será executada mediante uma alteração ao regulamento de atribuição de benefícios fiscais deste concelho que está atualmente em vigor.

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Sotecnisol entra nos túneis de França e reforça presença em Espanha

O grupo Sotecnisol, que emprega 650 pessoas e fatura 70 milhões, abriu uma filial em Paris, vai reforçar a presença em Espanha e criou uma nova empresa para atuar na área dos pavimentos industriais.

Fundado em Lisboa em 1970, o grupo Sotecnisol atua nos setores da construção, ambiente e energia, água e agroindústria. Soma 24 empresas, emprega 650 pessoas e fatura 70 milhões de euros. Este ano vai investir dois milhões de euros para reforçar a expansão internacional e apostar em novas unidades de negócio.

No arranque do ano, o grupo iniciou a operação em França e abriu uma filial em Paris na área de impermeabilização e revestimento de fachadas. “É uma área importante que vamos começar em Paris, mas também estamos a explorar fora [da capital] a impermeabilização de túneis. Principalmente no sul de França há muitos túneis a serem construídos e queremos ganhar obras neste segmento”, adianta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecniso. Além de Espanha e França, tem uma empresa na Noruega na área de impermeabilização de túneis.

Em declarações ao ECO/Local Online, o gestor conta ainda que a Sotecnisol vai reforçar a presença em Espanha. Está presente em Madrid e Barcelona, e quer alargar a atividade a outras cidades espanholas. “O negócio em Espanha está mais diversificado e atuamos na área de impermeabilização de coberturas e túneis, revestimento de fachadas e fotovoltaicos”, explica José Luís Castro. Além de Portugal, Espanha, França e Noruega, o grupo está presente em Angola, Moçambique e Argélia.

José Luís Castro, CEO do Grupo SotecnisolGrupo Sotecnisol

Por outro lado, fundou recentemente a empresa Proflooring, que atua na área dos pavimentos Industriais. “Já temos uma equipa preparada para fazer obras de grande dimensão. Vamos começar por Portugal e posteriormente alargaremos a atividade para outros países onde já estamos presentes”, realça José Luís Castro, formado em Gestão de Empresas pelo Instituto Universitário de Lisboa.

Também nos planos está o reforço da frota de camiões “para aumentar a capacidade de distribuição de materiais de construção”, detalha o CEO, que assumiu a liderança da empresa em 1996. O grupo Sotecnisol vai comprar quatro camiões, dois deles com grua.

Abre três lojas Obras360 e compra 90% da Evolut.green

No ano passado, o grupo Sotecnisol investiu mais de dois milhões de euros na abertura de novas lojas, na aquisição de capital de empresas e na expansão de atividade da Sotecnisol Coberturas & Fachadas. O grupo comprou 90% do capital da Evolut.green, assinalando a entrada no negócio da instalação de pontos de carregamento para carros elétricos, e adquiriu 75% do capital Waterproof. O grupo liderado por José Luís Castro abriu ainda três novas lojas Obras360 em Palmela, Vila Nova de Gaia e Leiria, passando a ter sete espaços comerciais.

A Sotecnisol foi fundada por Sá Morais de Castro, Hermano Medeiros e Marcelino Carvalho. Em 2004, este último alienou a sua participação, ficando a grande maioria do capital concentrada nas mãos de um Sá Morais de Castro. Em 2016, a filha de Hermano Medeiros também vendeu a participação, passando a família Sá Morais de Castro a deter 100% do capital da Sotecnisol.

Até 2026, o grupo espera alcançar 100 milhões de euros de volume de negócio, através da expansão empresarial e diversificação. Para isso, a estratégia irá centrar-se na criação e aquisição de novas insígnias, de forma a ampliar o portefólio de serviços.

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Das pensões aos apoios parentais, direitos sociais dos advogados variam na Europa

Um estudo da FBE analisou os direitos sociais dos advogados. Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa e Roménia são os países participantes.

Os direitos sociais dos advogados variam nos vários países europeus. Esta conclusão é do estudo da Fédération des Barreaux d’Europe (FBE), que analisou esses direitos junto das diversas Ordem dos Advogados . As jurisdições participantes foram Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Portugal, Polónia, Reino Unido, República Checa e Roménia. Apesar das conclusões relativas a Portugal não estarem no documento.

“A maioria dos ordenamentos jurídicos não dispõe de disposições legais específicas para o tratamento dos prazos judiciais durante a licença parental ou por doença. Os advogados têm muitas vezes de arranjar substitutos ou pedir adiamentos, sendo a Espanha uma exceção, onde as diligências processuais e os prazos legais são assegurados durante a licença parental”, refere o relatório.

Outra das conclusões do estudo é sobre o regime de pensões. Entre as várias jurisdições existe uma grande mistura entre regimes privados e públicos. Por exemplo, no país vizinho, em Espanha, o tipo de regime de pensão depende do facto de os profissionais estarem inscritos no regime geral ou mutualista.

“O cálculo das quotizações varia consoante se trate de um sistema de segurança social ou de uma mutualidade. No sistema de segurança social, o cálculo é efetuado com base na base regulamentar e nos anos de contribuição. No seguro mútuo, os membros constroem as suas pensões com base nas suas contribuições”, lê-se.

Em Espanha, todos os advogados, quer sejam trabalhadores assalariados ou independentes, devem estar cobertos por um sistema de segurança social. Para os advogados assalariados, o Regime Geral de Segurança Social é o padrão, sendo a empresa responsável pela inscrição. Os advogados independentes podem escolher entre o RETA e as mutualidades de segurança social alternativas, que oferecem uma cobertura complementar mas não substituem o regime de segurança social.

Também na Alemanha, existe um regime de pensões mistas, sendo as contribuições calculadas, atualmente, em 18,6% do salário bruto, até ao limite máximo de contribuição atual de 4.987,50 euros. Já em Itália, os advogados têm uma pensão pública “especial”. Esta é composta por duas partes: quota base, que é calculada segundo o critério retributivo; e quota modular, calculada com base no método contributivo.

Na Bélgica, os advogados estão sujeitos ao regime público de pensões, “à semelhança de outros trabalhadores independentes”. “As contribuições para o regime de pensões fazem parte da quotização para a segurança social, que corresponde normalmente a 20,5% do rendimento líquido, com um mínimo de 875 euros por cada três meses”, lê-se no estudo. As pensões são pagas a partir dos 67 anos e o seu montante depende da duração da carreira, variando entre 1.700 euros e 2.125 euros para uma carreira completa de 45 anos.

Já na Roménia existe um regime de pensões para advogados e as contribuições são calculadas com base nos montantes pagos em função do ano de atividade e de um valor por defeito. Por outro lado, na República Checa não existe um regime especial de pensões, aplicando-se as regras gerais aos advogados, tal como os Países Baixos.

Outro dos países em análise é a França. Em terras francesas, todos os advogados devem contribuir obrigatoriamente para a organização Caisse Nationale des Barreaux Français (CNBF), que faz parte da caixa nacional de seguro de velhice das profissões liberais. Estas contribuições são efetuadas para o regime de base do CNBF e assumem três formas diferentes: honorários advocatícios ou uma contribuição equivalente; uma quotização fixa – progressiva e que atinge 1.774 euros a partir do sexto ano de atividade jurídica -; e uma contribuição baseada nos rendimentos profissionais.

“A licença de maternidade e a presença de filhos contam para o cálculo da pensão. As contribuições efetuadas durante os períodos de licença de maternidade e a presença de filhos são tidas em conta no cálculo das prestações de pensão da advogada. Assim, tanto a duração da licença de maternidade como a responsabilidade pela educação dos filhos são reconhecidas como fatores que contribuem para o direito à pensão de uma advogada”, referem.

Na Polónia os advogados estão cobertos pelo regime público de pensões, que abrange os trabalhadores independentes e os assalariados. As contribuições são calculadas com base em declarações individuais para os trabalhadores por conta própria e com base no salário e nas contribuições para a segurança social para os trabalhadores por conta de outrem.

Por fim, no Reino Unido, os advogados independentes contribuem para o seguro nacional de categoria 2 ou de categoria 4. “Podem verificar as contribuições e os créditos para garantir os anos de qualificação para a pensão do estado”, referem. Segundo o estudo, o montante da pensão varia entre 93,50 euros e 169,50 euros, em função das quotizações. Os advogados independentes podem também contribuir para os regimes privados de seguro de maternidade e de reforma.

Em Portugal, os advogados descontam para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS). Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social – e é a única classe profissional que tem um regime de previdência autónomo – estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Atualmente, os advogados pagam por mês no mínimo 277,76 euros.

Direitos e licenças parentais

Em termos de direitos e licenças parentais, a maior parte das jurisdições concede licença parental, variando a duração e os valores pagos. “A duração da licença parental e os níveis de indemnização variam significativamente. A Itália oferece cinco meses com uma indemnização de 80%, enquanto a Bélgica oferece 12 semanas com um subsídio semanal. Em contrapartida, a licença alargada da Roménia oferece 85% do rendimento líquido médio durante dois anos”, explicam.

Das jurisdições em análise é na República Checa que a licença parental remunerada é de maior duração, uma vez que os pais poderem requerer o subsídio durante um período máximo de três anos. “Um progenitor pode receber uma prestação máxima de 300.000 CZK, que pode aumentar para 450.000 CZK no caso de gémeos ou nascimentos múltiplos” referem.

Também a Roménia é um dos países com uma licença com maior duração. Os advogados têm uma licença parental remunerada durante dois anos. “O subsídio mensal corresponde a 85% do rendimento líquido médio obtido nos últimos 12 meses dos últimos dois anos anteriores à data de nascimento da criança”, explicam. A licença é paga pelo Estado e pela Caixa de Previdência dos Advogados, que paga um subsídio mensal de 1,048 RON, cerca de 211 euros.

Já na Alemanha, os advogados o período de licença parental remunerada é de 14 meses, máximo de 12 meses por pessoa e mínimo de dois meses por pessoa. É o Estado que paga as prestações que podem ascender a 67% do último salário durante 12 meses (de 300 euros a 1.800 euros por mês).

No Reino Unido o subsídio de maternidade para advogados independentes é pago durante 39 semanas, no máximo. Mas para ser elegível é necessário um registo de autoavaliação durante 26 semanas nas 66 semanas anteriores ao nascimento do bebé. O montante, que está isento de imposto, varia entre 27 e 172,48 libras por semana, com base nas contribuições para o seguro nacional de classe 2. No entanto, o subsídio de maternidade Sure Start em terras britânicas, um apoio local, é pago uma vez, no valor de 500 libras.

Com cerca de cinco meses cada, está a Itália e a Polónia. Na bota da Europa, os advogados têm direito a uma licença parental remunerada que inclui dois meses antes do parto e três meses pós-parto. Assegurada pela Organização Nacional de Segurança Social dos Advogados, a prestação recebida é um subsídio único igual a 80% de 5/12 do rendimento profissional líquido produzido no 2.º ano anterior ao nascimento da criança.

Também na Polónia a licença de maternidade para as mães tem a duração de 20 semanas, enquanto os pais têm direito a duas semanas. Existe ainda a alternativa da licença parental partilhada de 41 semanas. O subsídio é calculado com base nas taxas de segurança pagas ou no salário, variando as especificidades em função das circunstâncias individuais. “Estas prestações são concedidas através do sistema público de segurança social”, explicam.

Já em Espanha, os profissionais, independentemente do regime, têm direitos parentais. As mães biológicas têm direito a 16 semanas de licença, com seis semanas obrigatórias imediatamente após o nascimento e 10 semanas voluntárias nos primeiros 12 meses de vida da criança. No âmbito do sistema de Segurança Social, é atribuído um subsídio equivalente a 100% da base regulamentar. Já no âmbito da Mutualidad de la Abogacía, as prestações variam em função da situação, com montantes máximos específicos.

Tanto o sistema de segurança social como as mutualidades partilham a responsabilidade pelo pagamento das prestações. O Instituto de Segurança Social assegura a gestão das prestações do regime geral. As companhias de seguros mútuos são responsáveis pelas prestações do regime mútuo”, referem.

Nos Países Baixos as mães têm quatro meses de licença e os pais cinco semanas. O montante é pago pelo Estado. Por outro lado, na Bélgica o período de licença parental remunerada é de 12 semanas. As prestações, que são pagas pelo sistema nacional de pensões, ascendem aos 800 euros por semana, sem impostos.

Por fim, em Franca, os advogados independentes têm direito a uma licença de maternidade que está sujeita a condições específicas. Assim, para terem um subsídio têm de gozar pelo menos oito semanas de licença de maternidade, incluindo seis semanas de licença pós-natal. Se esta condição não for cumprida, não há lugar a indemnização.

Segundo o estudo, a duração máxima da licença de maternidade é de 16 semanas, das quais seis semanas antes da data prevista para o parto (licença pré-natal) e 10 semanas depois. No entanto, esta duração pode variar em função de circunstâncias específicas. O outro progenitor também pode gozar a licença, suspendendo o trabalho durante quatro a cinco semanas.

“A licença de maternidade das juristas é coberta pelo regime geral de seguro de doença. A compensação inclui duas componentes: ajudas de custo diárias e um subsídio fixo. As ajudas de custo diárias são calculadas com base no rendimento anual do advogado. Se o rendimento anual do advogado for inferior a um determinado limiar, aplica-se um subsídio diário mais elevado”, lê-se.

Ainda assim, existem certas garantias para as advogadas. Durante e após a maternidade, os seus contratos não podem ser rescindidos devido à gravidez, exceto em caso de violação grave das regras profissionais não relacionada com a maternidade. Além disso, o contrato de trabalho da advogada com a sociedade não pode ser rescindido antes de decorridas oito semanas após o seu regresso ao trabalho após a licença de maternidade.

E em caso de doença?

Bem, em caso de doença, há uma tendência geral para a concessão de subsídios, variando a duração e compensação. Nos Países Baixos, os advogados têm direito a dois anos de baixa por doença com 100% do salário no primeiro ano e 70% no segundo. “As entidades patronais devem seguir etapas específicas; em caso de incumprimento, são aplicadas sanções”, refere o relatório.

Já na Alemanha, onde todos os advogados são obrigatoriamente membros da caixa de pensões dos advogados, os profissionais podem requerer uma pensão por invalidez profissional. O subsídio ou baixa depende do valor pago à caixa de pensões. Mas para os trabalhadores por conta de outrem, o subsídio de doença ascende a 70% do salário.

Tanto na Roménia, como em Espanha, os advogados tem direito a licença. Na Roménia o montante corresponde a 75% da soma dos rendimentos brutos dos 12 meses anterior à ocorrência do risco dividido por 12 e é pago pela Caixa de Previdência dos Advogados. Em Espanha, as prestações variam em função do motivo, com percentagens e subsídios específicos.

Na Polónia a duração dos subsídios por doença pagos pode prolongar-se até 182 dias, estando o montante da prestação dependente das contribuições para a segurança social. “O montante do subsídio de doença do empresário depende da base de cálculo das quotizações. O segurado pode declarar qualquer base de quotização, mas esta não pode ser inferior à base mínima de quotização ZUS aplicável às empresas. Em 2023, esta base ascende a 4.161,00 zlotys (cerca de 1.000 euros)”, lê-se. A base de cálculo do subsídio de doença é a base de cálculo média das contribuições dos últimos 12 meses, reduzido por um índice de 13,71%.

A Bélgica dá apoio em caso de doença, mas o primeiro mês de baixa não é pago, variando a indemnização entre os 46 e 76 euros por dia, consoante o estatuto familiar. Já na República Checa esse apoio pode ser requerido a partir do 15.º dia da incapacidade temporária, com uma duração máxima de 380 dias. Assim, durante as duas primeiras semanas de incapacidade, a entidade patronal paga uma indemnização salarial.

Por fim, na Itália, os advogados têm direito a um subsídio de doença, mas este aplica-se principalmente a doenças graves e a grandes cirurgias e baseia-se no último rendimento anual do doente. “A duração e o montante do subsídio de doença dependem da gravidade e da previsibilidade da doença. O advogado em situação de incapacidade total e permanente é apoiado por uma pensão especial”, explicam.

Do luto à quebra de rendimento

No que concerne a situações de queda abrupta de rendimentos, nem todos os países têm apoios disponíveis. Espanha, Bélgica, Roménia e Alemanha são alguns dos que não preveem qualquer tipo de apoio. Ainda assim, na Bélgica os advogados podem pedir uma isenção do pagamento da contribuição para a segurança social, que é normalmente de 20,5% do rendimento líquido, com um mínimo de 875 euros por cada três meses.

Em contraponto, na Itália os advogados podem receber um apoio financeiro que consiste num pagamento único, geralmente concedido em caso de graves dificuldades económicas. Também na República Checa a contribuição pode atingir o triplo da taxa de base do salário mínimo mensal fixado pela legislação. Já nos Países Baixos, todos os cidadãos têm direito a uma prestação mínima de segurança social, cerca de 1.200 nett por mês para os indivíduos e 1.700 nett para os agregados familiares com duas pessoas.

Na Polónia os advogados podem pedir apoios, mas através de um seguro privado. “As Ordens de Advogados podem também prestar assistência financeira em situações de emergência, financiada pelas contribuições dos advogados para a Ordem”, referem.

No caso de morte de um familiar próximo, apenas a Alemanha e a Polónia não preveem qualquer tipo de apoio. Já países como Itália, Bélgica, Roménia, República Checa e Países Baixos ajudam os profissionais.

Por exemplo, na Bélgica, em caso de morte de um familiar próximo, os advogados podem receber 100 euros por dia, durante um máximo de 10 dias, se houver uma paragem total da atividade. Na Roménia, o valor pago ascende aos 1.511 euros.

“A resolução da Ordem dos Advogados checa prevê uma contribuição social única para cobrir as despesas de funeral de um advogado ou estagiário jurídico falecido”, refere o relatório.

Reação da Ordem dos Advogados portuguesa

O estudo apresentado lança luz sobre uma realidade: “a posição da advocacia portuguesa em termos de direitos sociais é notavelmente inferior em comparação com os seus homólogos europeus. Este estudo destacou, em particular, a singularidade do sistema português, onde a existência de uma caixa de previdência privada, a CPAS, não garante aos advogados os mesmos direitos sociais disponíveis para os trabalhadores independentes”, refere comunicado da bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro. Embora nas conclusões não haja qualquer referência ao regime português.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

“Contrastando com sistemas existentes em países como Espanha e Alemanha, onde mesmo em regimes de segurança social privados, são assegurados direitos essenciais como apoio na doença e parentalidade, Portugal destaca-se, na negativa, pela ausência destes direitos fundamentais”, diz o mesmo comunicado.

Perante esta disparidade, “a Ordem dos Advogados Portugueses reitera o seu firme compromisso em encontrar a equidade e justiça para a nossa classe. Estamos empenhados em promover ações concretas e em trabalhar ativamente com as autoridades competentes, tanto a nível nacional como europeu, para assegurar que os advogados portugueses recebam o tratamento justo e digno que merecem”, conclui.

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Ordem dos Notários reforça rede de cartórios

Os concelhos de Santa Maria da Feira, Coimbra, Évora e Matosinhos vão passar a ter um espaço de cartório. Para além do alargamento, a Ordem vai também dar posse a novos notários.

A Ordem dos Notários (ON) reforçou a rede de cartórios em Portugal continental, abrindo novos espaços em Santa Maria da Feira, Coimbra, Évora e Matosinhos, referem em comunicado.

“A partir de agora será mais fácil e mais rápido o acesso das populações destes quatro concelhos a todos os serviços notarias, designadamente, reconhecimento de assinaturas, procurações, testamentos, inventários, escrituras ou até aceder a novas ferramentas digitais como o arquivo eletrónico nacional de escrituras”, lê-se.

Para além do alargamento da rede de cartórios, a Ordem vai também dar posse a novos notários esta terça-feira que passam a integrar a Bolsa da ON.

A Ordem dos Notários tem atualmente inscritos 520 notários, existindo 440 notários titulares de licenças no país, contando atualmente com 482 cartórios notariais em Portugal Continental e Ilhas.

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Utentes de transportes do Alto Minho pedem ajuda à AMP para passe único entre regiões

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

Utentes dos transportes públicos do Alto Minho pedem ajuda à AMP para a implementação de um "passe único", reivindicado desde 2019, que evite os 200 euros mensais na deslocação entre regiões.

Numa carta dirigida ao presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vitor Rodrigues, os utentes reivindicam “igualdade no acesso ao transporte público”, pedindo-lhe que “ajude a promover o mais rapidamente possível a reunião entre a AMP, a CIM [Comunidade Intermunicipal] do Alto Minho e a CIM Cávado e a colocar em prática o Passe Único para o transporte público entre o Alto Minho e a AMP“.

“Desde 2019, com o surgimento do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes], temos solicitado às CIM do Alto Minho e do Cávado, assim como à AMP, a implementação de um Passe Único multimodal que permita a ligação entre as regiões”, destaca a missiva enviada também ao presidente da Câmara Municipal do Porto e à presidente da Autoridade de Mobilidade e Transporte.

Os passageiros alertam que “há pessoas que vão para o desemprego e estudantes que não têm dinheiro para assistir às aulas todos os dias“, perante “o aumento das taxas de juro dos empréstimos” e alunos sem possibilidade de pagar renda de casa no Porto “apanhados a meio do ano letivo”.

Para os utentes, foi “a incapacidade demonstrada pela CIM Alto Minho em se articular com a CIM Cávado e a AMP em criar um passe único que conduziu a que, em 2024, a Câmara Municipal de Viana do Castelo reduzisse “de 67% para 40%” o apoio dado aos utilizadores frequentes do autocarro que liga o concelho ao Porto.

Desde 2019, com o surgimento do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes], temos solicitado às CIM do Alto Minho e do Cávado, assim como à AMP, a implementação de um Passe Único multimodal que permita a ligação entre as regiões.

Utentes de transportes do Alto Minho

“Os utilizadores do autocarro (expresso pela A28) que pagavam 88 euros mensais (22 dias x duas viagens x dois euros) passam a pagar 171,60 euros (22 dias x 2 viagens x 3,90 euros)”, recordam. A isto somam-se mais “30 ou 40 euros do passe Andante [para circulação na AMP], o que dará mais de 200 euros por mês”, lamentam.

À AMP pedem ainda uma “solução excecional” para o corte feito pela Câmara de Viana do Castelo, vincando que “a Câmara de Esposende continua a apoiar os seus munícipes, que continuam a ter uma despesa mensal de 88 euros”.

Numa resposta à Presidência da República, a que a Lusa teve acesso e noticiou a 24 de janeiro, a Câmara Muniipal de Viana do Castelo esclarece que “existia uma carreira regular Viana-Póvoa-Viana e Póvoa-Porto-Póvoa suprimida após a conclusão dos concursos públicos internacionais para Concessão de Serviço Público de Transporte de Passageiros, quer da CIM Cávado quer da AMP”.

“Extinta a carreira pública, os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado não são financiáveis através do PART”, apontou a autarquia.

Questionado pela Lusa, o Instituto da Mobilidade e dos Transporte (IMT) afirmou que, “no que respeita ao serviço expresso entre Porto e Viana do Castelo, não foi emitida pelo IMT qualquer autorização expresso para essa linha”. “Dado que o transporte não se trata de um expresso, o IMT não tem qualquer intervenção“, sustentou.

O IMT afirma que “a lei liberalizou os preços dos serviços de transporte de passageiros”, pelo que “as únicas entidades que poderão apresentar oposição às tabelas de preços apresentadas pelas transportadoras são a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e as Autoridades de Transporte Municipais”.

A 9 de janeiro, a CIM do Alto Minho explicou também que, com a extinção da carreira pública de ligação ao Porto, “os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado, não são financiáveis através do PART”.

Em dezembro, a CIM do Cávado denunciou que a AMP decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga-Porto pela A3 e o presidente da AMP responsabilizou a CIM pelo fim do serviço, alegando que competia à entidade minhota promover a continuidade.

As câmaras do Porto e de Braga acordaram entretanto retomar o serviço de autocarro e a autarquia portuense estima gastar cerca de 30 mil euros anuais com o serviço e descontos.

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Incentivo às equipas dedicadas às urgências depende de 11 indicadores de desempenho. Projeto arranca nos maiores hospitais

Para já, o projeto-piloto de equipas dedicadas às urgências vai arrancar nas ULS de Santa Maria e de São José, em Lisboa, na ULS de Coimbra, e nas ULS de São João e de Santo António, no Porto.

Além do vencimento-base, as equipas dedicadas às urgências integradas em Centro de Responsabilidade Integrados (CRI) vão poder receber um incentivo por desempenho, calculado mediante 11 indicadores que constam da portaria publicada esta terça-feira em Diário da República. Além disso, os médicos vão ter direito a um suplemento mensal de 500 euros. Projeto-piloto arranca nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santa Maria, São José, Coimbra, São João e Santo António.

Em causa está a portaria que define as regras e incentivos a atribuir aos CRI com equipas dedicadas ao serviço de urgência. Este modelo foi criado há mais de 20 anos, mas a legislação “moderna”, que consagrou os CRI tal como são hoje, só chegou em 2017. Já funciona em vários hospitais, como é o caso do Hospital de São João, no Porto.

Na prática, os CRI são estruturas de gestão intermédia, dependentes dos conselhos de administração dos hospitais EPE, mas com autonomia funcional e técnica. Os profissionais de saúde das várias áreas que integram estes centros têm acesso a vários incentivos, incluindo financeiros, diretamente relacionados com o desempenho. Com esta alteração, o objetivo é que haja equipas dedicadas às urgências nos CRI, atendendo aos constrangimentos que se têm verificado.

Nesse sentido, as equipas dedicadas às urgências que integrem estes CRI são constituídas por médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e técnicos auxiliares de saúde, mas podem também incluir “outros profissionais”, em função “da tipologia e dimensão do respetivo estabelecimento ou serviço de saúde e do nível de resposta do serviço de urgência”, aponta o diploma assinado pelo ministro das Finanças e pelos secretários de Estado da Saúde e da Administração Pública.

De acordo com o diploma, a remuneração mensal dos profissionais que integram as equipas dedicadas às urgências inclui o vencimento mensal, um incentivo de desempenho (que diz respeito ao índice de desempenho da equipa) e, no caso dos médicos “um suplemento remuneratório no montante de 500 euros, associado à integração de cuidados”.

Este suplemento é pago mensalmente, 12 vezes ao ano. De notar que, “se o período normal de trabalho não for igual em cada semana, é considerada a respetiva média no período de referência de um mês”.

Para apuramento deste índice de desempenho da equipa (IDE), o Executivo estabelece um conjunto de 11 indicadores, que medem, entre outros, a percentagem de doentes atendidos dentro do tempo previsto na triagem (até 1.ª observação médica), o tempo de espera em serviço de urgência desde a primeira observação até à alta clínica, a taxa de abandono neste serviços, a taxa de readmissões, a taxa de utilizadores frequentes ou o gasto médio com meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) por doente sem internamento.

Estes indicadores têm diferentes ponderações — regra geral, cada um é de 9% à exceção da percentagem de doentes atendidos dentro do tempo previsto, que é de 10% — e são calculados numa escala de 0 a 100, sendo que estarão dependentes de intervalos de valor esperado (“tendo por base as boas práticas num contexto de trabalho organizado e eficiente”) e de uma variação considerada aceitável, que ainda não estão definidos. São “válidos para um período de três anos”, lê-se.

Com este modelo, “os profissionais destes CRI podem duplicar o seu vencimento, se cumprirem os objetivos que permitam receber os respetivos suplementos e incentivos ao desempenho”, adianta o Ministério da Saúde, em comunicado. Em declarações ao Público, o secretário de Estado da Saúde tinha afirmado que as equipas dedicadas às urgências vão ter “no mínimo” um aumento entre os 60% e os 70% face ao ordenado-base.

Equipas dedicadas às urgências arrancam nos 5 maiores hospitais

Já esta terça-feira, a tutela liderada por Manuel Pizarro assinala que nesta fase inicial e “por não haver ainda um histórico de registo e avaliação dos indicadores, os profissionais vão receber 75% do valor máximo previsto”. “Caso a avaliação venha a revelar-se superior, será feito um pagamento com valor retroativo à data de início de funcionamento do CRI”, acrescenta.

Para já, o projeto-piloto de equipas dedicadas às urgências vai arrancar nas ULS de Santa Maria e de São José, em Lisboa, na ULS de Coimbra, e nas ULS de São João e de Santo António, no Porto. Tem a duração de dez meses.

Para o efeito, é criada uma comissão de Acompanhamento e Avaliação, que deve reunir regularmente, pelo menos, uma vez por mês. Vai acompanhar a implementação e a execução dos projetos-piloto e “elaborar relatórios trimestrais intercalares“. No final vai também realizar “um relatório final de avaliação e conclusões, incluindo recomendações e propostas concretas para a alteração e alargamento do regime previsto na presente portaria”, conclui o diploma.

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Francisco de Abreu Duarte vence Prémio Abreu Advogados 2023

“Equilíbrio Digital” é o tema da obra vencedora do Prémio Abreu Advogados 2023. Francisco de Abreu Duarte recebeu um prémio de 7.500 euros e a sua obra será publicada numa editora internacional.

O Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados atribuiu o Prémio Abreu Advogados de Investigação Inovadora a Francisco de Abreu Duarte, doutorando do Instituto Universitário Europeu, em Florença, pelo trabalho dedicado à moderação de conteúdos nas plataformas digitais. O premiado irá receber um valor monetário de 7.500 euros e a sua obra será publicada numa editora internacional.

Com o título “O Equilíbrio Digital: como os Indivíduos, as Empresas e os Governos negociaram a Regulamentação do Discurso Online na União Europeia”, Francisco de Abreu Duarte apresenta uma proposta para repensar a liberdade de expressão através de curadores independentes, permitindo empoderar o indivíduo a escolher o seu próprio destino digital, não estando dependente do algoritmo das plataformas clássicas, mas de um mercado concorrencial de empresas de algoritmos alternativos.

“Acredito que o melhor futuro é aquele em que os utilizadores podem escolher entre várias empresas, os curadores certificados, que disponibilizarão diferentes ofertas de conteúdos à medida do utilizador e não na medida do interesse de agentes publicitários”, referiu Francisco de Abreu Duarte. O autor da obra explica ainda que um utilizador cujo interesse seja sobretudo desporto poderá escolher um curador certificado nessa área e passará a ter os seus conteúdos filtrados em torno dessa temática. “Trata-se de uma opção que permite escolher os mais variados temas, por exemplo literatura, cinema, tecnologia, sociedade”, acrescentou.

Luís Barreto Xavier, Presidente do Instituto de Conhecimento e Consultor da Abreu Advogados; Francisco Abreu Duarte, doutorando do Instituto Universitário Europeu, em Florença; e Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados

O presidente do Instituto de Conhecimento e Consultor da Abreu Advogados, Luís Barreto Xavier, descreveu a obra como “de fôlego”, “bem documentada” e uma “proposta arrojada”.

“Estamos muito felizes por, mais uma vez, o júri do Prémio Abreu Advogados ter escolhido uma obra de investigação inovadora, versando sobre um tema extremamente atual: a liberdade dos utilizadores na modulação do conteúdo a que acedem nas plataformas digitais. Francisco de Abreu Duarte é um investigador promissor, pelo que o Prémio fica em muito boas mãos”, salientou Luís Barreto Xavier.

A entrega do Prémio decorreu numa cerimónia realizada no auditório da Abreu Advogados. O Prémio Abreu Advogados pretende promover a articulação entre a ciência jurídica e a prática do Direito, sendo uma das principais marcas do trabalho desenvolvido desde 2012 pelo Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados. Esta competição nacional pretende incentivar a inovação na resolução de problemas jurídicos. São aceites trabalhos em domínios jurídicos novos ou com abordagem marcadamente inovadora.

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