Marcelo já saiu do hospital de São João. “Pude verificar a excelência do SNS”

Presidente do Hospital de São João indica que Presidente está “nas condições clínicas pretendidas e esperadas para o pós-operatório”, mas será obrigado nas próximas semanas a “um maior repouso".

Marcelo Rebelo de Sousa já teve alta hospitalar e saiu do Hospital de São João. Em declarações aos jornalistas, o Presidente da República agradeceu a “forma tão competente, eficiente, dedicada e acolhedora” como foi recebido e tratado. “Pude verificar, de facto, a excelência do Serviço Nacional de Saúde”, salientou.

“Não é a primeira vez que recorro ao SNS em situações mais complicadas, nos meus dois mandatos e em diversas unidades”, reforçou. Sabendo dos “problemas” que o serviço público tem, o chefe de Estado aproveitou para assinalar que “precisa de ser apoiado permanentemente” para continuar a ser “uma garantia de saúde para os portugueses”.

Na mesma declaração, no átrio do hospital portuense em que foi alvo de uma intervenção cirúrgica “muito rápida e eficaz” a este problema congénito, Marcelo disse ainda sentir-se “francamente bem” e notou que até cessar as funções de Presidente da República, no início do próximo ano, a sua saúde “é um bem público”.

A meio da manhã, a presidente do conselho de administração do Hospital de São João, já tinha dito que o Presidente estava “bem disposto” depois de fazer os exames de rotina habituais, que mostraram “as condições clínicas pretendidas e o que era esperado para o pós-operatório”.

Maria João Baptista disse também que o Presidente da República “vai ter de ter alguns cuidados alimentares, atendendo ao tipo de cirurgia realizado, e um maior repouso em relação à sua atividade” nos próximos dias.

Ao seu lado, o chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, confirmou que as visitas oficiais a Espanha e ao Vaticano foram adiadas, em virtude do estado de saúde do chefe de Estado. Sem avançar uma data concreta, adiantou, contudo, que o périplo pelo país vizinho já foi reagendado para fevereiro de 2026.

Marcelo Rebelo de Sousa, 76 anos, presidiu na segunda-feira de manhã, em Lisboa, às comemorações do 1º de Dezembro e seguiu depois para as cerimónias fúnebres do antigo presidente da Mota-Engil, António Mota. Ter-se-á sentido mal no aeroporto do Porto quando regressava a Lisboa.

Sujeito a uma cirurgia na segunda-feira à noite no Hospital de São João, no Porto, onde permanece internado, o chefe de Estado recebeu esta manhã as visitas de Pedro Duarte, o novo presidente da Câmara do Porto, e também de José Luís Carneiro, secretário-geral do Partido Socialista.

Lembrando que foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro recordou que fez todas as primeiras deslocações oficiais de Marcelo Rebelo de Sousa, visitas com “muitas horas de viagem, muitos momentos de convívio”.

“E criou-se entre nós uma relação, antes do mais, pessoal, de amizade (…). Fundamentalmente [venho cá] pela relação pessoal, de estima, de amizade e depois também por uma relação política institucional”, referiu, recordando visitas a Inglaterra e Espanha, em que o Presidente esteve com a rainha de Inglaterra e a antiga primeira-ministra Theresa May e aos reis de Espanha.

Na mão levava um presente, o livro “História Religiosa do Centro Histórico da Cidade do Porto” porque, disse Carneiro, citado pela Lusa, o chefe de Estado é “um homem de cultura” e este “é um livro que fala sobre a história do Porto e sobre a forma como a cidade do Porto se organizou”, uma iniciativa do padre Jardim Moreira.

(Notícia atualizada às 13h com declarações de Marcelo)

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