Lisboa abre acima da linha de água apesar da queda da EDP

EDP tira o pé do acelerador após rumores de fusão. Ações cedem 0,3%. Mas o dia na bolsa de Lisboa começa em terreno positivo graças ao BCP e à Galp.

A bolsa nacional abriu o dia em terreno positivo. São sobretudo as ações do BCP e da Galp que mantêm Lisboa acima da linha de água num arranque da sessão que sai condicionado pelo desempenho da EDP: os títulos da elétrica estão no vermelho após o disparo de 4% de ontem na sequência da notícia do interesse da francesa Engie na utility nacional.

O PSI-20, o principal índice português, ganha ligeiros 0,13% para 5.454,97 pontos. Entre os pesos pesados, que determinam o rumo dos acontecimentos na praça lisboeta, o início de sessão é divergente: se BCP e Galp somam 0,88% e 0,32%, respetivamente, a EDP cai 0,31% para 3,195 euros.

No caso da empresa liderada por António Mexia, as ações estiveram esta segunda-feira a disparar 8% após a notícia do jornal francês BFM a dar conta do interesse da Engie num processo de consolidação europeu a envolver a EDP e de contactos entre os responsáveis das duas partes nesse sentido. Entretanto, a própria cotada portuguesa veio esclarecer o mercado que não tem havido contactos.

“Trata‐se de mais um rumor sobre potenciais movimentos de consolidação no setor de utilites europeu que até ao momento envolveram a Gas Natural, a Enel e o potencial interesse da Engie na EDP”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa desta terça-feira.

“Qualquer das formas, a referida notícia menciona que qualquer acordo teria sempre de aguardar pelo novo presidente da Engie, o qual irá assumir este lugar no próximo dia 18 de maio. (…) o maior obstáculo para qualquer negócio neste setor seria de ordem política, já que historicamente os negócios entre empresas de utilites europeias têm sido condicionados por interferências políticas”, frisa ainda o banco de investimento.

São 11 as cotadas que mantêm o benchmark nacional à tona. Um dos destaques vai para a Sonae Capital, cujas ações valorizam 0,54% para 0,931 euros. A empresa de capital de risco da Sonae integra desde ontem a lista de preferidas do BPI. “Novos máximos históricos no investimento imobiliário em Portugal; iminência de venda de ativos relevantes; dividend yield atrativo” são razões para os analistas do BPI CaixaBank incluírem a Sonae Capital na lista.

Fora do principal índice, as ações da SAG afundam 11% após o cancelamento a assembleia geral que ia decidir a saída da empresa de bolsa.

Lá por fora, o índice alemão DAX-30 aprecia mais de 1% e lidera ganhos no Velho Continente. Com valorizações mais modestas apresentam-se o parisiense CAC-40 (+0,65%), o milanês FTSE-Mib (+0,39%) e o madrileno IBEX-35 (+0,55%).

No mercado das matérias-primas, tanto o contrato Brent (negociado em Londres) como o contrato WTI (negociado em Nova Iorque) somam mais de 1%.

(Notícia atualizda às 8h37)

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