Parlamento também vai ouvir ex-ministros socialistas sobre privatização da ANA

Depois de ter sido aprovada a audição de ex-governantes do PSD sobre a venda da ANA à Vinci, teve agora luz verde um requerimento do PSD para chamar Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba.

Os ex-ministros das Infraestruturas Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba vão ser ouvidos no Parlamento sobre a privatização da ANA – Aeroportos de Portugal. Audições foram aprovadas esta quarta-feira pela Comissão de Economia e Obras Públicas do Parlamento.

Os deputados aprovaram por unanimidade o requerimento do PSD, que além dos três antigos ministros, chama também José Tavares, presidente do Tribunal de Contas, José Manuel Gonçalves Santos Quelhas, juiz relator do relatório de auditoria sobre a Privatização da ANA Aeroportos e a juíza Maria José Brochado.

Vão também ser ouvidos os antigos presidentes da Parpública, Joaquim Pais Jorge e Pedro Ferreira Pinto. Audições que o PSD “considera fundamentais para esclarecer os factos, as responsabilidades políticas e as dúvidas que possam subsistir sobre a privatização da ANA Aeroportos”.

O requerimento dos social-democratas surgiu depois de, na quinta-feira passada, ter sido aprovado um requerimento do PCP para ouvir os responsáveis pela privatização da ANA. Entre as personalidades chamadas está o antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e os ex-ministros das Finanças Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque.

A iniciativa dos comunistas surgiu depois de ter visto chumbada a sua proposta para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito à privatização da concessionária dos aeroportos à francesa Vinci, inviabilizada pelos votos contra do PSD, PS e CDS e a abstenção do Chega.

No âmbito do requerimento do PCP vão ainda ser chamados, Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, José Luís Arnaut, presidente do conselho de administração da ANA Aeroportos; Thierry Ligonnière, presidente da comissão executiva da ANA Aeroportos e organizações representativas dos trabalhadores.

A iniciativa surgiu depois de o Tribunal de Contas ter considerado em janeiro que a privatização “não salvaguardou o interesse público”, não maximizou o encaixe para o Estado e descurou a concorrência no setor aeroportuário. Conclusões que a ANA, na sua maioria, contestou.

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Uber lança novo serviço que promove partilha de viagens entre desconhecidos

Utilizadores que não se conhecem, mas têm destinos compatíveis vão passar a poder partilhar viagens da Uber. Novo serviço permite poupança até 30%, de acordo com diretor-geral.

A Uber acaba de lançar um novo serviço de viagens partilhadas. Até agora, já era possível dividir viagens com conhecidos, adicionando várias paragens. Mas agora passa a ser possível partilhar viagens também com desconhecidos, numa nova modalidade: a app “emparelha” utilizadores que tenham destinos compatíveis, o que permite que várias pessoas sejam servidas pelo mesmo motorista, reduzindo as emissões e o trânsito nas cidades.

“Hoje queremos anunciar uma grande novidade, que é o lançamento da UberX Share, uma solução de partilha de viagens entre utilizadores, que permite pôr mais pessoas no mesmo carro“, informou o diretor-geral da Uber para Portugal, Francisco Vilaça, num evento promovido esta quarta-feira a propósito do 10.º aniversário da Uber em Portugal.

No total, até três utilizadores simultâneos poderão partilhar uma viagem, no âmbito deste novo ativo que já está ativo. Ou seja, pode iniciar a sua viagem com o carro vazio e depois “recolher” dois outros utilizadores a caminho do seu destino. Mas, se um deles sair antes de a viagem terminar e, entretanto, outro utilizador nas imediações requisitar o serviço, então este terá um lugar garantido no mesmo carro, garantindo o total de três utilizadores simultâneos.

Ainda assim, Francisco Vilaça garante que o objetivo é que estas viagens partilhadas durem, no máximo, mais oito minutos do que as viagens singulares. Daí a importância do emparelhamento entre utilizadores feito pela app: as viagens não são partilhadas por três utilizadores aleatórios, mas por utilizadores cujos destinos sejam compatíveis.

Segundo ainda explicou o responsável, esta modalidade é mais económica para os utilizadores, já que permite poupar até 30% nas viagens.

para o motorista “é o equivalente a fazer uma viagem UberX mais longa”. “É uma viagem permanentemente a acontecer. É melhor do que encadear várias viagens UberX“, assegurou Francisco Vilaça, que notou que, “trazendo mais pessoas para a plataforma”, este novo serviço também trará mais trabalho a esses motoristas.

Por outro lado, esta opção é “mais ecológica”, uma vez que se reduz o número de veículos nas estradas e, à boleia, também as emissões poluentes nos centros das cidades, assinalou Francisco Vilaça.

Este serviço é novo em Portugal, mas não no mundo. Por exemplo, há vários anos que no Brasil está disponível a Uber Juntos, um serviço que permite a partilha de viagens entre desconhecidos.

70 mil motoristas em dez anos

No evento desta manhã, o diretor-geral aproveitou para fazer um ponto da situação dos últimos dez anos da Uber em Portugal. Foi a 4 de julho de 2014 que a Uber foi lançada por cá, lembrou Francisco Vilaça, sublinhando que, desde então, já foram servidos mais de 12 milhões de passageiros. Mais de 70 mil motoristas já usaram a app, acrescentou o mesmo.

Entre os destinos mais procurados em Portugal, estão as viagens para o trabalho, o aeroporto, restaurantes e bares, centros comerciais, atrações turísticas, e hospitais e clínicas.

Além disso, a Uber tem em Lisboa o maior centro de excelência na Europa, num investimento de 91 milhões de euros. Cerca de 400 trabalhadores estão ao serviço desse centro, localizado em Lisboa.

No total, a Uber já está presente em 70 países, 10.500 cidades e 900 áreas metropolitanas, cumprindo 26 milhões de viagens e pedidos por dia. “Temos seis milhões de motoristas e estafetas ativos, que encontram na plataforma uma opção de rendimento flexível“, salientou Francisco Vilaça, numa altura em que o trabalho nas plataformas (em particular, a sua regulação) tem sido motivo de discussão em Portugal, e na Europa.

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Do Chiado ao Fundão, Small Portuguese Hotels adiciona cinco hotéis à coleção

Hotel do Chiado, Hotel Alegria, Quinta Ponte da Capinha, Quinta da Amendoeira e Quinta da Faísca passam a integrar o portefólio da Small Portuguese Hotels, agora com 140 unidades espalhadas pelo país.

Do Douro ao Alentejo, passado por Lisboa e pelo Fundão, a Small Portuguese Hotels anunciou esta quarta-feira que vai alargar o portefólio com cinco novos hotéis e casas de campo: o Hotel do Chiado, Hotel Alegria, Quinta Ponte da Capinha, Quinta da Amendoeira e Quinta da Faísca. No total, esta iniciativa da GuestCentric (software e serviços de marketing digital na cloud) engloba 140 pequenos hotéis de charme espalhados pelo país.

“A Small Portuguese Hotels continua a crescer, agora com a entrada no nosso portefólio de cinco unidades hoteleiras: Hotel do Chiado, Hotel Alegria, Quinta Ponte da Capinha, Quinta da Amendoeira e Quinta da Faísca. Quase quatro anos depois do início do projeto, verifica-se que a nossa oferta continua a crescer, o que demonstra a relevância dos nossos serviços para o negócio dos clientes”, afirma Rita Alves Machado, responsável de vendas e marketing da Small Portuguese Hotels, citado num comunicado.

O Hotel do Chiado está localizado num dos bairros mais emblemáticos de Lisboa e é uma obra do arquiteto Siza Vieira, vencedor do Prémio Pritzker. Ainda na capital, o Hotel Alegria situa-se a uma curta distância de alguns dos principais pontos de interesse da capital, como Avenida da Liberdade, o Príncipe Real e a Baixa lisboeta.

A 20 minutos de carro do Fundão, a Quinta Ponte da Capinha, rodeada de pomares e milheirais, tem seis quartos, uma piscina de água salgada e biblioteca. Podem ser realizados ainda trilhos das rotas das Serras do Fundão e da Estrela, que podem ser feitos de bicicleta ou a pé.

A Quinta da Amendoeira fica a apenas cinco minutos de Évora, cidade Património Mundial da Unesco, e dispõe de sete apartamentos. Os hóspedes podem usufruir das vinhas, do lago biológico, piscina exterior, campo de padel, os passeios a cavalo ou as visitas de buggy ao centro histórico da cidade.

Finalmente, a Quinta da Faísca está localizada no planalto da aldeia vinhateira de Favaios, no coração do Douro. Todos os apartamentos estão equipados com uma kitchenette, sala de estar com vistas panorâmicas. Os hóspedes podem conhecer a adega, requalificada e ampliada para continuar a produzir vinho regional e refrescarem-se na piscina.

A Small Portuguese Hotels apresenta-se como a maior cadeia de hotéis independentes em Portugal. Na coleção tem 140 pequenos hotéis de 3 a 5 estrelas, localizados de norte a sul do país e também nas ilhas, que diz serem “uma seleção cuidada de hotéis, casas de campo, turismos rurais, alojamentos locais, bed & breakfasts e resorts.

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Cascais adianta verbas do PRR para reabilitar escolas. Três ainda esperam aprovação

"Cascais teve a capacidade de antecipar investimentos em áreas prioritárias como a saúde e educação", diz autarca, que aguarda aprovação de candidaturas feitas no âmbito do PRR.

A Câmara Municipal de Cascais está a construir e reabilitar quatro escolas num investimento total de 68 milhões de euros, no âmbito do processo de descentralização de competências na área da educação. Só que teve de adiantar as verbas com dinheiro dos cofres municipais.

Até à data apenas uma das escolas foi “alvo de financiamento do Plano e Recuperação e Resiliência (PRR)”, uma decisão que chegou já depois das obras começarem, explica, em comunicado, a autarquia liderada pelo social-democrata Carlos Carreiras, que aguarda ainda a aprovação das candidaturas de apoio à reabilitação das restantes.

O social-democrata explica que “para já, destas quatro escolas apenas uma [a Escola Secundária de Cascais] foi alvo de financiamento do PRR através dos contratos de financiamento assinados entre o Governo e a Câmara Municipal de Cascais. A construção arrancou em julho de 2023, tendo a autarquia avançado na altura com investimento próprio” de 26,4 milhões de euros. Carlos Carreiras avança, contudo, que a autarquia será agora ressarcida pelo PRR em 21,6 milhões de euros.

Cascais teve a capacidade de antecipar investimentos em áreas prioritárias como a saúde e a educação, nomeadamente com o investimento na recuperação e ampliação de três escolas e construção de raiz de uma. Mas estamos também a realizar intervenções de fundo em todas as escolas do concelho”, frisa o autarca, no mesmo comunicado.

A nova Escola Secundária de Cascais deverá abrir em 2025 para servir 1.320 alunos e vai substituir as atuais instalações construídas em 1974 “e que se encontram muito degradadas dado ser provisória há 50 anos”. A escola terá um edifício de dois pisos dotados de 44 salas de aula, um auditório, uma biblioteca e um pavilhão polidesportivo.

Cascais teve a capacidade de antecipar investimentos em áreas prioritárias como a saúde e a educação, nomeadamente com o investimento na recuperação e ampliação de três escolas e construção de raiz de uma.

Carlos Carreiras

Presidente da Câmara Municipal de Cascais

Já no caso das restantes três escolas de 2º/3º ciclo e secundário, num investimento total de 42 milhões de euros, contextualiza o edil, “foram igualmente apresentadas candidaturas de financiamento ao Programa Escolas do PRR, aguardando-se a aprovação“. Entretanto já estão em andamento os concursos públicos para as empreitadas de ampliação nestas escolas — Ibn Mucana (Alcabideche), S. João do Estoril e Fernando Lopes Graça (Parede). Apesar de o município ainda não ter a verba disponível do PRR, as obras deverão arrancar até ao final deste ano e estar concluídas até setembro de 2027, calendariza a autarquia.

Entre as várias intervenções previstas, os trabalhos contemplam a expansão espaços educativos — incluindo para alunos com necessidades educativas especiais –, assim como a modernização das áreas de administração e de trabalho docente.

Nos últimos dois anos, a autarquia investiu 20 milhões de euros na requalificação de várias escolas do concelho. “O investimento municipal já realizado no parque escolar ultrapassou os 20 milhões de euros”, diz o autarca. “Com este investimento nacional, o orçamento municipal, destinado à construção de novas escolas e ampliação e reabilitação de outras, vai poder ser aplicado em outras áreas prioritárias, como a habitação“.

No âmbito do processo de descentralização de competências na área da educação, a maioria das escolas do 2º e 3º ciclos e do ensino secundário passou, em 2022, para a competência dos municípios.

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Edmundo Martinho diz que polémica sobre Santa Casa serve “intenção de privatizar os jogos sociais”

Edmundo Martinho admite que, "por trás" da polémica da Santa Casa poderão estar "razões pessoais" ou até a "intenção de privatizar os jogos sociais". "Seria um erro fatal", defendeu.

Edmundo Martinho, antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), lamenta não ter tido “um único contacto” por parte da atual administração para “clarificar” todas as dúvidas sobre o processo de internacionalização e admite que, “por trás” da polémica, pode estar a “intenção de privatizar os jogos sociais”.

“Neste último ano, não tive um único contacto da Santa Casa no sentido de clarificar” as dúvidas relativas ao processo de internacionalização dos jogos sociais, afirmou Edmundo Martinho, antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que está a ser ouvido esta quarta-feira na comissão de Trabalho, Solidariedade e Inclusão, na sequência de um requerimento da Iniciativa e Liberal (IL) e do Chega. “Isso do ponto vista institucional parece-me bizarro“, atirou.

Estranhando a auditoria à internacionalização pedida à BDO, considerou que “as razões que estão por trás deste processo ou são pessoais ou não tem nada a ver com a Santa Casa”, aludindo a um “regresso da tese antiga de que jogos sociais devem ser privatizados”. “Junto-me à suspeita de que esteja aqui por trás a intenção de privatizar os jogos sociais da Santa Casa”, afirmou.

Esta última possibilidade, foi, aliás também já admitida por Pedro Santa Lopes, provedor da SCML entre 2011 e 2017. A privatização “seria um erro fatal e a perda monumental de um ativo“, atirou.

O fracasso dos NFT e o défice sistemático na saúde

O antigo provedor confirmou ainda que foi feito um “investimento de 500 mil euros” num projeto de non-fungible token (NFT) que caiu por terra. A aposta surgiu na altura em que começou “a febre por criptomoedas, explicou Edmundo Martinho, que admitiu que pediu ao filho, “a título gratuito”, uma apresentação sobre blockchain, criptomoedas e NFT à mesa da Santa Casa.

Mas diz ter sido “uma coincidência” que a Utruts (empresa onde o filho trabalhava) fosse a única em Portugal a operar nessa área. “Isto não deu nenhum resultado”, apontou, sublinhando que implicou apenas a “construção de um site“, o Arthentic, dado que houve ” muito poucas vendas de NTF”. Contabilizou o investimento em 500 mil euros.

Os prejuízos crónicos das unidades de saúde da Santa Casa foram também um dos temas abordados pelo antigo provedor, que adiantou que este “é um setor que acrescenta sistematicamente défice”, dado como exemplo o centro de reabilitação de Alcoitão, cujo financiamento através da atividade própria só é assegurado “até final de setembro”, e aplaudindo a revisão do acordo feita pelo anterior Executivo.

Já sobre a aquisição de uma participação de 55% na sociedade que gere o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em 2020, referiu que, na altura, defendeu que “fazia todo o sentido” que a unidade “se mantivesse na esfera pública ou social” e disse continua a considerar ” a solução adequada”. “Hoje essa unidade tem resultados positivos apesar da mochila negativa“, apontou referindo-se ao elevado passivo da intuição.

O Governo decidiu, na semana passada, exonerar toda a mesa da SCML, incluindo a provedora Ana Jorge, acusando a administração de ser “incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição” e de “atuações gravemente negligentes”, que poderão comprometer a “curto prazo” a “fundamental tarefa de ação social que lhe compete”. Ainda assim, a provedora vai-se manter em gestão corrente até ser nomeada nova equipa. Posteriormente, numa carta enviada aos trabalhadores, Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca de um ano, denunciou a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h31)

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Católica e Santander criam centro de finanças sustentáveis

  • Capital Verde
  • 8 Maio 2024

A área de foco do CSF vai ser a das alterações climáticas, mas vai explorar também outros temas de interação entre Finanças e Sustentabilidade, nomeadamente, os sistemas de pensões.

A Universidade Católica de Lisboa lançou, em parceria com a Fundação Santander Portugal, o Center for Sustainable Finance (CSF), um centro dedicado às finanças sustentáveis que “tem como missão potenciar o papel das Finanças na criação de um mundo mais sustentável“, indica a entidade em comunicado.

De acordo com a informação oficial, este é o primeiro centro de investigação do género em Portugal e um dos primeiros na Europa. A área inaugural de foco do CSF vai ser a das alterações climáticas, com o objetivo claro de ajudar todas as empresas e os seus colaboradores a fazerem uma transição bem-sucedida. O centro vai focar-se também noutros temas de interação entre Finanças e Sustentabilidade, nomeadamente, os sistemas de pensões.

Este centro foi criado para investigar e potenciar o papel das finanças na resolução dos desafios (inter) geracionais mais proeminentes dos nossos tempos. As finanças têm um papel fundamental na alocação eficiente de recursos e capital e deve estar ao serviço da nossa Economia, Sociedade e Planeta – na construção de um futuro próspero e sustentável”, afirma o professor António Baldaque da Silva, diretor executivo do CSF.

O centro foi inaugurado em parceria com a Fundação Santander Portugal. Já Inês Rocha de Gouveia, responsável do Santander Universidades, explica que o Santander procura “estar na linha da frente enquanto instituição que promove a mudança, com iniciativas – como é o caso deste centro – que criem impacto nas pessoas e nas empresas e facilitem o caminho para a transição sustentável”.

Queremos transformar Portugal e capacitar as empresas e os seus profissionais, para que ganhem competitividade e reforcem o seu espaço nas cadeias de valor internacionais“, conclui a nota de imprensa.

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Deputados vão chamar Inspetor-Geral das Finanças ao Parlamento

  • Lusa
  • 8 Maio 2024

Foi aprovado um requerimento do Chega para ouvir António Ferreira dos Santos sobre uma auditoria às subvenções públicas não reportadas que ultrapassam os mil milhões de euros.

Os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) aprovaram, esta quarta-feira, um requerimento do Chega para ouvir o Inspetor-Geral das Finanças, António Ferreira dos Santos, sobre uma auditoria às subvenções públicas não reportadas.

O requerimento do Chega foi aprovado com o voto favorável de todos os partidos, à exceção do Livre, que se absteve (o Bloco de Esquerda e o PCP não estavam presentes na sala).

Em causa está o valor de subvenções atribuídas por entidades públicas, mas não reportadas à Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que, segundo os relatórios de auditoria dessa entidade, ultrapassaram os 1.000 milhões de euros, considerando os anos de 2021 e 2022.

O Chega considera que este “relatório plasma inequivocamente a falta de controlo e sobretudo de supervisão que existe em Portugal por quem tutela estas entidades”.

Em 2021, o valor das subvenções e benefícios concedidos por entidades públicas e comunicados à IGF, como determina a legislação em vigor, foi de 7.471 milhões de euros.

Porém, refere o relatório da IGF, a auditoria de controlo revelou que 145 concedentes (entre 90 autarquias locais, 45 entidades da região autónoma dos Açores e 10 da administração central) falharam o prazo para o reporte das subvenções no valor de 628,1 milhões de euros, “contrariando a lei”.

“A maioria das entidades alegou limitação de recursos ou lapsos/esquecimentos e, no caso dos Açores, foi referida a inexistência de protocolo entre os Governos da República e Regional”, refere a auditoria da IGF.

Dados divulgados recentemente pela IGF indicam que, em 2023, foram atribuídos 8.003 milhões de euros de subvenções públicas, não havendo ainda informação sobre a conformidade com os requisitos legais.

Estava prevista a votação de um outro requerimento do Chega para audição, com caráter de urgência, da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, sobre a cobrança de impostos às barragens, mas foi adiada.

O mesmo aconteceu com a votação do requerimento apresentado pelo BE para audição, com caráter de urgência, da diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a cobrança de impostos, associada às barragens.

 

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AD diz que PS recusou frente a frente e quer “fugir a debate” com Sebastião Bugalho

  • Lusa
  • 8 Maio 2024

A campanha para as eleições europeias arranca no dia 27 de maio e prolonga-se até 7 de junho. As eleições europeias estão marcadas para 9 de junho.

A AD afirmou esta quarta-feira que o PS recusou o frente a frente para as eleições europeias, acusando os socialistas de usar os mesmos argumentos do Chega para “fugir ao debate” com o cabeça de lista da coligação, Sebastião Bugalho.

A AD (Aliança Democrática) lamenta a recusa definitiva do Partido Socialista em aceitar um frente-a-frente com a AD proposto pela RTP/SIC/TVI, que teria lugar no dia 23 de maio, facto que impediu a concretização da segunda proposta apresentada pelas televisões“, refere um comunicado enviado à Lusa e assinado pelo diretor de campanha da candidatura, Emídio Guerreiro.

A AD (coligação composta por PSD, CDS-PP e PPM) informa ainda que aceitou uma terceira proposta das televisões “que consiste na realização de seis debates com quatro intervenientes, sem frente a frente”.

A segunda proposta de debates para as eleições europeias, enviada no domingo pelas televisões aos partidos, previa três debates com todas as forças com assento parlamentar e um frente a frente PS e Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), modelo que gerou críticas de vários partidos e contra o qual o BE tinha ameaçado avançar com uma providência cautelar.

Agora, o diretor de campanha da AD refere que a coligação está disponível e interessada “desde o primeiro momento, em realizar todos os debates que o calendário permita”.

Os eleitores decerto não compreenderão a recusa do PS, como não compreenderiam que o impasse se mantivesse indefinidamente transformando os debates em tema de campanha“, refere o diretor de campanha.

Por essa razão, acrescenta, a AD “aceitou já uma terceira proposta das televisões que consiste na realização de 6 debates com 4 intervenientes, sem frente a frente“.

“Sublinhamos que para fugir ao debate com o nosso cabeça de lista, o PS utiliza os mesmos argumentos do Chega o que revela mais uma vez – e até numa matéria como esta – a aliança tática e tácita entre estes dois partidos”, acusa Emídio Guerreiro, dizendo esperar que “até ao final da campanha, o PS mude a sua postura e aceite os convites para outros frente a frente entretanto recebidos”.

O presidente do Chega, André Ventura, tinha criticado a nova proposta para os debates entre os candidatos às eleições europeias de 09 de junho, recusando uma solução que “favorece o bipartidarismo”, nomeadamente PS e PSD.

Na semana passada, o Expresso noticiou que PS e a Aliança Democrática (AD) recusaram o primeiro modelo de debates proposto pela RTP, SIC e TVI para as eleições europeias de 09 de junho, no qual estavam previstos 28 frente a frente entre os cabeças de lista dos partidos com representação na Assembleia da República.

O PS e a AD, de acordo com o Expresso, justificaram a recusa do modelo com o facto de ser um número elevado de duelos, que afetaria a campanha eleitoral, e admitiram aceitar um calendário mais leve.

A campanha para as eleições europeias arranca no dia 27 de maio e prolonga-se até 07 de junho. As eleições europeias estão marcadas para 09 de junho.

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Investimento imobiliário dispara 8% impulsionado pela ocupação de escritórios em Lisboa

Setor dos escritórios destaca-se no primeiro trimestre deste ano com um peso de 36% no volume total do investimento, com Lisboa a registar o melhor trimestre de sempre ao nível de ocupação.

Nos três primeiros meses do ano, o investimento imobiliário aumentou 8% para 273 milhões de euros, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Os hotéis, residências de estudantes e centros comerciais são as classes de ativos que continuam a estar no topo das preferências dos investidores em 2024, de acordo com os dados da CBRE.

“Os dados mostram-nos que o mercado imobiliário português está a recuperar relativamente ao ano passado, o que é bastante positivo, sabendo nós que ainda estão em cima da mesa várias transações muito relevantes que esperamos fechar ao longo deste ano. Na nossa análise detetamos também que mais de 80% do volume a ser investido em 2024 será por investidores estrangeiros”, ano, Francisco Horta e Costa, CEO da CBRE Portugal.

Com um peso de 36% no volume total de investimento, o setor dos escritórios destaca-se no primeiro trimestre deste ano, sobretudo devido à venda da K-Tower pela Krest Investments a um fundo alemão. As rendas prime mantiveram-se estáveis relativamente ao anterior trimestre, situando-se nos 28 euros por metro quadrado na capital, enquanto na Invicta fixa-se nos 19 euros por metro quadrado.

Já ao nível de ocupação, Lisboa registou o seu melhor trimestre de sempre, com 74.000 metros quadrado, sendo 75% deste take-up protagonizado pelo setor da banca, com destaque para ocupação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WellBe e a mudança do Banco de Portugal para o antigo edifício Marconi em Entrecampos. Acompanhando a recuperação deste segmento, o mercado do Porto conseguiu duplicar a área ocupada face ao mesmo período do ano passado, com 18.000 metros quadrados, principalmente graças a empresas internacionais, responsáveis por 70% da ocupação.

Já o setor do retalho totalizou 32% do investimento imobiliário no primeiro trimestre, no valor de 86,5 milhões de euros. As principais aberturas foram de estabelecimentos de Food&Beverage, tanto em Lisboa, como no Porto, registando-se no total 34 novas aberturas de comércio de rua em Lisboa e 16 no Porto.

Destaca-se também a abertura de um novo retail park no país – Fábrica do Cobre Retail Park – estando prevista a conclusão de outros projetos deste género até ao final do ano. No que respeita aos centros comerciais, e face ao período homólogo, a CBRE observa um aumento de 9,5% das vendas nos centros comerciais que estão sob sua gestão, bem como de 10% no número de visitantes.

De acordo com dados da consultora, o investimento no setor logístico ultrapassou os nove milhões de euros, alavancado por duas operações de maior escala. Contudo, o take-up de logística recuou 85% face ao mesmo período do ano passado, registando uma ocupação de apenas 23.350 metros quadrados. Este decréscimo é explicado pela falta de oferta desta classe de ativos que, por sua vez, tem vindo a pressionar a renda prime, que atinge agora os 6 euros por metros quadrado neste segmento.

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Menos construção e mais casas sobrelotadas. O retrato do parque habitacional da última década

Há menos casas, para menos pessoas, mas sobrelotação e casas vazias aumentaram. No dia em o Parlamento discute o Mais Habitação, eis o retrato do parque habitacional da última década.

Embora a crise habitacional tenha agravado de forma acentuada nos últimos dois anos — à boleia do aumento das taxas de juro e da inflação — os sinais da decadência do setor são sentidos desde a última década. Mais concretamente: entre 2011 e 2021, a inauguração de novas habitações abrandou e o número de casas sobrelotadas aumentou. Para suprir estas carências, são necessárias cerca de 136 mil casas, mas, no início da década, existiam 723 mil habitações vazias.

Os dados constam na análise mais detalhada do “Parque Habitacional: Análise e Evolução 2011-2021”, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e divulgada esta quarta-feira, dia em que o Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, estará no Parlamento para discutir o pacote Mais Habitação do Governo anterior.

Menos casas novas e as existentes são velhas

Neste documento, que sucede à análise preliminar divulgada no ano passado, o INE revela que, com base nos Censos 2021, se verificou um abrandamento no crescimento do parque habitacional, com aumentos de apenas 0,8% para os edifícios e 1,9% para os alojamentos familiares clássicos em relação a 2011. Este crescimento, informa o gabinete de estatística, é “significativamente inferior ao observado em décadas anteriores”.

Segundo o INE, estima-se que em 2021 tenham sido concluídos 19.616 fogos em obras de construção nova e 3.906 em intervenções de reabilitação, representando, respetivamente, 83,4% e 16,6% do total de fogos concluídos.

Olhando para o parque habitacional em 2021, o INE informa que naquele ano existam 3.573.416 edifícios. Desse total, apenas 110.784 edifícios foram construídos entre 2011 e 2021, representando 3,1% do total. O resto remonta a anos anteriores. Por exemplo, quase metade (49,8%) foi construída após 1980.

Por outro lado, 31,9% dos edifícios foram construídos entre 1981 e 2000 e 17,9% ergueram-se neste século.

Com população a decrescer, constroem-se casas cada vez maiores

Na última década, Portugal enfrentou pela primeira vez, em 50 anos, uma diminuição da população. Entre 2011 e 2021, a população residente reduziu-se em 2,1%, correspondendo a um valor absoluto de menos 219.912 de pessoas.

O INE explica que este declínio populacional é resultado do saldo natural negativo verificado na década, ainda que nesse período se tenha registado um saldo migratório “ligeiramente positivo”, ainda assim insuficiente para inverter o decréscimo. Feitas as contas, 19 de abril de 2021, a população residente no país era de 10.343.066 pessoas.

Mas a tendência não ficou refletida na evolução do parque habitacional. Na verdade, tal como revela esta quarta-feira o INE, nos alojamentos construídos na última década verificou-se um predomínio dos fogos que tinham quatro ou cinco assoalhadas, representando 54,7%. Os alojamentos com seis ou mais divisões também cresceram, embora a um ritmo menos acentuado.

Em metros quadrados a tendência é igual. Comparando os alojamentos construídos na última década com o total nacional, verificou-se um aumento de 13,6 pontos percentuais (p.p.) dos alojamentos com área útil superior a 200 metros quadrados, enquanto as habitações com área útil inferior a 100 metros quadrados recuaram 21,4 p.p.

Mesmo com 723 mil casas vazias, sobrelotação aumenta

Em 2021, dos mais de 5,9 milhões de alojamentos familiares clássicos que constituíam o parque habitacional, 69,4% encontravam-se ocupados como residência habitual, enquanto as residências secundárias representavam 18,5%. Dessa fatia, 12,1% (ou 723.215) são referentes a alojamentos vagos 12,1%.

Segundo o INE, no que se refere aos alojamentos vagos — com a exceção das regiões do Cávado, Ave e Península de Setúbal, que tinham um peso inferior a 10% — todas as restantes regiões variaram a sua representatividade entre 10% e 17,4%, verificada na Área Metropolitana do Porto e nas regiões do Alto Alentejo e do Médio Tejo, respetivamente.

Isto acontece numa altura em o número de alojamentos sobrelotados aumentou “significativamente”, detalhou, António Vilhena, investigador do LNEC. Em 2021, este tipo de habitação representava 12,7% do total de alojamentos familiares clássicos de residência habitual (527.855), tendo aumentado entre 20211 e 2021 17,1% depois de uma redução verificada entre 1991 e 2011.

Os dados de sobrelotação surgem acompanhados de detalhes sobre os alojamentos vagos. Segundo o INE, em 2021, existiam em Portugal 154.075 alojamentos vagos para venda ou arrendamento sem necessidade de reparações ou com necessidade de reparações ligeiras, e que face às carências habitacionais quantitativas, observava-se naquele ano, “uma margem de 17.275 alojamentos imediatamente disponíveis para utilização”.

Mas esse valor não seria suficiente para suprir as necessidades. O INE informa que em 2021 as carências habitacionais quantitativas existentes em Portugal eram de 136.800 alojamentos, correspondendo a 3,3% do total de alojamentos familiares ocupados como residência habitual.

Do total de carências, o gabinete de estatística destaca um total de 75.494 para suprir situações de alojamentos sobrelotados ocupados por um agregado com um núcleo familiar em coabitação com outras pessoas (55,2%) e um total de 55 098 para suprir situações de alojamentos sobrelotados de agregados com dois ou mais núcleos familiares (40,3%).

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Pedro Esteves é o diretor de comunicação do Governo

Diretor de campanha da AD nas legislativas, Pedro Esteves foi chefe do gabinete do PSD no Parlamento Europeu entre 2011 e 2023. Mafalda Costa Pereira e Ana Cristina Gaspar integram gabinete.

Está escolhido o diretor de comunicação do Governo. A nomeação, formalizada esta quarta-feira em Diário da República, indica como assessor do gabinete de Luís Montenegro, para desempenhar as funções de diretor de comunicação, Pedro Esteves.

O agora diretor de comunicação do Governo foi o diretor da campanha que deu a vitória à Aliança Democrática nas legislativas e era chefe de gabinete de Luís Montenegro desde maio de 2023. No Parlamento Europeu, foi chefe do gabinete da delegação do PSD entre 2011 e 2023, tendo dirigido duas campanhas às europeias.

Natural de Coimbra, Pedro Miguel Guerra Esteves tem 42 anos. É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto e mestrando em Ciência Política no Instituto Universitário de Lisboa.

Foi assessor do presidente do Instituto Politécnico do Porto entre dezembro de 2006 e março de 2010, presidente da Federação Académica do Porto em 2005 e membro do Conselho Geral do IPP – Politécnico do Porto entre 2004 e 2006.

Ainda na área da comunicação, foram também publicadas as nomeações de Mafalda Costa Pereira como adjunta do gabinete do primeiro-ministro e de Ana Cristina Gaspar como assessora.

Mafalda Costa Pereira, 45 anos, foi adjunta de imprensa de José Sócrates em 2010 e 2011, assessora de imprensa, política e de public diplomacy na delegação da União Europeia no Brasil e, entre 2020 e 2022, diretora de comunicação do grupo Media Capital.

Ana Cristina Gaspar, 58 anos, foi durante 16 anos jornalista na TSF e entre 2007 e 2008 editora de política na Media Capital Rádios. De 2009 a 2019 foi assessora de imprensa no grupo parlamentar do PSD/Assembleia da República e, nos dois últimos anos, assessora de comunicação do mesmo grupo parlamentar.

 

 

(notícia atualizada às 12h20)

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Desemprego arranca o ano a subir ligeiramente para 6,8%

Desemprego fixou-se em 6,8% no primeiro trimestre, acima do registado entre outubro e novembro, mas abaixo do trimestre homólogo. População empregada subiu tanto em cadeia como em termos homólogos.

O desemprego subiu ligeiramente nos primeiros três meses do ano, face ao final de 2023. De acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa fixou-se em 6,8%, acima dos 6,6% registados entre outubro e novembro. Ainda assim, em termos homólogos houve um recuo. Já a população empregada aumentou, chegando a máximos de 2011.

“A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 situou-se em 6,8%, valor superior em 0,2 pontos percentuais ao do do quarto trimestre de 2023 e inferior em 0,4 pontos percentuais ao do primeiro trimestre de 2023“, adiantou o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

No total, entre janeiro e março, havia 368,2 mil pessoas desempregadas em Portugal. Destas, 33,5% estavam nessa situação há 12 meses ou mais, ou seja, em desemprego de longa duração. Ora, tanto se compararmos com o final de 2023, como se compararmos com o arranque desse ano, o período de janeiro e março de 2024 foi sinónimo de um recuo do desemprego de longa duração, sinalizam os dados do INE.

Por outro lado, nos primeiros três meses do ano, também a população empregada aumentou para 5.019,7 mil indivíduos. “Corresponde ao valor mais elevado da série iniciada em 2011“, realça o INE. Face ao final de 2022, houve uma subida de 0,8%, e em comparação com o trimestre homólogo de 2023 houve um avanço de 1,8%.

O INE detalha que, do total de empregados, 19,7% estiveram em teletrabalho, isto é, trabalharam a partir de casa com recursos a tecnologias de informação e comunicação. Face ao último trimestre de 2023, houve um aumento de 1,9 pontos percentuais da proporção da população empregada em teletrabalho.

Com estes fluxos do emprego e desemprego, a população ativa abrangeu 5 387,9 mil pessoas no primeiro trimestre, mais 1% do que no trimestre anterior e mais 1,5% do que há um ano.

Já quanto à subutilização do trabalho, há a adiantar que 646,1 mil pessoas estiveram nessa situação no primeiro trimestre do ano. “Corresponde a um acréscimo de 1,5% (9,3 mil) em relação ao trimestre anterior e a um decréscimo de 5,0% (33,6 mil) relativamente ao período homólogo”, salienta o INE, que dá conta que a taxa de subutilização do trabalho foi, assim, estimada em 11,7%.

Atualizada às 11h31

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