Hoje nas notícias: Pensões, OE2025 e portos

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O pagamento das pensões em junho será feito no dia 7, antes das eleições europeias. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pressiona o PS a aprovar o Orçamento do Estado de 2025. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Pensões de junho pagas antes das eleições europeias

O pagamento das pensões em junho será feito no dia 7, segundo o Ministério da Segurança Social. A antecipação num dia face ao prazo normal é justificada pelo fim de semana prolongado, devido ao feriado de 10 de junho, que este ano calha numa segunda-feira. Os pensionistas vão assim receber antes das eleições europeias, agendadas para 9 do próximo mês. Regra geral as pensões são pagas no dia 8 de cada mês, exceto se coincidir com dias de fim de semana ou feriado. Nesses casos, o pagamento pode ser antecipado ou adiado para o dia útil anterior ou a seguir.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Marcelo pressiona PS a aprovar Orçamento do Estado para 2025

O Presidente da República constatou, durante o almoço das comemorações dos 40 anos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, que os autarcas socialistas, em particular, mas também os do PSD, estão preocupados com “a consequência fatal para os fundos europeus” caso o PS chumbe o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). No caso de o documento ser chumbado, abrir-se-á inevitavelmente “uma crise política” nacional — isto é, novas eleições legislativas antecipadas no final do ano — e irá “estragar por completo” o próximo ano, que será decisivo na aplicação, por exemplo, do PRR e também do Portugal2030. Além disso, criaria dificuldades “adicionais” aos autarcas e ao que está a ser executado ou planeado executar em centenas de concelhos, em pleno ano de eleições autárquicas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Portos de Lisboa e Sines crescem com crise no mar Vermelho

A crise no transporte marítimo mundial devido aos ataques dos rebeldes huthis a navios comerciais no mar Vermelho está a ter um impacto positivo nos portos portugueses de Sines e de Lisboa. De acordo com dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, ambos registaram crescimentos de mais de 20% na carga movimentada nos primeiros dois meses deste ano face ao mesmo período de 2023, beneficiando da necessidade dos armadores recorrerem à rota do cabo da Boa Esperança para ligar a Ásia à Europa.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Quebra na venda de casas ameaça contas das câmaras

A tendência de crescimento da receita do imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis (IMT), que se verificava desde a pandemia, inverteu-se em 2023. No primeiro trimestre deste ano, a situação agravou-se, com a receita do imposto a baixar 10%, ou 44 milhões de euros, devido à quebra na venda de casas. Só no ano passado o número de habitações transacionadas caiu 18%, sendo que o peso do IMT na receita das autarquias diminuiu de 18% em 2022 para 17% em 2023.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

CIP pede “unanimidade nacional” no IRC para atrair investimento

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal destaca a importância do IRC na competitividade das empresas nacionais, pedindo “unanimidade nacional” nesta matéria. Em referência a um estudo recente da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) sobre um impulso dado ao crescimento com uma redução da taxa efetiva em 7,5 pontos percentuais, Armindo Monteiro considera que este “demonstra de forma inequívoca aquilo que tem sido o posicionamento da CIP” sobre o imposto.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 21 de maio

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Ao longo desta terça-feira, 21 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Lucros da Mota-Engil crescem 54% no primeiro trimestre para 20 milhões

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Mota-Engil destacou um "novo recorde da carteira de encomendas", com 14 mil milhões de euros. Segundo o grupo, 2,6 mil milhões de contratos foram adjudicados no primeiro trimestre deste ano.

A Mota-Engil anunciou que registou, no primeiro trimestre deste ano, lucros atribuíveis ao grupo de 20 milhões de euros, um aumento de 54% em relação a igual período de 2023.

Segundo o grupo, que divulgou o seu trading update, no mesmo período, o volume de negócios subiu 7% em termos homólogos, atingindo os 1.352 milhões de euros e o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 22%, para 196 milhões de euros, “impulsionado pela melhoria da rendibilidade em todos os segmentos de negócio”.

No segmento de engenharia e construção, o volume de negócios da empresa subiu 8%, para 1.210 milhões de euros, com o grupo a apontar “um crescimento resiliente, não obstante a muito forte atividade de períodos passados, e com todas as regiões a apresentarem uma performance positiva”.

Já na área de ambiente, o volume de negócios foi de 130 milhões de euros, crescendo 3% em termos homólogos.

A Mota-Engil Capital e a MEXT, que reúnem as áreas de negócio mais recentes do grupo, alcançaram um volume de negócios de 32 milhões de euros, salientou.

A Mota-Engil destacou ainda um “novo recorde da carteira de encomendas”, com 14 mil milhões de euros. Segundo o grupo, 2,6 mil milhões de contratos foram adjudicados no primeiro trimestre deste ano, sobretudo de engenharia e construção em África.

Assim, os mercados centrais (core) do grupo pesam “77%, com Angola a representar 24%, seguida pelo México, com 20%, e Nigéria com 16%”.

“A carteira de encomendas indicia um volume de negócios com tendência positiva em 2024”, indicou.

Por outro lado, “no seguimento do acordo de venda das operações da Polónia, esta já não contribui para a carteira”, sendo que, em dezembro do ano passado, representava 305 milhões de euros.

Quanto às perspetivas para o futuro, o grupo destacou o seu “foco em novos contratos com critério de seleção direcionado para projetos de grande dimensão”.

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Os municípios de El Maestrazgo, em Teruel, defendem o parque eólico como a última e única opção para a sua sobrevivência

  • Servimedia
  • 21 Maio 2024

O parque eólico previsto para El Maestrazgo, tornar-se-á um dos maiores parques eólicos de Espanha, com um orçamento superior a 1.000 milhões de euros e uma capacidade de produção de cerca 800 MW.

Um projeto que é defendido por todos os presidentes dos municípios de Teruel onde será instalado como “a única oportunidade que resta aos municípios para não desaparecerem”, segundo a Servimedia.

Com mais de 3.000 postos de trabalho, uma instalação deste tipo gera milhões em impostos e taxas municipais que vão diretamente para os cofres dos municípios. Os presidentes dos municípios de Teruel onde será instalado o parque eólico, nas regiões de El Maestrazgo e Gúdar-Javalambre, estão de acordo em defender um projeto que, para os seus habitantes, é “crucial e apaixonante”.

Este apoio estende-se aos habitantes desta região da chamada “Espanha vazia”. Como explica Ricardo Altabas, presidente da Câmara de Cantavieja, a capital da região, “aqui as eleições municipais foram quase um referendo sobre os projetos de energias renováveis, e aqueles que os apoiaram ganharam a maioria”. Não é de surpreender que todos os municípios tenham aprovado o projeto e que nove destes vereadores tenham criado a Associação Viento Alto em 2017 para pedir ao governo regional projetos eólicos como os que foram contemplados durante anos em cidades vizinhas da Comunidade Valenciana e que geraram riqueza e oportunidades que prestaram serviços aos seus vizinhos, e que também estão a exigir para os seus municípios.

Como salienta Roberto Rabaza, presidente da Câmara de Tronchón, o parque eólico traria 3 milhões de euros em licenças de construção e 180.000 euros por ano em outros impostos e taxas municipais, um montante que é “a única opção e a última hipótese que nos resta” para manter os serviços básicos e garantir a sobrevivência de um município que, com 60 habitantes, tem um orçamento anual de 120.000 euros. “Não há alternativa, não temos plano B, não temos tempo, as pessoas estão a reformar-se aqui e não há substituição geracional. Rabaza insiste também na compatibilidade das turbinas eólicas com a agricultura e a pecuária, a principal fonte de rendimento do município até agora, e vê o parque eólico até como um atrativo para novos colonos para Tronchón.

Ricardo Altabas, presidente da Câmara de Cantavieja, mantém a mesma linha de argumentação dos seus homólogos vizinhos e afirma que o parque será um “futuro”. Para o seu município de 750 habitantes, o parque eólico significará cerca de 7 milhões de euros em licenças de construção, aos quais se juntarão cerca de 400 mil euros por ano em outras taxas e rendas municipais. Estas receitas, afirma, “permitirão facilitar a vida aos seus vizinhos com melhores serviços”.

Este projeto também gerará atividade económica nos municípios de Castellón por onde passa a linha MAT, que transportará energia de El Maestrazgo de Teruel para a estação de Morella. Uma linha que já existe, mas que deve ser dimensionada ao longo do mesmo trajeto que a atual, e que se tornou o foco de disputa entre os municípios de El Maestrazgo de Teruel e Castellón.

Os presidentes das câmaras de Portell, Cinctorres e Morella, na Comunidade Valenciana, opõem-se à nova linha, que melhoraria a linha atual mantendo o mesmo traçado. Esta oposição poderia ser um empurrão para o promotor negociar melhores benefícios para os municípios, e não a entendem de El Maestrazgo, em Teruel. Descrevem esta posição como “insustentável”, “incoerente” e “inacreditável”, porque, como salientam o presidente da Câmara de La Iglesuela del Cid e o presidente da Câmara de Cantavieja, “há 19 anos que vemos os moinhos de vento da Comunidade Valenciana e nunca nos queixámos, a linha já existe, só precisamos de a substituir por outra com maior capacidade”.

Acontece também que o presidente da Câmara de Morella, Bernabé Sangueso, aprovou a construção de mais nove aerogeradores e de um novo parque eólico, Torre Miro III, com três aerogeradores no município de Morella e um na Serra de Bernus-La Talayola, concretamente na zona natural protegida ZEPA de grifos.

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Ministério da Inclusão e a LALIGA iniciam um percurso de colaboração para combater o discurso de ódio e o racismo no desporto

  • Servimedia
  • 21 Maio 2024

A campanha do projeto europeu SCORE "This match we will win", contra o racismo no desporto, a que a LALIGA adere, decorrerá durante as próximas quatro semanas.

O projeto europeu SCORE “Cidades desportivas que lutam contra o racismo na Europa”, liderado pelo Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migrações, através do Observatório Espanhol do Racismo e da Xenofobia (OBERAXE), lança a campanha de sensibilização “Vamos ganhar este jogo”, uma iniciativa pioneira na luta contra o racismo no domínio do desporto que visa promover a inclusão e gerar debate para erradicar os comportamentos discriminatórios no desporto, muitas vezes incentivados por discursos de ódio.

O projeto SCORE responde às linhas de ação propostas no Quadro Estratégico para a Cidadania e a Inclusão contra o racismo e a xenofobia 2023-2027, que propõe linhas de ação em diferentes áreas, incluindo o desporto. Esta campanha é também apoiada pela LALIGA, cuja participação ativa nesta iniciativa mostra o seu compromisso com a luta contra o ódio, a violência e a discriminação no domínio do futebol, em consonância com as ações da sua plataforma LALIGAVS.

Desta forma, a LALIGA é uma das entidades colaboradoras do projeto, divulgando os materiais de comunicação e dando visibilidade ao projeto através de diferentes meios online e offline, como perfis corporativos nas redes sociais, meios publicitários nos estádios (UTV + DBR) e o canal LALIGA Bars.

O apoio da LALIGA à campanha SCORE liderada pelo OBERAXE faz parte de uma colaboração mais ampla com o Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migração para combater conjuntamente o racismo e a discriminação dentro e fora do desporto através da participação em projetos mútuos ou do intercâmbio de ferramentas e conhecimentos no âmbito da monitorização do discurso de ódio nas redes sociais. Assim, está prevista a continuação deste trabalho conjunto e a selagem desta colaboração com um acordo assinado por ambas as partes coincidindo com o início da época 2024-2025.

O projeto europeu SCORE, cofinanciado pela Comissão Europeia através do Programa CERV 2021 (Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores), teve início em junho de 2022 e terminará em novembro de 2024. O objetivo geral do SCORE é criar uma coligação de cidades e autoridades locais europeias para a promoção do desporto inclusivo, bem como para a prevenção e a luta contra o racismo, a xenofobia e a intolerância conexa no domínio do desporto. O OBERAXE desempenha um papel fundamental neste trabalho e objetivo, uma vez que, para além de atuar como líder do projeto, se destaca pelo seu trabalho como plataforma de conhecimento, análise e promoção de tudo o que ajuda a combater o racismo, a discriminação racial e a xenofobia.

A campanha SCORE será levada a cabo em seis países europeus: Espanha, França, Grécia, Irlanda, Áustria e Suécia; é apoiada por um total de 14 entidades colaboradoras: LALIGA, o Gabinete Nacional de Luta contra os Crimes de Ódio (ONDOD) do Ministério do Interior, Cidalia, consultoria em diversidade, o Departamento de Desporto e Assuntos Internos da Câmara Municipal de Getafe, a Câmara Municipal de Bilbau, a Câmara Municipal de Sabadell, a Associação de Cidades Interculturais (RECI), o Observatorio de la Inmigración de Tenerife (OBITen) e a Fundación General Universidad de La Laguna, ETC Graz (Áustria), a Network for Intercultural Community Building through Training, Counselling, Exchange and Development of Policy and Practice (Suécia), Doras (Irlanda), Université de Rennes (França) e PKDI (Grécia).

A campanha envolve embaixadores locais, estatais e internacionais, incluindo atletas como Aauri Bokesa, Thaylor Lubanzadio, Violeta Pérez, Antonio Liu, Nilofar Baya, Djeneba Touré, Melissa Besara, Gustavo Nazar e Juan Diego Amador Rivero.

O discurso de ódio multiplicou-se exponencialmente graças à sua difusão na Internet e nas redes sociais. Através do monitoramento do discurso de ódio realizado pelo OBERAXE, observa-se que o episódio prototípico que mais frequentemente desencadeia o discurso de ódio é a insegurança do cidadão (ou a perceção dela), que estava relacionada a 38% do conteúdo em janeiro-fevereiro de 2024. Estes episódios associam migrantes ou pessoas de outra origem racial sem provas e retratam-nos como uma ameaça à cidadania (21% do conteúdo); rebaixam-nos ou desumanizam-nos gravemente (30% do conteúdo); e incitam à violência contra eles (31% do conteúdo).

A Ministra da Inclusão, Segurança Social e Migração, Elma Saiz, destacou o trabalho realizado pelo OBERAXE, nesta ocasião à frente deste projeto europeu. “O discurso de ódio não tem lugar em nenhum setor da nossa sociedade. A adesão de LALIGA a Score será, sem dúvida, um revulsivo para mantê-los fora dos espaços desportivos”, disse ela.

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“É importante os líderes terem pessoas que os desafiem de formas diferentes”, diz Daniela Dias (Nestlé)

Há 19 anos na Nestlé, Daniela Dias garante que a diversidade é essencial para o sucesso das empresas. Ao ECO, diz que é importante que líderes sejam desafiados por perfis e visões diferentes.

Diversidade e inclusão não são modas passageiras que fazem, por momentos, as empresas saírem bem na fotografia. São mesmo chaves para o sucesso destas. Quem o diz é Daniela Dias, que trabalha há 19 anos na Nestlé e é hoje líder na área de negócios de health science. Em conversa com o ECO, deixa claro que é essencial que os líderes tenham à sua volta pessoas com perfis e visões diferentes. “Muitas vezes, digo ‘desafiem-me'”, atira a responsável.

“A inclusão e a diversidade trazem riqueza. Quando temos grande diversidade de pessoas com aspetos completamente diferentes, temos um outcome [resultado] muito mais rico, temos discussões muito mais ricas, e isso é muito importante“, sublinha a responsável pela área de negócio da Nestlé que se dedica à investigação da nutrição média, saúde e bem-estar.

De acordo com Daniela Dias, à medida que tem avançado na carreira e construído a sua equipa — neste momento, tem cerca de 30 pessoas sob a sua alçada –, estes têm sido temas aos quais tem prestado especial atenção. Mas garante que estes não são assuntos novos na Nestlé.

Por exemplo, no caso do género, conta que nunca viu, no seio da Nestlé, o facto de ser mulher como um obstáculo à sua carreira. “Nunca senti o género como uma barreira. Até senti como vantagem, por causa da política de colocarmos mulheres na liderança”, salienta a responsável, que frisa que sempre encontrou exemplos de muitas mulheres ao longo do seu percurso.

Tanto que, quando decidiu ser mãe, nem receou poder ser impactada negativamente. “Nunca senti discriminação, nem isso veio à minha cabeça”, assinala Daniela Dias.

Ora, a investigação que valeu o Nobel à economista Claudia Goldin mostra que, regra geral, ainda não é essa a experiência das mulheres no mercado de trabalho: a carreira delas tendem a sofrer com a chegada dos filhos, agravando-se significativamente o fosso (nomeadamente salarial) face a eles.

Apesar de essa ser a regra, Daniela Dias assegura ter tido outra experiência, e até adianta que a maternidade fez dela uma profissional e líder mais eficiente e empática, valorizando políticas como o regime híbrido que lhe permitem poupar tempo em deslocações e fazer uma melhor conciliação da vida pessoal e familiar.

“É muito importante as pessoas saberem que o líder cuida delas”

Desde que a pandemia nos fechou a todos em casa e forçou um boom do teletrabalho, que a pergunta não quer calar: afinal, estar 100% em casa ou, pelo menos, alguns dias por semana, prejudica ou não a cultura vivida nas equipas de trabalho?

Em conversa com o ECO, Daniela Dias assegura que o teletrabalho e o regime híbrido não têm de ser inimigos dessa cultura, mas é preciso trabalho.

Por exemplo, em janeiro de 2021, num dos pontos mais críticos da crise pandémica, contratou dez profissionais, os quais teve de integrar na empresa à distância. Fez, contudo, questão de seguir essas pessoas de perto e os resultados foram muito positivos.

“É preciso fazer um plano cuidadoso para a integração das pessoas com tempo individual. Não é só em grupo. Não são só os momentos de equipa, mas tempo individual e dedicar tempo a conhecer a pessoa, ter empatia”, detalha a responsável.

Daniela Dias acrescenta que é importante que os empregados sintam que os líderes cuidam deles, que não serão despedidos por um erro, e que há alguém que os protege. “Dá muito trabalho, mas é o que nos leva a uma equipa altamente envolvida“, salienta a mesma.

Defende que estas práticas são fundamentais não só para a retenção do talento, mas também para os resultados das equipas. “No passado, estivemos nos três melhores países do mundo em termos de resultados, na minha área de negócio, na Nestlé”, remata Daniela Dias.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Esta terça-feira, os cabeças de lista da AD, PS, Chega e CDU para as europeias estarão frente a frente num debate televisivo. Governo reúne-se novamente com os sindicados dos professores.

No mesmo dia em que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) volta a reunir-se com as estruturas sindicais do setor da educação, terá lugar mais um debate televisivo das eleições europeias entre os cabeças de lista do PS, AD, Chega e CDU. A Mota-Engil divulga o trading update relativo ao primeiro trimestre, o PSD vai apresentar o projeto de substituição para a descida do IRS e a Eurostat divulga dados relativos à balança de pagamentos.

PSD apresenta projeto de substituição para a descida do IRS

O grupo parlamentar do PSD vai dar uma conferência de imprensa esta terça-feira, pelas 11h45, onde vai apresentar o projeto de substituição para a descida do IRS. O diploma, a que o ECO teve acesso, iguala a redução das taxas dos 3.º e 4.º escalões, apresentada pelo PS, ou seja, passam de 22,50% para 22% e de 25,50% para 25%, respetivamente, e em comparação com a proposta inicial do Executivo.

Ministério da Educação volta a reunir-se com os professores

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) volta-se a reunir com as 12 estruturas sindicais do setor da educação nesta terça-feira. Em causa está a devolução do tempo de serviços aos docentes, congelados desde o período da troika.

Debate para as europeias entre AD, PS, CH e CDU

Os cabeças de lista Marta Temido, do Partido Socialista (PS), Sebastião Bugalho, da Aliança Democrática (AD), Tânger Correia pelo Chega (CH) e João Oliveira pela Coligação Democrática Unitária (CDU) vão estar frente a frente em mais um debate para as eleições europeias. Vai ser transmitido esta noite pela RTP1.

Quantas pessoas pediram asilo à União Europeia?

O organismo de estatísticas europeu Eurostat vai divulgar esta terça-feira dados sobre o custo de trabalho e vagas de emprego relativos ao primeiro trimestre de 2024, os dados do comércio internacional de bens, da balança de pagamentos e da produção em construção relativos a março, assim como os pedidos de asilo relativos a fevereiro deste ano.

Mota-Engil divulga dados operacionais do 1.º trimestre

O grupo de infraestruturas cotado na Bolsa Portuguesa, Mota-Engil, apresenta esta segunda-feira o trading update referente ao primeiro trimestre. A empresa registou um crescimento de 54% na área de engenharia e construção em 2023 face ao período homólogo.

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Professores confiam em acordo “histórico” com o Ministério da Educação

Tudo vai depender da aproximação da tutela às exigências dos sindicatos: descongelamento integral em quatro tranches de 25%. UTAO vai avaliar também impacto positivo da medida do lado da receita.

Os sindicatos que representam o setor da Educação estão com fortes expectativas sobre a reunião desta terça-feira com o Ministério da Educação, a última agendada tendo em vista a recuperação dos 6 anos 6 meses e 23 dias de tempo de serviço que estão congelados desde a troika. Em declarações ao ECO, as estruturas sindicais antecipam que se chegarem a um acordo com o Governo será “um dia histórico”. Mas tudo dependerá das “aproximações” que a tutela fizer. Por isso, não afastam o pedido de reunião suplementar.

A Unida Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ainda está a estudar o custo do descongelamento integral da carreira dos professores e dos educadores de infância. Uma encomenda solicitada pelo PSD na anterior legislatura e que ainda não tem data para apresentar o respetivo relatório. A análise também terá em conta o impacto positivo do lado da receita, revelou ao ECO Rui Baleiras, coordenador da entidade que apoia os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Independentemente destas contas, o Ministério irá avançar com a contagem do tempo de serviço congelado.

Na véspera de mais uma ronda negocial com o ministro Fernando Alexandre, que poderá ser decisiva para se alcançar um acordo, a Federação Nacional de Educação (FNE) e o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) garantem que não têm “linhas vermelhas”. Insistem apenas numa devolução de “quatro tranches de 25%” e que seja devolvido “a totalidade do tempo de serviço”. Já a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) insiste que há que “compensar” os professores que estão no topo da carreira, isto apesar de Fernando Alexandre já ter vindo afastar essa hipótese.

Esperamos mesmo que possa ser a última reunião. Isso seria bom sinal, seria sinal de que chegaríamos a acordo”, antecipa Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE, lembrando que o sindicato apresentou a “segunda contraproposta no dia 15 [de maio] e, se houver as aproximações” que desejam, estar-se-á “eventualmente na possibilidade de estar num dia histórico”.

“Se houver as aproximações que desejamos da parte do Ministério em relação à contraproposta que fizemos chegar estaremos no bom caminho e estaremos eventualmente na possibilidade de estar num dia histórico”.

Pedro Barreiros

Secretário-geral da FNE

Para já, o segundo maior sindicato de professores diz que “importa ver, em concreto, os passos que o Ministério dá” para se aproximar das estruturas sindicais, mas garante não ter “linhas vermelhas”. “Só temos linhas verdes de aproximação”, reitera. A posição é partilhada pela presidente do SIPE, que diz estar com “expectativa de que o ministro da Educação ceda ou se aproxime um bocado mais” das suas propostas.

Tanto a FNE como a SIPE exigem que a devolução seja feita em quatro tranches. Mas, se Júlia Azevedo quer que seja feita a um ritmo de “25% por ano e em quatro anos, a começar já a 1 de setembro”, Pedro Barreiros propõe um calendário mais curto. “A nossa proposta é de quatro tranches de 25%, sendo que, no primeiro ano, se recupera metade do tempo de serviço e, em dois anos e 11 meses, se recupera a totalidade do tempo de serviço”. “Ou seja, na nossa proposta, o início da recuperação será no dia 1 de setembro de 2024 e a última tranche será no dia 31 de julho de 2027”, explica o secretário-geral da FNE.

Na última reunião, o Governo aproximou-se, em parte, das reivindicações dos sindicados, mostrando-se disponível para devolver o tempo de serviço congelado a um ritmo maior: de 25% na primeira (prevista para 1 de setembro) e segunda tranches. Já na terceira fase, mantêm-se os 20%, mas, na quarta e quintas, as parcelas encurtam para 15% (em cada um desses anos).

Fenprof não desiste de compensações no topo

O Governo cedeu também, em parte, na intenção de revogar o “acelerador de carreiras”, garantindo que seria “reconhecido aos docentes o tempo de serviço contabilizado” através desse mecanismo, “com regras específicas para a progressão para os 5.º e 7.º escalões da carreira”. Esta é, aliás, uma “condição essencial” apontada pelos três sindicatos ouvidos pelo ECO para se alcançar um acordo.

É fundamental garantir que todos os professores que foram alvo do congelamento, e não apenas os que tiveram o congelamento na íntegra, possam ficar dispensados de vagas ou sejam criadas vagas adicionais que lhes permitam aceder ao 5.º e ao 7.º escalões sem constrangimentos”, adianta o líder da FNE.

“Há muitos professores que estão a perder mais do que os 6 anos, 6 meses e 23 dias, porque, quando se recuperou os 2 anos, 9 meses e 18 dias, alguns não puderam recuperar o tempo de serviço”, uma vez que, para progredirem, necessitavam de vaga e “esse tempo de serviço foi utilizado não para recuperação, mas para a lista de espera de vaga”, esclarece.

Ou seja, “os que não usaram esse tempo para subir na lista ficaram à espera, mas agora conseguem recuperar esse tempo”, enquanto “quem usou esse tempo subiu na lista, mas acabou por perdê-lo”, acrescenta o secretário-geral da Fenprof, apontando que esta é uma condição indispensável para chegarem a acordo com o Governo.

É preciso compensar os professores que também perderam tempo de serviço, mas com todo este arrastamento da situação ao longo deste tempo já não conseguem recuperar e têm graves prejuízos na sua aposentação.”

Mário Nogueira

Secretário-geral da Fenprof

Mário Nogueira defende ao ECO que é necessário “compensar os professores que também perderam tempo de serviço, mas com todo este arrastamento da situação ao longo deste tempo já não conseguem recuperar e têm graves prejuízos na sua aposentação“. “Sem isso não é possível chegar a acordo“, assegura. “O Governo sempre disse que pretendia recuperar integralmente o tempo que esteve congelado. Ora se é integralmente tem que incluir esses professores”, sustenta Mário Nogueira.

Certo é que o ministro da Educação, Ciência e Inovação foi taxativo nessa matéria: “Não está em cima da mesa a questão de efeitos [compensatórios] para os professores aposentados e não está também nenhum efeito previsto para os professores no topo da carreira”, disse no final da última reunião, justificando que “o país não consegue reparar todos os danos” provocados por crises”.

Estas são, por isso, as “questões de fundo” que a Fenprof quer ver asseguradas e, sem elas, não assina um acordo. A maior estrutural sindical dos professores defende ainda que a recuperação seja feita em três anos, mas não vê o prazo proposto pelo Governo como uma linha vermelha, dado que há duas condições que considera essenciais e que estão garantidas: começar a descongelar a carreira, este ano, e acabar no prazo da legislatura.

Apesar de expectantes, os três sindicatos ouvidos pelo ECO deixam em aberto se haverá acordo ou se vão pedir negociação suplementar no decorrer da reunião agendada para esta terça-feira na Avenida Infante Santo, em Lisboa. “Depois desta reunião vamos fazer um inquérito aos nossos associados para perguntar o que entendem que mais podemos fazer”, indica Júlia Azevedo. Mediante essa resposta, o SIPE saberá “se há hipótese de assinatura de um acordo” ou se “fará a última contraproposta para a reunião suplementar”. “Mas linhas vermelhas não temos o que queremos é mesmo a recuperação o mais rápido possível”, resume a líder sindical.

Na última reunião, o ministro reiterou que qualquer alteração à proposta vai ter “um impacto orçamental significativo”, pelo que, diz, que prefere não avançar com números publicamente. “As contas estão feitas e quando estivermos a proposta fechada serão apresentadas com toda a transparência, prometeu. No programa de Governo, a estimativa era de cerca de 300 milhões de euros.

UTAO também vai estudar impacto positivo do lado da receita

O estudo solicitado pelo PSD, no ano passado, sobre o impacto orçamental do descongelamento da carreira dos docentes e educadores de infância está a ser realizado pela UTAO, entidade que tem estado em permanente contacto com o Ministério da Educação.

Além do custo da medida, os técnicos que apoiam os deputados no Parlamento também vão analisar os efeitos benéficos do lado da receita, designadamente, por via da arrecadação fiscal em sede de IRS e das contribuições sociais. A recuperação do tempo de serviço implica uma progressão na carreira com consequência direta no aumento dos salários. Assim, ordenados mais altos descontam mais IRS e Segurança Social.

“O estudo que está a ser elaborado contabiliza também o impacto no saldo orçamental do conjunto das Administrações Pública”, ou seja, não só a despesa como também a receita, indicou ao ECO o coordenador da UTAO, Rui Baleiras.

Para já, ainda não há um prazo para a conclusão do relatório, mas certamente estará pronto antes de outubro, isto é, antes da entrega da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2025.

De salientar que a tutela tenciona avançar com a contagem do tempo de serviço já este ano, a partir de 1 de setembro, independentemente do estudo da UTAO estar pronto.

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Bolsa nacional rende pouco, mas continua a superar a concorrência

Apesar de um desempenho histórico modesto, as ações portuguesas ainda batem a maioria dos ativos. Mas nem tudo o que reluz é ouro e a estratégia a seguir é crucial para ter bons resultados.

A bolsa nacional está longe de ser o mercado com o melhor desempenho do mundo. Nos últimos 50 anos, por exemplo, as ações portuguesas contabilizaram uma taxa de rendibilidade real média de apenas 0,9% por ano. É muito pouco. No entanto, fica bem acima do desempenho alcançado por outros ativos, como as obrigações do Tesouro e os bilhetes do Tesouro que, no mesmo período, apresentaram perdas reais anuais de 0,5% e 0,8%, respetivamente.

A mesma conclusão é revelada por um estudo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) apresentado na segunda-feira, que tem por base um período de investimento de 25 anos – entre 31 de dezembro de 1996 e 31 de dezembro de 2021 –, o comportamento de vários ativos e instrumentos financeiros e diferentes estratégias de investimento.

As ações revelam-se no ativo mais rentável no longo prazo, desde que esses ganhos não sejam “comidos” pelas comissões de negociação.

De acordo com a CMVM, 15 mil euros aplicados a 31 de dezembro de 1996 numa carteira de títulos que replicasse o índice acionista PSI Geral resultaria num valor acumulado de 53.941,16 euros ao fim de 25 anos, sem considerar comissões e impostos, como resultado de uma taxa de rendibilidade média de 5,25% por ano.

Este retorno nominal de quase 39 mil euros foi 25% superior ao gerado por uma aplicação semelhante em obrigações do Tesouro a 10 anos, 41% acima do oferecido por Certificados de Aforro e mais do dobro do ganho gerado com juros de depósitos a prazo.

Mesmo após a dedução de comissões e impostos, o diferencial dos retornos oferecidos entre estes ativos financeiros não se altera significativamente, mantendo-se o investimento em ações como a aposta mais rentável para os investidores. O mesmo sucede quando é considerado o efeito da inflação na carteira dos investidores.

Segundo cálculos da CMVM, 15 mil euros aplicados a 31 de dezembro de 1996 numa carteira que replicasse o PSI Geral chegou a 31 de dezembro de 2021 com a total preservação do capital inicialmente investimento acrescido de um ganho real (subtraído pelo efeito da subida da inflação) e já descontado de impostos e comissões de 18.122,98 euros, como resultado de uma taxa de rendibilidade média real de 3,2% por ano. Já os mesmos 15 mil euros aplicados em depósitos a prazo ao longo destes 25 anos traduziram-se em perdas reais de 3.234 euros, correspondente a uma taxa de rendibilidade real média anual de -1% durante este período.

No entanto, não deve ser descurado que, se em vez de uma carteira que replicasse o PSI Geral, fosse apenas considerado as maiores empresas da Euronext Lisboa presentes no índice PSI (outrora PSI 20), o investimento de 15 mil euros a 31 de dezembro de 1996 ter-se-ia traduzido em ganhos de apenas 6.077,78 euros (já considerando os dividendos pagos) — cerca de 0,14% por ano — e ficaria abaixo dos ganhos de 6.552,39 euros oferecidos pelos Certificados de Aforro.

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Peso das comissões penalizam fortemente ganhos em bolsa

As simulações da CMVM salientam também que nem sempre uma estratégia feita apenas de reforços regulares na bolsa portuguesa se revela no plano mais bem-sucedido para os investidores.

Segundo contas da CMVM, uma carteira construída a 31 de dezembro de 1996 que replicasse o PSI Geral através de uma dotação inicial de 600 euros e, durante 25 anos fosse reforçada também com 600 euros por ano, chegaria a 31 de dezembro de 2021 com um montante investido de 15 mil euros que se traduziu num ganho real acumulado de 3.667 euros, o equivalente a apenas 17% dos 18.122,98 euros gerados com um só investimento inicial de 15 mil euros.

Apesar dos momentos de crise nos últimos 25 anos, os mercados de valores mobiliários em Portugal, sobretudo o acionista, apresentaram-se como alternativas viáveis e vantajosas para investimentos de longo prazo.

O fosso ainda seria maior se em vez de um reforço anual fosse adotado uma estratégia de reforços constantes de 50 euros mensais e com uma dotação inicial de também 50 euros. Neste caso, o investimento numa carteira que replicasse o índice PSI Geral teria uma perda líquida real de 394,66 euros, que compara com perdas de 2.203,4 euros de uma aplicação exclusivamente em depósitos a prazo e com ganhos de 1.834,18 euros gerados por Certificados de Aforro com o mesmo método de investimento.

Esta discrepância de resultados é explicada por dois movimentos:

  • O tempo: Quanto mais cedo for realizado o investimento, mais tempo esse capital tem para crescer e tirar proveito do movimento dos juros compostos, com a carteira a valorizar não apenas sobre o capital inicial mas também e sobretudo sobre os ganhos que for gerando ao longo do tempo.
  • As comissões: As ações revelam-se no ativo mais rentável no longo prazo, desde que esses ganhos não sejam “comidos” pelas comissões de negociação. Isso é particularmente visível quantas mais transações forem realizadas e quanto menor for o montante aplicado de cada vez que se vai ao mercado.

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O exercício da CMVM teve também em conta a análise do desempenho dos fundos de investimento abertos nacionais por classe de risco. As conclusões apontam para que os fundos da classe 4 (risco elevado) foram os que proporcionaram os maiores retornos líquidos ao longo dos últimos 25 anos. Por exemplo, um investimento regular de 600 euros anuais em fundos da classe 4 resultaria num valor líquido de 26.383,86 euros ao final de 25 anos, superando significativamente outras opções.

O estudo da CMVM conclui que, apesar dos momentos de crise nos últimos 25 anos, os mercados de valores mobiliários em Portugal, sobretudo o acionista, apresentaram-se como alternativas viáveis e vantajosas para investimentos de longo prazo. Segundo o exercício da CMVM, Investir em ativos sintéticos que replicam o PSI Geral e em fundos abertos de risco elevado teria proporcionado retornos líquidos superiores aos tradicionais depósitos bancários e à dívida pública, como obrigações do Tesouro e Certificados de Aforro.

Estes resultados sublinham a importância de uma estratégia de diversificação e a consideração de produtos financeiros mais dinâmicos para maximizar os retornos de investimento.

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Europeias. CNE admite “excesso” e “faltas pontuais” de técnicos para o voto em mobilidade

Dos cerca de 12 mil técnicos necessários, só foram formados quase cinco mil. CNE admite o risco para "excesso" e "faltas pontuais" de técnicos em algumas mesas de voto, mas diz que serão "residuais".

A menos de três semanas para as eleições europeias, o número de pessoas inscritas para servirem como técnicos informáticos nas mesas para o voto em mobilidade já supera as necessidades, no entanto, o ritmo de formação das mesmas continua muito aquém. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) admite ao ECO que pode haver “excessos” e “faltas pontuais” de técnicos em algumas mesas de voto, mas garante que serão questões “residuais”.

É óbvio que pode haver excesso nalguns sítios e faltas pontuais noutros. Mas como referi são questões residuais e eventuais faltas estão a ser colmatadas, estando agendadas centenas de ações de formação destes TAI por todo o país, sendo essa responsabilidade coordenada pela secretaria de estado da Administração Interna”, aponta o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, ao ECO.

Em causa está o recrutamento de técnicos de apoio informático (TAI) necessário para o voto em mobilidade. Pela primeira vez, os eleitores vão poder exercer o seu voto nas eleições europeias ao abrigo do voto em mobilidade, uma medida aprovada em Conselho de Ministros, pelo anterior Governo, e devidamente autorizada pelos serviços do Conselho Europeu, para mitigar a abstenção em Portugal que este ano enfrenta um elevado risco de aumentar: dia 9 de junho é domingo, véspera de feriado (10 de junho, dia de Portugal) e serão muitos os que quererão aproveitar a “ponte” para ir de férias.

Esta solução permite que no dia 2 (voto antecipado) e 9 de junho os eleitores votem em qualquer mesa de voto a nível nacional (e na véspera, se estiver no estrangeiro), com inscrição prévia, sendo isto possível devido à desmaterialização dos cadernos eleitorais, ou seja, este ano serão utilizados cadernos eleitorais digitais o que permite aceder a uma base de dados mais alargada. A solução estará operacional exclusivamente para este ato eleitoral, por se tratar de uma eleição com um círculo eleitoral único.

Por exemplo, se for residente em Aveiro mas se naquele fim de semana prolongado estiver no Algarve, pode deslocar-se a qualquer mesa de voto daquela região para exercer o seu voto, apresentando apenas o seu documento de identificação. Em alternativa, se preferir, pode inscrever-se para votar mais cedo no dia 2 de junho, a partir do dia 26 de junho, sendo necessário apenas que escolha qual será a mesa de voto em que irá sufragar.

Em virtude desta alteração, foi necessário recrutar técnicos de informática para estarem presentes junto às mesas de voto em cada uma das assembleias e secções de votos, devidamente credenciados pela Administração Eleitoral, para dar apoio na utilização dos equipamentos informáticos, em caso de indisponibilidade pontual do sistema ou de dificuldades de acesso por parte das mesas de voto.

Segundo o Ministério da Administração Interna, até ao passado dia 17 de maio, foram já recebidas um total de 20.965 inscrições para as formações de TAI: 20.149 inscrições em Portugal Continental, 403 inscrições na Região Autónoma da Madeira e 417 inscrições na Região Autónoma dos Açores.

No entanto, segundo os dados partilhados com o ECO, até aquele dia registavam-se apenas um total de 4.261 TAI formados (3.765 TAI formados em Portugal Continental, 177 técnicos formados na Madeira e outros 319 nos Açores). Ao todo, serão necessários cerca de 12.000 técnicos para as mesas de voto “a constituir em território nacional”, refere o MAI. O recrutamento dos Técnicos de Apoio Informático iniciou-se no dia 1 de abril de 2024.

À semelhança do CNE, também o ministério liderado por Margarida Blasco assegura estar confiante de que o processo eleitoral decorrerá com normalidade. “Face aos números que temos e ao número de inscrições registadas em cada um dos concelhos acreditamos que as inscrições sejam suficientes“, indica fonte oficial ao ECO.

As eleições para o Parlamento Europeu, em que os eleitores dos 27 Estados-membros escolhem os 720 deputados, decorrem entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, a votação está marcada para dia 9, escolhendo-se os 21 representantes nacionais no hemiciclo europeu.

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Governo admite alargar acesso à garantia pública para comprar casa

Secretária de Estado da Habitação admite que a garantia pública poderá não estar em condições de avançar já este mês, tal como anunciado inicialmente pelo Executivo.

A garantia pública para viabilizar a concessão de crédito à habitação e que só deverá cobrir o valor da entrada, poderá não ficar restrito a jovens. O Governo está a estudar a possibilidade de alargar a medida, retirando a limitação de idade.

“Está a ser equacionado alargar” a garantia púbica “não só aos jovens na compra da primeira casa, mas vermos se é possível alargar a questão etária”, disse ao ECO a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, em entrevista ao Expresso, na sexta-feira, precisou que a garantia pública servirá apenas para “viabilizar o financiamento bancário da parte não coberta, ou seja, a entrada, cerca de 10% do valor, que o banco exige como capital próprio do jovem”. Ou seja, a medida visa apoiar os jovens, até aos 35 anos, que não conseguem ter capitais próprios para comprar a primeira casa e deverá ficar sujeito a um teto máximo de rendimentos dos beneficiários e de preço do imóvel adquirido – valores que não ainda conhecidos. Mas a medida poderá ser alargada, deixando de estar restringida a jovens de 35 anos.

Recorde-se que no programa eleitoral do PS a proposta era atribuir uma garantia pública para ajudar os jovens até aos 40 anos a ter acesso a crédito à habitação desde que não tenham casa própria ou imóvel algum no seu nome.

À margem da Advocatus Summit, uma iniciativa do ECO, a responsável admitiu que a garantia pública poderá não estar em condições de avançar já este mês, como estava previsto na nova estratégia para a Habitação, apresentada pelo Executivo a 10 de maio, mas sublinhou que “está a ser trabalhada a par de todo o processo de financiamento, para que seja possível” uma “concretização urgente”. “Se não for este mês, é uma urgência com que estamos a trabalhar”, disse Patrícia Gonçalves Costa.

A responsável recusou a ideia de que são as negociações com o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos que estão a obrigar que a medida leve mais tempo a ser desenhada. “Não estão a levar mais tempo, estão a levar o tempo necessário para se conseguir concretizar uma medida justa e com longevidade”, disse.

A secretária de Estado da Habitação diz que ainda não há um valor em cima da mesa. Questionada sobre quais as balizas que estão a ser utilizadas para definir este montante, Patrícia Gonçalves Costa explicou que há “várias tipologias” que é necessário “concretizar: quer seja a reabilitação, quer seja a construção nova”. “Estão a ser desenhadas para cada uma destas tipologias”, frisou.

Questionada sobre se são justificados os receios de que este tipo de benefícios possa vir a gerar uma avalanche de endividamento em Portugal, Patrícia Gonçalves Costa diz perentória: “Não, não creio. Precisamente porque o que estamos a tentar desenhar é um programa que, com base nos erros que foram cometidos no passado, não se voltem a cometer”. “E por isso, não é uma medida que esteja imediatamente pronta a sair. É uma medida que tem de ser estudada em toda a sua longevidade”, sublinhou.

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Noesis vai contratar 175 trabalhadores e abrir escritório em Castelo Branco

Cloud, cibersegurança, desenvolvimento de software, Data Analytics, inteligência artificial e automação são as áreas para as quais a consultora de tecnologias de informação procura profissionais.

Depois de fechar no ano passado com mais de 1.000 trabalhadores, para este ano, a consultora de tecnologias de informação (TI) Noesis tem como objetivos reforçar a equipa em 175 pessoas “maioritariamente em Portugal” e abrir em setembro um novo escritório em Castelo Branco.

“O número de talentos com o grau de especialização e qualificação necessário para as nossas áreas de atuação, em especial em tecnologias específicas, é escasso face ao surgimento contínuo de novos projetos tecnológicos. No entanto, estamos a crescer. Este ano, planeamos aumentar a equipa em cerca de 175 colaboradores, maioritariamente em Portugal. Será um aumento de 16%, alcançando um novo total de 1.296 profissionais, 94,4% em Portugal”, revela ao ECO Teresa Lopes Gândara, human capital senior director da Noesis.

Em Portugal, quer investir em todos os escritórios, situados em Lisboa, Porto, Coimbra, Proença-a-Nova, Guarda e Covilhã, e “muito em breve também em Castelo Branco”, reforça a responsável da consultora de TI. Setembro é a data apontada pela empresa. Não estão ainda fechados os números de colaboradores para o novo centro regional da Noesis no país.

Cloud, cibersegurança, desenvolvimento de software, Data Analytics, inteligência artificial e automação são as áreas para as quais a empresa procura profissionais.

“Este ano, o investimento ao nível de recursos humanos, ainda estará concentrado na contratação de talento qualificado em Portugal”, refere Teresa Lopes Gândara. “Dado a internacionalização da Noesis, contamos que exista uma distribuição por mercado de 94,4% do capital humano em Portugal, no Brasil 4,12%, nos Estados Unidos da América 0,58%, nos Países Baixos 0,5% e na Irlanda com 0,16%, mas a curto prazo acreditamos que a presença internacional ganhará maior peso“, diz ainda.

A empresa — parte do Grupo Altia, cotado na bolsa espanhola BME Growth e que conta com mais de 3.500 profissionais em oito países e mais de 20 localizações –, emprega um total de 1.213 colaboradores, distribuídos por Portugal, Países Baixos, Irlanda, Brasil (onde já conta com mais de 50 profissionais) e EUA. No ano passado, registou um volume de negócios de 67,7 milhões de euros.

Na consultora, que presta serviços de TI, de forma remota, a partir dos centros de competências localizados em Portugal, mas não só, está implementado um modelo de trabalho flexível. “Com base nas preferências de cada colaborador, aferidas através de employee surveys, foi definido um modelo de flexibilidade e de trabalho híbrido, proporcionando a cada um decidir qual o regime mais adequado, dependendo da sua especialidade, área de trabalho, função, projeto, cliente, etc. No entanto, há uma diretriz geral e extensível a toda a empresa que contempla a presença de, pelo menos, dois dias por semana no escritório”, descreve a human capital senior director da Noesis.

Na mesa do recrutador com Teresa Gândara, Human Capital Diretor da Noesis - 31MAR21

“A pandemia veio ainda desbloquear o conceito de work from anywhere e encaramos esta realidade como a ordem natural do crescimento e evolução da Noesis. Ainda que liderar uma equipa à distância traga desafios que a liderança presencial não tem, acreditamos que a base deve ser a mesma, ou seja, ter uma equipa composta por bons profissionais, preparada e dimensionada para os objetivos e a ambição da organização”, reforça a responsável quando questionada sobre se a empresa admitia mudar o modelo de trabalho. Dados do mais recente estudo da Landing.jobs sobre o setor tech, dão conta que os modelos híbridos de trabalho estão a recuar (-6,9%), com o escritório a ganhar (+3%) e o full remote a subir 3,9%.

“Na gestão moderna, não há espaço para o chamado micromanagement ou para uma liderança que controla e decide tudo e o mesmo acontece num cenário de liderança à distância. Por isso, continuamos a apostar num modelo de responsabilidades e de governance muito claros, onde a confiança é o alicerce e cada equipa tem um amplo espetro de atuação e um elevado nível de autonomia“, diz ainda.

Há menos portugueses a trabalhar para empresas tecnológicas fora do país, mas esse facto — apontado no estudo da Landing.Jobs — não está a reduzir a pressão da escassez de talento na indústria.

“Continuamos a sentir que há uma escassez de talentos na área da tecnologia, com mais vagas de emprego do que talentos para as preencher. A pandemia veio acelerar este desfasamento ao impor um ritmo acelerado de inovação e ao exigir talentos especializados para a adoção das tecnologias emergentes. Este é o maior desafio das empresas em todo o mundo, dificultando a aceleração para a transformação digital”, afirma Teresa Lopes Gândara.

“Atrair, contratar, reter e valorizar os colaboradores que trabalham connosco tem sido um dos principais focos da Noesis. Preocupamo-nos em colocar as pessoas no centro da organização e acreditamos que o nosso sucesso é o sucesso de cada um dos nossos talentos. Cabe-nos a nós, enquanto empresa, criar um ambiente de trabalho saudável e agradável, que proporcione experiências enriquecedoras e o crescimento profissional dos nossos colaboradores, garantindo assim, maiores índices de satisfação, produtividade e motivação. Por isso, optamos, também, por apostar na flexibilidade horária e numa política de benefícios e compensação“, refere.

Mas quando questionada sobre qual foi a evolução salarial na empresa, a responsável não revela valores. “O salário é ainda um fator decisivo no momento da contratação e na decisão de mudar de empresa, mas cada vez mais não é o único”, começa por dizer, reforçando que a empresa não deixa de “acompanhar as tendências de mercado e garantir o nível de vida dos nossos talentos” e que tem “investido em dar resposta às necessidades mais individualizadas de cada um, por forma a que se sintam recompensados e motivados.

Aprendizagem no local de trabalho, academias internas de formação, as Noesis Academy, na área das tecnologias, mas também na área de soft skills e de gestão — “apostamos na plataforma Udemy para que os colaboradores tirem maior valor acrescentado de formações, com a orientação dos seus responsáveis” –; mobilidade dos colaboradores, “não só internamente, mas também a nível internacional”; benefícios complementares “ajustados ao ciclo de vida dos colaboradores”; programa de descontos nPlus, em serviços de Health & Wellness, Beauty and Relax, Culture & Events, Hotels & Restaurants, Convenience Services e Education; oferta dia de aniversário ou kit bebé são alguns dos benefícios elencados.

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