KKR fecha compra da posição maioritária da Greenvolt a 31 de maio

  • ECO
  • 15 Maio 2024

Só depois da compra maioritária de 60,9% aos acionistas da Greenvolt é que o fundo KKR vai lançar a OPA à empresa de energia, liderada por Manso Neto.

Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), através da sociedade GVK Omega, preveem fechar a aquisição das ações dos sete principais acionistas da Greenvolt, que controlam 60,9% do capital da empresa, no final deste mês, depois das condições do anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) terem sido preenchidas.

Em comunicado, publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por João Manso Neto indica que a “transmissão das ações da Greenvolt ao abrigo dos Contratos de Compra e Venda de Ações deve ocorrer no dia 31 de maio de 2024″. Desta forma, a KKR não terá de pagar qualquer “ticking fee” aos oferentes no montante igual a uma taxa de juro anual de 7% com base em 360 dias de calendário aplicável ao preço de compra acordado.

A compra das posições detidas na Greenvolt pelos acionistas da Greenvolt – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium Holding Limited, KWE Partners Ltd. e a 1 Thing Investments – obrigará depois ao lançamento da OPA, como estava previsto no anúncio preliminar.

Para lá desta posição, há que somar a posição de 15,55% que o Mediobanca – mandatado pela GVK Omega – comprou no mercado. Este mandato é extensível até aos 19,9%.

A Greenvolt ainda aguardava, em abril, a autorização de entidades irlandesas e búlgaras, mas agora a empresa informa o mercado que “não se prevê a entrada em vigor das leis em matéria de investimento estrangeiro na Irlanda e na Bulgária até ao dia 31 de maio de
2024″.

Na nota é referido ainda que os atuais acionistas vão receber 8,30 euros por ação, em dinheiro, “deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação, a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas”. Este valor é superior ao preço mínimo de 7,30 euros, fixado pelo perito independente nomeado pela CMVM.

A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou “justo” o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal paga abaixo de 3,7% para emitir 1.250 milhões de euros a 6 e 12 meses

O Estado pagou praticamente o mesmo para emitir a 6 e 12 meses, face aquilo que despendeu já este ano em operações semelhantes.

O Estado regressou esta quarta-feira ao mercado de dívida para realizar dois leilões de dívida de curto prazo por via de duas emissões de bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses, que permitiram obter um financiamento total de 1.250 milhões de euros, pagando praticamente o mesmo que despendeu nas últimas operações com características semelhantes.

“As taxas de juro de curto prazo continuam a apresentar prémios de risco superiores ao longo prazo”, refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, sublinhando ainda que “é quase certo que o Banco Central Europeu faça o seu primeiro corte de taxas de juro em junho, sendo que os prémios de risco da dívida soberana e das empresas neste momento já têm esse corte descontado, pelo que não se esperam grandes variações nas taxas até à reunião.”

As operações realizadas hoje ficaram no limite inferior do intervalo definido pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida do Pública (IGCP) a 10 de maio, que estabelecia a intenção de emitir entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros, mas contou com mais uma operação face ao que estava estabelecido no Programa de Financiamento da República Portuguesa para o segundo trimestre — que estabelecia apenas uma emissão a 12 meses para o dia de hoje.

A operação a 6 meses promovida pelo IGCP através da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 22 de novembro contou com uma procura 2,6 vezes acima da oferta, e resultou na emissão de 500 milhões de euros com uma yield de 3,631%. A última vez que a República emitiu dívida a 6 meses foi a 19 de janeiro, tendo na altura emitido 1.065 milhões de euros pelo preço de 3,66% e contado com uma procura 2,24 vezes acima da oferta.

Na emissão a 12 meses, por via da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 16 de maio do próximo ano, a República colocou no mercado 750 milhões de euros com uma yield de 3,451% e contou com uma procura 2,49 vezes acima da oferta. Na última vez que o IGCP, entidade liderada por Miguel Martín, realizou uma emissão de dívida a 12 meses foi a 20 de março, tendo na altura colocado no mercado 1.000 milhões de euros com uma taxa média ponderada de 3,44%, e contou com uma procura 2,13 vezes acima da oferta.

Texto atualizado às 11h46 com declarações de Filipe Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Worten estreia laboratório de logística no Instituto Superior Técnico

Parceria entre a Worten e o Instituto Superior Técnico prevê ainda o desenvolvimento de várias iniciativas conjuntas como um prémio de mérito anual, formação e workshops Universidade-Indústria.

A Worten e o Instituto Superior Técnico inauguraram na terça-feira o novo Laboratório de Logística – Log.lab, powered by Worten, no Polo de Oeiras do Técnico, no Taguspark. Tem como objetivo potenciar a formação em áreas como a logística, gestão de armazéns, gestão de operações ou gestão de cadeias de abastecimento, com uma grande componente prática.

OLog.lab foi criado no âmbito da parceria estratégica entre a Worten e o Instituto Superior Técnico, que teve início em janeiro de 2022, com foco na área da Engenharia e Gestão Industrial e da Logística. “Este é um exemplo de como as parcerias empresariais podem trazer benefícios mútuos ao Técnico e às empresas suas parceiras. Tal é possível através da construção, em conjunto, de diferentes iniciativas que envolvem alunos e docentes e que os colocam em contacto com o mundo profissional de forma ativa”, afirmam em comunicado as professoras do Instituto Superior Técnico, Susana Relvas e Tânia Ramos, corresponsáveis pelo projeto.

A parceria prevê o desenvolvimento de várias iniciativas conjuntas, entre as quais um prémio de mérito anual, doação de equipamentos para proporcionar mais e melhores meios educacionais, formação avançada com a atualização profissional para os colaboradores da Worten, e workshops Universidade-Indústria, com o objetivo de estreitar a ligação Técnico-Worten e fomentar outras iniciativas.

A parceria já deu os primeiros passos com a atribuição do Prémio de Mérito Worten na Unidade Curricular de Gestão de Armazéns e Materiais a estudantes do Instituto Superior Técnico, que conta já com três edições, e a criação dos Cursos de Especialização em Logística 5.0 e Gestão da Qualidade, desenhados especialmente para a Worten. A parceria prevê ainda a continuação da atribuição do prémio de mérito e apoio a uma tese de doutoramento, permitindo desenvolver projetos de investigação inovadores e alinhados para a resolução de problemas reais.

Investir no conhecimento em áreas como a Logística e a Gestão Industrial e conhecer as últimas tendências do setor, nomeadamente as potencialidades da transformação digital e da Logística 5.0, é fundamental para manter os nossos colaboradores atualizados e preparados para responder rapidamente às exigências do mercado.

Miguel Mota Freitas

CEO da Worten

“A supply chain é uma área de extrema importância para o negócio da Worten e na qual temos vindo a apostar cada vez mais, como parte de uma forte estratégia omnicanal. Investir no conhecimento em áreas como a Logística e a Gestão Industrial e conhecer as últimas tendências do setor, nomeadamente as potencialidades da transformação digital e da Logística 5.0, é fundamental para manter os nossos colaboradores atualizados e preparados para responder rapidamente às exigências do mercado. A parceria com o Técnico, que dá agora um importante passo com a inauguração do novo laboratório, permite-nos fazer isso mesmo”, explica Miguel Mota Freitas, CEO da Worten.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia da Zona Euro volta ao crescimento. Deixa para trás dois trimestres de contração

Portugal registou o sétimo maior crescimento em termos homólogos e a quarto maior em cadeia no primeiro trimestre deste ano, segundo o Eurostat.

A economia da Zona Euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores, confirmou o Eurostat esta quarta-feira. A economia voltou a crescer, em cadeia, após dois trimestres de contração. Portugal registou o sétimo maior crescimento em termos homólogos e a quarto maior em cadeia.

A União Europeia também registou em cadeia a mesma taxa de crescimento (0,3%) da zona euro.

Em termos homólogos, o PIB cresceu 0,4% tanto na Zona Euro como na UE, sendo que neste houve uma revisão em baixa de uma décima face à estimativa rápida publicada pelo organismo de estatística europeu no final de abril. A economia acelerou face ao crescimento de 0,1% registado na Zona Euro e de 0,2% na UE no trimestre anterior.

Chipre foi a economia que mais cresceu em cadeia (1,2%) seguida da Irlanda (+1,1%) que assim pôs fim a pelo menos três trimestres de contração. Letónia, Lituânia e Hungria são os países com taxas de crescimento mais robusto (todos com 0,8%). Portugal surge a seguir com uma progressão de 0,7%, tal como Espanha.

A Estónia continua em contração com a economia a cair 0,4% tal como a Suécia (-0,1%). Os Países Baixos também tiveram uma contração do PIB de 0,1%, mas no trimestre anterior tinha crescido 0,3%.

O Eurostat revela ainda que o número de pessoas empregadas aumentou, no primeiro trimestre, 0,3% na zona do euro e 0,2% na UE, em comparação com o trimestre anterior. À semelhança do observado no quarto trimestre de 2023. Já na comparação homóloga o emprego aumentou 1% na zona euro e 0,7% na UE, após uma progressão de 1,2% e 1%, respetivamente, nos três meses anteriores.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia portuguesa vai crescer 1,7% este ano, prevê Bruxelas. Excedente atinge 0,4%

Já para 2025, Bruxelas prevê que o PIB de Portugal vai crescer 1,9%. A Comissão Europeia projeta ainda que Portugal vai obter excedentes orçamentais em 2024 e 2025.

A economia portuguesa deverá crescer 1,7% este ano, segundo as previsões de Primavera da Comissão Europeia, divulgadas esta quarta-feira. Esta estimativa é mais otimista que a inscrita no Orçamento do Estado para 2024 e no Programa de Estabilidade, que apontam para um crescimento de 1,5%, ficando no entanto abaixo das projeções do Banco de Portugal de 2%. Portugal continua a registar excedentes em 2024 e 2025.

A previsão para este ano é uma revisão em alta face aos 1,2% estimados nas previsões de Inverno. Já para 2025, Bruxelas prevê que o PIB de Portugal vai crescer 1,9%. “O crescimento económico em Portugal deverá moderar-se ainda mais em 2024, antes de recuperar novamente em 2025, impulsionado pelo consumo privado e pelo investimento”, indica a Comissão no relatório.

Segundo estas previsões, Portugal terá a 15º maior taxa de crescimento este ano, a par com a Letónia. Malta lidera, ao crescer 4,6% em 2024, seguida pela Roménia e Croácia (ambas 3,3%). Já para o conjunto da União Europeia, as previsões são de um crescimento do PIB de 1% este ano e 1,6% no próximo. Para a Zona Euro, a Comissão Europeia projeta um crescimento de 0,8% em 2024 e de 1,4% em 2025.

Previsões de crescimento económico para 2023, 2024 e 2025

“Projeta-se que a inflação global continue a diminuir ao longo do horizonte de previsão, num contexto de aumento constante do emprego e de uma taxa de desemprego relativamente estável”, acrescenta. As previsões para a inflação são de uma taxa de 2,3% este ano e 1,9% no próximo.

Quanto às contas públicas, as projeções, são que se registem excedentes orçamentais este ano e no próximo, de 0,4% e 0,5% — sem contar com novas medidas. É de recordar que as estimativas inscritas pela equipa de Fernando Medina no Orçamento apontavam para um excedente de 0,2%, enquanto no Programa de Estabilidade entregue por Joaquim Miranda Sarmento, que tem como base um cenário de políticas invariantes, era de 0,3%.

Este cenário da Comissão Europeia também não considera possíveis políticas tomadas entretanto, sendo que os valores são o que “aconteceria na sequência do abrandamento económico previsto e da moderação da inflação, bem como de medidas de política fiscal redutoras do equilíbrio, nomeadamente a reforma do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares incluída no Orçamento do Estado de 2024 e os aumentos discricionários dos salários públicos e pensões”. Ainda assim, o comissário Paolo Gentiloni sinalizou, em conferência de imprensa, que estas projeções já “incluem a reforma do IRS anunciada pelo novo Governo, com impacto a começar a 2024 e a durar até 2025”.

Portugal é assim um dos quatro países que a Comissão espera que registe um excedente orçamental neste ano e no próximo, além do Chipre, Dinamarca e Irlanda.

Previsões de saldo orçamental para 2023, 2024 e 2025

Passando para a dívida pública, “depois de reduzir em aproximadamente 13 pontos percentuais em 2023 para 99,1%, o rácio da dívida pública em relação ao PIB de Portugal deverá continuar a diminuir de forma constante, mas a um ritmo mais lento”. Tendo em conta os excedentes projetados e o “diferencial favorável entre taxas de juro e crescimento”, o rácio deverá cair para 95,6% em 2024 e 91,5% em 2025.

Gentiloni destaca “quadro orçamental muito positivo” para Portugal

O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, sublinhou esta quarta-feira que Bruxelas tem um quadro orçamental positivo para Portugal, que mantém um excedente nas contas públicas e que o impacto da reforma do IRS se vai notar já este ano.

“De um modo geral, sabemos que temos um quadro orçamental muito positivo para Portugal”, disse o comissário, em conferência de imprensa, citado pela Lusa.

O responsável notou que as previsões para Portugal estimam uma alteração do excedente, que era de 1,2% no ano passado e que cairá para 0,4% este ano e 0,5% em 2025, mas continua a ser “um excedente positivo, o que confirma um bom quadro orçamental para o país”.

Já sobre o impacto da reforma do IRS, anunciada pelo Governo, Paolo Gentiloni referiu que este começa já em 2024 e se prolonga até 2025, mas “depende do nível de detalhe e da adoção das projeções orçamentais portuguesas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h com declarações de Paolo Gentiloni)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Cerca de 70% dos portugueses afirmam estar preocupados com a desinformação, revela o Iberifier

  • + M
  • 15 Maio 2024

Os impactos da desinformação, alerta o Iberifier, "estão longe de se limitarem às esferas mediática, noticiosa e política, tendo profundas replicações na sociedade em várias dimensões".

A preocupação com a desinformação na internet é mais prevalente em Portugal do que em Espanha. Cerca de 70% dos portugueses afirmam estar preocupados, face a 64% em Espanha. Esta é uma das conclusões do último relatório do Observatório Ibérico de Média Digitais (Iberifier), que pretendeu sistematizar os padrões de consumo de desinformação em Portugal e em Espanha.

De acordo com o relatório, apesar de o consumo de informação ter em comum, nos dois mercados, a elevada dependência da televisão como fonte de notícias, a perda de protagonismo da imprensa e a ascensão das redes sociais, os níveis de confiança apresentados por Portugal e Espanha são distintos. “Portugal está entre os países que mais confiam nas notícias, com 58%, segundo o Digital News Report (2023) e Espanha encontra-se no polo contrário, com 33%. Portugal é o terceiro na tabela da confiança e Espanha está 33º entre 46 países”, refere.

Em comum aos dois países, regista-se, no entanto, o facto de os jovens, sobretudo entre os 18 e os 24 anos, considerarem que não é o jornalismo nem as notícias a solução para os problemas da desinformação.

“É também entre os mais jovens, e em particular entre os mais pobres e menos instruídos, que os comportamentos negativos em torno das notícias, como o evitar ativo de notícias e a perda de interesse, é maior”, refere o estudo, com os investigadores a considerarem que este aspeto, em particular, tem um impacto no potencial crescimento da polarização em ambos os países.

Em Portugal, e “apesar da polarização ser historicamente baixa e de haver ausência de campanhas de desinformação intencionais, deliberadas e generalizadas”, o estudo considera que “há razões para preocupação devido a um cenário de redes sociais dominado por pequenos partidos mais radicalizados que podem adotar estratégias de longo alcance baseadas na desinformação“.

Os impactos da desinformação, alerta o Iberifier, “estão longe de se limitarem às esferas mediática, noticiosa e política, tendo profundas replicações na sociedade em várias dimensões”.

O relatório corrobora estudos anteriores desenvolvidos pelo Observatório Ibérico de Média Digitais, de acordo com os quais “a desinformação é um fenómeno multidimensional, necessitando de uma abordagem multidisciplinar para o seu estudo e compreensão, a sua mitigação só é possível através de uma resposta interinstitucional sistemática, envolvendo atores da sociedade civil, legisladores, partidos políticos, governos, reguladores e forças de segurança“.

Sugerindo que as questões de desinformação sejam também debatidas no contexto de 2024 ser um ano em que mais de 40 países vão ter processos eleitorais, incluindo os EUA, e em que há conflitos ativos na Ucrânia e Médio Oriente, o Iberifier recomenda, entre outras medidas, o aumento do investimento na literacia mediática e noticiosa da população, a identificação de possíveis rotas dos conteúdos virais da desinformação através de diferentes plataformas, mapeando tendências entre diferentes tipologias de plataformas de redes sociais e o desenvolvimento de forma crítica de investigação académica e dos quadros regulamentares que estudam e enfrentam as ameaças da Inteligência Artificial.

O observatório confirma também que a desinformação ganha um maior relevo em fenómenos pontuais, como seja a pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Supremo Tribunal de Justiça elege novo presidente

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

O Supremo Tribunal de Justiça escolhe esta quarta-feira o sucessor do conselheiro Henrique Araújo na presidência, com cinco candidatos ao lugar.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) escolhe esta quarta-feira o sucessor do conselheiro Henrique Araújo na presidência, com cinco candidatos ao lugar, entre os quais dois atuais vice-presidentes e o ex-vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

José Sousa Lameira, ex-vice-presidente do CSM e que enquanto tal foi o número dois de Henrique Araújo neste órgão de gestão e disciplina dos juízes, foi o primeiro conselheiro do STJ a apresentar-se como candidato a presidente do tribunal superior, na eleição inter pares agendada para esta quarta-feira.

Concorrem ainda ao lugar de quarta figura do Estado a vice-presidente do STJ Graça Amaral, que já exerceu funções como assessora neste tribunal, a conselheira Leonor Furtado, que já foi diretora-geral de reinserção social, o também vice-presidente Nuno Gonçalves, proveniente da magistratura do Ministério Público, onde esteve até 2019, e o conselheiro João Cura Mariano, que oficializou a sua candidatura uma semana antes da eleição.

Os juízes conselheiros elegem hoje o sucessor de Henrique Araújo, que deixa o cargo de presidente do STJ por ter atingido o limite de idade, 70 anos.

O presidente do STJ é também, por inerência de funções, presidente do CSM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fogos custaram 377,2 milhões de euros a Portugal em 2023, avalia o Banco Mundial

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

Os incêndios florestais tiveram um custo total de 77 mil milhões de euros na Europa em 2023. Portugal o sétimo país da UE com menos danos causados pelos fogos.

Os incêndios florestais tiveram um custo total de 77 mil milhões de euros na Europa em 2023, o ano mais quente de que há registo, com um peso de 377,2 milhões em Portugal, revelam dados do Banco Mundial.

Num conjunto de relatórios sobre “economia para a prevenção e preparação para catástrofes nos Estados-membros e países da União Europeia”, publicados esta quarta-feira, o Banco Mundial (num projeto realizado em parceria e financiado pela Comissão Europeia) indica que “2023 foi o ano mais quente de que há registo, com catástrofes em toda a Europa que custaram mais de 77 mil milhões de euros”.

Só em Portugal, o custo dos incêndios florestais de 2023 ascendeu a 377,2 milhões de euros, numa área ardida de 36.498 hectares, segundo os cálculos desta instituição financeira internacional incluídos nos documentos.

Ainda assim, no ano passado no país, o número de hectares de terra ardida em comparação com a média anual de incêndios florestais desde 2006 foi menos 62%, sendo Portugal o sétimo país da União Europeia (UE) com menos danos causados pelos fogos (atrás da Suécia, Polónia, Croácia, Hungria, Holanda e Eslovénia).

Em comunicado, o Banco Mundial sublinha que “a Europa está a aquecer mais rapidamente do que qualquer outro continente e é altamente vulnerável aos riscos crescentes associados às alterações climáticas”, tendo registado, nas últimas décadas, “perdas e destruição avassaladoras – e crescentes – devido a catástrofes relacionadas com o clima”.

Por essa razão, a UE precisa, na visão da instituição financeira internacional, de “investimentos inteligentes para reforçar a resiliência às catástrofes, a adaptação e o financiamento da resposta aos riscos climáticos e de catástrofes”.

Até porque “os custos projetados da inação num cenário de aquecimento elevado podem atingir 7% do PIB [Produto Interno Bruto] da UE”, alerta o Banco Mundial.

Especificamente na UE, os custos de adaptação às alterações climáticas até à década de 2030 poderão situar-se entre 15 mil milhões e 64 mil milhões de euros por ano, antevendo-se uma escala necessária de financiamento da adaptação entre 0,1% e 0,4% do PIB da UE, de acordo com o organismo.

Não são disponibilizados nos relatórios dados sobre Portugal nesta matéria.

Nos documentos sobre a economia da prevenção e preparação para catástrofes, o Banco Mundial conclui que, embora os países europeus estejam a tomar medidas importantes para aumentar a resiliência, é necessário fazer mais”, como por exemplo investir em setores prioritários para maximizar os benefícios sociais, fazer análises sobre custos futuros da adaptação às alterações climáticas e avançar com uma gestão eficiente das finanças públicas, “afetadas por múltiplas catástrofes todos os anos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra volta a reunir-se com estruturas da PSP e GNR enquanto polícias protestam à porta do MAI

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

PSP e GNR marcaram concentração para as 14 horas na Praça do Comércio, hora para que está marcada nova reunião entre Governo e estruturas sindicais do setor.

A ministra da Administração Interna volta esta quarta-feira a reunir-se com os sindicatos da PSP e associações da GNR por causa do suplemento de missão, estando prevista para a mesma hora uma concentração de polícias na Praça do Comércio.

Depois de Margarida Blasco ter apresentado há duas semanas uma proposta do Governo que desagradou totalmente os elementos das forças de segurança, os sindicatos da PSP e associações da GNR voltam a reunir-se no Ministério da Administração Interna (MAI), numa altura em que já fizeram chegar ao MAI uma contraproposta em que defendem um aumento de cerca de 600 euros através da alteração do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Para contestar a proposta apresentada pelo Governo, os polícias da PSP e GNR marcaram, através das redes sociais, uma concentração a partir das 14 horas na Praça do Comércio, em Lisboa, protesto que está a ser divulgado pelo ‘movimento inop’ e conta com o apoio logístico do Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia, que não tem direito a negociação com a tutela pelo reduzido número de associados.

Com esta concentração, que vai decorrer enquanto as estruturas estão reunidas no MAI, os elementos da PSP e GNR exigem “um tratamento igualitário na atribuição de um suplemento de missão condigno”.

O porta-voz da plataforma que congrega 11 sindicatos da PSP e associações da GNR, Bruno Pereira, já avançou que vão abandonar as negociações com o Governo caso não seja apresentada “uma nova proposta digna” por parte do MAI.

A plataforma propõe que os atuais 100 euros pagos aos polícias no suplemento por serviço e risco nas forças de segurança sejam substituídos por uma componente fixa de 712,96 euros, o que se traduziria num aumento efetivo de cerca de 600 euros.

Além deste valor, os sindicatos da Polícia de Segurança Pública e as associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana defendem a manutenção da componente variável do suplemento, que corresponde a 20% do salário base e querem que este aumento seja pago com retroativos a 1 de janeiro de 2023.

O atual suplemento pago a estas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

“Mesmo que não exista uma atribuição imediata desse valor, esperamos que possa pelo menos ser trazida para cima da mesa uma proposta que vá ao encontro dessa pretensão. Compreendemos as limitações do Estado, mas quem se comprometeu em resolver esta questão tem que se vincular verdadeiramente numa resolução efetiva e que não venha agora arranjar subterfúgios ou supostos argumentos para justificar o injustificável que é não atribuir” um suplemento de missão, disse o porta-voz da plataforma.

Bruno Pereira sublinhou que os polícias “não vão compreender” se o Governo voltar a colocar em cima de mesa “algo semelhante àquela não-proposta indigna”.

Na reunião de 2 de maio, o MAI propôs um novo suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR de entre 365,13 e 625,94 euros. O suplemento proposto tem como referência os vencimentos base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR e substitui o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Com este novo suplemento de missão, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do diretor nacional da PSP e do comandante da GNR, que é de é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os chefes da PSP e sargentos da GNR é de 9% e para os agentes e guardas é de 7%.

Apesar das reuniões com as associações da GNR e sindicatos da PSP serem separadas, estas estruturas apresentaram uma proposta conjunta através da plataforma criada para exigir um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo atribuiu à Polícia Judiciária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morreu António Ferreira de Amorim, o último dos quatro irmãos que revolucionaram a Corticeira

Pai de Rios de Amorim, atual CEO da Corticeira, morreu aos 95 anos. Dos quatro irmãos que assumiram o controlo da empresa nos anos 1950, “era o que mais privava com os operários"

António Ferreira de Amorim, pai do atual presidente do conselho de administração da Corticeira, António Rios de Amorim, morreu ontem à noite aos 95 anos, disse ao ECO uma fonte próxima da família.

O terceiro filho de Albertina e de Américo Alves Amorim foi um dos quatro irmãos que a partir dos anos 1950 assumiram o controlo da Corticeira Amorim, transformando-a na líder mundial da indústria da cortiça.

Américo Amorim, o carismático líder da terceira geração da família e presidente da Corticeira entre 1953 e 2001, faleceu em 2017. Em 2022 foi a vez de José Ferreira Amorim e no ano passado partiu Joaquim Amorim, que era o irmão mais novo.

António Ferreira de Amorim

O pai de António, Cristina e Joana Rios de Amorim começou a trabalhar no grupo em 1949, depois de fazer a tropa em Tavira. Mas já antes, com 14 anos, tinha tido um primeiro contacto com o negócio familiar, enquanto estudou no Colégio S. Luís em Espinho e na Escola Académica do Porto por “sentir curiosidade em saber o que se passava atrás das portas da Amorim & Irmãos”.

Dos quatro irmãos empenhados no desenvolvimento do grupo (José, António, Américo e Joaquim), era o que mais privava com os operários, com quem convivia com elevado sentido de humanidade. Foi sempre um homem de ação, do terreno. Alguém habituado a ouvir e a falar. Alguém que gostava de sentir o pulso da empresa a partir de dentro”, descreveu a Corticeira numa publicação feita em 2020.

Com uma riqueza avaliada em cerca de 790 milhões de euros pela revista Forbes, o irmão de Américo Amorim era o 18º mais rico de Portugal, segundo a classificação feita pela publicação no final do ano passado.

“Gostei sempre de trabalhar na fábrica; gosto do ambiente da fábrica, junto dos trabalhadores fabris. Acompanhava todas as cargas e descargas”, citou a mesma publicação, destacando que cabia a António Ferreira de Amorim “o dom da organização, rigor e eficácia que permitiu sempre, dentro das empresas, a paz e a tranquilidade social que acabariam, em certos momentos, por valer mais que do que toda a riqueza do mundo”.

Corticeira destaca “personalidade forte e cativante”

Num comunicado enviado, entretanto, às redações, a Corticeira Amorim fala em António Ferreira Amorim como “figura maior da terceira geração da família”, que deixa um legado de “exemplo de trabalho, determinação, coragem e responsabilidade”.

“Dedicou, desde muito jovem, o seu trabalho ao desenvolvimento da atividade familiar de transformação da cortiça. Assumiu a responsabilidade pela produção e cedo se afirmou na liderança industrial, graças não só ao rigor e eficácia da sua gestão operacional, mas também à sua personalidade forte e cativante”, acrescenta.

Na mesma nota, o grupo de Santa Maria da Feira assinala que “ao longo de mais de 70 anos de trabalho, António Ferreira Amorim contribuiu de forma relevante para a definição e execução da estratégia da Corticeira Amorim”, notando que “a sua paixão era a cortiça e o montado, tendo sido precursor da implementação das melhores práticas de gestão e produção florestal”.

“A sua preocupação eram as pessoas, com quem estabelecia uma relação de cumplicidade e respeito, fundamental para a produtividade, segurança e motivação profissional. A proximidade com as pessoas da produção era o que lhe dava mais satisfação”, salienta a Corticeira Amorim.

(Notícia atualizada às 10h30 com comunicado da Corticeira Amorim)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lula da Silva demite presidente da Petrobras

  • Lusa
  • 15 Maio 2024

Jean-Paul Prates ocupava a liderança da petrolífera estatal Petrobras desde janeiro de 2023, quando foi nomeado pelo próprio Lula da Sila, que acabara de assumir a presidência do Brasil.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destituiu na terça-feira o presidente da petrolífera estatal Petrobras, Jean-Paul Prates, após meses de divergências com alguns ministros do executivo. Prates ocupava o cargo desde janeiro de 2023, quando foi nomeado pelo próprio Lula, que acabara de assumir a presidência do Brasil.

A Petrobras confirmou numa nota que Prates pediu ao Conselho de Administração, controlado pelo Governo, que se “reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato” como presidente da empresa “de forma negociada”.

“Uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”, lê-se ainda no comunicado.

De acordo com a imprensa local, Lula propôs para o cargo Magda Chambriard, que foi diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no Governo de Dilma Rousseff (2011-2016).

Jean-Paul PratesLusa

Formado em Direito e Economia e com mais de 30 anos de experiência no setor petrolífero, Prates deixou um lugar no Senado para liderar a Petrobras, controlada pelo Estado brasileiro, mas com ações negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova Iorque e Madrid. Durante o mandato, Prates reafirmou o caráter estratégico da empresa petrolífera como motor do crescimento económico do país, em conformidade com a visão de Lula.

Anunciou um ambicioso plano de investimentos de 102 mil milhões de dólares (cerca de 94,3 mil milhões de euros) entre 2024 e 2028, alterou a política de preços e retomou com mais ênfase linhas de negócio paralisadas durante a administração de Jair Bolsonaro (2019-2022), como a refinação.

Em 2023, o lucro líquido da petroleira caiu 33,8% em relação a 2022 e, no primeiro trimestre deste ano, registou uma queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com resultados divulgados na segunda-feira.

Foi no final do primeiro trimestre que se instalou uma crise interna sobre a distribuição de dividendos extraordinários para o exercício de 2023. Esta discussão sobre os dividendos gerou dúvidas sobre a continuidade de Prates, depois de se ter desentendido com alguns ministros do Governo de Lula, além de ter provocado a queda da empresa na bolsa.

Prates era a favor da distribuição, mas o Governo era contra a medida. No meio desta polémica, Lula disse, em entrevista ao canal de televisão SBT, que queria que os lucros extraordinários da petrolífera não fossem distribuídos, mas reinvestidos, porque a Petrobras “tem de pensar nos 200 milhões de brasileiros que são donos da empresa”.

Por fim, o chefe de Estado aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários de 2023 pelos acionistas e considerou a crise superada. No entanto, esta terça-feira Lula decidiu mudar a direção da Petrobras, na véspera de viajar para o estado do Rio Grande do Sul, devastado por graves inundações.

Maus resultados trimestrais foram “exceção”

A petrolífera brasileira Petrobras defende que a forte queda do lucro líquido que sofreu no primeiro trimestre de 2024 foi uma exceção, causada pela desvalorização do dólar e paralisação de algumas unidades para manutenção.

O diretor financeiro da empresa, Sérgio Caetano Leite, disse em conferência de imprensa que, apesar do resultado dos primeiros três meses, a maior empresa do Brasil mantém as suas projeções de crescimento da produção e dos resultados tanto para 2024 como para os próximos anos.

A empresa controlada pelo Estado, mas de capital aberto, anunciou na véspera que o lucro do primeiro trimestre foi de 23,7 mil milhões de reais (4,3 mil milhões de euros), uma queda de 37,9% em relação ao mesmo período de 2023.

Sérgio Caetano Leite disse que os lucros do primeiro trimestre foram atingidos por um forte impacto de cerca de 11 mil milhões de reais (cerca de 1,98 mil milhões de euros) da depreciação do real. O responsável acrescentou que a empresa aproveitou um trimestre tradicionalmente fraco em vendas para realizar manutenção em algumas das suas plataformas de produção e refinarias, o que reduziu a produção de petróleo e combustíveis.

A Petrobras também negou que a sua decisão de congelar os preços dos combustíveis no Brasil, apesar do aumento dos preços internacionais do petróleo, tenha tido impacto nos negócios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: investimento, Medina e saúde

  • ECO
  • 15 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Apesar de um reforço superior a mil milhões de euros, o investimento público nacional voltou a ser o segundo pior na Zona Euro. O coordenador da UTAO nega as acusações de Fernando Medina de que tenha havido um “erro muito grave” desta entidade na avaliação da descida da dívida pública. Em 2023, o número de inscritos na lista de espera para cirurgia cresceu 13%. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Portugal tem segunda pior marca de investimento público na Zona Euro

Portugal reforçou o investimento público em mais de mil milhões de euros em 2023, mas não foi o suficiente para sair da posição relativa que mantinha no ano anterior entre os países da Zona Euro, permanecendo como o segundo pior colocado e abaixo da média da área da moeda única. Os novos dados sobre a despesa pública, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na terça-feira, revelam que o peso da despesa pública atingiu 2,6% do PIB no ano passado, o que compara com uma média de 3,3% do PIB na área do euro.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

UTAO rejeita acusação de “erro muito grave” de Medina

O coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) rejeita que este organismo tenha cometido um erro na avaliação da redução da dívida pública, que se fixou em 99,1% no final do ano passado, ao sinalizar uma utilização de fundos adicionais da Segurança Social na compra da dívida que garantiu a fasquia abaixo dos 100%. Rui Baleiras respondeu, assim, às críticas do ex-ministro das Finanças Fernando Medina, que acusou a entidade de “erro muito grave” na avaliação da redução da dívida pública.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Número de doentes em lista de espera para cirurgia sobe 13%

Embora os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indiquem que nunca o serviço público operou tantos doentes como no ano passado (mais de 715 mil), havia ainda 261.706 utentes à espera de cirurgia no final de 2023, mais 13% do que um ano antes. Dos inscritos na lista de espera, 30% já tinham visto ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) – valor que se tem mantido relativamente estável desde dezembro de 2021 –, mas, ainda assim, cerca de 80% dos vales-cirurgia emitidos são recusados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Mosqueteiros vão investir 240 milhões de euros até 2029

Os Mosqueteiros planeiam investir 240 milhões de euros em Portugal — um dos quatro mercados onde operam, a par com França, Bélgica e Polónia — até 2029 para acompanhar “um ritmo de sensivelmente 15 aberturas ao ano”, distribuídas pelas marcas Intermarché, Bricomarché e Roady. O presidente do conselho de administração do grupo em Portugal, Pedro Subtil, adianta que, embora dependa designadamente da insígnia e do seu formato, as “criações” — termos que utilizam para designar novas lojas — devem gerar perto de 3.000 postos de trabalho diretos no horizonte de seis anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

Portugueses ganham mais de 100 mil euros por dia com Eurodreams

Os portugueses já ganharam mais de 16 milhões de euros no Eurodreams, mas o primeiro prémio ainda não saiu a qualquer apostador nacional. Seis meses depois do primeiro sorteio do novo jogo da Santa Casa, o prémio mais alto pago em Portugal foi de 120 mil euros, atribuído em mensalidades de 2.000 euros durante cinco anos. Só França e Espanha superam as apostas dos portugueses.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.