Festival Tribeca chega a Lisboa com Robert De Niro como anfitrião

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  • 11 Abril 2024

A programação do festival é desenvolvida em parceria com a SIC/OPTO e com o produtor executivo português Tony Gonçalves. Robert De Niro e Jane Rosenthal são os anfitriões do evento.

O festival norte-americano de cinema Tribeca vai chegar a Lisboa. Será de 17 a 19 de outubro e o ator Robert De Niro e a produtora Jane Rosenthal são os anfitriões do evento.

A sua vinda a Lisboa resulta de uma parceria entre a Tribeca Enterprises, a SIC, a OPTO e a Câmara Municipal de Lisboa.

Apresentado por De Niro e Rosenthal, o Festival Tribeca Lisboa vai contar com uma noite de abertura seguida de um evento de dois dias no Beato Innovation District, local que servirá como palco principal do evento. Entre os oradores principais constam, para já, a cineasta Patty Jenkins, a atriz Whoopi Goldberg e o ator Griffin Dunne.

A programação está a cargo de Cara Cusumano, vice-presidente sénior de programação e diretora do Festival Tribeca, em parceria com a SIC/OPTO e do produtor executivo português Tony Gonçalves, antigo executivo da WarnerMedia e consultor do grupo.

Esta programação vai incluir uma “coleção com curadoria de filmes portugueses e internacionais, conversas ao vivo com talentos portugueses e internacionais, instalações imersivas e oportunidades de networking“, refere-se em nota de imprensa, onde se adianta que o alinhamento completo da programação é anunciado no verão.

Toda a equipa da SIC e da OPTO orgulha-se de trazer pela primeira vez o prestigiado Festival Tribeca para a Europa. As nossas principais plataformas vão apresentar o Tribeca Festival Lisboa com o mesmo espírito inovador com que foram criadas”, afirma Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, citado em comunicado.

Já Carlos Moedas, líder da autarquia lisboeta, refere que o Tribeca “enquadra-se na nossa política cultural para a cidade, em que criamos ligações com os bairros, com as ruas, com as pessoas. A cultura não é só feita pelos grandes artistas e pelos grandes eventos. É algo que vem das pessoas. Esse é o espírito do Tribeca”.

“Na sua essência, o Tribeca tem como objetivo elevar uma comunidade de artistas – quer essa comunidade se encontre a sul da 14th Street, em Manhattan, ou do outro lado do Oceano Atlântico, em Lisboa”, diz por sua vez Robert De Niro, cofundador da Tribeca Enterprises.

Já Rosenthal, co-fundadora e CEO da Tribeca Enterprises, refere que “é uma honra entrar nesta parceria com a Impresa, no próximo outono, para defender os grandes cineastas, artistas e criadores que saem de Lisboa nesta altura”.

O Festival de Cinema de Tribeca foi fundado em 2002 por Jane Rosenthal, Robert De Niro e Craig Hatkoff em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro. Nascido enquanto festival de cinema, tem vindo a alargar a sua abrangência para outras expressões culturais como música, televisão, gaming ou podcasts.

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Porto de Setúbal eletrifica acessos ferroviários aos terminais com investimento de 17,5 milhões

Concurso público já foi lançado e o prazo para apresentação de propostas decorre até 1 de julho. Projeto vai permitir aumentar o volume de mercadorias transportadas por comboio.

O concurso público para a eletrificação do last mile ferroviário, de acesso aos terminais portuários do Porto de Setúbal, já foi lançado e prevê um investimento de 17,5 milhões de euros. Obra vai permitir reduzir os constrangimentos existentes na ligação dos terminais à rede ferroviária nacional.

A obra vai eletrificar os ramais e canais de acesso aos terminais, facilitando a etapa final do transporte (last mile) e a reformulação do layout ferroviário para permitir manobras entre o porto e o complexo de mercadorias de Praias do Sado. O prazo para apresentação de propostas decorre até 1 de julho e o período previsto para a realização dos trabalhos é de 420 dias, de acordo com um comunicado do Porto de Setúbal.

A empreitada “faz parte do Projeto Rail2Green, que está a ser desenvolvido pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), em conjunto com a Infraestruturas de Portugal (IP), e abrange um conjunto de intervenções que vão garantir melhorias operacionais e de segurança, permitindo ainda a receção/expedição e a circulação de composições com 750 metros e o aumento do volume de mercadorias transportadas por ferrovia com origem/destino no Porto de Setúbal“, destaca ainda.

A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias à zona central do porto, a descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de receção de comboios.

Carlos Correia

Presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra

“O projeto tem como principal objetivo transformar o porto num hubeconómico de desenvolvimento sustentável na cidade, na região e no País. A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias à zona central do porto, a descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de receção de comboios. Iremos, também, diminuir os tempos da operação ferroviária e obter uma maior eficiência das condições de operação com segurança e sustentabilidade, naquele que é já o segundo porto nacional que mais comboios movimenta”, diz o presidente da APSS, Carlos Correia.

Setúbal começa a receber navios de cruzeiro

O Porto de Setúbal vai começar a receber navios cruzeiro este ano. Estão previstas quatro escalas, sendo que o primeiro navio de cruzeiros deverá atracar na Doca dos Pescadores em maio. A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) prevê que o Porto receba entre “20 escalas a 40 escalas anuais nos próximos anos”.

Há dois meses, o responsável da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, António Caracol, avançou ao ao ECO/Local Online que “em 2025 já têm sinalizadas três escalas em Setúbal”. “É um caminho que se vai fazendo ao criar as condições até porque haverá mercado e isso irá valorizar Setúbal, potenciar o desenvolvimento económico e criar emprego para a região”, afirma.

Neste momento, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra está a trabalhar num “mini terminal de cruzeiros”, mas espera “ter já no final do ano as infraestruturas e a certificação do cais para começarem a crescer a nível de cruzeiros”. O responsável adiantou que a ideia é terem uma “solução mais definitiva” e que está previsto um investimento de 600 mil euros para “dotar o Porto de infraestruturas adequadas para começarem a receber mais escalas“.

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“Hoje temos mais de 23 mil empresas sediadas em Loures”

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  • 11 Abril 2024

Durante a mostra Loures Investe em Si, Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, partilhou a estratégia do concelho para o crescimento empresarial, bem como para a atração e retenção de pessoas.

A mostra Loures Investe em Si, que decorreu de 4 a 6 de Abril, em Loures, recebeu vários especialistas para abordarem a valorização das empresas e das pessoas, ao mesmo tempo que reuniu várias empresas sediadas no concelho, a fim de promover o seu conhecimento e networking.

Durante os vários momentos desta mostra, Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, destacou a posição de Loures dentro da Área Metropolitana de Lisboa, ao enaltecer o número de empresas com sede em Loures, bem como os sinais de competitividade das mesmas: “Hoje temos mais de 23 mil empresas sediadas no nosso concelho, que oferecem 85 mil postos de trabalho, já têm um volume de negócios perto dos oito mil milhões de euros por ano, que significam, em exportações, perto de mil milhões de euros. Nós temos tudo para vencer a competitividade que existe entre os territórios”.

Além disso, o presidente falou aos empresários e reconheceu o papel que estes têm, não só para a economia do concelho e do país, mas também para a fixação de pessoas. “Esta é a segunda edição de um evento que revela bem a proximidade que se pretende entre a Câmara de Loures e os nossos empresários e sociedade civil. Manifestamos igualmente esta condição através dos vários desafios que temos vindo a lançar aos empresários, para momentos de reflexão conjunta, privilegiando encontros de networking para redes de contacto nas mais diversas áreas de trabalho, onde as pessoas se possam conhecer, onde queiram conversar e pretendam fazer negócios entre si”, partilhou.

Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures

Ricardo Leão revelou ainda o grande objetivo que tem para o concelho: “Quero que os empresários do nosso concelho se conheçam. Isso tem uma enorme vantagem para todos para que o valor acrescentado fique aqui no nosso concelho. Ninguém tem a menor dúvida de que quem cria riqueza são os empresários. E, por isso, se nós formos capazes de aumentar as relações comerciais entre os empresários, mas também entre a Câmara, juntamente com os empresários do concelho de Loures, acho que isso é importante para todos”.

Nesse sentido, o presidente enalteceu os encontros que promovem com as empresas, como pequenos-almoços e almoços, mas também a própria mostra Loures Investe em Si e o jantar que a antecede: “Tudo isto é algo que se vai conseguindo através destes encontros que vamos fazendo, mas, acima de tudo, daquilo que vamos implementar, que é a criação de um concelho estratégico e empresarial, com gente do concelho, com empresários, para que, entre nós todos, consigamos estreitar as relações e aumentar as nossas relações comerciais e de negócio, onde a Câmara Municipal também se insere. E, por isso, estes privilegiados encontros são de extrema importância”.

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Ex-diretor da Martifer junta dinheiro para projetos imobiliários em Lisboa, Porto e Oeiras

Liderada em Portugal por Simão Cruz, plataforma de crowdfunding imobiliário financiou reconversão de fábrica no Porto e apartamentos na Cruz Quebrada, e abre “oportunidade de investimento" em Lisboa.

Um imóvel para alojamento turístico no Porto, um edifício com seis apartamentos em Oeiras e um empreendimento composto por apartamentos e um espaço comercial em Lisboa. Estes são os três primeiros projetos portugueses da Urbanitae, uma plataforma de crowdfunding imobiliário fundada em 2017 e especializada em transações entre os dois e os cinco milhões de euros.

Em Portugal, onde chegou no final do ano passado, a operação é liderada por Simão Cruz, que fez carreira no setor imobiliário e financeiro e que passou por empresas como a Martifer, onde foi gestor de investimentos imobiliários no início da carreira e mais tarde, entre 2014 e 2016, diretor financeiro da sucursal do grupo na Venezuela. Passou também pela Agrikolage como CFO ou, mais recentemente, como representante da Crowdestate em Portugal.

Continuamos a estudar novas oportunidades de investimento em todo o país, com foco especial em ativos de grande dimensão. O nosso objetivo é atingir um volume de 20 milhões de euros em projetos financiados até ao final de 2024.

Simão Cruz

Country Director da Urbanitae Portugal

A Urbanitae junta investidores de pequena e média dimensão para ativos imobiliários de diferentes tipologias (residenciais, comerciais e industriais), oferecendo ao mesmo tempo uma alternativa financeira aos promotores imobiliários que não encontram apoio no financiamento bancário tradicional. Até ao final deste ano, o country director assume o objetivo de “atingir um volume de 20 milhões de euros em projetos financiados” em Portugal.

Esta quinta-feira, a empresa anunciou a conclusão da primeira operação de crowdfunding imobiliário em Portugal, com um total de 1.283 investidores de pequena e média dimensão a financiarem com 5 milhões de euros – o valor máximo previsto por lei para modelos de investimento colaborativo –um projeto para a construção e comissionamento de um resort de 96 apartamentos turísticos no Porto.

Projeto Barão Forrester (Porto)

No terreno de uma antiga fábrica situada no número 730 da Rua Barão Forrester e tendo como promotor a Caler Real Estate Advisory, que gere o Palácio de Cedofeita e o Vincci Ponte de Ferro também na cidade Invicta, vai começar por remodelar o imóvel para serviços turísticos em regime de aparthotel. Será depois arrendado ao alemão Numa Group, que gere mais de 3.000 unidades em mais de 25 cidades e nove países.

“Os investidores da Urbanitae entram na sociedade veículo da operação representando 85% do capital necessário (com montantes a partir de 500 euros), enquanto os restantes 15% são investidos pelo promotor e respetivos investidores. Através de um aumento de capital, juntam-se para levar a cabo não apenas a aquisição do ativo e os custos de adaptação dos 3.253 metros quadrados de superfície, como também a sua gestão e venda. Desta forma, o projeto combina rendimentos por mais-valias e rendimentos de aluguer”, detalha a empresa.

O segundo projeto com que a empresa de origem espanhola assinala a estreia deste lado da fronteira, e para o qual também já garantiu a angariação do capital necessário para avançar, consiste no desenvolvimento de um edifício com seis apartamentos na Cruz Quebrada, em Oeiras. Para este projeto “Paulo Duque”, a plataforma já reuniu 277 investidores, que participam na operação com pouco mais de um milhão de euros.

E a partir desta sexta-feira, a Urbanitae abre uma “nova oportunidade de investimento” no coração de Lisboa, proposta pelo promotor Adriparte. No número 6 da Rua Alexandre Herculano, na capital portuguesa, vai surgir um empreendimento composto por 11 apartamentos e um espaço comercial, com um investimento de 4,053 milhões de euros.

“Continuamos a estudar novas oportunidades de investimento em todo o país, com foco especial em ativos de grande dimensão”, assegura Simão Cruz, licenciado em Economia pela Universidade de Aveiro e que durante quatro anos trabalhou também na Prio, em funções de planeamento e análise financeira.

Simão Cruz, Country Director da Urbanitae Portugal

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Campanha da Worten quer mostrar que o “gaming é para todos”

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  • 11 Abril 2024

Além da campanha, a marca vai também desenvolver uma ativação em loja no mês de abril com jogos, música e torneios, sob o mote “Worten Game Ring: Somos Todos Gamers".

É sob a chancela Worten Game Ring que a marca lança uma campanha dedicada ao gaming, onde anuncia as novidades desta categoria, que vão desde computadores, a consolas, televisões ou acessórios. O objetivo passa por “democratizar” o gaming.

“Desde o primeiro momento que o Worten Game Ring tem como objetivo democratizar o mundo do gaming, e esta campanha vem mostrar precisamente isso. Queremos mostrar que o gaming é para todos e que, no fundo, todos somos gamers, seja a jogar num PC profissional ou num simples smartphone”, diz António Fuzeta da Ponte, head of brand and communication da Worten.

“Por isso, este ano, selecionámos as melhores novidades em produtos e acessórios de gaming, com descontos imperdíveis, para garantir que os nossos clientes têm tudo aquilo de que precisam para se aventurarem neste mundo e descobrirem o gamer que há em si”, acrescenta.

A campanha marca presença em digital, folheto, na app e no site da Worten até ao dia 24 de abril. A criatividade é da Big Fish, que foi responsável pelo desenvolvimento dos elementos visuais.

A mesma destaca também a gama de produtos Reuse, que agora abrange as consolas da Nintendo e Xbox recondicionadas, “com uma proposta de valor que inclui a oferta de até 1.250 euros na retoma de equipamentos antigos, como smartphones, smartwatches, consolas, tablets ou computadores”, refere-se em nota de imprensa.

No âmbito da campanha, a marca vai também desenvolver ainda no mês de abril uma ativação em loja com jogos, música e torneios. Com o mote “Worten Game Ring: Somos Todos Gamers“, a ativação conta com vários jogos e torneios, desde competições de EAFC 24, Fortnite, CS2 ou Mario Kart. Os participantes vão ter a oportunidade de jogar com embaixadores e outros convidados especiais, bem como habilitar-se a ganhar prémios e descontos.

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BCE mantém taxas de juro pela quinta vez e abre porta a descida

À semelhança do que aconteceu nas quatro reuniões anteriores, o banco central não mexeu nas taxas de juro. O banco central moderou, contudo, o discurso, abrindo a porta a uma descida em junho.

O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) voltou a deixar as suas taxas de juro inalteradas. É a quinta reunião consecutiva em que não há alterações nas taxas diretoras do banco central. No entanto, o banco central mostra-se mais otimista, abrindo a porta ao primeiro corte de juros desde 2019.

“A inflação continuou a cair, liderada pela inflação mais baixa dos preços dos produtos alimentares e dos bens”, refere o BCE, no comunicado com a sua decisão sobre a manutenção das taxas de juro. “A maior parte das medidas da inflação subjacente estão a diminuir, o crescimento dos salários está a moderar-se gradualmente e as empresas estão a absorver parte do aumento dos custos laborais nos seus lucros”, aponta o conselho de governadores do BCE, adotando um discurso bastante mais moderado, uma indicação que a entidade poderá estar a preparar o primeiro corte de juros em junho, como esperado pelo mercado.

Tal como no anterior comunicado, a instituição liderada por Christine Lagarde reitera que “as condições de financiamento são restritivas e os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação”, acrescentando, porém, que “as pressões internas sobre os preços são fortes e mantêm a inflação dos preços dos serviços elevada”.

“Se a avaliação atualizada do Conselho do BCE relativamente às perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária aumentassem ainda mais a sua confiança de que a inflação está a convergir para o objetivo de forma sustentada, seria apropriado reduzir o nível atual de restrição da política monetária“, admite o conselho do BCE, abrindo, claramente, a porta a uma descida de juros.

Esta mudança no discurso por parte dos membros do conselho do BCE vem dar força às expectativas dos mercados, que estão a apontar para junho a primeira descida de juros.

Os investidores estão a descontar um corte acumulado entre 80 a 90 pontos base em 2024, o que aponta para pelo menos três cortes de 25 pontos base até dezembro. O consenso dos economistas é semelhante, com a sondagem da Bloomberg a apontar para três cortes de juros este ano, com uma redução em cada trimestre. Depois de junho, o BCE tem reuniões agendadas para 18 de julho, 12 de setembro, 17 de outubro e 12 de dezembro.

A taxa de facilidade permanente de depósito permanece nos 4%, mantendo-se assim no nível mais elevado de sempre. A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez manteve-se nos 4,5% e 4,75%, respetivamente.

O conselho do BCE refere, porém, que continuará a decidir reunião a reunião, com base nos dados económicos, “para determinar o nível e a duração apropriados da restrição, e não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica“.

O BCE desceu os juros pela última vez em setembro de 2019, quando colocou a taxa dos depósitos em -0,5%. Os juros ficaram em mínimos históricos até julho de 2022, seguindo-se depois dez agravamentos consecutivos em pouco mais de um ano, num total de 450 pontos base.

Com a inflação a mostrar sinais de que está a convergir para o objetivo de 2% do banco central, os investidores estão mais confiantes numa mudança na política monetária na Zona Euro. A inflação de março baixou para 2,4%, um mínimo desde julho de 2021. O indicador subjacente, que exclui alimentos e energia, baixou duas décimas para 2,9%, o que representa o nível mais baixo desde fevereiro de 2022.

Quanto ao programa de compra de ativos (APP) e do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o BCE não fez alterações, reiterando que a carteira do APP está a “diminuir a um ritmo comedido e previsível” e que no primeiro semestre deste ano, “o Conselho do BCE tenciona continuar a reinvestir, na totalidade, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do PEPP”.

Tal como no comunicado anterior, o BCE refere que, no segundo semestre do ano, pretende reduzir a carteira do PEPP, em média, em 7,5 mil milhões de euros por mês e relembrou que “o Conselho do BCE tenciona descontinuar os reinvestimentos no contexto do PEPP no final de 2024”.

(Notícia atualizada às 13h44)

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Mendes Godinho critica intenção do Governo de “revisitar” lei do trabalho

Ana Mendes Godinho fala em "ataque aos trabalhadores", em reação à vontade do novo Governo de "revisitar" as alterações que foram feitas à lei do trabalho há menos de um ano.

A ex-ministra do Trabalho Ana Mendes Godinho criticou esta quinta-feira a intenção do novo Governo “revisitar” as alterações à lei do trabalho que foram feitas na primavera do ano passado. Para a agora deputada, está em causa um “ataque aos trabalhadores”, que é “incompreensível”.

“A valorização dos trabalhadores é a condição mais importante de crescimento das empresas e do país. Não podemos perder tempo tentando revogar conquistas por razões ideológicas ou interesses de alguns“, escreveu a ex-governante, que saiu do número 2 da Praça de Londres há apenas semana e meia, no seu perfil na rede social Instagram.

No programa do Governo aprovado na quarta-feira, está o compromisso de “revisitar a Agenda do Trabalho Digno”, avaliando na Concertação Social “os resultados deste primeiro ano de implementação no terreno”.

Em causa estão as dezenas de alterações ao Código do Trabalho, que entraram em vigor a 1 de maio do ano passado. Entre elas, esteve a criação de um mecanismo que prevê a possibilidade de os estafetas serem considerados trabalhadores das plataformas digitais, mas também a criminalização do trabalho não declarado, o reforço das compensações por despedimento, o aumento da remuneração por trabalho suplementar e a flexibilização do teletrabalho.

Estas medidas mereceram críticas por parte de vários parceiros sociais, tendo até levado, num momento mais crítico, as confederações patronais a abandonarem a Concertação Social.

Assim, da parte dos patrões, há a vontade de revisitar a lei do trabalho, enquanto da parte dos sindicatos a mensagem tem passado pelo apelo à estabilidade. Ainda em março, o secretário-geral da UGT dizia ao ECO que “não podemos estar permanentemente a rever a lei do trabalho”.

No programa eleitoral da Aliança Democrática (coligação que juntou o PSD ao CDS e ao PPM) já estava a intenção de olhar para a lei do trabalho, nesta legislatura, simplificando-a. Mas as eleições deram apenas maioria relativa ao PSD, o que significa que fazer alterações à lei do trabalho implicará estabelecer alianças no Parlamento.

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PJ levou documentos da sede do PSD para investigação da campanha para a presidência do partido

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

Em causa contratos de assessoria de comunicação de uma empresa, a NextPower, que prestou serviços em simultâneo à empresa municipal e ao então candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz.

A Polícia Judiciária (PJ) recolheu na quarta-feira documentação na sede do PSD, em Lisboa, no âmbito de um processo relacionado com a campanha à presidência do partido, que abrange também a empresa municipal Cascais Próxima.

No mesmo dia foram efetuadas pela PJ buscas na Câmara de Cascais (distrito de Lisboa) relacionadas com uma fábrica de máscaras cirúrgicas para evitar a transmissão da covid-19, conforme tinham já referido fontes da polícia e da autarquia, bem como a Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado.

Numa segunda nota divulgada na página da PGR, o Ministério Púbico (MP) indica que, no âmbito de um processo a correr termos na 3.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Sintra, “iniciado com uma denúncia relacionada com a campanha à presidência do Partido Social-Democrata”, ocorreram na quarta-feira buscas “abrangendo a empresa municipal Cascais Próxima – Gestão de Mobilidade, Espaços Urbanos e Energias, E.M., S.A, e em sociedades privadas”.

O MP refere que, após a realização das buscas, a PJ esteve na sede do PSD para recolha de documentação, onde teve toda a colaboração.

“Os factos denunciados são suscetíveis de, em abstrato, integrar, designadamente, a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva e ativa, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poderes”, é referido na nota.

Segundo o MP, não existem arguidos constituídos neste processo, encontrando-se a investigação em segredo de justiça.

As buscas realizadas na quarta-feira pela PJ visaram recolher documentação em dois inquéritos.

De acordo com o Jornal de Notícias , um deles diz respeito a contratos de assessoria de comunicação de uma empresa, a NextPower, que prestou serviços em simultâneo à empresa municipal e ao então candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz (atual ministro das Infraestruturas e Habitação) e vice-presidente da Câmara de Cascais.

O jornal indica que a “PJ suspeita que o município tenha suportado custos da assessoria prestada a Pinto Luz enquanto candidato do PSD”.

A investigação nasceu, segundo o diário, de uma queixa feita pelo vereador do PCP Clemente Alves em janeiro de 2020. “À data, o então vice-presidente garantiu que os pagamentos à NextPower foram feitos por si”, escreve o Jornal de Notícias.

Miguel Pinto Luz foi candidato à liderança do PSD em 2020 (conforme anunciou em outubro de 2019), contra Rui Rio e Luís Montenegro, e ficou em terceiro lugar. Dois anos depois, tornou-se um dos vice-presidentes do partido. Foi vice-presidente da Câmara de Cascais entre 2017 e o início deste ano.

No que diz respeito às buscas realizadas em Cascais no âmbito do processo relacionado com a fábrica de máscaras no concelho, o Ministério Público esclareceu na quarta-feira, numa nota publicada na página da PGR, que visaram a empresa municipal Cascais Próxima – Gestão de Mobilidade, Espaços Urbanos e Energias”, unidades orgânicas da Câmara de Cascais, “alguns elementos afetos a essas entidades e ainda duas sociedades privadas”.

As buscas “decorreram de forma normal, sem incidentes e com colaboração dos visados, tendo sido recolhida prova documental e, sobretudo, prova digital, mormente sob a forma de correio eletrónico”.

Os factos investigados “reportam-se a suspeitas de benefício indevido de uma sociedade privada detida por cidadã estrangeira”, por via da alienação àquela sociedade, “a preço de custo e sem qualquer procedimento formal de contratação pública, de património imobiliário e mobiliário adquirido pelo município de Cascais e estruturado como unidade fabril de produção de máscaras cirúrgicas”, foi referido nessa primeira nota. Segundo a procuradoria, os factos “terão ocorrido entre 07 de maio de 2020 e 02 de maio de 2022”.

O presidente da Câmara, Carlos Carreiras (PSD), afirmou também na quarta-feira não estar surpreendido com as buscas e explicou que decorrem de um relatório do Tribunal de Contas, na sequência de inspeções feitas à fábrica de máscaras.

O autarca referiu que a autarquia contestou o relatório por considerar que “não havia nenhuma irregularidade”, afirmando que é isso “que vai ser apurado” com estas buscas.

O social-democrata revelou ainda que, além da câmara municipal, a PJ estava a fazer buscas a meios informáticos do Edifício São José, onde funcionam os serviços de Urbanismo do concelho, no Cascais Center e na empresa municipal que geriu o processo de comunicação relacionado com as máscaras.

O município lançou em junho de 2020 a produção própria de máscaras cirúrgicas de proteção individual destinadas à população, com equipamento oriundo da China, abastecendo igualmente outros municípios.

O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, mostrou-se esta quinta-feira “completamente tranquilo” com as buscas na Câmara de Cascais, pedindo que se deixe a “justiça funcionar” porque o “escrutínio é saudável”.

“Tenho 20 anos de vida pública, estou completamente habituado a este escrutínio, é saudável, deixemos a justiça funcionar”, disse aos jornalistas Pinto Luz, numa curta resposta nos passos perdidos do parlamento.

O então vice-presidente da Câmara de Cascais assegurou ainda estar “completamente tranquilo”.

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Montenegro assume que economia pode crescer mais do que o previsto este ano

O cenário da Aliança Democrática projetava um crescimento de 1,6% do PIB este ano, mas poderá ser mais elevado. Cenário macroeconómico mantém-se, diz Montenegro.

O primeiro-ministro reitera que os objetivos que a Aliança Democrática definiu no cenário macroeconómico do programa eleitoral para o crescimento da economia “são para cumprir”. Luís Montenegro assume ainda que este ano, o PIB pode crescer mais do que o esperado nesse cenário, no debate sobre o Programa do Governo.

Em 2024 teremos a possibilidade de exceder o objetivo que inscrevemos no nosso cenário, até porque partimos daquele que estava no Orçamento do Estado e que foi projetado pelo Governo anterior, que era menos otimista do que nós relativamente ao comportamento da economia”, antecipa Montenegro.

No Orçamento do Estado para 2024, elaborado por Fernando Medina, a projeção era de um crescimento da economia de 1,5%. Já a AD estimava que o PIB ia crescer 1,6%, no programa eleitoral. Este é o mesmo valor estimado pelo Conselho das Finanças Públicas, num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem novas medidas.

Já o Banco de Portugal é o mais otimista e estima que a economia pode mesmo crescer 2% este ano, segundo as previsões do boletim económico de março.

O Governo ainda não fez nenhuma atualização das previsões económicas e orçamentais inscritas no programa eleitoral, até porque no Programa de Estabilidade, que será entregue ao Parlamento na próxima segunda-feira, será baseado num cenário de políticas invariantes.

Mesmo assim, Montenegro assegura que “o cenário macroeconómico não desapareceu”. “Mantemos a expectativa de colocar Portugal na rota de crescimento económico, perto ou até superior a 3,5%”, diz.

A AD previa um crescimento de 2,5% em 2025, 2,7% em 2026, 3,0% em 2027 e 3,4% em 2028, num cenário que foi apelidado pela oposição de irrealista mas que Montenegro apelidou de ambicioso.

Já sobre as perspetivas orçamentais e a necessidade de um Orçamento retificativo, Montenegro continua sem se comprometer. “Se houver necessidade de haver retificativo, será o Parlamento quem tem competência para oficiar. Se não houver necessidade, não haverá retificativo, não é preciso estarem perturbados com isso”, reitera.

Após um excedente de 1,2% do PIB em 2023, tudo indica que existirá margem para aplicar as medidas sem um retificativo, como salientou o próprio Fernando Medina, mas tudo dependerá da dimensão e calendário que o Governo pretender implementar.

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Social Animals assume gestão de redes sociais da ZU. Marca chega agora ao TikTok

  • + M
  • 11 Abril 2024

Com a entrada no TikTok, a chancela da MC pretende "solidificar" o seu compromisso em oferecer conteúdo original e cativante aos seus seguidores nas redes sociais.

A ZU conta agora com a Social Animals enquanto agência responsável pela gestão das suas redes sociais, numa altura em que a marca chega ao TikTok. A ZU já estava no Instagram e Facebook.

“A Social Animals, com a sua vasta experiência e o conhecimento especializado que tem no setor, permitir-nos-á otimizar a nossa estratégia de redes sociais bem como alcançarmos os nossos objetivos de negócio de modo crescente e eficaz“, diz Diana Makhniy, responsável de marketing da ZU, citada em comunicado.

“O TikTok representa uma nova e empolgante forma de interagir com a nossa comunidade. Estamos muito entusiasmados por, através desta aposta, podermos oferecer aos nossos clientes uma experiência ainda mais envolvente e relevante nas redes sociais, com conteúdo original, cativante e interativo“, acrescenta.

Já João Pedro Batista, diretor criativo e sócio da Social Animals, refere que “a ZU representa uma oportunidade de trabalhar um setor que se encontra num crescimento global muito impulsionado pelos millennials e geração Z, cuja decisão de compra é fortemente influenciada pelo digital. Daí, a necessidade de se criar uma estratégia onde o foco é o cruzamento do relacional com o comercial“.

O TikTok “há muito que deixou de ser a ‘app dos miúdos’ para passar a ser uma plataforma de entretenimento democrática e com uma grande abrangência etária”, considera também João Pedro Batista, que encara a chegada da ZU a esta plataforma como “um desafio tremendo e divertido, até porque animais e redes sociais são sempre sinónimo de divertimento”.

“No entanto, um dos passos fundamentais é estarmos com um propósito, pelo que apostamos numa estratégia de conteúdos onde os mesmos são, maioritariamente, captados em loja, pois só assim conseguiremos passar a experiência de loja e humanizar a marca“, conclui.

Com a entrada no TikTok, a chancela da MC que se dedica ao bem-estar e cuidados de saúde de cães e gatos pretende “solidificar” o seu compromisso em oferecer conteúdo “original e cativante” aos seus seguidores nas redes sociais, refere-se em nota de imprensa.

O primeiro conteúdo conta com a participação de colaboradores da ZU que apresentam “de uma forma divertida e nativa, alguns produtos e serviços que um cliente pode encontrar nos espaços da marca”.

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Taxas Euribor caem a três meses e sobem a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,906%, permanece acima da taxa a seis meses (3,862%) e da taxa a 12 meses (3,729%).

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a quarta-feira, no dia em que se realiza a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,906%, permanece acima da taxa a seis meses (3,862%) e da taxa a 12 meses (3,729%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, avançou esta quinta-feira para 3,862%, mais 0,032 pontos do que na quarta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu esta quinta-feira, para 3,729%, mais 0,040 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,906%, menos 0,006 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.

Na anterior reunião de política monetária, em 7 de março, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo quer novo acordo na Concertação Social para reforçar rendimentos

Acordo de rendimentos de Costa pode ter os dias contados. Montenegro foi ao Parlamento anunciar que quer discutir as bases de um novo entendimento na Concertação Social para reforçar rendimentos.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o Governo quer discutir com os parceiros sociais as bases de um novo acordo para reforçar os rendimentos e a produtividade dos trabalhadores portugueses. Conforme avançou o ECO ainda esta manhã, tanto os sindicatos como as confederações patronais entendem que o acordo firmado com o Executivo de António Costa para esses fins está em vigor, apesar de o poder ter mudado de mãos, embora admitam alargá-lo e densificá-lo.

“Vamos promover de imediato o agendamento de uma reunião da Concertação Social, com vista a discutir com os parceiros sociais as bases de um novo acordo que consagre o reforço dos rendimentos e da produtividade dos trabalhadores portugueses e a competitividade e crescimento da nossa economia”, sublinhou Luís Montenegro, na intervenção que deu início ao debate parlamentar sobre o programa do novo Governo.

Em outubro de 2022, o Governo de António Costa conseguiu firmar com as quatros confederações patronais e com a UGT (a CGTP ficou de fora) um acordo na Concertação Social, que prevê, por exemplo, a trajetória do salário mínimo até 2026, bem como várias medidas para as empresas, como a reconversão do Fundo de Compensação do Trabalho.

Já em outubro do ano passado, esse entendimento foi revisto (ainda pelo Governo anterior), tendo a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) ficado de fora, por considerar que o acordo estava aquém do que o país precisava.

Entretanto, o Governo de António Costa e a Aliança Democrática ganhou as eleições de 10 de março, tendo Luís Montenegro assumido a liderança do Executivo, mas os patrões e sindicatos consideram que o acordo assinado com António Costa mantém-se em vigor, já que se trata de um entendimento feito com o Estado e não com um partido em particular.

Ainda assim, admitem alargá-lo a outras matérias e densificar os assuntos já incluídos. A par disso, a CIP já se mostrou aberta para entrar num acordo que preveja o reforço dos salários, mas também o crescimento da economia.

Em declarações ao ECO, Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP, adianta que o que a confederação quer é que “todas as partes se sentem à mesa com genuína vontade de explorar, encontrar e materializar um espaço real de negociação que permita ao país crescer mais, produzir melhor e competir superiormente para, assim, aumentar o rendimento das famílias”.

“Parece-nos importante colocar rendimentos e produtividade lado a lado, com igual importância. Apenas com empresas mais produtivas será possível competir nos mercados externos, ter melhores empregos e salários mais elevados“, realça o responsável, que avisa que espera que “a tensão político-partidária não desvirtue, contamine e se sobreponha aos objetivos da Concertação Social“.

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