Pagamentos a dinheiro baixam para pouco mais de metade do total

Os pagamentos com notas e moedas registam uma forte quebra nos últimos anos, com os consumidores a utilizarem cada vez mais meios de pagamentos digitais.

Há cada vez menos pagamentos em dinheiro. Ao contrário do que acontecia há apenas alguns anos, em 2023, apenas cerca de metade dos pagamentos foi realizado em numerário, adiantou o administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino na Conferência New Money, organizada pelo ECO.

Apenas 52% dos pagamentos foram realizados em numerário, em 2023. Trata-se de uma queda de 18 pontos percentuais face aos valores de 2017, segundo os números partilhados pelo administrador do Banco de Portugal, esta quarta-feira.

Outra importante mudança nos pagamentos em Portugal diz respeito à utilização de cheques. Apenas 4,4% dos portugueses referem ter utilizado cheques nos últimos 12 meses. Entre os que recorreram a este meio de pagamento, 74,1% tem idade superior a 54 anos.

Enquanto estes meios de pagamento estão a perder importância, os meios digitais e a utilização de contactless são cada vez mais utilizada pelos portugueses. No último ano, 74,6% dos portugueses indicam já ter utilizado a tecnologia contactless, mais de quatro vezes a percentagem referida em 2018: 17,9%.

Por outro lado, perto de 79% dos portugueses (78,9%) já fez compras online e 81,8% referem utilizar canais bancários remotos (65,9% em 2018).

Segundo Hélder Rosalino, os portugueses preferem cada vez mais os instrumentos de pagamento eletrónicos, como o cartão de pagamento, débitos diretos e transferências, métodos de pagamento que continuam a crescer.

Conferência New Money 2023 - 07MAR23
Hélder Rosalino, Administrador do Banco de PortugalHugo Amaral/ECO

Os dados revelados mostram que estes instrumentos eletrónicos foram utilizados em 99,8% dos pagamentos de retalho sem recurso a numerário.

Perante uma maior utilização de meios de pagamento eletrónicos, aumenta também a sofisticação dos esquemas de burlas. Mais de 20% dos portugueses indica já ter sido vítima de fraude com pagamentos, sendo que em 40,5% dos casos, os fundos foram totalmente perdidos.

A segurança é, assim, o fator mais valorizado pelos portugueses na escolha dos instrumentos de pagamento que vão utilizar.

No que diz respeito aos criptoativos, que têm vindo a conquistar uma popularidade crescente, o Banco de Portugal refere que 13,2% dos portugueses indica já ter detido ou deter atualmente estes ativos, sendo que 10,8% dos portugueses que detém ou deteve criptoativos refere que um dos motivos para a aquisição destes ativos foi efetuar pagamentos.

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Exportações de componentes automóveis sobem 2,8% até fevereiro

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

Só em fevereiro, as exportações aumentaram 5,1%, comparativamente a janeiro, para 1.111 milhões de euros, tendo o setor sido foi responsável por 17% das exportações nacionais de bens transacionáveis.

As exportações de componentes automóveis subiram 2,8% até fevereiro, relativamente ao mesmo período do ano anterior, para 2.200 milhões de euros, segundo dados divulgados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

“No que diz respeito ao valor acumulado das exportações de componentes automóveis desde janeiro, verifica-se um acréscimo de 2,8% face ao período homólogo de 2023, tendo-se já atingido os 2.200 milhões de euros nos primeiros meses de 2024”, indicou, em comunicado, a associação.

Só em fevereiro, estas exportações aumentaram 5,1%, comparativamente a janeiro, para 1.111 milhões de euros, tendo o setor sido foi responsável por 17% das exportações nacionais de bens transacionáveis. Em 2024, a Europa foi responsável por 89,4% das compras de componentes automóveis, com um aumento de 2,3% face ao período homólogo.

Por sua vez, o continente americano concentrou 5,6% das exportações de componentes automóveis, verificando-se um crescimento de 20,9% em fevereiro. As regiões da África e Médio Oriente e da Ásia e Oceânia ficaram com, respetivamente, 3% e 1,9% das exportações de componentes automóveis portugueses, apresentando até fevereiro um retrocesso de 4,6% e 7,2% em comparação com os primeiros meses de 2023.

Por país, Espanha continua a ser o principal mercado, representando 28,9% das exportações. Seguem-se Alemanha (22,9%) e França (8,9%).

É de notar que a indústria de componentes automóveis, apesar de enfrentar desafios e cenários pouco entusiasmantes para o ano em curso, o que afetará as empresas negativamente, quer a nível nacional, quer internacional, tem encontrado formas de manter a sua competitividade mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade. Contudo, a diminuição de encomendas pode acontecer, tendo em conta a queda do consumo por via da instabilidade económica”, sublinhou.

Os números divulgados pela AFIA baseiam-se nas estatísticas do comércio internacional de bens do Instituto Nacional de Estatística (INE). A indústria de componentes automóveis em Portugal tem cerca de 350 empresas e 63.000 trabalhadores diretos, representando 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Omnicom lidera new business a nível global ao faturar três mil milhões. UM é a primeira entre as agências

Entre as agências, o ranking de new business a nível mundial é liderado pela UM, agência do grupo MediaBrands que registou uma faturação de cerca de 1,139 mil milhões de dólares em 2023.

O Omnicom Media Group (OMG) foi, a nível global, o grupo com o melhor resultado em termos de new business em 2023. Este foi o segundo ano consecutivo em que o OMG liderou em novos clientes.

A conclusão é do relatório “2023 New Business Balance” da RECMA (Research Company Evaluating the Media Agency Industry), segundo o qual o grupo faturou cerca de 2,99 mil milhões de dólares (cerca de 2,78 mil milhões de euros) em new business, conforme divulgado em comunicado pelo OMG.

Este é seguido de perto pelo grupo Publicis Media, com 2,95 mil milhões de dólares (2,74 mil milhões de euros). Mais atrás, na terceira posição, surge a IPG Mediabrands, com 1,70 mil milhões de dólares (cerca de 1,58 mil milhões de dólares), segundo a MediaPost.

Mas se a análise for feita de forma agregada aos últimos três anos (2021/22/23), a primeira posição do ranking passa a ser ocupada pelo grupo Publicis Media (10,660 mil milhões de dólares), seguido do Omnicom Media Group (6,283 mil milhões) e do IPG Mediabrands (1,729 mil milhões), refere o mesmo meio.

Em termos de agências, o ranking de new business a nível mundial é liderado pela UM, do grupo MediaBrands, com uma faturação de cerca de 1,139 mil milhões de dólares. Seguem-se a Hearts & Science, (1,137 mil milhões) e a OMD (885 milhões), ambas do Omnicom Media Group, refere também a MediaPost.

De forma agregada, nos últimos três anos, a OMD (OMG) é a agência que surge em primeiro lugar no ranking, seguida pela Zenith (Publicis), Starcom (Publicis), Spark Foundry (Publicis) e PHD (OMD).

O OMG, grupo dono das agências OMD, PHD e Hearts & Science, foi também o grupo de media líder em new business nas regiões da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) e da América Latina em 2023, segundo o mesmo refere em comunicado. Já a região da EMEA foi aquela onde o grupo mais faturou (1320 milhões de dólares), seguindo-se a América do Norte (993 milhões), a Ásia-Pacífico (429 milhões) e a América Latina (248 milhões).

A posição do grupo Omnicom este ano terá sido impulsionada pelos “bons desempenhos” das suas agências Hearts & Science, OMD e PHD, as quais se encontram entre as cinco melhores classificadas em termos de novos negócios a nível global. Isto faz com que o OMG seja o único grupo de agências de media a ter todas as suas marcas entre as cinco primeiras e o único com mais de duas agências entre o top10, refere o grupo.

“No ano passado, as marcas líderes mundiais escolheram as agências OMG como os parceiros de media mais preparados para as ajudar a desbloquear um crescimento transformador num mercado cada vez mais complexo”, diz Florian Adamski, CEO do OMG, citado em comunicado.

“À medida que questões como a privacidade num mundo sem cookies, um marketplace cada vez mais centrado no negócio ou a procura por experiências coesas do consumidor ao longo do processo de compra trazem novos desafios para os profissionais de marketing em 2024, vamos empregar o nosso talento, ferramentas e tecnologia de ponta no crescimento dos nossos clientes, agências e pessoas”, acrescenta.

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Bruxelas espera cooperação chinesa para investigação sobre apoios ilegais à eólica na UE

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

O tempo da investigação “depende do grau de cooperação” das entidades chinesas abrangidas, sendo que depois de receber as respostas o executivo comunitário vai “analisá-las seriamente”.

A Comissão Europeia espera cooperação das autoridades chinesas sobre a investigação preliminar relativamente a alegados subsídios ilegais a fabricantes chineses de turbinas eólicas em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária, analisando também eventuais casos em outros países.

Um dia depois do anúncio feito pela vice-presidente executiva da Comissão Europeia com a pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, um alto funcionário europeu explicou a alguns meios de comunicação em Bruxelas, que em causa está uma investigação preliminar (que antecede um processo formal) para verificar as informações que chegaram ao executivo comunitário de alegados apoios ilegais do Estado chinês a empresas chinesas relativos a parques eólicos em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária.

“De momento, foram enviados [pela Comissão Europeia, que tutela a concorrência da UE] pedidos de informação a uma série de intervenientes ativos em certos projetos de energia eólica e vamos ver se as respostas aos pedidos de informação confirmam as informações e as alegações que nos chegaram”, explicou o mesmo responsável.

De acordo com esta fonte europeia, o tempo da investigação “depende do grau de cooperação” das entidades chinesas abrangidas, que é esperado, sendo que depois de receber as respostas o executivo comunitário vai “analisá-las seriamente”. Já questionado pela Lusa sobre eventuais outros países abrangidos, este alto funcionário indicou estarem concentrados “nestes projetos eólicos específicos”, mas “isso não significa que […] encontrar subsídios estrangeiros ilegais nesses países” nem significa deixar de analisar também projetos de energia eólica noutros Estados-membros.

Os esclarecimentos surgem depois de, na terça-feira, Margrethe Vestager ter anunciado, num discurso na Universidade de Princeton (Nova Jersey) nos Estados Unidos, um “novo inquérito aos fornecedores chineses de turbinas eólicas para investigar as condições para o desenvolvimento de parques eólicos em Espanha, Grécia, França, Roménia e Bulgária”.

Uma situação semelhante foi verificada no setor dos painéis solares, no qual se concederam “subsídios maciços aos fornecedores nacionais [chineses], fechando simultânea e progressivamente o mercado nacional às empresas estrangeiras”, comparou Margrethe Vestager. Segundo dados da responsável, esse contexto levou a que menos de 3% dos painéis solares instalados na UE sejam produzidos na Europa.

“As nossas economias não podem absorver esta situação. Não só é perigoso para a nossa competitividade, como põe também em risco a nossa segurança económica. Já vimos como as dependências unilaterais podem ser usadas contra nós e é por isso que a Europa, tal como os Estados Unidos, está a reagir”, vincou.

A investigação preliminar ao setor eólico agora anunciada – para a qual não existe prazo de conclusão –, surge após o executivo comunitário ter avançado, em outubro passado, com uma investigação europeia às subvenções estatais chinesas aos fabricantes de automóveis elétricos, veículos que entraram rapidamente no mercado da UE e que são vendidos a um preço bastante menor que os dos concorrentes comunitários.

Segundo dados da Comissão Europeia, os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia.

Também hoje, o executivo comunitário publicou um relatório de 700 páginas sobre as distorções induzidas pelo Estado na economia chinesa, após um último documento publicado em 2017, com uma fonte europeia a dizer à Lusa que “pouco mudou” nestes anos. Ainda hoje, o governo chinês pediu a Bruxelas para que abandone as suas “práticas protecionistas”, no seguimento das recentes investigações.

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JLM&A e M Public Relations passam a afiliadas da consultora global Kreab Worldwide

A parceria com a consultora de origem sueca abrange a JLM&Associados, a M Public Relations, a JLM Angola e a JLM Moçambique.

O grupo JLM vai passar a representar a consultora de comunicação estratégica global Kreab Worldwide em Portugal, Angola em Moçambique.

A parceria abrange a JLM&Associados, M Public Relations, a JLM Angola e a JLM Moçambique, passando Vítor Cunha, CEO e partner, Maria João Soares, diretora-geral da JLM&A e Daniel Vaz, CEO da M Public Relations, a ser os representantes da consultora de origem sueca em Portugal. José Manuel Pessanha, diretor de mercados internacionais, será o representante nos mercados de Angola e Moçambique, onde o grupo fundado por João Líbano Monteiro, atual chairman e acionista maioritário, está presente há 10 anos.

“É com muito orgulho que passamos a ser uma afiliada e representante da Kreab em Portugal, Angola e Moçambique. Esta é uma parceria que marca uma nova etapa na vida das empresas do Grupo JLM, reforçando assim os serviços que podem prestar aos clientes, permitindo-nos apoiá-los com equipas experientes em 25 países”, afirma Vítor Cunha, citado em comunicado.

Vítor Cunha destaca, em conversa com o +M, a importância da parceria para os clientes de Angola e Moçambique, alguns dos quais empresas globais, que passam assim a ter acesso à rede internacional da Kreab, consultora com presença em 25 países, na Europa, Ásia, América do Norte e América do Sul.

Para além da afiliação facilitar o apoio aos clientes em outras geografias, Vítor Cunha acrescenta que outro dos propósitos da parceria é aceder ao pipeline internacional de clientes da Kreab Worldwide, que conta com uma equipa de 500 consultores de 40 nacionalidades e que apoiam cerca de 700 clientes em todo o mundo.

A JLM&A é também afiliada da Dentons Global Advisers, Grayling Global e da Endelman em África.

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Do tempo de serviço dos professores ao papel do ministério, os compromissos do Governo na Educação

Deduções em sede de IRS das despesas de alojamento, rever o modelo de colocação ou implementar um "programa de emergência" para atrair novos professores: os compromissos para o setor da Educação.

Era uma promessa que já vinha antes da campanha eleitoral e está agora consagrada no programa do Governo: o Executivo liderado por Luís Montenegro promete avançar com a “recuperação integral do tempo de serviço perdido dos professores” ao longo da legislatura. Além disso, quer “redefinir o papel do Ministério”, de modo a atribuir à tutela “responsabilidades de regulador e não de decisor”.

A maioria dos compromissos para o setor da Educação inscritos no programa de Governo – que foi entregue esta quarta-feira na Assembleia da República – já constam no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD). Entre eles está “a recuperação integral do tempo de serviço perdido dos professores”, que o Executivo se compromete a implementar “ao longo da Legislatura, à razão de 20% ao ano”. Em causa estão os 6 anos 6 meses e 23 dias de tempo de serviço dos professores que ainda estão congelados e que, nas contas da AD, vão custar, no total, 240 milhões de euros.

Para “reconhecer a importância” dos docentes, o Executivo quer ainda “criar uma dedução em sede de IRS das despesas de alojamento” dos docentes que se encontrem deslocados a mais de 70 km da sua área de residência”, dar “incentivos” para a fixação de professores “em zonas de baixa densidade ou onde há falta de professores”, nomeadamente “na região de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve” e “construir, em diálogo com os professores, um referencial para a Avaliação do Desempenho Docente”.

Paralelamente, e apesar de o Executivo de António Costa ter revisto no ano passado o modelo de recrutamento e colocação de professores, a tutela liderada por Fernando Alexandre prevê “alterar” este modelo, de forma “a ter em consideração outros fatores, como a residência e avaliação, garantindo equidade, adaptabilidade, eficiência e eficácia”.

Numa altura em que o setor enfrenta um nível recorde de aposentações e que se estima que sejam precisos contratar cerca de 30 mil professores até 2030, o Executivo liderado por Montenegro quer também implementar um “programa de emergência” para atrair novos profissionais, que visa, nomeadamente, “promover as horas extra dos professores, de forma temporária e facultativa”, “promover o regresso ao ensino dos professores que tenham saído da profissão, através de mecanismos de bonificação de reposicionamento na carreira“, assim como rever o “salário em início de carreira” e “rever os restantes índices e escalões, no sentido de simplificar o sistema remuneratório”.

Por outro lado, o novo Executivo mantém a compromisso estabelecido no programa eleitoral de “redefinir o papel do Ministério da Educação, Ciência e Inovação atribuindo responsabilidades de regulador e não de decisor sobre o funcionamento de todas as escolas públicas“. Ainda no capítulo da modernização do modelo de ensino, quer “reestruturar os ciclos do ensino básico, integrando os 1º e 2º ciclos” para colocar o país alinhado “com a tendência internacional”.

No que toca à flexibilização dos currículos escolares, o Governo quer rever os currículos “no sentido de flexibilizar as cargas letivas obrigatórias” no ensino básico e para incluir o ensino do inglês logo desde o 1.º ano. Por outro lado, quer “redefinir os percursos científico-humanísticos do ensino secundário“, de modo a “alargar as disciplinas” que os alunos podem escolher, “alargando posteriormente esta possibilidade aos alunos do 3º ciclo do ensino básico”.

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Redução da dívida pública foi “artificial”, avisa a UTAO

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

A UTAO classifica a redução da dívida pública como “artificial”, alertando que “a obrigação de servir a dívida detida por entidades públicas permanece para os contribuintes”.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) alertou esta quarta-feira que a redução da dívida pública em 2023 foi “artificial” e que há casos em que as opções de gestão financeira foram condicionadas por orientações do Governo passado.

Num relatório sobre condições dos mercados, dívida pública e dívida externa até março, entregue no parlamento, a unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras considera que o acréscimo substancial dos fatores de consolidação da dívida pública em 2023 resulta dos excedentes orçamentais e da “busca deliberada de aplicações em títulos”. A UTAO classifica a redução da dívida pública como “artificial”, alertando que “a obrigação de servir a dívida detida por entidades públicas permanece para os contribuintes”.

Segundo a UTAO, o Decreto-Lei de Execução Orçamental (DLEO) para 2024 estabelece para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) a obrigação de ter no balanço do primeiro trimestre o mesmo valor nominal em instrumentos da dívida pública portuguesa que detinha a 31 de dezembro de 2023. Explica ainda que a lei prevê que o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública tem a “obrigação de remunerar o melhor possível estas aplicações do FEFSS”.

Os técnicos que dão apoio aos deputados detalham que analisou os decretos-lei de execução orçamental até 2018 e “não encontrou disposições semelhantes”. “Estas determinações no DLEO/2024 são uma prova da orientação política conducente a uma redução no valor da dívida pública de Maastricht sem ser por redução no stock da dívida viva”, argumenta.

A UTAO recorda que recentemente o Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou para o risco de concentração excessiva da carteira do FEFSS em dívida pública portuguesa. Segundo os técnicos, o excedente orçamental consolidado de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 é sinal de que houve muitas unidades orgânicas a fechar o ano com excedente, sendo que estas têm o IGCP como o seu banco.

“Portanto, os depósitos e as aplicações em CEDIC cresceram imenso em 2023 por causa de muitos excedentes orçamentais nas AP [Administrações Públicas]”, refere, acrescentando que “o acréscimo de aplicações de unidades orgânicas em instrumentos de dívida do setor AP se explica sobretudo pela vontade deliberada de reforçar a exposição a estes títulos (essencialmente, Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro)”.

Para a UTAO, “haverá casos em que este reforço resultou de meras opções de gestão e casos em que as opções de gestão financeira foram condicionadas por orientações do Governo”. O rácio da dívida pública fixou-se em 99,1% do PIB em 2023 e em termos nominais diminuiu 9,3 mil milhões de euros face ao ano anterior, para 263,1 mil milhões de euros.

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Parlamento Europeu aprova pacto sobre migração e asilo após anos de impasse

A votação foi interrompida por alguns minutos pela contestação de dezenas de ativistas no hemiciclo, que gritaram: "Este pacto mata, não vote". Pacto é aprovado após quatro anos de negociações.

O Parlamento Europeu (PE) deu luz verde final à vasta reforma da política de migração e asilo da União Europeia, que prevê o combate à imigração ilegal e uma solidariedade obrigatória entre os Estados-membros, após quatro anos de discussões.

Ouvimos, agimos e demos resposta a uma das principais preocupações dos Estados-membros. É um dia histórico que acontece depois de anos a trabalhar nisto“, afirmou esta quarta-feira Roberta Metsola, presidente do PE em conferência de imprensa, garantindo que opacote agora aprovado permitirá aos países mais expostos – como Espanha, Itália ou Malta – “dar uma resposta forte e robusta” a um “problema” que a própria considera “humano mas complexo”.

Embora admita que os 10 textos legislativos “não resolvam todos os problemas”, Metsola argumenta que o pacote permite “reduzir a burocracia, aumentar a coordenação entre Estados-membros e a proteção daqueles que mais precisam” e que se encontram expostos a “sistemas de migrações ilegais”.

Na minisessão do Parlamento Europeu, que arrancou em Bruxelas, os eurodeputados aprovaram por maioria os 10 textos legislativos que compõem o novo Pacto em matéria de Migração e Asilo da União Europeia (UE), que foi proposto em 2020 para uma partilha equitativa das responsabilidades entre os Estados-membros e uma coordenação solidária face aos fluxos migratórios.

Esta votação era vista como a última oportunidade para aprovar o documento antes das eleições europeias de junho próximo, após ao longo destes últimos quatro anos ter sido possível, dentro da UE, ultrapassar muitas das tensões entre os 27 Estados-membros, que ainda assim mantêm diferentes visões sobre a política migratória.

Presente na conferência de imprensa esteve também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen que aos jornalistas frisou que o pacto “permitirá fazer a diferença em identificar quem atravessa e as fronteiras e os mares” europeus e “acelerar o processo de asilo para os que têm direito”.

Ademais, frisou que com este pacto será possível desenvolver parcerias com os países de origem das vagas migratórias de maior fluxo e menor controle com vista a “identificar os problemas” de legais.

A reforma da política migratória e de asilo do bloco europeu tem sido criticada por várias associações de defesa de migrantes, com a votação a ter sido interrompida por alguns minutos pela contestação de dezenas de ativistas no hemiciclo, que gritaram: “Este pacto mata, não vote”.

Depois desta aprovação pela assembleia europeia, está prevista para dia 29 de abril a derradeira votação no Conselho (organismo no qual estão os 27 Estados-membros) por maioria qualificada, segundo fontes europeias. Esta reforma prevê, desde logo, um controlo reforçado das chegadas de migrantes à UE, transferências mais rápidas dos que não têm direito a asilo e um mecanismo de solidariedade obrigatório em benefício dos Estados-membros sob maior pressão migratória.

O próximo passo, de acordo com Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica, país que está com a presidência rotativa Conselho da União Europeia, será de acompanhar o processo de transposição dos textos a nível nacional, algo que deverá arrancar já a partir do próximo mês. “Estes acordos têm que ganhar forma e impedir a imigração ilegal. O fenómeno é complexo, mas este pacto oferece as ferramentas para os Estados-membros controlarem a imigração”, frisou durante a conferência de imprensa.

A jornalista viajou para Bruxelas, Bélgica, a convite do Parlamento Europeu

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Incentivos fiscais e fim do limite ao aumento das rendas, a estratégia do Governo para a habitação

A estratégia do Governo para a habitação tanto assenta no estímulo à oferta de casas como no levantamento de travões à procura. Restrições ao alojamento local serão levantadas.

O Governo pretende atacar o problema da falta de habitação com medidas de estímulo à oferta, como os incentivos fiscais à construção, mas também se compromete a levantar travões à procura, como a revogação de medidas que penalizam o alojamento local. Nas rendas, quer acabar com o controlo administrativo de preços e substituí-lo por subsidiação aos inquilinos mais vulneráveis.

O Executivo liderado por Luís Montenegro pretende “mobilizar a sociedade para um efetivo estímulo à oferta de habitações acessíveis tanto no mercado de arrendamento como de aquisição”. Mas, “enquanto esta oferta estimulada em todas as direções não produz todos os seus efeitos, entende-se que medidas restritivas que visam diminuir a procura deverão ser limitadas na estrita medida do necessário para fazer face a situações de emergência social”. É esta a estratégia que norteará a ação do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Do lado da oferta, destaca-se como novidade face ao programa eleitoral a criação de “habitação agrícola”, com “preços mais acessíveis nas zonas rurais e do interior, nomeadamente pela criação de novas áreas urbanizáveis nos Planos Diretores Municipais (PDM), principalmente em concelhos ameaçados pela perda de população”.

De resto, como já defendido antes das eleições, a Aliança Democrática pretende uma “flexibilização das limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluindo construção em altura) e exigências e requisitos construtivos, bem como a possibilidade de aumento dos perímetros urbanos”. Ou a “injeção no mercado, quase-automática, dos imóveis e solos públicos devolutos ou
subutilizados”.

Para incentivar a construção, o programa preconiza um “regime excecional e temporário de eliminação ou redução dos custos tributários em obras de construção ou reabilitação em imóveis destinados a habitação permanente, independentemente da localização em ARU, com compensação das autarquias por perdas de receita. Prevê-se, nomeadamente, a redução substancial ou eliminação de taxas de urbanização, edificação, utilização e ocupação, bem como a aplicação de IVA à taxa mínima de 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação e alargamento da dedutibilidade.

O Governo compromete-se também com “a simplificação e redução de obstáculos ao licenciamento e transição de modelo de controlo urbanístico prévio para fiscalização a posteriori“.

Tal como no programa eleitoral, defende-se a “criação de um programa de Parcerias Público-Privadas para a construção e reabilitação em larga escala, quer de habitação geral quer de alojamento para estudantes”, bem como o estímulo e facilitação de novos conceitos de alojamento no mercado português, criando regulação facilitadora. São exemplos o build to rent, mixed housing com bónus de densidade urbanística para habitação a custos moderados, co-living, habitação modular, cooperativas de habitação e utilização flexível dual das residências de estudantes.

 

Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação.JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Acabar com limitação ao aumento das rendas

O programa para a habitação prevê também a revogação de medidas implementadas pelo Governo anterior para restringir a procura. O exemplo mais flagrante é o Mais Habitação, onde o Governo assume a “determinação” de revogar normas como o arrendamento forçado ou as medidas penalizadoras do alojamento local como a Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local e a caducidade das licenças.

Outra alteração defendida é o fim dos controlos administrativos dos preços, de que é exemplo o limite de 2% ao aumento das rendas nos novos contratos, introduzido pelo Executivo de António Costa, substituindo-os pela “subsidiação pública aos arrendatários em situações de vulnerabilidade/necessidade efetiva“.

O Governo compromete-se ainda a fazer uma “avaliação das contrarreformas introduzidas nos últimos 8 anos ao nível do arrendamento e obras, em particular as relativas à duração e renovações (especialmente as de 2019), com avaliação e revisão legislativa subsequente em conformidade com os resultados”.

Acelerar mecanismos de rápida resolução de litígios em caso de incumprimento dos contratos de arrendamento e reavaliar o mecanismo de seguro de renda completam as medidas nesta área.

Especificamente para a aquisição de habitação pelos jovens, o Governo promete a isenção de IMT e imposto de selo e uma “garantia pública para viabilizar o financiamento bancário da totalidade do preço de aquisição por jovens”.

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Nuno Fernandes Thomaz eleito para terceiro mandato como presidente da Centromarca

Nuno Pinto de Magalhães (chairman da Central de Cervejas) assume a presidência da Mesa da Assembleia Geral, enquanto Rui Silva (CEO da Nobre) preside ao Conselho Fiscal.

Nuno Fernandes Thomaz avança para o seu terceiro mandato enquanto presidente da Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca, depois de ter sido eleito em Assembleia Geral para o triénio 2024-2026.

O gestor de 55 anos foi reconduzido uma vez mais no cargo, onde o objetivo passa por continuar a contribuir para a construção de um ecossistema de marcas justo, sustentável e competitivo.

“Os três anos que passaram foram muito desafiantes. Foi um triénio marcado pela recuperação de uma pandemia global e os nossos associados mostraram uma enorme resiliência. Os tempos que se seguem continuam a ser de grande exigência face às duas guerras que conhecemos e face a um cenário político de alguma instabilidade, aos quais as marcas vão responder da melhor forma. Do nosso lado os nossos associados sabem que podem contar sempre com a nossa colaboração e apoio para minimizar o impacto destas realidades“, diz o sócio da sociedade de capital de risco Core Capital e administrador da Sogepoc e da Vista Alegre Atlantis, citado em comunicado.

Como prioridades para o primeiro ano de mandato Nuno Fernandes Thomaz elenca a organização do III Congresso das Marcas, a sensibilização das forças políticas para os principais dossiers e temas da Centromarca – como as vantagens de uma harmonização do IVA a 6% para todos os produtos da área agroalimentar – ou o acompanhamento do regulamento da União Europeia (UE) sobre prazos de pagamento.

A defesa da marca como crucial para a diferenciação, a valorização e liberdade de escolha do consumidor, o fortalecimento do vínculo com empresas associadas e a atração de novos associados relevantes são outros dos objetivos estabelecidos.

A nova direção da Centromarca é composta por 14 representantes de empresas associadas, e conta com a integração de João Potier (diretor geral da Mundiarroz) e Luis Moreira (chief commercial officer Super Bock). Os membros substituídos vão ocupar novas posições nos órgãos sociais da associação, pelo que no próximo mandato Nuno Pinto de Magalhães (chairman da Central de Cervejas) assume presidência da Mesa da Assembleia Geral, enquanto Rui Silva (CEO da Nobre) preside ao Conselho Fiscal.

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Campanha da Nos mostra que é possível ter internet até nas Grutas de Mira de Aire

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  • 10 Abril 2024

“Impossível teres boa net? Não há impossíveis para Nos” é o mote da campanha. A criatividade é d'O Escritório, a produção da Playground e o planeamento de meios da Arena. 

De forma a colocar à prova a sua internet, a Nos convidou o streamer e gamer Move Mind (Diogo da Silva) a jogar e a fazer streaming em direto nas Grutas de Mira de Aire, o que serviu de contexto para a campanha “Os Confins da Net”.

Aquelas que são as maiores grutas do país, com 110 metros de profundidade (equivalente a 36 andares), 90% de humidade e paredes de 80 metros de espessura, foram assim o ambiente escolhido pela Nos para demonstrar que a sua internet “aguenta com tudo”.

Com o mote “Impossível teres boa net? Não há impossíveis para Nos”, a campanha marca presença em televisão, outdoor e digital, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Arena. A criatividade é d’O Escritório enquanto a produção, que envolveu mais de 19 horas de filmagem, é da Playground.

A Nos vai até onde for preciso para provar que a sua net ‘aguenta com tudo’. A gruta é um limite, mostra que não há impossíveis para a Nos. Nem nos locais mais inóspitos. Mostrar que a net da Nos funciona até nas Grutas de Mira de Aire eleva a fasquia, ou melhor fá-la descer a 110 metros de profundidade”, diz Rita Torres-Baptista, diretora de marca e comunicação da Nos, citada em comunicado.

“O caráter inóspito da localização era evidente. A profundidade, a humidade, um sítio de extrema beleza natural, mas um cenário difícil de percorrer. Questionámo-nos como vai a net da Nos atravessar pedras tão espessas e acidentadas? Com confiança, fizemos tudo como em casa dos nossos clientes. Este foi mais um incentivo para encontrarmos soluções que sirvam cada vez melhor os nossos exigentes clientes“, acrescenta.

A solução de internet usada no âmbito da campanha foi a que “qualquer pessoa pode ter”, explica-se em nota de imprensa, tendo em conta que “toda a instalação da solução foi feita da mesma forma como é feita na casa dos clientes Nos: a mesma infraestrutura técnica (fibra), os mesmos equipamentos (router wi-fi 6 e wi-fi total) e os mesmos profissionais”.

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Luz Saúde regressa à bolsa a 3 de maio, se IPO for bem-sucedido

Fidelidade irá acolher ofertas de compra dos investidores até 30 de abril, quando será também decidido se a operação de venda avança e a que preço.

O calendário da operação de venda de ações da Luz Saúde prevê o regresso do grupo à bolsa de Lisboa a 3 de maio, apurou o ECO junto de fonte ligada ao processo. Até 30 de abril serão aceites ofertas dos investidores. Nessa altura será também decidido se a operação avança mesmo e a que preço.

A Luz Saúde anunciou formalmente esta quarta-feira um aumento de capital de até 100 milhões de euros através da colocação privada de novas ações junto de investidores institucionais, tanto em Portugal como no estrangeiro. A empresa aprovou, em assembleia-geral, a emissão de até 23,88 milhões de títulos, o correspondente a 20% do novo capital.

Serão também vendidas ações detidas pela Fidelidade, que tem 99,86% do grupo liderado por Isabel Vaz, numa percentagem não revelada. Ao que o ECO apurou, o número de ações a alienar no aumento de capital e na venda direta dependerá da procura e do preço que vier a ser definido para a operação. Já certo é que a seguradora detida pela chinesa Fosun irá continuar como acionista maioritária.

“A Fidelidade pretende reter a maioria do capital social da Luz Saúde na sequência da oferta, embora garantindo um nível saudável de liquidez para novos investidores”, refere a Fidelidade no comunicado divulgado esta quarta-feira.

O período de aceitação de ofertas dos investidores decorre até 30 de abril. Nesse dia ficará também decidido se a operação se materializa e, em avançando, o preço a que serão vendidos os títulos. Sendo bem-sucedida, a Luz Saúde voltará a cotar na Euronext Lisbon a 3 de maio, mais de cinco anos depois de ter saído, no final de 2018.

A venda de ações da Luz Saúde será coordenada pelo Citigroup Global Markets e a UBS. Participam ainda o BNP Paribas, o Caixa BI, o Caixabank, o Hauck Aufhäuser Investment Banking (HAIB) e o Millenium bcp. A Evercore é o consultor financeiro.

PWC CEO Survey Portugal - 09MAI2019
Isabel Vaz, CEO do grupo Luz Saúde.Hugo Amaral/ECO

A Luz Saúde opera 29 unidades, incluindo hospitais, clínicas ambulatórias e uma residência sénior e “chega a 75% da população portuguesa”, diz a empresa. Com uma equipa composta por 4.876 médicos, 2.587 enfermeiros, 1.308 técnicos, e 1.126 camas, “lidera a prestação de cuidados de saúde em Portugal”.

Em 2023, os seus 14 hospitais atenderam mais de 1,1 milhões de pacientes e geraram 92,6% das receitas da empresa. Além disso, as 14 clínicas ambulatórias serviram cerca de 246 mil pacientes externos e contribuíram com 6,1% para as receitas anuais. A rede inclui também uma residência sénior, responsável por 0,9% das receitas, acrescenta a Luz Saúde.

Na informação aos investidores a Luz Saúde revela que no exercício terminado em 31 de dezembro de 2023, teve resultados operacionais ajustados de 666,9 milhões de euros, aumento de 12% face a 2022, um EBITDA ajustado de 99,8 milhões de euros (+22,5% vs. 2022).

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