Amazon apresenta primeiras perdas trimestrais desde 2015

  • Lusa
  • 29 Abril 2022

Tecnológica divulgou uma perda de 3,84 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, o que compara com um lucro homólogo de 8,1 mil milhões.

A Amazon divulgou esta quinta-feira as suas primeiras perdas trimestrais desde 2015, com a sua máquina de produção de dinheiro afetada pelo arrefecimento do comércio eletrónico que a pandemia tinha estimulado e pelo consagração contabilístico de uma avultada perda.

O título do grupo do comércio eletrónico, baseado em Seattle, estava a perder 10% nas transações eletrónicas posteriores ao encerramento da praça bolsista nova-iorquina. A Amazon divulgou uma perda de 3,84 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, o que compara com um lucro homólogo de 8,1 mil milhões. Este resultado dececionou os analistas, que esperavam resultados positivos.

As avultadas perdas divulgadas resultam do reflexo contabilístico da desvalorização em 7,6 mil milhões de dólares do seu investimento na Rivian Automotive, uma startup. Mas o arrefecimento no consumo em linha é real e generalizado.

Enquanto as vendas nas lojas físicas aumentaram, março foi o primeiro mês em que as vendas eletrónicas baixaram desde que a pandemia começou, segundo a Mastercard SpendingPulse, que segue os pagamentos feitos na rede Mastercard e faz estimativas para outros pagamentos.

A Amazon prosperou durante a pandemia, com as pessoas que ficaram em casa para limitar os contactos sociais a virarem-se para o comércio eletrónico para comprarem o que precisavam. Mas o crescimento arrefeceu à medida que as pessoas se sentiram mais confortáveis e seguras para sair.

Segundo a empresa de investigação do comércio eletrónico MarketPlace Pulse, o valor dos bens vendidos na Amazon no último ano cresceu a uma velocidade que foi metade da de 2020. À semelhança de outras empresas, a Amazon está a lidar com pressões provenientes de várias frentes, como inflação, questões de cadeias de abastecimento e escassez de mão-de-obra

Ao contrário dos lucros, as receitas subiram 7% para 116,44 mil milhões de dólares, o que foi o sexto trimestre consecutivo em que as receitas superaram os 100 mil milhões. A Amazon previa um intervalo de vendas entre 112 mil milhões e 117 mil milhões. Os analistas auscultados pela FactSet antecipavam 116,5 mil milhões.

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Impostos dão 1,5 mil milhões de euros a almofada para pagar pensões

  • ECO
  • 29 Abril 2022

67% da receita fiscal é conseguida através do IVA social. Só em IRC, AIMI e Adicional à Contribuição do Setor Bancário estimam-se quase 500 milhões em receitas.

As transferências de receitas de impostos para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) vão ascender a 1.450 milhões de euros este ano, avança oJornal Económico (acesso pago). A contribuir para este montante estão as receitas do IVA social, adicional ao IMI (AIMI), Adicional à Contribuição do Setor Bancário e uma parcela do IRC.

Só em IRC, AIMI e Adicional à Contribuição do Setor Bancário, o Governo estima que a receita de impostos dedicada ao financiamento da Segurança Social atinja perto dos 500 milhões, um montante que representa 33% do total das receitas com impostos a transferir para o FEFSS que conta com a grande fatia (67%) da receita fiscal através do IVA social.

De acordo com o Relatório do Orçamento do Estado para 2022, está a ser considerada uma transferência de 34 milhões relativos ao adicional à contribuição do setor bancário, de 148,1 milhões do Adicional ao IMI e de 297,3 milhões de euros da parcela do IRC.

Desde 2016, o Governo de António Costa já transferiu mais oito mil milhões de euros em impostos para o FEFSS, que funciona como uma espécie de pé-de-meia destinado a pagar pensões caso o sistema previdencial entre em rutura. A almofada é agora o dobro face aos 774 milhões de euros de impostos transferidos em 2016, contabiliza o jornal.

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Apple surpreende analistas com desempenho trimestral com mais expansão e lucros

  • Lusa
  • 29 Abril 2022

Apple teve receitas de 97,3 mil milhões de dólares, mais 9% do que no período homólogo, e lucro trimestral subiu 6% para os 25 mil milhões de dólares.

A Apple divulgou na quinta-feira resultados trimestrais que superaram as projeções dos analistas, apesar das dificuldades no abastecimento, os resultados económicos da invasão russa da Ucrânia e o arrefecimento das elevadas vendas provocadas pelas restrições impostas pela pandemia.

Os resultados esboçaram um quadro de um império empresarial que continua em expansão e a gerar lucros avultados, traços que sustentam uma capitalização bolsista de 2,7 biliões (milhares de milhões) de dólares, a maior das empresas dos Estados Unidos. Mesmo assim, a Apple enfrenta alguns dos mesmos desafios que se colocam às outras grandes empresas tecnológicas.

Depois do crescimento acentuado, devido às restrições decididas para combater a pandemia, é cada vez mais difícil conseguir os mesmos níveis espetaculares de crescimento que levou as ações das empresas tecnológicas a níveis recorde. À medida que a crise sanitária continua a desvanecer-se, a taxa de crescimento anual é cada vez mais difícil de manter.

Neste período temporal, a Apple teve receitas de 97,3 mil milhões de dólares, mais 9% do que no período homólogo. Este foi o primeiro trimestre dos últimos seis em que Apple não apresentou uma taxa de crescimento anual de dois dígitos relativa ao crescimento das receitas. Em todo o caso, o desempenho superou as expectativas dos analistas ouvidos pela FactSet Research, que esperavam 94 mil milhões de dólares.

Já o lucro trimestral subiu 6% homólogos, para os 25 mil milhões de dólares. As ações da empresa subiram mais de 1% nas transações eletrónicas depois do fecho da praça de Wall Street.

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Comprei uma casa e atribuíram-lhe um valor patrimonial de 130 mil euros. Como é calculado o IMT?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Comprei uma casa por 100 mil euros, mas nas Finanças atribuíram-lhe um valor patrimonial de 130 mil euros. Como é calculado o IMT?

O imposto é calculado em função do valor mais elevado de que as Finanças têm conhecimento, que, neste caso, é aquele que consta da caderneta predial do imóvel. Para provar que pagou menos, o comprador e o vendedor têm de abdicar do sigilo bancário.

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Rui Moreira teme que Portugal2030 e PRR sirvam para “tapar buracos”

  • Lusa
  • 29 Abril 2022

"Temo que o Portugal 2030 seja para tapar o buraco da ‘pseudodescentralização’", disse o autarca do Porto, afirmando que "o PRR serve para tapar buracos".

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse temer que o programa de financiamento comunitário Portugal 2030 e os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) sirvam “tapar buracos”.

“Temo que o Portugal 2030 seja para tapar o buraco da ‘pseudodescentralização’ que os senhores [o PS] impuseram aos municípios portugueses”, afirmou o autarca, durante uma sessão da Assembleia Municipal do Porto, na noite de quinta-feira. Rui Moreira respondia à deputada socialista Odete Patrício, que tinha questionado o edil sobre o programa operacional, durante o debate acerca das contas do município de 2021.

O independente afirmou ainda que também “o PRR serve para tapar buracos”, reiterando que a linha de financiamento europeu, no que toca à cultura, “é uma vergonha”. Rui Moreira atacou também o PS em relação à descentralização de competências. O autarca disse que os socialistas “conhecem muito bem os números” e “sabem o que está em jogo – é um alijar de competências”.

“Daqui a um ano, quando estivermos aqui a olhar para as contas, vamos ver que o município conseguiu fazer, de facto. Não no que queria, teve de fazer naquilo que lhe foi encomendado, ordenado, pelo Governo, em coisas como o amianto nas escolas, numa cidade como a nossa em que as escolas já não tinham amianto, o que nos transferem é escolas com amianto. Daqui a um ano, sim, será esta governação que será julgada”, prosseguiu.

A socialista Odete Patrício optou por “não fazer uma réplica às considerações políticas de âmbito nacional” e insistiu apenas nas questões colocadas a propósito das contas do município.

Rui Moreira tem tecido fortes críticas ao processo de descentralização de competências, tendo mesmo levado ao executivo a proposta de saída da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que foi aprovada a 19 de abril. O processo de transferência de competências em mais de 20 áreas da Administração Central para os municípios decorre desde 2019.

A transferência definitiva e obrigatória de competências nas áreas da Educação, Saúde e Ação Social para os municípios estava prevista a partir de 01 de abril deste ano, após vários adiamentos. A 3 de fevereiro, o Governo aprovou a possibilidade de os municípios requererem a prorrogação até 01 de janeiro de 2023 do prazo para a concretização da transferência de competências na área da Ação Social, mantendo a efetivação das competências de Educação a 01 de abril.

A Câmara Municipal do Porto interpôs, em 25 de março, uma providência cautelar para travar a descentralização nas áreas da educação e da saúde. Em 04 de abril, o vereador da Educação da Câmara do Porto, Fernando Paulo, adiantou que a providência foi aceite, mas sem efeitos suspensivos, o que levou a autarquia a “acomodar” as competências.

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Portugal na mira dos fundos que financiam processos judiciais

  • ECO
  • 29 Abril 2022

São um terceiro agente que se interpõe entre os advogados e os seus clientes ou partes, suportando todos os custos do processo. Só são remunerados se ganharem a causa.

Vários fundos de investimento internacionais têm vindo a sondar o mercado nacional para explorar oportunidades de third-party litigation, um modelo de negócio em que estes fundos suportam os custos dos processos e só são remunerados se a causa for bem sucedida, avança o Expresso esta sexta-feira. Este novo modelo introduziria uma alteração significativa nos processos judiciais em Portugal, escreve o semanário.

São um terceiro agente que se interpõe entre os advogados e os seus clientes ou partes. Pagam os honorários dos advogados, os pareceres técnicos, as peritagens e as custas judiciais. Se a causa tiver um bom desfecho, são reembolsados do empréstimo, acrescido de uma comissão (os valores não são divulgados, mas poderão ir dos 15% aos 50% do valor da causa). Se os clientes perderem em tribunal, arcam com o risco e não recebem nada.

O Expresso refere que este modelo de negócio já deu alguns passos em Portugal, sobretudo em ações coletivas (o chamado contencioso de massa) e na arbitragem comercial (disputas entre empresas). O objetivo destes fundos internacionais é alargar a carteira de clientes e o espetro das ações judiciais.

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Governo acaba com testes gratuitos à Covid nas farmácias

  • ECO
  • 29 Abril 2022

O Executivo decidiu não prolongar o regime de comparticipação de testes rápidos de antigénio à Covid, pelo que a partir de sábado deixam de ser gratuitos dois testes à Covid por mês e por utente.

O Governo não vai renovar o regime excecional e temporário que permite a comparticipação de testes rápidos de antigénio à Covid nas farmácias e laboratórios aderentes, avança o Público (acesso condicionado). Com esta decisão, o Executivo põe fim à comparticipação de dois testes gratuitos à Covid por utente, por mês. Termina no sábado.

Esta decisão surge num contexto de alívio de medidas de combate à Covid-19, depois de o Governo ter deixado cair a obrigatoriedade de uso de máscara para a generalidade dos espaços públicos fechados. Nesse contexto, está também a ser revista a estratégia nacional de testagem ao SARS-CoV-2, sendo que o objetivo é acabar com rastreios sistemáticos em vários locais, como em lares de idosos ou nos hospitais.

Em fevereiro, o Executivo o Governo colocou um “ponto final” à obrigatoriedade de apresentação de teste negativo para vários locais, pelo que a testagem deixou de ser massiva. E a mudança da política de testagem teve reflexo na adesão aos testes. Se em janeiro, tinha sido feitos quase oito milhões de testes à Covid, em março, o número não ultrapassou 1,7 milhões, de acordo com os dados do INSA.

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Descida do ISP na segunda-feira anula subida dos combustíveis à boleia do Brent

Brent dita subida de meio cêntimo no litro gasóleo na segunda-feira e de um cêntimo na gasolina. Mas redução do ISP trará descida de 20 cêntimos nos combustíveis.

Os combustíveis vão subir ligeiramente na próxima semana, à boleia dos preços do Brent do Mar do Norte, que serve de referência para o mercado europeu. Os mercados estão preocupados com uma possível queda na procura de petróleo, sobretudo por parte da China, o maior importador mundial e, por isso, os preços do “ouro negro” afastam-se da escala verificada nas primeiras semanas de guerra na Ucrânia. No entanto, segunda-feira, já estará em vigor a nova medida de redução do ISP, como anunciou o primeiro-ministro no debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2022, que trará uma redução de 20 cêntimos por litro na gasolina e no gasóleo.

A partir da próxima segunda-feira o gasóleo poderá estar meio cêntimo mais caro e a gasolina um cêntimo, adiantou ao ECO fonte do setor, usando os valores da cotação do brent até ao fecho do mercado na quinta-feira. Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, isso significa que o litro do gasóleo simples vai custar 1,931 euros e a gasolina simples 95 passará a custar 1,985 cêntimos.

Mas depois há que ter em conta a nova medida de redução do ISP equivalente à descida do IVA dos combustíveis para 13%, que vai entrar em vigor na segunda-feira e permitirá uma descida da carga fiscal de 20 cêntimos por litro, disse António Costa. E que vai anular totalmente o ligeiro aumento ditado pelas cotações do brent.

O primeiro-ministro precisou, na Assembleia da República, que esta medida vai permitir “reduzir 62% do aumento do preço da gasolina e 42% do aumento do preço do gasóleo sofrido pelos consumidores desde outubro”.

Com esta redução do ISP deixa de ser estar em vigor o Autovoucher que dava os portugueses um apoio de 20 euros desde que fizessem uma compra num posto aderente, bastando para isso estarem inscritos na plataforma e pagar com cartão multibanco. E nem é preciso pedir fatura. Quem ainda quiser aproveitar este apoio tem até sábado para fazê-lo.

Os preços dos combustíveis na bomba, na segunda-feira, podem ainda ser influenciados pela aplicação da fórmula criada para mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis, mas não é certo que a sua aplicação determine uma descida do ISP superior a um cêntimo. Por outro lado, a medida foi criada com o objetivo de garantir a neutralidade fiscal e como nas semanas em que os combustíveis desceram, o Governo optou por não aumentar o ISP, os cofres do Estado estão ‘a haver’ receita de ISP (existem desvios acumulados), por isso, tal como esta semana, o ISP poderá não mexer.

“Atualmente verifica-se um desvio acumulado de dois cêntimos na taxa do ISP por litro de gasóleo e 0,8 cêntimos na taxa do ISP por litro de gasolina”, frisava o Ministério das Finanças em comunicado, na passada sexta-feira.

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Petróleo sobe quase 2% e aproxima-se dos 110 dólares por barril

Brent sobe quase 2% esta sexta-feira, regressando a preços tangentes a 110 dólares o barril. Há quatro dias consecutivos que os preços do barril não param de subir.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais caminham para fechar uma semana de subidas. Os futuros da matéria-prima que servem de referência para as importações nacionais aumentavam quase 2% pelas 14h00 em Lisboa, um ritmo de subida acima do registado do outro lado do Atlântico. Há quatro dias seguidos que os preços do barril não param de subir.

Segundo dados da Refinitiv, o Brent somava 1,79% em Londres, para 109,52 dólares. No acumulado da semana, a subida fica próxima de 3%, depois de uma queda superior a 4% acumulada ao longo da semana passada. Já o norte-americano WTI ganhava 0,96%, para 106,37 dólares.

Evolução do preço do Brent:

A marcar o dia nos mercados de petróleo está a notícia de que a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, planeia cortar os preços de referência do crude vendido na Ásia, depois de uma série de confinamentos na China terem pressionado os preços, por causa da expectativa de menor procura por petróleo, de acordo com a Reuters.

(Cotações atualizadas às 14h08)

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Hoje nas notícias: Fundos, Segurança Social e testes Covid

  • ECO
  • 29 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal está na mira dos fundos que financiam processos judiciais. As transferências de receitas de impostos para o fundo da Segurança Social vão atingir 1.450 milhões de euros este ano. Os testes rápidos à Covid-19 vão deixar de ser comparticipados nas farmácias e laboratórios aderentes. No plano político, o líder da bancada parlamentar do PSD revela que o partido deve avançar com o projeto de revisão constitucional ainda nesta sessão legislativa.

Portugal na mira dos fundos que financiam processos judiciais

Fundos de investimento internacionais têm sondado o mercado português para explorar oportunidades de negócio na área do third-party litigation, um modelo de negócio de origem anglo-saxónica que, a singrar, introduziria uma alteração significativa nos processos judiciais em Portugal. Estes fundos são um terceiro agente que se interpõe entre os advogados e os seus clientes ou partes, dispondo-se a pagar todos os custos dos processos, sendo remunerados se a causa for bem-sucedida.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Impostos dão 1,5 mil milhões de euros a almofada para pagar pensões

As transferências de receitas de impostos para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) vão atingir este ano 1.450 milhões de euros, com a alocação das receitas do IVA social, Adicional ao IMI (AIMI), Adicional à Contribuição do Setor Bancário e uma parcela do IRC. Desde 2016, o Governo de António Costa transferiu mais de oito mil milhões de euros em impostos para o FEFSS. Almofada é agora o dobro face aos 774 milhões de euros de impostos transferidos em 2016.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Governo paga à Parque Escolar seis vezes mais do que às Câmaras

O Governo paga à Parque Escolar seis vezes mais pela manutenção das escolas públicas do que está a atribuir aos municípios. As contas da Câmara do Porto mostram que a verba anual por escola devia ser 120 mil euros e não 20 mil euros, como está a ser transferido. Por sua vez, segundo o contrato-programa entre o Estado e a Parque Escolar, o Governo atribui 1,353 euros por metro quadrado à Parque Escolar todos os meses.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Governo acaba com testes gratuitos à Covid-19 nas farmácias

O Governo não vai renovar o regime excecional que permite a comparticipação de testes rápidos de antigénio à Covid nas farmácias e laboratórios aderentes. Com esta decisão, o Executivo põe fim à comparticipação de dois testes gratuitos ao coronavírus por utente, por mês. A medida deixa de vigorar no sábado.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

PSD deve lançar revisão constitucional nesta sessão legislativa

O líder parlamentar do PSD sinaliza que “é necessária uma relação de confiança política” com o futuro presidente dos sociais-democratas, mas assegura que não é “pressionável”. Em entrevista ao Público e Renascença, Paulo Mota Pinto considera “prematuro” dizer se vai colocar o lugar à disposição quando mudar o líder do partido e avança que o PSD deve pôr em marcha, nesta sessão legislativa, o projeto de revisão constitucional. “A revisão constitucional é uma bandeira do PSD há muitos anos, em várias áreas, e continua a ser”, assegura.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado) e na Renascença (acesso livre).

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Preços do gás natural recuam 7% para menos de 100 euros/MWh

Futuros de referência na Europa descem mais de 7% esta sexta-feira, aproximando-se dos preços registados no início de uma semana de alta volatilidade no mercado.

Os preços de referência do gás natural na Europa voltam a descer esta sexta-feira, caindo mais de 7% e negociando abaixo dos 100 euros por MWh (megawatt-hora), segundo dados da Barchart, consultados às 7h15 em Lisboa.

Depois da escalada dos preços registada esta semana, na sequência da decisão da Rússia de cortar o abastecimento de gás natural à Polónia e à Bulgária, os futuros do TTF para entrega em junho recuavam mais de 7% na manhã desta sexta-feira, para 99,84 euros/MWh.

O mercado de gás natural caminha assim para fechar uma semana de grande volatilidade, bastante influenciada pelas tensões entre a Rússia e o Ocidente. Mas apesar de ter chegado a disparar 20% na quarta-feira, o gás natural TTF aproxima-se esta sexta-feira dos preços a que negociava no início da semana.

Esta semana fica ainda marcada pelo acordo político alcançado pelos governos português e espanhol com a Comissão Europeia, que vai permitir impor limites no preço do gás natural na Península Ibérica. O mecanismo, que deve durar 12 meses, vai permitir limitar o custo do gás a uma média de 50 euros/MWh, uma medida que visa desassociar os preços grossistas da eletricidade da escalada dos preços do gás natural nos mercados internacionais.

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Reabrir Linha do Douro até Barca d’Alva custa 75 milhões

Estudo técnico da Infraestruturas de Portugal para o troço Pocinho-Barca d'Alva contempla circulação de comboios sem necessidade de transbordo do Porto até à fronteira da Espanha.

A reabertura do troço da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d’Alva depende de um investimento de cerca de 75 milhões de euros. Esta é a principal conclusão de estudo técnico da Infraestruturas de Portugal (IP), apresentado nesta quinta-feira na Régua junto do grupo de trabalho que está a debater o regresso da ligação ferroviária. O presidente da autarquia, José Manuel Gonçalves, acredita que foi dado um passo decisivo para que os comboios regressem aos carris no troço encerrado em 1988.

“É demasiado óbvia a rentabilidade da linha. Neste momento, é mais difícil criar um cenário de não viabilidade do que o contrário. Seria mais difícil se agora assistíssemos a um retrocesso”, assinala ao ECO o autarca, em conversa por telefone.

O orçamento de 75 milhões de euros para a reabertura do troço contempla 59 milhões de euros para as obras; os restantes 16 milhões deverão ser gastos em estudos, projetos, fiscalização e em estaleiro. A verba para a obra fica acima de duas estimativas anteriormente divulgadas: 50 milhões de euros, segundo declarações de maio de 2021 da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa; e 43 milhões de euros de um estudo da IP de 2016.

O estudo prevê que o percurso Pocinho-Barca d’Alva possa ser reaberto nas mesmas condições em que atualmente funciona a restante Linha do Douro: ou seja, poderá circular o mesmo comboio entre Porto e a fronteira, sem necessidade de transbordo para mudança de material circulante, por exemplo.

Além de promover a mobilidade regional e a coesão territorial, a reabertura da linha até Barca d’Alva poderá ter outros efeitos económicos: “Temos empresários da área do turismo que querem usar o comboio como um transfer entre os estabelecimentos hoteleiros no Porto e os da nossa região”, antecipa José Manuel Gonçalves.

Sobre carris, a viagem entre Pocinho e Barca d’Alva demora cerca de 25 minutos, para percorrer 28 quilómetros. Por estrada, as duas localidades estão a cerca de 45 minutos de distância, num percurso marcado por curvas.

Temos empresários da área do turismo que querem usar o comboio como um transfer entre os estabelecimentos hoteleiros no Porto e da nossa região

José Manuel Gonçalves

Presidente da câmara da Régua

A conclusão do estudo técnico era o passo que faltava para que, durante o mês de maio, fique concluído o estudo de viabilidade económica, a cargo da IP e que foi pedido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, pronunciou-se nesta sexta-feira sobre a Linha do Douro e reafirmou a intenção de reabrir o troço, mesmo sem se comprometer com uma data.

“A Linha do Douro é fundamental, pois a região do Douro é das mais bonitas do mundo. Um dia, temos de levar a linha até ao fim. O país tem restrições orçamentais e tem de definir prioridades mas não podemos desistir de ter toda a linha do Douro eletrificada e em uso”, respondeu o ministro ao deputado socialista José Carlos Barbosa no debate do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

O grupo de trabalho para a reabertura do troço Pocinho-Barca d’Alva foi constituído formalmente em maio de 2021. Coordenado pela CCDR-N, o grupo integra autarcas em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro (como a Régua) e membros da IP. A equipa vai ajudar a definir qual o modelo mais viável para reabrir a ligação ferroviária

Antes disso, em março de 2021, o Parlamento aprovou, por unanimidade uma petição para a reabertura deste troço. O documento apresentado pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial e da Fundação Museu do Douro reuniu 13.999 assinaturas.

A reabertura do troço até à fronteira não depende de uma decisão de Espanha e pode ainda servir como uma chamada de atenção, segundo José Manuel Gonçalves. “Os espanhóis não vão ser insensíveis ao projeto e vão reconhecer no regresso de uma ligação do Douro até Salamanca. Para que isso aconteça, são necessários 119 milhões de euros, a cargo do orçamento espanhol.

(Notícia atualizada às 13h22 com declarações do ministro Pedro Nuno Santos)

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