Fórum para a Competitividade revê PIB em baixa para entre 2,5% e 4% em 2022

No melhor cenário do Fórum, o PIB cresce tanto quanto o FMI prevê, desacelerando face aos 4,9% de 2021. Já na taxa de inflação e no desemprego as previsões estão mais alinhadas com as do Governo.

O Fórum para a Competitividade reviu em baixa o crescimento económico de Portugal para o intervalo entre 2,5% e 4%, com um ponto central no 3,3%, o que compara com a previsão anterior que admitia uma variação do PIB de 4,5%. Esta nova projeção fica bastante abaixo dos 4,9% estimados pelo Governo e o Banco de Portugal, mas vai ao encontro dos 4% estimados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana.

“Em linha com o crescimento moderado esperado para os nossos parceiros comerciais e com a margem para recuperar da recessão de 2020, o Fórum para a Competitividade estima um abrandamento do crescimento, de 4,9% em 2021, para entre 2,5% a 4% em 2022 e uma nova desaceleração em 2023, para entre 1,5% a 3%, com a eliminação da folga da economia”, lê-se nas perspetivas empresariais divulgadas esta quinta-feira, notando que em março registou-se “uma queda generalizada da confiança, com destaque para o caso dos consumidores e também da indústria”.

Quando divulgou previsões para o primeiro trimestre, no início de abril, o Fórum referia que “em 2022, a desaceleração do PIB face às anteriores estimativas deverá ser inferior a um ponto percentual e a aceleração da inflação deverá rondar os dois pontos percentuais”. Em janeiro, a previsão para o conjunto do ano definia um intervalo de 2,5% a 4,5%. A revisão em baixa é justificada pela invasão russa na Ucrânia, o que “deverá impedir um crescimento tão forte como inicialmente esperado”.

Em relação à inflação, o Fórum aponta para um intervalo que engloba a nova previsão do Governo (4%): a taxa de inflação deve acelerar para entre 3% a 4,5% em 2022. “É provável a persistência de tensões inflacionistas significativas até meados de 2022, mas que deverão abrandar posteriormente”, explica a publicação trimestral, antecipando que em 2023 a taxa de inflação irá desacelerar para entre 1% a 2,5%.

Já o mercado de trabalho deverá manter a forte dinâmica que tem tido, com a taxa de desemprego a situar-se entre 6% a 6,5% em 2022 e entre 5,5% e 6% em 2023, sem que tal leve a uma espiral de salários e inflação. “Há três razões significativas que impedem que, no curto prazo, os salários possam acompanhar a subida dos preços: estarmos perante uma inflação da oferta; a perda de rendimento com o aumento dos preços das importações de energia; para não criar uma espiral inflacionista, em que se tenta correr atrás da própria sombra”, explica o diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira, no relatório das Perspetivas Empresariais relativas ao primeiro trimestre de 2022 divulgado esta quinta-feira.

Quanto ao Orçamento do Estado para 2022, o Fórum aproveita para fazer um alerta sobre os impostos: “A atualização das tabelas de IRS abaixo da inflação constitui um aumento dos impostos sobre as famílias, que não se compreende num momento em que o consumo já está a ser penalizado pela inflação e pela guerra“, critica.

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Associação de Alojamento Local desvaloriza impacto de acórdão do Supremo

Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal, diz que a legislação já permite aos condomínios oporem-se ao uso turístico das habitações e que a conflitualidade é residual.

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal reconhece, em declarações à RTP, que o acórdão do Supremo Tribunal sobre a atividade reforça os direitos dos condomínios, mas desvaloriza o impacto da decisão. A lei já permite, desde 2018, a oposição ao uso turístico e a conflitualidade é quase inexistente, argumenta.

Um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, noticiado pelo Público esta quinta-feira, veio estabelecer que “no regime da propriedade horizontal, a indicação no título constitutivo de que certa fração se destina a habitação deve ser interpretada no sentido de nela não ser permitida a realização de alojamento local”.

Apesar de ter sido aprovado por unanimidade, na decisão constam duas declarações de voto. Numa delas, o juiz Rijo Ferreira alerta que do acórdão resulta “a ilicitude de todas as explorações de alojamento local instaladas em frações autónomas de imóveis constituídos em propriedade horizontal destinadas a habitação, ainda que registadas e com título de abertura ao público, podendo qualquer condómino isoladamente exigir a cessação de tal atividade”. Rijo Ferreira antecipa, por isso, “uma avalanche de processos dessa natureza e uma disrupção significativa nesse não despiciendo setor da atividade económica”.

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal teme as consequências da mediatização desta decisão, mas não acredita que ela venha a provocar uma avalanche de processos, até porque a legislação atual já dá uma ferramenta simples aos condomínios.

“O que diz o acórdão é que nos conflitos que vão parar ao tribunal será dada preferência aos condomínios. Mas na lei de 2018 esse assunto acabou por ser em grande parte ultrapassado“, argumenta Eduardo Miranda. “A lei, justamente para evitar conflitos em tribunal, criou um mecanismo, chamado de oposição, que permite ao condomínio fazer um pedido de cancelamento, que é simples, gratuito e relativamente fácil”, acrescenta.

Sustenta ainda que apesar da nova legislação, foram poucos os pedidos de cancelamento. “Em quatro anos temos cerca de 50 pedidos, sendo que a maior parte ficou resolvido através da mediação. É perfeitamente irrisório o número de casos que vai para tribunal“, afirmou. Pelas contas da associação, há alojamento local em cerca de 60 mil apartamentos.

“São poucos os casos que hoje chegam a tribunal porque têm custos elevados, são morosos e o condomínio tem uma via mais fácil de fazer oposição”, insiste. “Acho que já há uma normalização do alojamento local na maior parte dos condomínios”, defendeu.

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Aldi investe 60 milhões no maior centro de distribuição do país. Cria 20 postos de trabalho

Novo centro visa apoiar o projeto de expansão da empresa que, até 2025, quer atingir as 200 lojas em Portugal.

Centro da Aldi na MoitaD.R.

A Aldi investiu 60 milhões no novo centro de distribuição na Moita, o maior do país da cadeia de retalho alimentar, criando 20 novos postos de trabalho que se irão juntar aos atuais 280 colaboradores, adianta fonte oficial da empresa à Pessoas. Novo centro visa apoiar o projeto de expansão da empresa que, até 2025, quer atingir as 200 lojas em Portugal.

“Este novo Centro de Distribuição é um símbolo do nosso crescimento e uma amostra do que ainda podemos e queremos atingir em Portugal. Para além de uma maior capacidade de fornecimento e melhoria nos processos diários associados à operação logística, outro dos objetivos deste novo edifício era o de proporcionar melhores condições de trabalho para as nossas equipas, com espaços mais amplos e confortáveis, com muita luz natural, mais zonas de convívio, copas totalmente equipadas e estacionamento privativo para todos os colaboradores”, refere fonte oficial da cadeia alemã à Pessoas.

“Procurámos que a localização do novo Centro fosse próxima da anterior para facilitar a transição para todos os nossos colaboradores. Conseguimos manter todos os postos de trabalho, tendo as nossas equipas mostrado um grande entusiasmo desde o início das obras”, continua. A nova infraestrutura veio permitir a centralização de toda a operação logística, anteriormente repartida em duas plataformas — Montijo e Quinta do Anjo — acolhendo os atuais 280 colaboradores.

“Neste momento, prevemos criar cerca de 20 novos postos de trabalho, sendo que contamos com cerca de 300 colaboradores no concelho da Moita (Centro de Distribuição e loja) e quase 600 pessoas na margem sul”, adianta.

Situado na Moita, o novo Centro de Distribuição possui uma área total de 57 mil metros quadrados, conta com 89 cais de carga e descarga, 60 lugares de estacionamento para camiões e uma capacidade de armazenamento de 14.000 metros quadrados de câmaras refrigeradas. A nova estrutura foi desenhada para suportar o abastecimento a mais de 150 lojas no país, e apoiar plano de expansão da companhia.

Além do investimento em infraestrutura física, a companhia investiu em tecnologia. “A nova operação logística é suportada pelo mais recente WMS (Warehouse Management System) utilizado em todo o grupo ALDI Nord e todo o sistema de preparação de encomendas é suportado por um robusto sistema de tecnologia de voz (Pick by Voice)”, descreve a cadeia em nota de imprensa.

Melhorias operacionais que irão resultar num “ganho de eficiência nos processos diários da operação, o que se traduz numa maior rentabilização de custos e na otimização de produtividade das equipas.”

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Jardins e afins. A zona cinzenta do seguro Habitação

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 21 Abril 2022

Filipa Peres, subscritora de Patrimoniais da Innovarisk Underwriting, fala das nuances das coberturas dos seguros de imóveis, em particupar quando existem espaços exteriores.

Uma casa não são só paredes nem o que lá está dentro. O espaço exterior num país de clima ameno como o nosso sempre foi valorizado, mas nos últimos anos a pandemia impulsionou exponencialmente o investimento em jardins, piscinas, áreas de lazer e de jogos e zonas de refeição ao ar livre.

No seguro de imóveis, nomeadamente de Habitação, existe a clássica separação entre o que é construção e o que é recheio, mas nem sequer existe uma secção própria de Jardim.

Já sabemos que ao efetuar o seguro há que separar o recheio normal dos bens especiais, como obras de arte e objetos de valor, quando existem. É um tema com pano para mangas que faz parte do dia-a-dia do Subscritor num nível de riscos mais elevado, mas que não cabe aqui desenvolver a menos que estejamos a falar de uma escultura no pátio.

Em relação à construção, parece muito fácil de determinar pois diz respeito a estruturas fixas. Sim, na verdade é mais fácil de apurar valores para seguro, mas quando falamos em propriedades maiores, normalmente associadas a moradias de valor elevado, devemos ter em conta outras estruturas para além das paredes da casa em si, como os muros, vedações e portões, caminhos internos e claro, o que não pode faltar: a piscina! E onde há piscina há coisas como espreguiçadeiras, colchões, toldos, e estruturas de apoio como duches, bombas, escadas, ponte, prancha, entre outros… No alpendre, uma zona de barbecue e refeições com mesas e cadeiras. E o jardim? Árvores e canteiros de flores a ladear os caminhos, aquela agradável pérgula com a sua confortável chaise longue para desfrutar de uma boa leitura, ou de uma sesta na sombra, ou começar numa e acabar noutra… e mais à frente um campo de jogos! E ainda uma horta e um pomar, tão em voga atualmente.

Filipa Peres, subscritora de Patrimoniais da Innovarisk.

Estão seguros os danos aos bens e estruturas? E às árvores? Até quanto? Têm de estar discriminados? E a origem ou causa do dano afetará a cobertura? Eis algumas perguntas que se sucedem quando começamos a analisar estes casos.

Consoante a seguradora e produto aplicam-se limites que podem ser fixos ou percentuais sobre o capital seguro nas secções de edifício e de recheio, além de valor máximo de indemnização por árvore. Portanto, se a propriedade for extensa, se tiver tudo aquilo que referi acima, os limites predefinidos poderão não ser suficientes. É conveniente verificar e se necessário pedir à seguradora uma extensão.

Certas causas podem estar excluídas. É comum excluírem-se os danos causados por tempestade e também por vandalismo a jardins e bens no exterior. Por vezes a cobertura está condicionada a situações específicas, como a edificação principal ser também afetada.

"Mas para riscos especiais há seguradoras especialistas que podem adaptar o seguro à medida das características do risco. O chamado serviço tailor made com coberturas mais amplas sem ou com poucos sublimites, e principalmente sem excluir todas aquelas coberturas que na verdade são as mais necessárias.”

Filipa Peres

Subscritora de Patrimoniais da Innovarisk Underwriting

A cobertura de jardins e bens no exterior é terreno fértil para as zonas cinzentas. Por vezes é difícil perceber se um dano teve origem súbita e imprevista ou gradual. É provavelmente a parte da casa que exige mais cuidados de manutenção. As árvores e os arbustos devem ser podados com regularidade, os caminhos, ralos e canais de escoamento devem manter-se desobstruídos de restos de vegetação e outros lixos. Assim minimizam-se os eventuais danos por tempestade, inundação ou incêndio. Ainda há que manter o que não se vê, ou seja, debaixo da terra. Certas árvores, como os pinheiros, tem raízes longas e agressivas que podem provocar roturas de canalizações, levantamento de pavimentos. Uma rotura de canalização, ou um entupimento causado por falta de manutenção poderão ser considerados eventos súbitos e imprevistos, ou acontecimentos graduais? Depende. Se a situação era identificável e não foram tomadas as devidas providências para acautelar, o evento será gradual.

Não havendo forma de ter conhecimento ou consciência da situação, ou se, havendo esse conhecimento ou consciência até foram tomadas as medidas consideradas apropriadas por especialistas na matéria e ainda assim ocorreu o dano, pode considerar-se súbito.

As condições de cobertura vêm expressas nas Condições Gerais/Especiais e tende a não haver grande espaço para considerar casos particulares ou exceções à regra. Nas seguradoras generalistas costuma ser assim, o mesmo molde para tudo. Mas para riscos especiais há seguradoras especialistas que podem adaptar o seguro à medida das características do risco. O chamado serviço tailor made com coberturas mais amplas sem ou com poucos sublimites, e principalmente sem excluir todas aquelas coberturas que na verdade são as mais necessárias. É certo que exige uma análise mais pormenorizada e por vezes presencial, mas o resultado compensa certamente, pois vai garantir o que é preciso garantir para que se algo correr menos bem o cliente possa rapidamente voltar a poder usufruir do exterior da sua casa.

Em suma, o seguro deve abranger os jardins e outras estruturas e bens no espaço exterior da propriedade, garantindo os capitais adequados ao risco em particular e contra eventos que mais provavelmente o poderão afetar, mas não substituem, de forma alguma, os cuidados a ter.

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UE exportou mais 12,3 mil milhões de euros em vacinas Covid do que comprou ao exterior

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Abril 2022

Em 2021, as exportações de vacinas contra a Covid-19 para fora da UE superaram as importações para o território comunitário em 12,3 mil milhões de euros.

As importações de vacinas contra a Covid-19 para a União Europeia (UE) ascenderam a 7,8 mil milhões de euros em 2021, enquanto as exportações de vacinas para fora do território comunitário atingiram um total de 20,1 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

No ano passado, as importações para Estados-membros da UE de vacinas contra o coronavírus vieram predominantemente da Suíça (65%) e dos EUA (29%). As restantes doses chegaram ao bloco vindas da China (3%), da África do Sul (2%) e do Reino Unido (1%).

Fonte: Eurostat

Já as exportações de vacinas da UE para países não-membros destinaram-se, sobretudo, ao Japão (21%), ao Reino Unido (14%), à Coreia do Sul (6%) e também a outros países asiáticos (24%). Em menor número, os 27 também exportaram para a Turquia e a Austrália (5% para ambos) e para as regiões de África (7%), América do Norte (6%), América do Sul (5%) e outros países não discriminados (6%).

Entre os Estados-membros, a Bélgica, a Alemanha e a Espanha foram simultaneamente os maiores exportadores e os maiores importadores de vacinas contra a Covid-19, tanto para dentro como para fora da UE. A Bélgica exportou 61% do total da UE, enquanto a Alemanha e a Espanha exportaram, respetivamente, 21% e 11%. Nas importações, a Alemanha (30%) e a Espanha (21%) superaram a Bélgica (14%).

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EDP assegura contrato para nova central solar no Brasil

  • Lusa
  • 21 Abril 2022

EDP assegura contrato de venda de energia produzida por nova central solar em São Paulo, Brasil. Central tem capacidade de 254 MW, dos quais 120 ficam assegurados em Contrato de Aquisição de Energia.

A EDP assegurou um contrato para venda de energia renovável produzida por uma nova central solar no estado de São Paulo, Brasil, com capacidade de 254 megawatts (MW), que deverá entrar em operação em 2024, informou a empresa.

De acordo com comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP, “através de uma parceria 50%/50% entre as suas subsidiárias EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”) detida em 74,98% e a EDP Energias do Brasil (“EDP Brasil”) detida em 56,94%, assegurou um Contrato de Aquisição de Energia (“CAE”) para a venda da energia limpa produzida por 120 MWac [megawatts] do projeto solar Novo Oriente”.

A nova central solar, com uma capacidade total de 254 MW, dos quais 120 ficam assegurados com este CAE, situa-se perto de um outro projeto, a central solar Pereira Barreto, que entrou recentemente em operação, o que, segundo a empresa, proporcionará “sinergias significativas entre os dois”.

A EDP espera que a nova central fotovoltaica Novo Oriente, entre em operação em 2024.

“Com este novo CAE, a EDP continua a aumentar a sua diversificação tecnológica com 3,8 GW de capacidade solar assegurada e um total de 8,9 GW de capacidade renovável assegurada para o período de 2021-25”, destacou a elétrica portuguesa, na nota enviada ao mercado.

A empresa realçou ainda que este tipo de contratos reforçam “o seu perfil de baixo-risco e estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo-prazo, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia”.

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Portugueses já entregaram 2,5 milhões de declarações de IRS

Já foram entregues cerca de 2,5 milhões de declarações de IRS, sendo que já foram liquidadas mais de 870 mil, segundo o Fisco.

Em cerca de três semanas foram entregues 2,5 milhões de declarações de IRS, de acordo com as estatísticas disponíveis no Portal das Finanças. Já foram liquidadas mais de 870 mil, sendo que as Finanças apontam para um prazo médio de reembolso de 17 dias.

Até ao momento, foram entregues 2.516.772 declarações de IRS, segundo os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira. São aproximadamente mais 500 mil do que há uma semana. No primeiro dia em que foi possível submeter a declaração, o número ficou ligeiramente acima das 450 mil até às 18h, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças.

Os reembolsos do IRS já começaram a “cair” nas contas dos portugueses, demorando “cerca de três dias úteis entre o processamento da ordem de reembolso (após liquidação da declaração) e a entrada na conta bancária do contribuinte”, de acordo com as Finanças. O último balanço do Ministério liderado por Fernando Medina revelou que o Fisco já devolveu mais de 450 milhões de euros em IRS.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira, das quase 2,3 milhões de declarações de IRS que tinham sido entregues pelos contribuintes até então, já foram liquidadas mais de 870 mil, cerca de 38% do total. Assim, contas feitas, o Fisco tem feito um reembolso médio de 520 euros.

No total, é expectável que sejam entregues mais de seis milhões de declarações de IRS, tendo em conta o número fixado em 2021. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

A entrega da declaração de IRS em 2022, referente aos rendimentos auferidos em 2021, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT (217 206 707).

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Preço das casas dispara 14% para 1.355 euros/m2 no quarto trimestre de 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Abril 2022

INE calcula que, no último trimestre de 2021, o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.355 euros por metro quadrado, um aumento de 14,1% face ao período homólogo.

O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal atingiu 1.355 euros por metro quadrado no último trimestre de 2021, um aumento de 14,1% face ao período homólogo e mais 3,1% do que nos três meses anteriores, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, houve uma aceleração em relação ao aumento de 12,2% fixado no terceiro trimestre.

De acordo com as Estatísticas de Preços da Habitação ao Nível Local, o preço mediano da habitação subiu em 23 das 25 sub-regiões NUTS III face ao período homólogo. As exceções foram o Baixo Alentejo e a Beira Baixa, que registaram uma diminuição homóloga dos preços de, respetivamente, 2,5% e 0,7%. O Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (487 euros/m2).

Nas três sub-regiões com os preços mais elevados, nomeadamente o Algarve (2.114 euros/m2), a Área Metropolitana de Lisboa (1.904 euros/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.506 euros/m2), verificaram-se taxas de variação homóloga superiores à do país: 15,8%, 14,6% e 20,3%, respetivamente. Com um preço médio de 1.444 euros/m2, a Área Metropolitana do Porto ficou também acima da média do país, mas o crescimento homólogo, fixado em 12,4%, foi inferior.

Excetuando Gondomar e Santa Maria da Feira, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto com mais de 100.000 habitantes registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. Lisboa (3.723 euros/m2) e Cascais (3.216 euros/m2) destacam-se com os maiores valores. Entre os 17 municípios das áreas metropolitanas com mais de 100.000 habitantes, cinco apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+14,1%): Oeiras (+15,0%), Gondomar (+14,5%), Seixal (+14,4%), Matosinhos (+14,3%) e Cascais (+14,2%).

Dos municípios com mais de 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas, só o Funchal apresentou um preço médio (1.967 euros/m2) e crescimento homólogo (+22,5%) superiores aos valores nacionais. Coimbra (1.418 euros/m2) teve um valor médio das vendas superior ao do país e Leiria registou um crescimento homólogo superior ao do país (+15,4%).

Entre outubro e dezembro de 2021, a taxa de variação homóloga aumentou em sete dos 11 municípios com mais de 100.000 habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, registando uma aceleração dos preços superior à verificada a nível nacional (+1,9 p.p.) em Setúbal (+9,8 p.p.), Loures (+3,0 p.p.), Almada (+2,2 p.p.) e Oeiras (+2,1 p.p.) enquanto da Área Metropolitana do Porto apenas os municípios da Maia (+10,5 p.p.) e Vila Nova de Gaia (+8,1 p.p.) tiveram um aumento das taxas de variação homólogas superior ao país.

O INE destaca ainda que cinco dos sete municípios acima dos 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas registaram um aumento da taxa de variação homóloga entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021. Este aumento superou a variação registada no país no Funchal (+16,7 p.p.), em Coimbra (+11,7 p.p.), Leiria (+8,8 p.p.) e Barcelos (+6,8 p.p.).

Pelo contrário, houve uma redução da taxa de variação homóloga dos preços da habitação em nove municípios, dos quais quatro pertencem à Área Metropolitana de Lisboa – Vila Franca de Xira (-4,7 p.p.), Odivelas (-3,5 p.p.), Amadora (-3,2 p.p.) e Cascais (-1,2 p.p.) – e três à Área Metropolitana do Porto – Santa Maria da Feira (-4,8 p.p.), Matosinhos (-1,5 p.p.) e Gondomar (-0,3 p.p.).

(Notícia atualizada às 12h36)

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Endividamento da economia aumenta para 777,4 mil milhões de euros

O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado aumentou 3,4 mil milhões de euros em fevereiro, para 777,4 mil milhões de euros.

O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) aumentou para 777,4 mil milhões de euros em fevereiro, um aumento de 3,4 mil milhões de euros, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. O endividamento do setor público subiu 2,9 mil milhões de euros, enquanto a subida no setor não financeiro privado foi de 0,6 mil milhões de euros.

Em fevereiro, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 3,4 mil milhões de euros, para 777,4 mil milhões de euros“, lê-se no comunicado do banco central. A nota de informação estatísticas refere que houve revisões nos números desde janeiro de 2020: uma comparação com os números anteriores mostra que há uma revisão em alta do endividamento da economia.

Endividamento da economia atinge novo recorde

Fonte: Banco de Portugal.

Este é um novo recorde no endividamento da economia. Porém, recorde-se que em percentagem do PIB, o peso que tem na economia, tem vindo a baixar, após o pico da pandemia. O rácio de endividamento baixou de 375,4% do PIB em 2020 para 363,3% do PIB em 2021, continuando longe dos mais de 420% registados durante a última crise.

No caso do setor público em fevereiro, o endividamento aumentou 2,9 mil milhões de euros para 348,8 mil milhões de euros. As administrações públicas e as empresas públicas endividaram-se junto do setor financeiro (1,4 mil milhões) e do exterior (1,3 mil milhões de euros).

Endividamento da economia sobe em fevereiro face a janeiro

Fonte: Banco de Portugal.

No caso do setor privado em fevereiro, o endividamento aumentou 600 milhões de euros, num total de 428,6 mil milhões de euros. O aumento divide-se em 200 milhões para as empresas privadas e 400 milhões para os particulares, sendo que o “acréscimo de endividamento foi sobretudo junto do setor financeiro”.

Em relação às empresas privadas, o endividamento cresceu 4,3% comparativamente com fevereiro de 2021, “o que correspondeu a uma desaceleração de 0,5 pontos percentuais (pp) em relação ao mês anterior”, assinala o banco central.

Já o endividamento dos particulares continuou a acelerar, aumentando 3,7% em termos homólogos, mais três décimas do que em janeiro.

A próxima atualização dos dados ocorre a 19 de maio.

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

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Abreu Advogados encerra 2021 faturando 37,8 milhões de euros

A Abreu Advogados, liderada por Inês Sequeira Mendes, registou em 2021 uma faturação de 37,8 milhões de euros, um crescimento de 14% face a 2020.

A Abreu Advogados registou um valor de faturação de 37,8 milhões de euros em 2021, o que representa um crescimento de 14% face a 2020. Segundo o comunicado da firma, entre 2019 e 2021, no período marcado pela pandemia de Covid-19, a faturação do escritório liderado por Inês Sequeira Mendes cresceu 24%, equivalente a 6,2 milhões de euros.

“2021 foi mais um ano desafiante para todos. Conseguir atingir este valor recorde num contexto de tamanha imprevisibilidade é demonstrativo da grande capacidade de superação e adaptação das nossas equipas e da confiança que os clientes e parceiros depositam no nosso trabalho. Queremos continuar a crescer de uma forma sustentável e a ser pioneiros não só na prestação de serviços jurídicos mas também na inovação tecnológica, sustentabilidade e responsabilidade social. É essa perspetiva humanista que nos diferencia e que serve de base a tudo o que fazemos”, sublinhou Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Segundo dados disponibilizados, em 2021, a Abreu Advogados ultrapassou os 4.000 clientes ativos, tendo reforçado a estratégia de internacionalização, “com o mercado internacional a representar 35% da totalidade de clientes ativos”. O número total de colaboradores do escritório também aumentou.

“Queremos ter um papel relevante na construção do futuro do setor da advocacia, dos nossos clientes e da sociedade em que vivemos. Para isso teremos de continuar a ser inovadores e audazes, não nos limitando apenas a seguir as tendências globais. A partilha de conhecimento multidisciplinar, o ESG, a adaptação dos serviços aos novos desafios, o reforço das nossas equipas e do conhecimento e da experiência das nossas áreas de prática são eixos estratégicos que continuaremos a seguir e que entendemos fundamentais para nos continuarmos a afirmar como uma das principais sociedades de advogados independentes em Portugal”, conclui Inês Sequeira Mendes.

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Taxa de inflação homóloga ultrapassa 7% em março na Zona Euro e UE

  • Lusa
  • 21 Abril 2022

Inflação portuguesa acelera em março para 5,5%, terceiro valor mais baixo entre os Estados-membros, liderados pela Lituânia (15,6%). Inflação homóloga acelera para 7,4% na Zona Euro, e 7,8% na UE.

A taxa de inflação homóloga ultrapassou a barreira dos 7% tanto na Zona Euro quanto na União Europeia (UE) em março e só em Malta se fixou abaixo dos 5%, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico da UE, em março, a taxa de inflação homóloga foi de 7,4% na Zona Euroligeiramente abaixo dos 7,5% previstos na estimativa rápida de dia 1 -, face aos 5,9% de fevereiro e aos 1,3% do mesmo mês de 2021.

Na UE, a taxa de inflação chegou aos 7,8%, contra 6,2% de fevereiro e 1,7% de março de 2021.

Entre os Estados-membros, as taxas de inflação mais baixas foram observadas em Malta (4,5%), França (5,1%) e Portugal (5,5%) e as mais altas na Lituânia (15,6%), na Estónia (14,8%) e na República Checa (11,9%).

Considerando os componentes do indicador, as maiores contribuições para a taxa de inflação em março provêm do setor da energia (4,36 pontos percentuais, pp), seguindo-se o dos serviços (1,12 pp), da alimentação, álcool e tabaco (1,07 pp) e dos bens industriais não energéticos (0,99 pp).

A taxa de inflação na Zona Euro e UE tem vindo a acelerar desde junho de 2021, puxada pela subida dos preços dos combustíveis, e a atingir valores recorde desde novembro.

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Bolsa de Angola acolhe primeira empresa em junho

Ações do Banco BAI começam a negociar na bolsa angolana em 9 de junho. IPO avalia a empresa em mais de 900 milhões de euros.

A Bolsa de Divida e Valores de Angola prepara-se para acolher a primeira cotada, com um atraso de quase oito anos face ao inicialmente previsto. Em causa está a Oferta Pública Inicial (IPO) do Banco BAI, que tem a petrolífera Sonangol e a empresa de diamantes Endiama entre os principais acionistas.

As ações do Banco BAI vão entrar na bolsa angolana com um preço indicativo entre 17.200 e 20.640 kwanzas (o equivalente a 37,77 e 45,32 euros aos preços atuais), o que avalia a empresa em quase 901 milhões de euros. Segundo a Bloomberg, as ações começam a negociar a 9 de junho.

Este é um passo importante na estratégia de atração de investimento estrangeiro do governo angolano, depois de, no ano passado, o país ter ultrapassado a recessão em que viveu durante os últimos cinco anos.

Em setembro, a Moody’s subiu a notação atribuída à dívida angolana de Caa1 para B3, com perspetiva estável (para comparação, a agência atribui o rating de Baa2 a Portugal, seis níveis acima) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento económico de 3% este ano.

O Presidente angolano, João Lourenço, tem também levado a cabo um plano de privatizações envolvendo 195 ativos. Segundo o último balanço, feito esta semana, o programa já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, o equivalente a quase dois mil milhões de euros provenientes da venda de 84 ativos e empresas.

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