Sexta vaga da Covid em Portugal começa “a desenhar-se”

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade de 1,17 e que poderá registar 6.ª vaga de Covid-19, indica relatório do IST.

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade (Rt) de 1,17 e que poderá registar uma sexta vaga de Covid-19, indica um relatório do Instituto Superior Técnico sobre a pandemia.

“A possibilidade de uma sexta vaga está a desenhar-se de forma muito intensa”, avança o relatório do grupo de trabalho do Instituto Superior Técnico (IST) que acompanha a evolução da Covid-19 em Portugal e a que a Lusa teve acesso.

Segundo esta avaliação de risco da pandemia elaborada por Henrique Oliveira, Pedro Amaral, José Rui Figueira e Ana Serro, que compõem este grupo de trabalho coordenado pelo presidente do IST, Rogério Colaço, “a atual situação é de aumento do perigo pandémico face ao anterior relatório” de 19 de abril.

De acordo com o documento, a eliminação do uso de máscaras “parece ter tido um efeito muito acentuado na subida de casos atual”, uma medida que os especialistas do IST consideram ter sido “acertada” nas escolas, mas que está a provocar um “excesso de contágios” em ambiente laboral.

“A sua eliminação em contexto laboral e a não recomendação de teletrabalho quando este é possível, provoca um excesso de contágios que, segundo os nossos modelos, está a contribuir fortemente para a subida presente” de infeções, sublinha ainda o relatório do IST.

O uso generalizado de máscaras deixou de ser obrigatório a partir de 22 de abril, com exceção dos estabelecimentos de saúde, incluindo farmácias comunitárias, assim como nos lares de idosos, serviços de apoio domiciliário, unidades de cuidados continuados e transportes coletivos de passageiros.

O grupo de trabalho do Técnico considera também que os dados existentes indicam que as novas linhagens da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 podem estar a contribuir para o aumento do número de casos.

Face à “tendência de agravamento significativo” da pandemia em Portugal, os especialistas admitem que a recente subida de casos positivos de SARS-CoV-2 “provavelmente contribuirá” para o aumento da mortalidade nos próximos 30 dias.

O pico deste indicador na recente vaga da Ómicron foi registado em 6 de fevereiro e os óbitos diários em média a sete dias passaram de 20,9 para os atuais 20,3.

De acordo com o relatório do IST, a incidência média a sete dias aumentou de 8.763 para 14.267 casos desde 19 de abril, o que se deve “à retirada abrupta do uso de máscara em quase todos os contextos e à nova linhagem BA.5 da variante Ómicron que começa a instalar-se” no país.

Com dados de 9 de maio, o grupo de trabalho adianta que o Indicador de Avaliação da Pandemia (IAP) do Instituto Superior Técnico e da Ordem dos Médicos está agora nos 83,8 pontos, com tendência de subida e acima do “nível de alarme”.

O IAP combina a incidência, a transmissibilidade, a letalidade e a hospitalização em enfermaria e em cuidados intensivos, apresentando dois limiares: o nível de alarme, quando atinge os 80 pontos, e o nível crítico, quando chega aos 100 pontos.

“Aconselhamos o reforço da monitorização e passar a mensagem de que o perigo pandémico ainda não terminou”, destaca ainda o relatório, que acrescenta que a “monitorização dos números da pandemia deve ser feita de forma rigorosa e transparente até a declaração de fim da pandemia” pela Organização Mundial da Saúde.

“Para efeitos de análise, previsão e de comunicação, o facto de a Direção-Geral da Saúde apresentar os dados dos internamentos à sexta-feira com dados relativos à segunda-feira anterior constitui um défice de informação devida ao público e à comunidade médica e científica que evita a prevenção e a tomada de medidas por parte dos serviços”, alerta ainda o relatório.

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Apple termina produção de iPod ao fim de mais de 20 anos

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

A gigante tecnológica Apple vai deixar de produzir o leitor de música portátil iPod, lançado em 2001, mas que perdeu popularidade com o desenvolvimento de novos dispositivos.

A gigante tecnológica Apple vai deixar de produzir o leitor de música portátil iPod. Lançado em 2001, perdeu popularidade com o desenvolvimento de novos dispositivos, anunciou a empresa.

A Apple adiantou que os iPod Touch, cujo modelo mais recente foi lançado em 2019, vão continuar disponíveis até acabarem as reservas, de acordo com um comunicado da empresa, divulgado na terça-feira.

Durante mais de duas décadas, “o iPod atraiu utilizadores de todo o mundo pela possibilidade de levar música para onde quer que vão”, mas atualmente esta função está presente noutros produtos da empresa, escreveu.

Últimos iPods tinham sido lançados em 2019Apple

O primeiro leitor digital de música da Apple permitiu levar música “a centenas de milhões de utilizadores”, com “impacto na indústria musical” e também “redefiniu a forma como a música é descoberta, ouvida e partilhada”, disse o vice-presidente do departamento de marketing, Greg Joswiak.

A ideia revolucionária por trás desta invenção foi a ligação do dispositivo a uma loja de música online, a iTunes Store, que transformou a Apple num fornecedor de conteúdos multimédia.

“O espírito do iPod continua vivo” em todos os outros produtos da Apple que permitem a reprodução e a partilha de música, frisou Joswiak.

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Orçamentos para obras com prazos cada vez mais curtos devido à incerteza

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

Empresas de construção a dar orçamentos com prazos cada vez mais curtos devido à escalada dos preços e falta de mão de obra qualificada, mas empresas têm ultrapassado constrangimentos, diz associação.

As empresas de construção estão a dar orçamentos com validade cada vez mais curta devido às incertezas geradas pela escalada dos preços das matérias-primas, energia e materiais e às disrupções das cadeias logísticas, avançou a associação setorial.

“Perante os atuais níveis de incerteza, é necessário reconhecer que a orçamentação é uma tarefa muito complexa, porque as empresas são confrontadas diariamente com oscilações de preços, escassez de produtos ou prazos de fornecimento anormalmente longos, pelo que se verifica uma tendência de encurtamento dos prazos de validade dos orçamentos”, afirmou o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) em declarações à agência Lusa.

Segundo Manuel Reis Campos, “a este problema acresce, ainda, a falta de mão de obra qualificada, identificando-se a necessidade de 80 mil trabalhadores no setor, pelo que é inevitável que esta conjuntura tenha reflexos na atividade do setor e, consequentemente, afete a capacidade das empresas para assegurar os seus custos operacionais e manter os preços orçamentados”.

“Em bom rigor, com os níveis de incerteza que enfrentamos já é difícil orçamentar para o momento atual, quanto mais indicar prazos de validade mais longos”, enfatizou, referindo que “esta é uma realidade que é transversal à generalidade do setor e não exclusiva para alguns segmentos”.

De acordo com o presidente da AICCPN, que lidera também a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), os atuais problemas ao nível de orçamentação “têm, sobretudo, na sua base a anómala subida dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção e as disrupções das cadeias globais de produção e logística”.

“Estamos perante subidas sem precedentes, com os preços dos combustíveis a manterem-se em máximos históricos e materiais essenciais para o setor, como o aço em varão para betão e o alumínio, registam crescimentos, no final de março, na bolsa de metais de Londres, de 47% e 58%, respetivamente, em termos homólogos”, salienta.

Segundo precisa o dirigente associativo, se for antes considerada a variação face ao final do terceiro trimestre de 2020, estes aumentos são na ordem dos 103% e 102%, respetivamente.

Manuel Reis Campos apontou ainda à Lusa as dificuldades criadas à atividade das empresas pelos atuais “problemas nos abastecimentos dos produtos que dependem das cadeias globais de produção e distribuição”.

Ainda assim, diz, e “sem prejuízo de alguns atrasos e problemas operacionais, de uma forma geral, as empresas têm conseguido ultrapassar os constrangimentos e as situações de paragem de obras são pontuais e de conhecimento público”.

Relativamente à criação, defendida pelo líder da AICCOPN, de um fundo para cobrir “aumentos significativos” nos custos de produção das obras públicas, sob pena de poderem vir a ficar “desertos” muitos concursos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Reis Campos afirma ser “uma questão que está a ser articulada com o Governo e que depende, também, do Orçamento do Estado que está em discussão”.

“É uma das medidas que integra o pacote de soluções pragmáticas que foi apresentado ao novo executivo e é essencial para assegurar o regular funcionamento do mercado e salvaguardar os contratos em curso e a celebrar no âmbito do ambicioso plano de investimentos que é imprescindível executar ao longo dos próximos anos”, sustentou.

De acordo com uma estimativa divulgada na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos de construção de habitação nova dispararam 11,6% em março em termos homólogos, mais 3,0 pontos percentuais do que no mês anterior, traduzindo sobretudo a subida dos preços dos materiais.

Segundo o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) do INE, o preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, subidas de 15,3% e de 6,4% face ao período homólogo (10,3% e 6,3% em fevereiro), destacando-se o aumento do preço dos aços, produtos cerâmicos, gasóleo, vidros, aglomerados e ladrilhos de cortiça e madeiras e derivados de madeira, “todos com crescimentos homólogos acima dos 20%”.

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Bison Bank avança com despedimento de 14 trabalhadores

Bison Bank, antigo banco de investimento do Banif, avançou com um despedimento coletivo de 14 trabalhadores, mais de 20% dos quadros. Desde 2018 que acumula prejuízos de 35 milhões de euros.

O Bison Bank avançou com um despedimento coletivo que abrangeu 14 trabalhadores, representando mais de 20% do quadro de pessoal da instituição, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Contactado pelo ECO, fonte oficial do antigo banco de investimento do Banif não comenta o processo, dizendo apenas que já tinha anunciado no mês passado que estava a analisar um “conjunto de medidas com vista a melhorar a eficiência económica e financeira da instituição”, e que passavam também pela “reavaliação e requalificação das suas pessoas”. Na altura, contudo, não confirmava planos de saídas.

Em 31 de dezembro de 2021, o Bison Bank empregava 63 colaboradores, de acordo com o relatório e contas do ano passado, pelo que ficará a contar com uma equipa com menos de meia centena após a concretização deste despedimento. Nos últimos meses Lijun Yang (presidente), Evert Drok e Francisco Oliveira apresentaram a demissão da administração do banco.

Desde que foi comprado à Oitante, em 2018, o banco de investimento tem somado prejuízos atrás de prejuízos. Inicialmente, o grupo de Hong Kong tencionava chegar aos lucros logo em 2020, mas o break-even ainda continua por ser atingido, isto depois de ter fechado 2021 com prejuízos de 10,6 milhões de euros.

Há cerca de um mês, o Bison Bank anunciou que recebeu autorização do Banco de Portugal para operar no mercado dos criptoativos, através da empresa Bison Digital Asset, num esforço para diversificar as áreas de negócio e aumentar as receitas.

O Bison Bank, que tem um modelo de negócio assente em comissões de banco depositário e vistos gold, é detido pela Bison Capital Financial, que, por sua vez, é detido pela Bison Capital Holding Company Limited, com sede em Hong Kong.

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Marcelo teme que acórdão dos metadados obrigue a rever Constituição

  • ECO
  • 11 Maio 2022

Marcelo Rebelo de Sousa não descarta possibilidade de se ter de rever a Constituição no âmbito da lei dos metadados, não prevendo sucesso na reclamação da PGR à decisão do Tribunal Constitucional.

O Presidente da República vê a situação criada pela decisão do Tribunal Constitucional de declarar as normas da “lei dos metadados” inconstitucionais como “uma chatice”, e teme que o acórdão obrigue a rever a Constituição, noticia o Público. Em causa está a conservação dos dados de tráfego e localização das comunicações efetuadas pelos cidadãos por um ano.

Uma revisão constitucional implica obter dois terços dos votos necessários para a sua aprovação, ou seja, obriga a uma negociação com outros partidos. Em alternativa, o Governo admite a possibilidade de questionar diretamente o Tribunal Constitucional quanto a uma solução legal que permita a utilização dos dados para efeitos de investigação criminal e segurança nacional.

Marcelo Rebelo de Sousa não prevê o sucesso da arguição da Procuradoria-Geral da República ao acórdão do Tribunal Constitucional, embora as preocupações de Lucília Gago reflitam a possibilidade de reabertura de todos os processos-crime onde tenham sido usados metadados enquanto prova.

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EDP prevê contratar mais de 1.700 profissionais ao longo do ano

A elétrica prevê contratar mais de 1.700 pessoas, aumentando as admissões realizadas em 2021. Questionada sobre o número de vagas nacionais, a EDP diz não discriminar esta estimativa por geografias.

Presente em 28 mercados, contando com mais de 12 mil colaboradores a nível global e mais de cinco mil pessoas a operar em Portugal, a EDP tem planos ambiciosos ao nível do recrutamento. Ao longo deste ano, a elétrica prevê contratar mais de 1.700 pessoas, aumentando em cerca de uma centena as admissões realizadas em 2021, sabe a Pessoas. Questionada sobre o número de vagas alocadas a Portugal, a companhia diz não discriminar essa estimativa por geografias. Atualmente, há 22 oportunidades de trabalho publicadas para o mercado português.

“Em 2021, a estratégia de atratividade da EDP gerou cerca de 55 mil candidaturas nos diferentes mercados da EDP, resultando em cerca de 1.600 admissões e 650 estágios, na sua maioria, com processos de recrutamento totalmente digitais”, avança fonte oficial da empresa.

Este ano, a meta é ultrapassar estes números, alcançando as 1.700 admissões no conjunto de mercados onde a EDP opera. A dimensão da companhia e a multidisciplinaridade das suas áreas de atuação faz com que a elétrica continue a recrutar de forma variada e nas mais diversas áreas.

Em 2021, a estratégia de atratividade da EDP gerou cerca de 55 mil candidaturas nos diferentes mercados da EDP, resultando em cerca de 1.600 admissões e 650 estágios, na sua maioria, com processos de recrutamento totalmente digitais

Fonte oficial da EDP

“Entre essas áreas estão, por exemplo, as profissões STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática) e a área digital, que nos ajudam a preparar, já hoje, um futuro melhor”, detalha a mesma fonte oficial da empresa.

Mas, mais do que áreas de formação ou backgrounds académicos, a EDP procura “pessoas ambiciosas, motivadas, entusiastas com o futuro e que pretendam desenvolver-se numa empresa reconhecida como ‘employer of first choice‘”. Acima de tudo, “pessoas que ajudem a contribuir para a transformação que estamos a viver e que, como nós, pretendem mudar, já hoje, o amanhã”.

Consulte as vagas disponíveis aqui.

Atuais oportunidades no mercado nacional

Atualmente, a EDP tem publicadas 22 vagas para o mercado nacional no seu site (de acordo com a informação consultada a 10 de maio de 2022). A maioria destina-se a Lisboa, mas há também oportunidades para o Porto, Beja, Santarém e Évora.

No que toca às funções procuradas, a elétrica procura desde data scientists e business analysts a técnicos de mecânica e técnicos de eletricidade ou especialistas de laboratório e em gestão de clientes.

Há, ainda, vagas para os programas de trainee da companhia, que abrangem as áreas de gestão, comunicação, recursos humanos, IT e engenharia, bem com cursos ao nível do 12.º ano nas áreas de eletricidade, civil e florestal.

Assumindo-se como uma “organização global, ágil e eficiente, com uma abordagem centrada nas pessoas e na atração, desenvolvimento e retenção das competências necessárias para enfrentar os desafios do futuro”, a EDP está focada em proporcionar aos seus colaboradores uma experiência flexível. Desde outubro que, em Portugal, começou o seu plano de regresso ao escritório, implementando, contudo, um regime híbrido que prevê dois dias por semana de trabalho remoto.

Conheça em detalhe as vagas disponíveis para o mercado português através deste link.

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Ucrânia suspende fluxo de gás russo para a Europa via Sokhranivka

  • ECO
  • 11 Maio 2022

A Ucrânia anunciou a interrupção do fluxo de gás russo para a Europa via Sokhranivka, alegando não conseguir operar um hub crítico numa região controlada por separatistas.

A Ucrânia suspendeu o fluxo de gás natural para a Europa através de um ponto que entrega ao continente quase um terço deste combustível com origem na Rússia. Em causa está a rota de Sokhranivka.

O operador do sistema de gás na Ucrânia a alegar motivos de “força maior”, concretamente por não conseguir operar o hub de Novopskov, uma área controlada por separatistas apoiados por Moscovo.

Esta quarta-feira, continua a batalha pela Ilha Zmiinyi (também conhecida como Ilha da Serpente), no Mar Negro, com a Ucrânia a atacar as defesas da Rússia e a reabastecer os seus navios com drones.

Ao mesmo tempo, Sloviansk, no leste da Ucrânia, foi atacada por mísseis nas últimas horas, segundo o autarca desta cidade que é o principal objetivo das forças russas que tentam avançar para o sul na região de Donetsk.

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Fundição portuguesa fatura 536 milhões e assegura 5 mil empregos

Mais de 90% da produção das seis dezenas de fundições é exportada sobretudo para o automóvel. Oportunidades na ferrovia e tecnologia balanceiam custo da energia e falta de qualificação da mão-de-obra.

Há perto de 60 fundições a operar atualmente em Portugal, maioritariamente pequenas e médias empresas (PME), que asseguram diretamente mais de cinco mil postos de trabalho e que exportam mais de 90% da produção, com destaque para os mercados da Alemanha, França e Itália. Implantada sobretudo nos distritos de Aveiro, Porto e Braga — perto de 80% das fábricas estão neste território –, estas indústrias faturaram cerca de 536 milhões de euros em 2021.

Este é o retrato do setor traçado pela Associação Portuguesa de Fundição, que organiza esta quarta-feira na Torre da Oliva, em São João da Madeira, o XIX congresso nacional com o tema “Fundição: Futuro e Desafios” para debater os problemas desta indústria, partilhar conhecimento técnico e “recolher informação estratégica capaz de acrescentar valor à resposta das fundições portuguesas a novas necessidades do mercado”.

A estrutura liderada por Filipe Villas-Boas, em representação do grupo SLM – Schmidt Light Metal, diz que o setor enfrenta vários desafios, dando o exemplo dos custos de energia – está pressionada pelo preço e pelo peso que o gás natural e a eletricidade têm nas operações –, da qualificação da mão-de-obra, da escassez no fornecimento de chips que continua a afetar a produção no ramo automóvel, ou do aproveitamento das areias provenientes dos processos de moldação (cerca de 80 mil toneladas anuais) como matérias-primas para outras fileiras, como as indústrias cimenteiras, dos betões asfálticos, dos barros ou dos materiais de construção.

Filipe Villas-Boas, presidente da Associação Portuguesa de Fundição

Por outro lado, vê oportunidades como o investimento público na ferrovia — “área em que temos experiência e onde queremos reforçar as competências e a capacidade instalada”, sublinha Villas-Boas –, na “evolução técnica e tecnológica” das fábricas portuguesas e na “interação crescente” entre empresas e instituições de ensino superior e de investigação e desenvolvimento (I&D). Na apresentação do plano estratégico desenhado em 2018 pela Católica Porto Business School, esta associação sediada no Porto lamentava que a fundição fosse uma “atividade subestimada, com campeões ignorados, escondidos”.

O subsetor que mais contribui para as exportações é o dos não-ferrosos, em que sobressaem as ligas de cobre e a fabricação de peças em ligas de alumínio quase exclusivamente destinadas à indústria automóvel. Valeu 325 milhões no ano passado. Acima dos 210 milhões de vendas ao exterior que representou o dos ferrosos (produção em ferro fundido e em aço), que, ainda assim, continua a ter uma quota exportadora relevante no panorama da fundição nacional.


A organização do congresso, que conta com uma intervenção de Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial, e será encerrado por Beatriz Freitas, presidente executiva do Banco Português de Fomento, espera a participação de cerca de 180 congressistas, entre empresários, gestores e técnicos das áreas de engenharia, I&D e inovação das empresas. Assim como a presença de representantes das suas clientes, de instituições de ensino superior e do sistema científico e tecnológico.

A indústria de fundição nacional é atualmente constituída por empresas de alta tecnologia, ligadas sobretudo ao fornecimento do setor automóvel, mas também à construção civil, indústria metalomecânica, cerâmica, mineira e de remoção de terras, elétrica e eletrónica, naval, de máquinas agrícolas e industriais, ferroviária, eólica, indústria aeronáutica e aeroespacial.

Distribuição por área de aplicaçãoAPF

Este foi um dos setores ouvidos há duas semanas pelo novo ministro da Economia, António Costa Silva, que andou pelo Norte do país a falar com associações representativas de várias outras indústrias, como metalurgia e metalomecânica, indústria automóvel, setor elétrico, cortiça, indústria extrativa, moldes, calçado, cerâmica e conservas de peixe. Numa nota enviada na altura às redações, o gabinete ministerial referiu que o governante “encontrou agentes motivados, mas apreensivos com o atual contexto económico”.

O programa do congresso agendado para quarta-feira inclui quatro painéis ao longo do dia, em que vão ser abordados temas relacionados com a economia circular, a digitalização, a tecnologia ou os mercados. Entre os vários participantes especialistas, nacionais e estrangeiros, a APF destaca a presença de Fynn-Willem Lohe, secretário-geral do Comité de Associações Europeias de Fundição (CAEF), organismo que congrega associações de 22 países europeus.

Indústria de fundição

A referência aos custos energéticos e à economia circular como fatores críticos para a competitividade e sustentabilidade do setor já era feita no Plano Estratégico para a Indústria Portuguesa de Fundição, há quase quatro anos. Em comunicado, Filipe Villas-Boas reconhece, porém, que as boas práticas que a generalidade das fundições portuguesas adotou em matéria de economia circular está ainda longe de satisfazer completamente os agentes do setor.

“Todas as possibilidades de incorporação deste tipo de materiais foram já testadas em diversos projetos, alguns deles com significativa importância e promovidos pela própria APF em conjunto com associados. No entanto, tais resíduos continuam a ser depositados em aterro, na esmagadora maioria dos casos, no âmbito de projetos de recuperação paisagística”, desabafa o empresário.

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Bolsas europeias recuperam. Família EDP dá lustro a Lisboa

Bolsa nacional está a cotar em terreno positivo, acompanhando as congéneres europeias, que recuperam pelo segundo dia. Família EDP anima PSI.

As bolsas europeias continuam a recuperar e Lisboa não é exceção. A animar o principal índice nacional estão os títulos da família EDP, enquanto a Galp Energia e o BCP travam uma subida mais acentuada.

O PSI está a valorizar 0,31%, para 5.738,83 pontos, numa altura em que o índice de referência europeu Stoxx 600 avança 0,63%, para 422,94 pontos. As bolsas recuperam pela segunda sessão, depois de uma segunda-feira de quedas muito acentuadas, à medida que os investidores avaliam o risco de uma recessão.

Em destaque estão as ações da Navigator, que somam 1,13%, para 3,924 euros, acompanhadas pelas cotações da família EDP. A EDP Renováveis avança 0,97%, para 20,76 euros, enquanto a EDP sobe 0,86%, para 4,447 euros.

Também a Jerónimo Martins contribui para a subida do PSI com um ganho de 0,36%, para 19,39 euros. A concorrente Sonae valoriza 0,1%, para 1,03 euros.

No lado oposto estão as ações do BCP, que caem 0,07%, para 0,1448 euros. A Galp Energia trava os ganhos na bolsa ao recuar 0,38%, para 10,415 euros, bem como os CTT, que recuam 1,06%, para 3,745 euros, a maior descida desta sessão.

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Hoje nas notícias: Berardo, casino e PPP

  • ECO
  • 11 Maio 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Tesouro vai ter de encontrar novos compradores de dívida pública portuguesa, face à saída de cena do BCE, através da redução do balanço. Mas os jornais também destacam as receitas no casino online do grupo Estoril-Sol, que já ultrapassaram as do Casino de Lisboa.

Fundação Berardo com dívida de 983 milhões de euros em 2020

A Fundação Berardo, no final de 2020, detinha uma dívida no valor de 983 milhões de euros, sendo os maiores credores a Caixa Geral de Depósitos (310,97 milhões), Novo Banco (285,16 milhões), BCP (240,62 milhões), e Santander Totta (1,11 milhões). A informação está no Relatório e Contas de 2020 da fundação, presidida pelo empresário madeirense, e revelam que, desde 2017, o nível de endividamento da instituição oscila entre 980 e 985 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Marcelo teme que acórdão sobre metadados obrigue a rever Constituição

O Presidente da República vê a situação criada pela decisão do Tribunal Constitucional de declarar as normas da “lei dos metadados” inconstitucionais como “uma chatice”. Em causa está a conservação dos dados de tráfego e localização das comunicações efetuadas pelos cidadãos por um ano. Marcelo Rebelo de Sousa teme que o acórdão obrigue a rever a Constituição.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Saída de cena do BCE obriga Tesouro a encontrar novos compradores

O IGCP reconhece que o movimento de subida de taxas de juro em 2022 “deverá manter-se nos tempos mais próximos”, sendo que esta tendência está a agravar os custos de financiamento de Portugal. Para a presidente, Cristina Casalinho, a saída de cena do Banco Central Europeu irá forçar um ajustamento por meio da substituição da procura por novos compradores. Entretanto, a taxa de referência a dez anos no país já subiu para máximos de outubro de 2017, acima dos 2,141%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Casino online supera receitas do maior casino de Portugal pela primeira vez

As receitas do casino online do grupo Estoril-Sol chegaram aos 41,5 milhões de euros no ano passado, superando pela primeira vez as do Casino de Lisboa, o maior do país, com a pandemia a ajudar bastante o negócio. As receitas do Casino de Lisboa caíram 12% face ao ano anterior (que, por sua vez, já tinham sofrido uma quebra de 55% em relação a 2019, por causa da pandemia), enquanto as do casino online (que não contabiliza as apostas desportivas) subiram 21,3%.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Ministério Público quer confiscar 3,3 mil milhões a empresas e administradores de PPP

O Ministério Público quer confiscar 3,3 mil milhões de euros às empresas concessionárias e subconcessionárias de dez PPP rodoviárias e também aos seus administradores que assinaram contratos com o Estado, entre eles Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil. Em causa estão alegadas renegociações feitas em prejuízo do Estado e suposta violação dos códigos de contratação pública. Se o confisco vier a ser efetivado pelos tribunais, é suficiente para poder fazer “falir” as concessões das estradas.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

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“Nenhuma agenda mobilizadora ficará sem apoio”, garante Mariana Vieira da Silva

"Há um mundo diferente, com múltiplas dificuldades de acesso a matérias-primas e determinados materiais e isso vai pressionar a execução em Portugal e não só", reconheceu a ministra da Presidência.

A ministra da Presidência, que tem a tutela dos fundos europeus, garante que “nenhuma agenda mobilizadora ficará sem apoio”. No programa da RTP “É ou Não é”, Mariana Vieira da Silva garantiu que, com o reforço das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, decorrente das subvenções que dependiam da variação do PIB em 2020 e 2021 (1,6 mil milhões de euros), ou o recurso à componente de empréstimos do PRR, todas as agendas selecionadas terão financiamento.

A segunda fase do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial somou 64 candidaturas concretizadas, que representam um potencial de investimento global de 8,38 mil milhões de euros. Mas as agendas mobilizadoras e as agendas verdes para a inovação empresarial têm uma dotação inicial de 930 milhões de euros. Um valor manifestamente inferior às intenções de investimento apresentadas.

O Executivo remeteu para este ano – e para o Governo que resultasse das eleições de janeiro — a decisão de recorrer aos 2,3 mil milhões de euros da componente de empréstimos que Portugal pré-reservou junto de Bruxelas. Mas o primeiro-ministro foi claro, ao anunciar no debate na Assembleia da República sobre o programa de Governo que os 1,6 mil milhões de euros adicionais do PRR que Portugal vai receber, em cima dos 16,6 mil milhões de euros já garantidos, serão dedicados às agendas mobilizadoras e às agendas verdes para a inovação empresarial. “É uma área que temos de alimentar e de fortalecer, de forma a poder expandir a sua atividade”, disse, referindo que os consórcios entre o sistema científico e tecnológico, as empresas e as autarquias têm um “valor muito significativo”.

No entanto, Portugal ainda não ainda não comunicou à Comissão Europeia que quer mobilizar estas verbas para as agendas mobilizadoras e é necessário que Bruxelas dê luz verde a esta decisão, porque os investimentos e reformas previstos no PRR têm de estar alinhados com as recomendações feitas no âmbito do Semestre Europeu, que serão conhecidas a 16 de maio.

“Tranquila não estou porque a minha função não é estar tranquila, mas estou atenta a todos os prazos que temos de cumprir”, diz Mariana Vieira da Silva, quando questionada se as metas e marcos que se seguem não comprometem o próximo cheque. “Se me parece que vamos chegar ao final do segundo trimestre com um nível de concretização muito significativo a resposta é sim”, acrescentou.

Mariana Viera da Silva, que recusou quaisquer acusações de atrasos nos fundos europeus (seja no Portugal 2020, PRR ou Portugal 2030), frisou que a opção do Governo foi “responder às dimensões que condicionam o crescimento”, como por exemplo a falta de trabalhadores qualificados. E recordou que os apoios às empresas estão limitadas pelas regras dos auxílios de Estado, mas também pelo conjunto de despesas consideradas elegíveis.

Rebatendo as acusações do antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, que participou no painel de discussão, de que o Governo está a usar os fundos europeus para fazer investimentos e pagar despesas que deveriam ser assegurados pelo Orçamento do Estado, a ministra da Presidência sublinhou que, “neste momento”, estão “focados na execução dos fundos, porque ninguém sabe quanto tempo vai durar a guerra ou o impacto que cai ter”. O Governo aprovou uma proposta de decreto-lei que está agora em consulta pública que tenta “responder ao problema”, do aumento dos preços das matérias-primas e que “vai traduzir-se em desafios enormíssimos para a execução do PRR”, reconheceu.

Foi aprovado em Conselho de Ministros, na semana passada, um regime excecional que permite que um empreiteiro apresente ao dono da obra, pública ou privada, uma proposta de revisão de preço da empreitada tendo em conta o aumento acima de uma determinada percentagem do preço de algum material, como o aço por exemplo.

O preço das matérias-primas é um problema que precisa de resposta”, reconheceu Mariana Vieira da Silva. “Há um mundo diferente com múltiplas dificuldades de acesso a matérias-primas e determinados materiais e isso vai pressionara a execução em Portugal e não só”, acrescentou, lembrando que “há países que já disseram que o ritmo de execução de metas não é possível”.

A ministra da Presidência rejeitou que esteja “tudo a correr mal” e lembrou que os “os mecanismos de acompanhamento não são um fim em si mesmos” e que está “à espera do relatório final” da Comissão de Auditoria e Controlo. “Agirei em função das sugestões da comissão que é para isso que essa comissão foi desenhada”, concluiu.

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Barril de Brent recupera 3% para 105 dólares

Petróleo está a cotar nos 105 dólares na Europa e 102 dólares em Nova Iorque. Matéria-prima recupera das perdas desta terça-feira, apesar dos receios de que uma recessão global trave procura.

O preço do petróleo está a recuperar das quedas observadas nos últimos dias, encarecendo em cerca de 3%, tanto na Europa como nos Estados Unidos. A matéria-prima tem estado sob pressão devido às negociações na União Europeia (UE) com vista a banir as importações petróleo russo.

O Brent, que serve de referência às importações nacionais, valoriza 2,72%, para 105,25 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, avança 2,72%, para 102,47 dólares. Este desempenho representa uma recuperação face à desvalorização de 3% desta terça-feira.

Um relatório publicado esta terça-feira pela Agência de Informação de Energia norte-americana (EIA, na sigla inglesa) antecipa que o preço do barril de Brent alcance uma média de 107 dólares no segundo trimestre deste ano. Já no segundo semestre, os preços deverão cair para uma média de 103 dólares por barril e, no próximo ano, para uma média de 97 dólares por barril, mais do dobro do preço médio de 2020 (ano em que, pela primeira vez, os futuros do WTI chegaram a cotar abaixo de 0, com as quebras na procura geradas pela Covid).

Evolução do preço do barril de Brent:

A UE continua a discutir quais as medidas a tomar para banir completamente o petróleo russo do Velho Continente, embora os líderes europeus ainda não tenham alcançado um acordo quanto à sexta ronda de sanções, devido à forte dependência de alguns países do petróleo e gás natural da Rússia.

“Já proibimos o carvão, mas ao sancionar os hidrocarbonetos estamos a chegar ao coração do financiamento da máquina de guerra do Kremlin“, disse esta terça-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

A pressionar os preços da matéria-prima esteve ainda a desaceleração na procura por parte da China, à medida que o país continua a aplicar confinamentos para tentar controlar o coronavírus, que acabaram por reduzir a produção industrial, assim como os receios de que o aperto da política monetária resulte numa recessão.

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