Grupo Mediaset defende importância da entrevista televisiva a Lavrov

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

“A Europa poderá envolver-se cada vez mais numa guerra sangrenta e não devemos ouvir quem, a nível institucional, desencadeou este conflito?”, disse o diretor-geral de informação do grupo italiano.

O diretor-geral de informação do grupo italiano Mediaset, Mauro Crippa, defendeu esta segunda-feira a importância da entrevista televisiva ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, a primeira a um órgão europeu desde a invasão da Ucrânia.

Crippa criticou, contudo, as declarações de Lavrov segundo as quais pode haver elementos neonazis infiltrados nas cúpulas do poder ucraniano e que o facto de alguns dos governantes, incluindo o próprio Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, serem judeus “não quer dizer nada”, porque “Hitler também tinha origens judaicas”.

“As declarações delirantes do chanceler russo Lavrov são de particular importância, porque confirmam claramente a falta de vontade do [Presidente russo, Vladimir] Putin de alcançar uma solução diplomática para a guerra russa contra a Ucrânia”, sustentou Crippa num comunicado.

“Quanto às acusações de Lavrov e aos paralelos absurdos sobre Hitler e os judeus, só os antissemitas viscerais podem dar crédito ao que parecem ser puras loucuras, assim como os falsos historiadores já desmentidos pelos factos”, acrescentou.

No entanto, após as críticas suscitadas por ter permitido tal entrevista e ter, por isso, consentido ao MNE russo a defesa das suas teses sem que o jornalista as refutasse ou o questionasse sobre elas, o diretor de informação do Mediaset sublinhou que ela “é um documento que retrata a história contemporânea”.

“A Europa poderá envolver-se cada vez mais numa guerra sangrenta e não devemos ouvir quem, a nível institucional, desencadeou este conflito?”, interrogou. Na sua opinião, “o pluralismo da informação e as boas regras do jornalismo sempre sugerem que se oiçam todas as opiniões, inclusive as mais controversas e dissonantes”, sem que isso signifique partilhá-las.

O grupo, da família Berlusconi, já enviou para a zona de guerra jornalistas que “arriscam a vida todos os dias para relatar este horrível conflito, sem descartar a propaganda bélica e mostrando as imagens dos crimes cometidos”, e continuará “a dar voz a todos os protagonistas desta grave crise mundial”, concluiu o diretor de informação.

Na entrevista de quase 50 minutos emitida pelo canal de notícias Rete4, o MNE russo assegurou que a missão da “operação militar especial” na Ucrânia é “desnazificar” o país e, quando o jornalista observou que alguns dos governantes ucranianos a quem estava a chamar nazis são judeus, entre os quais Zelensky, Lavrov observou que, por serem judeus, não quer dizer que não sejam nazis e apontou como exemplo Hitler, afirmando que este “também tinha origens judaicas”.

“Isso (serem judeus) não significa nada. Há muito tempo que ouvimos o sábio povo judeu dizer que os antissemitas também são hebreus”, acrescentou.

A comunidade judaica de Roma classificou tais declarações como “antissemitas”, e a sua presidente, Ruth Dureghello, disse que foram “afirmações delirantes e perigosas” transmitidas ao público a partir de uma televisão italiana.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, classificou as declarações de Lavrov como “graves” e convocou o embaixador da Rússia em Israel “para uma reunião de esclarecimento”, ao passo que o vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas as descreveu como “inaceitáveis” e “escandalosas”.

Entretanto, Itália anunciou esta segunda que vai investigar as mensagens propagandísticas a favor da Rússia e de Putin e sobre a invasão da Ucrânia que diariamente chegam às televisões do país, a última das quais foi a entrevista a Lavrov que desencadeou grande indignação.

Adolfo Urso, presidente da Comissão Parlamentar para a Segurança da República (COPASIR), que supervisiona as atividades dos Serviços Secretos, explicou que está prevista uma investigação específica, juntamente com os diretores da televisão pública RAI e da Autoridade para a Garantia das Comunicações (AGCOM).

O que se receia é a difusão de notícias falsas ou de propaganda nos debates das estações televisivas italianas e, segundo Urso, “a entrevista a Lavrov, pelo modo como decorreu e a montanha de mentiras que espalhou, justifica essas preocupações”.

“Já tínhamos destacado nos nossos relatórios ao parlamento o modo como a Rússia está a agir para condicionar democracias ocidentais, usando a desinformação como um dos seus principais instrumentos, além da guerra cibernética e da espionagem”, indicou.

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Multicare e grupos de Saúde apoiam soluções digitais para a demência

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2022

Multicare, Luz Saúde e Lusíadas são parceiras de uma iniciativa que apoia projetos piloto de 4 startups com soluções digitais na área da demência.

Quatro start-ups vão avançar para seis projetos-piloto em hospitais e unidades de saúde portuguesas, visando a aplicação de soluções digitais que melhorem a vida das pessoas com demência. Os vários projetos beneficiam conjuntamente de 100 mil euros no âmbito do programa “Building Tomorrow Together”, um projeto da Roche em colaboração com várias instituições de saúde, nomeadamente Centro Hospitalar de São João, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Luz Saúde, Lusíadas, CUF e Campus Neurológico.

Start-ups e projetos anunciados são os seguintes:

  • iLoF – intelligent Lab on Fiber: a implementar no Centro Hospitalar Universitário de São João e na Luz Saúde. Através de uma base de perfis biológicos e de biomarcadores, fornece ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de Demência, usando nomeadamente Inteligência Artificial. Com uma análise de sangue, através de biomarcadores, poderão ser detetados precocemente sinais de demência. O objetivo será o de permitir antecipar o diagnóstico antes de a doença estar estabelecida.
  • Somatix: a implementar no CNS – Campus Neurológico e CUF. Solução de monitorização remota de doentes através de dispositivos “wearables” para detetar movimentos de forma passiva. Trata-se de uma bracelete que permite detetar gestos e movimentos para monitorizar ritmos de sono, risco de queda ou níveis de hidratação, por exemplo. Este dispositivo comunica com uma aplicação e com um software que monitoriza o que acontece às pessoas com demência, podendo reduzir hospitalizações e idas desnecessárias ao hospital.
  • Virtuleap: a implementar em Lusíadas. Através de óculos de realidade virtual e de uma aplicação, são executados exercícios para analisar a capacidade cognitiva e prever sintomas de demência. No fundo, através de um conjunto de jogos e movimentos que monitorizam a função cognitiva, o hospital e os profissionais de saúde podem acompanhar cada doente.
  • NeoNeuro: a implementar no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga. A solução vai permitir um diagnóstico precoce, através de uma análise ao sangue com um protocolo e um equipamento próprio. Trata-se de uma forma não invasiva e mais simples de prognosticar a possibilidade de um doente poder vir a ter uma demência.

O “Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia” é uma iniciativa da farmacêutica Roche, operacionalizada pela Beta-i, e que junta várias entidades do setor em Portugal para dar resposta a necessidades concretas de pessoas que vivem com demência, e respetivos cuidadores. Além dos estabelecimentos hospitalares e entidades acima indicadas, a Multicare, a EIT Health, a Bial, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Champalimaud e a Alzheimer Portugal também integram a lista de parceiros.

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Fidelidade debate desafios da longevidade

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2022

Seguradora reafirma objetivo de reforçar apoio à comunidade, levando ao público uma série de debates sobre questões sociais e pessoais decorrentes do desafio da longevidade.

A longevidade “representa um dos grandes desafios do nosso tempo”. Consciente do “impacto do envelhecimento e da necessidade de assegurar qualidade de vida às pessoas”, a Fidelidade lançou projeto “Longevidade: um novo desafio para refletir sobre os desafios de se viver mais anos e sobre o impacto do envelhecimento na sociedade em geral, implicações sociais e económicas, nomeadamente nas poupanças.

Neste sentido, voltando ao tema longevidade, a seguradora associou-se com a Novartis e o semanário Expresso para um ciclo de webtalks, com participação de especialistas de referência em várias áreas de intervenção que irão aprofundar os principais desafios da longevidade, “para se viver mais e melhor”. O ciclo de encontros estende-se até início de 2023 e a companhia seguradora avança os tópicos das conversas online:

  • 16 de maio: “A longevidade e o impacto do envelhecimento na sociedade futura. O que vai mudar na nossa vida? Quais os principais desafios que temos pela frente na saúde, finanças, economia, cidades, políticas públicas e na nossa vida social? Que abordagem precisamos? Quais as prioridades?”
  • 30 de maio: “Como podemos promover a nossa saúde ao longo da vida? Que comportamentos devemos adotar? Como é que podemos investir mais na prevenção como arma para uma longevidade maior e com mais saúde? Como alcançarmos um melhor equilíbrio entre promoção da saúde e gestão da doença? As principais causas tratáveis de mortalidade (doenças cardiovasculares e cancro) como absolutamente indispensáveis para garantir que as pessoas envelhecem de boa saúde?”
  • 4 de julho: “Que impacto terá a longevidade nas nossas finanças? Qual deve ser o novo paradigma de poupança para a reforma? Sabendo que o rendimento tenderá a decrescer a prazo e que os custos – com saúde, apoio – serão sempre crescentes?”
  • 3 de outubro: “Como pode o Estado incentivar políticas públicas para a longevidade? Que estruturas devem ser criadas no Governo para mudar estas políticas relacionadas? Que exemplos existem? Que países são modelo? Que áreas são prioritárias?”
  • 5 de dezembro: “Que mudanças precisam de ser implementadas nas empresas? Que peso tem o trabalho na nossa longevidade? O que mudou com o teletrabalho?”
  • 30 de janeiro de 2023: “O que deve mudar nas cidades? Enquanto espaços para todas as gerações? O que precisa de ser feito nos transportes, na acessibilidade e nos espaços para melhorar o nosso bem-estar?”

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Bruxelas diz que “qualquer país da UE” pode ter corte de gás russo e pede planos

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

A decisão da Gazprom "marca um ponto de viragem" e "isso significa que todos os Estados-membros têm de ter planos [de contingência] para uma rutura total”, avisou a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia admitiu esta segunda-feira que “qualquer Estado-membro” da União Europeia (UE) pode seguir-se à Bulgária e à Polónia no corte de gás pela energética russa Gazprom, pedindo planos de contingência para eventual rutura total no fornecimento.

“A decisão da Gazprom, de suspender o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, marca um ponto de viragem na atual crise e é uma violação injustificada dos contratos existentes e um aviso de que qualquer Estado-membro pode ser o próximo”, disse a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Falando em conferência de imprensa após o Conselho extraordinário de ministros da Energia da UE, em Bruxelas, Kadri Simson vincou que a Gazprom “demonstrou que não é um fornecedor de confiança e isso significa que todos os Estados-membros têm de ter planos [de contingência] para uma rutura total”.

E, de acordo com a responsável europeia pela tutela, os países da UE já se estão a preparar, aumentando os níveis de armazenamento de gás. “A nossa prioridade deve agora ser a preparação para qualquer perturbação dos fluxos”, vincou Kadri Simson.

Portugal esteve representado no encontro pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, que no final disse aos jornalistas portugueses em Bruxelas que, relativamente a este caso da Gazprom, o país “está pouco exposto ao fornecimento de gás russo”, explicando que, em 2021, este representou menos de 10% do gás importado por Portugal, valor que já estava previsto ser ainda mais baixo este ano.

“Essencialmente, somos abastecidos por gás natural liquefeito que chega a Portugal através do terminal de Sines. Os nossos níveis de abastecimento estão hoje a mais de 80% da nossa capacidade total e, até à data, não tivemos nem temos nenhuma razão que nos leve a acreditar que teremos problemas ao nível das entregas”, sublinhou Duarte Cordeiro.

Segundo o governante português, na reunião desta segunda, “houve da parte dos Estados-membros uma condenação desta decisão unilateral da Gazprom e foi demonstrada solidariedade por todos os países da União relativamente aos países afetados, a Bulgária e a Polónia”.

Na semana passada, o grupo russo Gazprom anunciou que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia, por não terem feito o pagamento em rublos.

Sobre as pressões russas para o pagamento da energia em rublos, a comissária europeia apontou que o executivo comunitário “já deu indicações aos Estados-membros” e está a aconselhar as empresas para não pagar na moeda russa, já que isso é uma “alteração unilateral dos contratos” e uma “clara violação das sanções” europeias impostas à Rússia pela guerra da Ucrânia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já veio garantir que a UE “está preparada”, procurando alternativas à Rússia e reforçando o armazenamento comunitário.

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Angolana Triunfal Seguros tem plano de recuperação aprovado

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2022

Companhia arriscava suspensão ou perda da licença de atividade. Tem agora 2 meses para regularizar requisitos de capital. Criada em 2019 e sediada em Luanda, a Triunfal opera em seguros de não Vida.

O governo angolano aprovou o plano de recuperação e financiamento da seguradora Triunfal Seguros, autorizando um aumento do respetivo capital social, de 880 milhões para 1,4 mil milhões de kwanzas (cerca de 2,9 milhões de euros). Para continuar atividade, a seguradora precisa de uma injeção equivalente a 1,23 milhões de euros.

O despacho da ministra das Finanças Vera Daves estipula que a documentação da alteração estatutária referente ao montante do capital social a realizar deve ser remetida à Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), para efeitos do correspondente registo. Segundo noticia o local Novo Jornal, a implementação do plano deverá resolver “as insuficiências de garantias financeiras ao nível da cobertura de margem de solvência, e garantir maior solidez financeira face aos compromissos assumidos pela Triunfal Seguros, referentes aos contratos de seguros, bem como da obrigação do cumprimento dos deveres prudenciais”.

Ao abrigo do diploma das Finanças, a Triunfal Seguros fica obrigada, num prazo de dois meses, a implementar as medidas aprovadas e submeter à ARSEG os documentos comprovativos da realização do capital social. A seguradora foi avisada pela ARSEG, no ano passado. Se não procedesse ao aumento de capital arriscava-se a suspensão ou retirada das licenças de atividade.

A Triunfal iniciou atividade em 2019, tem sede em Luanda e desenvolve operação em torno de soluções de não Vida (Automóvel; Acidentes de Trabalho; Saúde e Caução, entre outros).

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Cerca de 200 mil emigrantes não conseguiram votar nas legislativas

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

As eleições de 30 de janeiro ficaram marcados por vários problemas, como o mau funcionamento dos correios, moradas desatualizadas, muitos votos anulados ou problemas com o recenseamento.

Um inquérito sobre as legislativas de 30 de janeiro, divulgado esta segunda-feira, concluiu que 200 mil portugueses no estrangeiro não conseguiram votar por não receberem o boletim, principalmente devido ao mau funcionamento dos correios e problemas com as moradas.

De acordo com o “Relatório sobre as eleições para a Assembleia da República janeiro – março de 2022”, realizado pelo movimento Também Somos Portugueses (TSP), o sufrágio de 30 de janeiro ficou marcado por um conjunto de problemas, entre os quais o mau funcionamento dos correios, moradas desatualizadas, muitos votos anulados, problemas com o recenseamento, métodos de votação que dificultam o voto e falta de esclarecimentos.

No documento, o movimento recorda que, em 2019, tinham sido anulados 35.331 votos (22,33%), a maior parte devido à falta da fotocópia do cartão de cidadão. “Em 2022, muitos portugueses continuaram a rejeitar o envio dessa fotocópia por razões de segurança”, lê-se no relatório, que acrescenta: “Esta questão deu origem à anulação de 80% dos votos no círculo da Europa e posterior repetição das eleições nesse círculo”.

O movimento defende, por isso, que “tem de ser encontrada uma alternativa para a validação dos boletins dos votos” e recomenda à Assembleia da República “uma alteração à lei eleitoral, de modo a substituir a exigência da fotocópia do cartão de cidadão pela escrita pelo eleitor do seu número de cartão de cidadão num papel que acompanhe o boletim de voto”.

Com base num inquérito a eleitores portugueses a residir no estrangeiro, que originou 787 respostas válidas, este movimento identificou 43,5% eleitores que queriam, mas não conseguiram votar. “As principais causas estão relacionadas com o mau funcionamento dos correios e com problemas com as moradas onde devem ser recebidos os boletins de voto”, aponta o documento.

Em relação aos problemas com o recenseamento, o movimento refere que “há um problema com a renovação do cartão de cidadão”, pois “muitos portugueses no estrangeiro foram retirados dos cadernos eleitorais quando renovaram o cartão do cidadão, sem serem informados disso na altura”. Recomenda o movimento que “seja revista a aplicação de renovação do cartão de cidadão, para que seja mantido o recenseamento dos cidadãos no estrangeiro, a não ser que seja expressamente pedida a sua retirada dos cadernos eleitorais”.

Em relação aos métodos de votação, o documento indica que há métodos de voto diferentes para eleições diferentes. “É patente a confusão de muitos eleitores no estrangeiro devido aos diferentes métodos de votação nas diferentes eleições, com eleitores a deslocarem-se aos consulados para votar e serem mandados embora por não se terem registado para votar presencialmente, quando esse tinha sido o método de voto nas eleições anteriores para o Presidente da República”, lê-se no documento.

O movimento defende que seja “implementado o voto digital”, uma vez que “80% dos inquiridos no inquérito escolheram-no como o método preferido – mas em acumulação com o voto presencial e o voto postal”.

Relativamente à anulação de 80% dos votos no círculo da Europa, que “originou a inédita decisão do Tribunal Constitucional de fazer repetir a votação nesse círculo”, o Também Somos Portugueses classifica-a de um “escândalo” que “levou a uma abstenção de protesto de muitos portugueses no estrangeiro, causando uma diminuição de votos na segunda edição das eleições”.

Entre os pontos positivos identificados pelo movimento, consta o recenseamento automático, que “voltou a mostrar-se essencial para o número recorde de votantes”, as alterações nos envelopes, que corrigiu problemas anteriores, a possibilidade de acompanhar o percurso das cartas com o boletim de voto através de um portal e a possibilidade de verificação da morada eleitoral.

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CTT pagam dividendo de 12 cêntimos a 20 de maio

  • ECO
  • 2 Maio 2022

OS CTT informaram esta segunda-feira que vão pagar um dividendo de 12 cêntimos por ação, relativo aos resultados financeiros de 2021, a 20 de maio.

OS CTT informaram esta segunda-feira que vão pagar um dividendo de 12 cêntimos por ação, relativo aos resultados financeiros de 2021, a 20 de maio, indicou a empresa de correios em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em 2021, a empresa liderada por João Bento registou um resultado líquido de 38,4 milhões de euros em 2021, o que representa um aumento de 130,4% face ao registado em 2020. Tendo em conta estes resultados, a empresa propôs à assembleia geral distribuir um dividendo de 0,12 euros por ação, um montante que “representa uma rentabilidade de dividendo de aproximadamente 2,6% e um rácio de payout de aproximadamente 47,3%”. Esta decisão foi aprovada pelos acionistas a 21 de abril.

Na nota publicada na CMVM, os CTT explicam ainda que o pagamento desta remuneração será feito a 20 de maio, sendo que as ações passarão a ser transacionadas sem direito a dividendo nos dois dias anteriores a essa data, ou seja, a 18 de maio.

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Leão tem três concorrentes na corrida ao Mecanismo Europeu de Estabilidade

Confirma-se que o ex-ministro das Finanças, João Leão, vai candidatar-se a diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade. Na concorrência tem um italiano, um holandês e um luxemburguês.

O Eurogrupo divulgou esta segunda-feira a lista de candidatos a diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), em substituição do alemão Klaus Regling, e confirma-se que João Leão, ex-ministro das Finanças, foi proposto pelo Governo português. Mas não é o único na corrida: Marco Buti (Itália), Pierre Gramegna (Luxemburgo) e Menno Snel (Países Baixos) também concorrem. A decisão deverá ser tomada a 23 de maio na reunião do Eurogrupo e depois será formalizada em junho.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o Eurogrupo divulgou que há quatro candidatos para suceder a Regling: Marco Buti (Itália), Pierre Gramegna (Luxemburgo), Menno Snel (Países Baixos) e João Leão (Portugal). Buti foi diretor-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, Gramegna foi ministro das Finanças do Luxemburgo e Snelfoi foi secretário de Estado das Finanças nos Países Baixos.

Da esquerda para a direita: Buti, Gramegna, Leão e Snel.

O prazo de candidaturas para a corrida para o cargo de próximo managing director do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) acabava esta segunda-feira às 18h (hora em Bruxelas). Com sede no Luxemburgo, esta instituição europeia foi criada em 2012 por causa da crise das dívidas soberanas para ajudar os Estados-membros da Zona Euro com dificuldades de acesso a financiamento nos mercados financeiros.

No comunicado, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, explica que o mandato de Regling vai acabar a 7 de outubro deste ano e que estes foram os quatro candidatos apresentados pelos Estados-membros da Zona Euro, após ter lançado o repto a 17 de março. Donohoe confirma que os candidatos serão alvo de discussão por parte dos ministros das Finanças da Zona Euro no dia 23 de maio, sendo expectável que se construa um consenso à volta de um dos nomes.

A 16 de junho, o conselho de governadores do MEE, que é constituído pelos 19 ministros das Finanças dos países, terá de eleger formalmente um dos candidatos com uma maioria de qualificação, isto é, 80% dos votos. Os direitos de voto de cada país dependem do número de ações que cada membro tem no stock de capital do MEE: Portugal, por exemplo, tem cerca de 2,5%. Alemanha, França, Itália e Espanha são naturalmente os países com mais votos.

O diretor do MEE é responsável por gerir o dia-a-dia do Mecanismo e tem assento nas reuniões do Eurogrupo, sendo um dos responsáveis que está presente na conferência de imprensa, ao lado do presidente do Eurogrupo e do comissário europeu para a economia. O mandato é de cinco anos e pode ser renovado apenas uma vez.

De acordo com fontes conhecedoras do processo, o Governo português mostra-se confiante com a sua escolha por causa das metas orçamentais alcançadas por Leão ao longo dos anos em que esteve no Executivo. Além do excedente orçamental de 2019, o ex-secretário de Estado do Orçamento conseguiu baixar o défice para 2,8% em 2021, abaixo do limiar de 3% das regras europeias, ainda com a pandemia a pesar nas contas públicas.

Além disso, João Leão tem no currículo um doutoramento no MIT (Estados Unidos), fez parte do grupo de economistas do PS que delineou a estratégia económica em 2015 e manteve sempre um compromisso com a gestão orçamental rigorosa, tendo sido criticado pelas cativações e a execução orçamental abaixo do orçamentado. Contudo, a recente passagem direta para vice-reitor do ISCTE causou polémica por causa dos moldes em que aconteceu.

(Notícia atualizada às 18h22 com mais informação)

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Transportadora portuguesa Sevenair liga São Tomé ao Príncipe com dois voos diários

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

A operação começa na próxima quarta-feira, dia 4 de maio, estendendo-se, pelo menos, até agosto.

A companhia aérea portuguesa Sevenair vai começar a fazer a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe a partir de quarta-feira, realizando dois voos diários de ida e volta, anunciou esta segunda-feira a companhia.

“A Sevenair, companhia aérea portuguesa, especializada em voos regionais, assinou um contrato de wet-lease [contrato de locação de uma aeronave, tripulação e manutenção] com a STP Airways, para prestação de voos entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe; esta operação iniciará já na próxima quarta-feira, dia 4 de maio, estendendo-se, pelo menos, até agosto”, anunciou a empresa em comunicado enviado à Lusa.

No texto, a transportadora especializada em voos regionais afirma que “será utilizada uma aeronave Bae Jetstream 32, com capacidade para 19 passageiros, que realizará duas frequências diárias ligando as ilhas do arquipélago, uma pela manhã e outra ao final da tarde, permitindo também que se possa ir e regressar no mesmo dia, sem necessidade de pernoita”.

Assim, o voo sairá de São Tomé rumo ao Príncipe logo de manhã, voltando pouco tempo depois, e fará novamente essa ligação ao final da tarde. Para além das tripulações, o contrato implica também a utilização de elementos da empresa de manutenção do grupo, a Sevenair Maintenance.

Esta parceria com a STP Airways e com o seu maior acionista, euroatlantic Airways, é motivo de muito orgulho para a Sevenair, que espera que a mesma se possa prolongar por muitos anos, reforçando laços entre duas empresas portuguesas”, acrescenta-se no comunicado.

A Sevenair já operou na Madeira, Açores, Guernsey, Cabo Verde, Estónia, Marrocos, Argélia, entre outros locais na Europa e em África.

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Banco de Portugal registou ataque “severo” nos serviços de pagamentos em 2021

Banco central tomou nota de um incidente de segurança de caráter severo em 2021 provocado por "ataque externo" a um prestador de serviços de pagamentos. Em 2020 não tinha havido nenhum.

O Banco de Portugal foi alertado no ano passado para um incidente de segurança de “caráter severo”, provocado por um “ataque externo” a um prestador de serviços de pagamentos, disse esta segunda-feira a diretora do departamento de sistemas de pagamentos do banco central, Maria Tereza Cavaco.

A informação faz parte do relatório anual elaborado pelo Banco de Portugal, não estando identificada no documento a entidade envolvida. Além deste incidente, o Banco de Portugal registou 55 incidentes severos de âmbito operacional, principalmente falhas de sistema, falhas de processo e erros humanos.

Maria Tereza Cavaco destacou estes dados numa conferência dedicada ao tema da cibersegurança nos pagamentos, que teve lugar esta segunda-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa. O Banco de Portugal também não revela que entidades estão envolvidas nestes incidentes, mas a imprensa tem vindo a noticiar casos de indisponibilidade de serviço por parte de instituições financeiras no país, sobretudo bancos.

Em concreto, o único incidente de segurança reportado ao banco central no ano passado contrasta com o ano de 2020, em que não houve nota de nenhuma situação deste tipo, de acordo com o relatório anterior. Em 2019, o Banco de Portugal registou incidentes de segurança, mas a quantidade em absoluto não foi tornada pública na altura.

Segundo o supervisor, “considera-se como incidente operacional ou de segurança um evento único ou uma série de eventos conexos e não previstos pelo PSP [Prestador de Serviços de Pagamentos] que tenham ou possam vir a ter um impacto adverso na integridade, na disponibilidade, na confidencialidade ou na autenticidade dos serviços relacionados com pagamentos”.

Na mesma conferência, Hélder Rosalino, administrador do banco central português, já tinha alertado para o crescimento significativo das ameaças à cibersegurança no setor financeiro ao longo do ano passado. Maria José Campos, administradora do BCP, apelou a uma maior partilha de informação sobre as ameaças entre bancos, tendo revelado que esse contacto, atualmente, é “muitas vezes informal”.

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Padel. Tribunal valida rescisão de Miguel Oliveira

  • Servimedia
  • 2 Maio 2022

O jornador de padel Miguel Oliveira rescindiu contrato com o World Padel Tour por não ter recebido a sua remuneração fixa durante a pandemia. O tribunal decidiu que a rescisão do jogador é válida.

O Tribunal de Arbitragem Civil e Comercial de Madrid (CIMA) considerou válida a decisão de Miguel Fonseca Oliveira, jogador de padel profissional, ter rescindido contrato com a World Padel Tour (WPT) depois de esta não ter cumprido com o pagamento da remuneração fixa do desportista em 2021, noticia a Servimedia.

No ano passado, o jogador de padel recusou-se a assinar a adenda que o WPT queria incluir no seu contrato, que implicava a eliminação da remuneração fixa em 2021 e uma redução dos prémios.

Desta forma, Miguel Fonseca Oliveira dissociou-se do “pacto” feito entre os jogadores e o World Padel Tour para assegurar a continuidade do circuito durante o período pandémico. No entanto, mesmo não querendo fazer parte desse “pacto”, o jogador acabou por não receber a sua remuneração fixa de 2500 euros e isso levou-o mesmo a rescindir o seu contrato pela falta de pagamento.

Por essa razão, o “caso Oliveira” foi levado ao Tribunal de Arbitragem Civil e Comercial de Madrid (CIMA) que, depois de analisar o contrato entre as partes e estes factos, decidiu, esta semana, que a rescisão do contrato por falta de pagamento era válida e que a remuneração fixa durante o ano da pandemia deveria ter sido paga ao jogador de padel.

Contudo, apesar de validar a decisão do desportista, o CIMA indeferiu as reclamações apresentadas pelas duas partes e reconheceu o direito do World Padel Tour contra o jogador de receber uma quantia para cobrir o montante de liquidação do procedimento arbitral.

O CIMA destacou, ainda, o caráter vinculativo do contrato de prestação de serviços para as partes que o assinaram e em nenhum momento discutiu ou questionou a validade do mesmo em relação ao contrato assinado pelos jogadores em 2018.

“Caso Oliveira” não entra nas violações contratuais recentes

Apesar de também ter sido levado a tribunal, o “caso Oliveira” não está relacionado com os processos instaurados recentemente pelo WPT, nos quais constam violações contratuais que se referem às cláusulas de exclusividade do acordo em vigor até 2023.

Em causa estão faltas de compromisso dos jogadores com o World Padel Tour que, apesar de terem sido avisados aquando da assinatura do contrato sobre as condições de exclusividade do mesmo, acabaram por participar em eventos de outras entidades nas mesmas datas de eventos do WPT.

O World Padel Tour intentou, por isso, uma ação judicial no CIMA contra os jogadores de padel por violarem unilateralmente o quadro contratual assinado até 2023.

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10 dicas para tentar fintar a inflação no supermercado

Faça uma lista de compras, defina o valor máximo que pode gastar, compare preços e quantidades e guarde os talões. O ECO sondou a Deco em busca de 10 dicas para aliviar a fatura do supermercado.

A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas e a seca, a atual conjuntura económica tem vindo a pesar na fatura das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o representa o valor mais elevado dos últimos 29 anos e um aumento de 1,9 pontos percentuais face a março, quando se fixou nos 5,3%. Esta tendência é, aliás, observada no aumento do preços produtos alimentares. Na última semana, o preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu mais 2,14 euros, o que representa um aumento de 1,07% face à semana anterior, superando já os 200 euros, segundo as últimas contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), com base na monitorização de 63 produtos.

Trata-se portanto, de um aumento pela sétima semana consecutiva, isto apesar de as percentagens semanais de aumento serem variáveis. A título de exemplo, na semana entre 9 e 16 de março, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, isto, é uma subida de 4,32% face à semana anterior. E se analisarmos a evolução de preços do cabaz de produtos alimentares desde o início da guerra, a diferença é ainda mais notória. Se a 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, o cabaz monitorizado pela Deco custava 183,63 euros, na quarta-feira já custava 202,94 euros, o que representa um aumento de 10,5% (mais 19,31 euros).

Para fazer face à escalada de preços, o Governo colocou em marcha um pacote de medidas que vão desde a devolução da receita adicional do IVA através do ISP dos combustíveis a um apoio de 60 euros para as famílias mais carenciadas, sendo que o mesmo já começou a ser pago às famílias com tarifa social de energia.

Certo é que a inflação está a ter consequências no poder de compra dos portugueses, com o custo dos bens essenciais a mais do que triplicar face ao aumento dos salários, segundo as contas do Jornal de Notícias. Mas afinal, que estratégias devem ser seguidas para poupar na fatura do supermercado? O ECO sondou a Deco em busca de 10 dicas para aliviar a fatura:

  • Faça uma lista de compras e não saia de casa sem ela. Defina e estabeleça prioridades para fugir ao desperdício de dinheiro, comprando apenas o que realmente necessita;
  • Faça uma análise prévia de mercado. Compare preços e quantidades, verifique diversas lojas e escolha o sítio certo onde comprar, o que pode levar a uma maior poupança e previdência financeira. A internet é uma boa ferramenta para este exercício;
  • Defina o valor máximo do que pode gastar, tendo em conta o que necessita;
  • Evite ir às compras de supermercado com o estômago vazio. A tentação é mais forte;
  • Leia cuidadosamente os folhetos promocionais, cupões e cartões de descontos. Verifique se o preço compensa, se precisa do produto e o valor registado na caixa corresponde ao anunciado;
  • Não vá com pressa, é bom ter tempo para analisar as melhores escolhas;
  • Opte por embalagens maiores, dado que, em princípio, têm um preço por unidade de medida (por exemplo: quilo, litro) mais em conta. Assegure-se de que consegue gastá-las em tempo útil (em função da data de validade);
  • Evite levar crianças. Em certas lojas, os produtos para os mais pequenos estão ao nível dos olhos, podem, por isso, tentar influenciar a compra de artigos mais atrativos que nem sempre são a melhor opção;
  • Os produtos de “marca própria”, vulgarmente designados de “marca branca”, podem ser boas alternativas;
  • Após a compra, lembre-se de ser precavido e responsável. Leve os seus sacos e guarde os talões da compra.

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