SIC vence domingo eleitoral, CNN ganha nos canais informativos

A SIC conseguiu o share mais elevado no domingo de eleições, ultrapassando a TVI em 2,6 pontos percentuais, e teve o programa mais visto do dia. Entre os três informativos no cabo, venceu a CNN.

A SIC foi o canal mais visto pelos portugueses no domingo das eleições, tendo fechado o dia com um share de 16,1%. Esta quota compara com os 13,5% alcançados pela TVI e com os 9% da RTP1, segundo dados da CAEM/GfK partilhados pela Universal McCann, uma agência de media.

“Se compararmos estas audiências com as últimas legislativas, verifica-se que a 6 de outubro de 2019, SIC e TVI terminaram o dia com um empate técnico, já que ambas observaram um share de 14,5%”, mais 1,9 pontos percentuais do que os 12,6% da RTP1, informou também a agência num comunicado.

A CMTV foi o canal mais visto no cabo, com um share de 4,5%. Mas focando a análise nos três principais canais informativos no cabo, foi a CNN Portugal a estação mais seguida pelos portugueses, com um share de 3,9%, que compara com os 2,7% da SIC Notícias e 1,1% da RTP3. O canal informativo da estação pública ficou atrás de canais como o Hollywood, TVI Reality e até do Canal 11 e da Fox Crime.

É, no entanto, relevante referir que CNN Portugal, SIC Notícias e RTP3 emitiram em simultâneo com, respetivamente, TVI, SIC e RTP1 durante várias horas do dia, o que pode ter influenciado as audiências destes canais, dado que os telespetadores puderam ver o mesmo programa em dois canais distintos.

Audiências televisivas de domingo, por canal:

Por ordem decrescente de audiência média | Fonte: CAEM/GfK via Universal McCann

O domingo nas televisões foi mesmo dominado pelas legislativas, que deram ao PS a maioria absoluta pedida por António Costa, um resultado histórico. Com uma audiência média de 980 mil espetadores, o Jornal da Noite, com início às 19h30, foi o programa mais visto, a que corresponde um share de 18,1%, seguido de perto pelo jornal da TVI dedicado às eleições. Este arrancou às 20h00 e conseguiu uma audiência média de 976 mil portugueses.

Noite dentro, depois das 21h00, a SIC parece ter continuado à frente da TVI. É preciso descer até à 12.º posição da tabela dos programas mais vistos do dia para encontrar a RTP1, com a emissão dedicada às legislativas, a partir das 20h00, a registar uma audiência média de 710 mil espetadores.

Impresa e Media Capital reclamam “liderança”

Ecos da “guerra de audiências” entre Impresa (SIC) e Media Capital (TVI/CNN) explicarão porque é que as duas empresas divulgaram comunicados reclamando a liderança na noite eleitoral.

Numa nota intitulada “TVI e CNN Portugal líderes da noite eleitoral”, a Media Capital escreveu: “Naquela que foi a mais completa e dinâmica emissão televisiva de uma noite eleitoral de sempre, os portugueses manifestaram a sua preferência pela operação conjunta TVI/CNN Portugal, que decorreu entre as 19h42 e as 00h44.”

Noutra nota, a Impresa anuncia “SIC vence noite leitoral”. “O Especial de Informação conduzido por Rodrigues Guedes de Carvalho, Clara de Sousa e Bento Rodrigues liderou com 17.2% de share, contra 16.3% da TVI e 10.9% da RTP1. A SIC liderou em todos os blocos de informação ao longo da noite”, informa o comunicado.

Os dois grupos de media privados são adversários de longa data na luta pela liderança de audiências.

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Portugal com mais 27.916 casos e 49 mortes por Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Janeiro 2022

Os números da pandemia referentes às últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela DGS, revelam mais 49 mortes e 27.916 casos de Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 27.916 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 2.639.802. O boletim desta segunda-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 49 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.905 óbitos.

A incidência média no território nacional subiu para 6.836,6 casos de infeção por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,13.

O boletim dá conta de um total de 2.033.747 recuperados, mais 39.596 do que no balanço anterior. Neste momento, há 586.150 casos ativos em Portugal, menos 11.729 face a domingo.

O balanço desta segunda-feira confirma também uma nova subida significativa do número de pessoas internadas com Covid-19. Apesar de a maioria dos infetados recuperar em casa, estão atualmente 2.469 doentes internados em unidades hospitalares (mais 72 nas últimas 24 horas), dos quais 160 em unidades de cuidados intensivos.

Há ainda 633.177 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 8.578 em relação ao balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 31 de janeiro de 2022:

A maioria dos contágios das últimas 24 horas concentrou-se no Norte, que confirmou 14.536 novas infeções. Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registou 7.038 novos casos e a zona Centro contabilizou mais 3.362 infeções, enquanto o Algarve somou 983 casos e o Alentejo outras 662. O arquipélago dos Açores contabilizou 798 novos casos, e na Madeira foram identificados mais 537 casos.

Do total de 49 mortes, 24 ocorreram na zona Norte e 11 em LVT. Morreram mais oito pessoas infetadas com Covid-19 no Centro, enquanto o Algarve somou mais quatro óbitos. O Alentejo registou mais uma morte por Covid-19, tal como o arquipélago da Madeira.

R(t) volta a descer, mas incidência continua a subir

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do R(t), que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,13 a nível nacional e em 1,14 no continente. Trata-se, portanto, de uma ligeira descida face ao último balanço (estava em 1,16 a nível nacional e a 1,17 no continente).

Já a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a subir, estando agora em 6.836,6 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 6.848,7 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 6.130,9 por 100 mil habitantes e 6.108,7 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 14h44)

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Ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande condenado a sete anos de prisão

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

Valdemar Alves foi condenado a pena única de sete anos de prisão pelo processo de reconstrução de casas após os incêndios de 2017. Diz que vai recorrer.

O ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande Valdemar Alves foi condenado esta segunda-feira na pena única de sete anos de prisão pelo Tribunal Judicial de Leiria no processo relacionado com a reconstrução de casas após os incêndios de junho de 2017.

Valdemar Alves tinha sido pronunciado por 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documento e 20 crimes de burla qualificada, cinco dos quais na forma tentada, os mesmos do despacho de acusação.

O ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande mostrou-se surpreendido esta segunda-feira com pena de prisão a que foi condenado e disse que vai recorrer. “Isto foi uma surpresa. Não tenho palavras para isto. É [pena] demasiado pesada”, disse, no final do julgamento.

O ex-autarca considerou que ainda “vai ser uma caminhada muito longa” e que vai “conferenciar com o advogado”, mas a decisão judicial será alvo de recurso.

Também o ex-vereador da Câmara de Pedrógão Grande Bruno Gomes, que estava acusado dos mesmos crimes, foi condenado esta segunda-feira na pena única de seis anos de prisão.

Tribunal condenou 14 de 28 arguidos

O Tribunal Judicial de Leiria condenou ainda 14 arguidos de um total de 28, que estavam acusados no processo relacionado com a reconstrução de casas após os incêndios de junho de 2017 em Pedrógão Grande.

Além do ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande Valdemar Alves e do ex-vereador Bruno Gomes, condenados a sete e seis anos de prisão efetiva, respetivamente, o coletivo de juízes condenou mais 12 arguidos, estes a pena suspensa, por serem inferiores a cinco anos de prisão.

As penas foram suspensas por quatro anos, condicionadas ao pagamento de 100 euros mensais, durante aquele período, “por conta da condenação no pedido cível”.

À arguida funcionária de uma Junta de Freguesia foi aplicada a pena de um ano e seis meses de prisão, suspensa por igual período, sem qualquer condição, referiu ainda a juiz-presidente.

Valdemar Alves, Bruno Gomes e os restantes 11 arguidos foram ainda condenados de forma solidária no pagamento dos pedidos cíveis formulados pelo Fundo Revita (109.383,30 euros), pela parceria União das Misericórdias Portuguesas/Fundação Calouste Gulbenkian (185.233,33 euros) e pela Cruz Vermelha Portuguesa (111.579,01 euros), totalizando 406.195,54 euros.

Foi ainda determinada a restituição por três arguidos à Cruz Vermelha Portuguesa dos bens móveis de apetrechamento de dois imóveis ilicitamente reconstruídos.

A juiz-presidente justificou a absolvição dos 14 arguidos por “não se ter provado que residiam nos imóveis à data dos incêndios, por questões de saúde”, nem que “tivessem conhecimento e vontade da prática do crime”.

“Não se provou a participação nos factos imputados, provou-se que um dos imóveis integrava a propriedade habitada e do mesmo fazia parte integrante”, e a “entidade responsável pela reconstrução (SIC Esperança) não estava sujeita às mesmas regras do Fundo Revita e demais entidades protocoladas, provando-se que apoiava reconstruções de imóveis ardidos por motivos sociais”, acrescentou a juíza na leitura do acórdão.

O julgamento das alegadas irregularidades na reconstrução de casas em Pedrógão Grande após os incêndios de junho de 2017, com 28 arguidos, começou em 26 de outubro de 2020 e terminou esta segunda-feira com a leitura do acórdão no Tribunal Judicial de Leiria.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e que alastrou a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, e destruiu meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

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Presidente da República ouve partidos entre terça e quarta-feira

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

Marcelo ouve esta terça-feira Livre (15h), PAN (16h), BE (17h) e PCP (18h). Na quarta-feira, recebe Iniciativa Liberal (15h), Chega (16h), PSD (17h) e PS (18h). Costa será convidado a formar Governo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir entre terça e quarta-feira os oito partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de domingo, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro.

“Nos termos do artigo 187.º, n.º 1, da Constituição, o Presidente da República vai ouvir, amanhã [terça-feira] e depois [quarta-feira], os partidos políticos representados na Assembleia da República, na sequência das eleições legislativas de ontem [domingo]”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Segundo a mesma nota, o Chefe de Estado irá ouvir na terça-feira o Livre, às 15h00, o PAN, às 16h00, o BE, às 17h00, e o PCP, às 18h00, e na quarta-feira a Iniciativa Liberal, às 15h00, o Chega, às 16h00, o PSD, às 17h00, e o PS, às 18h00 – por ordem crescente de representação na Assembleia da República.

O PS venceu as legislativas de domingo com maioria absoluta, com 41,7% dos votos e 117 dos 230 deputados, faltando ainda atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, numas eleições em que o Chega se tornou a terceira força política e CDS-PP e PEV perderam representação parlamentar.

O artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa estabelece que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

Na sequência das legislativas de 6 de outubro de 2019, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu os então dez partidos com representação parlamentar todos na terça-feira seguinte, e nessa mesma noite indigitou António Costa, secretário-geral do PS, partido vencedor das eleições sem maioria absoluta, como primeiro-ministro.

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Bruno Almeida é o novo diretor-geral da Mediacom

Há dois anos a trabalhar no GroupM, vindo da Unilever Portugal, Bruno Almeida esteve envolvido na melhoria da oferta global da agência nas áreas de transformação digital da agência de media. 

Bruno Almeida é o novo diretor-geral da MediaCom, substituindo Ricardo Clemente na liderança da agência de meios do GroupM, que sai do grupo de comunicação para se dedicar a um projeto pessoal, anunciou a companhia.

“O Bruno conhece profundamente as necessidades atuais dos nossos clientes, em que a Media é uma variável cada vez mais complexa de gerir. O ambiente competitivo em que vivemos, cada vez mais tecnológico e alimentado por cada vez mais data, exige soluções inovadoras ajustadas às reais necessidades de negócio de cada um dos nossos clientes”, justifica o CEO do GroupM, José Pedro Dias Pinheiro, citado em comunicado.

Há dois anos a trabalhar no GroupM, vindo da Unilever Portugal, o profissional esteve envolvido na melhoria da oferta global da agência nas áreas de transformação digital da agência de media.

“É com enorme entusiasmo e energia que abraço este novo desafio, e a oportunidade de me juntar ao GroupM e à equipa da MediaCom em Portugal. Após muitos anos do lado do cliente, a minha paixão pelo marketing e a media levaram-me a abraçar esta mudança, consciente da transformação acelerada que o mercado atravessa. O meu desafio é o de oferecer soluções de comunicação alinhadas com os objetivos de crescimento dos nossos clientes. Soluções que simplifiquem a complexidade atual da media e do digital, criando o máximo de impacto possível”, diz Bruno Almeida, citado em comunicado.

Antigo diretor-geral da Upfield Portugal, o spin-off do negócio de margarinas da Unilever, Bruno Almeida exerceu várias funções de liderança na Unilever Portugal e na Unilever França durante os 23 anos em que trabalhou na companhia. O profissional exerceu funções de responsabilidade nas áreas de vendas, marketing, consumer insights e media, em diferentes categorias de FMCG (Alimentar, Gelados, Bebidas).

Fundada em 1995, a MediaCom faz parte do grupo WPP, com uma faturação global de 17,6 mil milhões de dólares, segundo dados da COMvergence (2020). Emprega 8.000 pessoas em 125 escritórios em 100 países.

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Importação de biocombustíveis em 2021 cinco vezes superior à de 2020

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

Importação nacional de biocombustíveis sustentáveis sobe em cinco vezes para 119.609 tep em 2021, face ao ano anterior. Importação de substitutos de gasolina atinge 100%.

A importação de biocombustíveis sustentáveis em Portugal, em 2021, atingiu 119.609 toneladas equivalentes de petróleo (tep), um valor cinco vezes superior ao de 2020, quando foram importadas 21.375 tep, divulgou esta segunda-feira a ENSE.

“A análise comparativa relativa ao ano de 2020 mostra que o valor de importação de biocombustíveis que foram incorporados em território nacional no ano de 2021 foi cinco vezes superior ao obtido para 2020”, começa por explicar a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), na sua ‘newsletter’ de janeiro.

“Assim, em 2021 foram importadas 119.609 tep de biocombustíveis sustentáveis, valor que em 2020 não ultrapassou as 21.375 tep”, concluiu a entidade, explicando que, em 2021, o perfil de incorporação de biocombustíveis em Portugal “foi diferente dos anos anteriores relativamente à sua origem”.

No ano passado, verificou-se que as percentagens relativas aos Títulos de Biocombustíveis (TdB) emitidos ao biocombustível nacional/importação variaram relativamente às formas de TdB incorporados, sendo TdB-D (substituto de gasóleo) o que correspondeu à percentagem mais elevada de biocombustível com origem nacional (77%).

Relativamente aos substitutos de gasolina (TdB-G), verificou-se que a importação atingiu aproximadamente os 100%.

“Os TdB emitidos para o biocombustível avançado, o qual beneficia de total isenção de ISP, como referido anteriormente, corresponde a cerca de 70 % de biocombustível importado (substitutos de gasóleo e substitutos de gasolina)”, apontou a ENSE.

A incorporação física foi superior em todos os tipos de biocombustíveis (TdB-D, TdB-G e TdB-A, que corresponde a biocombustível avançado), “refletindo essencialmente, a subida pronunciada da importação de biocombustíveis observada no ano de 2021, e da incorporação de biocombustíveis avançados”, que, sublinhou a entidade, “desempenham um papel particularmente importante” na redução de gases com efeito de estufa, relativamente aos combustíveis fósseis de que são substitutos.

A ENSE realçou que “os biocombustíveis continuam a ser um contributo importante para que Portugal cumpra as suas metas de energias renováveis, no consumo final do setor dos transportes”.

Para a ENSE, o alinhamento dos esquemas de certificação internacionais de sustentabilidade para os biocombustíveis com os sistemas de verificação nacional “será vital para garantir um impacto ambiental e social positivo, e criar um mercado internacional mais justo e equitativo para os biocombustíveis sustentáveis”.

Para o ano de 2021, a legislação nacional estabeleceu uma meta de incorporação de 11% em teor energético, com uma submeta de incorporação de 0,5% também em teor energético de biocombustíveis avançados.

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Governo admite crescimento acima dos 5,5% previstos para 2022

Quando entregar o novo Orçamento do Estado para 2022, o Governo poderá rever em alta a estimativa de crescimento do PIB de 5,5% para este ano, sinaliza o Ministério das Finanças.

Após o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado uma estimativa de crescimento económico em 2021 acima do esperado, o Governo já admite rever em alta a previsão para 2022. Num comunicado onde reage aos números do PIB, o Ministério das Finanças admite que a economia possa “superar as estimativas do Governo para este ano, de 5,5%”. O novo número deverá constar da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) que será apresentado em breve pelo novo Governo PS de maioria absoluta.

Esta segunda-feira o INE divulgou a estimativa rápida do PIB de 2021, antecipando que a economia portuguesa cresceu 4,9%, acima da previsão do Governo e “o mais elevado crescimento dos últimos 31 anos (desde 1990)”, assinalam as Finanças, referindo-se ao crescimento 7,86% registado nesse ano durante o Governo PSD de Cavaco Silva. O Governo argumenta que “a evolução positiva do investimento e das exportações foi determinante para este crescimento”.

Mas neste comunicado a surpresa está no que o Executivo diz em relação a 2022. “Esta evolução do PIB reforça a confiança na continuação da rápida recuperação da economia portuguesa durante o ano de 2022, antecipando-se que se possa ultrapassar o nível pré-pandemia já no primeiro semestre e inclusivamente superar as estimativas do Governo para este ano, de 5,5%“, escreve o gabinete de João Leão, atual ministro das Finanças.

Ou seja, com a economia a crescer a um ritmo superior ao esperado no final de 2021, somado à revisão em alta dos trimestres anteriores, o PIB português está mais perto de concluir a retoma, já no primeiro semestre, e poderá crescer mais do que 5,5%, ainda que recentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha revisto em baixa as previsões mundiais e da Zona Euro (não revelou previsão para Portugal).

Este é um resultado muito positivo para Portugal que mostra que a economia nacional está numa fase de forte recuperação e que retomou o processo de convergência com a União Europeia desde o segundo trimestre de 2021“, escreve ainda o Ministério das Finanças. A comparação feita com a Zona Euro é com o crescimento homólogo em cada trimestre, desde o segundo trimestre, sendo verdade que Portugal cresceu mais do que a média nessa ótica.

Porém, quando se olha para o conjunto do ano, tal não é verdade. Segundo o INE, o PIB português cresceu 4,9% ao passo que o PIB da Zona Euro cresceu 5,2%, de acordo com a previsão do Eurostat. Isto é, não houve convergência em 2021, tal como não tinha existido em 2020, ano em que a pandemia ditou uma maior contração da economia portuguesa (-8,4%) em comparação com a da Zona Euro (-6,8%), principalmente por causa da maior dependência do turismo em Portugal em comparação com a média dos países europeus.

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Prioridade do novo Governo deve ser “salvar as empresas”, diz AHRESP

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

AHRESP defende que a “prioridade do novo Governo deve ser salvar as empresas”, e relembra propostas para ajudar a recuperar empresas e relançar a economia. Reclama reforço da tesouraria.

A associação da hotelaria e restauração defende que a “prioridade do novo Governo deve ser salvar as empresas”, apoiando o reforço da tesouraria, e reclama um “apoio imediato a fundo perdido” pelos “encerramentos involuntários” devido à variante Ómicron.

“Qualquer que seja a solução a resultar deste processo [de eleições legislativas do passado domingo, em que o PS obteve a maioria absoluta], a AHRESP [Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal] considera que a prioridade de um novo executivo deve ser salvar as empresas, implementando medidas fundamentais para o reforço da tesouraria das empresas”, sustenta a associação no seu boletim diário, divulgado esta segunda-feira.

A este propósito, a AHRESP lembra ter recentemente enviado ao Governo e a todos os partidos políticos um conjunto de 20 propostas para ajudar a recuperar empresas e a relançar a economia, baseadas em cinco eixos fundamentais: incentivo ao consumo, fiscalidade, capitalização das empresas, qualificação e dignificação do emprego, legislação laboral e contratação coletiva.

“Entre as propostas que fizemos está a aplicação da taxa reduzida do IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas durante o ano de 2022, o prolongamento do IVAucher e várias medidas fiscais como a descida do IRC, IRS e o fim do pagamento especial por conta”, recorda.

No boletim desta segunda-feira, a associação defende ainda que o “encerramento involuntário” de muitos estabelecimentos do setor que se tem vindo a verificar devido a infeções com Covid-19 “deve ser acompanhado por medidas de compensação”.

“Face à elevada taxa de transmissibilidade da variante Ómicron, as empresas da restauração e similares e do alojamento turístico estão a ser obrigadas a proceder a encerramentos involuntários, devido à ausência de trabalhadores que se encontram infetados com a Covid-19 ou em isolamento profilático”, refere.

Segundo explica a associação, “durante este período a empresa mantém a obrigação de assegurar o pagamento por inteiro de todos os custos fixos, nomeadamente os salários dos trabalhadores que não foram infetados nem se encontram em isolamento”.

“Perante estes graves constrangimentos, a AHRESP defende que deve ser atribuído um apoio específico a fundo perdido, de atribuição simples e imediata, de modo a compensar todos os custos que as empresas continuam a ter de suportar em períodos de ausência total de faturação, como resultado do encerramento forçado de estabelecimentos”, reclama.

O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.

Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando faltam atribuir apenas os quatro mandatos dos dois círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.

O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado no parlamento, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer deputado.

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Parlamento “desliga” website enquanto investiga se houve ciberataque

  • ECO
  • 31 Janeiro 2022

O site do Parlamento está novamente em baixo, depois de ter sido alvo de um alegado ataque no fim de semana. Serviços da AR dizem ao ECO que desligaram acesso enquanto averiguam se houve mesmo ataque.

O site do Parlamento está novamente indisponível esta segunda-feira, o que acontece depois de um grupo de hackers ter anunciado um alegado ataque à rede informática da Assembleia da República. Os serviços da Assembleia da República dizem ao ECO que suspendeu o acesso a partir do exterior “para verificar se existiu, de facto, algum acesso indevido”.

“Não há, até ao momento, evidência de que o site – que nunca deixou de estar acessível ao longo do dia de ontem – tenha sido alvo de ataque informático. Apesar disso, alertados pelas autoridades para a existência de uma reivindicação de ataque, a Assembleia da República desencadeou todos os procedimentos necessários para verificar se existiu, de facto, algum acesso indevido, razão pela qual suspendeu, hoje, o acesso ao mesmo a partir do exterior, restabelecendo-a mal acabe a verificação já referida”, adianta fonte oficial do Parlamento ao ECO.

No domingo, foi notícia um alegado ciberataque que os serviços da Assembleia da República e a Polícia Judiciária estão a investigar. Um grupo que alegava ser o mesmo que atacou a Impresa no início do ano colocou à venda na internet o que diz ser informação roubada do site do Parlamento, designadamente “informação sensível” do governo, de políticos e partidos, muitos documentos, e-mails e passwords.

Entretanto, outro grupo que alega ser o verdadeiro Lapsu$ Group já veio afastar qualquer intervenção nessa ação.

O site do Parlamento chegou a estar temporariamente indisponível este domingo, durante cerca de cinco minutos, de acordo com o Expresso.

Sem confirmar o ataque informático, os serviços da Assembleia da República disseram ontem que estavam a investigar a situação. “Não existe neste momento qualquer evidência de que o site tenha sido atacado”, mas que o departamento de informática “está a fazer correr todas as ferramentas para averiguar o assunto”, disse fonte do Parlamento à Lusa. Também a Polícia Judiciária confirmou esta segunda à Lusa que está a investigar um eventual ataque informático, mas sem dar mais informações.

(Notícia atualizada às 17h55 com reação dos serviços da Assembleia da República)

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“BORA Mulheres” está de volta para formar 200 empreendedoras

A quarta edição do programa de empreendedorismo da Coca-Cola Portugal e do Impact Hub Lisbon decorre de 11 a 13 de março. As inscrições abrem a 3 de fevereiro.

A Coca-Cola Portugal e o Impact Hub Lisbon voltam a unir forças para o regresso do “BORA Mulheres”. Este ano, na sua quarta edição, o evento decorrerá de 11 a 13 de março em formato digital e terá um demo day presencial no final de julho. Limitadas a 200 vagas, as inscrições abrem a 3 de fevereiro.

“Em 2022 continua a ser importante fomentar o empreendedorismo feminino, a dar ferramentas às mulheres para construírem o seu negócio, de forma a ultrapassarem os obstáculos que constantemente enfrentam no seu percurso”, começa por dizer Márcio Cruz, responsável de comunicação e sustentabilidade da Coca-Cola europacific partners em Portugal.

“Queremos com este programa contribua para diminuir a desigualdade de género em Portugal e que com ele possam surgir ideias inovadoras para a sociedade, mais inclusão, mais negócios, mais emprego”, acrescenta, citado em comunicado.

O tema do “BORA Mulheres” deste ano foca-se na diversidade e inclusão de género no mercado de trabalho, no mundo do empreendedorismo português, e no impacto social. A passagem da ideia à estratégia, os modelos de financiamento, e o registo do negócio serão alguns dos temas ensinados por oradoras experientes e reconhecidas, e sempre com uma perspetiva de empoderamento, inclusão e diversidade.

Sara do Ó, fundadora e CEO do Grupo Your, Ana Sanches, VP de diversidade, equidade e inclusão na Teleperformance Portugal, Catarina Marques Rodrigues, jornalista e palestrante sobre temas de igualdade, diversidade e inclusão, Mariama Injai, CEO e fundadora do Nô Bai, e Catarina Oliveira, ativista por pessoas com deficiência e lutadora pela acessibilidade, serão algumas das oradoras.

“O ‘BORA Mulheres’ é o primeiro passo para a consolidação de um ecossistema empreendedor feminino português, que resulta da conexão e colaboração de esforços já existentes. Com este e futuros programas de suporte a empreendedoras, vamos formar parcerias de forma a alavancar uma rede de partilha de boas práticas e criar uma base de conhecimento sólida no tema”, diz Ana Có, gestora do projeto no Impact Hub.

Criado com o objetivo de capacitar e dar as ferramentas necessárias para que mais empreendedoras possam tirar as suas ideias de negócio do papel, nos últimos três anos, o programa de formação em empreendedorismo já recebeu mais de 1.500 inscrições e conta com 600 formandas.

Limitadas a 200 vagas, as inscrições abrem a 3 de fevereiro. O programa é gratuito e a participação é atribuída por ordem de chegada. Candidaturas e mais informações aqui.

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Inflação em Espanha cai para 6% com diminuição do preço da luz

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

Inflação anual espanhola cai para 6% em janeiro, de 6,5% em dezembro de 2021, devido a queda na eletricidade. Inflação subjacente cresce pelo sétimo mês consecutivo para os 2,4% em janeiro.

A inflação anual em Espanha foi de 6% em janeiro, cinco décimas abaixo do valor de dezembro, principalmente devido à queda dos preços da eletricidade, revelou esta segunda-feira o INE espanhol.

A queda do índice de preços no consumidor (IPC) de janeiro em relação ao valor do mês anterior é a primeira registada desde fevereiro de 2021, que foi seguida de subidas mensais sucessivas e levou à inflação ao seu ponto mais alto em quase 30 anos, 6,5% no final de 2021.

Em contraste com a descida da taxa de inflação geral, a inflação subjacente, que não inclui energia e alimentos frescos, aumentou em janeiro 0,3 pontos percentuais em comparação com dezembro, para 2,4%. Este indicador está a crescer há sete meses consecutivos.

Em termos mensais, o IPC geral caiu 0,5% em janeiro, em comparação com dezembro, e marca ainda o seu primeiro declínio desde julho do ano passado.

Quanto ao índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), que permite fazer comparações com outros países europeus, a taxa de variação anual foi de 6,1% em janeiro, também cinco décimos de ponto percentual inferior à de dezembro.

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Prejuízos da Ryanair encolhem para 143 milhões entre abril e dezembro

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2022

Ryanair regista prejuízo de 143 milhões de euros de abril a dezembro de 2021, contra 731 milhões em período homólogo no ano anterior. Receitas aumentam 139% para os 3.624 milhões de euros.

A companhia aérea irlandesa Ryanair registou um prejuízo de 143 milhões de euros nos primeiros nove meses de seu ano fiscal (abril-dezembro), em comparação com perdas de 731 milhões no mesmo período no ano anterior.

Num comunicado enviado esta segunda-feira à Bolsa de Valores de Dublin, a empresa destacou que, em linha com a recuperação do setor após o levantamento das restrições relacionadas com a pandemia, as receitas aumentaram 139% nos nove meses até dezembro, para 3.624 milhões de euros.

No relatório divulgado, a Ryanair salientou ainda que a introdução “bem-sucedida” do certificado covid da União Europeia em julho passado e o “relaxamento das restrições” levaram a uma recuperação das suas operações no início do terceiro trimestre (outubro-dezembro), em que perdeu 96 milhões de euros, face ao prejuízo de 321 milhões registado no mesmo período do ano anterior.

Citado na nota, o presidente executivo (CEO) da Ryanair, Michael O’Leary, referiu que o aumento acentuado do tráfego de passageiros elevou as receitas da companhia aérea em 331%, para 1.470 milhões de euros, entre os meses de outubro e dezembro do ano passado.

A Ryanair indicou ter transportado 31 milhões de passageiros no terceiro trimestre, mais 286% do que há um ano, enquanto a taxa de ocupação, que mede a percentagem de lugares ocupados em cada trajeto, aumentou 14 pontos, para 84%.

Segundo O’Leary, o “aparecimento repentino” da variante Ómicron do coronavírus, no final de novembro, e a “reação histérica” dos meios de comunicação “obrigou muitos governos” a impor novas restrições às viagens, que tiveram um “significativo ” impacto nas reservas de “Natal e Ano Novo”.

“Como resultado, o tráfego de dezembro caiu para 9,5 milhões – com taxa de ocupação de 81% – muito abaixo da meta de 11 milhões de passageiros, e a capacidade para janeiro foi reduzida em 33% em 22 de dezembro passado, o que diminui a previsão para aquele mês de 10 para seis ou sete milhões”, disse.

Relativamente ao futuro, Michael O’Leary insistiu que quaisquer previsões sobre “preços (de viagens) e receitas” para todo o ano fiscal de 2022 estão agora debaixo de uma “grande incerteza”, embora as reservas tenham voltado a subir recentemente, após o fim de algumas restrições.

Por isso, adiantou, o quarto trimestre precisa de “estímulos”, sob a forma de preços mais baixos, com vista a “recuperar rapidamente as taxas de ocupação, que sofreram quedas acentuadas” devido ao “colapso das reservas” no último Natal.

Ainda assim, a previsão da Ryanair para todo o ano fiscal, que termina em 31 de março, “mantém-se inalterada” e o tráfego anual de passageiros situa-se “abaixo dos 100 milhões”.

Adicionalmente, e devido às “incertezas” geradas pela pandemia, a companhia estima que as perdas se mantenham “dentro do intervalo normal” dos 250 a 450 milhões de euros.

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