ISQ desenvolve manutenção de turbinas eólicas que poupa tempo e dinheiro

Está em curso o projeto Easy Platform, no qual participa o português ISQ, em parceria com a Eptune Engineering. Foi desenvolvido no Laboratório de ensaios Especiais do ISQ, em Castelo Branco.

Já parou para pensar como é feira a manutenção das turbinas eólicas, muitos metros acima do solo, em condições instáveis e sujeitas a ventos e intempéries? Até agora, este trabalho era habitualmente realizado por meio de cordas ou plataformas de alumínio suspensas, colocando em causa a segurança dos técnicos.

Além disso, esta atividade só seria viável se as condições climatéricas o permitissem, levando a uma redução de 40 a 70% do tempo disponível para estas operações ao longo do ano.

Como consequência, estas limitações na manutenção das turbinas eólicas não só encarecem os custos de manutenção (que se torna ainda mais dispendiosa) como geram significativas perdas na produção de energia. As reparações necessárias são muitas vezes causadas, por exemplo, por danos resultantes de impactos de aves, quedas de relâmpagos ou avarias nos seus sistemas mecânicos ou elétricos.

Para evitar este cenário e reduzir custos, está em curso o projeto Easy Platform, no qual participa o português ISQ, em parceria com a Eptune Engineering. Em causa está então o desenvolvimento de uma plataforma de trabalho mais flexível na sua utilização e instalação, através de técnicas de fixação mais avançadas e otimizadas.

A nova plataforma será equipada com sistemas de proteção avançados que permitem a sua utilização em condições meteorológicas desfavoráveis. Dessa forma, permite intervenções mais seguras, aumentando o número de dias anuais em que as mesmas podem ser realizadas.

O processo foi desenvolvido no Laboratório de ensaios Especiais do ISQ (localizado em Castelo Branco) e no LABMAT-Unidade de Ensaios Mecânicos (UEM), com o desenvolvimento e realização de uma série de ensaios a materiais, componentes e estruturas metálicas tais como: força magnética de ancoragem; força limite de ventosas ativas; caracterização de cordas e de avaliação de estruturas metálicas; caracterização de resistência mecânica de materiais utilizados no projeto.

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Miocardite por infeção de Covid-19 é 60 vezes mais frequente do que após vacina

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Um parecer do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares explica que as causas da miocardite (inflamação do músculo cardíaco) em contexto de Covid-19 são ainda desconhecidas.

A miocardite por infeção com SARS-CoV-2 é 60 vezes mais frequente do que após a vacinação e pode ter sintomas mais graves e complicações e sequelas a curto prazo, refere um parecer técnico divulgado esta quarta-feira.

O parecer do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, da Direção-Geral da Saúde (DGS), diz ainda que se desconhece se existem complicações ou sequelas persistentes e insiste que a vacinação permite diminuir o potencial de gravidade do impacto da Covid-19 nas crianças e adolescentes.

Insiste que as alterações cardíacas em crianças infetadas “não são desprezíveis e são mais complexas e graves do que as descritas após a vacina” e lembra que a miocardite em idade pediátrica após a vacinação “é muito rara, apresenta-se com sintomas ligeiros, evolução rápida e não aparenta ter complicações ou sequelas a longo prazo”.

O documento, divulgado esta quarta-feira, explica que as causas da miocardite (inflamação do músculo cardíaco) em contexto de Covid-19 são ainda desconhecidas e que se supõe que “ocorre quando o sistema imune do próprio doente, em resposta à infeção, agride o coração, o que ainda não está provado“.

“Desconhece-se a razão pela qual ocorre mais frequentemente entre rapazes jovens, após a puberdade. Também não foi ainda possível confirmar a relação causa-efeito entre a vacina e a miocardite”, acrescenta.

O parecer refere igualmente que a agência americana de prevenção e controle de doenças – CDC (Centers for Disease Control and Prevention) – reportou 11 casos de miocardite em 8.700.000 de vacinas administradas entre os 5 e os 11 anos, e que “todas foram ligeiras e transitórias”.

Não se conhece mortalidade diretamente relacionada com a vacina”, acrescenta.

Os peritos que elaboraram o parecer defendem que a vacinação demonstrou ser eficaz na prevenção da doença grave e na mortalidade e que os efeitos secundários adversos “são raros e pouco significativos”.

Citam estudos recentes para afirmar que em adolescentes vacinados a possibilidade de ter síndrome inflamatória multissistémica (MIS-C) após infeção baixa em 91%.

“Os casos mais graves ocorreram nas crianças e adolescentes não vacinados”, lembram, insistindo na segurança da vacina em idade pediátrica e sublinhando que, apesar de a Covid-19 ser menos frequente em crianças, tem vindo a aumentar devido à maior prevalência da nova variante (Ómicron).

“A experiência dos Hospitais Pediátricos Nacionais de referência é de que o risco de envolvimento cardíaco em doentes com infeção por Covid, em qualquer idade, é uniformemente pior e mais frequente, do que após a vacinação, podendo ser responsável por sequelas tardias, que requerem seguimento a longo prazo. Não sendo comparável à miocardite após vacina, muito mais rara e ligeira”, afirmam.

Os técnicos do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares reafirmam os benefícios da vacinação no grupo etário dos 5 aos 11 anos e na população em geral e a segurança da vacina, transmitindo “uma mensagem de tranquilidade aos pais e crianças portuguesas”.

O parecer teve por base os diversos artigos científicos publicados em revistas médicas, os documentos normativos das entidades sanitárias nacionais e internacionais, incluindo os resultados da vacinação em mais de oito milhões de crianças entre os 5 e os 11 anos de idade.

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Made of Lisboa organiza tours por polos de inovação e criatividade de Lisboa

O objetivo destas visitas guiadas é dar a conhecer o que de melhor se faz na cidade no que toca a inovação e empreendedorismo.

A Câmara Municipal de Lisboa, através da Made of Lisboa, está a organizar tours pelos principais polos de inovação e criatividade de Lisboa. As Tours Made of Lisboa pretendem dar especial atenção ao papel dos principais players no ecossistema como agente inovadores, transformadores e criativos da cidade. A próxima visita decorre a 2 de fevereiro na Fintech House.

“Com as Tours Made of Lisboa pretendemos dar a oportunidade a qualquer pessoa de ficar a conhecer o que de melhor se faz na cidade de Lisboa no que toca à inovação e empreendedorismo”, afirma Isabel Advirta, diretora do departamento de emprego, empreendedorismo e empresas da Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado.

No início de cada mês, a Made Of Lisboa terá uma nova visita guiada pelo interior dos espaços, onde os participantes poderão ficar a conhecer o que fazem, quais as suas valências e como podem ajudar a implementar um projeto nas suas instalações.

Tours Made of Lisboa

Haverá ainda momentos de networking entre os participantes e pitchs de apresentação de algumas startups da cidade. “As tours vão ter diferentes temáticas ao longo do ano, desde o impacto social à fintech, passando por empreendedorismo tecnológico e indústrias criativas.”

A entrada é gratuita mediante inscrição prévia com lotação limitada. A próxima visita guiada acontece a 2 de fevereiro na Fintech House. Inscrições aqui.

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Governo tem mais 15 milhões em apoios a edifícios sustentáveis

Adesão ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis é "muito elevada". Governo diz ser "previsível que a dotação já reforçada venha a esgotar-se" antes do prazo para o fim das candidaturas.

A adesão dos portugueses ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, que já vai na segunda edição, “mantém-se muito elevada” e o Ministério do Ambiente antecipa que a dotação atual de 45 milhões de euros venha a esgotar-se mesmo antes de terminar o prazo para a apresentação de candidaturas. Assim, o programa foi reforçado em mais 15 milhões de euros, elevando a dotação total para 60 milhões de euros.

A iniciativa nasceu em 2020, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e a procura foi desde o início elevada, o que levou o Governo a avançar com uma segunda fase de candidaturas. A segunda fase arrancou em junho de 2021 com 30 milhões de euros e, em novembro, a dotação foi reforçada para 45 milhões de euros, tendo o prazo de candidaturas sido estendido até 31 de março deste ano.

A cerca de dois meses de terminar esse prazo, dado que a procura se mantém “muito elevada” e antecipando que esses 45 milhões se vão esgotar antes disso, o Governo disponibilizou mais 15 milhões de euros para o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, de acordo com um despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República. A dotação atual sobe, assim, para 60 milhões de euros.

Com este novo reforço, “garantem-se todos os benefícios inicialmente estabelecidos pelo programa, considerando que a transformação dos edifícios para uma maior eficiência energética potencia o alcance de múltiplos objetivos”, diz o Ministério do Ambiente, apontando a “melhoria dos níveis de conforto térmico, a redução da fatura e da dependência energética do país e a redução de emissões de gases com efeito de estufa”, etc.

Desde 21 de junho, dia em que abriram as candidaturas à segunda edição, já foram recebidas mais de 55 mil candidaturas, refere o site do Fundo Ambiental. Destas candidaturas, a maioria diz respeito a painéis fotovoltaicos (38,5%), janelas mais eficientes (34,5%) e bombas de calor (27%). Até ao dia 14 de janeiro de 2022 já tinham sido concedidos 26,8 milhões euros em subsídios a cerca de 16.148 beneficiários.

O Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis prevê um financiamento de até 85% (num limite de 7.500 euros para apartamentos e vivendas e 15.000 euros para prédios) do valor gasto em obras para tornar uma casa mais eficiente energeticamente e mais sustentável. As candidaturas a esta segunda edição decorrem até 31 de março, através do preenchimento deste formulário.

O ECO/Capital Verde preparou um guia com tudo o que deve saber sobre esta iniciativa.

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Residência de estudantes na Universidade de Lisboa vai custar, afinal, 5,9 milhões de euros

Reconversão do edifício de uma antiga cantina em Entrecampos numa residência estudantil vai custar 5,9 milhões de euros, 434 mil euros acima do inicialmente previsto.

A reconversão do edifício de uma antiga cantina na Universidade de Lisboa, em Entrecampos, será mais cara. De acordo com a resolução de Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira em Diário da República, as obras estavam inicialmente orçamentadas em 5,5 milhões de euros, mas serão 434 mil euros mais caras. Assim, a criação desta residência — com 1.500 camas previstas até 2023 — custará 5,9 milhões de euros.

A decisão de reconverter o edifício numa residência estudantil foi tomada em finais de 2012 pela Universidade de Lisboa. Na altura, aquela instituição considerou que, dada a localização do edifício e a “inexistência de alojamento no campus da Cidade Universitária ou na sua proximidade”, e tendo em conta a “necessidade absoluta do aumento do número de camas”, convertê-lo numa residência era a melhor solução, lê-se numa resolução de 2019.

O edifício foi usado exclusivamente pelo Jardim de Infância dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa até 2017 e depois “ficou devoluto”.

Na altura, o Governo autorizou a Universidade de Lisboa a gastar 5,5 milhões de euros em obras de ampliação e adaptação do edifício, de maneira a convertê-lo, então, numa residência de estudantes. Contudo, três anos depois, a despesa será maior.

A resolução publicada esta quarta-feira em Diário da República autoriza um “reescalonamento da despesa com o contrato de empreitada”. Os custos das obras passam, assim, de 5.547.999 euros para 5.981.961,26 euros, ou seja, 433.962,26 euros a mais.

“No decorrer da execução da empreitada, por força de circunstâncias não imputáveis ao empreiteiro e da consequente suspensão de obra, foi concedida a prorrogação da obra em 344 dias, tendo sido conferido ao empreiteiro o direito à reposição do equilíbrio financeiro por agravamentos dos encargos em obra”, explica o Governo, no mesmo documento.

A reconversão deste edifício vai ser feita com recurso a financiamento, através do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Reconversão Urbana (IFRRU 2020). O Governo autorizou, em dezembro de 2019, a Universidade de Lisboa a endividar-se até ao máximo de 6,1 milhões de euros.

Estas obras fazem parte do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), cujo objetivo é a criação de 11.490 camas até 2023, em 42 concelhos do país, sobretudo no Porto e em Lisboa. Prevê-se a reabilitação e adaptação de 263 imóveis públicos e outros edifícios de IPSS e Misericórdias. Como afirmou o secretário de Estado do Ensino Superior em abril de 2019, o PNAES será “transversal a todas as instituições de ensino, publicas e privadas”.

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Estado dá garantia pessoal de 199,5 milhões para assegurar linha para exportadoras

Linha de crédito para empresas exportadoras da indústria e do turismo tem uma dotação de mil milhões e admite a possibilidade de 20% do crédito concedido ser convertido em verbas a fundo perdido.

O Estado vai conceder uma garantia pessoal ao Fundo de Contragarantia Mútuo, de 199,5 milhões de euros, para assegurar as responsabilidades de capital deste Fundo pelas garantias prestadas no âmbito da “Linha de Apoio à Economia Covid-19 – empresas exportadoras da indústria e do turismo”, revela um despacho das Finanças publicado esta quarta-feira em Diário da República. Uma linha de crédito de mil milhões de euros destinada a empresas exportadoras da indústria e do turismo, independentemente da sua dimensão que tenham uma elevada percentagem do volume de negócios proveniente de exportações de bens.

A linha, aprovada em Conselho de Ministros a 20 de novembro de 2020, vai ser dinamizada pelo Banco Português de Fomento, tem uma dotação de 1.050 milhões de euros, e admite a possibilidade de 20% do crédito concedido ser convertido em verbas a fundo perdido, caso haja manutenção dos postos de trabalho. Este encargo será suportado por fundos europeus.

A implementação desta linha implica a concessão de garantias de carteira pelo Fundo de Contragarantia Mútuo — com um limite máximo de 20% do montante do financiamento –, e a concessão de garantias pessoais pelo Estado ao Fundo de Contragarantia Mútuo, sucessivamente, para assegurar a cobertura das responsabilidades, a solvabilidade e o regular funcionamento do Sistema Nacional de Garantia Mútua.

E, por isso, tendo em conta o “inequívoco interesse público”, o ministro das Finanças autorizou a concessão da garantia pessoal do Estado de 199,5 milhões de euros. A lei permite ao Estado conceder garantias a favor do Fundo de Contragarantia Mútuo para cobertura de responsabilidades assumidas a favor de empresas, sempre isso contribua para o reforço da sua competitividade e da sua capitalização, até ao limite de 1,35 mil milhões de euros.

“A concessão de garantia pessoal do Estado na base da medida de criação de linhas de crédito tem como objetivo remediar a escassez de liquidez enfrentada pelas empresas, procurando garantir que as perturbações causadas pelo surto de Covid-19 não comprometam a respetiva viabilidade, permitindo um maior volume de financiamento e em condições mais favoráveis para as empresas beneficiárias”, justifica o ministro da Economia no parecer que enviou ao ministro das Finanças.

Esta é a segunda vez que João Leão conceder uma garantia pessoal ao Fundo de Contragarantia Mútuo no âmbito das linhas Covid-19. A primeira foi dada no final de dezembro à “Linha de Apoio à Economia Covid-19 – Montagem Eventos”. Uma linha de crédito de 50 milhões de euros destinada a micro, pequenas, médias empresas e Mid Cap

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Compra de vacinas para a Covid “ganha” reforço de 15 milhões com sobra do ano passado

Dos 21,5 milhões de euros separados em 2021 para a aquisição e distribuição de vacinas, cerca de 15,3 milhões não foram executados. Poderão ser utilizados em 2022, decidiu o Governo.

O Governo tinha preparados 21,5 milhões de euros para a aquisição, armazenamento e distribuição das vacinas contra a Covid-19 em 2021, mas esse montante acabou por não ser utilizado na sua totalidade. A restante verba (cerca de 15,3 milhões de euros) poderá agora ser utilizada durante o ano de 2022 para o mesmo fim, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira em Diário da República.

“Pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 119/2020, de 31 de dezembro, foi autorizado o montante máximo de 21.500.000,00 euros para a despesa associada ao armazenamento e aos procedimentos aquisitivos referentes aos artigos indispensáveis à sua administração, que não foi executado na sua totalidade no ano de 2021″, explica o Governo, no diploma agora divulgado.

O Executivo de António Costa frisa, por outro lado, que, face à evolução da situação pandémica, “importa garantir, para o ano de 2022, que o Estado Português possa continuar a efetuar os procedimentos relativos à receção, armazenamento e distribuição das vacinas contra a Covid-19 e dos artigos indispensáveis à sua administração”. Isto numa altura em que estão a ser administradas doses de reforço — ainda esta terça-feira ficou disponível o auto-agendamento para maiores de 25 anos — e doses definidas para as idades pediátricas.

Assim, a Resolução do Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira determina que os encargos em questão não podem exercer, 6.227.130 euros em 2021 e 15.272.870 euros em 2022.

De notar que, no final de dezembro, o Governo já tinha dado “luz verde” à realização de despesa adicional associada aos procedimentos aquisitivos de vacinas contra a Covid-19, no valor de 291 milhões de euros.

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Ecocentros Móveis recolhem 46,3 toneladas de resíduos em 8 municípios

Para se aproximar dos munícipes e facilitar a entrega de fluxos de resíduos com características específicas, nasceram em 2021 os Ecocentros Móveis quepercorrem os oito municípios da Lipor.

Vale tudo para inovar e pôr os portugueses a reciclar mais para que o país possa finalmente cumprir as metas a que está obrigado. Em 2021, a Lipor e os seus municípios associados — Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde — criaram uma solução para facilitar a entrega de resíduos e materiais cujo destino não são os tradicionais ecopontos.

Assim, e para se aproximar dos munícipes e facilitar a entrega de fluxos de resíduos com características muito específicas, nasceram os Ecocentros Móveis que, de uma forma itinerante, percorrem os oito municípios associados à Lipor.

Durante todo o ano os Ecocentros Móveis estiveram disponíveis para receber os seguintes materiais para valorização e/ou tratamento: CD’s e DVD’s, pequenos equipamentos elétricos e eletrónicos, embalagens e latas com restos de produto (verniz, tinta, solventes, produtos de limpeza), lâmpadas led e Fluorescentes, papel não embalagem (jornais, revistas, livros e folhas), pilhas e baterias, tinteiros e toners e rolhas de cortiça.

 

No final das contas, foram encaminhadas para reciclagem 46,3 toneladas de resíduos.

Em 2022 os Ecocentros Móveis vão continuar a sua viagem pelos mesmos municípios. Os cidadãos podem informar-se sobre quando e onde estará o Ecocentro Móvel mais perto de si no site da Lipor, que trata anualmente cerca de 500 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos por 1 milhão de habitantes.

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Ano novo, desafios renovados

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 26 Janeiro 2022

Gonçalo Baptista, diretor-geral da Innovarisk Underwriting, fala sobre os desafios e também os sinais positivos que este ano pode trazer para as seguradoras.

2022 é um ano de muitas incógnitas. Já receosos de fazer mais previsões sobre o fim da pandemia, encaramos a incerteza de frente dela retirando os planos possíveis para navegar o ano que agora começa.

Desde logo o teletrabalho, antes uma contingência agora uma opção a ter em conta. A pandemia ajudou-nos a recentrar algumas prioridades, conforme escrevi no início de pandemia em “E depois do estado de emergência?”. O teletrabalho, se bem aproveitado, dá a todas as partes a flexibilidade e as vantagens que o “das 9h às 5h” não permite.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
Gonçalo Baptista, diretor-geral da Innovarisk.Henrique Casinhas/ECO

Produziu-se legislação que vai no sentido contrário, introduzindo rigidez onde o benefício para todos vem da flexibilidade mas, com bom senso, trabalhadores e empresas saberão maximizar as oportunidades que a flexibilidade traz. As relações laborais deixaram há uns anos de ser de dependência e há agora uma interdependência que é saudável onde empregados precisam das empresas e as empresas precisam de empregados – num mundo tão competitivo só prosperam as empresas que conseguem motivar e retirar valor das capacidades dos seus colaboradores e cada vez mais assim será. Alguém duvida que as equipas precisam dos melhores jogadores e treinadores para ganhar? Nas empresas as semelhanças são muito maiores do que por vezes se pensa.

Por outro lado, seguradoras e clientes deparam-se com a realidade sem moratórias, o que necessitará de alguma atenção nos setores e faixas da sociedade com problemas de liquidez. Uma vez mais, há uma dependência mútua, difícil de gerir, em que queremos todos manter os clientes que estão em dificuldades, mas há o reverso do risco de incumprimento.

"Para quem ainda não o fez, é pois altura de finalizar rapidamente todos esses planos e deitar mãos à obra – a execução, por vezes descurada, é a parte mais decisiva.”

Gonçalo Baptista

Diretor-geral da Innovarisk Underwriting

Há, no entanto, sinais positivos. A nível de preços, esperamos por um ano mais pacífico, depois dos aumentos significativos dos últimos anos. De forma geral, os prémios foram para níveis sustentáveis, o mercado Internacional já absorveu as perdas relacionadas com a Covid e já se recapitalizou das formas possíveis. A exceção, em Não Vida, será o Cyber que nos continuará a dar muitas dores de cabeça com as más novidades do lado da atividade criminosa a adensarem-se mês após mês.

Do lado das previsões macroeconómicas também, e devemos, por isso, centrar-nos naquilo que mais gostamos: criação de valor. É por isso um ano entusiasmante, com várias oportunidades de criação de valor, desde o aumento da eficiência como facilitador da competitividade, à busca de maiores capacidades seguradoras para servir os clientes, ao desenvolvimento de ferramentas que permitam os produtos chegarem a mais consumidores e serem mais fáceis de compreender, a mais formação para explicar o valor acrescentado das soluções.

Tudo isto como forma de alcançar o mais importante fim social nos seguros: clientes mais bem protegidos.

Para quem ainda não o fez, é pois altura de finalizar rapidamente todos esses planos e deitar mãos à obra – a execução, por vezes descurada, é a parte mais decisiva. Boas ideias teóricas por vezes carecem de serem exequíveis e, por isso, os votos de um ano de 2022 cheio de bons planos a passarem do papel à prática!

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Hotelaria espera avanços na simplificação da contratação de trabalhadores estrangeiros

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

"Neste momento, a lei dos estrangeiros é altamente complexa", diz a CEO da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), sublinhando a falta de mão-de-obra no setor.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse esta quarta-feira esperar que o novo Governo avance na simplificação dos processos de contratação de trabalhadores estrangeiros, uma das soluções apontadas para responder à falta de mão-de-obra no setor.

Em declarações à Lusa, a presidente executiva da AHP considerou que uma interrupção no processo de simplificação legislativa, que está em discussão com o atual Executivo, representaria “um atraso inexplicável e que prejudicaria a economia do país e das empresas”. “Neste momento, a lei dos estrangeiros é altamente complexa”, referiu Cristina Siza Vieira, acrescentando que nas reuniões com o Governo “foram apontados alguns pontos que estariam em alteração para se poder simplificar estes procedimentos”.

Para a AHP, a contratação no estrangeiro é uma das soluções para a escassez de trabalhadores na hotelaria e turismo e, nesse sentido, a associação realiza na quarta-feira uma sessão de esclarecimento sobre “vistos de trabalho subordinado”, que contará com a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP).

A iniciativa realiza-se depois de a AHP ter reunido, no final do ano passado, com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas sobre o atual quadro legal da contratação de estrangeiros. Nessas reuniões, foi também abordado o acordo de mobilidade com a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que aguarda ratificação, um processo que ficou parado com a convocação das eleições legislativas antecipadas.

“Com a queda da Assembleia da República e as novas eleições, terá de se aguardar para a passagem dessas pastas para perceber como é que esse enquadramento será feito, designadamente a questão da ratificação do acordo com a CPLP”, afirmou Cristina Siza Vieira. A presidente executiva da AHP referiu que desde 2019 que a associação tem alertado para a escassez de trabalhadores no setor, indicando que a pandemia veio agravar o problema.

Em novembro, o presidente da AHP, Raul Martins, disse em entrevista ao jornal Público que se está a tentar “criar fluxos de importação de mão-de-obra com países específicos, desde logo com os que formam a CPLP” para colmatar a escassez de trabalhadores no setor, mas apontou constrangimentos.

Também, em 18 de outubro, o presidente do Vila Galé afirmou à Lusa que o grupo continuava a debater-se com a falta de recursos humanos na hotelaria, construção e agricultura, estando a prever contratar 300 jovens à procura do primeiro emprego e trazer 150 trabalhadores do Brasil, mas que para isso seria necessário trabalhar com os ministérios da Economia e Trabalho.

Em 24 de setembro, o ministro e Estado e Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse, em Nova Iorque, que o acordo de mobilidade da CPLP, já ratificado por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, ia entrar em vigor “muito rapidamente”. O acordo de mobilidade foi assinado em Luanda, em 17 de julho, na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, na qual Angola assumiu a presidência da organização até 2023.

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Escassez de “chips” pode paralisar fábricas nos Estados Unidos

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Empresas que utilizam semicondutores têm menos de cinco dias de stock, uma queda acentuada em relação aos 40 dias de 2019, segundo uma investigação do Departamento do Comércio dos Estados Unidos.

A escassez de semicondutores nos Estados Unidos está a atingir níveis preocupantes e a aumentar a perspetiva de uma paralisação das fábricas, revelou na terça-feira o Departamento do Comércio norte-americano.

As empresas que utilizam semicondutores têm menos de cinco dias de stock, uma queda acentuada em relação aos 40 dias de 2019, segundo uma investigação do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, junto de 150 empresas.

Os chips utilizados na produção de automóveis e dispositivos médicos estão especialmente escassos, noticia a agência Associated Press (AP). A procura por estes chips aumentou 17% em 2021, em relação a dados de 2019, acrescentou o departamento.

Joe Biden, baseado nestes dados, pediu ao Congresso para aprovar uma lei atualmente paralisada, que permitira disponibilizar 52 biliões de dólares (cerca de 46 biliões de euros) para a produção doméstica de semicondutores. “A cadeia de abastecimento de semicondutores continua frágil e é essencial que o Congresso aprove o financiamento o mais rápido possível”, salientou a secretária de Estado do Comércio, Gina Raimondo.

Com a procura elevada e a plena utilização das instalações de fabrico existentes, é claro para o governo que a única solução para resolver esta crise a longo prazo é reconstruir a capacidade de fabrico nos Estados Unidos, realçou.

A escassez de chips interrompeu a produção de automóveis e aumentou o preço dos carros, contribuindo significativamente para um aumento de 7% ao ano, no preço final para o consumidor no mês passado, a inflação mais alta em quatro décadas. Apesar do apelo ao Congresso, serão necessários anos para que as fábricas de semicondutores começarem a operar.

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Nas notícias lá fora: Hong Kong, “chips” e NFT

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

Da atualidade em Hong Kong à escassez mundial de chips, passando pelo "boom" dos NFT, conheça as notícias que marcam o dia lá fora.

Hong Kong poderá continuar isolada devido à Covid até 2024, enquanto a escassez de chips está a colocar empresas norte-americanas em risco. Esta quarta-feira, destaque ainda para as várias pressões dos países para a implementação de fibra, que está a ameaçar a notação financeira das operadoras. Conheça estas e outras notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Reuters

Hong Kong poderá manter isolamento devido à Covid até 2024

Hong Kong poderá reabrir apenas no início de 2024 devido às suas rigorosas medidas de combate à Covid-19. Isto poderá levar ao êxodo de várias empresas e funcionários estrangeiros, para cidades como Singapura ou Seul, comprometendo o seu papel como centro financeiro, de acordo com um relatório da Câmara do Comércio Europeia da cidade. O cenário mais provável aponta para que Hong Kong não reabra até que a China consiga vacinar todos os habitantes, o que pode acontecer no final de 2023 ou início de 2024.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Wall Street Journal

Escassez de chips deixa empresas norte-americanas perigosamente em risco

A escassez de chips continua a preocupar várias empresas em todo o mundo. De acordo com o Departamento de Comércio norte-americano, vários fabricantes dos Estados Unidos e outras empresas que usam semicondutores têm um stock de chips inferior a cinco dias. Em 2019, o stock de chips principais dava para 40 dias. Os chips são classificados como um dos 160 produtos mais difíceis de adquirir e a sua escassez mundial afeta, por exemplo, a disponibilidade de computadores ou automóveis.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Pressões dos países para a implementação de fibra ameaça rating das operadoras

As empresas de telecomunicações europeias enfrentam mais uma vez um desafio estratégico: aumentar o investimento em novas infraestruturas sem penalizar a notação financeira. Um relatório da Moody’s alerta que muitas empresas do setor já acumulam dívidas elevadas e que os esperados aumentos de investimento na implementação de redes de fibra ótica e 5G podem prejudicar a qualidade de crédito. No entanto, estes avanços são objetivos fundamentais de vários países, o que acaba por pressionar.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Amazon abandona campanha projetada para atrair funcionários

A Amazon desistiu da polémica campanha em que propunha compensar financeiramente os funcionários que partilhassem mensagens positivas sobre a empresa nas redes sociais. Este “esquema de embaixadores”, como lhe chama o FT, nasceu em 2018, numa tentativa de melhorar a imagem da Amazon, numa altura em que se questionava a segurança e condições dos seus armazéns. Fontes revelam que a administração estava insatisfeita com os resultados dessa campanha e que, por isso, a mesma foi esquecida.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Business Insider

Coleção de NFT de 10.000 patos vendida em menos de seis horas por 120 mil dólares

Uma coleção de NFT (non fungible token) de dez mil patos salvou um casal de perder a hipoteca da casa onde vive. A coleção foi vendida em menos de seis horas por 120 mil dólares, permitindo ao casal assinar um cheque de 40 mil dólares para assegurar os pagamentos do crédito em atraso, salvando a propriedade que tem em Atlanta, onde cria patos, gansos e outros animais. O casal divulgou os benefícios dos patos para a agricultura e disse que pretendia trazer os patos que cria na vida real “para o metaverso”.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

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