Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Esta terça-feira, as taxas Euribor subiram no prazo mais curto (três meses) para 2,872%. Em sentido inverso, desceram a seis e a 12 meses para, respetivamente, 2,655% e 2,439%.

A Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,892%, continuou acima da taxa a seis meses (2,655%) e da taxa a 12 meses (2,439%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, caiu para 2,655%, menos 0,006 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também baixou, para 2,439%, menos 0,011 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 2,872%, mais 0,010 pontos do que na sessão anterior.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

A média da Euribor desceu em todos os prazos em novembro, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio: a três meses caiu 0,160 pontos, para 3,007% (contra 3,167% em outubro); a seis meses baixou 0,214 pontos, para 2,788% (contra 3,002%); e a 12 meses recuou 0,185 pontos, para 2,506% (contra 2,691%).

Os mercados esperam que o Banco Central Europeu (BCE) desça, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos percentuais na reunião de política monetária, a última deste ano, na quinta-feira, 12 de dezembro.

Em 17 de outubro na Eslovénia, a instituição liderada por Christine Lagarde cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

No dia 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Canal de Denúncias de Lisboa recebeu 250 comunicações de infrações em dois anos

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

O Canal de Denúncias da Câmara Municipal de Lisboa, através do qual qualquer pessoa pode comunicar alegados atos de corrupção, assédio moral e sexual e fraude, recebeu 250 denúncias desde 2022.

O Canal de Denúncias da Câmara Municipal de Lisboa, através do qual qualquer pessoa pode comunicar alegados atos de corrupção, assédio moral e sexual e fraude, recebeu 250 denúncias desde a sua criação, há dois anos, segundo dados do município.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) disponibiliza desde há dois anos um Canal de Denúncias Interno (utilizado exclusivamente por trabalhadores do município de Lisboa) e um Canal de Denúncias Externo, cujo acesso é feito de forma independente e autónoma através da plataforma “+Transparente”.

O Canal, criado em 10 de dezembro de 2022, está em pleno funcionamento e conta com o apoio de uma rede de interlocutores em todos os serviços.

Segundo dados da CML enviados à agência Lusa, das 250 denúncias, 210 foram recebidas pelo canal de denúncias e 40 em formato papel. Das 250 denúncias apresentadas, 156 não se enquadraram no âmbito do canal (reclamações, ocorrências “Na minha Rua”, entre outros), restando 93 denúncias enquadradas e uma ainda em análise preliminar”.

Os dados indicam que 133 denúncias foram feitas para o Canal de Denúncias interno e 117 para o Canal de Denúncias externo. Quanto aos denunciantes, de acordo com a CML, 124 estão identificados e 126 preferiram o anonimato.

“No caso das denúncias anónimas, a identificação do denunciante não é possível, dado que o sistema informático gera um código que oculta qualquer informação sobre o mesmo (incluindo o endereço de e-mail)”, informa o município.

As “denúncias recebidas estão a ser alvo do tratamento adequado em função do processo“, refere a CML.

O Departamento de Transparência e Prevenção da Corrupção é responsável pela gestão do Canal de Denúncias e pela receção, triagem, análise, tratamento e conclusão da denúncia, bem como pela elaboração do respetivo relatório.

Assédio moral, assédio sexual, conflitos de interesses e/ou acumulação de funções, fraude, corrupção e infrações conexas são situações possíveis de comunicar no Canal de Denúncias de Lisboa, com acesso independente e autónomo através da plataforma “+Transparente”.

A informação das denúncias “não é do domínio público”.

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Exportações de bens disparam 17% e importações sobem 7,5% em outubro

As exportações de bens voltaram a registar um crescimento maior do que o das importações em outubro. Défice da balança comercial caiu face a igual mês do ano passado.

As exportações portuguesas de bens cresceram 17,1% em outubro, enquanto as importações subiram 7,5%, em termos homólogos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira. O défice da balança comercial atingiu, assim, 2.535 milhões de euros, refletindo uma diminuição de 390 milhões face a igual período do ano passado, embora aumentando 132 milhões de euros face ao mês anterior.

A impulsionar a venda de bens ao exterior face ao período homólogo estiveram o crescimento de 16,8% dos fornecimentos industriais, nomeadamente medicamentos para os Estados Unidos, de 21,7% de material de transporte, principalmente automóveis de passageiros e de 19,5% de bens de consumo.

Entre os principais parceiros comerciais de Portugal, destaca-se o acréscimo das transações de bens com destino a Espanha (+14,7%) e à Alemanha (+26,4%), principalmente de fornecimentos industriais e de material de transporte, respetivamente.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Nas importações, salienta-se o aumento de 20,5% dos bens de consumo, nomeadamente o vestuário. Entre os principais fornecedores do país destaca-se a subida das transações com Espanha (+10,5%), particularmente os bens de consumo, fornecimentos industriais e material de transporte, e com o Brasil (+68,3%), essencialmente de combustíveis e lubrificantes.

Descontando combustíveis e lubrificantes, registaram-se acréscimos de 16,5% nas exportações e de 7,0% nas importações. Quando excluídas as transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, as exportações registaram um aumento de 16,3% e as importações cresceram 11,1%.

Segundo os dados do organismo de estatística, no terceiro trimestre, o índice de valor unitário das importações continuou a registar, pelo sexto trimestre consecutivo, uma variação negativa (-3,4%), enquanto no fluxo das exportações não houve variação.

(Notícia atualizada às 11h26)

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Fábrica mais antiga do país comprada pelo dono da Palbit à private equity Atena

Fundada há 300 anos, a Prado - Cartolinas da Lousã já pertenceu ao grupo Champalimaud ou à Finpro. Com vendas de 24 milhões de euros e 120 trabalhadores, fica agora nas mãos do grupo português Newpal.

Oito anos depois de ter sido comprada em abril de 2016 pela private equity Atena Equity Partners à massa falida da Finpro, sociedade que era controlada pelo Estado, pelo Banif e por Américo Amorim — e que tinha ficado com ela no processo de reprivatização em 1999 –, a histórica Prado – Cartolinas da Lousã volta a mudar de mãos.

Fundada em 1716 e considerada a unidade fabril mais antiga do país em laboração contínua, atualmente com 120 trabalhadores, a empresa que antes de ser nacionalizada após a revolução de 25 de Abril de 1974 era propriedade do grupo Champalimaud, acaba agora de ser vendida ao grupo português Newpal, detido pela família de Jorge Pinto Ferreira.

A antiga Valinsert SGPS junta assim a líder ibérica de cartolinas de elevada gramagem ao portefólio industrial composto pela produtora de ferramentas Palbit (Albergaria-a-Velha) e pela Copam – Companhia Portuguesa de Amidos (São João da Talha), que há dois anos comprou por cerca de 19 milhões de euros.

A Atena, que anunciou esta terça-feira a conclusão da alienação da Prado – Cartolinas da Lousã, contabiliza que a estratégia implementada com a equipa de gestão liderada por Manuel Cavaco Guerreiro, “conduziu a um aumento das vendas para 24 milhões de euros, bem como uma melhoria da rentabilidade em quase 50% e uma redução da dívida para metade”.

Com uma capacidade de produção de cerca de 25.000 toneladas de cartolina, a Prado – Cartolinas da Lousã exporta para cerca de 50 países, sendo que as vendas ao exterior (diretas e indiretas) representam 87% do volume de negócios. A manutenção do gestor Manuel Cavaco Guerreiro à frente da empresa “garante a estabilidade e facilita o desenvolvimento do projeto de crescimento”.

João Rodrigo Santos, partner da Atena Equity Partners Atena Equity Partners

O founding partner da sociedade de capital de risco Atena Equity Partners refere que “a alienação à Newpal materializa o valor criado na empresa e oferece a oportunidade ao novo acionista, português, de prosseguir com a exploração das suas vantagens competitivas”.

João Rodrigo Santos sublinha ainda, citado em comunicado, que o investimento realizado “permitiu restruturar e fazer crescer a empresa, conquistando a confiança de clientes exigentes e marcas de luxo em todo o mundo com o papel de alta gramagem”.

Como o ECO noticiou em outubro, a Atena criou um terceiro fundo de investimento e angariou cerca de 60 milhões de euros para investir em empresas portuguesas. Na mira da sociedade de capital de risco estão empresas com faturação superior a dez milhões que precisem de assegurar a sucessão ou a sua restruturação.

Os dois primeiros fundos que tem sob gestão estão totalmente investidos em empresas como as clínicas dentárias Malo, a empresa de moldes Tecnifreza, a farmacêutica Sidefarma, a têxtil barcelense Quinta & Santos, a rede de hospitais privados Unisana Hospitais, a empresa de brinquedos Science4You, a produtora e comercializadora de produtos de cerâmica tableware Matcerâmica ou a tecnológica Redshift.

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Stellantis e chinesa CATL investem 4,1 mil milhões em fábrica de baterias em Espanha

A unidade de fabrico de baterias para automóveis elétricos, que se localizará em Saragoça, tem início de produção marcado para 2026.

A Stellantis e a chinesa Contemporary Amperex Technology Limited (CATL) planeiam investir 4,1 mil milhões de euros para construir uma nova fábrica em Espanha de baterias para veículos elétricos.

A fábrica, que deverá ser instalada em Saragoça, vai produzir um tipo de bateria de iões de lítio que utiliza fosfato de ferro-lítio (LFP, na sigla em inglês), e tem início de produção marcado para 2026, de acordo com um comunicado conjunto divulgado esta terça-feira.

A Stellantis, de acordo com o presidente, John Elkann, está a “abraçar todas as tecnologias de baterias avançadas, de forma a trazer produtos de veículos elétricos a preços competitivos”. As baterias LFP, mais baratas que outras tecnologias no mercado, são uma tentativa de apelar aos clientes que têm resistido a preços mais elevados dos veículos elétricos.

Em paralelo, esta segunda-feira a Stellantis havia comunicado que estava a desenvolver baterias de lítio-enxofre, que, além de poderem custar metade das atuais baterias de iões de lítio, têm vantagens em termos de autonomia, rendimento e velocidade de carregamento, explicou a companhia.

A fábrica poderá atingir uma capacidade de 50 gigawatts-hora (GWh), dependendo do mercado de veículos elétricos na Europa e do apoio das autoridades espanholas e da União Europeia, lê-se ainda na mesma comunicação.

Este anúncio é feito numa altura de turbulência no mercado de veículos elétricos europeu, depois de a Northvolt, a fábrica de baterias sueca que era tida como a grande promessa europeia na área, ter submetido um pedido de proteção contra credores, tendo em conta a respetiva situação financeira frágil.

Em Portugal, também houve a recente desistência por parte da Galp, que era promotora do projeto Aurora Lithium, em conjunto com a Northvolt, e se preparava para construir uma fábrica de refinação de lítio em Setúbal. Contudo, a decisão final, comunicado há duas semanas, foi a de não avançar com este projeto.

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«Decidimos entrar de forma oficial na produção de eventos»: Filipe Vaz apresenta a Líder Events

  • BRANDS' ECO
  • 10 Dezembro 2024

Filipe Vaz, CEO da Tema Central, explica a razão para o crescimento do negócio e antecipa novidades para 2025.

Atualmente, existe uma maior procura por eventos de qualidade e de caráter inovador em que o público está cada vez mais exigente sobre a seleção de oradores e os respetivos conteúdos. Com essa premissa, a Tema Central apresenta a ‘Líder Events’, a nova marca da empresa de comunicação que entra de forma oficial no setor da produção de eventos para as demais entidades.

Alicerçada numa plataforma multimeio constituída pela revista Líder, site Líder e a Líder TV, a empresa acrescenta mais uma área de negócio na produção de eventos, enquanto prestação de um serviço fora da esfera da empresa.

Filipe Vaz, CEO da Tema Central explica a razão para o crescimento do negócio e antecipa novidades para 2025.

Filipe Vaz, CEO da Tema Central

A ‘Líder Events’ é a nova marca da Tema Central dedicada à produção de eventos. O que vos levou a criar esta área de negócio?

A Tema Central é uma empresa de comunicação que se foca na produção de conteúdos para líderes, através da nossa plataforma multimeio constituída pela revista Líder, o site Líder e a Líder TV. Esta plataforma é complementada com a produção de inúmeros eventos próprios sendo a Leadership Summit Portugal o nosso evento âncora desde há nove anos.
Nos últimos tempos, houve várias marcas parceiras que, conhecendo o trabalho que desenvolvemos na produção própria, nos solicitaram que produzíssemos também os seus eventos. Apesar de inicialmente termos resistido a seguir esse caminho, para não nos desfocar da nossa atividade de base, a verdade é que mais recentemente acedemos a produzir alguns eventos para terceiros com excelentes resultados. Assim sendo, decidimos reforçar a equipa e entrar de forma oficial na produção de eventos para outras entidades com o lançamento da marca ‘Líder Events’.

Existem muitas empresas a atuar no setor de produção de eventos. Quais são as vantagens competitivas da ‘Líder Events’?

Na realidade foi o mercado que nos procurou, foram as marcas que acompanham o nosso trabalho que reconheceram a capacidade de produzir eventos de grande qualidade ‘de A a Z’ e que, por isso, quiseram que abríssemos a nossa atividade.
Acredito que a nossa oferta se distingue por produzirmos eventos para os nossos clientes com a mesma dedicação e cuidado com que produzimos os nossos próprios eventos.
Creio que nos distinguimos porque, para além de toda a capacidade de gestão de produção logística, audiovisuais, bilhética, multimédia, edutainment, catering, etc., somos de base uma empresa de comunicação, o que nos leva a estar especialmente habilitados para apresentar a cada cliente um conceito de evento e flow de conteúdos e oradores que façam a diferença e correspondam aos objetivos da entidade promotora, para além de assegurarmos a preparação da mensagem e o coaching de palco de cada orador. Acreditamos que cada vez mais o público distingue os eventos pela qualidade e coerência dos conteúdos que se levam a palco e não tanto pelos efeitos, mais ou menos assessórios, a que muitas vezes assistimos e que ofuscam o que realmente interessa.
Por outro lado, disponibilizamos aos clientes a possibilidade de comunicar o seu evento através da nossa plataforma multimeio, o que, no caso dos clientes corporativos, académicos e institucionais, lhes permite divulgar o evento antes, durante e após a sua realização de forma precisa e orientada para o público-alvo pretendido. Neste caso destaco, naturalmente a Líder TV.

O que é exatamente a Líder TV?

A Líder TV é a nossa plataforma de streaming, a única existente em Portugal que permite aos clientes disponibilizarem os conteúdos dos seus eventos a uma audiência muito vasta com qualidade broadcast. Vivemos uma época em que as pessoas estão muito atentas e disponíveis para consumirem conteúdos em streaming, por isso mesmo, também os conteúdos de eventos relevantes podem e devem beneficiar deste novo tipo de consumo televisivo.
A Líder TV está disponível em lidertv.pt e também com acesso universal e gratuito nas posições 156 do MEO e 560 da NOS. Para além dos eventos poderem ficar disponíveis on demand, existe também a possibilidade de serem transmitidos live através da Líder TV, o que lhes confere uma capacidade de tração de audiência e impacto muito maiores. Tudo isto potenciado através de comunicação nas nossas outras plataformas como a revista e site Líder, e ainda das redes sociais onde reunimos mais de 230.000 seguidores.

"O nosso foco incide sobretudo nos eventos do conhecimento, nomeadamente para empresas, academias, associações e instituições oficiais que valorizem a qualidade dos conteúdos em palco e a eficácia da comunicação”

Filipe Vaz

CEO da Tema Central

Quais serão as áreas/setores onde terão maior foco?

Temos capacidade de garantir a produção de qualquer evento, mas o nosso foco incide sobretudo nos eventos do conhecimento, nomeadamente para empresas, academias, associações e instituições oficiais que valorizem a qualidade dos conteúdos em palco e a eficácia da comunicação.

Da vossa experiência, quais são os fatores cruciais para o sucesso de um evento?

Após a COVID, em que as limitações no acesso a eventos foram enormes, assistimos a um interesse cada vez maior das pessoas estarem fisicamente presentes em eventos, sobretudo naqueles em que os oradores e conteúdos de palco têm qualidade. Creio que atualmente o público já distingue muito bem os eventos em que vão ouvir mais do mesmo, em que no palco estão sempre as mesmas caras que, por muito válidas que sejam, provavelmente já não têm muito mais a acrescentar. É fundamental fazer um refresh à mensagem, trazer novas pessoas a palco, convidar oradores nacionais e internacionais distintivos e, mesmo no caso em que subam a palco pessoas que já estiveram em inúmeros eventos, ter o cuidado de os ajudar a preparar o seu discurso para trazer algo de novo e relevante.

"A maioria dos eventos deste setor estão concentrados em Lisboa e Porto. Seria muito importante surgirem iniciativas que descentralizassem a atividade e começássemos a ter eventos de maior dimensão também noutros locais.”

Filipe Vaz

CEO da Tema Central

Como classificaria o mercado português de eventos?

No caso dos eventos corporativos e do conhecimento, temos assistido a uma proliferação cada vez maior de iniciativas, o que me parece positivo porque permite uma segmentação de temas de forma mais precisa e aprofundada. Contudo, como referi anteriormente, creio que é fundamental dar-se cada vez maior atenção à qualidade dos conteúdos em palco. Sei que é difícil num país com a nossa dimensão evitar a repetição de caras, mas, ainda assim, creio que com imaginação é possível fazer melhor. Por outro lado, a maioria dos eventos deste setor estão concentrados em Lisboa e Porto. Seria muito importante surgirem iniciativas que descentralizassem a atividade e começássemos a ter eventos de maior dimensão também noutros locais.

Que novidades podem partilhar para 2025?

No início do ano iremos apresentar a nossa programação para 2025, mas posso adiantar que iremos ter novos projetos ligados ao público mais jovem assim como a áreas do conhecimento que normalmente estão afastadas do setor dos eventos como é o caso da Filosofia.

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“Não há confiança dentro das equipas sem vulnerabilidade”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Os chefes fechados em si mesmo e sem atenção ao lado humano de quem lideram estão de saída. Pedro Moura acredita que “mais do que nunca” exige-se empatia aos líderes. “Procuro todos os dias mostrar a minha vulnerabilidade”, diz o diretor-geral da Merck Portugal, neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, que conta também com a participação de Patrícia Perestrelo, da Abreu Advogados.

“A vulnerabilidade, se for estimulada dentro das equipas, cria um ambiente de confiança. Não há confiança sem uma demonstração inequívoca dessa vulnerabilidade“, sublinha o diretor-geral da Merck Portugal, empresa que decidiu sair de caixa e dar um benefício aos empregados que vai a um assunto muito íntimo: a fertilidade. Até ao momento, cerca de 250 trabalhadores da Merck já beneficiaram deste apoio à fertilidade (que tem como máximo 16 mil euros por ano).

Também neste episódio recebemos a advogada Patrícia Perestrelo, coordenadora da área de prática de Direito do Trabalho da Abreu Advogados. Falamos sobre licenças parentais e sobre o que o Parlamento quer mudar nesses apoios.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de dezembro, vamos explorar essa questão do ponto de vista da fertilidade.

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Preço do bacalhau já ultrapassa 20 euros/quilo e pode duplicar em 2025

  • Lusa e ECO
  • 10 Dezembro 2024

Sem mudanças na política europeia, o bacalhau "pode chegar a níveis de luxo", como 40 euros por quilo, "já em 2025", segundo estimativas da Associação dos Industriais do Bacalhau.

O Natal representa 30% das vendas de bacalhau, mas esta tradição pode ser afetada pelo preço, que corre o risco de atingir máximos em 2025, numa altura em que a indústria enfrenta “desafios históricos”, defenderam os industriais do setor.

“Historicamente as vendas na época natalícia representam cerca de 30% das vendas anuais de bacalhau no mercado doméstico”, adiantou a Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB), em resposta à Lusa.

Apesar de esperar que esta tradição se mantenha, a AIB não descarta a possibilidade de o consumo vir a ser afetado por algumas condicionantes, como as incertezas quanto ao aumento dos preços.

Este ano, o preço do bacalhau para o comércio, sobretudo tradicional, voltou a subir, uma tendência que se verifica há vários anos devido a fatores como a decisão da União Europeia (UE) impor sanções económicas à Rússia devido à guerra na Ucrânia.

Segundo a associação, Bruxelas aplicou tarifas à importação do bacalhau russo para processamento pela indústria europeia.

Porém, conforme apontou, a Noruega importa esta matéria-prima sem tarifas aduaneiras, “reprocessando-a e reexportando-a para o mercado europeu sem qualquer barreira”.

A AIB alertou ainda para o facto de a Rússia estar a processar e a enviar o bacalhau diretamente para a UE, processo que não está sujeito a direitos alfandegários, criando uma “incongruência que beneficia terceiros”.

Para o aumento dos preços contribui ainda a volatilidade do mercado global e os acréscimos nos custos de transporte e energia.

Os industriais lamentam ainda que Bruxelas não realize estudos aprofundados e que ignore as particularidades do setor e os respetivos impactos económicos e para os consumidores. Em consequência, os preços para o consumidor final também escalaram.

O valor médio do bacalhau já ultrapassou, em muitos casos, os 20 euros por quilograma (kg) e, sem mudanças na política europeia, pode chegar a níveis de luxo, como 40 euros por kg, já em 2025.

Associação dos Industriais do Bacalhau

Segundo as estimativas da AIB, o valor médio do bacalhau já ultrapassou, em muitos casos, os 20 euros por quilograma (kg) e, sem mudanças na política europeia, “pode chegar a níveis de luxo, como 40 euros por kg, já em 2025”.

Perante este cenário, muitos portugueses têm optado por bacalhau de menos qualidade, comprado em menos quantidade ou optado apenas por partes mais específicas.

“A UE precisa urgentemente de corrigir os erros cometidos, revogando a taxação incoerente e garantindo uma concorrência justa. A inação do Governo português, resignado e passivo, alimenta o sentimento de desproteção por parte da União, favorecendo o crescimento de movimentos eurocéticos e extremistas”, sublinhou.

A AIB lembrou ainda que, apesar de o bacalhau estar sujeito a taxas, o gás natural russo continua a abastecer países como Áustria, Hungria e Eslováquia.

O bacalhau é um recurso marinho partilhado, cuja gestão deve respeitar fatores como interesses comerciais e de proteção da espécie.

Assim, o executivo português e Bruxelas devem trabalhar para proteger este recurso, “garantindo que ele permaneça acessível a todos os portugueses e continue a ser um pilar da nossa identidade nacional”, referiu.

De acordo com os dados da AIB, Portugal mantém-se como um dos principais exportadores de bacalhau, sobretudo, para os países lusófonos e comunidades de emigrantes, apesar de, até setembro, ter ocorrido uma quebra de 11%, face ao mesmo período de 2023, para 75 milhões de euros.

Constituída em 1993, a AIB é hoje uma associação empresarial e patronal, que promove e desenvolve a atividade industrial de bacalhau e defende os interesses empresariais do setor.

Os seus associados representam mais de 80% da produção industrial de bacalhau em Portugal, o que corresponde a um volume de negócios anual de, aproximadamente, 400 milhões de euros.

Portugal comprou menos bacalhau à Noruega

As exportações de bacalhau da Noruega para Portugal desceram, este ano, nas várias categorias, mas o preço aumentou, destacando-se o bacalhau fresco, com um acréscimo de 44%, segundo dados do Conselho Norueguês das Pescas (NSC) enviados à Lusa.

“[…] Existe, de facto, um aumento do preço de exportação para Portugal a partir da Noruega e vemos que há uma clara relação entre volume e preço: há uma pequena descida no volume de exportação e um aumento no preço”, afirmou, em resposta à Lusa, o NSC.

Entre janeiro e outubro, foram exportadas 14.960 toneladas de bacalhau salgado seco inteiro, um decréscimo de 7% face ao ano passado, mas o preço aumentou 8%.

Por sua vez, as exportações de bacalhau salgado verde inteiro recuaram 13% para 14.708 toneladas e o preço subiu 16%.

No caso do bacalhau congelado, as exportações atingiram 506 toneladas, 82% abaixo dos dados de 2023, enquanto o preço cresceu 24%.

Até outubro, a Noruega exportou 71 toneladas de bacalhau fresco, uma quebra de 92% e o preço aumentou 44%.

Nos primeiros nove meses do ano, de acordo com os dados avançados pelo NSC, o preço médio do bacalhau para o consumidor manteve-se “num nível normal em comparação com o ano passado”.

Já entre janeiro e agosto, o preço médio foi inferior ao de 2023, com exceção de setembro.

Contudo, no retalho os preços estão agora a aumentar, sobretudo nos tamanhos maiores e nos produtos especiais para o Natal.

“[…] Ao longo deste ano, no retalho, assistimos à procura de tamanhos mais pequenos (crescido e corrente), e o mix de produtos’ mudou muito para estes tamanhos mais pequenos. Os níveis de preços do bacalhau crescido e do corrente têm estado baixos durante todo o ano e não temos assistido a muitas promoções nos tamanhos maiores. É claro que isto afeta os níveis médios de preços em todas as categorias de bacalhau”, explicou.

O NSC disse ainda que, à partida, o preço médio do ano será mais elevado do que no ano passado, tendo em conta que o Natal é a época alta para a compra de tamanhos maiores, com preços mais elevados.

Já o consumo, em Portugal, tem vindo a aumentar em todas as categorias de bacalhau salgado seco tradicional, mas no bacalhau congelado a tendência não foi tão linear.

Este ano, foram compradas 748 toneladas de bacalhau corrente (mais 10%), 4.317 toneladas de bacalhau crescido (57%), 1.894 toneladas de bacalhau graúdo (25%) e 554 toneladas de bacalhau especial (7%).

No que diz respeito ao bacalhau congelado, verifica-se que foram compradas 2.298 toneladas em postas (41%), 1.328 toneladas de lombos (24%), 885 toneladas de bacalhau congelado desfiado (16%) e 722 toneladas de caldeirada (13%).

Em Portugal, o consumo per capita de todos os produtos de bacalhau ronda os 15 quilogramas (kg).

O NSC, empresa pública que pertence ao Ministério do Comércio, Indústrias e Pescas da Noruega, acredita que este nível venha a reduzir-se este ano.

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41% dos portugueses trabalham fora da área que estudaram

Mais de quatro em cada dez dos empregados em Portugal trabalham fora da área que estudaram, desencontro que é superior à média da OCDE. E cerca de 14% têm qualificações a mais para as suas funções.

O encaixe entre as competências e qualificações dos trabalhadores e os empregos disponíveis “é essencial” para que as economias “funcionem bem e sejam produtivas“. Mas uma fatia significativa dos adultos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) trabalha fora da área que estudaram ou têm mesmo qualificações a mais (ou a menos) para as funções que exercem. Em Portugal, por exemplo, 41% dos empregados trabalham fora da sua área de estudos, mostra um novo estudo.

“Um bom casamento entre as competências e qualificações dos trabalhadores e os requeridos pelos empregos disponíveis é essencial para que as economias funcionem bem e sejam produtivas. [Mas] nos países da OCDE, há muitos trabalhadores desajustados“, sublinha a referida organização, no estudo “Do adults have the skills they need to thrive in a changing world?”, que foi publicado esta terça-feira.

A explicar esse desencontro estão, aponta a OCDE, não só ineficiências na colocação dos trabalhadores, mas também a incapacidade de atualizar as qualificações e competências face às mudanças estruturais em curso nas economias, como a transição digital e a transição verde.

No caso português, a OCDE destaca que “41% dos trabalhadores estão desajustados em termos de área de estudo, uma vez que o seu nível de qualificação mais elevado não é na área que é mais relevante para o seu trabalho“.

No conjunto dos 38 países que compõem essa organização, a média de desencontro entre o campo de estudos e o emprego é de 38%, como mostra o gráfico acima. Portugal encontra-se, portanto, numa situação mais grave que essa média.

Em comparação, na Finlândia, por exemplo, menos de 29% dos trabalhadores têm empregos fora da sua área de estudos, nos Países Baixos menos de 31% dos empregados estão nessa situação, e na Alemanha essa fatia ronda os 33%.

E esse desencontro tem um efeito visível na carteira dos trabalhadores. Em Portugal, o desencontro entre a área de estudos e o emprego significa ter um salário 6,1% mais baixo do que estar num posto de trabalho alinhado com o campo de estudos. Em média, um trabalhador dos países da OCDE perde 5,1% do ordenado por estar numa situação de desajustamento entre a área de estudos e o emprego.

14% dos portugueses têm qualificações a mais

O novo estudo da OCDE mostra também que, em Portugal, 14% dos adultos empregados têm qualificações a mais para os seus postos de trabalho, sendo que, na OCDE, a média é de 23%. Mas também há uma fatia de 14% dos adultos que têm qualificações a menos para os empregos que exercem, quando na OCDE a média é de 9%.

A estes dados somam-se um outro: 7% dos trabalhadores em Portugal relatam ter competências abaixo das requeridas para o seu emprego atual (a média da OCDE é de 10%). “Em Portugal, os trabalhadores dizem isto frequentemente porque precisam de melhorar as suas competências de utilização de computadores e de software, seguindo-se as competências de gestão de projeto e de organização”, explica a OCDE.

"Em Portugal, os trabalhadores dizem que têm competências a menos que as requeridas pelos empregos frequentemente porque precisam de melhorar as suas competências de utilização de computadores e de software.”

OCDE

Por outro lado, 25% dos trabalhadores portugueses confessam ter competências a mais para os empregos que exercem, o que compara com a média de 26% registada no conjunto da OCDE.

Portugueses têm menos competências do que a média

No novo estudo da OCDE, Portugal sai mal na fotografia das competências dos seus adultos. Tanto na literacia, como nas competências numéricas e na capacidade de resolução de problemas, os portugueses ficam abaixo da média dos 38 países.

No que diz respeito à literacia, 42% dos adultos ficam-se pelo nível um ou abaixo, o que significa que conseguem compreender apenas pequenos textos e listas organizadas ou, nos piores casos, apenas frases simples e curtas. Na OCDE, em média 26% dos adultos estão nessa situação.

Por outro lado, só 4% dos adultos portugueses estão no nível quatro ou cinco da literacia, o que significa que conseguem compreender textos longos e densos. Em média, na OCDE 12% dos adultos estão nestes dois níveis de literacia, como se vê no gráfico abaixo.

E nas competências numéricas, o retrato não melhora para Portugal: 40% dos adultos portugueses estão no nível um ou abaixo (conseguem fazer cálculos básicos, mas têm dificuldades quando as operações envolvem múltiplos passos) e só 7% estão no nível quatro e cinco (conseguem calcular taxas e rácios, interpretar gráficos complexos e avaliar estatísticas). Na OCDE, as fatias são de 25% e 14% dos adultos, respetivamente.

Quanto à resolução de problemas, 42% dos portugueses ficaram no nível um ou abaixo, contra 29% da média da OCDE. E só 2% dos adultos consegue perceber profundamente os problemas e adaptarem-se a mudanças inesperadas (nível quatro e cinco), contra 5% da média da OCDE.

Importa realçar que os adultos mais velhos (55 a 65 anos) registaram piores resultados dos que os mais jovens, fosso que pode refletir, observa a OCDE, “diferenças na qualidade e quantidade de educação e formação entre gerações“.

Ainda assim, é de destacar que os jovens portugueses (16 a 24 anos) registam piores resultados na literacia, competências numéricas e resolução de problemas do que a média da OCDE.

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Escolas precisam de reparar ou comprar 45 mil computadores

  • ECO
  • 10 Dezembro 2024

O Governo disponibilizou dez milhões de euros para a substituição ou a melhoria destes equipamentos informáticos. Diretores já começaram a receber verbas para lançarem concursos a partir de janeiro.

Os agrupamentos escolares identificaram a necessidade de reparar ou adquirir 45.024 computadores de modo a que todos os alunos tenham acesso a estes equipamentos informáticos, avança o Público (acesso pago). O levantamento foi feito a pedido do Ministério da Educação, que disponibilizou uma verba de dez milhões de euros para suprir as necessidades das escolas neste âmbito.

Desta vez, ao invés de o concurso para a compra de computadores ser centralizado pelo Ministério e os equipamentos distribuídos depois pelas escolas, cada agrupamento receberá verba e realizará um concurso público para adquirir os computadores em falta ou reparar os que estão avariados.

As transferências da tutela já arrancaram em novembro e os diretores dos agrupamentos escolares terão de lançar os concursos a partir de janeiro. No entanto, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, alerta que os dez milhões de euros podem ser insuficientes — ainda que, até ao momento, não tenha recebido queixas –, além de existir o risco de os novos computadores não chegarem antes das provas digitais que os alunos realizarão no final do ano letivo.

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Hoje nas notícias: Computadores, imigrantes e EMEL

  • ECO
  • 10 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As escolas comunicaram ao Governo a existência de mais de 45 mil computadores que necessitam de ser reparados ou adquiridos. Enquanto isso, o ministro da Educação admite proibir mesmo o uso de telemóvel no 1.º e 2.º ciclos a partir do próximo ano letivo. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Escolas precisam de 45 mil computadores novos ou reparados

Os agrupamentos escolares identificaram a necessidade de reparar ou adquirir 45.024 computadores de modo a que todos os alunos tenham acesso a estes equipamentos informáticos. O Ministério da Educação disponibilizou uma verba de dez milhões de euros para substituir ou melhorar os computadores, tendo já começado a realizar transferências para as escolas em novembro. Segundo o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), Filinto Lima, “em vez de ser um processo centralizado, cada escola está a desenvolver um concurso público de acordo com a verba que recebeu para adquirir os computadores em falta ou reparar os que estão avariados”. Os concursos serão lançados a partir de janeiro.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ministro admite proibir telemóveis nas aulas e recreios a partir do próximo ano letivo

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu na segunda-feira uma “alteração política” no próximo ano letivo sobre a recomendação da proibição do uso de telemóvel no 1.º e 2.º ciclos, tornando-a efetiva, face aos impactos negativos nas crianças e jovens. “A recomendação que o Governo fez é de proibição. O que estamos a fazer este ano é estudar o resultado dessa recomendação para no próximo ano reavaliar a medida”, afirmou o governante, à margem da apresentação do projeto Unidades de Apoio ao Alto Rendimento no Ensino Superior no Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Oeiras.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

CAP aguarda “com expectativa” visto para trabalhadores migrantes em 30 dias

O secretário-geral da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, está expectante com o protocolo de cooperação apresentado pelo Governo às confederações patronais na segunda-feira, cujo objetivo é agilizar a contratação de imigrantes. “Agora, é necessário ver a melhor forma de implementar tudo isto. É isso que estamos a ver com o Governo: qual será a melhor forma de implementar [o protocolo] e, depois, ver que capacidade há para cumprir aquilo que nos foi apresentado”, disse o dirigente da CAP, em declarações à Renascença, apontando que só o setor da agricultura “tem, atualmente, 23 mil trabalhadores estrangeiros”.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre).

Banco condenado por letras pequenas nos contratos

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa anulou dezenas de cláusulas de vários tipos de contratos elaborados pelo BNP Paribas devido ao tamanho reduzido da letra, que “torna a leitura difícil e cansativa” aos seus clientes. A decisão judicial, publicitada na segunda-feira, considerou nulas cláusulas em contratos desde cartões de crédito a financiamento automóvel. Neste âmbito, a DECO Proteste alerta os consumidores a “esclarecer as dúvidas com as entidades — que são obrigadas a fazê-lo — antes de assinarem qualquer contrato”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

EMEL exclui residentes deslocados de avenças mensais nos parques

Os utilizadores dos parques de estacionamento da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) cuja morada fiscal seja fora do concelho lisboeta vão deixar de ter acesso à tarifa de preço mensal fixo a partir do próximo ano. Esta exclusão dos chamados residentes deslocados surge na sequência da atualização dos valores das avenças do serviço R24, que em janeiro vai passar a custar 46,30 euros. Embora no site da EMEL não conste qualquer restrição aos residentes deslocados, um cidadão que possui morada fiscal noutro concelho mas que, por questões de trabalho, passa a maior parte do seu tempo em Lisboa, diz que foi informado que a nova R24 só será possível para residentes em Lisboa.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Descubra as palavras mais pesquisadas pelos portugueses no Google em 2024

"Euro 2024", "Digi" e "Jogos Olímpicos" são os temas que os portugueses mais procuraram no Google, num ano em que "José Castelo Branco" ou "Taylor Swift Portugal" foram outras tendências de pesquisa.

Com o fim de 2024 a aproximar-se cada vez mais, já é possível perceber quais as tendências de pesquisa dos portugueses, num ano marcado pelas eleições legislativas portuguesas e pelas eleições presidenciais norte-americanas, pela afirmação da inteligência artificial, pela vinda de Taylor Swift a Portugal ou pela realização de grandes eventos desportivos como o Campeonato Europeu de futebol ou os Jogos Olímpicos.

No cômputo geral, “Euro 2024” foi o tema mais pesquisado pelos portugueses. Já a segunda maior tendência de pesquisa passa pela “Digi“, marca de telecomunicações que chegou recentemente a Portugal, seguida pelos “Jogos Olímpicos“. No ranking do que os portugueses mais pesquisaram no Google seguem-se “eleições nacionais Portugal”, “debates legislativas”, “eleições EUA”, “Copa América”, “Sismo”, “Tempestade tropical Patty” e “Valência”.

Já o nome nacional mais pesquisado, por exemplo, foi o de José Castelo Branco, ao qual se segue o de Miguel Bravo e de Rúben Amorim. No panorama internacional lidera Kate Middleton, seguida por Betty Grafstein e Donald Trump, segundo o “Ano em Pesquisa 2024”, da Google.

De uma perspetiva prática sobre como fazer algo, os portugueses quiseram aprender sobretudo “como fazer um cravo?”, “como fazer IRS Jovem?” ou “como fazer quinoa?”. No entanto, no total das pesquisas feitas e começadas por “como”, lideram aquelas que foram feitas sobre como votar nas eleições em Portugal?”, “como saber onde votar?” ou “como validar faturas 2024?”. Além disso, os portugueses quiseram tirar as dúvidas sobre “o que é mórmon?”, “o que é shisha?” ou “o que é world coin?”.

O futebol continua também a ser um tema de destaque no país. Num ano marcado por diversos acontecimentos, aquele que mais suscitou pesquisa por parte dos portugueses foi mesmo o Euro 2024, seguido pelas “eleições nacionais de Portugal” e pelas “eleições [dos] EUA”. Ainda no futebol, Diogo Costa, Lamine Yamal e João Neves foram os jogadores mais procurados, enquanto dentro do tema dos Jogos Olímpicos, a ginástica lidera entre as diferentes modalidades do evento mais procurada, ao que se segue a vela e a escalada.

Dentro do entretenimento, e no que diz respeito a programas, séries ou filmes, “Secret Story” liderou a curiosidade dos portugueses. “Big Brother” e “Divertidamente 2” foram os outros dois títulos mais pesquisados.

Já no que diz respeito ao campo musical, “Taylor Swift Portugal”, foi o tema mais pesquisado num ano em que a estrela norte-americana atuou em Portugal no final de maio, ao qual se segue “Ana Moura Globos de Ouro 2024″ e “Scorpions”, banda que também atuou em Portugal este ano no Rock in Rio e que já anunciou que volta ao país para o ano. Os artistas musicais lideram também entre as pesquisas feitas pelos portugueses sobre falecidos, com Liam Payne e Marco Paulo a encabeçarem a lista, seguidos pela atriz Ana Afonso.

Na cozinha, baba de camelo, pão de ló e crumble de maçã foram as receitas mais pesquisadas pelos portugueses. A culinária tem também lugar de destaque nas pesquisas começadas por “o que fazer com…”. Embora “o que fazer com crianças no Porto?” lidere a lista, na segunda e terceira posição aparece “o que fazer com claras ovo?” e “o que fazer com massa quebrada?”.

Quando quiseram confrontar duas opções, os portugueses pesquisaram principalmente por “PSD esquerda ou direita”, “rendimentos de categoria a ou b” e “Chéquia ou República Checa”.

Num ano marcado pela afirmação da inteligência artificial “detetor de IA”, “inteligência artificial online” e “humanizador de IA” foram as pesquisas mais vezes feitas pelos portugueses dentro deste tema tecnológico.

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