Marcas de mãos dadas com o Millennium Estoril Open. Aproximação aos clientes é o principal objetivo

Com um valor global a rondar os três milhões de euros, os patrocínios são "fundamentais" para o Millennium Estoril Open. Mas o que leva as marcas a investir em parcerias com a prova nacional de ténis?

O Estoril Open, que se realiza entre 26 de abril e 4 de maio, é marcado este ano pela despromoção de categoria, com a competição a integrar o ATP Challenger Tour, na categoria 175, voltando o torneio português de ténis à categoria ATP 250 em 2026. As marcas, no entanto, mantêm-se ao lado da prova, com parcerias e patrocínios que permitem a realização do torneio nos moldes em que o mesmo acontece.

Os patrocínios são fundamentais para a viabilidade financeira do Estoril Open, não apenas no suporte financeiro, mas também na projeção internacional do torneio. As marcas contribuem para a robustez financeira e reputacional do evento, garantindo experiências premium para os parceiros, atletas e público“, diz João Zilhão, diretor do torneio, ao +M.

Este ano, o valor global de patrocínios ronda os três milhões de euros, “muito em linha com os anos anteriores”, aponta o responsável, acrescentando que este investimento “reflete o crescimento contínuo do evento e a sua atratividade para marcas de prestígio”.

João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open.3 Love – Millennium Estoril Open

Mas porque se associam as marcas a esta prova de ténis? João Zilhão aponta que uma parceria com o torneio garante às marcas exposição nacional e internacional através das transmissões televisivas e plataformas digitais, a promoção de “valores como excelência e sofisticação” por se associarem a um “evento de prestígio”, oportunidades de ativação de marca e interação direta com o público e networking “num dos eventos socio-desportivos mais relevantes em Portugal”.

O Millennium BCP, naming sponsor do Estoril Open desde 2015, destaca que este é “o evento desportivo mais relevante e prestigiado realizado em Portugal” mas que, para lá da sua dimensão desportiva, é também um “momento marcante na agenda social e corporativa nacional, proporcionando oportunidades únicas de interação com os mais variados stakeholders“.

“O evento é igualmente uma excelente plataforma para nos aproximarmos dos nossos clientes — particulares e empresas — e também de potenciais clientes“, sublinha Ricardo Valadares, diretor de comunicação do banco, acrescentando que o evento beneficia também de uma “comunicação muito forte e prolongada no tempo“, com cerca de cinco meses de exposição contínua.

Também o Major Group, que é pela primeira vez um dos senior sponsors do Estoril Open, diz que o objetivo desta aposta passa por “reforçar a cultura do Major Group de proximidade com as pessoas em momentos especiais“. A associação ao torneio surge também tendo em conta que grupo “valoriza estar presente em contextos que promovem o bem-estar e a qualidade de vida” e que “o Estoril Open representa exatamente isso”, aponta Gabriel Costa, CEO do Major Group.

Por parte da Porsche, marca que no ano passado decidiu renovar o seu patrocínio como senior sponsor por mais três anos, Nuno Costa também sublinha que o “principal motivo” da associação da marca ao Estoril Open “é claramente a oportunidade de network e contacto direto com clientes e aficionados Porsche“.

“Com mais de 600 convidados em nove sessões, temos tempo para aprofundar relações com clientes num ambiente descontraído e de ótima atmosfera. O esforço que a organização faz para promover um ecossistema de luxo e exclusividade é fantástico e muito profissional. Geramos leads e fechamos negócios que fazem parte da nossa avaliação posterior”, acrescenta o diretor de marketing da marca automóvel em Portugal.

Segundo Nuno Costa, o Estoril Open é o melhor evento em Portugal para o público-alvo da marca. “A Porsche é uma marca de automóveis desportivos de luxo. A combinação entre os nossos brand values e o ténis de alto nível é algo muito natural. A dinâmica de aceleração, travagem, mudança de trajetória, potência e concentração são características que poderiam caracterizar tanto o ténis de alto nível como a condução de um Porsche”, afirma.

A aproximação aos adeptos, através da criação de experiências relevantes e memoráveis, é também o que leva a Betclic a associar-se ao que considera ser “um dos eventos desportivos mais emblemáticos do calendário nacional, com grande projeção mediática e a participação de atletas de referência, tanto portugueses como internacionais”.

Após uma estreia “muito positiva” na edição anterior, a marca de apostas desportivas decidiu reforçar o seu compromisso com o evento para os próximos três anos como senior sponsor do torneio, numa aposta que faz “todo o sentido” para a marca em Portugal, mercado onde tem vindo a “consolidar” a sua presença em “modalidades chave” como o futebol e o basquetebol, surgindo o ténis “naturalmente como a próxima grande aposta”.

Este é mais um investimento da estratégia ampla da Betclic de apoio consistente ao desporto em Portugal. Queremos continuar este caminho com responsabilidade e ambição, e desta vez contribuir para valorizar o ténis nacional e dar visibilidade a quem o pratica ao mais alto nível“, diz Tiago Simões, country manager da Betclic.

O Millennium BCP — que no ano passado renovou o seu patrocínio ao Estoril Open até 2027 — observa que também a medição de resultados sustenta a sua decisão de apoiar o evento. “No ano passado, por exemplo, o Millennium Estoril Open foi, segundo dados da BrandScore, o evento desportivo com maior recordação de marca em Portugal — superando mesmo eventos ligados ao futebol. Um feito extraordinário que confirma a relevância e eficácia desta parceria”, refere Ricardo Valadares.

Ativações

Entre as várias ativações que o evento vai acolher, o Millennium BCP vai promover ações que estimulem à interação com os visitantes do seu stand, como a entrega de porta-chaves personalizados e prémios aos vencedores de quizzes, a distribuição de gelados ou a promoção de sessões de autógrafos e passatempos nas redes sociais.

O banco vai ainda dispor de uma raquete gigante “ideal para fotografias partilháveis nas redes sociais” e da presença de um caricaturista no evento. No que diz respeito à área corporate, a marca conta com um espaço dedicado para receber clientes e convidados, onde estará também em exposição uma mostra dos troféus da atual edição, assim como das anteriores.

Além disso, os clientes do banco beneficiam de 25% de desconto na compra de bilhetes através do site do BCP.

Já a Porsche, que avança que vai investir perto de 500 mil euros “em tudo o que diz respeito” à sua presença no Estoril Open, vai expor os seus mais recentes modelos e organizar experiências de condução com pilotos profissionais e jogadores no Autódromo do Estoril.

Sendo senior sponsor na categoria automóvel, a marca destinou uma frota de 12 viaturas para o transporte de jogadores e VIP durante todo o torneio e vai também promover “dinâmicas de engagement, como seja através da presença do piloto de Formula E António Felix da Costa”. “Por outro lado expomos também um modelo na entrada do slice lounge numa caixa ‘Burago’. E, claro, apresentamos sempre um modelo no center court o que nos dá uma visibilidade brutal em termos de televisão”, refere Nuno Costa.

A marca terá ainda “o speed service brandizado com a marca”, com seis camarotes para os quais convidam clientes e parceiros de negócio para as nove sessões do torneio, acrescenta o diretor de marketing, que refere ainda ações nas redes sociais, onde a marca vai sortear bilhetes. No total, durante todo o torneio, a Porsche vai convidar mais de 600 pessoas a conviverem com a marca.

Este ano a Betclic optou por olhar para o Estoril Open “de uma forma original e bem-humorada, com uma campanha que parte de uma observação simples mas universal: quem já assistiu a um jogo de ténis ao vivo sabe o quanto o pescoço trabalha — sempre de um lado para o outro, a acompanhar cada jogada”, começa por contextualizar Tiago Simões.

Nesse sentido, e inspirada pela sua campanha “Aposto que não és capaz”, a Betclic lançou o desafio “Aposto que não és capaz de preparar o pescoço para o Millennium Estoril Open”, pelo que toda a sua comunicação gira à volta desta ideia. Além de um stand na Smash Area onde o público poderá receber massagens ao pescoço, a marca vai ainda oferecer brindes exclusivos.

Para amplificar a sua presença, a marca de apostas desportivas conta ainda com a presença dos seus influenciadores e embaixadores, que vão interagir com o público, criar conteúdos e “trazer algumas surpresas”.

Já o Major Group vai colocar um lounge exclusivo para “receber convidados, bem como todas as pessoas que desejem conhecer melhor o universo Major”, indica o seu CEO.

Na lista de patrocinadores da presente edição do torneio verificaram-se as saídas das marcas Smeg, Aquapor, Vanguard Properties e .pt, as quais são contrabalançadas com as entradas das marcas Major Group, Ocidental, Veolia, Haier, Insparya e Record/Jornal de Negocios.

Do conjunto de patrocinadores do evento faz parte a Câmara Municipal de Cascais enquanto host locality e a Porsche, a Emirates, o Major Group e a Betclic como senior sponsors. Já entre os official sponsors encontram-se as marcas Meo Empresas, Vista Alegre, Luso, Innowave, Ayvens, Bang & Olufsen, Azimut, Macallan, Piper-Heidsieck, Aperol Spritz, Oak Berry, André Opticas, Skechers, Maleo, DFK, Queijos Santiago, Haier, Insparya, Ocidental, Veolia, Isdin, CTT, Avis, Hospital da Luz, Sacoor, Nespresso, Heineken, Graham’s, Altano, Andros, Bonne Maman, Wilson, Dunlop e Fever-Tree.

Akt Creative, Hotel Cascais Miragem, Meo Blue Ticket, B Events, 3cket, MBW, Nannarella, Beltrão Coelho, Cooltra, PowerShield, AVA e Fnac são os official partners do tornei. Record, CNN Portugal, TVI, Eurosport, RFM, Raquetc, JCDecaux e Cision são os media partners.

O torneio conta ainda com a Sociedade Ponto Verde, Federação Portuguesa de Ténis, Turismo de Portugal, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril como institucional partners e com a Academia dos Champs como social responsability partner. O clube oficial é o Clube de Ténis do Estoril.

O evento vai ter transmissão nos canais TVI, CNN Portugal, V+, Max (HBO) e Eurosport, que vai levar a transmissão do torneio a mais mais de uma centena de países. A final de singulares, marcada para as 15h00 de domingo, será transmitida em direto e simultâneo na CNN Portugal e Eurosport.

Além disso, haverá acompanhamento nas plataformas digitais do torneio, incluindo website e redes sociais, “permitindo aos fãs acompanhar todas as incidências dentro e fora do court”, explica João Zilhão.

As expectativas do diretor do torneio para a edição deste ano são elevadas. “Espera-se a presença de mais de 40 mil espectadores e uma cobertura mediática significativa, reforçando o prestígio do evento. É também esperada a participação de jogadores de grande nível mundial. O torneio manterá os elevados padrões de qualidade que o caracterizam”, assegura.

Com uma combinação de desporto de alto nível, experiências únicas e forte apoio de patrocinadores, o Millennium Estoril Open 2025 promete ser uma edição memorável no panorama desportivo e social“, conclui o João Zilhão.

A edição de 2025, que assinala uma década de competição, conta com a representação de uma dezena de nacionalidades. Nuno Borges, o atual número 43 do ranking ATP, lidera o contingente português, sendo que a presença de Jaime Faria, o número dois nacional, também está confirmada no torneio.

A lista de inscritos, ainda provisória por depender dos resultados do Masters 1000 de Madrid — que começa esta quarta-feira e se estende até 4 de maio — inclui outros nomes como o do brasileiro João Fonseca (59.º ATP), o dos norte-americanos Alex Michelsen (37.º ATP) e Learner Tien (69.º ATP), bem como outros jogadores como Kei Nishikori, Roberto Bautista-Agut, Pedro Martinez e Miomir Kecmanovic.

O sorteio do quadro principal está agendado para as 21h de domingo, dia 27 de abril, com a fase de qualificação a arrancar no dia seguinte.

Para lá do ténis, o Millennium Estoril Open vai ainda oferecer aos presentes uma programação complementar relacionada com áreas como a arte ou gastronomia e ainda atividades pensadas para os mais novos, nomeadamente o Kids Place e o Fun Center. O espaço conta também com uma zona de restauração.

Os bilhetes individuais e para apenas uma sessão (diurna ou noturna, nos dias em que existem duas sessões) variam entre os 10 e os 110 euros. Existe disponibilidade de aquisição de packs.

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Garrigues e Cooley LLP assessoram Feedzai na compra da DemystData

A equipa da Garrigues envolvida na operação foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias. Já a equipa da Cooley LLP foi liderada por Rita Sobral.

As sociedades de advogados Garrigues e Cooley LLP assessoram a tecnológica portuguesa Feedzai na aquisição da empresa australiana DemystData. O negócio é avaliado em cerca de 100 milhões de dólares, segundo fontes conhecedoras da transação. A aquisição, anunciada esta quarta-feira, é a segunda na história da Feedzai liderada por Nuno Sebastião, depois da compra da Revelock em 2021.

A equipa da Garrigues envolvida na operação foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias e constituída ainda pelos associados seniores Inês Freire de Andrade e José de Seabra Marcão. Já a equipa da Cooley LLP foi liderada por Rita Sobral.

“A DemystData é uma empresa dedicada à orquestração e integração de dados, fazendo agora parte de um plano estratégico da Feedzai de unificar a orquestração de dados e a gestão de riscos numa só plataforma, disponibilizando às instituições financeiras, em tempo real, os dados, a análise e a inteligência artificial de confiança de que precisam para tomarem as melhores decisões de risco possíveis”, refere a Garrigues em comunicado.

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João Massano toma posse como bastonário da Ordem dos Advogados a 8 de maio

Os novos membros do Conselho Superior, do Conselho Geral, do Conselho de Supervisão e do Conselho Fiscal da Ordem dos Advogados, eleitos para o triénio 2025-2027, vão tomar posse a 8 de maio.

O novo bastonário da Ordem dos Advogados (OA), João Massano, vai tomar posse no próximo dia 8 de maio, pelas 17h00, no Salão Nobre do órgão, em Lisboa. Na cerimónia tomarão ainda posse António Jaime Martins como presidente do Conselho Superior e Pedro Madeira de Brito como presidente do Conselho Fiscal, bem como os membros do Conselho Superior, do Conselho Geral, do Conselho de Supervisão e do Conselho Fiscal, eleitos para o triénio 2025-2027.

Nas eleições que decorrem no passado mês de março, João Massano, até aqui líder da Regional de Lisboa, foi o vencedor, obtendo 54,58% dos votos (9.541 votos) na segunda volta, face aos 45,42 % (7.941 votos) de Fernanda de Almeida Pinheiro.

João Massano, 54 anos, concluiu a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1994. Em 2004 tornou-me sócio fundador da ATMJ. Mestre em Direito em 2006, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Manteve uma carreira académica durante cerca de 17 anos, como docente universitário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na Universidade Lusófona e na Universidade Moderna. Agora trabalha em prática individual, com escritório próprio.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CR Lisboa) desde 2011, primeiro, como Vogal Tesoureiro do CRL (triénio 2011-2013) depois, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação (triénios 2014-2016 e 2017-2019) e, finalmente (desde 2019), como Presidente do CR Lisboa.

Sobe o mote “Juntos Podemos Mais”, o candidato vencedor lançou a candidatura porque acreditava “que há outro caminho – um caminho melhor – para a OA. Um rumo que permita devolvê-la ao seu posicionamento original, de instituição que tem competências fundamentais”, tais como, “defender o Estado de Direito e colaborar na administração da Justiça, representar a profissão de Advogado e reforçar a solidariedade entre os Advogados, promover o acesso ao conhecimento e aplicação do direito e contribuir para o desenvolvimento da cultura jurídica e ser ouvida na construção legislativa relevante para o exercício da Advocacia e colaborar na sua alteração para melhor”.

O mesmo acredita que, nos últimos anos, “estas competências têm sido descuradas, com efeitos perniciosos para a credibilidade da Ordem e para a reputação da Advocacia e de todos os Advogados”. Massano defende ainda que esse posicionamento, que considera errado, tem tido consequências nefastas para a profissão, tais como, “um clima de desunião e mal-estar na classe, que tem afastado os Advogados da vida da Ordem (…)”, bem como “uma erosão da reputação e da notoriedade da Ordem e da Advocacia, levando mesmo a que algumas portas se venham fechando ao seu contributo para construir uma Justiça melhor”.

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Entidade para a Transparência não revela quantos políticos têm de declarar património

  • ECO
  • 23 Abril 2025

Problema de falta de recursos humanos mantém-se, com a entidade a poder terminar o ano com pelo menos mais 5.600 declarações por verificar.

A Entidade para a Transparência (EpT) entrou em funções na primavera de 2024, mas ainda não conseguiu dar conta de dois terços das declarações de rendimentos e património de políticos e de altos cargos públicos que já tem sob a sua alçada, num ano em que, com as legislativas de 18 de maio e as autárquicas no outono, vai ter ainda mais documentação por verificar.

De acordo com o Público, que avança a notícia, em 13 meses de atividade, a plataforma eletrónica da entidade recebeu, até 31 de março, 2.889 declarações únicas. No início desse mês, a presidente da EpT disse no Parlamento que das então 2.701 declarações recebidas estavam verificadas 680 (tinham sido substituídas 385 e anuladas 99) e que outras 243 se encontravam em análise. Mas, no final do ano, poderá ter pelo menos mais 5.600 declarações, contando apenas com deputados ao Parlamento, elenco do novo Governo, presidentes e vereadores de câmaras municipais e os presidentes de juntas de freguesias.

Além disso, a entidade não indica quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única. Citando artigos da lei, alega que os executivos das câmaras municipais e das juntas de freguesias diferem consoante o número de eleitores e que, com eleições autárquicas, os reeleitos só têm de entregar uma declaração e os lugares que mudam, correspondendo a duas declarações (se o presidente da junta não for eleito, tem de entregar uma declaração de fim de mandato e o sucessor entrega uma de início; no caso de reeleição, só entrega uma declaração de reeleição).

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Hoje nas notícias: ‘Cheques’, transparência e lítio

  • ECO
  • 23 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há marcas de automóveis a fazer promoções para se enquadrarem nos tetos dos apoios à compra de carros elétricos. A Entidade para a Transparência não diz quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Marcas de automóveis fazem promoções para apanharem ‘cheques’

As marcas estão a avançar com promoções para encaixarem os seus modelos de veículos no teto do apoio do Governo à compra de carros elétricos. A Renault, por exemplo, tem várias soluções que encaixam no teto dos 38.500 euros, como o 5 — “o elétrico mais vendido a particulares no mês de março”, segundo a marca francesa –, o Mégane e o Scénic. Outra marca com preços mais atrativos é a Smart, que na campanha de primavera vende o Smart #3 a 29.500 euros mais IVA, quando anteriormente o valor era superior.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Entidade para a Transparência não diz quantos políticos têm de declarar património

A Entidade para a Transparência (EpT) entrou em funções na primavera de 2024, mas não conseguiu ainda dar conta de dois terços das declarações de rendimentos e património de políticos e de altos cargos públicos que já tem sob a sua alçada, num ano em que, com as legislativas de 18 de maio e as autárquicas no outono, vai ter ainda mais documentação por verificar. Em 13 meses de atividade, a plataforma recebeu, até 31 de março, 2.889 declarações únicas. No início desse mês, a presidente da EpT disse no Parlamento que das então 2.701 declarações recebidas, estavam verificadas 680 (tinham sido substituídas 385 e anuladas 99) e que outras 243 encontravam-se em análise. Mas, no final do ano, poderá ter pelo menos mais 5.600 declarações, contando apenas com deputados ao Parlamento, elenco do novo Governo, presidentes e vereadores de câmaras municipais e os presidentes de juntas de freguesias. Além disso, a entidade não parece saber exatamente quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Lusiaves ultrapassa Mário Ferreira no capital da Savannah

A participação da Lusiaves no capital da Savannah já é maior em relação à do empresário Mário Ferreira. O grupo agroalimentar passou a deter 218,7 milhões de ações, correspondente a 10,07% do total da companhia, segundo anunciou a mineira britânica na terça-feira, quando Mário Ferreira continua a deter 217,2 milhões de ações, o equivalente a 10% do capital. O maior acionista da Savannah continua a ser a AMG Lithium, uma empresa alemã especializada na refinação de lítio, com quase 16%, seguindo-se a Al Marjan, um fundo privado de investimento de Omã, que detém 13%.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Portugal importa milhões de moedas de 1 e 2 cêntimos

No ano passado, Portugal importou 26 milhões de moedas de um cêntimo e 34 milhões de dois cêntimos, de modo a conseguir manter os hábitos de estabelecimento de preços e de pagamentos que se verificam no mercado nacional. De acordo com o Relatório de Emissão Monetária do Banco de Portugal (BdP), estes 60 milhões de moedas de baixa denominação tiveram origem nos bancos centrais da Bélgica e da Eslováquia, sendo que em troca foram exportados para estes dois países 1,1 milhões de moedas de 50 cêntimos e 195 mil de dois euros. Embora o montante total seja equivalente, o Banco de Portugal indica que até houve um ganho a nível nacional, nomeadamente porque “o custo de produção das moedas de 1 e 2 cêntimos ultrapassa o respetivo valor facial”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ciberataques e nova crise é o que mais assusta gestores

A guerra comercial é o terceiro principal motivo de preocupação dos gestores portugueses, apesar das tarifas anunciadas por Donald Trump a nível mundial. Antes disso, os principais motivos de preocupação das empresas, segundo o Barómetro do Observatório do Risco Geopolítico para Empresas da Porto Business School, são ataques informáticos a estruturas críticas e uma nova crise financeira global. Estes temas são as maiores preocupações no curto prazo, mas também no médio/longo prazo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Governo pede ativação da cláusula de exceção europeia para investir até 1,5% do PIB em Defesa

Finanças vão pedir a Bruxelas a ativação da "cláusula de derrogação nacional", para poder gastar em Defesa sem prejudicar o cumprimento das regras orçamentais. Decisão foi "consensualizada" com o PS.

Gabinete do ministro das Finanças em gestão garante que decisão foi “consensualizada” com o PSHugo Amaral/ECO

O Governo anunciou esta quarta-feira que irá pedir à Comissão Europeia a ativação do mecanismo que permite que excluir do cumprimento das regras orçamentais uma parte relevante do investimento em Defesa. A decisão foi “consensualizada” com o PS.

“O Governo português irá solicitar à Comissão Europeia a ativação da cláusula de derrogação nacional. Nos termos formulados […], a ativação desta cláusula permitirá estabelecer uma exceção ao cumprimento das regras orçamentais da União”, lê-se num comunicado divulgado esta manhã pelo Ministério das Finanças.

Na prática, significa que Portugal poderá investir até 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na “área da Defesa” sem que essa despesa seja contabilizada “nos limites impostos pelos tetos da despesa primária líquida”, tal como definida no Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo para o período de 2025 a 2028.

Tal despesa também não será considerada “na avaliação do cumprimento do valor de referência para o défice”, que é de 3%. Deste modo, o país poderia aumentar significativamente o investimento em Defesa sem ter de apertar os gastos noutras áreas igualmente necessárias, por estar sujeito à disciplina orçamental da União Europeia (UE).

Contudo, esta despesa poderá representar uma pressão adicional para a dívida pública portuguesa, numa altura em que o país tem feito um importante esforço de redução. No final de 2024, o rácio de dívida face ao PIB situou-se nos 94,9%, tendo tido, no quarto trimestre, a quinta maior redução da UE em pontos percentuais.

A Comissão Europeia tem envidado esforços para que haja uma adesão significativa por parte dos Estados Membros a esta cláusula de derrogação nacional.

Ministério das Finanças

Com o Governo em gestão, o Ministério das Finanças garante que “esta decisão foi consensualizada com o maior partido da oposição”, o PS, que foi “ouvido” neste processo. Questionado pelo ECO, fonte oficial do gabinete do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, confirmou que o partido foi “ouvido” e “não se opôs”.

Após formalizado, o pedido de Portugal ainda terá de ser avaliado e validado por Bruxelas, mas a própria Comissão “tem envidado esforços para que haja uma adesão significativa por parte dos Estados-membros” a esta medida, “de forma a aumentar a capacidade de financiamento neste setor”, admite o próprio Governo português. Os pedidos podem ser apresentados pelos países até ao final de abril.

As estimativas da NATO, a aliança transatlântica, apontam para que Portugal tenha gasto apenas 1,55% do PIB em Defesa em 2024, sendo um dos oito países abaixo dos 2% acordados, que poderão em breve aumentar. Os EUA, por exemplo, têm exigido que os países cumpram a meta e quer elevar a fasquia para 5% do produto.

Apesar de ficar com mais margem para gastar sem estar sujeito às regras, o próximo Governo não fica vinculado a nenhum nível de investimento em particular só por ter acionado este mecanismo. A coligação pré-eleitoral AD, que junta PSD e CDS, os partidos atualmente no Governo, tenciona atingir um excedente de 0,3% neste no de 2025 e 0,1% em 2026.

Em entrevista ao ECO este mês, o ministro das Finanças considerou, ainda assim, que os empréstimos a taxas mais favoráveis, disponibilizados por Bruxelas para investimento em Defesa, poderão ser usados por Portugal para, em cooperação com outros países, comprar equipamentos que não tem capacidade de produzir, vendendo em troca a esses Estados bens que produza.

“O mecanismo de empréstimos que está a ser discutido a nível europeu, designado por SAFE, prevê que esses empréstimos sejam sobretudo para iniciativas conjuntas dos países. E o que é que nos parece que faz sentido. Portugal tem algumas valências, mas precisará de alguns equipamentos para os quais não tem capacidade de produção e não terá nos próximos anos”, apontou Joaquim Miranda Sarmento.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h44)

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Musk promete dedicar muito menos tempo ao Governo dos EUA a partir de maio

  • Lusa
  • 23 Abril 2025

"Provavelmente a partir do próximo mês, maio, o tempo que vou alocar à DOGE vai diminuir significativamente", anunciou o multimilionário que também é líder da Tesla.

O multimilionário Elon Musk, conselheiro próximo de Donald Trump, revelou que vai passar muito menos tempo a liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) a partir de maio, entidade criada pelo Presidente norte-americano para reduzir despesas federais.

“Provavelmente a partir do próximo mês, maio, o tempo que vou alocar à DOGE vai diminuir significativamente”, indicou Musk, durante uma teleconferência para divulgar os resultados do primeiro trimestre da Tesla, empresa de veículos elétricos da qual é líder.

“A partir do próximo mês, vou dedicar mais tempo à Tesla”, garantiu, acrescentando que o “trabalho crucial” do departamento de eficiência foi “amplamente concluído”.

O grupo anunciou resultados do primeiro trimestre que ficaram aquém das expectativas, afetados em particular pela estreita colaboração de Elon Musk com a administração Trump.

A Tesla tem estado sob ataque nos EUA e noutros países, afetada por atos de vandalismo, pedidos de boicote e protestos. As suas vendas globais caíram mais acentuadamente do que o esperado no primeiro trimestre, com apenas 336.681 veículos entregues (-13% em termos homólogos), de acordo com os números publicados no início de abril.

“Como sabemos, houve repercussões por causa do meu tempo no Governo (…). Penso que o trabalho que estamos a fazer lá é realmente muito importante para controlar o défice insano que está a levar o nosso país, os Estados Unidos, à destruição”, sublinhou Musk.

“A equipa DOGE fez grandes progressos na eliminação do desperdício e da fraude”, continuou, acusando “aqueles que receberam os dólares desperdiçados” de estarem por trás da retaliação contra Tesla e dos ataques.

De acordo com o CFO (diretor financeiro) Vaibhav Taneja, “o impacto negativo do vandalismo e da hostilidade injustificada contra a marca e colaboradores impactou determinados mercados”. “Apesar disso, conseguimos vender todo o stock de modelos mais antigos nos Estados Unidos, na China e em alguns outros mercados em todo o mundo”, acrescentou.

No primeiro trimestre, a Tesla começou a adaptar as suas linhas de produção à mais recente versão do seu Model Y, o mais recente modelo de consumo a ser lançado desde 2020.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de abril

  • ECO
  • 23 Abril 2025

Ao longo desta quarta-feira, 23 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“Unicórnio” português Feedzai compra australiana Demyst por 100 milhões de dólares

  • Lusa
  • 23 Abril 2025

A tecnológica portuguesa de deteção e prevenção de fraudes financeiras comprou a empresa australiana DemystData, especialista em aceder a dados que podem alimentar a inteligência artificial (IA).

A tecnológica portuguesa Feedzai, especialista em deteção e prevenção de fraudes financeiras, comprou a empresa australiana DemystData num negócio avaliado em cerca de 100 milhões de dólares, segundo fontes conhecedoras da transação.

A aquisição, anunciada esta quarta-feira, é a segunda na história do unicórnio (empresa privada com valor superior a mil milhões de dólares) português liderado por Nuno Sebastião, depois da compra da Revelock em 2021. A empresa não indicou pormenores da transação.

“Não há falta de dados na nossa indústria”, disse o presidente executivo (CEO), sobre a escolha da Demyst. “O truque é como aceder aos dados certos o mais rapidamente possível para poder acelerar decisões de risco com o mínimo possível de pontos de fricção”, acrescentou

Sebastião frisou que a Demyst é “uma líder” no acesso aos dados necessários, internos ou externos às empresas, e que a combinação com a inteligência artificial (IA) da Feedzai permitirá utilizar todos os dados para tomar melhores decisões.

“De forma mais abrangente, esta aquisição marca um momento crucial na evolução continuada da Feedzai de uma consumidora de dados para uma fornecedora de dados”, descreveu o CEO.

Do lado da DemystData, que foi fundada em 2010 pelo australiano Mark Hookey e tem sede oficial em Nova Iorque, a equipa vai ser integrada na Feedzai, que passa a ter acesso à plataforma de gestão de dados Zonic.

“Os dados externos são a próxima fronteira do impacto de negócio para as instituições financeiras, mas são algo notoriamente complexo, que envolve um labirinto de fontes para KYC/AML [know your customer/anti-money laundering], identidade, fraude, verificações de crédito e conformidade”, referiu Hookey, no anúncio da aquisição.

O executivo prometeu que as duas empresas juntas vão construir “a solução mais avançada” para abertura de contas de clientes, prevenção de fraudes e gestão de risco. A questão da abertura de contas é particularmente importante para os bancos, porque constitui a primeira linha de defesa contra o crime financeiro, segundo o analista da IDC Ashish Kakar. O processo tem de ser simples para o cliente mas garantir a integridade do sistema financeiro, indicou.

“A adição da orquestração automatizada de dados à plataforma de gestão de risco da Feedzai é uma combinação poderosa”, comentou Kakar, que deverá ajudar na causa dos reguladores de reduzirem contas que servem de “mulas” de transporte de dinheiro e esquemas fraudulentos.

A Feedzai, fundada por Nuno Sebastião, Pedro Bizarro e Paulo Marques em Coimbra em 2011 tornou-se um “unicórnio” em março de 2021. Tem dez escritórios internacionais e mais de 600 funcionários.

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Casa ISDIN celebra Sant Jordi com sessões de autógrafos, um workshop de escrita e um recital de poesia

  • Servimedia
  • 23 Abril 2025

O laboratório celebra o 50.º aniversário da sua fundação coincidindo com a festa das rosas e dos livros.

Esta quarta-feira, 23 de abril, assinala os 50 anos da fundação do ISDIN e, coincidindo com este aniversário, o laboratório internacional juntou-se às celebrações de Sant Jordi com um dia especial na Casa ISDIN, o seu espaço no Paseo de Gracia em Barcelona.

Durante o dia, foram realizadas várias atividades para destacar a cultura e a ciência, bem como o compromisso do laboratório com o cuidado da pele. O evento contou com a presença da modelo e embaixadora do ISDIN, Judit Mascó, também autora do livro infantil “The forever girls”.

Um dos pontos altos da jornada foi a tradicional sessão de autógrafos de diferentes autores. Assim, as farmacêuticas Virtudes Roig, criadora do famoso El Blog de Pills e do livro “Píldoras de Emociones”, e Cristina Gumuzio, escritora de romances de suspense como “Farmachip” ou “Cuarto Poder”, autografaram as suas obras. E ao lado deles, a muito jovem Daniela Sotil, que aos oito anos de idade já lançou a sua terceira história, “As aventuras de Daniela e os animais”. A pequena autora está a doar todos os lucros da venda do seu livro para a construção de um centro cultural para crianças em Moçambique.

A literatura também esteve presente na Casa ISDIN através do workshop de escrita criativa ministrado por Diana Orero, responsável por livros como “Todo cuenta” e “Love Your Skin”, e com um recital de poesia musicado por Gemma Humet. E, em consonância com este dia tão especial, a atividade “A capa do teu livro” – uma photocall para desenhar capas personalizadas – recordou aos participantes que eles são os protagonistas da história da sua pele.

RECOMENDAÇÃO DE ROTINAS

Outro dos destaques do dia foram os “Skin Checks”, análises da pele efetuadas pela equipa especializada da Casa ISDIN. Com uma atenção individualizada, os participantes puderam conhecer em profundidade o estado atual da sua pele, bem como as suas necessidades específicas.

Uma vez obtido o diagnóstico, foi concebida uma rotina de cuidados personalizada, recomendada com base em critérios dermatológicos e apoiada pela ciência e inovação que caracterizam a ISDIN. Esta experiência não só incentivou o autocuidado e o bem-estar, como também serviu para levar ao público conhecimentos especializados sobre a saúde da pele, reforçando o compromisso da marca com a consciencialização da importância dos cuidados com a pele.

O dia de festa foi acompanhado pela distribuição de poemas e balões corporativos com rosas serigrafadas. Por fim, foi efetuado um brinde com os convidados da marca, que deu o toque final a um dia muito especial para a empresa, o seu 50º aniversário.

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Famílias monoparentais têm brinde extra no IRS. Veja como ter direito

Os encargos gerais e familiares podem ser majorados até 335 euros, mais 85 euros. Mas, para isso, era preciso ter comunicado o agregado e a guarda parental ao Fisco, em fevereiro.

Pais ou mães sozinhos ou divorciados com filhos à sua guarda têm direito a um brinde extra no IRS e, assim, pode conseguir um reembolso maior ou um imposto menor a pagar, desde que tomem alguns passos prévios ao preenchimento da declaração Modelo 3, alertam vários fiscalistas consultados pelo ECO.

O Código do IRS determina que as famílias monoparentais podem deduzir 45% do valor suportado por qualquer membro do agregado com o limite global de 335 euros. Trata-se de uma majoração de 10 pontos percentuais ou de 85 euros, face aos 35% que os demais contribuintes podem abater até ao limite de 250 euros.

Para usufruir desta benesse, a família em causa tem de ter em atenção, “aquando do preenchimento da declaração do IRS, que o filho ou descendente apenas deve ser considerado no IRS do contribuinte (pai ou mãe) com quem habita, sob pena de dar lugar a uma discrepância, nomeadamente se ambos os pais considerarem o filho no seu IRS”, avisa o fiscalista Ricardo Reis, da Deloitte, em declarações ao ECO.

A este respeito, Luís Nascimento, da Ilya, sublinha a importância da “comunicação prévia à Autoridade Tributária, até 17 de fevereiro, do agregado familiar, da responsabilidade da guarda parental e da residência fiscal dos filhos”. De salientar que, a partir do próximo ano, esse prazo para o último dia de fevereiro, à semelhança de outras obrigações declarativas como a verificação das faturas, no âmbito do pacote de simplificação fiscal promovido pelo atual Governo da AD, liderado por Luís Montenegro.

“Caso o pai ou a mãe não tenha feito esse reporte e tentar, no momento do preenchimento da declaração, inserir o dependente manualmente, o Fisco vai emitir uma divergência e obrigar a uma declaração de substituição em conformidade com o que foi declarado”, alerta o fiscalista. Ou seja, as Finanças não vão aceitar a inclusão do filho e, como tal, a família em causa não poderá beneficiar da majoração da dedução das despesas gerais e familiares.

Nascimento dá como exemplo um casal que se divorciou: “a mãe ficou com a guarda da filha, mas não reportou a responsabilidade parental e o ex-marido comunicou mal o agregado à Autoridade Tributária (AT), porque incluiu a dependente”. A contribuinte ainda tentou reclamar, “mas o Fisco não aceitou passar a filha para o seu agregado, uma vez que o domicílio fiscal era a casa do pai”, indicou. Por isso, a progenitora acabou por não ter direito à majoração da dedução dos encargos gerais e familiares.

Como consequência, apenas o pai beneficiou da dedução, de 600 euros, por dependente com mais de três anos. A AT apenas concordou em dividir as despesas de educação e formação pelos dois progenitores, assinalou Luís Nascimento.

“O contribuinte deverá garantir que a informação relativa ao seu agregado familiar está correta junto da AT, incluindo a situação de residência dos filhos e a percentagem do valor das despesas a deduzir”, reforçam ainda Maria Inês Assis e Joana Monteiro de Oliveira, da Abreu Advogados.

Nas situações em que “existe guarda partilhada, as despesas poderão ser partilhadas e a divisão pode ser feita em partes iguais ou de outra forma, por exemplo, 60/40 ou 20/80, desde que a soma seja 100, de acordo com o que ficou determinado no acordo de regulação das responsabilidades parentais”, destacam as advogadas, especializadas em Direito Fiscal.

Para além da comunicação prévia do agregado familiar e da responsabilidade parental, o fiscalista da Ilya, Luís Nascimento, chama a atenção para “a importância da validação das despesas no portal e-Fatura até fevereiro para que o contribuinte possa beneficiar do teto máximo das deduções das despesas gerais e familiares, de 335 euros”.

“Caso não tenham feito essa validação, as famílias podem sempre optar, no momento do preenchimento da declaração de IRS, pela inserção manual dos encargos”, no anexo H, relativos às deduções à coleta, acrescenta.

A campanha para a entrega da declaração de IRS arrancou a 1 de abril e termina a 30 de junho. O Fisco não paga reembolsos inferiores a 25 euros e prescinde da cobrança de valores abaixo de 10 euros.

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Legislativas condicionam comunicação da obra das câmaras. Autarcas arriscam coimas

Comissão Nacional de Eleições recebeu vários pedidos de esclarecimento da parte dos municípios. Alguns autarcas já nem apresentam obra publicamente.

“Os municípios vão ficar mudos? O que é que podemos fazer? Qual a nossa ação?” As perguntas de Inês Medeiros, presidente da câmara de Almada, ao ECO/Local Online, fazem eco junto de outros autarcas, preocupados com a possível interpretação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de que determinada iniciativa no longo período eleitoral durante 2025 seja propaganda encapotada em apresentação ou lançamento de obras, projetos e investimentos. Eventuais coimas saem do bolso do próprio presidente, não do cofre da autarquia.

“Os órgãos das autarquias locais não estão impedidos, no período eleitoral, de prosseguir as suas atribuições legais e, nesse sentido, de realizar atividades e eventos”, assegura a CNE ao ECO/Local Online. Contudo, destaca a ‘polícia eleitoral’, “na realização de eventos e atividades, os titulares dos órgãos das autarquias locais devem adotar um comportamento que não coloque em causa os deveres de neutralidade e imparcialidade”, tal como previsto no artigo 57.º da Lei Eleitoral.

Com a marcação de eleições legislativas antecipadas, o calendário de ações das autarquias reduziu-se de forma substancial, perdendo de supetão metade dos dias em que a ação governativa das câmaras não estava condicionada. Quando, a 13 de março, o Presidente da República marcou uma data para as legislativas, o artigo 57.º da Lei Eleitoral voltou a ser ativado, e assim ficará até dia 18 de maio. Neste período entre a marcação de legislativas e a ida dos cidadãos às urnas, decorrerão mais de 60 dias com comunicação camarária condicionada. Sabendo-se que o próximo Governo terá de marcar eleições autárquicas em meados de julho, na hipótese mais conservadora — por lei, terá de fazê-lo até ao máximo de 80 dias antes da data marcada para as autárquicas, cujo intervalo é, invariavelmente, entre 22 de setembro e 14 de outubro — o dia desse anúncio ativará automaticamente as restrições da CNE.

Recuando 80 dias perante 27 de setembro (data que, apurou o ECO/Local Online, junto de vários intervenientes políticos, é a mais provável, evitando o feriado de 5 de outubro e 12 de outubro, dia próximo da altura previsível de discussão do Orçamento do Estado), o calendário marca a segunda semana de julho, menos de 60 dias após as legislativas. Ou seja, apenas no período entre 18 de maio e o dia da marcação das autárquicas poderão os presidentes de câmara agir sem estarem manietados por esta restrição da Lei Eleitoral. Dos mais de 120 dias de que as autarquias dispunham quando o Governo caiu, o horizonte temporal para apresentações e inaugurações ficou reduzido a menos de 60.

Na realização de eventos/atividades, os titulares dos órgãos das autarquias locais devem adotar um comportamento que não coloque em causa os deveres de neutralidade e imparcialidade previstos no artigo 57.º da Lei Eleitoral da Assembleia da República. No que diz respeito às inaugurações, a Comissão tem entendido que o ato de “inauguração” se inscreve no âmbito da observância dos deveres de neutralidade e imparcialidade a que as entidades públicas estão especialmente vinculadas.

Comissão Nacional de Eleições

Frederico Rosa, presidente da Câmara do Barreiro, admite haver “muitos constrangimentos”, perante um cenário “muito vago”. Exemplo disso, em autárquicas anteriores a autarquia fez alterações nos contentores de recolha de resíduos, comunicou-o nos órgãos oficiais e a CNE recebeu uma queixa, à qual deu provimento, penalizando o autarca.

Frederico Rosa resume a decisão do seu Executivo para 2025: “Assumimos que há uma lei da rolha e praticamente não fazemos nada [de comunicação]. Estamos a informar muito menos. Já o fazemos sem adjetivação e mesmo assim tivemos queixas a que a CNE deu provimento, coisas que para nós eram meramente informativas”.

A solução escolhida pelo presidente da Câmara do Barreiro foi comunicar nas suas próprias redes sociais. “As queixas recaem sobre o presidente da câmara e as multas são pesadíssimas”, explica. A penalização é pessoal, não sobre os serviços.

A estratégia de promoção de obra nas redes sociais é seguida também em Lisboa. A 8 de abril, após ter entregue 63 chaves aos inquilinos de um novo edifício de habitação camarária em Entrecampos, Carlos Moedas promoveu, na sua conta na rede Facebook, o trabalho executado. Já na conta da autarquia, os elogios são contidos.

No que diz respeito às inaugurações, a CNE “tem entendido que o ato de ‘inauguração’ se inscreve no âmbito da observância dos deveres de neutralidade e imparcialidade a que as entidades públicas estão especialmente vinculadas. No ordenamento jurídico nacional não existe proibição que impeça os titulares de cargos públicos e os órgãos e agentes das empresas públicas e dos concessionários de serviços públicos de promoverem atos públicos que consubstanciem ‘inaugurações'”, destaca a comissão. Porém, ressalva, “exige-se que os seus titulares o façam de forma imparcial, separando adequadamente as suas qualidades de titular de um dado cargo e de candidato, abstendo-se de, em atos públicos e, em geral, no exercício das suas funções, denegrir ou diminuir outras candidaturas e de promover a sua ou a da área política em que se inserem. Exige-se também que o exercício do direito se faça sem abuso – a frequência, as condições e o próprio conteúdo dos atos que se pratiquem têm necessariamente de integrar um quadro global legitimador de uma prática que, não sendo expressamente proibida pela lei, colide objetivamente com o dever de neutralidade e, por isso mesmo, se deve conter em limites justificados e socialmente aceitáveis“.

Assumimos que há uma lei da rolha e praticamente não fazemos nada [de comunicação]. Estamos a informar muito menos. Já o fazemos sem adjetivação e mesmo assim tivemos queixas a que a CNE deu provimento, coisas que para nós eram meramente informativas.

Frederico Rosa

Presidente da Câmara Municipal do Barreiro

As dúvidas prendem-se inclusive com as comemorações dos 51 anos do 25 de abril, nota o presidente da Câmara do Barreiro. “Uma das coisas que os serviços perguntaram ao vereador que tem o pelouro é se podemos comunicar o programa do 25 de abril. Obviamente sem adjetivação, o ‘concerto da pessoa ‘, o ‘hastear a bandeira’. É castrador. Se prejudica bastante, está-se a prejudicar o acesso a informação que pode ser relevante”.

Em alguns casos, chegou mesmo a haver cancelamento de ações, por receio de choque com a Lei Eleitoral, como no caso da região do Médio Tejo. Na preparação para o IV Congresso do Desporto, que acontecerá em maio, os 11 municípios do Médio Tejo recuaram na intenção de fazer a apresentação presencial do evento à imprensa. Uma das 11 câmaras do Médio Tejo, Vila Nova da Barquinha, informou que a conferência de imprensa seria cancelada, invocando “o período eleitoral” e “as respetivas restrições impostas pela CNE”. A informação acabaria por chegar à imprensa proveniente de várias autarquias da região, todas com o mesmo comunicado.

Ao ECO/Local Online, a CNE, citando a Lei Eleitoral, realça que “durante o período eleitoral, os órgãos das autarquias locais ‘não podem intervir direta ou indiretamente em campanha eleitoral nem praticar quaisquer atos que favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra ou outras, devendo assegurar a igualdade de tratamento e a imparcialidade em qualquer intervenção nos procedimentos eleitorais’”.

“No Barreiro, se tivermos alguma coisa para inaugurar, não vamos deixar de abrir, não o faremos é publicamente. Não vamos deixar de ter nada ao dispor da população só para deixar para outras núpcias”, assegura Frederico Rosa.

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