Governo chega a acordo com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

O aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

O Governo chegou esta terça-feira a acordo com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre a atribuição de um suplemento de risco, que se traduz num aumento faseado de 300 euros até 2026.

Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo estabelecido prevê também, segundo as estruturas sindicais, revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.

Este aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base. O suplemento de risco e serviço nas forças de segurança é composto por uma componente variável de 20% do ordenado base e de uma componente fixa, que vai passar de 100 euros para 400 euros.

Os sindicatos da PSP que assinaram o acordo são o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC), enquanto as associações da GNR são a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG).

 

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Danos climáticos causados pela guerra na Ucrânia atingem 29,6 mil milhões, calcula a NATO

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

O relatório indica que, "além do sofrimento humano, a invasão teve efeitos climáticos e ambientais devastadores, com consequências de longo alcance em toda a Ucrânia e para além das suas fronteiras".

A NATO quantificou esta terça-feira em 32 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros) os danos climáticos causados pela invasão russa da Ucrânia desde fevereiro de 2022.

Por ocasião da sua Cimeira em Washington, que arranca esta terça, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) publicou o relatório anual do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, sobre alterações climáticas e segurança, que faz parte do plano de ação que os líderes da NATO adotaram na cimeira de Bruxelas de 2021.

Especificamente, examina o impacto das alterações climáticas em cada um dos domínios operacionais da NATO – marítimo, terrestre, aéreo, espacial e cibernético – bem como nas missões e operações da Aliança e na resiliência e preparação civil. Pela primeira vez, a análise incluiu uma análise dos impactos das alterações climáticas nos potenciais adversários e concorrentes estratégicos da NATO e abordou o impacto climático da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.

O relatório sublinha que, “além do sofrimento humano, a invasão teve efeitos climáticos e ambientais devastadores, com consequências de longo alcance em toda a Ucrânia e para além das suas fronteiras”. Embora as estimativas variem, os analistas sugerem que foram libertadas até 175 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) durante os primeiros 24 meses da guerra.

Além disso, os incêndios florestais causados por ataques a depósitos de petróleo, petroleiros, refinarias e outras atividades hostis consumiram campos e florestas, libertando emissões adicionais para a atmosfera e reduzindo a capacidade da vegetação de atuar como sumidouro de carbono.

O relatório acrescenta que as restrições do espaço aéreo sobre a Ucrânia e a Rússia aumentaram a pegada de carbono do setor da aviação, à medida que as aeronaves civis voavam em rotas mais longas e menos eficientes em termos de combustível. No total, a NATO estima os danos climáticos totais deste conflito em 32 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros).

Paralelamente, o estudo indica que a recuperação da Ucrânia do conflito exigirá a reconstrução de infraestruturas críticas, habitações, edifícios públicos e instalações industriais em todo o país e, nas regiões mais devastadas, de cidades inteiras. Para realizar esta reconstrução será necessária, nomeadamente, a produção de betão e cimento, o que “pode causar uma quantidade substancial de emissões adicionais”.

Nesta avaliação do impacto das alterações climáticas na segurança, a NATO realizou estudos em três áreas geográficas onde está presente: Kosovo, a área de tiro e treino de Rovajärvi (Finlândia) e o sistema conjunto do Canadá e dos Estados Unidos Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD).

Também avaliou o desempenho de submarinos, helicópteros navais e aeronaves de transporte militar num clima em mudança. O relatório responde ao compromisso da NATO em aumentar a consciência e compreensão dos aliados sobre o impacto das alterações climáticas na sua segurança, e contribuirá para a adaptação da Aliança a este novo ambiente estratégico e operacional, afirmou a organização.

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Falhas de gestão obrigam a recuperar 30 milhões pagos em fundos europeus a Manuel Serrão

Com as conclusões da auditoria da AD&C, ministro da Economia deverá agora “ponderar ações adicionais” na Aicep, nomeadamente disciplinares, o único organismo responsabilizado.

A auditoria aos serviços com alguma responsabilidade nas fraudes em investigação no âmbito da Operação Maestro, que investiga o empresário Manuel Serrão e o alegado uso fraudulento de fundos europeus, concluiu que houve “insuficiências” de gestão que vão obrigar à devolução de 30 milhões de euros de fundos europeus já pagos. O ministro da Economia deverá agora “ponderar ações adicionais”, nomeadamente disciplinares, na Aicep.

A Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) realizou um inquérito à ação de controlo das entidades que estiveram de alguma forma envolvidas na suspeita de fraude com fundos europeus, que envolve Manuel Serrão e Júlio Magalhães. Compete, IAPMEI e AICEP foram as entidades alvo deste inquérito interno. A auditoria foi entregue ao ministro Adjunto e da Coesão, que tutela os fundos europeus, no passado dia 22 de junho, tal como o ECO avançou, e as conclusões são agora conhecidas em comunicado.

“A ação de controlo identificou insuficiências ao nível da aplicação dos procedimentos de gestão nas fases de análise e seleção de candidaturas, verificações de gestão (administrativas, no local e encerramento) e supervisão das funções delegadas, concluindo que a mesma não foi eficaz na prevenção, deteção e correção de erros”, lê-se no comunicado.

Por isso, o relatório foi remetido ao Ministério Público, à Inspeção-Geral de Finanças e às Autoridades de Gestão, mas foi também partilhado com o ministro da Economia, que tutela a Aicep, o “organismo intermédio abrangido pela ação de controlo desenvolvida, para que possam ser ponderadas ações adicionais no âmbito daquele organismo, designadamente de natureza disciplinar”, acrescenta a mesma nota.

“O Governo tem uma posição de tolerância zero para a fraude. Impõe-se recuperar o dinheiro indevidamente recebido e sancionar os infratores. É absolutamente fundamental preservar a confiança nas entidades responsáveis”, diz o ministro Manuel Castro Almeida citado no comunicado enviado às redações.

Impõe-se recuperar o dinheiro indevidamente recebido e sancionar os infratores.

Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial

Entre as falhas identificadas está um email de uma funcionária da Aicep no qual relatava aos “superiores hierárquicos situações irregulares nos projetos de um beneficiário (designadamente transferências bancárias irregulares entre partes relacionadas)”, sem que estes “tenham dado seguimento a esse reporte, antes pelo contrário, desvalorizaram-no”.

Manuel Serrão e Júlio Magalhães já foram constituídos arguidos na Operação Maestro, que investiga um alegado esquema fraudulento de obtenção, desde 2015, de milhões de euros para 14 projetos cofinanciados por fundos europeus. A Aicep em 2015 era liderada por Miguel Frasquilho, que foi substituído em 2017 por Luís Castro Henriques, que por sua vez foi sucedido no cargo por Filipe Santos Costa em junho de 2023. Antes de completar um ano em funções, foi afastado e agora a liderança cabe a Ricardo Arroja.

Perante as falhas que permitiram que houvesse situações de apropriação indevida de fundos europeus, o relatório conclui que as desconformidades “obrigam à anulação de despesas já certificadas no montante de 30 milhões de euros (valor fundo)”, uma tarefa que fica agora a cargo da AD&C, porque é a autoridade de certificação. Mas as autoridades de gestão de outros programas operacionais, como o Compete 2030, o Norte 2030 e o Lisboa 2030, ficam também incumbidas de “desencadear todos os procedimentos adequados, conducentes à recuperação das despesas indevidamente objeto de apoio”.

Do comunicado do Ministério da Coesão concluiu-se que não foram identificadas irregularidade de procedimentos ou decisões de outros organismos públicos que tiveram intervenção na análise e aprovação dos pagamentos, mas também na validação e pagamento das despesas. Era em função das conclusões desta investigação que o Executivo ia avaliar se existiam ou não motivos para afastar algum responsável dos respetivos cargos. O Ministério Público suspeita do “comprometimento” do presidente do Compete 2020, Nuno Mangas, e de uma antiga vogal, assim como de diretores da Aicep, no alegado esquema fraudulento que permitiu obter 30 milhões de euros em fundos comunitários, e não 39 milhões como o Ministério Público apontava inicialmente.

Da análise de 89 pedidos de pagamento e 17.335 linhas de despesa, cujo montante declarado para efeitos de cofinanciamento pelos beneficiários/promotor ascende a 72,4 milhões de euros, foram identificadas despesas que não estavam suficientemente justificadas. É o caso das faturas que terão permitido a Manuel Serrão viver oito anos no Sheraton com verbas de fundos. “Despesas insuficientemente justificadas, nomeadamente as realizadas numa unidade hoteleira na cidade do Porto cujo suporte é feito através de uma lista enviada pela entidade beneficiária, não sendo possível verificar, através das faturas, a identidade dos hóspedes ou o número de pessoas e de noites associadas à estadia”, diz o comunicado sem identificar nomes.

Foi também apresentada “uma despesa por um fornecedor, confirmando-se, através do respetivo NIF, que esta era o promotor do projeto (faturação a si próprio)”, e foram identificados fornecimentos realizados por entidades fornecedoras relacionadas, direta ou indiretamente, com os beneficiários/promotor, como aliás já era identificado no mandado de buscas, a que o ECO teve acesso. Por exemplo, “foram identificados fornecedores participados por consultores do projeto (com participação acionista direta ou indireta nesses mesmos fornecedores), sem evidência de que as operações entre estas partes tenham sido realizadas em condições de mercado”, explica o comunicado do Ministério da Coesão.

“Situações como as identificadas através desta ação de controlo são gravemente lesivas do Estado. São também profundamente negativas para a imagem do país, não só a nível nacional, mas também junto das instâncias europeias. Irregularidades destas não deviam existir, mas se existem têm de ser prontamente identificadas e imediatamente corrigidas”, sublinha Castro Almeida citado no comunicado.

O mesmo comunicado detalha que a ação de controlo incidiu sobre 16 operações, que envolveram:

  • 16 processos de análise de candidaturas;
  • 89 pedidos de pagamento;
  • 17.335 linhas de despesa, cujo montante declarado para efeitos de cofinanciamento pelos beneficiários/promotor ascende a 72,4 milhões de euros;
  • 4 verificações no local;
  • 9 supervisões realizadas no contexto da análise das candidaturas;
  • 1 supervisão realizada no contexto das verificações administrativas;
  • Cerca de 2.000 comunicações entre Organismos Intermédios/Autoridades de Gestão e beneficiários/promotor, para pedidos de esclarecimento, envio de elementos, entre outros.

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Orbán afasta ter ido a Moscovo em nome da UE

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Numa carta enviada a Charles Michel, o líder húngaro diz que não apresentou "qualquer proposta" nem formuou "qualquer opinião em nome do Conselho Europeu ou da União Europeia” na visita a Putin.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, garantiu esta terça-feira ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que não foi à Rússia em nome da União Europeia (UE), mas para conhecer “em primeira mão” a visão russa sobre paz na Ucrânia.

“As nossas conversações [no final da semana passada em Moscovo, com o Presidente russo, Vladimir Putin], tal como em Kiev com o Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky, serviram o objetivo de conhecer em primeira mão a posição […] sobre os vários assuntos importantes do ponto de vista da paz. Por conseguinte, não apresentei qualquer proposta nem formulei qualquer opinião em nome do Conselho Europeu ou da União Europeia”, vinca Viktor Orbán, numa carta enviada a Michel e também endereçada aos chefes de Governo e de Estado da UE.

A missiva, a que a agência Lusa teve acesso, é datada da passada sexta-feira, dia em que o primeiro-ministro húngaro se deslocou de surpresa a Moscovo, uma ação que provocou críticas em Bruxelas, nomeadamente de Charles Michel, por esta não ser uma representação da UE quando a Hungria detém este semestre a presidência rotativa do Conselho, mas sim uma iniciativa bilateral.

“As várias declarações e observações críticas que têm sido articuladas nos últimos dias e que sugerem o contrário são infundadas”, acrescenta Viktor Orbán. A 1 de julho, a Hungria assumiu a presidência rotativa do Conselho da UE, que vai liderar até final do ano, e desde então o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, já realizou deslocações oficiais à Ucrânia (no início da semana passada), à Rússia (sexta-feira), ao Azerbaijão e países vizinhos (no fim de semana) e à China (esta segunda-feira).

As visitas geraram várias críticas em Bruxelas e as garantias de que as iniciativas têm ocorrido no quadro das relações bilaterais e não em representação europeia. Na quarta-feira, os embaixadores dos países junto da UE vão precisamente discutir o papel da presidência húngara rotativa do Conselho, perante uma “preocupação crescente nas capitais” sobre as polémicas deslocações do primeiro-ministro húngaro.

Isto porque, de acordo com uma fonte europeia ouvida pela Lusa, Viktor Orbán tem “deixado intencionalmente muita ambiguidade” nestas deslocações, ao exibir por exemplo o logótipo da presidência húngara do Conselho da UE. Indiferente às críticas, Viktor Orbán assegura na carta a que a Lusa teve hoje acesso que irá prosseguir as suas “conversações com o objetivo de clarificar as possibilidades de paz”, nomeadamente esta semana.

O primeiro-ministro húngaro justifica aquela que designou como a sua “missão de paz” por, de momento, as possibilidades de paz serem “reduzidas pelo facto de os canais diplomáticos estarem bloqueados e de não existir um diálogo direto”. É esta situação que Viktor Orbán quer mudar através de novos canais de comunicação, argumentando na missiva que, após tais deslocações, já existe “uma maior probabilidade de uma receção positiva de todas as propostas possíveis para um cessar-fogo e para um roteiro para as conversações de paz”.

O tempo é um fator decisivo, tendo em conta a intensificação dos combates e o rápido aumento das baixas humanas. Se não conseguirmos travar ou parar este processo, nos próximos dois meses assistiremos a perdas e desenvolvimentos militares mais dramáticos do que nunca nas linhas da frente”, adianta Orbán.

Na missiva, o responsável faz ainda referência aos “efeitos económicos negativos da guerra [que] representam um grande peso na vida quotidiana dos cidadãos e na competitividade da UE”, defendendo um “período de crescimento económico baseado numa paz duradoura”. A Hungria assume este semestre a presidência rotativa do Conselho da UE, com o mote “Tornar a Europa Grande de Novo”.

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Empresários pedem ao Governo que horas extra e prémios não paguem IRS

Empresários avisam que tributação excessiva do trabalho suplementar e prémios de produtividade afeta economia, "limitando potencial de crescimento". Pedem isenção de IRS para esses montantes.

Um grupo de cerca de 20 empresários e representantes de empresas portuguesas escreveu uma “carta aberta” ao Governo de Luís Montenegro, na qual apelam a que o trabalho suplementar e os prémios de produtividade passem a estar isentos de IRS. Defendem, nomeadamente, que tal motivaria os trabalhadores e, em consequências, as empresas beneficiariam de “maior produtividade e flexibilidade operacional“.

“Nós, empresários e representantes de diversas empresas em Portugal, com uma faturação superior a 1.190 milhões de euros e mais de 4.140 trabalhadores, dirigimo-nos a vossas excelências com uma proposta de revisão na tributação do trabalho suplementar e dos prémios de produtividade dos trabalhadores por conta de outrem“, lê-se na missiva assinada, nomeadamente, por Diogo Freitas, da Officetotal Food Brands (produtora das bolacha belgas), Ricardo Costa, do Grupo Bernardo Costa, Vítor Hugo, da Água de Monchique, e Nuno Tavares, do grupo Better Foods.

Na visão destes empresários, sujeitar os prémios de produtividade e as horas extra ao pagamento de IRS é um “fator desincentivador para muitos trabalhadores”. Avisam também que a “tributação excessiva” desses valores “impacta negativamente a economia nacional, limitando o potencial de crescimento e reduzindo a competitividade das empresas portuguesas no mercado“. “Este fenómeno é ainda agravado pela dificuldade em contratar devido à escassez de mão de obra no nosso país”, sublinham.

“Face ao exposto, propomos que o trabalho suplementar e os prémios de produtividade sejam isentos de IRS, mantendo-se apenas a tributação sobre o ordenado base“, apelam os empresários.

Esta medida, explicam os mesmos, aumentaria os rendimentos líquidos dos trabalhadores, sem se afetar a sustentabilidade da Segurança Social, já que as contribuições seriam mantidas. Aliás, com um “previsível aumento das horas de trabalho”, esses descontos até poderiam aumentar, projetam.

Por outro lado, avançar com esta isenção seria sinónimo de reduzir a “tentação de os trabalhadores por conta de outrem recorrem à economia informal”.

A isto, os empresários somam um outro argumento: ao isentar de tributação o trabalho suplementar e os prémios de produtividade, “é plausível que os trabalhadores se sintam mais incentivados e predispostos a contribuir com o trabalho adicional“, o que fomentaria a produtividade das empresas.

“Estamos convictos de que esta proposta não só beneficiará os trabalhadores, como fortalecerá o tecido económico e social do nosso país“, sublinham os empresários, que pedem uma reunião ao Executivo.

Na legislatura anterior, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) propôs que os empregadores pudessem pagar um 15.º mês de salário isento de impostos, medida que acabou por não ser acolhida pelo Governo de António Costa.

Já o Governo de Luís Montenegro tem no seu programa tem a intenção de isentar de contribuições e impostos os prémios de produtividade por desempenho (no valor de até 6% da remuneração base anual).

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Senhorios queixam-se de dificuldades para pedir a compensação por rendas antigas

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Uma das dificuldades são os contratos de arrendamento antigos de senhorios que não passam recibos eletrónicos de renda e que não estão registados no Portal das Finanças.

O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), António Frias Marques, disse esta terça-feira que a candidatura dos senhorios com rendas antigas ao recebimento de uma compensação está a registar dificuldades por apenas poder ser tratado por via eletrónica.

Em causa está um universo de pessoas, “que provavelmente 90% têm mais de 70 anos de idade”, com maiores dificuldades em tratar do pedido pelos meios digitais, referiu à Lusa António Frias Marques, notando que nada do decreto-lei que regulamenta esta compensação aos senhorios exige que seja tratado apenas por via eletrónica. Outra das dificuldades, acrescenta, tem a ver com o facto de estarem em causa contratos de arrendamento antigos de senhorios que não passam recibos eletrónicos de renda e que não estão registados no Portal das Finanças.

A atribuição de uma compensação aos senhorios com rendas anteriores a 1990 e que não transitaram para o Novo Regime do Arrendamento Urbano está enquadrada no decreto-lei que entrou em vigor no final do ano passado e que António Frias Marques classifica como “uma prenda de Natal” mas “envenenada”. O apoio aos senhorios corresponde a uma compensação equivalente à diferença entre o valor da renda e 1/15 do valor patrimonial tributário (VPT) da casa.

Na prática, isto faz com que o dono de um apartamento com um VPT de 60 mil euros, por exemplo, e que receba uma renda de 100 euros, tenha direito a receber uma compensação de 300 euros.

As candidaturas a esta compensação arrancaram no início deste mês – devendo as mesmas ser feitas no portal da Habitação -, tendo de ser acompanhadas de vários documentos, nomeadamente comprovativos do registo do contrato de arrendamento junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, do pedido de isenção de IMI, do recibo de rendas eletrónico ou do Modelo 44 (para que não passa recibos eletrónicos) e ainda da caderneta predial urbana que ateste o VPT à data de 28 de dezembro de 2023.

Segundo o presidente da ANP, outro dos motivos para que o processo esteja a correr de forma “péssima” tem a ver com esta exigência da data da caderneta predial porque, referiu, “a caderneta vem com a data do dia em que o pedido é feito”. “Além da parte tecnológica há documentos que são pedidos de que o senhorio não dispõe”, afirma, referindo que a ANP tem registado um aumento de pedidos de ajuda por parte dos senhorios.

Alguns senhorios, devido às dificuldades em tratar do processo por via eletrónica, enviaram ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) os documentos exigidos em formato de papel e por carta registada, mas a solução não está a ser aceite. Segundo António Frias Marques, aos que enviaram estas cartas, o IHRU está a responder, também por carta, informando que nos termos do Código do Procedimento Administrativo “não é possível analisar o pedido senão eletronicamente”.

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Quatro sindicatos da PSP saem de reunião com MAI sem acordo, outros ainda a negociar

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Já a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, o maior sindicato da PSP, está há cerca de sete horas reunida com a ministra e em negociações.

Quatro sindicatos da PSP saíram de uma reunião esta terça-feira com a ministra da Administração da Interna sem acordo, mas outras estruturas sindicais continuam reunidas há cerca de sete horas com Margarida Blasco.

O primeiro sindicato a ser recebido por Margarida Blasco foi o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), seguido da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), o maior sindicato da PSP, mas passadas cerca de sete horas ainda continuam reunidos e em negociações. Os quatro sindicatos que saíram da reunião e não chegaram a um acordo foram o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia, Sindicado Nacional da Polícia, Associação Sindical Autónoma de Polícia e o Sindicato dos Profissionais da Polícia.

Estão também reunidos o Sindicato Nacional da Carreira de Chefes e as seis associações profissionais da GNR. A ministra da Administração Interna manteve a proposta inicial de um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Segundo esta proposta do Governo, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

Além do aumento de 300 euros, Margarida Blasco propõe também, segundo os sindicatos, outras medidas, como revisão do estatuto profissional da PSP, alteração na tabela remuneratório em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e uma “via verde” na saúde.

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Município de Leiria adjudica construção de central de mobilidade por 2,2 milhões de euros 

A central de mobilidade será construída junto ao Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, para substituir a atual estação rodoviária localizada no centro da cidade de Leiria.

A Câmara Municipal de Leiria adjudicou, esta terça-feira, por mais de 2,2 milhões de euros a obra de construção do Terminal Intermodal de Leiria (TIL), que deverá entrar em funcionamento em outubro de 2025.

Esta central de mobilidade será construída junto ao Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, para substituir a atual estação rodoviária, situada no centro da cidade. Com um investimento superior a 2,2 milhões de euros, a empreitada deverá arrancar em outubro deste ano, após o visto do Tribunal de Contas, e estar concluída um ano depois.

Para além do transporte coletivo de passageiros das redes interurbanas e expressos, o TIL vai acolher “uma praça de táxis, uma estação da biclis [sistema de bicicletas elétricas partilhadas] e uma ligação ao serviço [público de transporte rodoviário de passageiros] Mobilis e ao Percurso Polis”, descreve a autarquia liderada por Gonçalo Lopes.

Ao construir esta nova infraestrutura na cidade, a autarquia passa a possibilitar a intermodalidade de meios de transporte, “numa zona de fácil acesso a diversos serviços e equipamentos”, detalha o município.

O projeto da nova infraestrutura contempla ainda espaço para 15 autocarros, um edifício para serviços administrativos e sala de espera para passageiros, uma praça coberta, uma zona de descanso exterior e uma bilheteira, num total de 2.918 metros quadrados de área de construção.

Toda a zona de circulação pedonal estará coberta por três estruturas a alturas diferentes, “numa referência conceptual à silhueta da copa dos pinheiros, às células humanas (enquanto elemento de conexão) e aos diagramas dos transportes públicos, reduzindo também o impacto de ocupação do solo”, resume o município.

De olhos postos na sustentabilidade e de modo a reduzir a pegada ecológica do TIL, a câmara de Leiria pretende instalar painéis fotovoltaicos numa das coberturas, “com o objetivo de produzir energia suficiente para alimentar a iluminação exterior e interior, assim como a ventilação e a rede elétrica”.

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Cuatrecasas assessora Partners Group na compra da FairJourney Biologics

A equipa multidisciplinar da Cuatrecasas envolvida na assessoria foi coordenada pelos advogados de M&A e Private Equity Mariana Norton dos Reis e Francisco Martins Caetano.

A Cuatrecasas assessorou o Partners Group na aquisição, em nome dos seus clientes, de uma participação maioritária da FairJourney Biologics, uma empresa portuguesa de biotecnologia especializada no setor da saúde, à GHO Capital Partners. A sociedade de advogados trabalhou em conjunto com a Ropes & Gray nesta operação.

A equipa multidisciplinar da Cuatrecasas envolvida na assessoria foi coordenada pelos advogados de M&A e Private Equity Mariana Norton dos Reis e Francisco Martins Caetano, tendo integrado os advogados de Farmacêutico e Ciências da Saúde Joana Silveira Botelho e Luís Ribeiro Telles, e o advogado de Financeiro Manuel Requicha Ferreira. Participaram ainda advogados de outras áreas, com enfoque em Propriedade Intelectual, Direito Público e Laboral.

Fundada em 2012, e com sede no Porto, a FairJourney é uma organização de investigação por contrato que apoia empresas farmacêuticas e de biotecnologia que trabalham na vanguarda da inovação para desenvolver a próxima geração de terapias baseadas em anticorpos. Em particular, presta serviços para a descoberta, engenharia, produção e caracterização de anticorpos, tendo as parcerias estabelecidas resultado em catorze terapias que estão atualmente em desenvolvimento clínico ativo para tratar necessidades de doentes em oncologia, imunologia e doenças cardiovasculares.

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Municípios do Baixo Alentejo contra projeto para abastecer Algarve a partir do Guadiana

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

A CIMBAL lembra que Mértola é “um dos territórios mais suscetíveis à desertificação” e debate-se “com escassez de água e elevado stress hídrico, agravados por períodos de seca mais prolongados”.

Os municípios do Baixo Alentejo criticaram esta terça-feira o projeto para abastecer o Algarve a partir de uma nova captação de água no rio Guadiana, em Pomarão, concelho de Mértola (Beja), exigindo que também sirva a população local. Esta tomada de posição foi aprovada, por unanimidade, na segunda-feira, em reunião do conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), que integra 13 dos 14 municípios do distrito de Beja (a exceção é Odemira).

No documento, enviado à agência Lusa, a CIMBAL refere que o projeto de captação de água do Guadiana para abastecimento ao Algarve, através de uma conduta adutora até à albufeira de Odeleite, no concelho de Castro Marim (Faro), esteve em consulta pública até 29 de abril. A proposta mereceu parecer negativo da Câmara de Mértola e da Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo (AMGAP), entre outras.

O concelho de Mértola, lembra a CIMBAL, é “um dos territórios mais suscetíveis à desertificação” e debate-se “com escassez de água e elevado stress hídrico, agravados por períodos de seca mais prolongados”. “Acresce que muitas das localidades [deste município] são abastecidas com recurso a captações subterrâneas”, lê-se no documento, no qual é recordado que, “por largos períodos, o único recurso para o abastecimento público são os transportes frequentes com utilização de autotanque”.

De acordo com a CIMBAL, é isto que sucede na freguesia de Espírito Santo, onde o projeto elaborado pela empresa Águas do Algarve, S.A. prevê a criação de uma captação de água superficial na zona estuarina do rio Guadiana, junto à povoação de Mesquita. Nesse âmbito, “fará todo o sentido existir uma conjugação de esforços que permita ajudar a solucionar o problema de falta de água nesta freguesia do concelho de Mértola, aproveitando o projeto de reforço de abastecimento de água ao Algarve”, defende a CIMBAL.

No documento, a comunidade intermunicipal exorta todos os envolvidos “a procurar condições para o abastecimento público de água às localidades da freguesia do Espírito Santo, a partir do projeto proposto ou de outras soluções técnica e financeiramente mais convenientes”.

A CIMBAL acrescenta que a tomada de posição vai ser remetida a diversas entidades, como o Ministério do Ambiente e Energia, Agência Portuguesa do Ambiente, Águas do Algarve, Águas Públicas do Alentejo e comissões de coordenação e desenvolvimento regional do Alentejo e do Algarve, entre outras. O projeto de captação de água do rio Guadiana no Pomarão para abastecimento ao Algarve, incluído no Plano Regional de Eficiência Hídrica daquela região, está avaliado em cerca de 61,5 milhões de euros e é apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O investimento “permitirá reforçar a garantia e aumentar a resiliência do sistema multimunicipal de abastecimento urbano de água do Algarve, face aos efeitos esperados e já sentidos das alterações climáticas”, segundo as conclusões do resumo não técnico do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), consultado pela Lusa. Além da CIMBAL, da Câmara de Mértola e da AMGAP, o projeto é também contestado pelas associações ambientalistas Zero e Plataforma Água Sustentável (PAS).

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PS aceita convite para reunião com Livre para pensar acordos à esquerda nas autárquicas

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

A reunião com os socialistas não tem ainda data definida, mas o objetivo é pensar futuras convergências à esquerda.

O porta-voz do Livre Rui Tavares indicou esta terça-feira que o PS aceitou reunir-se com o seu partido para pensar futuras convergências à esquerda, mas a reunião não tem ainda data definida, nem deverá trazer novidades sobre possíveis alianças para as autárquicas.

Em declarações aos jornalistas após o encontro com o PAN na sede do Livre para analisar a situação política e pensar as eleições autárquicas de 2025, Rui Tavares confirmou que os socialistas já deram resposta ao apelo do seu partido e que, apesar de não haver ainda uma data, a mesma será realizada “a breve tempo”.

Rui Tavares sublinhou que, apesar do foco do “comentário político e até jornalístico” destas reuniões serem as próximas autárquicas, estes encontros servem também para fazer “um balanço da situação política portuguesa e europeia”.

Há novidades importantes que nós devemos avaliar e que certamente iremos avaliar nas reuniões futuras, como por exemplo a vitória que a nova Frente Popular teve em França e que nós interpretamos como muito positiva, como um sinal de esperança para a política europeia”, afirmou o porta-voz do Livre.

O deputado acrescentou que não é possível para já “antecipar nada sobre autárquicas”, não só porque as reuniões ainda não ocorreram como também “mesmo depois dessas reuniões” não deverá haver já novidades. O encontro entre o PAN e o Livre foi o segundo de quatro reuniões do partido de Rui Tavares com os partidos de esquerda, faltando ainda reunir com o PCP – que se realizará na próxima segunda-feira, dia 15 – e o PS cuja data está por acordar.

Após o encontro com o Bloco de Esquerda, Livre e bloquistas mostraram-se abertos a convergências à esquerda nas eleições autárquicas do próximo ano, incluindo em Lisboa, para derrotar o atual executivo PSD/CDS-PP liderado por Carlos Moedas. Do lado do PCP, que ainda não reuniu com o Livre, foi já fechada a porta de qualquer convergência autárquica com o PS.

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Ângelo Ramalho abandona cargo de CEO da Efacec no fim do mês

A saída do CEO, ao fim de nove anos à frente da Efacec, acontece depois da companhia ter sido comprada pelo fundo alemão Mutares no ano passado.

O atual CEO da Efacec, Ângelo Ramalho, irá abandonar a liderança da empresa no final de julho, ao fim de nove anos à frente da empresa, que é agora detida pelo fundo alemão Mutares. Christian Klingler irá acumular, interinamente, a função de CEO, com a de chairman do Grupo Efacec.

Ângelo Ramalho assumiu o cargo de CEO em 2015, quando a angolana Isabel dos Santos comprou 66,1% da Efacec Power Solutions ao grupo José de Mello e à Têxtil Manuel Gonçalves. Foi também sob a liderança de Ângelo Ramalho que a Efacec passou para as mãos do Governo, em 2020, na sequência do Luanda Leaks e, no final de outubro do ano passado, a empresa foi vendida ao fundo alemão da Mutares, que passou a controlar a totalidade do capital da Efacec.

O ainda CEO manteve-se na liderança da empresa e assegurou a sua continuidade nestas três fases distintas, com três acionistas diferentes. Nos nove anos à frente da Efacec, a empresa reorientou o negócio para segmentos de maior valor e para mercados mais desenvolvidos e de menor risco, promovendo uma cultura de eficiência e sustentabilidade.

Após a concretização da aquisição, a Mutares fez a primeira remodelação no conselho de administração logo no início de novembro, tendo apontado Christian Klingler, diretor-geral da Mutares, como chairman da Efacec. Na altura, o fundo alemão manteve Ângelo Ramalho com funções executivas como administrador delegado.

Contudo, menos de nove meses após a conclusão do negócio, Christian Klingler prepara-se para acumular o cargo de chairman e de CEO, passando a liderar a gestão da empresa de Matosinhos, que emprega mais de duas mil pessoas.

Com o novo acionista, criámos as condições de base para o futuro da empresa. Agora o tempo é outro, de novos estímulos e de novos desafios para a Efacec e para mim.

Ângelo Ramalho

CEO da Efacec

“Foi um privilégio servir na Efacec. Foi um caminho com inúmeros desafios, entre os quais um período de grande incerteza e turbulência, que conseguimos, em conjunto, ultrapassar. E com isso ficámos mais fortes. Com o novo acionista, criámos as condições de base para o futuro da empresa. Agora o tempo é outro, de novos estímulos e de novos desafios para a Efacec e para mim”, adiantou Ângelo Ramalho, citado em comunicado

Já o atual chairman da empresa, Christian Klingler, reconheceu que “a visão e liderança de Ângelo Ramalho à frente dos destinos da Efacec foram fundamentais para manter a empresa viva em alguns dos seus momentos mais desafiadores, permitindo-lhe ter um futuro promissor.”

“O seu apoio durante todo o processo de transição, que estamos a concluir, foi igualmente fundamental para o seu sucesso, agora que começamos a ver resultados operacionais positivos“, acrescentou.

Notícia atualizada às 17h20

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