Snapchat deixou de ser uma rede social
Em contagem decrescente para março, mês da entrada em bolsa da tecnológica, a missão da empresa sofreu uma ligeira alteração.
É difícil explicar o que é a Snapchat: começamos por dizer que é uma aplicação móvel, assim não dá para enganar. Mas depois chega a sua função: é uma rede social, um serviço de mensagens instantâneas, uma plataforma de edição de fotografias ou uma oportunidade de descobrirmos como seriamos se tivéssemos nascido cachorrinhos. A startup californiana resolveu a nossa inquietação e, renegando a anterior designação de “plataforma de storytelling”, afirmou-se como uma empresa de fotografia.
A Business Insider revela que esta atualização da marca foi feita de forma tão subtil que nem sequer teve direito a qualquer comunicado ou celebração. As diferenças foram notadas no texto que acompanha as propostas de recrutamento da empresa: anteriormente era anunciada a oportunidade de “construir a melhor plataforma de storytelling do mundo”, enquanto agora estas propostas começam com uma afirmação clara e direta: “A Snap Inc. é uma empresa de fotografia”.
Com esta nova designação, a marca não pretende concorrer com as fabricantes de câmaras, mas sim “reinventar a câmara” e as suas utilizações, nomeadamente na questão da partilha e da instantaneidade. É também descrito na proposta que “os nossos produtos dão às pessoas o poder para se expressarem, viverem no momento, aprenderem acerca do mundo e divertirem-se em conjunto”. O propósito não é novo, só nunca tinha sido explicitado pela empresa.
A vontade de refrescar a imagem da marca já tinha sido demonstrada quando a empresa mudou o seu nome para Snap Inc. e lançou simultaneamente os Spectacles, uns óculos de sol coloridos que permitem a gravação de snaps – vídeos de 10 segundos – e a sua publicação direta na aplicação. Estas mudanças afirmam-se como outro dos passos dados pela empresa antes da sua entrada em bolsa, planeada para março de 2017. Esta poderá vir a ser a oferta pública inicial mais poderosa desde 2013.
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