Amorim vende 10% da Corticeira
Os dois maiores acionistas da Corticeira estão a vender 13,3 milhões de ações, representativas de 10% do capital da empresa. O objectivo é aumentar a dispersão do capital social da Corticeira.
Os dois maiores acionistas da Corticeira Amorim, a Amorim International Participations e a Investmark Holdings, detentoras respetivamente de 15,086% e de 18,778% do capital da Corticeira lançaram uma oferta particular de venda de 10% da Corticeira. A operação destina-se apenas a investidores institucionais. As empresas vendedoras são detidas por Américo Amorim.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “a oferta, na sua globalidade, pode abranger até 13.300.000 ações representativas de até 10% do capital da Corticeira Amorim”. Cada uma das empresas vendedoras irá desfazer-se de 5% do capital.
António Rios Amorim, presidente da Corticeira, em declarações ao ECO adianta que as duas sociedades “detidas respetivamente pelos family offices de António Ferreira de Amorim e de Américo Ferreira de Amorim decidiram colocar no mercado, através de um processo de ABB (accelerated bookbuilding) e em partes iguais, ações representativas de 5% a 10% do capital social da Corticeira Amorim”.
Para Rios Amorim com esta operação os dois acionistas “visam contribuir para o reforço do free float da Corticeira Amorim, indo ao encontro do crescente interesse manifestados por investidores nacionais e internacionais”.
O presidente da Corticeira refere que “são muito boas notícias para a Corticeira Amorim, para os investidores e para o mercado: altera materialmente o free float da empresa, aumenta substancialmente a visibilidade e a liquidez do título e sobretudo alarga a base de investidores”.
"São muito boas notícias para a Corticeira Amorim, para os investidores e para o mercado: altera materialmente o free float da empresa, aumenta substancialmente a visibilidade e a liquidez do título e sobretudo alarga a base de investidores.”
A operação denominada de accelarated bookbuilding está sujeita “à procura” e “preço de condições de mercado“.
Ainda segundo o comunicado, a operação “visa contribuir para o reforço do nível de dispersão do capital social da Corticeira Amorim, indo ao encontro do crescente interesse manifestado por investidores, nacionais e internacionais, potenciando a liquidez do título e fomentando uma maior representatividade do título no PSI20″.
Atualmente, 83 % do capital da empresa liderada por António Rios Amorim é imputado a Amorim, com o free float a ser de apenas 15%. Após a operação a família Amorim ficará ainda detentora de mais de 70% do capital.
Os bancos mandatados para agilizar a operação são o UBS e o BPI.
Os termos finais da operação serão comunicados após as conclusão da operação que deverá ocorrer amanhã dia 4 de novembro.
A Corticeira fechou a sessão de hoje em bolsa nos 8,645 euros por ação.
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