Subida do petróleo com corte da OPEP? Não durará
Falta uma semana para a reunião. No meio de avanços e recuos, os preços vão-se aproximando dos 50 dólares por barril. Um corte vai puxar pelas cotações, mas a AIE diz que a subida não vai durar.
O petróleo tem andado ao sabor do acordo para o corte de produção na Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP). E um entendimento para concretizar esse mesmo corte pode levar o barril a cotar nos 60 dólares, prevê a Agência Internacional de Energia (AIE), mas rapidamente voltará aos níveis atuais.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, segue a ganhar 0,15% para 48,03 dólares, já o Brent avança 0,1% para cotar nos 49 dólares por barril, mantendo-se perto dos 50 dólares. E se a 30 de novembro houver acordo, Fatih Birol, o diretor da AIE, acredita que os preços poderão disparar até aos 60 dólares.
Irão e Iraque estão a atrasar um acordo para o corte da produção, mantendo o suspense até ao dia da reunião em Viena, na Áustria. A ideia é que um corte na oferta reduza o excesso de petróleo no mercado. Com menos petróleo, os preços deverão subir. Mas a equação não será assim tão simples, de acordo com o líder da AIE.
Os preços até podem disparar numa fase inicial, mas depois a oferta da matéria-prima deverá voltar a aumentar. Não será pela OPEP, mas pelos EUA. Fatih Birol, em entrevista à Bloomberg, acredita que com o barril acima dos 50 dólares, os produtores de petróleo de xisto poderão acelerar o ritmo de produção já que tornará as suas explorações mais rentáveis.
Caso esse movimento seja uma realidade, os preços da matéria-prima poderão rapidamente voltar a cair. O responsável da AIE dá um prazo de nove meses até que no período pós corte da oferta da OPEP as cotações voltem a recuar para os níveis a que estão atualmente, ou seja, em torno dos 50 dólares.
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