Equipa de Domingues fica até OK do BCE a Macedo
Domingues vai manter-se em funções até que o Banco Central Europeu dê luz verde à administração liderada por Paulo Macedo. Capitalização avança a 4 de janeiro, confirmou o ECO.
A equipa de António Domingues vai manter-se em funções até que o Banco Central Europeu dê luz verde à administração liderada por Paulo Macedo, confirmou o ECO junto de fonte oficial do Ministério das Finanças.
“A transição será assegurada pela equipa atual”, disse fonte oficial do ministério liderado por Mário Centeno, quando questionada sobre o facto de António Domingues ter dito que só se manteria em funções até ao final do ano, na sequência da sua demissão.
Desta forma, está garantido que não haverá um vazio de poder na cúpula dirigente do banco público enquanto se aguarda que o supervisor europeu — o Banco Central Europeu — dê o ‘OK’ à nova equipa. Este foi aliás um exercício que o Governo teve de fazer com a anterior administração de José de Matos que também foi ‘obrigado’ a manter-se em funções até ser concluído o processo de escolha de António Domingues.
A grande incerteza é saber precisamente saber quando o BCE dará a sua resposta. O ECO sabe que o próprio Ministério das Finanças também está “a aguardar a resposta do BCE”, mas não há qualquer confirmação de datas. O ECO contactou a instituição liderada por Mario Draghi, mas a resposta foi um “não comento”, porque o BCE não divulga quaisquer informações sobre bancos individuais e não está predefinidos o tempo que demora este processo. As regras são omissas referindo apenas que “tudo depende da informação disponível”, da “rapidez com que o supervisor nacional reúne a informação relevante” e da “quantidade de informação adicional que o BCE necessite”.
O ECO tentou confirmar a informação avançada pelo Jornal de Negócios de que “a nova administração da CGD não toma posse antes de 10 de janeiro do próximo ano” e que “as férias de Natal e Ano Novo atrasaram o processo de avaliação do BCE”, mas como as reuniões do conselho de supervisão do BCE não são públicas, não é possível confirmá-lo. A única reunião que está agendada — informação pública — é a do conselho de governadores no dia 11 de janeiro.
Confirmada está a informação de que a capitalização do banco público avança a 4 de janeiro, tal como avançou o Expresso esta manhã. Nesta primeira fase será feita a conversão os CoCo’s em capital (avaliados em 960 milhões de euros), mas também a entrada da Parcaixa para o balanço do banco público, o que permitirá um encaixe de 500 milhões. No total, são 1.460 milhões de euros de novo capital.
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