Namoro à Tesla começou em 2014

O segredo é a alma do negócio. O ditado é velho mas mantém-se. Qualquer país europeu adoraria receber o investimento que a Tesla pretende fazer com a instalação de uma gigafábrica no Velho Continente.

Portugal há muito que iniciou o namoro. A primeira abordagem começou como tantas outras e que infelizmente não tiveram qualquer consequência. Uma visita aos Estados Unidos, um road show para tentar atrair investimento direto estrangeiro. Entre as empresas abordadas estiveram a Google, o ebay, a Amazon e… a Tesla.

Os protagonistas da viagem recusam ficar com os louros de uma possível negociação com a empresa de Elon Musk. Foram apenas “conversas”, “atividade comercial”. Um piscar de olho.

“Discutir um investimento é muito mais do que isso. É necessário ter uma proposta. A empresa analisar a informação do país, avaliar o mercado, fazer visitas de campo”, explica ao ECO um dos responsáveis envolvidos.

Meses mais tarde, ainda em 2014, o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu “soube do interesse da Tesla” e “passou a informação”, disse o responsável ao ECO.

A partir daí começou uma ‘soft approach’. O ECO sabe que foram envolvidos privados para dar continuidade ao assunto. Chegaram mesmo a ser procuradas localizações na margem Sul, por exemplo na zona do ex-projeto Manhattan, que hoje denominado de cidade da água, em Almada, mas também em Palmela.

As démarches parecem não ter tido seguimento, mas, largos meses depois, já com o Governo de António Costa em funções, houve novo contacto. Mais uma vez, a informação foi passada a quem de direito no seio do Executivo. “A oportunidade parecia voltar a apresentar-se”, contou ao ECO um responsável.

Assim, tal como o ECO já avançou houve contactos do Governo português com a Tesla que “se iniciaram no primeiro semestre deste ano e que se desenvolveram agora no final do ano”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. “Os contactos tiveram início nos Estados Unidos e, entretanto, já decorreram aqui em Portugal”.

Um desses encontros foi com o secretário de Estado adjunto do Ambiente, José Mendes, que reuniu a 8 de setembro com uma delegação de alto nível da TESLA Motors, liderada por Douglas Alfaro e que incluía o responsável pelas Infraestruturas de Carregamento na Europa. Um dos tópicos do encontro foi “a possibilidade de atração de projetos de investigação e desenvolvimento da TESLA, tirando partido da infraestrutura rodoviária de classe mundial existente em Portugal”, revelou o Ministério do Ambiente na nota de agenda do encontro.

Não foi possível confirmar qual é o ponto das relações entre a Tesla e o Governo português. A Tesla confirmou ao ECO que “está à procura de oportunidades em Portugal”, mas ninguém levanta a ponta do véu sobre eventuais negociações, que impliquem a atribuição de benefícios fiscais, fundos comunitários, alterações de PDM, licenciamentos facilitados por contrapartida de um investimento milionário, criação de postos de trabalhos e do tempo que a empresa garante que ficará em Portugal.

Este tipo de negociações normalmente é feita através dos Regimes Contratuais de Investimento (RCI) negociados através da Aicep. Portugal tem ainda a oferecer, além dos incentivos, a rede de mobilidade eléctrica — o Mobi.e — que funciona e que permite aos fabricantes fazer testes, mas também uma rede de fabricantes de componentes para automóveis, tradição nesta indústria, custos de trabalho baixos quando comparados com a média europeia e, claro, produção de lítio, explicou ao ECO uma fonte envolvida no processo. Contudo, o lítio que Portugal produz — é o sexto maior produtor mundial — não é adequado para baterias de automóveis. É necessário passar primeiro por uma fundição. Um processo que exige um investimento avultado.

Mas Portugal não é o único pretendente neste casamento. Na corrida estão Espanha, França, Holanda e alguns Países da Europa de Leste, como avançou o Faro de Vigo. O fabricante automóvel e de baterias elétricas deverá decidir em 2017 a localização da fábrica que pretende instalar na Europa.

Quem vai casar com a carochinha?

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Medidas fiscais: para a esquerda os impostos descem, para a direita sobem

  • Margarida Peixoto
  • 25 Novembro 2016

Na discussão das matérias fiscais do Orçamento para 2017, a esquerda aproveitou para sublinhar o fim da sobretaxa. PSD garantiu que os impostos sobem, CDS recuperou a proposta do quociente familiar.

Para a esquerda os impostos vão descer, para a direita vão subir. Durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2017, que decorreu esta manhã no Parlamento, cada partido escolheu a lupa que mais lhe convinha para olhar para as medidas fiscais do OE2017. A esquerda falou do fim da sobretaxa, a direita lembrou que as deduções à coleta não serão atualizadas e criticou o fim do quociente familiar.

A partir de janeiro, “a sobretaxa só se manterá com taxas mais reduzidas para 9% dos agregados familiares, aqueles que mais ganham“, frisou Paulo Sá, deputado do PCP. O Governo poderia “ir mais longe”, reconheceu, mas mesmo assim há progressos, garantiu. “Para o PS, a sobretaxa sempre foi o instrumento de política que acrescentava injustiça fiscal e penalizava os rendimentos do trabalho. Com as várias propostas que temos em cima da mesa, os portugueses em 2017 vão pagar menos IRS, os portugueses mais pobres pagarão menos sobretaxa”, acrescentou Eurico Brilhante Dias, deputado socialistas.

Mas o entendimento sobre o que o OE2017 trará em matéria fiscal não resistiu à intervenção do CDS. Filipe Anacoreta Correia garantiu que o Orçamento não prevê medidas para a natalidade e pediu que o Governo repensasse a proposta de reintroduzir o quociente familiar. Mais tarde, Cristóvão Crespo, deputado do PSD, garantiria que “No IRS vamos pagar mais impostos” porque o Governo decidiu “não atualizar as deduções à coleta”.

A ideia foi mal acolhida pelas bancadas da esquerda. Mariana Mortágua frisou que o CDS ajudaria mais a natalidade se apoiasse o aumento do salário mínimo e garantiu que o quociente familiar em sede de IRS beneficia os filhos de famílias mais ricas. João Galamba, deputado do PS, também respondeu à ideia de Anacoreta Correia. Lembrou um conjunto de medidas que aumentam as prestações sociais relacionadas com a infância ou com o apoio nos gastos com educação, como por exemplo o alargamento dos livros escolares gratuitos a todo o primeiro ciclo. “Não temos de falar muito e andar sempre com a família na boca para defender as famílias portuguesas. E nós apoiamos todas, sem desigualdade”, rematou Galamba.

Fazer um Orçamento é fazer escolhas”, assumiu Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. O governante frisou que a extinção da sobretaxa se aplica para “mais de um milhão de contribuintes logo a partir de janeiro” e recusou a ideia de aumento de impostos, já que os escalões de IRS serão atualizados de acordo com a taxa de inflação verificada, “ao contrário do que aconteceu no Governo [anterior] que, durante três anos não fez nenhuma atualização”.

Já sobre a natalidade, Rocha Andrade recusou taxativamente quaisquer vantagens do quociente familiar. “Não pode ser progressivo um mecanismo que, pela sua própria natureza não consegue dar um cêntimo que seja aos dois terços dos contribuintes que ganham menos.”

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Energia: Plataforma para ajudar a mudar de fonecedor já tem presidente

  • Rita Atalaia
  • 25 Novembro 2016

O Governo vai criar um mecanismo para ajudar os consumidores na hora de trocar de fornecedor de gás ou eletricidade. E já sabe quem vai liderar esta entidade, que só deve estar a funcionar em 2017.

O Governo vai criar um mecanismo para ajudar os consumidores a mudarem de fornecedor de eletricidade e gás natural. E já sabe quem vai liderar esta entidade. João Paulo Girbal é o nome escolhido para a plataforma que só deve estar operacional no próximo ano.

“João Paulo Girbal é o nome escolhido pelo Governo para liderar o processo de criação do OLMC – Operador Logístico de Mudança de Comercializador, a plataforma independente que arrancará, em 2017, para facilitar o processo de mudança de comercializador de eletricidade e gás natural por parte dos consumidores”, de acordo com um comunicado enviado pelo Executivo.

Atualmente, as funções de mudança de comercialização são desempenhadas, no caso da eletricidade, pela EDP Distribuição, e no gás natural, pela REN Gasodutos. Mas agora esta função vai ficar nas mãos da nova plataforma prevista no Orçamento de Estado para 2017.

Lê-se na proposta orçamental que “a atividade de OLMC é a exercida por uma única entidade que responde perante o membro do Governo responsável pela área da energia, com a incumbência de efetivar o direito à informação dos consumidores e de garantir que a mudança de comercializador de eletricidade e gás natural pelo consumidor final é efetuada de forma célere e baseada”.

Mas como é que funciona?

Esta plataforma deverá recolher todos os dados relevantes aos consumidores e permitir que tomem decisões mais informadas na hora de mudarem de fornecedor. “Além de fornecer informação sobre as propostas comerciais existentes no mercado, esta entidade permitirá ainda aos consumidores fazerem escolhas mais informadas, uma condição essencial à proteção dos seus interesses e à dinamização do mercado liberalizado”, explica o comunicado.

Depois da recolha dos dados, o mecanismo deverá explicar quais os procedimentos para a contratação de serviços de eletricidade e/ou gás natural, quais as tarifas mais adequadas para cada consumidor e ainda qual a tarifa social existente e aplicável. Para além disso, o OLMC, que só deverá estar a funcionar em 2017, ajudará os consumidores a fazerem uma utilização mais eficiente da energia.

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Petróleo cai, mas a semana é de ganhos

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

O Brent está a desvalorizar mais de 1%. As dificuldades para chegar a acordo na reunião da próxima semana aumentam. O Irão recusa-se a aceitar um corte na produção.

O petróleo está a perder valor. Cai mais de 1% nos mercados internacionais, descida que veio encolher os ganhos mas não impede que a segunda semana consecutiva de subida dos preços da matéria-prima. Os investidores continuam à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A menos de uma semana do encontro da OPEP em Viena, na Áustria, agendado para 30 de novembro, o Brent está esta a cair 1,08% para os 48,48 dólares o barril, perto do preço desejado por barril, de 50 dólares. Em Nova Iorque, o WTI seguia também a desvalorizar mais de 1% em Nova Iorque.

Mesmo com esta queda, as cotações preparam-se para acumular a segunda semana consecutiva de ganhos perante a expectativa em torno de um corte na produção de petróleo.

O esforço entre os estados-membros da OPEP para chegar a acordo e voltar a equilibrar o mercado nos próximos dois anos continuam. Mas enquanto a Arábia Saudita, maior produtora da organização, está a enfatizar a redução da produção, o Irão insiste na “opção” de continuar a aumentar a produção, e a oferta da Rússia, país não-membro da organização, para congelar o abastecimento de petróleo a níveis recorde está a deixar alguns dos países-membros frustrados, refere a Bloomberg. Por outro lado, a Líbia e a Nigéria estão isentas dos cortes e têm aumentado a produção.

“Parece que pode haver um corte na produção mas não do tamanho necessário”, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, à Bloomberg.

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Manuel Fino não vai pagar dívida de 20 milhões ao BCP

A SDC Investimentos, detida por Manuel Fino, informou esta sexta-feira que não vai reembolsar o empréstimo obrigacionista de 20 milhões de euros subscrito na totalidade pelo BCP no devido prazo.

Incumprimento. A SDC Investimentos informou esta sexta-feira o mercado que não vai proceder ao reembolso do seu empréstimo obrigacionista, no valor de 20 milhões de euros, que se vence no próximo dia 28. Esta dívida foi totalmente subscrita pelo BCP, que assim já não vai conseguir reaver o seu dinheiro na próxima segunda-feira. Contactado pelo ECO, o banco não comenta o assunto.

“Este empréstimo obrigacionista revestiu a modalidade de subscrição particular, tendo como único titular das obrigações o Millennium BCP, não estando estas obrigações incluídas no mercado, nem cotadas”, indicou a SDC em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa, detida em 58% pelo empresário Manuel Fino, tem em curso um processo de reestruturação do seu passivo bancário. E, embora adiante que as negociações com os bancos tenham “evoluído de forma positiva”, ainda não estão concluídas. Nas dívidas aos bancos está incluída este empréstimo obrigacionista que, por força da falta de um acordo quanto à reestruturação, “não será reembolsado na referida data de vencimento, ficando formalmente em incumprimento”.

"A SDC Investimentos tem em curso um processo de reestruturação do seu passivo bancário, que tem evoluído de forma positiva, embora ainda não esteja concluído. Nele se inclui este empréstimo obrigacionista, que, por isso, não será reembolsado na referida data de vencimento, ficando formalmente em incumprimento.”

SDC Investimentos

CMVM

Apesar da situação de incumprimento, a SDC Investimentos revela que nenhuma consequência advirá dessa circunstância, que apenas estará resolvida quando houver “uma solução concreta” relativamente ao processo de reorganização da dívida do grupo. Um acordo que a empresa espera alcançar a curto-prazo.

(notícia atualizada às 12h30 com reação do banco)

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Em Portugal 22,4% dos desempregados voltaram ao trabalho no 2º trimestre

  • Lusa
  • 25 Novembro 2016

Um quinto da população portuguesa sem emprego conseguiu regressar ao mercado de trabalho no segundo trimestre do ano.

Em Portugal, 22,4% das pessoas que estavam sem emprego no primeiro trimestre de 2016 reentraram no mercado de trabalho entre abril e junho, abaixo do período homólogo de 2015 (25%), segundo dados do Eurostat.

De acordo com os dados hoje divulgados sobre fluxos no mercado de trabalho, na média da União Europeia (UE), 19,5% dos desempregados conseguiram trabalho entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, um valor acima dos 18,7% do período homólogo.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, na média europeia, 63,2% das pessoas que estavam desempregadas entre janeiro e março permaneceram sem trabalho no segundo trimestre.

Fluxo de pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre passaram a estar empregadas no segundo

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Fonte: Eurostat. Valores em %

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Prepare-se para quando as coisas correm… bem

  • ECO + SAGE
  • 25 Novembro 2016

Atualmente, os pequenos empresários preparam os seus planos de negócios para surpresas inesperadas. E a primeira coisa em que pensam é em tudo o que pode correr mal.

Atualmente, os pequenos empresários preparam os seus planos de negócios para surpresas inesperadas. E a primeira coisa em que pensam é em tudo o que pode correr mal. Mas prepararem-se para cenários mais positivos também é importante: não deixem fugir oportunidades e aproveitem-nas ao máximo, ao tomarem decisões bem pensadas e inteligentes para o vosso negócio.

Partilhamos algumas dicas que vos vão ajudar a ser mais proativos no que toca a estar pronto para aproveitar boas oportunidades:

Informem-se. Procurem aprender com os bons exemplos da concorrência e com a experiência de empresas que admiram, de maneira a terem uma perspetiva de crescimento para o vosso negócio: analisem a forma como cresceram e os investimentos que fizeram. No final, visualizem aquilo que pretendem para o vosso negócio e vão em frente.

Saibam avaliar oportunidades. O sucesso depende, em parte, de ter uma estratégia bem definida em relação a decidir que oportunidades não podem escapar, avaliando os riscos e o potencial retorno. Para além disso, é preciso conhecer a indústria em que estão inseridos e as suas principais tendências de mercado. Inteirem-se sobre todas as formas de fazer crescer o vosso negócio, porque um pequeno investimento – seja a nível de colaboradores ou de equipamentos – pode ter um retorno imediato lucrativo.

No final, precisam de compreender se o ciclo de vida do dinheiro que entra e sai da vossa empresa corresponde às necessidades do negócio: tenham na manga um plano para investirem no crescimento da vossa marca.

Com o software de faturação Sage One, é possível acompanhar diariamente os gastos da empresa e fazer os ajustes necessários em tempo útil, para que o negócio esteja sempre preparado para receber — boas ou más — surpresas.

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Assunto arrumado: rendimentos são mesmo para mostrar, gestores da Caixa incluídos

  • Margarida Peixoto
  • 25 Novembro 2016

Já tinha sido aprovado na especialidade, mas os partidos fizeram questão de repetir a votação em plenário. Agora está confirmado: os gestores públicos, Caixa incluída, têm de mostrar rendimentos.

Agora não há dúvidas: as declarações de rendimentos e património dos gestores da Caixa Geral de Depósitos são mesmo para entregar ao Tribunal Constitucional. Mais cedo ou mais tarde, António Domingues terá de cumprir o que tem vindo a ser exigido tanto pelos partidos da oposição, como pela própria esquerda que apoia o Governo. A proposta do PSD que volta a incluir a Caixa no Estatuto do Gestor Público foi esta sexta-feira aprovada em plenário, com os votos favoráveis do PSD, CDS e BE.

A votação já tinha sido definida ontem, na comissão de Orçamento e Finanças, que vota os artigos da proposta de Orçamento do Estado para 2017 na especialidade. Mas os partidos fizeram questão de avocar o tema a plenário e repetir a votação hoje. Depois de uma discussão muito inflamada sobre o assunto — que levou a que Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República, ameaçasse suspender os trabalhos — os partidos repetiram o mesmo sentido de voto que já tinham decidido na especialidade.

A proposta foi aprovada pela direita, com o apoio dos bloquistas e a abstenção do PAN. PS e PCP votaram contra a medida. Já as alterações no que diz direito aos limites de salários dos gestores públicos foram chumbadas.

Com a aprovação desta proposta, dissipam-se quaisquer dúvidas sobre a obrigatoriedade de os gestores da Caixa terem de apresentar as suas declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional, já que o próprio Governo tinha o entendimento de que era o Estatuto do Gestor Público que impunha essa ação — e daí ter retirado a Caixa deste regime.

Assim, ou António Domingues e a sua equipa cumprem o dever de transparência perante o Tribunal Constitucional até dia 9 de dezembro, a data limite para responder aos juízes ou, caso recorra desta decisão, acaba por ser obrigado a fazê-lo a partir de 1 de janeiro de 2017, quando a alteração introduzida agora através do Orçamento do Estado para 2017 entrar em vigor.

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Membro do BCE descarta retirada dos estímulos “tão cedo”

Do Conselho de Governadores do banco central, o grego Yannis Stournaras considera que ainda "é demasiado cedo" para começar a discutir a retirada dos estímulos monetários.

Com uma taxa de inflação nos 0,5% — longe do objetivo para o qual o Banco Central Europeu (BCE) está mandatado –, ainda é “demasiado cedo” para os responsáveis de política monetária da Zona Euro começarem a discutir uma redução do plano de estímulos, declarou esta sexta-feira Yannis Sournaras, membro do Conselho de Governadores do BCE.

“Claro que a política monetária vai continuar a ser acomodatícias até que a inflação esteja a um nível desejado, que é perto de 2% mas ligeiramente abaixo”, disse o governador do banco central da Grécia em entrevista à Bloomberg TV. “Ainda estamos a larga distância deste objetivo”, acrescentou.

Para este responsável, o BCE representou um papel “bastante substancial” na trajetória ascendente que a inflação na região da moeda única está a apresentar. Também o crescimento está melhor que antes, reforçou o governador grego, considerando que a autoridade monetária está a caminho de cumprir a sua meta, “embora os mercados estejam muito impacientes”.

"Claro que a política monetária vai continuar a ser acomodatícias até que a inflação esteja a um nível desejado, que é perto de 2% mas ligeiramente abaixo.”

Yannis Stournaras

Membro do Conselho de Governadores do BCE

A 8 de dezembro o Conselho de Governadores do BCE, presidido pelo italiano Mario Draghi, deverá anunciar uma decisão acerca do prolongamento do programa de compra de dívida dos governos do euro para lá de março do próximo ano. Draghi disse esta semana que a retoma económica continua bastante dependente dos esforços do banco central. Outros responsáveis são da opinião de que o BCE ainda tem margem para adiar uma decisão quanto ao timing de aperto monetário.

“A abordagem do BCE é de longo prazo. O mercado tem de acreditar no BCE. Estamos a fazer as coisas de forma correta e no dia oito vamos discutir a situação, a nova previsão e vamos decidir então o que fazer”, afirmou o grego.

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CGD: Mourinho Félix exalta ânimos na Assembleia

  • Margarida Peixoto
  • 25 Novembro 2016

Os ânimos já estavam exaltados pela discussão das polémicas da Caixa, mas a intervenção de Ricardo Mourinho Félix foi ruidosamente contestada pela bancada do PSD. Sessão esteve quase a ser suspensa.

Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, dava explicações sobre a polémica da Caixa Geral de Depósitos. No meio da sua intervenção, acusa os deputados do PSD de terem “profundo desconhecimento do regime” em que se enquadra o banco público ou “disfuncionalidade cognitiva temporária”. Os deputados sociais-democratas começaram primeiro por uma pateada, mas não se ficaram por aí. Ferro Rodrigues teve de ameaçar suspender a sessão.

O segundo dia de debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2017 parecia ter começado calmo. Os deputados tiveram até alguma parcimónia em entrar nos temas quentes. Mas quando a polémica da Caixa aterrou no plenário, os ânimos exaltaram-se. Os deputados do PSD insurgiram-se contra a expressão usada por Mourinho Félix e manifestaram-se ruidosamente, impedindo o governante de continuar a sua intervenção. Houve pateada, gritos, acusações, ouviu-se “vai-te embora” e até Passos Coelho, sentado nas bancadas mais recuadas do hemiciclo, gritou.

Mourinho Félix esperou que os deputados se acalmassem, mesmo quando o Presidente da Assembleia lhe pediu que prosseguisse, numa tentativa de promover a continuidade do debate. Foi só quando Ferro Rodrigues ameaçou suspender os trabalhos e garantiu que “ninguém podia impedir nenhum orador de usar a palavra”, bem como que não permitiria qualquer interpelação à mesa antes de Mourinho Félix terminar, que a calma regressou ao plenário.

O coro de Leitão Amaro

António Leitão Amaro, deputado do PSD não tinha sido o primeiro a intervir sobre a polémica da Caixa — antes de Leitão Amaro falar, já João Galamba, do PS, tinha acusado a direita de promover “uma historieta sem sentido” e de fazer tudo “para estragar e privatizar a Caixa”. Mas foi Leitão Amaro quem, duas intervenções antes da de Mourinho Félix, começou verdadeiramente a entusiasmar a câmara. É que o social-democrata trazia um coro consigo.

“Quem é que em fevereiro disse que existia um buraco de 800 milhões de euros e afinal não é nada disso”, perguntou Leitão Amaro. “O Governo!” respondeu de seguida. “Quem é que viu a administração da Caixa chumbada pelo BCE”, continuou. “O Governo!” voltou a responder, desta vez arrastando já alguns dos deputados da direita consigo. “Quem é que nomeou administradores que foram mandados para a escola”, questionou ainda. E desta vez, a resposta já era todo um coro de direita: “O Governo!” A sessão de perguntas e respostas continuou, com o ambiente a aquecer no plenário.

No final, rematou: “É uma indignidade o que os senhores estão a fazer à caixa! É tempo de pôr termo a esta indignidade, a estas asneiras na CGD. É tempo de António Costa deixar de ser esconder!”

João Almeida, do CDS, e Mariana Mortágua, do BE, tomariam ainda a palavra, com intervenções mais calmas, mas os ânimos já estavam a acesos. E quando Mourinho Félix quis dar as explicações do Governo, já só faltava atear o rastilho.

Há que respeitar os juízes, alega Mourinho Félix

“O Tribunal Constitucional (TC) já deixou bem claro que a sua posição foi pedir aos administradores” que apresentem as suas declarações de rendimentos e património, disse Mourinho Félix. “Fazer um processo legislativo nesta câmara quando decorre o processo do TC é um desrespeito pelo Tribunal“, argumentou o governante, criticando desta forma a proposta do PSD de voltar a incluir a Caixa no Estatuto do Gestor Público.

Mourinho Félix sugeriu mesmo que os deputados iniciassem mais tarde um processo legislativo fora do âmbito do Orçamento do Estado, já que esta não era uma proposta com incidência orçamental. Mas a alteração acabaria por ser confirmada minutos depois: PSD, CDS e BE aprovaram a reintrodução da Caixa no Estatuto do Gestor Público para eliminar quaisquer dúvidas sobre a obrigatoriedade de a administração do banco público entregar as declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.

Já sobre o modelo de governação da Caixa, Mourinho Félix frisou que o resultado alcançado pelo Governo foi “uma imensa vitória” junto da Comissão Europeia. Defendeu que “o processo tem sido transparente”, que “todas as fases são do conhecimento dos deputados e voltou a garantir que “não houve momento nenhum em que o atual presidente da CGD tenha tido acesso a qualquer informação privilegiada”. Até porque, frisou, “a informação bancária, sigilosa, não está acessível aos acionistas, mas sim aos reguladores”.

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PSI-20 inverte. Galp tira energia à bolsa

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

A Galp Energia e Mota Engil estão a fazer cair o PSI-20 na última sessão da semana. O PSI-20 segue agora um caminho diferente daquele registado pelas praças europeias.

O PSI-20 abriu a última sessão da semana em terreno positivo, mas inverteu o caminho a meio da manhã. A Galp Energia está a tirar energia à bolsa nacional num dia que volta a ser de queda para a Mota Engil.

O índice de referência nacional abriu a ganhar 0,14%, mas segue a desvalorizar 0,32% para os 4.430,19 pontos. Na Europa, as principais praças estão ainda no verde. O Stoxx 600 regista uma valorização de 0,10% para os 342.24 pontos.

A pesar em Lisboa está a Galp Energia. Está a cair 0,71%, contrariando também o início da sessão e acompanhando a descida no petróleo. O Brent está a ser negociado esta sexta-feira nos 48,49 dólares o barril, registando uma desvalorização de 1,04%.

Também a Mota-Engil a tendência, invertendo face à valorização registada no início da manhã. A construtora está a desvalorizar 1,29% para os 1,53 euros. Depois de ter anunciado que não vai apresentar os resultados do terceiro trimestre do ano, mas sim resultados semestrais, a construtora continua a enfrentar problemas quanto à visibilidade.

Em relação à Nos, as ações descem 2,5%, depois de o Santander ter cortado a avaliação da operadora dos 6,60 euros para os 6,25 euros.

A impedir uma queda mais expressiva estão novamente os títulos do setor papeleiro, perante a escalada do dólar. A Altri ganha mais de 1% para 3,61 euros, isto apesar de o CaixaBI ter reduzido em um quinto a avaliação da empresa. O banco alerta que o impacto de um dólar mais forte vai demorar ainda para se fazer sentir nas contas.

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Economia britânica sem sinais de impacto do Brexit

Famílias e empresas aumentaram gastos no terceiro trimestre. Afinal, o Brexit não assustou a economia britânica. Mas efeitos da saída da União Europeia só deverão ser sentidos em 2017.

Naquele que foi o primeiro retrato completo à economia do Reino Unido após o referendo do Brexit, os números até foram positivos. A riqueza produzida pelos britânicos cresceu 0,5% no terceiro trimestre, num sinal de confiança dos agentes económicos em relação a saída da União Europeia.

"O investimento dos empresários manteve-se em bom plano logo após do referendo à União Europeia, embora seja provável que muitas destas decisões de investimento tenham sido tomadas antes do dia da votação.”

Darren Morgan

Office for National Statistics

Os gastos das famílias britânicas aumentaram 0,7% face ao trimestre anterior. E o investimento das empresas cresceu 0,9%, segundo os dados revelados esta sexta-feira pelo instituto de estatísticas britânico.

“O investimento dos empresários manteve-se em bom plano logo após do referendo à União Europeia, embora seja provável que muitas destas decisões de investimento tenham sido tomadas antes do dia da votação“, referiu Darren Morgan, estatístico da agência britânica. “Isso, juntamente com o crescimento dos gastos dos consumidores devido ao aumento do rendimento das famílias e com um desempenho forte na indústria de serviços, manteve a economia a expandir-se em linha com a média histórica“, acrescentou.

Na sua revisão bi-anual, o gabinete de responsabilidade orçamental britânico baixou esta quarta-feira as suas previsões para o crescimento da economia no próximo ano para 1,4%, justificando esse corte no outlook com a incerteza dos empresários que deverá levar ao adiamento do investimento, enquanto a queda da libra deverá restringir os consumidores ao aumentar os custos dos produtos importados.

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