Cinco livros para gerir as suas finanças

Nunca é tarde para aprender a gerir as suas finanças. Para o ajudar, o ECO preparou um pequena lista com alguns livros que lhe dão pistas sobre como o fazer da forma mais eficiente.

Livros há muitos. E de finanças pessoais, também. Mas alguns são mais essenciais que outros. O ECO preparou uma pequena lista de obras que vale a pena ler. São livros que vão ajudá-lo a mudar a forma de pensar em dinheiro, a repensar a forma como o gere e também ensiná-lo a poupar.

Um vizinho milionário

Conhece algum milionário? Provavelmente a resposta será que não. Que nunca trocou nenhumas palavras como Américo Amorim, Belmiro de Azevedo ou Alexandre Soares dos Santos. Mas pode estar enganado. Por vezes, O milionário mora ao lado. Esta obra de William D. Danko e Thomas J. Stanley mostra isso mesmo. Baseada num inquérito feito nos EUA em meados da década de 90, os autores revelam que os milionários nem sempre são pessoas com elevados rendimentos. O truque para serem milionários está na forma como gerem o dinheiro. O livro revela-lhe quais são as suas profissões e ocupações, onde fazem compras, como fazem investimentos, e como ficaram ricos. Uma leitura interessante com muitas dicas que poderá adotar.

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  • O milionário mora ao lado

  • Editora: Manole
  • Preço: 23,32 euros (Bertrand)

 

Siga os conselhos de um pai… rico

Os pais são fundamentais na educação dos filhos. Seja no relacionamento com os outros, em sociedade, seja no desenvolvimento profissional e, claro, na gestão do seu dinheiro. Pai rico, pai pobre, um dos clássicos no mundo das finanças pessoais, parte de dois pais para nos falar da diferença de visão sobre o mundo do dinheiro. De um lado, Robert Kiyosaki, o autor, apresenta-nos um pai que segue a lógica da generalidade das pessoas, apostado no investimento nos estudos, na evolução profissional e na lógica da poupança convencional. Do outro, dá-nos a conhecer um pai rico. Um pai que sublinha a importância de gerir o dinheiro, de ir criando riqueza mesmo quando não se tem rendimentos muito elevados. E de como por esse dinheiro a trabalhar por nós.

 

  • Pai rico, pai pobre

  • Editora: Vogais
  • Preço: 16,59€ (Fnac.pt)

 

Fazer primeiro, pensar depois? Não

É uma obra imprescindível para quem quer ter as suas finanças sob controlo. Não vai dizer-lhe como deve fazê-lo, mas antes ensiná-lo a refletir antes de tomar determinadas decisões no mundo financeiro. Pensar, depressa e devagar, é um livro escrito por um psicólogo, Daniel Kahneman, que foi distinguido com o Prémio Nobel da Economia em 2002 pelo seu trabalho fundamental em psicologia que questionou o modelo racional de tomada de decisões e de formulação de juízos. Baseado em experiências reais, Kahneman demonstra como o ser humano não é sempre racional no que toca aos princípios básicos da economia. É para ler devagar.

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  • Pensar, depressa e devagar

  • Editora: Temas e Debates
  • Preço: 19,60€ (Wook.pt)

 

Guia para as suas finanças

Procura abordar todos os temas que precisa de conhecer para organizar as suas finanças pessoais, mas traz-lhe mais do que isso. Além de ensinar a fazer um orçamento, a gerir o dinheiro, a procurar soluções para gastar menos, o Manual das Finanças Pessoais, abre-lhe também a porta para o mundo dos investimentos. Nesta obra, Ricardo Ferreira e João Pessoa Jorge procuram preparar os leitores para darem início a um processo de investimento sólido e consistente. Encontrará noções sobre o perfil de investidor, a importância da gestão do risco nos investimentos, mas também a explicação para o vasto leque de ativos em que pode investir: desde os produtos mais simples, como os depósitos, passando pelos de mais risco, com as ações, até aos mais complexos. E, claro, sem esquecer a importância da diversificação das carteiras.

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  • Manual das Finanças Pessoais

  • Editora: Arcádia
  • Preço: 10,95€ (Wook.pt)

 

Fazer contas à poupança

Contas Poupança é uma rubrica televisiva com mais de cinco anos. Nasceu pela mão de Pedro Andersson que ao longo destes anos foi apresentando aos portugueses variadíssimas reportagens com dicas de poupanças, mas também os direitos que assistem a todos os consumidores. O sucesso das reportagens emitidas na SIC passou recentemente do pequeno ecrã para um livro onde o autor promete dicas para pagar menos impostos, reduzir as despesas mensais com água, luz e gás, baixar a prestação do crédito à habitação, evitar comissões bancárias, mas também para pôr o seu dinheiro a render mais. São dicas muito práticas, suportadas em casos reais, que valem a pena conhecer nesta obra editada pela Contraponto.

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  • Contas Poupança

  • Editora: Contraponto
  • Preço: 12,96€ (Wook.pt)

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Portuguesa Unbabel fecha ronda de 4,5 milhões de euros

Startup portuguesa acaba de fechar ronda de investimento de 5 milhões de dólares feita pela Notion Capital e Caixa Capital.

A startup portuguesa Unbabel acaba de fechar uma ronda de financiamento de 4,5 milhões de euros (5 milhões de dólares), liderada pela Notion Capital e pela Caixa Capital, adianta o Wall Street Journal.

A empresa está a mudar a maneira como se traduz na internet, a partir da venda de serviços especializados. A empresa conta já com mais de 40.000 editores que asseguram traduções em 24 línguas diferentes.

Além da Notion Capital e da Caixa Capital, a ronda de investimento contou também com a participação da portuguesa Faber Ventures e da Schilling Capital Partners. De acordo com o mesmo jornal, a startup, sediada em S. Francisco, já levantou 8 milhões de dólares, no total.

A escolha da Notion Capital, fundo europeu, esteve relacionada com a importância do mercado, de acordo com o CEO da empresa, Vasco Calais Pedro. “A Europa é o maior mercado para traduções”, disse. Entre a lista de clientes estão empresas como a Oculus VR, Pinterest e MyFitnessPal.

“Estamos muito impressionados com a tecnologia core da Unbabel e com a tração precoce de clientes como o Pinterest, a Microsoft ou o Skyscanner, tal como pelo potencial dce crescimento rápido em plataformas como a Zendesk ou a Salesforce”, diz Chris Tottman, partner da Notion Capital, que liderou a ronda, em comunicado.

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CMVM aplicou multas de 847,5 mil euros

  • ECO
  • 31 Outubro 2016

A CMVM proferiu decisão relativa a 12 processos de contraordenação no terceiro trimestre. Houve nove contraordenações muito graves, revela o regulador do mercado de capitais.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) proferiu decisão em 12 processos de contraordenação, no terceiro trimestre de 2016. No âmbito destes processos, o regulador do mercado de capitais português revela que aplicou coimas num valor que ascende a 847.500 euros.

Dos 12 processos, quatro foram “relativos à atividade dos organismos de investimento coletivo, três por violação de deveres de informação ao mercado, três por violação dos deveres de intermediação financeira e dois referentes à violação de deveres de negociação em mercado”.

“Das decisões tomadas entre julho e setembro, nove respeitam a contraordenações muito graves e três a contraordenações graves, tendo sido aplicadas coimas no total de 847.500 euros, e três admoestações”.

A CMVM acrescenta que no “mesmo período foram instaurados seis processos de contraordenação, dos quais quatro referentes à atividade dos organismos de investimento coletivo e dois relativos à violação dos deveres de intermediação financeira”. “No terceiro trimestre, encontravam-se pendentes de decisão nos tribunais 10 processos”, nota.

“No final de setembro estavam em curso na Comissão 104 processos de contraordenação. Destes, 30 respeitam a violações de deveres de intermediação financeira, 25 são referentes à atividade dos organismos de investimento coletivo, 22 respeitam a violações de deveres de informação, 22 por violação de deveres de negociação em mercado e cinco referentes à atuação dos auditores”, conclui.

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Comité de ética conclui que Barroso não violou regras ao ir para a Goldman Sachs

  • Marta Santos Silva
  • 31 Outubro 2016

A decisão de se tornar chairman da Goldman Sachs não foi sensata, segundo o Comité de Ética da UE, mas também não violou as regras.

Durão Barroso não violou regras de ética da União Europeia ao ser contratado pela Goldman Sachs, pouco depois de sair da presidência da Comissão Europeia. É esta a conclusão do Comité de Ética Ad-Hoc que analisou o caso.

Na decisão, o comité de ética concluiu que Durão Barroso não fez uma decisão sensata, “como se esperaria de alguém que manteve durante tantos anos o alto cargo que ele ocupou”, mas não violou o Código de Conduta dos Comissários.

“Não existe base suficiente para estabelecer uma violação do dever de integridade e discrição”, lê-se na decisão, data de 26 de outubro e disponível aqui em PDF. Foi também tomado em conta “o compromisso de Barroso de não fazer lóbi em nome da Goldman Sachs”, numa carta enviada ao comité.

Após uma década à frente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também antigo primeiro-ministro de Portugal, tornou-se chairman do banco de investimento Goldman Sachs em julho deste ano, tendo sido nomeado para o cargo 20 meses após a sua saída da Comissão. A nomeação respeitou assim a regra do Código de Conduta para Comissários que obriga à notificação da Comissão quando houver intenção de iniciar atividade dentro dos 18 meses que se seguirem ao fim do mandato.

Em reação à decisão do Comité de Ética, a provedora de justiça da União Europeia, Emily O’Reilly, afirmou ir refletir acerca da possível abertura de um inquérito próprio à nomeação de Durão Barroso para a Goldman Sachs. Num comunicado publicado no seu site, a provedora sublinhou que ia tomar em conta o facto de que o Comité de Ética tinha baseado o seu inquérito “apenas na leitura de três documentos que já estão no domínio público. Não há provas, na opinião [da provedora], de terem sido pedidos outros registos relevantes ou de terem sido realizadas entrevistas com pessoas relevantes”.

Emily O’Reilly acrescentou ainda que era relevante considerar como o Comité de Ética “reconhece que foram causados danos à reputação da Comissão e da União Europeia” e acrescenta “não ser o seu papel determinar se o Código de Conduta é suficientemente rígido”.

Aquando da sua nomeação, Durão Barroso foi alvo de críticas vindas mesmo do interior das estruturas da União Europeia, com o surgimento de um abaixo-assinado criado pelos funcionários da UE, que juntou mais de 150 mil assinaturas, para que o antigo líder da Comissão Europeia perca a sua pensão.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa.

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Poupar em tempos de juros baixos. Missão impossível?

Poupar está cada vez mais caro. As alternativas aos juros baixos dos depósitos encontram-se em produtos pouco conhecidos pelos portugueses e que comportam maior risco. Mas há mais opções.

No Dia de Mundial de Poupança referir que poupar está cada vez mais caro pode não ser o melhor mote para chamar a sua atenção. Mas com os depósitos a prazo a oferecer remunerações cada vez mais baixas, o risco de perder dinheiro com uma aplicação neste ativo é hoje em dia bastante provável. Há alternativas no mercado que podem compensar a fraca atratividade dos depósitos. Só que este tipo de produtos tende a comportar maior risco e são desconhecidos para a maioria das famílias portuguesas.

As conclusões do último inquérito à literacia financeira dos portugueses são claras quanto à indisponibilidade para poupar e quanto ao conhecimento acerca dos produtos financeiros disponíveis. Os depósitos a prazo continuam a ser os preferidos. Já ações, obrigações ou fundos de investimento os portugueses continuam afastados das carteiras dos portugueses, uma situação que pode ser explicada pela falta de conhecimento em relação a estes produtos — dois em cada três portugueses disseram nada conhecer ou conhecer muito pouco sobre produtos do mercado de valores mobiliários. Parece missão impossível poupar em tempos de juros baixos?

Para Filipe Garcia, presidente do IMF, a resposta pode ser chocante. “Corro o risco de chocar os leitores, mas tendo em conta os níveis de literacia financeira da maioria e o tempo disponível para acompanhar as aplicações, parece-me que o principal objetivo será mesmo assegurar a manutenção do capital e tentar, no máximo, cobrir a de inflação a que cada um está exposto“.

Corro o risco de chocar os leitores, mas tendo em conta os níveis de literacia financeira da maioria e o tempo disponível para acompanhar as aplicações, parece-me que o principal objetivo será mesmo assegurar a manutenção do capital e tentar, no máximo, cobrir a de inflação a que cada um está exposto.

Filipe Garcia

CEO da IMF

Depósitos à mercê da inflação

No caso dos depósitos a prazo, grande parte da oferta nacional deixa a desejar. Aliás, em muitos casos, até pode ganhar mais (leia-se, perder menos) se deixar o seu pé-de-meia debaixo do colchão. É que não basta ter em conta apenas a taxa de rentabilidade oferecida pelo depósito. Se os preços do que compramos no dia-a-dia aumentarem mais durante o período da aplicação, já estará a perder dinheiro com o depósito.

Para Portugal, a inflação prevista no Orçamento do Estado para 2017 aponta para uma subida de 1,6% nos preços ao consumidor. Se somarmos as comissões praticadas pelas instituições financeiras, então nem mesmo os cinco depósitos a 12 meses com melhor remuneração poderão ser uma boa ideia para amealhar algum dinheiro.

Melhores depósitos ainda dão mais de 1%

Fonte: Preçários dos bancos. Nota: Aplicações com um mínimo de investimento até 5.000 euros. * TANB Média

De acordo com a recolha de informação do ECO juntos dos bancos a operar em Portugal, apenas dois depósitos conseguem sobreviver com ganhos à erosão da inflação: um depósito a 12 meses do BNI Europa, que oferece 1,85%, em termos brutos, e o Invest Choice Novos Depósitos, uma aplicação para o prazo de um ano exclusiva a novos clientes do Banco Invest, onde é garantida uma taxa bruta de 1,75%.

E quando é expectável que as taxas de juro na Zona Euro continuem a apresentar valores mínimos históricos nos próximos anos, deixando o bancos sem margem para melhorar a rentabilidade dos depósitos, o caminho para extrair algum rendimento extra deste produto de poupança continuará a estreitar-se ainda mais à medida que inflação se direciona para os 2% que o Banco Central Europeu tem como referência. Há alternativas que não representem maior risco?

Contornar a inflação? Pense a prazo

Com o desconhecimento generalizado em relação ao mercado de ações, obrigações e outros produtos do mercado de capitais, é natural que a tradição se imponha à novidade quando o que está em causa é o nosso dinheiro. Talvez por isso os portugueses tenham mantido uma relação muito especial com os Planos Poupança Reforma (PPR) desde a sua criação.

Além dos benefícios fiscais — entretanto reduzidos –, o PPR são um tipo de pé-de-meia que pode ser reforçado ao longo do tempo, não exigindo um montante de aplicação elevado logo à entrada.

Carlos Almeida, diretor de investimentos do Banco Best, lembra duas coisas. A primeira: “Basta um pequeno investimento para começar a construir a sua poupança de forma regular. Não sinta como uma privação ao consumo na atualidade. Pense antes como maior qualidade de consumo no futuro ou maior capacidade de fazer face a situações de emergência”. A segunda: “É preciso disciplina e criar um hábito regular para poupar”.

Basta um pequeno investimento para começar a construir a sua poupança de forma regular. Não sinta como uma privação ao consumo na atualidade. Pense antes como maior qualidade de consumo no futuro ou maior capacidade de fazer face a situações de emergência.

Carlos Oliveira

Diretor de investimentos do Banco Best

De acordo com os dados da APFIPP, foram dois os PPR na modalidade de fundo de investimento que apresentaram uma rentabilidade anual acima de 3% no último ano: Santander Poupança Prudente FPR e o Optimize Capital Reforma PPR Moderado, com níveis de risco intermédios.

Fundos PPR com retornos acima de 3%

Fonte: APFIPP. * Rendibilidade anualizada no último ano

Na modalidade de seguros, entre os mais rentáveis no último ano, há dois PPR apresentaram uma rentabilidade bruta no último ano acima de 5%: o Leve DUO da Fidelidade e o PPR-PSN da PSN Mutua de Seguros. No top 5 encontramos ainda PPR com taxas acima de 3%.

Taxas em queda nos seguros PPR

Fonte: ASF.

Em todos estes casos, os produtos permitiram contornar a armadilha da inflação. Mas há outros pormenores a ter em conta para evitar ser surpreendido.

comissões de subscrição e de reembolso que penalizam o rendimento que pretende extrair da aplicação. A taxa de tributação a pagar sobre os ganhos pode ser mais baixa se o momento de saída for realizado nas situações previstas por lei: reforma por velhice, a partir dos 60 anos, desemprego de longa duração, incapacidade permanente para trabalhar ou doença grave de algum familiar do seu agregado, pagamento de prestação de crédito à habitação.

Além disso, importa ter em conta que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Ou seja, apesar das rentabilidades de 3% apresentadas no último ano, taxas de ganhos mais baixas ou até negativas também são possíveis. A este propósito vale a pena referir que 40% dos PPR na modalidade fundos de investimento apresentou uma taxa negativa no último ano, segundo os dados da APFIPP.

A via pública

Outra alternativa poderá passar pelo recurso aos produtos do Estado. Por exemplo, para quem subscreveu os certificados de Aforro (CA) durante o mês passado, a taxa oferecida situou-se nos 0,699%, um nível de rentabilidade que compara com a taxa média de 0,36% dos novos depósitos com prazo de 12 meses.

Mas dentro da oferta de poupança pública são os Certificados de Poupança Mais (CTPM) quem mais tem atraído o investimento dos portugueses. A taxa de juro média anual bruta nos 2,25% já convenceu subscrições no montante de 2,565 mil milhões de euros em 2016, enquanto os CA apresentam um volume de subscrições de apenas 159 milhões.

Um terceira opção são as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTVR). Neste caso, porém, a única solução se pretender aplicar algum dinheiro neste produto será recorrer ao mercado secundário, onde as condições de negociação poderão determinar uma menor rentabilidade.

No final de contas, o Dia Mundial da Poupança é mais um dia da sua vida. Para os especialistas, mais importante do que colocar o seu dinheiro a render, é tê-lo num local onde não o perca de vista.

“É importante saber quais os objetivos em relação às alocações de poupanças e ter atenção às necessidades de liquidez. Por exemplo, para fazer face a despesas inesperadas tenha uma aplicação de muito baixo risco e de conversão muito rápida em liquidez”, diz Carlos Oliveira. Filipe Garcia complementa: “Se eu perder 20% numa aplicação, demorarei muitos anos a recuperar essa perda pela via dos produtos de baixo risco. Portanto, o essencial é mesmo não perder dinheiro em aplicações financeiras”.

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KPMG: Bancos europeus têm 1,2 biliões em crédito malparado

  • Marta Santos Silva
  • 31 Outubro 2016

É um problema para resolver em "décadas e não anos", diz a agência de serviços financeiros KPMG.

A banca europeia está atolada em créditos de cobrança duvidosa. Mas qual o tamanho do fardo? Há várias estimativas. A mais recente é a da KPMG que avalia o problema em 1,2 biliões de euros. E livrarem-se deste malparado não será uma tarefa fácil.

O relatório, citado pela Bloomberg, indica que este é um problema para durar “décadas e não anos”, o que deixa os bancos com uma grande exposição ao risco por um período prolongado de tempo.

A KPMG, com sede em Londres, acrescenta que um crescimento fraco na União Europeia tem dificultado as estratégias dos bancos para descarregar estes ativos tóxicos. Os reguladores também têm apertado o cerco, com regras mais rígidas e multas mais elevadas em casos de má conduta.

“Inverter a rentabilidade dos bancos europeus não é uma causa perdida”, disse Marcus Evans, parceiro no escritório do Banco Central Europeu da KPMG, citado pela Bloomberg. “Mas vai certamente ser uma tarefa difícil. Torna-se claro que em toda a Europa os bancos estão a tentar lidar com um mundo novo com juros baixos, ou negativos, e custos de capital e de regulação cada vez mais altos”.

O valor total em crédito malparado na Europa encontrava-se perto de 1,5% dos empréstimos em 2008, tendo ascendido rapidamente para mais de 5% em 2013, lê-se ainda no relatório.

Editado por Paulo Moutinho.

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Inflação anual na Zona Euro sobe aos 0,5%

  • Marta Santos Silva
  • 31 Outubro 2016

Ainda longe dos objetivos do BCE, mas a subir: é a estimativa do Eurostat para a inflação em outubro.

São máximos de 27 meses: a inflação anual na Zona Euro deverá chegar aos 0,5% em outubro de 2016, segundo estimativas divulgadas esta segunda-feira pelo órgão europeu de estatística, o Eurostat.

Ainda está longe dos objetivos do Banco Central Europeu (BCE) de chegar a uma inflação de perto de 2%, mas a subida representa uma continuação da tendência que já se tem vindo a registar nos últimos meses. A inflação consolida-se assim em terreno positivo, após um período abaixo de zero que só se inverteu em junho deste ano.

Inflação na Zona Euro

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Fonte: Eurostat. Dados em percentagem.

A grande força que puxa a inflação global para cima continua a ser, como já se via no mês passado, a inflação dos preços da energia, que estava em -8,9% em setembro de 2015 e mostra agora valores cada vez mais próximos do zero. Apesar de permanecer a área na qual a inflação é mais negativa, a subida é mais rápida do que noutros setores. Em outubro, estima o Eurostat, deverá chegar a -0,9%, quando apenas um mês antes estava nos -3%.

Os valores definitivos de setembro de 2016 estabeleceram-se nos 0,4% de inflação tanto para a Zona Euro como para a União Europeia incluindo os países com outras moedas que não o euro.

Valores definitivos da inflação em setembro de 2016

Fonte: Eurostat (Valores anuais, em percentagem)
Fonte: Eurostat (Valores anuais, em percentagem)

Em setembro, o economista Jack Allen dizia à Bloomberg que o aumento dos preços da energia deverá continuar. “A não ser que os preços do petróleo voltem a cair de repente, a inflação global deverá subir na direção do objetivo de quase 2% do Banco Central Europeu ao longo dos próximos meses”, afirmou. “Mas isto vai ser temporário”.

A estratégia de aumento da inflação do BCE tem sido uma dor de cabeça para Mario Draghi — o banco tem comprado mais de 80 mil milhões de euros em dívida todos os meses para procurar injetar mais liquidez no sistema bancário.

O PIB da Zona Euro, por sua vez, continua a crescer 0,3% no terceiro trimestre do ano, cumprindo as expectativas dos economistas, segundo dados revelados hoje pelo Eurostat.

Editado por Paulo Moutinho.

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Zona Euro volta a crescer 0,3% no terceiro trimestre

Expansão económica na região da moeda única ficou em linha com o esperado, num sinal de que o plano de estímulos do BCE está a surtir efeito.

A riqueza produzida na Zona Euro voltou a crescer no terceiro trimestre do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 0,3% nos três meses até setembro, segundo a primeira estimativa divulgada esta segunda-feira pelo Eurostat. Este desempenho económico da região da moeda única compara com a taxa de 0,3% observada no trimestre anterior e alinha-se com o esperado pelos economistas sondados pela Bloomberg.

Este é o primeiro retrato à economia do euro após os britânicos terem decidido, em junho, abandonar a União Europeia, um acontecimento que o Banco Central Europeu (BCE) considerou como significativo face ao impacto negativo potencial que pode ter na economia da região. Aliás, o banco central já comprou mais de um bilião de euros em ativos num esforço para animar a economia e os preços. Se forem necessários mais estímulos, Mario Draghi já disse “presente”.

Zona Euro mantém recuperação lenta

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Fonte: Eurostat (Valores em percentagem)

“Não penso que o BCE possa fazer muito mais para gerar crescimento”, referiu Holger Sandte, economista-chefe da Nordea Markets, à Bloomberg. “Já usaram grandes martelos no passado e não penso que haja grande inclinação para voltar a fazê-lo”, acrescentou.

"Não penso que o BCE possa fazer muito mais para gerar crescimento. Já usaram grandes martelos no passado e não penso que haja grande inclinação para voltar a fazê-lo.”

Holger Sandte

Economista-chefe da Nordea Markets

Entretanto, os preços na região também voltaram a crescer em outubro. Subiram 0,4% face ao mês passado, segundo os dados do Eurostat, ligeiramente aquém do esperado. O objetivo do BCE passa por um crescimento dos preços de perto mas abaixo de 2%, uma zona onde acredita estar assegurada a estabilidade dos preços.

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Portugueses beberam 25% menos cerveja nos últimos 10 anos

  • Ana Luísa Alves
  • 31 Outubro 2016

Sabe quantos litros de cerveja bebeu no ano passado? Foi menos do que há 10 anos, garante a Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja.

O consumo de cerveja em Portugal caiu 25% nos últimos dez ano. Os dados são da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV) que, citada pelo Público, refere que cada português bebeu 46 litros de cerveja em 2015, e que este é um valor ligeiramente acima dos anos anteriores, que tinham preocupado a indústria nacional.

Nos últimos 10 anos, o consumo de cerveja por pessoa não tem parado de cair dos 61 litros registados em 2005. Rui Lopes Ferreira, presidente de APCV, refere que as sucessivas quebras de consumo estão relacionadas com o corte nos gastos que se verificou desde 2010. Para o presidente, os portugueses deixaram de ir a restaurantes e optaram mais vezes por comer em casa, e é nos cafés e bares que se vende a grande maioria da cerveja no país.

Face a estes fatores, o impacto nas vendas foi notório. Acrescenta-se ainda o aumento do IVA na restauração para 23% em 2012. “O consumo de cerveja por habitante caiu 22% de 2010 a 2015. Era de 59 litros per capita e em 2015 foi de 46 litros. Em consequência, a produção de cerveja no mercado interno caiu 11% no mesmo período. Todavia, a contribuição fiscal do setor nestes cinco anos aumentou 28%”, acrescentou o presidente da APCV, referindo-se ao Imposto Especial sobre o Consumo (IEC) que incide sobre a cerveja.

Menos consumo

A recessão económica ajuda a explicar o recuo no consumo da cerveja. Nuno Pinto de Magalhães, diretor de comunicação e relações institucionais da Sociedade Central de Cervejas (SCC, dona da Sagres e 100% detida pela Heineken), destaca que, em 2015, segundo a consultora norte-americana Nielsen, o mercado nacional “teve um ligeiro comportamento positivo em volume de cerca de 1%, refletindo as boas condições climatéricas do ano, o incremento do turismo e alguns sinais de recuperação económica”. Ao mesmo tempo, outros produtos parecem estar a marcar terreno: as sidras registaram crescimentos significativos em volume de vendas. As inovações lançadas nos últimos três anos (como novos sabores da Sagres Radler) pesaram perto de 7% nas vendas globais da empresa, por exemplo.

João Duarte Rodrigues, diretor de marketing da Empresa de Cervejas da Madeira, dona da Coral, refere que o “aumento de impostos e a perda de poder de compra” são as principais causas para o recuo do mercado. Mas garante que, apesar da popularidade das sidras, “não existiu transferência para outras bebidas”.

Uma das maiores produtoras do país, a Unicer (dona da Super Bock), acredita que as cervejas enquanto produto de grande consumo têm conseguido mostrar “resiliência à conjuntura” e que é na restauração que a prova de fogo se faz, um “canal muito importante para as vendas da empresa e onde os nossos consumidores convivem com aquela que é a maior experiência cervejeira: uma boa cerveja à pressão” refere fonte da Unicer.

No capítulo das exportações, a indústria está em recuperação. Angola era o principal cliente da cerveja portuguesa mas a crise das divisas mudou os planos à indústria. A Sociedade Central de Cervejas registou uma quebra das vendas para o país superior a 50% em 2015. Já a Unicer, que tem há muito um projeto de produção local, focou-se nas geografias onde tem “presença consolidada, sobretudo na Europa”. Moçambique e China são vistos como mercados promissores, que podem “ajudar a compensar a quebra em Angola”.

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Dicas de poupança? Veja as da equipa do ECO

  • ECO
  • 31 Outubro 2016

Dicas de poupança há muitas. Mas estas são as da equipa do ECO. Veja os nossos conselhos para deixar de gastar alguns euros e amealhar outros tantos.

Costuma fazer uma lista antes de ir às compras? E tenta abastecer o depósitos do automóvel nos postos mais baratos? Devia. São pequenas mudanças nas coisas mais rotineiras do dia-a-dia que o podem ajudar a poupar alguns euros por dia, umas centenas por ano. Quer mais algumas dicas? Então veja as sugestões que a equipa do ECO preparou para si neste Dia Mundial da Poupança.

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Uniplaces põe artistas a cantar no chuveiro durante o Web Summit

Parceria entre Uniplaces, Tradiio e EatTasty inaugura o primeiro festival de música de chuveiro. A iniciativa será lançada dia 8, a propósito do Web Summit.

Uma residência de estudantes, algumas divisões desordenadas, quatro artistas, duas casas de banho e muita música. As startups portuguesas Uniplaces, Tradiio e EatTasty preparam-se para lançar a primeira edição do Bathstage Festival, o Bathroom Music Festival de estreia em todo o mundo, que pretende pôr artistas a cantar no chuveiro. A iniciativa é inaugurada a 8 de novembro, a propósito da primeira edição do Web Summit em Lisboa.

As startups convidaram vários artistas portugueses para cantarem debaixo do chuveiro da East Lisbon Residence, no Intendente, a partir das 19h de 8 de novembro, dia em que começam os trabalho no Web Summit.

“O projeto está agora a começar, é uma ideia em que tenho trabalhado bastante, desde o último ano, para se tornar realidade”, explica Carolina Caldeira, criativa portuguesa e fundadora do projeto Bathstage Sessions, que serviu de base a este evento. “Pode este projeto tornar-se numa startup? Talvez. Estamos à procura de patrocínios para ajudar a dar o passo seguinte, mas se o investidor certo surgir, será certamente algo a considerar”, explica, em comunicado.

A organização do primeiro evento inclui ainda o apoio da aceleradora de empresas Beta-i.

De todos os programas oficiais e não oficiais criados no âmbito do Web Summit, acredito que este possa ser um dos mais disruptivos”, acredita Miguel Santo Amaro, co-fundador da Uniplaces. “Esta é uma oportunidade para um conjunto de startups se reunirem e organizarem algo diferente, onde a atual cultura portuguesa possa ser apresentada. É também um momento único para a Uniplaces apresentar o seu produto de uma forma inovadora: é uma forma diferente de ficarem a conhecer como é uma residência exclusiva da Uniplaces”, adianta.

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BCP regista maior ciclo de perdas desde junho

Seis quedas em seis sessões. Desde que fundiu ações que o BCP não prova ganhos. Já vale menos de mil milhões de euros.

Desde que procedeu ao agrupamento de ações no início da semana passada que o BCP não sabe o que é valorizar em bolsa. Os títulos cedem esta segunda-feira pela sexta sessão seguida e regista já o mais longo ciclo de perdas desde meados de junho, há quatro meses.

O BCP recuava esta manhã quase 5% até aos 1,1911 euros. Esta cotação representa uma queda de 11,3% face ao valor de 1,3425 euros do “novo” título que resultou da fusão de 75 ações numa só para terminar com a extrema volatilidade em bolsa e corresponder a uma das imposições do grupo chinês Fosun para entrar no capital do banco português.

Com este desempenho negativo, o BCP acumulava uma perda de 67% desde o início do ano, colocando o banco liderado por Nuno Amado a valer menos de mil milhões de euros — a capitalização bolsista era de 940,7 milhões de euros.

Os analistas já esperavam alguma volatilidade do título depois do agrupamento de ações. Além disso, o início do próximo mês vai trazer notícias importantes para o futuro do banco. Nuno Amado apresenta contas trimestrais a 8 de novembro. No dia seguinte, a assembleia geral de acionistas decidem se querem aumentar o limite de votos de 20% para 30% e se querem alargar o número de membros do conselho de administração.

Estas duas propostas visam também ir ao encontro do que o grupo chinês pediu para assumir cerca de 17% do capital do banco.

Na semana passada, o BCP anunciou que a sua operação polaca registou um aumento de lucros. O Bank Millennium, banco polaco detido em 50,1% pelo BCP, registou um lucro de 130,3 milhões de euros (569,8 milhões de zlotys), um aumento de 15,5% face ao mesmo período do ano passado.

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