OE2018: Portugal tem de responder hoje a dúvidas de Bruxelas sobre riscos de desvio

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

Comissão Europeia enviou carta a Centeno a avisar que consolidação orçamental prevista para 2018 fica aquém do definido. Portugal tem até esta terça-feira para explicar como pretende cumprir regras.

O Governo tem até esta terça-feira para responder ao pedido de esclarecimentos feito pela Comissão Europeia sobre a consolidação prevista no esboço orçamental de 2018, depois dos alertas de Bruxelas sobre riscos de “desvio significativo” este ano e no próximo.

Na sexta-feira, a Comissão Europeia enviou uma carta ao ministro das Finanças, Mário Centeno, a avisar que a consolidação orçamental portuguesa prevista para 2018 fica aquém do definido e exige que o Governo português esclareça como é que pretende cumprir as regras europeias no próximo ano.

Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Estabilidade Financeira, Valdis Dombrovskis, e o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, pediam esclarecimentos sobre o cumprimento do esforço orçamental planeado por Portugal para 2018.

Os responsáveis europeus recordavam que o esboço orçamental para 2018, enviado a Bruxelas em 16 de outubro, prevê uma consolidação orçamental de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas que os serviços comunitários calculam ser inferior, de 0,4% do PIB.

“Embora significativo, este esforço parece estar um pouco abaixo do mínimo de 0,6% do PIB estipulado […] na recomendação do Conselho de 11 de julho de 2017”, alertaram Dombrovskis e Moscovici.

Além disso, escreveram os responsáveis europeus, o crescimento nominal da despesa primária líquida (que exclui os encargos com a dívida pública) previsto “excede a taxa recomendada de 0,1%, apontando para uma diferença de 1,1% do PIB em 2018”.

Este ano, Bruxelas calcula que existem desvios na ordem de “0,5% e de 1% do PIB, tendo em conta o saldo estrutural e as metas de despesa, respetivamente”.

Dombrovskis e Moscovici querem “continuar o diálogo construtivo com Portugal de modo a chegar a uma avaliação final” sobre o esboço orçamental para 2018, esperando por isso que o Ministério das Finanças remeta esclarecimentos adicionais até hoje.

Ora, o gabinete tutelado por Mário Centeno prometeu que responderia à Comissão Europeia no prazo previsto.

Numa notícia online do Jornal de Negócios na segunda-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu existir “um pequeno problema” no OE2018, que “será resolvido”.

Na segunda-feira, o jornal Público citava declarações do Presidente da República em que Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da visita aos Açores, especifica que as dúvidas de Bruxelas se prendem com “um pormenor”: saber se nos dois anos, 2017 e 2018, o défice estrutural cai 0,7 ou 0,77 pontos percentuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lojas do Cidadão vão vender certificados de aforro

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

CTT deixam de ser a rede física exclusiva. Numa primeira fase serão abrangidos dez espaços mas até ao final do ano deverão ser 31.

Os certificados de aforro e os certificados do tesouro também estão disponíveis em lojas do cidadão. Numa primeira fase estão abrangidos dez espaços mas até ao final do ano é de esperar o alargamento a 31 locais. A rede física deixa assim de ser exclusiva dos CTT.

De acordo com o Público [acesso condicionado], que cita informações da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), os primeiros dez espaços estão distribuídos por Lisboa (Loja do Cidadão das Laranjeiras), Aveiro, Coimbra, Porto, Penafiel, Faro, Viseu, Braga, Setúbal e Vila Nova de Gaia. Até 31 de dezembro serão 31.

De acordo com o Ministério das Finanças e da agência do Estado que gere a dívida pública (IGCP), esta estratégia tem a vantagem de alargar os canais de distribuição, ganhando a rede de espaços da AMA uma maior oferta ao nível dos serviços prestados.

Entre outras operações, também é possível resgatar certificados de aforro nas lojas do cidadão. Isto implica apresentar estes certificados em papel, uma exigência que vai acabar com a nova série E.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deco: Mais de 26 mil famílias endividadas até final de outubro

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

Desemprego manteve-se como principal causa do endividamento das famílias. Dos mais de 26 mil pedidos de ajuda, Deco só está a acompanhar 2.001 processos.

A Deco recebeu pedidos de ajuda de 26.080 famílias sobre-endividadas até 25 de outubro, mais 50 pedidos do que em igual período de 2016, divulgou esta terça-feira a associação de defesa do consumidor.

Contudo, dos pedidos apresentados, apenas 2.001 processos estão a ser acompanhados pela Deco, tendo em conta que em muitos casos a associação já não ia a tempo de intervir, até por motivos legais, explicou à Lusa fonte oficial.

Os 2.001 processos abertos este ano em que a Deco é mediadora representam mais 16 do que aqueles a que a associação deu acompanhamento até finais de outubro de 2016.

Quanto às causas que levaram as famílias a pedir ajuda à Deco em 2017, o desemprego manteve-se como a principal, tendo sido referido em 30% dos casos.

Já a deterioração das condições de trabalho levou a 23,4% dos pedidos, seguindo-se as execuções/penhoras, divórcio/separação e doenças/incapacidade, com 10% cada.

Quanto às habilitações académicas, a maioria das famílias que pede ajuda têm o ensino secundário (36%) ou o 3.º ciclo (22%), representando o ensino superior 18%. Já as famílias com 1.º ciclo são 15% e com 2.º ciclo são 10%.

A taxa de esforço média dos consumidores que pediram ajuda à Deco era de 70,8%, acima dos 67% de 2016, divulgou hoje a Deco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump quer Jerome Powell para liderar Reserva Federal

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

Jerome Powell é a primeira escolha do Presidente norte-americano, mas decisão ainda não é definitiva. Anúncio final deve ser feito esta quinta-feira.

Jerome Powell, um dos governadores da Reserva Federal (Fed), é o candidato escolhido pelo Presidente Donald Trump para a substituir Janet Yellen na liderança do banco central norte-americano, anunciaram fontes oficiais da administração, citadas pela AP.

Segundo uma das fontes o anúncio da escolha de Jerome Powell está previsto para quinta-feira, enquanto outra fonte, adianta a AP, explicou que o membro da administração da Fed é a principal escolha do presidente norte-americano, mas salientou que ainda não é definitiva a decisão.

Donald Trump afirmou na quarta-feira que a decisão estava entre dois ou três candidatos, sendo Jerome Powell, Janet Yellen e John Taylor, professor de economia na Universidade de Stanford, os nomes avançados.

Já na sexta-feira, Trump, num vídeo divulgado, disse que tinha alguém “muito especifico em mente” para a função, garantindo que a pessoa em causa “vai fazer um trabalho fantástico”.

O sucessor de Janet Yellen poderá ser conhecido antes de 03 de novembro, quando Trump vai iniciar uma deslocação à Ásia.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump criticou duramente Yellen, primeira mulher a presidir à FED, por considerar que atuava “de forma política”. Mas, nos últimos meses, o Presidente norte-americano mudou de opinião e manifestou respeito pelo “bom trabalho” realizado à frente do banco central.

Sob a direção de Yellen, a FED iniciou uma gradual normalização da política monetária, com três subidas das taxas de juro e o início da redução da avultada carteira da dívida, pondo fim ao agressivo estímulo para reativar a economia norte-americana depois da crise.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seria importante estender Web Summit “durante mais anos”, diz Ana Lehmann

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

Secretária de Estado da Indústria garante que evento fundado por Paddy Cosgrave é aposta ganha e "quem duvidar disso nunca lá entrou". Este ano realiza-se a 2ª de três edições previstas para Lisboa.

A secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, sublinhou a importância de Portugal continuar a receber “durante mais anos” a Web Summit, cuja segunda das três edições acordadas com a organização decorrerá em Lisboa de 06 a 09 de novembro.

“Claramente para nós seria muito importante que fosse possível estender e realizar durante mais anos este evento, que é, de facto, uma aposta ganha, e quem duvidar disso nunca lá entrou”, garantiu a governante, em entrevista à agência Lusa.

“Sinceramente, com o devido respeito pelas legítimas opiniões, é preciso ver para falar. É preciso ver, é preciso perceber, porque nós conhecemos dezenas de empresas que já receberam capital e cujo contacto foi feito durante a Web Summit. Tudo o que nós sabemos é por defeito e o que sabemos já é muito”, afirmou.

Segundo Ana Lehmann, é necessário que haja uma “verdadeira informação” para se perceber a “enorme reprodutividade” da cimeira de empreendedorismo e tecnologia, quer na “vertente tangível” de captação de financiamento e de contactos profissionais, como nos “termos mais práticos” nos transportes, no turismo e no comércio.

Assim, como no “ativo intangível” conseguido pela “exposição mediática e sobretudo à comunidade liderante a nível tecnológico do mundo”. “Esta exposição para mim vale muito mais do que o impacto direto e complementa muito bem esse impacto direto”, concluiu.

Questionada sobre o retorno exato do evento para o país, a governante respondeu que se alguém avançar com esse dado “desconfiaria”.

“Mas sabemos que já houve centenas de milhões de euros na economia, só numa primeira abordagem imediata, logo no evento, calculou-se que foram cerca de 200 milhões de euros, um número que a organização compilou”, recordou Ana Lehmann.

A governante notou que o “impacto foi positivo, o retorno foi extremamente reprodutivo”, mas face à dimensão desta conferência internacional, o “impacto só pode ser analisado, com justiça, no médio prazo”.

“Mas sabemos que centenas de milhões de euros já entraram e vão entrar mais com este acréscimo que vamos ter de cerca de 15%, pelo menos, de novas entradas”, estimou a secretária de Estado, que sublinhou que mais importantes ainda podem ser os “efeitos complementares: mudança na perceção do país e notoriedade dada a Portugal”.

Em causa está a atratividade do país para se afirmar como destino de investimento estrangeiro, nomeadamente no setor tecnológico.

“O que se conseguiu ultimamente, e a Web Summit vem ajudar, é esse reforço da visibilidade no contexto internacional”, disse.

O recinto da Web Summit vai ainda receber iniciativas para fazer a ponte entre empresas estabelecidas e as emergentes, com a governante a adiantar que este encontro vai proporcionar ligações entre um “grande banco, de calibre internacional” e ‘startups’ de tecnologia ligadas ao setor financeiro (fintech).

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, mudou-se para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit: Mais máquinas de bilhetes para transportes públicos este ano

  • Lusa
  • 31 Outubro 2017

Haverá um reforço do número de máquinas de venda de títulos de transportes públicos no aeroporto e no local onde os participantes do Web Summit fazem check-in.

Os participantes da Web Summit vão contar com um maior número de máquinas de venda de bilhetes para transportes públicos, informou a secretária de Estado da Indústria, que assinalou a atenção dada à segurança.

Em entrevista à agência Lusa sobre a conferência de empreendedorismo e tecnologia, que se realiza pelo segundo ano consecutivo em Lisboa, Ana Lehman informou que haverá um número acrescido de máquinas de venda “desde logo no aeroporto e logo no local onde as pessoas fazem o ‘check-in’ no próprio evento”.

“Há um ‘stock’ de bilhetes que dá para o ano todo, segundo me disseram, deram-nos todas as garantias que não faltarão bilhetes e postos de distribuição” referiu a governante, que enumerou ainda a variedade de títulos de transporte, como os passes diários ou válidos por três ou cinco dias.

“Do ponto de vista prático, o visitante na Web Summit vai ter de facto uma experiência bastante fluida”, acrescentou.

A governante notou que apesar de a edição do ano passado ser avaliada como “um sucesso”, “há sempre uma aprendizagem que vem sempre com a experiência” e “naturalmente há arestas a limar”, pelo que nos últimos meses esteve a trabalhar uma “‘task force’, que decorre de orientações do primeiro-ministro”, e que envolve ministérios da Economia, Negócios Estrangeiros, do Ambiente, forças de segurança e entidades como a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e a StartUp Portugal.

“Estamos muito bem equipados este ano, entre tudo o que podemos fazer, podemos assegurar que, pelo menos do ponto de vista do planeamento, foi absolutamente impecável”, garantiu.

Nesta lista de planeamento também entrou a segurança.

“Do ponto de vista da segurança, com o mundo em que vivemos, apesar de Portugal estar no top três dos países mais seguros do mundo, nunca se deve facilitar e tomamos as medidas mais importantes”, notou Ana Lehman à Lusa, que não deixou de saudar as colaborações com a organização, Câmara Municipal de Lisboa, Turismo de Portugal e Turismo de Lisboa.

Assim, “é evidente que não podemos garantir que tudo correrá bem, mas fizemos tudo o que estava ao nosso alcance”, concluiu.

Sobre o evento, que decorre entre 6 e 9 de novembro, a governante lembrou que nesta segunda edição “aumenta a escala”, ao preverem-se cerca de 65 mil participantes, entre os quais dois mil jornalistas e 20 mil líderes empresariais.

“Só ‘startups’ portuguesas são 270, um número mais considerável do que em qualquer outra edição”, anunciou a governante, que enumerou alguns participantes para concluir que o “programa está, de facto, muito excitante”.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, mudou-se para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cumprir meta da dívida pública não chega para sair do pódio em 2018

  • Margarida Peixoto
  • 31 Outubro 2017

O Governo português prevê cortar a dívida pública em 2,7 pontos percentuais do PIB em 2018. Mas mesmo que cumpra a meta, não deverá sair do pódio dos países mais endividados.

Portugal tem vindo a acelerar os pagamentos antecipados ao FMI, garantindo uma correção mais rápida do rácio da dívida pública. Contudo, mesmo assumindo que o Governo cumprirá a meta definida para 2018 (123,5% do PIB), o país não vai sair do pódio da dívida pública. No próximo ano, a República portuguesa continuará a ser a terceira da zona euro com a dívida mais alta. A conclusão resulta da análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) às metas definidas pelos restantes Estados-membros.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2018, o ministro das Finanças, Mário Centeno, promete amortizar antecipadamente ao Fundo Monetário Internacional 8,4 mil milhões de euros ainda este ano. Para 2018, está prevista uma nova amortização ao Fundo, no valor de 1,4 mil milhões de euros.

Além disso, o país tem conseguido saldos primários positivos desde 2015, o que significa que excluindo os encargos com a dívida, as administrações públicas portuguesas estão a gerar mais receitas do que despesas. Soma-se ainda um aumento do PIB mais rápido do que o esperado.

Mas mesmo com estes três fatores a ajudar a baixar o peso da dívida pública no PIB, a distância que separa o valor português do registado pelos parceiros do euro é tal, que Portugal continuará no pódio das maiores dívidas públicas em 2018.

No parecer final sobre a proposta de OE2018, a UTAO dá conta das metas estabelecidas pelos restantes países da zona euro e mostra como será o panorama das dívidas, no próximo ano, assumindo que todos os governos cumprem o prometido.

Quanto pesa a dívida pública dos países do euro?

Fonte: UTAO

De acordo com a análise da UTAO, nenhum país da moeda única prevê aumentar o rácio da dívida e há apenas um — França — que espera mantê-lo inalterado. Todos os outros Estados-membros projetam uma redução da sua dívida pública para 2018.

A correção mais significativa que está prevista é a do Chipre, que se compromete com um corte de 6,6 pontos percentuais ao rácio da dívida. A Grécia promete baixar o rácio em 4,2 pontos e Malta em 4,1 pontos. A redução prevista por Portugal é de 2,7 pontos percentuais e, como mostra o próximo gráfico, é a oitava maior do conjunto da moeda única.

Quem vai cortar mais a dívida?

Fonte: UTAO

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

No dia mundial da poupança, empresas como a EDP Renováveis, Semapa e CTT apresentam resultados. No campo das estatísticas, o BP apresenta os dados sobre concessão de crédito pela banca.

Esta terça-feira é marcada por eventos alusivos ao dia Mundial da Poupança. A crise económica parece ter despertado os consumidores para a necessidade de poupar, mas o dinheiro nem sempre estica: mais de metade dos portugueses não conseguem poupar todos os meses. Mas o dia fica ainda marcado pela apresentação de resultados. A nível mundial, BP, Sony, BNP Paribas de Mastercard anunciam resultados. Por cá, é a vez dos CTT, Semapa e EDP Renováveis prestarem contas relativas aos primeiros nove meses do ano. No campo das estatísticas, o Banco de Portugal divulga novos dados sobre os empréstimos concedidos pelo setor financeiro, relativos ao mês de setembro e pelo fim do prazo de candidatura ao contrato- emprego.

Dia Mundial da Poupança

Poupança. O dia é marcado a nível mundial por eventos alusivos à poupança. Isto depois de se saber que mais de metade dos portugueses não conseguem poupar todos os meses. E os que poupam põe de lado, em média, 281 euros, para despesas improváveis. Estes dados têm origem num estudo da consultora Intrum Justitia e são divulgados ao mesmo tempo que o INE dá a conhecer a que poupança das famílias portuguesas continua abaixo dos valores registados há um ano, representando no segundo trimestre deste ano 5,2 do rendimento disponível. Apesar destes dados os portugueses reconhecem que, depois da recessão económica, é mais importante poupar dinheiro.

EDP Renováveis, CTT e Semapa prestam contas ao mercado

As atenções dos investidores nacionais estão viradas para os CTT, EDP Renováveis e Semapa. As estimativas dos analistas do CaixaBI dão conta de uma quebra de 39% nos lucros dos CTT nos primeiro nove meses do ano. Melhor sorte parece ter a empresa liderada por Manso Neto: os lucros deverão crescer mais de 40% para 153 milhões, em causa estão efeitos não recorrentes. Já a Semapa, segundo estimativas do Haitong, deverá apresentar lucros de 116 milhões de euros.

Contas também lá fora

Também a nível internacional o dia é de apresentação de resultados. A petrolífera BP apresenta hoje resultados, numa altura em que há a crescente expectativa de que a OPEP e a Rússia vão prolongar os cortes na produção. A gigante japonesa Sony, o BNP Paribas e a Mastercard também dão hoje a conhecer os seus números ao mercado.

Termina prazo de candidatura ao contrato-emprego

Termina esta terça-feira o terceiro concurso do ano para quem quer concorrer à medida contrato-emprego. Tal como nos concursos anteriores este tem uma dotação de 20 milhões de euros. As candidaturas são feitas no porta NetEmprego e são consideradas as ofertas de emprego apresentadas ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) entre 9 de junho e 24 de outubro.

BP revela dados sobre os empréstimos da banca

O Banco de Portugal (BP) divulga hoje os dados relativos aos empréstimos do setor financeiro referentes ao mês de setembro. Em agosto, este indicador demonstrava que as famílias continuavam a ser o motor recuperação da concessão de crédito em Portugal, altura em que este indicador atingiu os 1.205 milhões de euros. No total as instituições financeiras concederam 3.250 milhões de euros de novos empréstimos a famílias e empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Termina prazo de candidatura ao Contrato-Emprego

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 31 Outubro 2017

Terceiro período de candidatura termina esta terça-feira e conta novamente com uma dotação de 20 milhões de euros.

As empresas que queiram concorrer à medida Contrato-Emprego têm até hoje para apresentar a sua candidatura. Este é o terceiro concurso do ano e conta, à semelhança dos anteriores, com uma dotação de 20 milhões de euros.

Nesta fase são consideradas as ofertas de emprego apresentadas ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) entre o dia 9 de junho e 24 de outubro, inclusive, e que cumpram os requisitos previstos.

A candidatura é feita no Portal NetEmprego e exige o registo prévio da entidade empregadora.

Também podem ser apresentadas candidaturas ao prémio de conversão, que apoia a transformação de contratos a termo em vínculos permanentes.

Os dois primeiros períodos de concurso contaram com 11.588 candidaturas: ao todo, foram aprovadas 7.796, a que corresponde um apoio financeiro de 32,7 milhões de euros, avançou a Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prestação do crédito da casa cai, mas só para alguns

Encargos dos créditos à habitação que usam as taxas a 6 e 12 meses recuam para novo mínimo. Contratos que usam Euribor a três meses, pelo contrário vêem os encargos mensais aumentarem.

O seu crédito à habitação está indexado às Euribor a seis ou 12 meses e revê a prestação no próximo mês? Então prepare-se, porque vai ter boas notícias. Os contratos que usam estes dois indexantes, revistos em novembro, vão beneficiar de um novo alívio de encargos, que recuam para um novo mínimo histórico. Menos sorte, terão as famílias cujos créditos têm como referência a Euribor a três meses, já que nesses casos, a prestação aumenta apesar de muito pouco.

Assumindo o cenário de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, o valor da prestação mensal aumenta em quatro cêntimos (0,01%), para se fixar nos 306,75 euros, para o caso de quem tem o empréstimo associado à Euribor a três meses. Trata-se de um agravamento muito ligeiro (0,01% ou quatro cêntimos), mas que representa uma nova realidade para essas famílias que, desde a revisão de julho de 2014 não viam os seus encargos com a prestação da casa aumentarem.

Este será o segundo grupo de famílias que usam o indexante a três meses como referência no seu empréstimo da casa a verem encarecer os seus encargos com prestações. Foi o que aconteceu com quem reviu a prestação da casa no início de outubro, as primeiras famílias a serem afetadas por uma subida após três anos consecutivos de quebras nos encargos mensais.

Já quem tiver os seus empréstimos associados às Euribor a seis e 12 meses vão ver as respetivas despesas com a prestação registarem uma nova descida. Assumindo o mesmo cenário base, quem usa o indexante a seis meses vê a prestação fixar-se na revisão de novembro nos 309,21 euros. Ou seja, menos 0,4% face ou 1,25 euros a menos, em comparação com a prestação fixada há seis meses.

No caso dos empréstimos associados à Euribor a 12 meses, a taxa de referência mais utilizada atualmente pelos bancos nos créditos de taxa variável, a prestação volta a baixar. A partir de novembro e durante um ano estará fixada nos 313,44 euros, 1,6% ou 5,04 euros, aquém do que se passou ao longo do último ano.

BCE reduz estímulos, mas juros devem continuar baixos

Apesar do avanço ligeiro dos encargos de quem tem crédito indexado à Euribor a três meses, não há sinais que apontem para um agravamento dos encargos com prestações. A expectativa é de que as Euribor se mantenham em níveis baixos ainda durante algum tempo.

Aliás, os últimos dados sobre a evolução destes indicadores reforçam isso mesmo. Nesta segunda-feira, a Euribor a três meses manteve-se fixada no mínimo histórico de -0,332%, pela quarta sessão consecutiva. O mesmo aconteceu com o indexante nos restantes dois indexantes: a seis meses recuou para os -0,276%, enquanto a 12 meses desceu até aos -0,185%.

Este rumo dos juros surge apesar de o Banco Central europeu ter dado o pontapé de saída para a retirada dos estímulos monetários na Zona Euro, ao cortar para metade — 30 mil milhões de euros — o montante mínimo de compras mensais de dívida pública a partir de janeiro do próximo ano, mas simultaneamente estendeu esse programa pelo menos até setembro de 2018 e não deu sinais de querer mexer nos juros de referência. A taxa de juro diretora na Zona Euro encontra-se fixada no mínimo histórico de 0% desde março de 2016.

O mercado também não sinaliza uma inversão de juros nem tão cedo. De acordo com a evolução dos futuros para a Euribor a três meses, tudo aponta para que esse indexante se mantenha negativo até março de 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Offshore: Cerca de 8,6 mil milhões de euros saíram para paraísos fiscais em 2016

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Cerca de 8,6 mil milhões de euros foram transferidos para 'offshore' no ano passado, através de quase 58,8 mil transferências, de acordo com as estatísticas publicadas hoje pela AT.

Cerca de 8,6 mil milhões de euros foram transferidos para ‘offshore‘ no ano passado, através de quase 58,8 mil transferências, de acordo com as estatísticas publicadas hoje pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Segundo os dados divulgados hoje na página na Internet do Fisco, o montante comunicado pelos bancos das transferências para paraísos fiscais em 2016 foi de cerca de 8,6 mil milhões de euros, cerca de 200 milhões abaixo dos 8,8 mil milhões de euros transferidos em 2015.

Em 2016, foram feitas quase 58,8 mil transferências para estes territórios com situação tributária mais favorável, mais quase 39,5 mil do que no ano anterior, sendo que apenas 5.700 sujeitos passivos deram ordem para estas operações.

As transferências para ‘offshore’ foram feitas principalmente por empresas (num total de 3.520 empresas), responsáveis por enviar quase 8,4 mil milhões de euros para paraísos fiscais.

Desde maio que a AT tem de publicar anualmente as estatísticas sobre as transferências para ‘offshore’, com base no ‘modelo 38’, declaração que os bancos têm de entregar ao Fisco e que dá conta da “informação das transferências e envio de fundos que tenham como destinatário uma entidade localizada em país, território ou região com regime de tributação privilegiada mais favorável”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed e Rússia atiram bolsas americanas para o vermelho

As principais praças americanas estão em queda. A presidência do Fed, reunião dos três grandes bancos centrais e a interferência da Rússia na eleição de Trump deixaram investidores receosos.

Depois de terem fechado a semana passada em alta, as bolsas norte-americanas fecharam esta segunda-feira no vermelho, com os investidores na expectativa sobre quem será o novo líder do banco central dos Estados Unidos e sobre os dados do emprego, que serão divulgados no final da semana. A questão da Rússia e a sua influência sobre o eleição de Donald Trump também está a deixar os investidores cautelosos, isto no dia em que o antigo diretor de campanha de Donald Trump se entregou às autoridades.

O S&P 500 recuou 0,32% para 2.572,83 pontos. Já o tecnológico Nasdaq fixou-se nos 6.698,96 pontos, uma queda de 0,03%. Quanto ao industrial Dow Jones sofreu uma queda de 0,36% para os 23.348,74 pontos. Estas quedas acontecem depois do S&P e do Dow Jones terem registado sete semanas consecutivas de ganhos, já o Nasdaq caiu ligeiramente, depois de ter registado na semana passada o melhor ganho em quase um ano.

Os investidores estão na expectativa de quem será o nome escolhido para liderar a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que deverá ser anunciado na próxima sexta-feira. A expectativa adensa-se já que existem rumores, cada vez mais fortes, de que o nome escolhido poderá ser Jerome Powell, um economista que defende taxas de juro mais baixas.

A juntar à incerteza sobre quem será o sucessor de Janet Yellen, há ainda a reunião do banco central americano marcada para dia 1 de novembro, com os analistas contactados pela Bloomberg a anteciparem que não haverá subida dos juros deste mês, devendo este subir, mas em dezembro.

Mas no capítulo dos bancos centrais não é tudo. As reuniões que vão juntar os três grandes bancos centrais (Fed, Banco de Inglaterra e Banco do Japão) também estão a deixar os investidores cautelosos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.