Centeno entra em campanha de Medina “enquanto lisboeta”

  • Lusa
  • 21 Setembro 2017

Mário Centeno, que reside na freguesia lisboeta dos Olivais, é mandatário da candidata do PS àquela Junta, Rute Lima, e também se escusou a explicar esta associação.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, participou “enquanto lisboeta” numa ação de campanha do candidato do PS à Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e escusou-se a comentar a estratégia orçamental alternativa à do Governo. “O Mário Centeno está hoje [quinta-feira] aqui enquanto lisboeta, com um enorme orgulho de ser lisboeta e de poder estar ao lado de Fernando Medina e da equipa que tem para a cidade de Lisboa”, disse o governante quando questionado sobre o estudo de economistas do Institute of Public Policy.

O documento propõe uma estratégia orçamental alternativa à que é seguida pelo Governo (de maioria socialista), que assenta em maior despesa pública e menor ambição na redução do défice para, mesmo assim, conseguir mais crescimento económico e menor dívida. “Nós temos um programa político que está a ser implementado e que está a ser cumprido exemplarmente, assim como foi em Lisboa”, sublinhou Mário Centeno.

O ministro também não quis comentar as declarações do deputado do PS, Paulo Trigo Pereira, que indicou, em declarações ao Público e à Renascença, que atingir todas as metas – em termos de carreiras, IRS e pensões – “é alquimia”. “Lá está, é outro lisboeta. Há muitos lisboetas e muitas ideias”, observou Mário Centeno, notando que, como foi jogador de rugby, sabe “o que é a resiliência e o espírito de combate justo”.

Falando aos jornalistas no final de uma visita às instalações de Lisboa da ‘startup’ portuguesa Aptoide, que se afirma como maior plataforma independente de aplicações para Android, Mário Centeno apontou que a sua presença visou também mostrar que “o crescimento económico em Portugal também é feito de inovação, de economia e de jovens”. “Aqueles que, felizmente, não perdemos ao longo de quatro anos de saída maciça de jovens da nossa sociedade”, apontou.

Mário Centeno, que reside na freguesia lisboeta dos Olivais, é mandatário da candidata do PS àquela Junta, Rute Lima, e também se escusou a explicar esta associação.

Já o candidato do PS e atual presidente do município de Lisboa, Fernando Medina, justificou a presença de Mário Centeno afirmando que “nada é mais importante do que dar o exemplo de Lisboa, de como Lisboa está a contribuir para puxar a economia do país, àquele que também tem sido um dos principais responsáveis por puxar a economia do país”.

Nas eleições de 01 de outubro concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

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Governo vai gastar sete milhões para modernizar torpedos

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A "imprescindível" modernização de torpedos estará a cargo da empresa Leonardo Defence Systems e custará ao Estado mais de 7 milhões de euros.

A modernização de torpedos para a Marinha portuguesa vai custar aos cofres do Estado cerca 7,071 milhões de euros sem IVA. A compra foi publicada esta quinta-feira em Diário da República, num despacho datado de agosto. A despesa vem no sentido de “permitir a continuação e incremento da operacionalidade e uso deste meio de defesa dos submarinos”, conforme de pode ler no documento oficial.

A aquisição autorizada por Azeredo Lopes, Ministro da Defesa Nacional, contempla a modernização de torpedos de combate Black Shark para submarinos da classe “Tridente”. A operação terá de passar ainda por aprovação do Tribunal de Contas.

A compra, considerada como “imprescindível”, será paga em três prestações anuais. Ainda este ano serão pagos quase 2,4 milhões de euros. No ano seguinte, a prestação prevista será de 682.500 euros, e em 2019 a última tranche será de 4 milhões de euros.

A escolha da Leonardo Defence Systems deve-se ao facto de ser “a única entidade detentora dos direitos de propriedade intelectual e das competências técnicas exigidas para o estudo, desenvolvimento e implementação do conjunto de modificações inerentes à modernização em apreço”.

A decisão de compra dos submarinos da classe “Tridente” data de 1998. Os equipamentos apenas foram entregues em 2009 (submarino Tridente) e em 2010 (submarino Arpão). A contratação foi estabelecida em 2004 com o German Submarine Consortium, cujo valor ascendeu aos 880 milhões de euros e foi alvo de investigações por suspeitas de tráfico de influências e corrupção.

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Governo “já aceita ir mais longe” no IRS

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A líder bloquista acredita que o Executivo está comprometido para ir mais longe nas alterações no IRS. O objetivo principal do BE é que não haja mais carga fiscal sobre rendimento do trabalho.

Catarina Martins está confiante de que Mário Centeno está disponível para ir mais além do que os 200 milhões de euros de alívio fiscal no IRS no Orçamento de Estado para 2018. Em entrevista à TSF, a líder do Bloco de Esquerda disse que quer, acima de tudo, diminuir os impostos sobre o rendimento do trabalho, incluindo para os de escalões superiores. O objetivo é aumentar a carga fiscal nos rendimentos prediais e capitais.

“Creio que o Governo já aceita ir mais longe. É preciso saber qual é o montante. Queremos um alivio fiscal que as pessoas possam sentir e não dizer apenas há alivio fiscal e depois as pessoas não sentirem nada no seu salário e na sua pensão. Queremos garantir que nenhum rendimento do trabalho tem mais encargo fiscal“, defendeu Catarina Martins esta quinta-feira de manhã.

Em alternativa, a líder do BE sugere que os rendimentos com rendas de casa, ações e juros de contas a prazo deviam ser tributados em sede de IRS para beneficiar a classe média. “Há rendimentos nomeadamente de capital ou propriedade que pagam pouco impostos, tendo em conta os impostos que pagam quem vive do seu salário ou da sua pensão”, afirmou Catarina Martins, uma possibilidade que já tinha avançado na semana passada.

Quanto às negociações, a líder bloquista considera que este ano têm sido um processo mais fácil. “A divergência é normal e quando debatemos sobre divergências chegamos a melhores soluções do que os pontos de partida iniciais”, argumentou.

Um dos pontos que Catarina Martins quer acelerar o processo é com o fim do fator de sustentabilidade nas reformas nos casos dos trabalhadores com 40 anos de carreia contributiva e 60 anos de idade. A BE quer que isso aconteça no OE2018, argumentando que a medida “custa apenas 70 milhões de euros”.

Já sobre o futuro, num possível Governo de coligação, após as eleições legislativas de 2019, o Bloco quererá a pasta das Finanças e a do Trabalho. Quanto à atuação de Marcelo, Catarina Martins classifica-a de equilibrada, mas diz que o Presidente da República tem sido igual a si próprio.

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Aposta em certificados do Tesouro supera os 14 mil milhões

Estado já captou dois mil milhões de euros em poupanças junto dos portugueses este ano, através dos Certificados do Tesouro Poupança Mais. já os certificados de aforro perdem dinheiro há dez meses.

A aposta dos portugueses em certificados do Tesouro superou pela primeira vez a fasquia dos 14 mil milhões de euros em agosto, traduzindo a popularidade deste produto de poupança face à baixa remuneração dos certificados de aforro, cujo saldo continuou a emagrecer pelo 10.º mês consecutivo.

No final de agosto, estavam aplicados em Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) 14,04 mil milhões de euros, registando um crescimento de 351 milhões de euros face ao mês anterior, segundo os dados publicados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Já os tradicionais certificados de aforro continuam a perder dinheiro: menos 50 milhões em agosto para os 12,133 mil milhões.

Os aforradores continuaram a ser atraídos pela remuneração dos CTPM que, só no primeiro ano de aplicação, garante uma taxa bruta de 1,25% — nos quatro anos seguintes a remuneração sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos. Isto contra os 1,6% oferecidos na última emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (acrescido da Euribor a seis meses), quando os certificados de Aforro oferecem menos de 1%.

Certificados do Tesouro supera os 14 mil milhões

Fonte: Banco de Portugal

Contas feitas, no último mês, o Estado conseguiu captar pouco mais de 300 milhões de euros em poupanças junto das famílias portuguesas. Em julho, obteve 231 milhões de euros.

O saldo dos certificados de Aforro e CTPM fixou-se nos 26,174 mil milhões de euros. Aumenta dois mil milhões de euros (mais de 8%) desde o início do ano, graças aos certificados do Tesouro, segundo o Boletim Mensal do banco central liderado por Carlos Costa.

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Eucalipto não é o culpado pelos incêndios, diz a Associação da Indústria Papeleira

  • Lusa
  • 21 Setembro 2017

A Associação da Indústria Papeleira defende que o problema dos incêndios em Portugal não deve ser atribuído ao eucalipto. Mas à falta de gestão da floresta e do "incendiarismo".

A Associação da Indústria Papeleira defende que o problema dos incêndios em Portugal não deve ser atribuído ao eucalipto, mas à falta de gestão da floresta e do “incendiarismo”, disse hoje à Lusa um representante.

“É uma questão da gestão, não é da espécie em concreto. O que não falta no país são exemplos de incêndios que ocorrem em áreas agrícolas e em áreas florestais com outras espécies que não o eucalipto. O fator comum a todos os incêndios é sempre a falta de gestão”, afirmou Henrique Vieira, colaborador da Associação da Indústria Papeleira (CELPA).

"É uma questão da gestão, não é da espécie em concreto. O que não falta no país são exemplos de incêndios que ocorrem em áreas agrícolas e em áreas florestais com outras espécies que não o eucalipto. O fator comum a todos os incêndios é sempre a falta de gestão.”

Henrique Vieira, colaborador da Associação da Indústria Papeleira

Em declarações à Lusa, em Fafe, onde hoje aquela associação promoveu uma sessão de esclarecimento no âmbito do projeto “Melhor Eucalipto”, Henrique Vieira sublinhou que o flagelo dos incêndios tem também a ver com “o elevadíssimo número de ignições no país”. “Isto não é só um problema da floresta, é também um problema social, é um problema de incendiarismo“, disse.

A ligação que às vezes se faz do eucalipto à ocorrência dos incêndios florestais é um tema que a CELPA, anotou, tem procurado “desmistificar”: “Onde há gestão, o fogo tem uma probabilidade muito menor de ocorrer e onde ocorre é com menos intensidade e causa menores estragos. Onde não há gestão, o que infelizmente se observa por inúmeras razões em boa parte do país, leva a estas condições catastróficas que se verificam ano após ano”.

Para o representante da associação, “o património das empresas associadas da CELPA é um excelente exemplo desse fator gestão, que é uma gestão profissional”. “Se formos ver as estatísticas, em média arde menos de 1% anualmente do património gerido por estas empresas. Isto é um valor que só por si já diz tudo”, destacou, recordando que cerca de 200 mil hectares de floresta, a maioria de eucalipto, são geridos pelas empresas associadas da CELPA.

O projeto “Melhor Eucalipto”, que foi iniciado em 2015, “tem como principal objetivo partilhar a experiência que a CELPA e as suas empresas associadas adquiriram ao longo de várias décadas de prática e de investigação na silvicultura do eucalipto”. “Desse modo, podermos ajudar os proprietários florestais, especialmente em regiões de minifúndio a melhorar a gestão das suas áreas de eucalipto e de produtividade da sua floresta”, explicou.

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Aviões sem piloto? É proibido, mas já há seguros há 20 anos

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A tecnologia existe, mas a preocupação dos reguladores não tem permitido o avanço. De qualquer forma, a Lloyds of London já tem apólices de seguro para isso há duas décadas.

Imagina um mundo em os aviões se pilotam sozinhos, sem qualquer profissional no cockpit? Então, saiba que a tecnologia já existe há várias décadas e que só não vai avante por causa da resistência dos reguladores — e até do público.

A Lloyds of London, especialista britânica em seguros, garante que até já tem as apólices de seguro prontas para aviões totalmente autónomos… há vinte anos. Ao Quartz, Inga Beale, presidente executiva da seguradora, realçou que quem legisla sobre este tema continua reticente em deixar que o próprio avião tome conta do voo, desde a descolagem à aterragem.

É por isso que continua a ser obrigatória a presença de dois pilotos em todos os voos comerciais, embora, num voo doméstico de duas horas e meia, 95% da viagem já seja feita em piloto automático. Os humanos só tratam, praticamente, de pôr o avião no ar e de o trazer de volta à terra.

A regulação é a última barreira a superar antes de um voo totalmente robotizado.

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INE quer saber o que os portugueses pensam dos transportes

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Setembro 2017

Vai decorrer o Inquérito à Mobilidade 2017, no qual os cidadãos selecionados podem não só apresentar as suas rotinas, como também elogios e queixas.

O INE vai andar pelos 35 municípios que integram as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa a questionar os clientes dos transportes públicos.Paula Nunes / ECO

O Instituto Nacional de Estatística (INE) quer conhecer melhor as deslocações dos habitantes dos 35 municípios que integram as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa. Em comunicado, o INE afirma querer “dar respostas a perguntas como: como nos deslocamos, quanto tempo demoramos, que distâncias percorremos, que custos temos”, entre outras.

Para este Inquérito à Mobilidade 2017, a instituição vai entrar em contacto com cerca de 20 mil alojamentos, que vão ser previamente contactados, e, para além das rotinas, a opinião dos utilizadores também vai ser um aspeto central. Será uma oportunidade para os utilizadores da Carris, da STCP, do Metro de Lisboa, do Metro do Porto, da CP, entre outros, poderem exprimir as suas queixas ou elogios.

O inquérito vai realizar-se de 16 de outubro a 17 de dezembro, com todas as respostas a serem confidenciais. Os cidadãos selecionados vão receber em casa uma carta do INE com os códigos necessários para acederem ao inquérito online.

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Aumento extra das pensões? “Não há nenhuma posição fechada”, diz Vieira da Silva

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 21 Setembro 2017

O ministro do Trabalho e Segurança Social garante que as pensões voltarão a ser atualizadas de acordo com a legislação, abrangendo cerca de 90% dos reformados. Mas não revela se haverá aumento extra.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não quis revelar se os pensionistas voltarão a ter um aumento extraordinário em 2018, indicando que não há “posição fechada”. Certo é que as pensões voltarão a ser atualizadas de acordo com a legislação, que liga atualmente os aumentos à economia e à inflação.

Este ano, dois milhões de pensionistas tiveram direito a um aumento extra, que começou a ser aplicado em agosto. Para 2018, a questão volta a ser colocada na mesa das negociações com os partidos que apoiam o Governo. Questionado sobre esta possibilidade, o ministro Vieira da Silva não quis adiantar novidades. “Não há nenhuma posição fechada”, respondeu.

Sabe-se, porém, que haverá, “pelo terceiro ano consecutivo a aplicação da fórmula de atualização das pensões, que faz com que mais de 80%, aliás, perto de 90% dos pensionistas tenham pelo menos garantido que não têm perda de poder de compra e isso é toda uma diferença, para além das melhorias que existem com o fim dos impostos extraordinários que incidem sobre os pensionistas”, adiantou ainda Vieira da Silva à margem da conferência da UNECE sobre o Envelhecimento.

“Pelo menos essa atualização que garante que as pensões não se degradam para grande maioria” dos pensionistas “está garantida porque a lei voltou a ser reposta e não está suspensa”, acrescentou. Este ano, as pensões mais baixas foram atualizadas em 0,5% pela aplicação destas regras.

O governante não quis falar sobre o Orçamento do Estado para 2018, defendendo apenas que a melhor forma de evitar pensões baixas é assegurar “crescimento do emprego e melhores salários”. Adiantou ainda que é a evolução da economia e da sociedade “que vai ditando facilidade e a rapidez” com que é possível recuperar “alguma da degradação que existiu durante um bom número de anos”. “Há três anos estávamos a discutir quanto é que seriam os cortes nas pensões, agora estamos a discutir quanto é que serão os aumentos, se isto não é uma viragem, não sei o que é uma viragem”, frisou.

Vieira da Silva diz compreender que os portugueses tenham “expectativas” em torno do OE, mas deixa um alerta: “Compreendo naturalmente que haja essa expectativa mas creio que os portugueses têm também a expectativa que as políticas não contribuam para destruir essa expectativa.” “Ou, dito de forma, “que as políticas sejam sensatas” e “equilibradas”. O equilíbrio é possível mas tem de ter “os necessários níveis de ponderação”.

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S&P corta rating da China pela primeira vez em 18 anos

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A S&P reduziu o rating da dívida da China de AA- para A+, como consequência do aumento do endividamento do país. Um corte que já não acontecia desde 1999. A perspetiva é estável.

A Standard & Poor’s cortou o rating da China pela primeira vez em 18 anos. A agência de notação diz que este corte se deve ao aumento do endividamento do país, que intensifica os riscos de instabilidade económica e financeira.

Pela primeira vez desde 1999, a S&P fez um corte na nota da dívida chinesa, que passou de AA- para A+ (quinto nível da escala), segundo o comunicado da agência, citado pela Bloomberg. A agência de notação financeira justifica essa decisão pelo facto de terem aumentado os riscos financeiros e económicos. Riscos que surgiram com o aumento do endividamento. A S&P melhorou o outlook, passando de negativo para estável, o que significa que não se devem esperar mais cortes no futuro.

Um período prolongado de forte aumento do crédito intensificou os riscos financeiros e económicos na China“, explicou a S&P para justificar a sua decisão. “Embora esse crescimento do crédito tenha contribuído para um forte crescimento do PIB real e para o aumento dos preços de ativos, acreditamos que também diminuiu a estabilidade financeira em certa medida”, acrescentou.

De acordo com Xia Le, economista do BBVA, em Hong Kong, este corte terá “um impacto relativamente grande nas empresas chinesas, uma vez que as classificações corporativas não podem ser superiores à classificação soberana”.

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WSJ: Portugal, uma lição para os eurocéticos britânicos

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

"Portugal conseguiu uma reviravolta com a qual os conservadores britânicos só conseguem sonhar", considera o The Wall Street Journal. Mas até a melhor lição tem falhas.

A recuperação da economia portuguesa e a surpreendente decisão da Standard and Poor’s de subir o rating de Portugal, retirando-a do “lixo”, continua a merecer citações na imprensa internacional. Desta vez foi a vez do The Wall Street Journal (WSJ) destacar Portugal como um exemplo que os eurocéticos devem ter em atenção, nomeadamente dos britânicos, que no ano passado decidiram divorciar-se da União Europeia.

Numa peça intitulada “A Portuguese Lesson for Britain’s Euroskeptics” (acesso condicionado), ou em Português, “uma lição portuguesa para os eurocéticos britânicos”, o jornal afirma que o nosso país não precisou das ferramentas europeias que os descrentes na união económica e monetária criticam, como a desvalorização da moeda, integração fiscal ou mutualização da dívida, para recuperar.

"Na verdade, Portugal conseguiu uma reviravolta com a qual os conservadores britânicos só conseguem sonhar.”

The Wall Street Journal

“Na verdade, Portugal conseguiu uma reviravolta com a qual os conservadores britânicos só conseguem sonhar”, pode ler-se no artigo, que enumera a redução do défice e o equilíbrio da balança fiscal como as provas dessa reviravolta. “Fez isto sem a ajuda da desvalorização, ou sequer da integração fiscal ou da mutualização da dívida”.

Considerando que “os eurocéticos britânicos têm vindo a prever o fim do euro desde que a moeda foi lançada”, “avisando que está condenado ao falhanço, que é ‘uma ponte a arder sem saída”, o jornal contraria o determinismo com o facto de “um dos elos mais fracos da Zona Euro parecer cada vez mais seguro”. Com a libra a afundar e o país a tentar mostrar resultados num período conturbado, os valores económicos defendidos pelo Reino Unido “são a lição errada”.

A melhor lição também tem falhas

Ainda que seja uma lição a aprender, não quer dizer que esta não apresente falhas. O WJS afirma que o Banco Central Europeu “demorou muito tempo a resolver os problemas no sistema bancário da Zona Euro”, o que manteve “o fluxo de crédito constrangido”. Em conjunto com as “ineficiências nos regimes de insolvência nacionais que continuam a atrasar a reestruturação de dívida”, fez com que os países não conseguissem recuperar a tempo de evitar consequências piores.

"Tal como muito países da zona euro, tem de aumentar a produtividade para reduzir todas as dúvidas acerca da sustentabilidade da dívida a longo prazo.”

The Wall Street Journal

“E ninguém pode alegar que Portugal ou a Zona Euro está a salvo”, diz o jornal, apontando para o malparado dos setores público e privado portugueses como um motivo para este continuar “vulnerável a um choque”. “Tal como muito países da Zona Euro, tem de aumentar a produtividade para reduzir todas as dúvidas acerca da sustentabilidade da dívida a longo prazo”.

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Aeroportos nacionais movimentam 24 milhões de passageiros até junho

O movimento de passageiros nos aeroportos nacionais está a aumentar a um ritmo que ronda os 20%. Só por Lisboa, passaram quase 7 milhões de passageiros em três meses.

Os aeroportos nacionais movimentaram quase 24 milhões de passageiros no primeiro semestre deste ano. Os dados são divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que o movimento de passageiros está a aumentar a um ritmo que ronda os 20%.

Entre abril e junho deste ano, aterraram nos aeroportos nacionais cerca de 56 mil aeronaves em voos comerciais, um aumento de 12% face a igual período do ano passado. Nestes meses, o número de passageiros movimentados, entre embarques, desembarques e trânsitos diretos, ascendeu a 14,5 milhões, mais 20,6% do que há um ano. Já no primeiro trimestre, os aeroportos nacionais tinham movimentado 9,4 milhões de passageiros.

Feitas as contas, foram mais 23,9 milhões de passageiros que passaram pelos aeroportos portugueses durante o primeiro semestre de 2017. Há um ano, o número de passageiros nesse mesmo período pouco passava os 20 milhões — houve um aumento superior a 19%.

Este ritmo de crescimento é bastante superior ao dos principais indicadores de turismo. No conjunto dos sete primeiros meses do ano, o número de hóspedes da hotelaria nacional aumentou 9,6% e o número de dormidas subiu 8,5%. Isso pode significar duas coisas: primeiro, os portugueses também estão a viajar mais. Contudo, o tráfego internacional respondeu pela grande maioria (81,5%) do movimento total de passageiros, pelo que há outra explicação: há ainda vários passageiros a passarem por Portugal, mas a não pernoitarem no país ou a ficarem por muito pouco tempo. Recorde-se que a estada média no país está abaixo das três noites.

A taxa de ocupação das transportadoras também está a melhorar significativa. No segundo trimestre deste ano, a oferta de transporte nos aeroportos nacionais totalizou 16,9 milhões de lugares, o que significa que a taxa de ocupação, tendo em conta o total de passageiros movimentados, foi de 85,8%. No segundo trimestre do ano passado, tinha sido de 79%.

Açores cresce mais, Lisboa responde por quase metade

O aeroporto de Ponta Delgada foi o que registou o maior aumento no segundo trimestre. Nesse trimestre, o movimento de passageiros no aeroporto açoriano disparou 29,8%. Esta tendência de crescimento acentuado mantém-se desde 2015, quando se deu a liberalização do espaço aéreo açoriano e as companhias aéreas low cost passaram a voar para o arquipélago.

Apesar de os Açores registarem o crescimento mais expressivo, é Lisboa que reforça cada vez mais a sua quota. O movimento de passageiros no aeroporto da capital aumentou em 23,1% e a Portela acabou por atingir uma quota de 47,9% do movimento total de passageiros. Assim, Lisboa movimentou, ao todo, 6,9 milhões de passageiros no segundo trimestre deste ano. Em Faro, o movimento aumentou em 19,8% e no Porto a subida foi de 17,6%.

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Endividamento da economia baixa pela primeira vez este ano

Depois do valor recorde atingido em junho, o endividamento da economia portuguesa baixou em julho pela primeira vez desde o início do ano. Fixou-se nos 725,4 mil milhões de euros.

Ao sétimo mês, a primeira descida do ano. O endividamento da economia portuguesa baixou em julho pela primeira vez em 2017, fixando-se nos 725,4 mil milhões de euros, depois de ter registado um valor recorde no mês anterior.

Este endividamento corresponde ao das administrações públicas, empresas e famílias, excluindo-se os bancos. Desde janeiro deste ano que o valor do endividamento do setor financeiro, em termos nominais, tem crescido todos os meses. Julho foi a exceção, tendo caído 613 milhões face de junho, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.

Endividamento da economia desce em julho

Fonte: Banco de Portugal

Em concreto, “em julho de 2017, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 725,4 mil milhões de euros, dos quais 316,8 mil milhões respeitavam ao setor público e 408,6 mil milhões ao setor privado”. “Relativamente a junho de 2017, o endividamento do setor público diminuiu mil milhões de euros. O endividamento do setor privado registou um incremento de 0,4 mil milhões de euros”, explica ainda o banco central liderado por Carlos Costa.

De acordo com o Banco de Portugal, a descida do endividamento das administrações públicas “deveu-se sobretudo à diminuição do financiamento obtido junto do setor não residente e das próprias administrações públicas”.

Em relação ao setor privado, o aumento da dívida “refletiu o acréscimo do endividamento externo das empresas privadas”. Este aumento só não foi maior porque o endividamento destas empresas e das famílias junto dos bancos portugueses baixou, sinaliza a instituição.

Em junho, o valor do endividamento da economia correspondia já a quase quatro vezes o Produto Interno Bruto de Portugal, sendo a elevada alavancagem das famílias e empresas um dos principais pontos sublinhados pelas agências de rating e outras instituições como entrave ao desenvolvimento da economia nacional.

(Notícia atualizada às 12h02)

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