Portugal com juros negativos recorde depois de sair de “lixo”

O IGCP foi ao mercado pela primeira vez após a decisão da S&P de retirar Portugal de "lixo". No duplo leilão de dívida de curto prazo obteve taxas negativas recorde.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) foi ao mercado pela primeira vez após a decisão da Standard & Poor’s de retirar Portugal de “lixo”. No duplo leilão de dívida de curto prazo obteve taxas negativas recorde para se financiar em 1.750 milhões de euros.

Portugal colocou a maior fatia dos 1.750 milhões de euros em títulos a 12 meses, prazo no qual obteve uma taxa de -0,345%, um juro bem mais negativo do que o de -0,259% registado na última operação com igual maturidade, realizada a 19 de julho. A procura neste prazo foi de 2,1 vezes a oferta.

Juros portugueses a dez anos aliviam

Na maturidade a seis meses, na qual o IGCP colocou 500 milhões de euros (a procura foi de 2,83 vezes a oferta), a taxa foi igualmente a mais baixa de sempre. Baixou de -0,292% para -0,363%.

Estes juros negativos seguem a tendência verificada nos últimos leilões de bilhetes do Tesouro levados a cabo pelo IGCP, sendo que a queda das taxas para terreno ainda mais negativo reflete a revisão em alta do rating do país por parte da S&P. A agência de notação financeira tirou Portugal de “lixo”. O rating está agora em BBB-.

"O país conseguiu as taxas mais baixas de sempre para estes prazos e ambas foram, mais uma vez, negativas. Era o que se esperava: depois da subida de rating por parte da S&P e a perspetiva de estável por parte da Moody’s.”

Filipe Silva

Diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa

“Nesta operação, o país conseguiu as taxas mais baixas de sempre para estes prazos e ambas foram, mais uma vez, negativas. Era o que se esperava: depois da subida de rating por parte da S&P e a perspetiva de estável por parte da Moody’s, a dívida portuguesa de longo prazo estreitou e o curto prazo está a ter o mesmo comportamento. Não é de estranhar, por isso, que tenha sido emitido o montante máximo previsto”, diz Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

“Se o mercado já confiava em Portugal nos leilões a curto prazo, o interesse hoje foi ainda maior depois do upgrade da S&P na sexta-feira à noite. No panorama internacional, Portugal é agora a estrela dos mercados europeus de dívida pública“, diz Steven Santos.

“Embora o upgrade da S&P tenha mais impacto na zona longa da curva de rendimentos, as colocações a curto prazo também beneficiam, como mostra o duplo leilão de hoje. Note-se, porém, que estas operações no mercado monetário têm um peso residual no financiamento líquido do Estado e visam refinanciar bilhetes do Tesouro que vão vencendo”, nota o gestor do BiG.

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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Greve dos juízes foi desconvocada

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

Os juízes optaram por cancelar a greve marcada para os dias 3 e 4 de outubro devido à "abertura clara da Assembleia da República" para discutir as suas exigências.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses decidiu esta manhã cancelar a greve prevista para os dias 3 e 4 de outubro, graças a uma “abertura clara da Assembleia da República” para discutir o Estatuto dos Juízes, de acordo com uma nota enviada às redações, citada pela TSF.

Sendo assim, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses optou por desconvocar a greve de 3 e 4 de outubro. O estatuto profissional dos juízes deverá ser debatido no plenário, segundo garantiu o grupo parlamentar do Partido Socialista ontem, terça-feira, incluindo a questão de aumentos e da estrutura das carreiras.

Os juízes têm vindo a manifestar-se descontentes com a “incapacidade [do Governo] de discutir alguns pontos do Estatuto”, inflexibilidade que motivou a greve. Acrescentou ainda a propósito das exigências dos magistrados que “o esforço de quatro milhões de euros é meramente a reposição de um corte do que foi retirado aos juízes”.

Os juízes tinham convocado a greve com base na falta de disponibilidade do Governo para negociar o Estatuto dos juízes, que, entendem, não garante aos magistrados a progressão na carreira que era devida, nem os aumentos necessários “para a garantia da sua independência”. Agora, com a maior abertura do Governo, a greve caiu.

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Presidente a nomear governador do Banco de Portugal? “É uma boa evolução”, diz Nuno Amado

Nuno Amado diz que a subida do rating do país pela S&P é uma "boa notícia", mas é preciso mais. E está confiante na melhoria na notação do BCP com a recuperação dos resultados.

O presidente do BCP, Nuno Amado, foi eleito “Melhor CEO” nos prémios IRGAPaula Nunes/ECO

Nuno Amado, distinguido como melhor CEO nos IRGA, da Deloitte, vê com bons olhos a proposta de revisão da supervisão financeira, nomeadamente no que respeita à passagem da nomeação do governador pelo Presidente da República. “É uma boa evolução”, diz o presidente executivo do BCP ao ECO, que considera também positivo que o país tenha saído de “lixo” na S&P. Mas alerta: é preciso fazer mais. É preciso seguir um caminho sustentado, algo que acredita estar a conseguir fazer à frente do maior banco privado português.

“A única coisa que vi é que o governador do Banco de Portugal vai ser nomeado pelo Presidente da República. Parece-me bem. O Presidente é um máximo denominador comum entre todos nós“, diz Nuno Amado ao ECO, à margem dos prémios IRGA, entregues no Convento do Beato, em Lisboa. “Acho que isso [a alteração da forma de nomeação] é um passo que, se for verdade, é bom. É uma boa evolução”, remata.

O presidente executivo do BCP não quis comentar o poder acrescido do Governo na resolução de bancos que consta da proposta de revisão da supervisão financeira, mas congratulou-se com a revisão em alta do rating do país por parte da S&P, bem como com as indicações do Governo de que trabalhará para reduzir a dívida pública.

“[A subida do] rating da República foi uma ótima noticia. É importante ser reforçada também com a revisão das outras empresas de rating que ainda não o fizeram. E é fundamental, como já foi dito pelo Governo, o ministro das Finanças [Mário Centeno] e o seu secretário de Estado [Ricardo Mourinho Félix], a diminuição da dívida pública em termos do PIB. Um caminho sustentado nesse sentido é astutamente essencial”, rematou.

Subida do rating do BCP? “Mais mês, menos mês”

Se Amado defende que o Governo aponte num caminho sustentado de redução da dívida, garante que está implementar isso mesmo no BCP, acreditando que “se o trabalho for bem feito, a prazo teremos noticias” quanto ao rating do BCP. “Isso não depende só de nós, também depende das empresas de rating. Mais mês, menos mês, estou confiante de que isso também vai acontecer”, disse o CEO do BCP ao ECO. Isto depois de a S&P ter tirado o BPI e o Santander Totta do “lixo”.

“Penso que se o trabalho que fizermos continuar, se a rentabilidade trimestre a trimestre se mantiver e melhorar”, as agências de notação irão reconhecer isso, mas os investidores também. E a rentabilidade vai melhorar? “Acho que sim. O nosso compromisso com o mercado é que este ano temos uma certa evolução, mas para o ano que vem esperamos recuperar algo mais ainda. Estou confiante que é isso que vai acontecer… um caminho certo e sustentado”.

Investidores satisfeitos. Novos reforços?

“Passámos de break-even no ano passado para, espero eu, lucros muito sustentáveis este ano. E espero que em 2018 este caminho progrida, mas progrida com base e sustentação. O tempo dará, espero eu, algum valor ao trabalho que temos vindo a fazer”, disse Nuno Amado. Essa valorização não se refletiu recentemente no mercado de capitais, com o BCP a ser fortemente penalizado após uma subida expressiva no arranque do ano, mas voltou agora a disparar.

“O BCP tem uma volatilidade de preço relativamente grande e, portanto, sobe mais e desce mais nos momentos de volatilidade. Felizmente, nos últimos dias recuperou”, disse Amado. Os títulos estão a cotar nos 22,23 cêntimos, tendo liderado a recuperação da bolsa nacional desde que a S&P tirou Portugal de “lixo”.

Esta subida das ações, juntamente com a recuperação da rentabilidade, está a ser bem recebida pelos grandes investidores, nomeadamente a Fosun que reforçou a posição para 25,26% do capital do banco. “É um bom sinal o reforço dos grandes acionistas”, disse. A Sonangol tem até ao final do ano para reforçar a sua participação no capital da instituição já que termina a autorização dada pelo Banco Central Europeu.

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OCDE: Economia da Zona Euro acelera em 2017. Depois abranda

A zona euro é a surpresa de 2017, mas a OCDE prevê que o deixe de ser no próximo ano. A tendência mundial de crescimento económico será passageira se os governos não fizerem mais, avisa a organização.

A OCDE vê a economia da zona euro a acelerar ainda mais em 2017 do que já tinha previsto em junho. Contudo, o crescimento económico dos países da moeda única vai abrandar em 2018. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em alta a maior parte das suas previsões intercalares reveladas esta quarta-feira.

No primeiro trimestre deste ano, a economia da zona euro avançou 1,9%. O crescimento económico acelerou no segundo trimestre para 2,3%, uma progressão que a OCDE prevê que seja estável durante este ano. A Organização projeta um crescimento de 2,1% em 2017, mais 0,3 pontos percentuais face à previsão de junho.

Fonte: OCDE, Interim Economic Outlook (setembro)

“Na zona euro, o crescimento do PIB superou as expectativas no primeiro semestre de 2017”, escreve a OCDE na atualização desta quarta-feira, assinalando a criação de emprego, a política monetária acomodatícia e a redução da incerteza política. A Organização elogia o fortalecimento do consumo, investimento e das exportações “saudáveis”, desvalorizando os efeitos da recente apreciação do euro na atividade económica.

Na análise, a OCDE destaca os três motores da economia da zona euro: Alemanha (2,2%), França (1,7%) e Itália (1,4%) — o crescimento económico nestes países também é revisto em alta. A economia alemã surpreendeu. A economia francesa para lá caminha, diz a OCDE, com as reformas laborais e fiscais de Emmanuel Macron, o recém-eleito Presidente francês. Já Itália precisa de resolver os problemas na banca para ir mais longe.

Um dos problemas apontadas pela Organização é a subida dos preços — a inflação core continua longe de atingir a meta de perto de 2% do Banco Central Europeu. A OCDE assinala que, se a apreciação do euro continuar, esta pode ter um “efeito amortecedor” na inflação. “As autoridades [nacionais e europeias] enfrentam a dificuldade de equilibrar a contínua política acomodatícia enquanto gerem os riscos da estabilidade financeira”, lê-se no documento, que refere as bolhas e as distorções criadas.

O conselho da OCDE é que os bancos centrais sejam prudentes na retirada dos estímulos, fazendo-o na “altura apropriada” de forma a reduzir gradualmente o seu balanço. “Sejam previsíveis”, pede a Organização, para que a volatilidade financeira seja minimizada, referindo que a incerteza é um dos potenciais riscos.

E o resto do mundo?

A OCDE prevê que a economia mundial cresça 3,5% em 2017 e 3,7% em 2018. “A recuperação económica tem sido cada mais vez sincronizada entre os países” a curto prazo, escreve a Organização, referindo a expansão no investimento, emprego e comércio. O problema está no médio e longo prazo: o investimento empresarial, as trocas comerciais e a produtividade são o calcanhar de Aquiles da economia mundial. A solução? “Reformas profundas”, diz a OCDE.

A nível mundial uma das surpresa é a Índia: a economia irá abrandar em 2017, mas no próximo ano irá ser a economia que mais cresce (7,2%), ultrapassando a China (6,6%). A mesma aceleração regista-se no Brasil que, depois da recessão, começa a recuperação económica em 2017 (0,6%), fortalecendo-a em 2018 (1,6%). Os Estados Unidos vão crescer 2,1% este ano, acelerando para os 2,4% no ano seguinte.

Por outro lado, a economia britânica vai continuar a desacelerar, fruto da queda do consumo e do investimento. E, claro, da incerteza à volta das negociações com o Brexit que se arrastam até 2019. “A taxa de desemprego desceu para menos de 4,5%, mas a fraca produtividade e a tímida subida real dos salários persistem”, assinala a organização liderada por Angel Gurría.

O crescimento económico será sustentável?

A resposta depende da política económica adotada pelos países avançados e emergentes. A OCDE considera que as políticas não devem ser “complacentes” com a dinâmica atual do crescimento económico. “Para assegurar um crescimento robusto a médio prazo, a política monetária deverá manter-se acomodatícia em algumas economias, mas com um olho na estabilidade financeira”, explica a Organização.

Fonte: OCDEFonte: OCDE

A OCDE insiste que são necessários esforços “estruturais” para potenciar o investimento, a produtividade e “para assegurar que a recuperação económica beneficie todos”. Por isso, recomenda que os governos continuem com uma política orçamental expansionista para promoverem o “crescimento inclusivo”. De outra forma, a organização prevê que o crescimento económico a longo prazo será “insuficiente para sustentar melhorias generalizadas nos padrões de vida dos cidadãos”.

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Crédito dado por marcas automóveis atinge 400 mil milhões

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

Valor dos empréstimos concedidos pelas marcas mais do que duplicou, desde a crise financeira, depois de, nessa altura, os bancos terem fechado a torneira ao crédito automóvel.

BMW, Volkswagen, Daimler e Renault atingiram, em junho, uma exposição de 400 mil milhões de euros aos financiamentos para a compra de automóveis. O valor dos créditos cedidos pelos braços de financiamento das fabricantes já mais do que duplicou, desde a crise financeira, período em que os bancos fecharam a torneira.

Esta evolução enfatiza a importância das empresas do ramo automóvel oferecerem aos seus clientes e intermediários condições de crédito atrativas. “As áreas de financiamento desses negócios são mais importantes do que o trabalho que se faz nas fábricas”, garante Mike Allen, analista da Zeus Capital, ao Financial Times.

Os serviços financeiros da Daimler adiantam mesmo que “2017 será, provavelmente o ano mais bem sucedido na história da companhia” e apontam o braço de crédito e financiamento da empresa como uma das principais razões para este resultado.

Nos últimos três anos, os ativos de crédito globais das quatro empresas referidas cresceu mais de 10%. “Se há mais pessoas a comprar com financiamento, é porque esse financiamento está a ficar mais acessível e os produtos mais atrativos”, acrescenta George Galliers, analista na Everscore ISI.

As boas notícias são que as perdas motivadas por esses créditos têm permanecido baixas. No caso da BMW, por exemplo, na primeira metade do ano, a taxa de incumprimento rondou os 0,31% da carteira, o que consolida a tendência de decréscimo iniciada desde que, em
2009, se atingiu o pico de 0,84%.

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Juros da dívida renovam mínimos antes do primeiro leilão após a S&P

Os juros da dívida nacional continuam em queda, reflexo da revisão em alta do rating por parte da S&P. Portugal vai ao mercado colocar dívida de curto prazo. Quer até 1.750 milhões.

Portugal continua a sentir um alívio nos juros da dívida. As taxas têm vindo a afundar desde que a S&P reviu em alta a notação do país, retirando o rating de “lixo”, tocando mínimos de ano e meio. O IGCP vai testar o mercado após a decisão da agência de notação financeira com um leilão de bilhetes do Tesouro. Quer até 1.750 milhões de euros.

As taxas das obrigações do Tesouro estão novamente em queda, sendo esta uma realidade nos prazos mais longos. No prazo a cinco anos, a taxa desce para 0,923%, já a dez anos regista-se uma descida de 1,5 pontos base para 2,408%, o nível mais baixo desde o final de 2015. No final da semana passada, antes da decisão da S&P, a taxa estava em 2,803%.

Regista-se um forte alívio nos juros da dívida nacional, sendo este visível não só através das taxas em si mas também no diferencial dos juros portugueses face aos de outros países do euro, nomeadamente a Alemanha (o diferencial está abaixo dos 200 pontos base). Um alívio que deverá traduzir-se em juros mais baixos no leilão de dívida de curto prazo.

O Estado português vai voltar aos mercados com leilões de dívida a seis e 12 meses, com os quais espera arrecadar entre 1.500 e 1.750 milhões de euros. O IGCP, agência que gere a dívida pública portuguesa, informou que vai realizar “dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) que têm maturidades em 16 de março de 2018 (seis meses) e 21 de setembro de 2018 (um ano).

Em 19 de julho, Portugal colocou 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses, a taxas de juro médias ainda mais negativas do que as dos anteriores leilões comparáveis. A 12 meses foram colocados 1.250 milhões de euros em BT à taxa de juro média de -0,259%. A seis meses, foram colocados 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,292%.

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Setembro 2017

May vai pagar 20 mil milhões à União Europeia, enquanto o Brasil anda a pagar milhões a reformados que já morreram. Estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

No setor automóvel, há um autocarro elétrico que poderá fazer a viagem de Lisboa a Andorra com um só carregamento de bateria e fabricantes que podem estar demasiado expostas ao crédito automóvel. No Reino Unido, o processo de divórcio continua e já se fala de compensações. No Brasil, a Segurança Social gastou milhões com reformados que já morreram há mais de dez anos. Estas e outras notícias que enchem as manchetes dos meios de comunicação internacionais.

Financial Times

Exposição ao crédito da principais fabricantes automóveis chega aos 400 mil milhões

A Volkswagen, a BMW, a Daimler e a Renault viram, entre janeiro e junho deste ano, a exposição ao crédito e financiamentos a chegar aos 400 mil milhões de euros, um valor semelhante ao de bancos como o Commerzbank. Estas grandes fabricantes de automóveis europeias criaram soluções de crédito próprias para os seus clientes, que têm sido bastante populares desde que os próprios bancos começaram a apertar as regras da concessão de financiamento ao consumo.

(Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Financial Times

Theresa May prepara 20 mil milhões para pagar contribuíções à UE

O processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia continua a decorrer e May já terá encontrado uma indemnização para os seus antigos parceiros. O Governo britânico afirmou à chanceler Angela Merkel que poderia esperar uma oferta de 20 mil milhões de euros vinda da primeira-ministra, correspondendo esta à contribuição que tem de ser feita por cada Estado-membro. Este valor é, precisamente, aquele que está estimado que fique a faltar ao orçamento europeu com a saída do Reino Unido.

(Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Bloomberg

Thyssen e Tata fundem-se para criar segundo maior produtor de aço da Europa

A alemã Thyssen e a indiana Tata assinaram um memorando de entendimento para criar a Thyssenkrupp Tata Steel. Esta será a segunda maior produtora de aço da Europa, gerando sinergias anuais que podem ir dos 400 milhões aos 600 milhões de euros. Através desta união, as duas empresas vão conseguir poupar na capacidade de utilização, nas compras, nos custos com administração e com I&D. Esta poderá também significar a perda de quatro mil postos de trabalho.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

Folha de São Paulo

Segurança Social brasileira pagou 1,1 mil milhões de reais a reformados mortos

Um relatório às práticas do Instituto Nacional de Seguridade Social brasileiro revelou que, em 2016, a instituição pagou 1,1 mil milhões de reais — ou 265 milhões de euros — a reformados que já faleceram, muitos deles há mais de uma década. O erro estará no facto de não existir um sistema automático de suspensão dos benefícios após o óbito ser declarado, sendo que a instituição tem dificuldade em reaver o dinheiro que já foi depositado nas contas dos falecidos

(Conteúdo em português / Acesso livre)

The Verge

Autocarro elétrico da Proterra terá autonomia de 1.773 quilómetros

A norte-americana Proterra anunciou que conseguiu quebrar o recorde de quilómetros percorridos com um só carregamento de bateria. O Catalyst E2 Max, um autocarro de passageiros elétricos conseguirá percorrer 1.773 quilómetros com apenas um carregamento de bateria. Em comparação, um carregamento num Tesla Model S dá para percorrer 506 quilómetros.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

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Entre protestos dos trabalhadores, Parlamento discute PT

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

O PS garante que a alteração à lei sobre a transmissão de estabelecimento será "uma realidade". Esta quarta-feira, os partidos discutem propostas do Bloco, do PCP, do PS e do PAN.

O parlamento discute esta quarta-feira projetos de lei de BE, PCP, PS e PAN sobre alterações ao Código do Trabalho de normas relacionadas com a utilização da figura da transmissão de estabelecimento, como o que afeta a PT/Meo.

O projeto do PS propõe uma alteração ao Código do Trabalho em que reforça “a responsabilidade solidária” das empresas nos processos de transmissão de estabelecimento. Segundo a exposição de motivos do projeto de lei, o PS pretende reforçar algumas das normas relacionadas com a utilização da figura da transmissão, mas não vai tão longe quanto os diplomas do PCP e do BE.

Comunistas e bloquistas preveem, nos seus projetos, que a transmissão de estabelecimento seja sujeita a autorização ou tutela do Governo, algo que o PS não adota. Os socialistas também nada preveem sobre a possibilidade de o trabalhador poder recusar a transferência, mas reforçam o direito de o trabalhador ter “acesso a todo o conteúdo do contrato” na transmissão.

Enquanto o projeto de lei do BE visa “alterar o regime jurídico aplicável à transmissão de empresa ou estabelecimento”, o do PCP tem o intuito de “clarificar e reforçar a defesa dos direitos dos trabalhadores em caso de transmissão de empresa ou estabelecimentos”. O PAN (Pessoas-Animais-Natureza) também propõe alterar o Código do Trabalho, “modificando o regime jurídico aplicável à transmissão de empresa ou estabelecimento”.

PS garante que alteração à lei “será uma realidade

Tiago Barbosa Ribeiro garantia ontem, terça-feira, à Agência Lusa que a alteração à lei sobre a transmissão de estabelecimento “será uma realidade”, depois de uma reunião com os órgãos representativos dos trabalhadores (ORT) da PT Portugal/Altice.

"Essa mudança será uma realidade, irá ser afinada, melhorada e os trabalhadores ficarão mais protegidos no final disso. ”

Tiago Barbosa Ribeiro

Deputado do PS

“Essa mudança será uma realidade, irá ser afinada, melhorada e os trabalhadores ficarão mais protegidos no final disso”, afirmou o deputado, na véspera da votação na generalidade de projetos de lei do PS, PCP e Bloco de Esquerda (BE) sobre a matéria, depois da PT Portugal ter utilizado a figura jurídica de transmissão de estabelecimento para transferir mais de uma centena e meia de trabalhadores para outras empresas do grupo Altice.

O PS esteve esta tarde reunido com as estruturas representativas dos trabalhadores da PT, tratando-se da “terceira reunião” mantida entre as duas partes. “Os trabalhadores da PT/Altice estão preocupados com a situação e solicitaram uma reunião com o grupo parlamentar do PS, que esteve a ouvir as suas preocupações”, as quais passam pelo processo de transmissão de estabelecimento e instabilidade laboral que se vivem na empresa, disse. Tiago Barbosa Ribeiro recordou que estes problemas constam do relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Trabalhadores em protesto

Os trabalhadores da PT/Meo/Altice concentram-se hoje em Lisboa e no Porto e reúnem-se em plenário no Funchal, em defesa da empresa e dos postos de trabalho. Em Lisboa, os trabalhadores concentram-se, pelas 9h00, em frente à Assembleia da República, enquanto decorre a discussão e votação dos projetos de lei que alteram o regime jurídico aplicável à transmissão de empresa ou estabelecimento. No Porto, a manifestação inicia-se, pelas 12h30, junto ao edifício da PT. Já no Funchal, Madeira, os funcionários vão reunir-se em plenário, no edifício da empresa e, após a conclusão do mesmo, seguem para um encontro com o representante da República.

No dia 14 de setembro, os trabalhadores da Meo anunciaram que iriam reunir-se com os grupos parlamentares do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista para debater as alterações à lei que permite a transmissão de trabalhadores e que os trata como “mera mercadoria”.

Francisco Gonçalves, membro do secretariado da Comissão de Trabalhadores da Meo, disse à agência Lusa que “a lei não consagra o direito de oposição do trabalhador na transmissão”, o que deve ser alterado.

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Lisboa continua a brilhar. BCP é a estrela

A bolsa nacional está já na nona sessão consecutiva de ganhos, tendência acentuada pelo rating da S&P. O BCP volta a ser o destaque numa sessão positiva também na Europa.

A bolsa nacional soma e segue. Continua a valorizar, animada pela revisão em alta do rating do país por parte da S&P, numa sessão positiva para a generalidade das praças europeias. O BCP continua a ser o motor da recuperação do índice nacional, mas o setor energético também dá força à subida do PSI-20.

O índice de referência do mercado de capitais português arrancou a sessão a ganhar 0,28%. Está a valorizar 0,33% para 5.319,74 pontos, sendo esta a nona sessão consecutiva de ganhos — é já o ciclo de subidas mais longo em mais de um ano. A praça nacional acumula uma valorização de 13% em 2017.

A S&P, que tirou o país de “lixo”, veio dar força ao movimento de recuperação da bolsa nacional, sendo o efeito sentido especialmente nos títulos do setor financeiro. O BCP volta a destacar-se pela positiva ao somar 0,43% para 23,32 cêntimos. O banco liderado por Nuno Amado, o “melhor CEO” nos prémios IRGA, vai já na terceira sessão consecutiva de ganhos.

A puxar pela bolsa estão também os títulos do setor energético, com a EDP Renováveis a ganhar 1,14%. A EDP cai 0,12%, já a Galp Energia está a desvalorizar 0,07%, depois de ter descontado o dividendo intercalar, isto num dia de recuperação dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Nota positiva também para a Jerónimo Martins, que soma 0,81% para 16,70 euros, já a Sonae ganha 0,2%. A Nos sobe 0,15%, enquanto a Pharol está a cair 1,79% para os 32,9 cêntimos.

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Rui Nabeiro: “Distinção fica ligada à minha alma e coração”

O fundador do grupo Delta, Rui Nabeiro, foi distinguido com o prémio Lifetime Achievement da Deloitte. "Esta distinção fica ligada à minha alma e coração" disse o empresário de 86 anos.

Rui Nabeiro, fundador da Delta, venceu o prémio de Lifetime AchievementPaula Nunes / ECO

O empresário Rui Nabeiro foi distinguido com o prémio de Lifetime Achievement na edição 30º dos Investor Relations & Governance Awards da Deloitte.

Nabeiro, 86 anos, é o fundador da Delta Cafés, marca criada em 1961 e amplamente reconhecida tanto a nível nacional como a nível internacional. Atualmente, o Grupo Nabeiro/Delta Cafés conta com 25 empresas em diversos setores, desde Indústria e Serviços, Comércio, Agricultura, Imobiliário e Hotelaria e Distribuição.

“É conhecido pelo cunho peculiar pela forma como lidera as suas empresas. Como ninguém, Rui Nabeiro soube colocar o Alentejo e Campo Maior no mapa. É uma inspiração para todos. Simplicidade cativante. É um bom exemplo e tão útil num país com muitas empresas de base familiar”, argumentou Manuel Alves Monteiro, presidente do júri.

“É verdade que nasci numa terra do interior. Mas também fui bafejado pela sorte por causa da fronteira com Espanha. Tive uma lição de trabalho e uma lição de amor. E é essa a mensagem que quero transmitir. A minha mensagem é de amor e carinho. O meu dia-a-dia é a pensar nos outros”, referiu Rui Nabeiro, emocionado já depois da entrega do prémio. “[Esta distinção] fica ligada à minha alma e coração”

Rui Nabeiro sucede assim a Vasco de Mello, que foi reconhecido com o mesmo prémio na edição do ano passado.

"É verdade que nasci numa terra do interior. Mas também fui bafejado pela sorte por causa da fronteira com Espanha. Tive uma lição de trabalho e uma lição de amor. E é essa a mensagem que quero transmitir. A minha mensagem é de amor e carinho. O meu dia-a-dia é a pensar nos outros.”

Rui Nabeiro

Fundador da Delta Cafés

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Ryanair volta a cobrar taxas na remarcação dos voos cancelados

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

Para procederem à remarcação das viagens canceladas pela companhia aérea, os clientes têm de voltar a pagar taxas de bagagem e de marcação de lugares.

Os passageiros que viram os seus voos cancelados pela Ryanair estão a ser obrigados a assumir os custos com bagagem e marcação de lugar que já tinham pago quando compraram o bilhete pela primeira vez. Para procederem à remarcação da viagem têm de voltar a pagar essas taxas.

A situação é denunciada pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que informa ainda que há outros clientes que estão a ser confrontados com novas tarifas, estas muito superiores às que pagaram, ao reservarem com antecedência.

No Twitter, muitos clientes já se queixaram desta prática, afirmando também que, aquando da remarcação, a empresa de aviação marcou lugares separados a clientes que iam juntos, tendo estes que pagar para voltar a ficar nas mesmas posições.

Outros tentam ainda obter algum esclarecimento por parte da operadora aérea em relação a este caso, visto que os canais de apoio têm estado sobrelotados.

A companhia aérea irlandesa anunciou na passada semana que, devido a erros na alocação das férias dos pilotos entre os meses de setembro e outubro, não existe tripulação suficiente para cumprir todos os voos marcados. “Esta é uma confusão que nós criámos. Peço desculpa a todos os nossos clientes por qualquer preocupação que isto lhes tenha causado”, afirmou o presidente executivo, Michael O’Leary, em comunicado.

Desde então já foram anunciados 2.000 voos, com os aeroportos de Lisboa e Porto entre os mais afetados. Desde a próxima quinta-feira até outubro serão canceladas 346 ligações de e para Portugal. Enquanto a Autoridade Nacional de Aviação Civil recomendou aos clientes afetados que apresentassem queixa formal contra a empresa, a Deco garantiu que estes têm direito a indemnizações de até 400 euros por viagem cancelada, para além do reembolso ou remarcação da viagem, refeições e alojamento.

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Portugueses têm 21% do PIB em offshores

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

Os portugueses são das nacionalidades que mais dinheiro têm em offshores relativamente ao PIB do país, segundo um estudo norte-americano que permitiu fazer estimativas robustas.

Os portugueses são das nacionalidades que mais dinheiro tem em contas de paraísos fiscais relativamente à percentagem do PIB do país — o equivalente a 21%, ou mais de um quinto, da riqueza produzida em Portugal num ano estaria detida por portugueses em paraísos fiscais em 2007. A estimativa é do estudo da Universidade da Califórnia Quem detém a riqueza nos paraísos fiscais?, divulgado na semana passada e sobre o qual o Jornal de Negócios (acesso pago) escreve esta quarta-feira.

Os investigadores Gabriel Zucman, Annette Alstadsaeter e Niels Johannesen atualizaram uma base de dados para com informações mais recentes para poderem chegar a estimativas concretas sobre a origem do dinheiro nos paraísos fiscais em 2007. Cerca de 10% do PIB mundial, 5,6 mil milhões de dólares em 2007, estaria então depositado nestes offshores. Portugal surge em 11.º na lista, com apenas a Grécia, entre os europeus, a ultrapassar os portugueses na quantidade de dinheiro em contas lá fora.

O estudo concluiu ainda que a carga fiscal aplicada nos países não parecia ter uma relação muito direta com quanto dinheiro os seus cidadãos deixavam no exterior. “A dimensão da riqueza em offshores não é facilmente explicada por fatores fiscais ou institucionais”, escreveram os autores, citados pelo Negócios. Segundo os autores, depende mais da história recente do país e mesmo da sua proximidade física com a Suíça. A Noruega e a Dinamarca, que têm dos impostos mais altos do mundo, estão entre os países com níveis mais baixos de dinheiro em offshores — assim como o Japão, que tem impostos baixos.

Desde 2007, a data desta estimativa, as mudanças terão sido principalmente geográficas no sentido em que a Suíça perdeu importância enquanto paraíso fiscal para centros como Hong Kong e outros paraísos fiscais asiáticos.

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