BBVA e Montepio estimam que crescimento abrande no quarto trimestre

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2017

Montepio e BBVA acreditam que crescimento económico deve abrandar ligeiramente, no último trimestre do ano. Procura interna e exportações líquidas devem suportar economia, no quarto trimestre de 2017.

O crescimento económico deverá abrandar ligeiramente no último trimestre do ano, ao subir 0,4% face ao trimestre anterior, depois de um aumento em cadeia de 0,5%, estimam os analistas dos bancos Montepio e BBVA.

O Montepio tem em consideração indicadores sobre construção, comércio externo e serviços para estimar que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça entre 0,3% e 0,5% em cadeia no último trimestre, “em ligeira desaceleração face aos 0,5% observados no terceiro trimestre”. Os analistas antecipam que, no último trimestre de 2017, a economia “seja suportada tanto pela procura interna, em concreto pelo consumo privado e pelo investimento em capital fixo (FBCF), como pelas exportações líquidas”.

Já no observatório económico de dezembro, que também foi publicado esta segunda-feira, o BBVA prevê que o crescimento no quarto trimestre se situe em cerca de 0,4% em cadeia, “consolidando uma certa estabilização em torno destes níveis após os fortes avanços de fins de 2016 e princípios de 2017″.

Os analistas do banco espanhol justificam esta subida do PIB com “novos aumentos da procura interna, tanto do consumo privado como do investimento, que seriam parcialmente neutralizados por contribuições negativas da procura externa, dada a correção que se poderá estar a verificar nas exportações depois do forte aumento observado durante os últimos meses”. Nesse sentido, o BBVA mantém uma previsão de crescimento do PIB para o conjunto de 2017 de 2,6% e de 2,3% para 2018.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 18 Dezembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O ministro do Trabalho e da Segurança Social disse esta tarde, na Assembleia da República, que nunca retirou benefício por participar na Raríssimas. A Autoeuropa comunicou também que vai interromper a produção durante quatro dias, por falta de peças “críticas”.

Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social, foi chamado à Assembleia da República para responder às perguntas dos deputados da Comissão do Trabalho sobre as informações que detém sobre o caso Raríssimas. Durante a audição disse que nunca retirou benefício por participar na Raríssimas.

A Autoeuropa vai interromper a produção durante quatro dias, por falta de peças “críticas”. A informação foi comunicada, esta segunda, pela própria empresa.

Os investidores lesados do BES continuam a pressionar a entidade liderada por Carlos Costa. Numa altura em que se chega ao segundo aniversário dessa decisão polémica, BlackRock, Pimco e outros fundos enviaram uma nova carta ao BdP onde alertam para os custos que esta tem para o país.

O Governo liderado por Miguel Albuquerque vai apertar as regras para as empresas que estejam na Madeira, mas não paguem impostos às autoridades locais. Mesmo que tenham sede na Madeira, essas empresas não vão poder candidatar-se a concursos públicos.

O Tribunal de Contas identificou “riscos para a sustentabilidade das finanças públicas” no parecer sobre a Conta Geral do Estado, que foi entregue esta segunda-feira à Assembleia da República. Vítor Caldeira, presidente do Tribunal, sublinhou que “os riscos mais severos” são os relacionados com as pensões e as “alterações climáticas”.

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Portugal pagou mais mil milhões ao FMI

O país reembolsou mais uma parcela do empréstimo, cujo pagamento estava programado para 2021. 80% da dívida ao FMI já está liquidada.

Portugal concluiu mais um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal como estava programado, o país reembolsou 1.001 milhões de euros de uma parcela do empréstimo do FMI, que vencia entre março e maio de 2021. Fica assim liquidado 80% da dívida ao fundo.

O anúncio foi feito, esta segunda, pelo Ministério das Finanças, que dá conta de que, com esta operação, ficaram concluídos os reembolsos antecipados ao FMI em 2017. Feitas as contas, este ano, Portugal pagou 10.013 milhões de euros a um dos principais credores do país.

Ao todo, Portugal já reembolsou mais de 21 mil milhões de euros à instituição, ficando assim liquidado aproximadamente 80% do empréstimo total do FMI, no montante de 26.30 milhões de euros.

O Ministério das Finanças indica ainda que “o plano de amortizações antecipadas ao FMI continuará a ser implementado no próximo ano, como previsto no programa de financiamento da República, mantendo-se ainda assim uma prudente almofada financeira”.

Com esta estratégia, o Governo procura obter ganhos com a redução do custo da dívida por duas vias: em primeiro lugar, através da substituição do empréstimo mais oneroso do Fundo por colocação de nova dívida no mercado a taxas bem mais favoráveis; depois, porque ao baixar a exposição junto do Fundo, também alivia os juros cobrados pelo valor da dívida que permanece por pagar ao FMI.

Notícia atualizada às 18h44 com mais informação.

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Ministros da UE mantêm tarifa regulada de electricidade

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2017

Ministros da Energia da UE escolheram manter a tarifa regulada de electricidade. Resta agora Parlamento Europeu dar o seu aval. Jorge Sanches considera essa decisão "muito importante" para Portugal.

Os ministros da Energia da União Europeia concordaram esta segunda-feira, em Bruxelas, em manter a tarifa regulada de eletricidade, tal como Portugal pretendia, faltando agora que o Parlamento Europeu dê o seu aval, indicou o secretário de Estado da Energia.

Em declarações aos jornalistas à margem de um Conselho no qual os 28 estão a debater quatro dossiês legislativos pertencentes ao chamado “Pacote Energias limpas”, Jorge Seguro Sanches sublinhou que uma das primeiras decisões já alcançadas – numa reunião que deverá prolongar-se pela próxima madrugada – “é no sentido de a tarifa regulada se poder manter mais anos”, o que considerou “muito importante” para Portugal.

Apontando que havia em cima da mesa propostas no sentido de que a tarifa regulada “ou terminasse ou se estabelecesse uma data limite” para o seu final, o governante regozijou-se por a posição alcançada ao nível do Conselho (Estados-membros) ser no sentido da sua manutenção, sem prazos limite, isto quando em Portugal “se possibilitou precisamente que os consumidores possam sempre optar pela tarifa regulada mesmo estando já no mercado liberalizado, mas podendo usá-la com defesa na situação de preços mais altos”.

“Isto é muito importante para um país onde o grau de pobreza energética é muito grande”, declarou, apontando que atualmente há 800 mil famílias que têm tarifa social, com um desconto de 30% na eletricidade, contra 80 mil há dois anos, “antes da entrada em funções deste Governo”.

Considerando que a decisão de hoje do Conselho é justificada, pois deve ser tida em conta a situação de cada mercado dentro do espaço comunitário, Jorge Seguro Sanches reforçou que “o mercado português justifica isso, em função até muito dos preços” elevados que Portugal ainda tem no contexto europeu.

“Aquilo que aconteceu nesta discussão, que ainda terá de ser confirmada também com o Parlamento Europeu, é no sentido de que os portugueses com menos acesso à energia continuem a aceder a dois parâmetros que nos parecem essenciais: uma é a questão da tarifa social e outra é a questão de poderem continuar a aceder à tarifa regulada, que como sabem é fixada administrativamente e dá alguma proteção aos consumidores”, sintetizou.

O Conselho de Energia que decorre em Bruxelas está a debater quatro dossiês, designadamente sobre governação da União da Energia, promoção da energia proveniente de fontes renováveis, regras comuns para o mercado interno da eletricidade e regulamento relativo ao mercado interno da eletricidade, com o objetivo de chegar a acordo sobre uma orientação geral para cada um deles, o que permitiria dar início às negociações com o Parlamento Europeu no âmbito do processo legislativo de codecisão.

No que respeita à tarifa regulada de eletricidade, uma portaria publicada no mês passado em Portugal prevê que as famílias podem, a partir de janeiro e até 2020, regressar ao mercado regulado de eletricidade e manter o fornecedor em mercado livre, mas com a tarifa definida anualmente pelo regulador.

De acordo com as regras, os comercializadores ficam obrigados a divulgar se disponibilizam ou não o regime de tarifas reguladas, nos termos a definir pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), dispondo de 10 dias úteis para responderem aos clientes que solicitarem o acesso a esta nova tarifa.

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Redução da dívida pública é “dado novo e positivo do final de 2017”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2017

Questionado sobre o alerta deixado esta segunda-feira pelo Tribunal de Contas, o Presidente da República sublinhou que a dívida pública vai reduzir substancialmente daqui até ao fim do ano".

O Presidente da República apontou esta segunda-feira a redução da dívida pública como “um dado novo e positivo do final de 2017”, eventualmente posterior à análise do Tribunal de Contas sobre o endividamento do país agora tornada pública.

Durante uma visita à Sé de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o alerta para os riscos de “acumulação de elevados níveis de dívida pública” deixado pelo presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, na apresentação do parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2016.

“A dívida pública vai reduzir substancialmente daqui até ao fim do ano, tem vindo a reduzir”, contrapôs o chefe de Estado, acrescentando: “Eu penso que esse é um dado novo que, porventura, não está presente em relatórios feitos já há algum tempo. É um dado novo e positivo do final de 2017”.

O Presidente da República ressalvou, no entanto, que, “como o senhor ministro das Finanças tem dito uma, duas, três, várias vezes”, é importante prosseguir a redução da dívida. “Uma das prioridades é o desendividamento do país”, afirmou.

Numa apresentação aos jornalistas do parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2016, Vítor Caldeira referiu que o Tribunal de Contas detetou “erros materialmente relevantes” nesse documento e identificou riscos para a sustentabilidade das finanças públicas.

O presidente do Tribunal de Contas alertou para “a acumulação de elevados níveis de dívida pública, bem como as responsabilidades contingentes associadas a empresas públicas, mas também a sociedades-veículo, como o BPN, e ao setor financeiro”.

“As boas notícias quanto ao ‘rating’ da dívida pública não devem ser confundidas com a dívida a descer”, considerou Vítor Caldeira.

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Rentabilidade, malparado e… Brexit. Para onde vai olhar o BCE em 2018

  • Rita Atalaia
  • 18 Dezembro 2017

Fraca rentabilidade e o peso do malparado nos bancos vão continuar a estar em foco para o BCE. Mas as atenções do supervisor da banca em 2018 vão também virar-se para o imobiliário e, claro, o Brexit.

O Banco Central Europeu (BCE) já definiu as suas prioridades para a supervisão bancária no próximo ano. Se, por um lado, o banco liderado por Mario Draghi vai continuar a estar atento à fraca rentabilidade do setor financeiro e ao peso do crédito malparado no balanço dos bancos, por outro, vai olhar para outros problemas que poderão castigar a banca. É o caso das garantias associadas aos empréstimos concedidos, nomeadamente associados à habitação, mas também de uma novidade que vai agitar os mercados: o Brexit.

“A fim de garantir que as instituições de crédito respondem a estes desafios importantes de modo eficaz, a supervisão bancária do BCE procedeu a uma análise das prioridades prudenciais. A situação de risco justifica que sejam mantidos os domínios prioritários de alto nível de 2017, embora com alterações“, lê-se num documento divulgado pelo banco central.

"A fim de garantir que as instituições de crédito respondem a estes desafios importantes de modo eficaz, a supervisão bancária do BCE procedeu a uma análise das prioridades prudenciais. A situação de risco justifica que sejam mantidos os domínios prioritários de alto nível de 2017, embora com alterações.”

Banco Central Europeu

No próximo ano, a supervisão bancária europeia vai incidir sobre quatro domínios prioritários: modelos de negócio e drivers da rentabilidade, risco de crédito, gestão de risco e atividades com múltiplas dimensão de risco, ou seja, eventos diversos que podem castigar a banca. “Para cada um dos domínios prioritários, serão desenvolvidas diversas iniciativas em matéria de supervisão, podendo a implementação plena das mesmas prolongar-se por mais de um ano”, refere o BCE.

Rentabilidade ainda é fraca

Este indicador tem sido uma preocupação para o banco liderado por Mario Draghi. E vai continuar a sê-lo no próximo ano. “As atividades centrar-se-ão na análise da evolução da rentabilidade, no contexto de taxas de juro atual, e na avaliação das implicações do risco de taxa de juro”, refere o BCE, que mantém uma política monetária ultra expansionista: taxa diretora de 0%, associada a um programa de compra de ativos em larga escala.

“Nessa conformidade, a supervisão bancária do BCE terá em conta os resultados da recente análise horizontal dos drivers da rentabilidade das instituições de crédito. Além disso, os resultados da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro da carteira bancária ajudarão as autoridades de supervisão a dar à questão do impacto de potenciais alterações do nível das taxas de juro”, acrescenta o banco central.

Malparado? Continua a pesar na banca

“O risco de crédito continua a ser uma prioridade de supervisão relevante em 2018.” É assim que o BCE começa por se referir aos empréstimos em incumprimento, ou créditos não produtivos, que pesam no balanço dos bancos. “Os stocks de NPL [malparado] permanecem elevados num conjunto de instituições, podendo, em última instância, ter um impacto negativo no crédito bancário à economia”, refere.

Neste sentido, “na sequência da publicação das orientações sobre NPL dirigidas às instituições de crédito, o diálogo em matéria de supervisão com as mesmas continuará a incidir fortemente na análise das estratégias em termos de NPL e na melhoria da tempestividade no que toca à mensuração de imparidades e à anulação” destes créditos.

Os stocks de NPL [malparado] permanecem elevados num conjunto de instituições, podendo, em última instância, ter um impacto negativo no crédito bancário à economia.

Banco Central Europeu

Além do malparado, uma preocupação recorrente, no âmbito da gestão do risco, o BCE dará especial atenção ao imobiliário. O supervisor irá proceder à “investigação das posições em risco relacionadas com o imobiliário”, isto ao mesmo tempo em que analisará as práticas de gestão no que respeita à valorização de garantias. Ou seja, o BCE pretende assegurar que as garantias associadas a empréstimos imobiliários estão devidamente justificadas.

Modelos internos vão ser analisados

“O projeto de análise específica dos modelos internos prosseguirá em 2018 e 2019, com o objetivo geral de reforçar a credibilidade e confirmar a adequação dos modelos internos das instituições de crédito aprovados para efeitos do Pilar I”, refere o BCE, falando de outra das prioridades para a supervisão bancária.

São os bancos que, internamente, calculam o montante mínimo de fundos próprios que têm de deter por lei, sendo que o BCE quer assegurar-se de que esse cálculo está correto. Nos últimos anos, a utilização de modelos internos para determinar os requisitos de capital regulamentar tem-se tornado cada vez mais controversa, o que justifica, agora, este foco do BCE.

Preparativos para o Brexit

Se o BCE está preocupado com a rentabilidade do setor, o risco do crédito e a justa avaliação dos requisitos de liquidez interna, está também atento a um evento que muita tinta tem feito correr: a saída do Reino Unido da União Europeia. “Será prestada especial atenção ao cumprimento das políticas acordadas, nomeadamente para evitar a criação de instituições ‘de fachada’ nos países participantes no Mecanismo Único de Supervisão”, refere o BCE, perante o Brexit.

"As equipas conjuntas de supervisão continuarão a interagir ativamente com as entidades significativas que serão afetadas pelo Brexit.”

Banco Central Europeu

“As equipas conjuntas de supervisão continuarão a interagir ativamente com as entidades significativas que serão afetadas pelo Brexit e a acompanhar de perto o aprofundamento e a implementação dos planos de contingência das instituições de crédito”, remata.

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Mercadoni tem costela portuguesa. Recebeu nove milhões de investimento

Fundada por dois portugueses na América Latina há dois anos, a startup acaba de fechar uma ronda de financiamento Series A no valor de nove milhões de dólares.

Pedro Freire e António Nunes, fundadores da Mercadoni.D.R./Mercadoni

A Mercadoni, startup fundada pelos portugueses Pedro Freire e António Nunes na América Latina, acaba de fechar uma ronda de financiamento de nove milhões dólares (7,65 milhões de euros), avança a empresa em comunicado. Dois anos depois de ter sido fundada, a Mercadoni recebeu uma ronda de investimento Series A liderada pelo fundo de investimento Naspers (através da Movile), Axon Partners Group (Espanha), SFMS (holding da família Soares dos Santos) e Pegasus (Argentina).

A empresa de e-commerce da América latina conta com mais de 4.000 personal shoppers ativos na plataforma — disponível nos mercados da Colômbia, México e Argentina — e garante a entrega de compras de supermercado em menos de uma hora. Por agora, apenas no continente latinoamericano, a plataforma liga mais de 100 cadeias de supermercados, algumas dos quais integram os maiores grupos de retalho como a Cencosud, Makro, Walmart, entre outros.

“Desde o primeiro dia que a Mercadoni se tem focado no crescimento sustentado das suas operações e conseguiu atingir a rentabilidade operacional em todos os mercados em que opera. Importa realçar este resultado, num modelo de negócio em que muitas empresas maduras a nível internacional ainda não conseguiram assegurar esta rentabilidade”, afirma a empresa em comunicado.

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Subida de rating puxa pela bolsa e Lisboa acompanha Europa

A decisão da Fitch de subir o rating da dívida portuguesa em dois níveis está a beneficiar as cotadas. Na Europa, os investidores estão animados com a presumível aprovação da reforma fiscal de Trump.

A subida do rating da dívida soberana portuguesa, por parte da Fitch, está a animar a bolsa nacional, que arrancou esta semana em alta e somou a terceira sessão consecutiva no verde. Lisboa acompanha assim o otimismo que se vive nas restantes praças europeias, numa altura em que os investidores esperam novidades vindas dos Estados Unidos, com a presumível aprovação fina da reforma fiscal da administração Trump.

O PSI-20 fechou a valorizar 0,8%, para os 5.428,89 pontos, o valor mais alto desde o início de outubro. O principal índice acionista nacional fechou com apenas três cotadas em queda, uma inalterada e as restantes em alta. O destaque vai para o BCP, que avançou 0,87%, para os 26,53 cêntimos por ação, a beneficiar da decisão da Fitch de subir o rating da dívida portuguesa em dois níveis.

Também o setor energético esteve a puxar pelo PSI-20, com a Galp a ganhar 0,81%, para os 15,63 euros por ação, um dia em que o petróleo regressou ao verde. O barril de Brent, que serve de referência para o mercado nacional, sobe perto de 0,5% e negoceia na casa dos 63 dólares. Ainda na energia, a EDP Renováveis avançou 2,29%, para os 6,86 euros, e a EDP fechou praticamente inalterada, a subir apenas 0,07%, para os 2,93 euros.

A maior subida é a dos CTT, que valorizou mais de 4%, para os 3,41 euros por ação. Isto numa altura em que a administração da empresa de correios se prepara para anunciar um plano de reestruturação, para fazer face à quebra de receitas e aumento dos custos.

No mercado da dívida, o dia também foi positivo para Portugal. Também à boleia da decisão da Fitch, os juros da dívida a dez anos renovaram mínimos de março de 2015 e estão agora nos 1,780%.

No resto da Europa, a tendência também foi de ganhos. Tal como nos Estados Unidos, os investidores esperam que a reforma fiscal de Donald Trump, que vai beneficiar as grandes empresas, seja definitivamente aprovada, esta semana, no Congresso norte-americano. O Stoxx 600 avançou 1,2% e a valorização mais expressiva, superior a 1,5%, coube ao DAX alemão.

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Regulador francês impõe multa recorde a Amazon

  • ECO
  • 18 Dezembro 2017

Ministro da Economia apresentou queixa contra a Amazon por abuso dos fornecedores com cláusulas contratuais unilaterais e, portanto, desequilibradas. Multa pode chegar aos 10 milhões de euros.

Mesmo que seja caracterizado por um empenho sem igual na promoção da indústria tecnológica, até o Governo de Macron impõe limites a essas empresas. O ministro da economia francês acaba de apresentar queixa contra a Amazon por abuso dos seus fornecedores com cláusulas contratuais unilaterais. A gigante norte-americana enfrenta agora uma multa recorde, que pode chegar aos 10 milhões de euros, avança o Le Parisien.

“É um ato forte e sem precedentes”, explica uma fonte do ministério liderado por Bruno Le Maire, ao jornal francês. “A plataforma impõe uma relação desequilibrada aos seus fornecedores, [que os pode] empurrar para a bancarrota”, acrescenta o mesmo representante.

Entre as condições consideradas “desajustadas” estão a atribuição de completa responsabilidade por eventuais embalagens danificadas, problemas com as entregas e prazos incumpridos a esses parceiros comerciais. Além disso, a Amazon pode expulsar, a qualquer momento, um fornecedor que não cumpra os seus termos, bem como mudar sem aviso o contrato — exigindo, por exemplo, processos de entrega mais céleres — ou suspender um revendedor.

Nos últimos dois anos, o regulador francês tem mantido múltiplos portais de comércio eletrónico debaixo de olho, investigando as cláusulas contratuais que impõem aos seus parceiros e entrevistando mais de 10 mil fornecedores sediados em França. A Amazon é plataforma deste género mais popular, nesse país, com 3,5 milhões de utilizadores diários.

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Estrutura dos bancos? “Mais parece uma teia de aranha”, diz o Conselho Único de Resolução

  • Rita Atalaia
  • 18 Dezembro 2017

Os bancos têm de simplificar a sua estrutura para facilitar uma resolução em caso de dificuldades. O alerta é deixado pela presidente do Conselho Único de Resolução, Elke Koenig.

Os grandes bancos da Zona Euro continuam a ter estruturas demasiado complexas, o que dificulta os processos de resolução quando uma destas instituições financeiras entra em dificuldades. O alerta é deixado por Elke Koenig, presidente do Conselho Único de Resolução. Os bancos têm, por isso, duas opções: simplificam a estrutura ou esperam que seja esta entidade a simplificar.

De acordo com a Bloomberg, Elke Koenig, presidente do Conselho Único de Resolução, afirma que simplificar a estrutura dos bancos e garantir que conseguem financiar-se sem precisarem do dinheiro dos contribuintes serão as duas prioridades no próximo ano. “Temos bancos cujas estruturas mais parecem uma teia de aranha”, refere a responsável. São estas instituições financeiras que vão receber a seguinte mensagem: “Por favor, simplifiquem”.

"Temos bancos cujas estruturas mais parecem uma teia de aranha.”

Elke Koenig

Presidente do Conselho Único de Resolução

O Conselho Único de Resolução faz parte dos esforços da União Europeia para pôr fim ao problema dos bancos “demasiados grandes para falir”. Em 2018, esta entidade vai adotar planos de resolução para quase todos os 140 bancos sob a sua alçada. E, depois, começar a identificar os “impedimentos significativos” a uma resolução ordenada.

Segundo a lei da UE, quando o conselho identifica estes obstáculos tem de enviar de seguida um relatório ao banco. A partir do momento em que a instituição financeira recebe este documento, tem quatro meses para explicar como pretende resolver os problemas encontrados. Caso o Conselho Único de Resolução não fique satisfeito com a resposta, pode dar ordem ao supervisor para impor um conjunto de medidas ao banco, incluindo alterar a estrutura operacional ou legal e vender ativos.

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Falta de peças obriga Autoeuropa a interromper produção por quatro dias

"O normal ritmo de produção" será retomado no turno da manhã do dia 2 de janeiro de 2018. É a segunda vez este mês que a Autoeuropa interrompe a produção por falta de peças.

A Autoeuropa vai interromper a produção durante quatro dias, por falta de peças “críticas”. A informação foi comunicada, esta segunda, pela própria empresa.

“A Volkswagen Autoeuropa vai interromper a produção entre os próximos dias 26 e 29 de dezembro. Esta paragem deve-se à quebra no fornecimento de peças críticas para o processo produtivo”, pode ler-se no comunicado enviado às redações. A empresa informa ainda que “o normal ritmo de produção” será retomado no turno da manhã do dia 2 de janeiro de 2018.

Esta é já a segunda vez, só neste mês, que a Autoeuropa interrompe a produção por falta de peças para o T-Roc, o último modelo da Volkswagen que a fábrica de Palmela está a construir. Na sexta-feira passada, segundo noticiou o Jornal de Negócios, a Autoeuropa esteve parada. Um dos trabalhadores da fábrica adiantou ao mesmo jornal que a administração escolheu os fornecedores “mais baratos”, o que causou este problema. Já fonte de administração justificou que a Volkswagen está a lançar muitos modelos, razão pela qual os fornecedores têm quebras no stock.

A produção é interrompida numa altura crítica para a empresa. Esta segunda-feira, a administração e a Comissão de Trabalhadores retomaram as negociações sobre os horários, depois do chumbo de dois pré-acordos e da imposição unilateral, por parte da administração, de um novo formato.

Notícia atualizada às 15h45 com mais informação.

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Governo discute valor do salário mínimo na terça-feira

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2017

O Executivo de António Costa e os parceiros sociais vão discutir na terça-feira, em Concertação Social, o valor do salário mínimo para o próximo ano. Valor deverá situar-se nos 580 euros.

O Governo e os parceiros sociais discutem na terça-feira em Concertação Social o valor do salário mínimo para 2018, que deverá ser de 580 euros.

Segundo a convocatória da reunião a que a Lusa teve hoje acesso, o aumento do salário mínimo nacional é o primeiro ponto da ordem de trabalhos da reunião. O encontro contará também com a presença do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, que apresentará o ponto 2 da ordem de trabalhos, relativo ao “Ponto de situação do Programa Capitalizar”.

Na última reunião de Concertação Social, no dia 5 de dezembro, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, apresentou aos parceiros sociais uma proposta de 580 euros para o salário mínimo em 2018 e disse que era “muito provável” que o valor ficasse naquele valor. O salário mínimo é atualmente de 557 euros.

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