Afinal o que correu mal no resgate à Grécia? Muita coisa

  • Margarida Peixoto
  • 10 Dezembro 2017

Os programas de ajustamento aplicados à Grécia promoveram reformas no país, mas os juízes do Tribunal de Contas Europeu identificaram "insuficiências" e pediram mudanças à atuação da Comissão.

“Hoje não é um dia fácil”, disse George Papaconstantinou. Estávamos a 2 de maio de 2010 e o ministro das Finanças grego reagia assim ao primeiro acordo de resgate conseguido com a troika de credores: Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

A história viria a demonstrar que não seria apenas um dia difícil. Seguir-se-iam pelo menos sete anos consecutivos de dias complicados. Com o fim do terceiro programa de ajustamento à vista, o Tribunal de Contas Europeu avaliou a gestão da Comissão Europeia nos resgates à Grécia. Encontrou “insuficiências”, deixou recomendações e concluiu que nenhum dos três objetivos fundamentais dos memorandos de entendimento foi totalmente cumprido. À boleia da avaliação dos juízes, o ECO recorda-lhe como um país do euro perdeu mais de um quarto da sua economia.

Se tudo correr como esperado, a Grécia deverá sair do seu terceiro programa de resgate em agosto de 2018 — garantir que o programa é fechado com sucesso será, aliás, uma das novas atribuições do recém-eleito presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças português, Mário Centeno.

Em setembro, os Estados-membros da União Europeia decidiram encerrar o Procedimento por Défice Excessivo à Grécia, determinando que o país já não está a desrespeitar as regras orçamentais do Pacto de Estabilidade e Crescimento, no seguimento de uma recomendação da Comissão Europeia. “É o reconhecimento dos esforços tremendos e sacrifícios que o povo grego fez para restaurar a estabilidade das finanças públicas do seu país”, tinha dito o comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, em julho.

Mas quer isto dizer que os programas de resgate à Grécia foram bem-sucedidos? Nem por isso. O Tribunal de Contas Europeu (TCE) auditou a gestão da Comissão Europeia, com o objetivo de responder a três questões essenciais:

  1. A Comissão tinha mecanismos adequados para a gestão dos programas?
  2. As condições políticas foram adequadamente concebidas e eficazmente aplicadas?
  3. Os programas de ajustamento cumpriram os seus principais objetivos?

O setor financeiro foi alvo de uma profunda reestruturação, mas que implicou uma injeção superior a 45 mil milhões de euros no sistema bancário, dos quais apenas uma pequena parte pode, eventualmente, ser recuperada.

Tribunal de Contas Europeu

Relatório especial: A intervenção da Comissão na crise grega

Nenhuma destas questões teve uma resposta absolutamente satisfatória. Em todas o Tribunal encontrou insuficiências, algumas marcantes. Por exemplo, dizem os juízes que “o setor financeiro foi alvo de uma profunda reestruturação, mas que implicou uma injeção superior a 45 mil milhões de euros no sistema bancário, dos quais apenas uma pequena parte pode, eventualmente, ser recuperada”.

Contas provisórias, de dezembro de 2016, estimam que dos 45,4 mil milhões de fundos injetados, apenas 3,2 mil milhões foram já recuperados, sendo o potencial de recuperação adicional muito diminuto.

Injeções na banca

Mas as críticas estão longe de se resumir ao setor financeiro. “Em todos os domínios de intervenção, a execução de uma série de reformas fundamentais foi levada a cabo com atrasos significativos ou revelou-se ineficaz”, lê-se no relatório do TCE. Os juízes explicam que algumas medidas consideradas “cruciais” não foram suficientemente justificadas ou adaptadas em função das deficiências específicas dos diferentes setores.

Em todos os domínios de intervenção, a execução de uma série de reformas fundamentais foi levada a cabo com atrasos significativos ou revelou-se ineficaz.

Tribunal de Contas Europeu

Relatório especial: A intervenção da Comissão na crise grega

E que noutros casos a Comissão não teve em conta as capacidades de execução das medidas por parte da administração grega ou estabeleceu prazos impraticáveis. Por exemplo: foram dados três meses ao governo grego para suspender os pagamentos em numerário e cheque nas repartições de finanças, devendo os pagamentos passar a ser feitos através de transferência bancária. Ora, os juízes dizem que o projeto informático não poderia ser feito neste período de tempo, “de forma realista”. O prazo era o segundo trimestre de 2012, mas foi sendo sucessivamente adiado. “Até ao final de 2014, o projeto não tinha sido concluído”, lê-se no relatório.

Remuneração dos funcionários públicos

Montantes a pagar, líquidos de contribuições sociais. Fonte: TCE, Dados do Eurostat

De modo global, o Tribunal nota que “em meados de 2017, a Grécia continua a necessitar de apoio financeiro externo, o que indica que os programas anteriores, também devido a insuficiências da execução, não conseguiram restaurar a capacidade do país para financiar as suas necessidades nos mercados”. Essa debilidade dos resultados está visível nas três dimensões avaliadas pelos juízes:

  1. Sobre o reestabelecimento do crescimento, o documento nota que “o PIB diminuiu mais de um quarto e a Grécia não retomou o crescimento, como inicialmente previsto, em 2012;
  2. Sobre a sustentabilidade orçamental, aponta que “foi realizada uma consolidação orçamental em grande escala em termos de saldos estruturais”, contudo, “devido a uma evolução macroeconómica desfavorável e ao custo dos juros sobre a dívida existente, o rácio dívida/PIB continuou a aumentar”;
  3. Sobre a estabilidade financeira, reconhece que “os programas asseguraram a estabilidade financeira a curto prazo”, mas nota que “não conseguiram evitar uma deterioração acentuada dos balanços dos bancos” e que houve “uma contração da capacidade dos bancos para financiar a economia real”.

Crescimento do PIB da Grécia e da Zona Euro

Fonte: Eurostat e TCE

Na apreciação dos resultados o TCE é bastante claro: “Sete anos, três programas e mais de 265 mil milhões de euros de assistência desembolsada (mais de 150% do PIB grego): o apoio conjunto da área do euro e do FMI à Grécia assumiu uma dimensão sem precedentes. Estes números mostram, por si só, que os programas não conseguiram corrigir desequilíbrios económicos profundos nem permitir à Grécia gerir as suas obrigações financeiras sem apoio externo. No entanto, asseguraram a continuidade do financiamento e da atividade económica no país.”

BCE questionou mandato do Tribunal e não se deixou avaliar

“Em consonância com o mandato do TCE para auditar a eficácia operacional da gestão do BCE, o Tribunal tentou examinar a participação do BCE nos programas de ajustamento económico da Grécia”, dizem os juízes, no relatório especial. O problema é que “o BCE questionou o mandato do Tribunal a este respeito e as informações que lhe forneceu constituíam provas insuficientes para permitirem ao Tribunal realizar o trabalho de auditoria”, critica o documento. E por isso o Tribunal “não teve condições para prestar informações sobre a participação do BCE nos programas de ajustamento económico gregos”, soma.

Numa nota de rodapé, contudo, os juízes acrescentam o ponto de vista do BCE: “considera ter fornecido ao Tribunal respostas por escrito e documentação associada sobre a sua participação nos programas gregos, dentro do âmbito jurídico do mandato do TCE para auditar a eficácia operacional da gestão do BCE”, lê-se. Mas os juízes aproveitam a mesma nota de rodapé para dizer que, no âmbito da auditoria ao Mecanismo Único de Supervisão, o problema repetiu-se, com os juízes a sentirem falta de disponibilidade por parte do banco central.

O que recomendam os juízes?

Perante os resultados da auditoria, o Tribunal de Contas Europeu deixa uma série de recomendações à Comissão. Aconselham melhores procedimentos nos trabalhos analíticos que justificam as condições exigidas nos programas, prioridades mais bem definidas, uma correlação melhor entre os objetivos estabelecidos nos programas e a estratégia global de crescimento para o país.

Os juízes pedem ainda “procedimentos claros” no acompanhamento do cumprimento das condições dos programas, com a definição de “indicadores-chave”. Pedem também que os pressupostos em que assentam os cálculos económicos subjacentes à conceção dos programas estejam mais bem documentados e que seja feita uma análise mais cuidada à capacidade efetiva das autoridades do país em causa para aplicar as medidas definidas.

E para casos complicados como o grego se revelou, em que haja programas sucessivos com duração superior a três anos, o Tribunal pede uma avaliação intercalar para que se possa calibrar melhor o que vier a seguir.

Programas de ajustamento grego

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Lesados da PT/Oi querem caso no Parlamento e reclamar créditos através de gestora de fundos

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

A ALOPE, associação que reúne lesados em obrigações e produtos estruturados da PT/Oi decidiu avançar com uma petição com o objetivo de levar ao Parlamento a discussão do caso.

A Associação de Lesados em Obrigações e Produtos Estruturados (ALOPE) da PT/Oi vai avançar com uma petição para o caso ser discutido no parlamento, estando também a negociar com uma sociedade gestora de fundos para reclamação de créditos.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ALOPE, Francisco Mateus, explicou que aquela entidade “vai iniciar uma recolha de assinaturas para petição pública para levar o caso ao parlamento”.

Para isso, terão de recolher 4.000 assinaturas, número que desce para 1.000 para o caso ser apreciado na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, sendo esse o primeiro objetivo.

“Não se prevê intervenção estatal no nosso caso, mas [os deputados] podem pressionar as partes para virem negociar connosco e, assim, resolver a situação”, acrescentou.

A iniciativa foi decidida numa assembleia-geral da associação que decorreu no sábado ao final do dia no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, contando com cerca de 200 associados de um total de 600.

De acordo com Francisco Mateus, em cima da mesa esteve também o início das negociações com a Investquest – Sociedade Gestora De Patrimónios, para que os lesados da associação recuperem parte dos investimentos.

“Foram eles [Investquest] que vieram ter connosco e o que pretendem é reunir todos os direitos judiciais dos associados da ALOPE, meter tudo dentro de um fundo e vender esses direitos a outros investidores”, explicou.

O responsável precisou que caberá à sociedade gestora de fundos “adiantar o dinheiro às pessoas, enquanto fica com os direitos judicias e avança para a Justiça” com vista à recuperação de mais investimentos.

Depois, “dependendo do que recuperem, dão mais [dinheiro] ou não” aos lesados, acrescentou, notando que a sociedade ficará com uma comissão.

Contudo, “ainda não se sabe a percentagem” com que a Investquest ficará, já que a ALOPE só agora foi legitimada para iniciar o processo de negociação”, adiantou Francisco Mateus.

“Se a proposta não for minimamente aceitável, nem a apresentaremos aos associados”, ressalvou o responsável. Francisco Mateus disse ainda que esta é apenas uma solução.

Entre outras opções, a ALOPE continua a projetar avançar para os tribunais nos próximos meses contra os bancos e empresas a si associadas que, em Portugal, venderam obrigações da PT/Oi sem, alegadamente, fornecerem as informações necessárias.

Para isso, “está praticamente concluído” o reconhecimento desta como uma associação de investidores por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o que permitirá estar isenta de algumas custas judiciais, referiu o responsável.

“A partir desta fase, a CMVM inicia um processo de mediação de conflitos que reúne ambas as partes para se chegar a uma solução amistosa, mas como isso não deverá acontecer, como se verificou em casos semelhantes de lesados, a ALOPE vai iniciar o processo de notificação judicial a todos os envolvidos e está a preparar várias ações coletivas” no início do próximo ano, indicou Francisco Mateus.

A Oi esteve num processo de fusão com a PT, o qual não se concretizou e entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, por não conseguir negociar a dívida.

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Rui Rio faz balanço positivo da campanha e acredita que irá ganhar no PSD

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

A um mês das diretas, o candidato à liderança do PSD diz que estas eleições estão a ser muito positivas porque o partido "estava um bocado amorfo".

A praticamente um mês da eleição do novo presidente do PSD, o candidato Rui Rio faz um balanço “bastante positivo” da campanha, e mostra-se convicto de que irá suceder a Pedro Passos Coelho à frente dos sociais-democratas.

A campanha “corre bem porque tenho muitos apoiantes, do ponto de vista do partido corre bem porque vêm muitas pessoas às salas, [mas] admito que ao meu adversário também vão“, afirmou Rui Rio em declarações à agência Lusa, sublinhando: “Só posso fazer um balanço positivo”.

Para o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, “estas eleições diretas para o PSD estão a ser muito positivas porque o partido estava um bocado amorfo, acabou de sair de umas eleições autárquicas com um resultado muito mau, que sucederam a umas outras que também já tinha sido muito mau, teve até aqui muita perda de militantes, que agora aparentemente está a recuperar”.

Depois de o ainda presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ter anunciado em 3 de outubro que não se recandidatava ao cargo que ocupa desde 2010, foram precisos apenas dez dias para que o partido tivesse dois candidatos à liderança – Rui Rio e Pedro Santana Lopes. O prazo para a entrega de candidaturas termina a 02 de janeiro de 2018, mas é improvável que surjam novos candidatos.

As eleições diretas realizam-se a 13 de janeiro e o Congresso entre 16 e 18 de fevereiro, em Lisboa.

Rui Rio apresentou-se aos militantes em Aveiro, em 11 de outubro, com um discurso curto, sem perguntas, enquanto o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes apresentou a sua candidatura a 22 de outubro em Santarém e falou durante uma hora aos militantes, respondendo no final a perguntas dos jornalistas.

Sobre o desfecho deste confronto partidário, o “politicamente correto é dizer: Tenho a certeza, nem ponho outra hipótese, [mas] para ser sincero acho que vou ganhar“, elencou Rio. “Por aquilo que eu tenho visto, francamente acho que sim (…) mas certeza vou ter no dia 13 de janeiro”, afirmou.

Apontando que poderá “eventualmente, como tem acontecido, fazer um comentário ou outro a situações da política nacional”, durante o tempo de campanha que resta, o candidato vincou que “não se deve eleger um presidente do partido por aquilo que foi o comentário dele a uma situação conjuntural durante a campanha”.

Deve-se eleger o presidente do partido por aquilo que são as suas ideias, a firmeza das suas convicções”, defendeu, acrescentando que não vai mudar a mensagem que tem transmitido aos sociais-democratas.

“As mensagens que vou deixando não vão variar muito, porque são as minhas convicções e as minhas ideias. Podem é ser apresentadas de uma forma diferente, com outras palavras, mas as ideias não deixam de ser sempre as mesmas”, referiu.

Dois meses depois da apresentação da candidatura, Rio já deu a volta ao país, tendo estado em todos os distritos e nas duas regiões autónomas.

“Em todas as salas por onde tenho passado estão sempre muitos militantes”, considerou, recordando que as maiores sessões que teve foram no Porto, no Funchal e em Lisboa.

Uma “característica muito interessante” destas sessões, é o facto de estarem “militantes que já não vinham ao PSD, já não vinham a uma reunião partidária há anos”, e também se encontram no mesmo espaço “militantes que normalmente não estão juntos, que são de fações distintas, têm aquelas animosidades locais”.

Apesar de “não haver tempo” para uma nova volta nacional, Rio admitiu voltar a alguns distritos onde já foi “há muito tempo” ou “distritos que têm duas cidades mais ou menos equivalentes em termos do número de militantes”.

Daqui para a frente, “vamos continuar com os militantes, mas com um pouco mais de presença na comunicação social”.

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Santana Lopes parte para último mês de campanha convicto numa “onda de vitória” no PSD

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

A um mês das eleições diretas, o candidato à liderança do PSD promete concentrar a reta final da campanha na afirmação de uma “alternativa à frente de esquerda”.

O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes diz sentir “uma onda de vitória”, a um mês das eleições diretas, e promete concentrar a reta final da campanha na afirmação de uma “alternativa à frente de esquerda”.

Em declarações à Lusa, quando falta cerca de um mês para os militantes do PSD escolherem o seu novo presidente, a 13 de janeiro, Santana Lopes salientou que já percorreu “quase 30 mil quilómetros” desde que se apresentou como candidato aos militantes, a 22 de outubro, e faz “um balanço muito positivo”.

“Tenho o apoio de mais presidentes de Câmara, de mais presidentes de distritais do partido, de muita gente da ‘jota’, da maioria dos TSD [Trabalhadores Sociais-Democratas], também da maioria dos deputados. Portanto, num mês e meio, o balanço que faço é extremamente positivo”, afirmou o antigo primeiro-ministro.

Reconhecendo que as eleições diretas têm uma componente de “voto livre” difícil de medir, Santana Lopes disse, “com humildade e sem fanfarronice”, estar convicto de que será o próximo presidente do PSD por sentir “uma onda muito viva, uma onda de vitória”.

“Estou muito confiante nos resultados do trabalho desenvolvido e no apoio de norte a sul, nas ilhas e na emigração”, afirmou, sublinhando que já fez “muitas campanhas na vida” e que sabe reconhecer essa dinâmica no terreno.

No último mês de campanha, o candidato irá concentrar-se nos concelhos e localidades com mais eleitores – depois de, num primeiro momento, a ‘volta’ se ter baseado na igualdade do território – e promete focar a sua mensagem mais no primeiro-ministro, António Costa, do que no seu adversário interno, Rui Rio.

“O PPD/PSD não volta ao poder sem eleições, esta coligação está a degradar-se, o estado de graça acabou e há condições, infelizmente, para que a legislatura não chegue ao fim. O meu principal trabalho é afirmar a alternativa a esta frente de esquerda”, afirmou.

Outra das mensagens essenciais no que resta da campanha interna de Santana Lopes será a de insistir num novo papel do Estado que deve ser defendido pelo PSD, a que chama “reinventar o Estado”, até porque considera que já ninguém acredita na sua reforma.

“Pôr na ordem o Estado gastador, o Estado abusador, o Estado castigador, para o qual pagamos cada vez mais impostos diretos e indiretos e não cumpre as suas funções (…) Cada vez mais perguntamos: mas tanto impostos para onde, para quê?”, questionou.

Outra linha que considera ser distintiva da sua candidatura é a proximidade com as pessoas e os seus problemas, como no caso dos incêndios que assolaram o país.

“Tenho procurado inteirar-me das situações, visitar as zonas do país atingidas por calamidades, tragédias, ou que têm dificuldades de afirmação no todo nacional”, afirmou, destacando que esse tem sido um “ponto estratégico” das suas intervenções e propostas.

Quanto à – até agora – ausência de debates na campanha para a liderança do PSD, Santana Lopes diz lamentar “pelos portugueses e pelos militantes”, mas considera que tal não o impediu de “estar à frente” nos apoios no terreno.

“Se houver debate fico satisfeito, se não houver lamento, mas a culpa não será minha com certeza”, respondeu.

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Santa Casa destina entre 4 a 6 milhões em receitas de jogos antes do Natal a vítimas dos incêndios

Santa Casa da Misericórdia vai destinar as receitas dos jogos angariadas entre 17 e 23 de dezembro para um fundo de apoio às vítimas dos incêndios. Valor estimado entre quatro e seis milhões de euros.

A Santa Casa de Lisboa vai destinar as receitas dos jogos na semana anterior ao Natal a um fundo para apoiar as vítimas dos incêndios, numa verba estimada entre quatro a seis milhões de euros.

Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, divulgada este domingo, o novo provedor da Santa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, indica que aquela instituição vai alocar às vítimas “as receitas que correspondem à Santa Casa nos jogos sociais do Estado, na semana que antecede o Natal”, entre 17 e 23 de dezembro, quando se regista “particular intensidade” em apostas.

Em causa está uma percentagem que ronda os 27% sobre as receitas dos jogos para a Santa Casa, “valor que andará entre os quatro e os seis milhões de euros”, de acordo com o responsável.

“Pareceu-nos um momento oportuno para dizer que nós estamos todos solidários com aquelas pessoas e que estamos disponíveis para encontrar recursos, para além daqueles que possam ser encontrados por outras vias”, acrescentou o provedor, apelando a que as pessoas joguem porque, além de um prémio, podem ajudar os “concidadãos que estão a passar por estas dificuldades”.

Ainda assim, admitiu que a medida obrigará a ajustes na Santa Casa: “Do nosso lado há aqui o abdicar de uma parte substancial dos nossos recursos, o que nos obrigará seguramente a fazer alguma adaptação orçamental, mas isso é o que menos importa”.

“Queremos que, com isto, as pessoas possam aderir, se o entenderem obviamente, e chamar para este esforço outras entidades”, vincou.

Por isso, “vamos incentivar todas as entidades que conseguirmos, e vamos fazer um grande esforço para isso, a contribuírem para um grande fundo que permita apoiar as populações destes concelhos afetados”, adiantou.

Edmundo Martinho apontou ainda que, nesta época de incêndios, a Santa Casa de Lisboa disponibilizou meios para a proteção daquelas populações e financiou diretamente algumas reabilitações casas, tendo ainda disponibilizado viaturas aos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Justiça e da Agricultura para que os técnicos “se deslocassem junto das pessoas nas aldeias mais perdidas onde eventualmente não havia comunicações, onde havia até dificuldade de meios de transporte”.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos.

Entretanto, registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo e de uma outra que estava internada em Coimbra há mais de cinco meses.

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Entrada da Santa Casa no Montepio deve ser decidida no início do ano

  • ECO
  • 10 Dezembro 2017

O provedor da Santa Casa gostaria de ver concluído o processo de decisão sobre a entrada no Montepio até ao início do próximo ano. Em cima da mesa está a aquisição de 10% do capital do banco.

Mês, mês e meio. Este é o tempo que Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia, considera que será necessário para que haja uma decisão da entidade que lidera sobre a entrada no capital do Montepio Geral, cujo presidente está de saída. A garantia foi dada por Edmundo Martinho, neste domingo, em entrevista à TSF/DN (acesso grátis), que reitera que o interesse passa por assumir uma posição de 10% no capital do banco.

“Não sei se conseguiremos até ao final do ano, mas seguramente no início de 2018 gostava que isto estivesse arrumado, no sentido da entrada ou não entrada”, disse o provedor da Santa Casa da Misericórdia relativamente a timming previsto para uma tomada de decisão sobre esse dossiê.

O responsável da Santa Casa da Misericórdia assume assim uma posição cautelosa, depois de neste sábado, Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio, ter anunciado no almoço de Natal do grupo, perante mais de mil pessoas, entre as quais se encontrava Félix Morgado, que a entrada da Santa Casa no capital do banco deveria ficar fechada até ao Natal.

Na entrevista à TSF/DN, Edmundo Martinho explica o que pesa no processo de decisão relativo a uma eventual entrada no capital o Montepio. “Está a ser feito um processo de avaliação desta participação, que não pode ser vista apenas naquilo que é o valor nominal correspondente às ações, porque tem este valor estratégico da entrada e de reforço da economia social no setor financeiro, uma coisa que do nosso ponto de vista representa um objetivo importante, mas tem outra característica: esta entrada de capital, sendo muito minoritária, tem a contrapartida de a Santa Casa ter uma palavra a dizer e um papel a desempenhar na governance do grupo financeiro da Caixa Económica”, diz o responsável que explica que o objetivo mantém-se em a Santa Casa assumir uma posição de 10% no capital do Montepio.

Cerca de 10% como máximo, isso não se alterou. Mas são 10% que, de acordo com aquilo que temos vindo a conversar, permitirão que a Santa Casa tenha de facto uma palavra a dizer, o que não é comum.

É que, segundo Edmundo Martinho, a entrada no capital do Montepio Geral “não é uma operação financeira de comprar hoje para vender amanhã para obter mais-valias“. É sim “uma aposta estratégica neste grande setor da economia social, onde a Santa Casa quer ter uma palavra a dizer”, segundo esclarece, referindo a sua relevância para a própria sustentabilidade da Santa Casa.

“Tem que ver com a própria sustentabilidade da Santa Casa enquanto entidade capaz de continuar a responder neste sentido [economia social] e é nessa linha que entendemos que a entrada estratégica no capital de uma entidade bancária, como é o caso da Caixa Económica Montepio Geral, pode servir estes fins de garantia de sustentabilidade da Santa Casa”, remata.

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Grupo Vila Galé espera subir receitas em mais de 7% para 100 milhões de euros em Portugal este ano

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

O Grupo hoteleiro espera atingir 100 milhões de euros de receitas este ano em Portugal, mais cerca de 7% do que em 2016, avança o presidente da empresa Jorge Rebelo de Almeida.

O Grupo Vila Galé espera atingir 100 milhões de euros de receitas este ano em Portugal, mais cerca de 7% do que em 2016, disse o presidente da empresa, Jorge Rebelo de Almeida, à Lusa.

“Grosso modo, em 2017 crescemos quer na receita quer no resultado. Onde quase não crescemos foi na (taxa de) ocupação”, disse o responsável, acrescentando que o ano “acaba por ser positivo porque traduziu uma melhoria do preço médio”.

O grupo obteve um volume de negócios de 93,6 milhões de euros em Portugal durante 2016, mais 15% do que em igual período de 2015. A registarem-se 100 milhões de receitas em 2017, este valor representa um aumento de 7,5%”, dentro da expectativa de Jorge Rebelo de Almeida do grupo crescer entre “7% a 8% em Portugal”.

Para o próximo ano, Jorge Rebelo de Almeida mantém-se entusiasmado com a abertura das unidades hoteleiras já anunciadas: o Vila Galé Sintra, que “está a correr bem”, deverá abrir em 25 de abril, em Elvas mantém-se a data estimada de final de novembro, em Braga – hotel que “vai ficar lindo de morrer, muito completo e charmoso” – o objetivo é abrir no Santo António (em junho), para o hotel já estar “rodado para o São João, que é famoso em Braga”.

O hotel de Manteigas, que o Grupo ainda teve esperança de conseguir abrir em 2018, como “ainda não tem licença, o projeto ainda está em aprovação”, só deverá mesmo inaugurar em março ou abril de 2019.

Questionado ainda como decorrem as vendas no Vila Galé Sintra, Resort Hotel, Conference & Revival Spa, um projeto hoteleiro, mas também imobiliário com blocos de apartamentos, Jorge Rebelo de Almeida confirmou que foi iniciada a comercialização recentemente, que “há muita procura, mas nada fechado até ao momento”.

Já sobre a unidade hoteleira de Braga, o responsável explicou ainda que, apesar da sua construção, no complexo do antigo hospital de São Marcos, estar a “andar muitíssimo bem”, não vai ser inaugurado antes para não “prejudicar em Sintra”. É que há dificuldade de trabalhadores “cá em baixo” e se, eventualmente, o grupo constatar dificuldades para cumprir com Sintra (num terreno entre a Várzea de Sintra e Nafarros), transfere pessoal daquela obra para esta. “Para já não, mas já foi, por exemplo, o pessoal de Braga que acabou o Porto Ribeira”, exemplificou.

Este ano, em Portugal, a mais recente abertura do grupo foi o Vila Galé Porto Ribeira, em outubro, uma unidade dedicada à leitura e que Jorge Rebelo de Almeida diz que o “encanta”.

O responsável disse que neste pequeno hotel de charme de frente para o Douro, na zona ribeirinha do Porto, as vendas serão, “essencialmente, ‘online’, para clientes “muito diversificados, não de grandes operadores”.

Ainda sobre o Porto enquanto destino turístico, o responsável mostra-se preocupado com a escalada de preços atual na hotelaria.

“Espero que não se estrague nada [o aumento de turistas que tem registado] com os preços que se pedem no Porto (…). Hoje, penso que temos uma cidade com uma relação preço qualidade boa em Lisboa e o Porto tem riscos maiores, pois Lisboa tem outro histórico”, lembrou.

Brasil não é para fechar

Sobre o Brasil, a palavra de ordem tem sido inovar, com a abertura de novos restaurantes, alterações de menus para ‘gourmet’, criação de parques infantis e até salas de cinemas, para fidelizar o mercado, já que a atividade atravessa dificuldades.

“No Brasil, os ‘resorts’ estão bem, estão saudáveis, mas os hotéis de cidade [como o do Rio de Janeiro] estão fracos dada a conjuntura. Há menos negócios, menos atividade corporativa. O negócio está mais fraco e não está com grandes expectativas de melhoria”, afirmou, acrescentando que “os ‘resorts’ beneficiam do efeito contrário: as pessoas que iam para fora, por causa da desvalorização do real, têm optado por fazer férias no Brasil”.

Jorge Rebelo de Almeida diz que o grupo fez a aposta certa. “Os hotéis de cidade eram muito mais fortes, nós apostámos nos ‘resorts’ e hoje somos a principal rede de ‘resorts’ no Brasil e estes correm muito bem, porque os brasileiros [principal mercado das suas unidades naquele país] estão a ficar dentro de portas e temos ‘resorts’ mesmo muito bons”, afirmou.

Confrontado com a possibilidade de fecho, nomeadamente no Rio de Janeiro, como aconteceu já outros grupos, garante: “É para aguentar, claro. Não vamos fechar o hotel. É sofrer um bocadinho”.

O grupo Vila Galé é atualmente responsável pela gestão de 28 unidades hoteleiras: 21 em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Oeiras, Cascais, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Porto, Douro e Madeira) e sete no Brasil (Rio de Janeiro, Fortaleza, Caucaia, Salvador, Guarajuba, Cabo de Santo Agostinho e Angra dos Reis), com um total de 6.410 quartos e 13.068 camas.

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Mais de 50 dirigentes mundiais reúnem-se terça-feira em Paris em cimeira sobre clima

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

O presidente francês é o anfitrião de um encontro de 50 líderes mundiais, onde serão debatidas questões sobre o clima. O evento acontece terça-feira e não conta com a presença do presidente dos EUA.

Mais de 50 chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro português, participam na terça-feira em Paris numa cimeira sobre o clima promovida pelo Presidente francês, marcada pela “ausência” dos Estados Unidos.

No encontro, que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, pretende que sirva para impulsionar a aplicação do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa (assinado há dois anos e ao qual o Presidente norte-americano, Donald Trump, renunciou) vai estar também o secretário-geral da ONU, o português António Guterres.

Segundo a presidência francesa, vão estar na cimeira “One Planet Summit” mais de 2.000 “atores-chave”, do setor público e privado, desde os chefes de governo de Espanha e Reino Unido, Mariano Rajoy e Theresa May, ao ator Leonardo DiCaprio ou ao multimilionário Bill Gates.

A “One Planet Summit” junta ainda outros norte-americanos “envolvidos” na questão das alterações climáticas, como o ex-governador do estado da Califórnia Arnold Schwarzenegger ou o antigo presidente da Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg.

Os Estados Unidos trocaram uma presença de alto nível por uma representação pelo encarregado de negócios da embaixada em Paris, por decisão da Casa Branca, segundo a presidência francesa.

Em contrapartida, estarão presentes chefes de Estado africanos, dirigentes de países afetados pelas alterações climáticas (como o Bangladesh e ilhas do Pacífico e Haiti), Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, e responsáveis de grandes cidades, empresas e organizações não governamentais, empenhados no combate às alterações climáticas.

O objetivo é, segundo o Palácio do Eliseu, impulsionar os “atores envolvidos” e os projetos ligados à luta contra as alterações climáticas “de uma forma muito concreta”.

A cimeira foi anunciada em julho por Emmanuel Macron como uma forma de retomar a questão da luta contra as alterações climáticas e a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, após o anúncio, em junho, da intenção de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

A reunião vai decorrer num novo local cultural perto de Paris, na cidade da música da ilha de Seguin (a oeste de Paris), após um almoço dos chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu (presidência francesa).

Com eventos paralelos a decorrer dois dias antes, a presidência francesa disse que são esperados “uma dezena de grandes anúncios” após a reunião, que “se insere na agenda internacional sobre o clima”, nomeadamente no ciclo das COP (Conferências das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas).

Organizada pelo Eliseu, ONU e Banco Mundial, a cimeira acontece pouco depois da 23.ª COP que decorreu em Bona, na Alemanha, em novembro. Organizações não governamentais consideraram na altura que no encontro de Bona não ficaram estabelecidas formas concretas de conseguir que as temperaturas não aumentem mais de dois graus em relação aos valores pré-industriais, uma das metas do Acordo de Paris.

Paris espera agora, segundo declarações de fontes oficiais no mês passado, um reforço do financiamento da luta contra as alterações climáticas ou a apresentação de projetos efetivos em setores como os transportes, agricultura ou energias renováveis.

Portugal tem defendido a aposta nas energias renováveis. No passado dia 05 em Rabat, após a 13.ª Cimeira Luso-Marroquina, António Costa garantiu que o país manterá a aposta no desenvolvimento das energias renováveis para atingir as metas do Acordo de Paris em matéria de descarbonização da economia.

Perante os jornalistas, António Costa prometeu que Portugal “continuará a desenvolver as energias renováveis e a baixar a fatura energética”.

Concluído em 12 de dezembro de 2015 durante a conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21) em Paris, assinado por quase todos os países do mundo, o Acordo de Paris entrou em vigor a 04 de novembro de 2016. Visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.

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Presidentes do PSD duram em média 2,5 anos e têm 40% de hipóteses de vir a ser primeiro-ministro

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2017

O PSD, em média, muda de líder a cada dois anos e meio e já produziu sete primeiros-ministros e dois Presidentes da República.

O PSD escolhe a 13 de janeiro o seu 18.º presidente, num partido que, em média, muda de líder a cada dois anos e meio e que já produziu sete primeiros-ministros e dois Presidentes da República.

Cavaco Silva foi o líder que mais tempo esteve à frente do PSD, durante dez anos, seguido de Pedro Passos Coelho, que completará quase oito anos como presidente dos sociais-democratas.

No extremo oposto, encontram-se Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Menéres Pimentel, Rui Machete ou Pedro Santana Lopes, todos com lideranças de menos de um ano.

Santana Lopes, contudo, poderá, se vencer as diretas, ser o segundo líder do PSD a reincidir no cargo, um feito até agora só conseguido pela sua referência política, o fundador do partido Francisco Sá Carneiro.

Dos 17 presidentes do PSD, seis já morreram – Sá Carneiro, Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Menéres Pimentel, Nuno Rodrigues dos Santos e Carlos Mota Pinto – e apenas uma mulher liderou os sociais-democratas em quase 44 anos de história: Manuela Ferreira Leite.

Sete presidentes do PSD foram primeiros-ministros – uma percentagem superior a 41% do total dos líderes sociais-democratas – e dois Presidentes da República, Cavaco Silva e o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Apenas dois presidentes do PSD – pouco mais de 10% – não tiveram qualquer experiência governativa, casos de Emídio Guerreiro e Nuno Rodrigues dos Santos.

Em termos de idades, em média os presidentes do PSD tinham perto de 50 anos quando assumiram funções.

António Sousa Franco foi o presidente mais jovem do PSD – tinha 35 anos – e Emídio Guerreiro o mais velho: foi o único presidente do PSD nascido no século XIX (em 1899) e assumiu funções quando tinha 75 anos.

Os dois candidatos até agora apresentados às diretas, Pedro Santana Lopes e Rui Rio, têm respetivamente 61 e 60 anos. Além de Emídio Guerreiro, apenas Nuno Rodrigues dos Santos e Manuela Ferreira Leite ocuparam o cargo com idades superiores, 72 e 67 anos, respetivamente.

Dos 11 presidentes vivos do PSD, um é candidato a líder – Pedro Santana Lopes – e outros três já tomaram posição na disputa.

Rui Machete apoiará Santana Lopes, presidindo até à sua Comissão de Honra, e Francisco Pinto Balsemão e Manuela Ferreira Leite declararam apoio a Rui Rio.

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Manuel Machado reeleito para associação de municípios com 83% dos votos

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2017

Além de Manuel Machado, designado pelo partido mais votado nas eleições autárquicas, o conselho diretivo tem como vice-presidentes Ribau Esteves, Isilda Gomes, Miguel Costa Gomes, Almeida Henriques.

O socialista Manuel Machado foi reeleito este sábado presidente do conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), com 83% dos votos dos congressistas presentes no Portimão Arena, que aprovaram também a resolução reivindicativa dos autarcas.

Além do presidente da Câmara de Coimbra, designado pelo partido mais votado nas eleições autárquicas de 1 de outubro, o conselho diretivo tem como vice-presidentes Ribau Esteves (PSD), Isilda Gomes (PS), Miguel Costa Gomes (PS), Almeida Henriques (PSD) e Alfredo Monteiro (PCP).

Na reunião magna da ANMP foi também eleita, com 84% dos votos expressos dos mais de 800 delegados, a mesa do congresso, liderada pelo social-democrata Álvaro Amaro, presidente da Câmara da Guarda.

O conselho-geral, também presidido por Álvaro Amaro, presidente dos ASD-Autarcas Sociais-Democratas, por ter sido o segundo partido mais votado nas autárquicas, foi eleito por 85% dos votos, segundo fonte da ANMP. A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira (PCP), lidera o conselho fiscal da ANMP, órgão eleito por 85% dos votos, adiantou a mesma fonte.

A resolução do XXIII Congresso da ANMP foi aprovada por unanimidade dos delegados presentes, que assumiu as principais conclusões de três temas levados a debate, sobre a descentralização de competências para as autarquias, as finanças locais e o período pós 2020 dos fundos comunitários.

Os relatórios dos três temas, aprovados no congresso, “configuram-se como essenciais para a construção de um Portugal mais moderno, mais coeso e mais inclusivo”, refere a resolução.

O congresso afirma “a concretização do processo de descentralização de competências para os municípios como desígnio nacional” e “a importância de aprovação de uma Lei das Finanças Locais que dê respostas seguras à reposição da capacidade financeira perdida, com uma maior participação dos municípios nas receitas do Estado”.

“A necessidade de uma reprogramação do Portugal 2020 que respeite a coesão territorial”, designadamente com reforço de verbas para a regeneração urbana, a revisão do modelo de financiamento do ciclo urbano da água, e a diferenciação positiva dos territórios de baixa densidade são também defendidas.

Na resolução assume-se a necessidade de criação de um instrumento financeiro destinado ao setor municipal, particularmente destinado à revitalização da rede rodoviária municipal, com cerca de 92.000 quilómetros (90% da rede viária total).

No período de programação pós 2020, o congresso advoga “o reforço do papel dos municípios na gestão descentralizada do mesmo a nível sub-regional e local, potenciando-se a concretização de novas políticas territoriais adequadas ao desenvolvimento equilibrado e coeso do país”.

“A urgência na concretização de medidas que invertam as situações de despovoamento e abandono de partes substanciais do território e a adoção de alterações estruturais no ordenamento florestal e na defesa da floresta contra incêndios, bem como no sistema de proteção civil”, consta também da resolução colocada a votação.

A resolução conclui com “o forte empenhamento dos municípios no desenvolvimento de políticas que corrijam as assimetrias, valorizem os recursos e promovam a coesão social e territorial, reforçando a identidade nacional”.

Na sessão de encerramento, o presidente da ANMP, dirigindo-se ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que o Estado “não pode continuar afastado das populações em grande parte do território” português. “O Estado e as suas instituições públicas têm que garantir às populações um serviço melhor do que aquele que têm prestado”, referiu Manuel Machado, sublinhando que é necessário que o Estado recupere “a confiança das pessoas e das comunidades”.

Descentralização é para as pessoas, diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, advertiu que a descentralização é “para as pessoas e não para os responsáveis políticos” e sublinhou que o que ficar decidido não deve ser questionado pelas eleições legislativas de 2019. “Que se lembre sempre que a descentralização é para as pessoas, não para os responsáveis políticos, e que se lembre mais que uma descentralização justa, nos temos constitucionais, deve trazer consigo meios de correção de desigualdades que permitam encarar a situação daqueles ‘portugais’ esquecidos, ou menos recordados no dia a dia”, declarou.

O Presidente da República, que falava no encerramento do XXIII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse ainda que dispensa “mais tragédias” para que seja recordado que “todos os portugueses devem ser de primeira”, à luz da Constituição.

“E porque a reforma é para aplicar para além das eleições legislativas de 2019, importa que haja a certeza de que o decidido não possa vir a ser questionado por qualquer resultado eleitoral, o que supõe enriquecedor debate e estabilizadora convergência, não só dentro da atual maioria parlamentar de apoio ao governo, como para além dela”, sublinhou.

Considerando que 2018 é “um ano bom” para clarificar o processo de descentralização, por não coincidir com um período eleitoral, o chefe de Estado frisou que a reforma “só ganha com a definição jurídica rigorosa do alcance da legitimação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)”.

Por outro lado, acrescentou, é também necessária “a clarificação da dimensão das transferências, de atribuições e competências para as autarquias locais e comunidades por ela formadas e com a a quantificação precisa dos meios e dos prazos que acompanharão as transferências, não como realidade estática no tempo, mas projetada no futuro”.

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Rutura no Montepio. José Morgado, presidente do banco, sai no final do ano

José Félix Morgado vai sair da presidência do Montepio nas próximas semanas, em rutura com Tomás Correia, presidente da associação mutualista e acionista do banco.

A rutura entre Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio, e o José Félix Morgado, presidente da Caixa Económica Montepio Geral, estava pré-anunciada há meses e agora vai mesmo consumar-se: o gestor que lidera o banco Montepio vai sair nas próximas semanas, previsivelmente até ao final do ano, confirmou o ECO junto de vários fontes.

A notícia corria há semanas e este sábado a SIC Notícias avançou com a história, e com um calendário. José Félix Morgado vai sair no início do ano, na sequência da entrada de novos acionistas, entre os quais a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que quer ter dois administradores na gestão. O ECO confirmou a saída de Morgado, mas não é uma consequência direta da entrada da Santa Casa, agora liderada por Edmundo Martinho. Nem qualquer facto relacionado com créditos passados, no mandato de Tomás Correia como presidente do banco. Há outras razões, mais fundas, e resultam das divergências insanáveis entre Morgado e o presidente da Associação e acionista do banco, Tomás Correia.

De acordo com várias fontes, Tomás Correia queria há meses mudar dois administradores do banco, Lopes Raimundo e João Neves, pretensão que foi rejeitada por José Félix Morgado. Nessa altura, terá dito a Tomás Correia que apresentaria a demissão se essa mudança ocorresse. O destino ficou traçado, apesar do presidente do banco só terminar o mandato no final de 2018.

Este sábado, Tomás Correia anunciou no almoço de Natal do grupo, perante mais de mil pessoas, entre as quais se encontrava Félix Morgado, que a entrada da Santa Casa no capital do banco deverá ficar fechada até ao Natal. E nessa sequência, que haverá mudanças do modelo de governo do banco e dos próprios órgãos sociais. Para quem o ouviu, era claro o objetivo: José Morgado teria de sair, o que o ECO confirmou este sábado. Aliás, haverá já até um acordo entre Tomás Correia e José Morgado para a interrupção do mandato no banco. “O acionista é que escolhe o gestor”, confidenciou Morgado aos seus mais próximos, antecipando a rutura agora anunciada.

A notícia gerou uma reação imediata por parte da Associação Mutualista Montepio que diz ter recebido “a notícia” “com total surpresa”. “A ser verdade só responsabiliza quem a profere”, acrescenta fonte oficial da associação. “A Associação Mutualista Montepio não fará qualquer outro comentário sobre este tema”, acrescentou. Mas o ECO apurou junto de uma fonte da Caixa Económica Montepio Geral que Félix Morgado não se vai demitir.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai ter uma participação de, no máximo, 10% do capital da Caixa Económica Montepio Geral, mas terá uma palavra a dizer na gestão do banco. Em entrevista ao Público, publicada esta quarta-feira, o novo provedor, Edmundo Martinho, disse que a Santa Casa vai nomear um a dois gestores executivos no Montepio.

José Félix Morgado, sabe o ECO, discorda da ideia de transformar o Montepio num ‘banco social’ e confidenciou a vários dos seus colaboradores mais próximos que não sabe sequer o que isso significa. Além disso, o gestor tem reservas à forma como Tomás Correia está a cativar outros acionistas para o grupo, como os chineses CEFC Energy, que terão acordado o pagamento de 150 milhões de euros por 60% da Montepio Seguros, a holding do grupo que tem a Lusitânia. A possibilidade de este acionista vir também a entrar no capital do banco é vista com reservas por José Morgado, desde logo porque há investigações a correrem nos EUA (Financial Times, acesso pago) que atingem alguns dos gestores deste grupo.

E os resultados de José Morgado à frente do banco? A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) continua a apresentar lucros. Registou um resultado líquido de 20,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Isto em comparação com um prejuízo no mesmo período do ano passado. Uma recuperação que se baseia no aumento do produto bancário e redução dos custos operacionais. Mas também graças ao aumento das comissões.

(Notícia atualizada às 21h03 com a reação da Associação Mutualista Montepio)

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Concessão do Terminal do Barreiro poderá ocorrer em 2020

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2017

A proposta da Agência Portuguesa do Ambiente, que está a analisar o projeto, deverá ser entregue ainda este ano. Ministério do Mar não prevê qualquer ampliação do Terminal de Alcântara.

O Terminal Multimodal do Barreiro poderá ser concessionado em 2020, estimou este sábado o Governo, apontando ainda para este ano a entrega de uma Proposta de Definição de Âmbito à Agência Portuguesa do Ambiente, que está a analisar o projeto.

Numa resposta enviada à agência Lusa, o Ministério do Mar refere que o “grupo de trabalho criado pela ministra do Mar para a otimização do projeto do Terminal do Barreiro tem vindo a trabalhar regularmente, estando prevista a entrega até ao final do corrente ano na Agência Portuguesa do Ambiente [APA] de uma Proposta de Definição de Âmbito”.

Esta proposta “incluirá os resultados da consulta pública e os pareceres das entidades conhecidos durante o procedimento de Avaliação de Impacto Ambiental anterior”, acrescenta o gabinete de Ana Paula Vitorino.

Com isto, o Governo pretende “garantir, por um lado, que o estudo prévio e o Estudo de Impacto Ambiental em reformulação no âmbito do grupo de trabalho criado pela ministra do Mar dê satisfação a todas as recomendações da APA e, por outro, que a solução resulte consensual entre todas as entidades que integram o grupo de trabalho, em particular a Câmara Municipal do Barreiro”.

[O Governo pretende] que a solução resulte consensual entre todas as entidades que integram o grupo de trabalho, em particular a Câmara Municipal do Barreiro.

Gabinete de Ana Paula Vitorino

Em 14 de setembro, a Administração do Porto de Lisboa anunciou que pediu uma nova Avaliação de Impacte Ambiental e a reformulação deste projeto, cujo valor total está estimado em 400 milhões de euros.

Na nota enviada à agência Lusa, o Ministério explica que “previamente à construção do terminal haverá que obter uma Declaração de Impacte Ambiental favorável e lançar o concurso para a concessão do projeto, da construção, da operação e do financiamento do Terminal do Barreiro, que será da responsabilidade da iniciativa privada”. “Nestes termos e cumprindo-se os pressupostos de aprovação ambiental do projeto, de acordo com o calendário previsto, a concessão do terminal poderá ocorrer em 2020”, esclarece o gabinete.

Relativamente ao terminal de Alcântara, o Ministério esclareceu que a Estratégia para o Aumento da Competitividade da Rede de Portos Comerciais do Continente – Horizonte 2026 prevê “o aproveitamento da frente de acostagem já existente de 1.070 metros e da área de 21 hectares que correspondem à atual área concessionada”.

Não existe qualquer ampliação associada ao projeto, mas antes o aproveitamento de toda a frente acostável existente e a melhoria da eficiência operacional que permitirá no mesmo espaço movimentar maior número de contentores, mediante a instalação de equipamentos modernos e utilização de tecnologias de ponta”, acrescenta o ministério.

O Ministério do Mar elenca ainda que “não se prevê o aumento significativo do número de contentores em parque, mas antes o aumento na sua movimentação”, prevendo-se também uma “redução do tráfego rodoviário gerado pela movimentação no Terminal de Contentores de Alcântara, passando parte da carga contentorizada a circular por ferrovia e por via fluvial até à plataforma logística de Castanheira do Ribatejo”.

O Ministério liderado por Ana Paula Vitorino esclarece que “não haverá interrupção de funcionamento do Terminal de Alcântara”, e que os novos equipamentos deverão começar a ser instalados “a partir de 2018”. Apontando que “a construção do Terminal do Barreiro não é justificada pela necessidade de ‘aliviar a frente rio’, o Ministério do Mar explica que “os estudos técnicos, de mercado e económico-financeiros concluem pela viabilidade económico-financeira da coexistência das duas concessões”.

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