Rui Moreira: “Mérito do turismo no Porto é do empreendedorismo”

O Presidente da Câmara do Porto é o convidado de hoje do ECO Talks. Com as eleições autárquicas e a descentralização no horizonte, Rui Moreira irá falar da cidade, do país e da política nacional.

Rui Moreira no ECO Talks

A Fundação Manuel António da Mota recebe esta quinta-feira de manhã o primeiro ECO Talks no Porto. O convidado é o atual autarca portuense, que se vai recandidatar como independente nas eleições autárquicas deste ano. Em cima da mesa estão temas locais, como a taxa turística, mas também a descentralização do Estado, uma das bandeiras do presidente da Câmara do Porto. A nível nacional, o que pensa Rui Moreira sobre o Governo e o Presidente da República? Perguntas que vão ser respondidas neste ECO Talks. Acompanhe aqui o live blog.

 

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Vodafone Portugal fatura 227 milhões de euros até dezembro

O aumento das receitas da operadora reflete a "estabilização do segmento móvel" e um "crescimento sustentado do segmento fixo".

A Vodafone Portugal registou receitas de 227 milhões de euros com o segmento de serviços, no período compreendido entre outubro e dezembro (o terceiro trimestre do ano fiscal da operadora, que termina em março deste ano). O valor representa um aumento de 2,2% face ao período homólogo, comunicou, esta quinta-feira, a empresa liderada por Mário Vaz.

“Esta performance traduz uma estabilização do segmento móvel (…) e um crescimento sustentado do segmento fixo, em particular da TV por subscrição, na qual a Vodafone é o operador que mais cresce há 12 trimestres consecutivos”, refere a operadora.

Entre outubro e dezembro do ano passado, a base de clientes fixos da Vodafone aumentou em 20,7% face a igual período de 2015, para 571 mil. Feitas as contas, a rede de fibra de última geração da Vodafone chega a mais de 2,6 milhões de lares e empresas. Já no segmento móvel, o número de clientes 4G aumentou 89% em termos homólogos, totalizando agora 1,2 milhões.

Apesar da melhoria dos resultados em termos homólogos, a operadora regista uma quebra de 4% na evolução em cadeia. No trimestre de julho a setembro, as receitas de serviço da Vodafone ascenderam a 236,9 milhões de euros.

Ainda assim, Mário Vaz está otimista. “Os resultados positivos alcançados durante o terceiro trimestre e os elevados níveis de notoriedade da Vodafone Portugal, reconhecidos pelos clientes e pelo mercado em estudos independentes, indicam que continuamos a caminha na direção correta”, comenta o responsável, citado em comunicado.

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Gortázar: “Esperamos que o resultado da OPA seja positivo”

O presidente executivo do CaixaBank, que tem a decorrer uma OPA sobre o BPI, acredita no sucesso da oferta. A compra vai permitir ganhos com sinergias de 120 milhões de euros em três anos.

Gonzalo Gortázar, o presidente executivo do CaixaBank, está confiante no resultado da oferta pública de aquisição (OPA). “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório“, afirmou, sublinhando a confiança do banco catalão na instituição portuguesa, nomeadamente na equipa de gestão liderada por Fernando Ulrich.

Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2016, realizada em Barcelona, Espanha, Gortázar salientou que o BPI “representa um clara oportunidade de criar valor. É uma oportunidade”, disse. Vai permitir-nos ser o maior banco ibérico, acrescentando que prevê que a compra permita “criar sinergias de 120 milhões de euros em três anos”.

Já antes do presidente executivo, o presidente do CaixaBank tinha salientado a sua expectativa positiva relativamente à OPA em curso ao BPI. “Estamos perto de encerrar a OPA e de iniciar um projeto que acreditarmos terá sucesso”, disse Jordi Gual na conferência de imprensa de resultados de 2016.

“Estamos convencidos do potencial rentabilidade e de crescimento” do BPI, salientou Jordi Gual, no dia em que revelou lucros de 1.047 milhões de euros. No final de 2016, o banco catalão apresentava um rácio common equity Tier 1 de 13,2%, considerando o que é exigido pelos reguladores. Numa base “fully loaded”, o rácio encolheu para 12,4%, sendo que com a OPA vai cair ainda mais.

O banco diz que consoante o resultado da OPA, ou seja, a taxa de aceitação da oferta de 1,1134 euros por ação, o rácio CET1 “fully loaded” do CaixaBank vai cair para entre “11% a 11,6%”. “Em qualquer caso, o CaixaBank cumprir com os rácios de capital exigidos”, salientou o presidente do banco catalão.

Em Barcelona, Espanha, a convite do CaixaBank

(Notícia atualizada com mais declarações dos responsáveis do CaixaBank)

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Jordi Gual: “Estamos convencidos do potencial do BPI”

O presidente do banco catalão, que lançou uma OPA ao BPI, diz que o banco português é "uma oportunidade". E no seu plano estratégico, aponta como prioridade "criar valor no BPI".

O CaixaBank põe o BPI nas suas prioridades do plano estratégico. Jordi Gual, o presidente do banco catalão, diz que quer “criar valor” no banco liderado por Fernando Ulrich, estando confiante quanto ao potencial de rentabilidade e de crescimento da instituição financeira portuguesa pela qual está a oferecer 1,134 euros por ação.

“Estamos perto de encerrar a OPA e de iniciar um projeto que, acreditamos, terá sucesso”, disse Jordi Gual na apresentação dos resultados do banco em 2016, período em que registou lucros de mais de mil milhões de euros. “Estamos convencidos do potencial rentabilidade e de crescimento” do BPI, salientou.

O banco catalão, que tem em curso a OPA sobre o BPI, defende no seu plano estratégico a criação de valor no BPI, um banco que, diz, “é uma oportunidade”.

Na apresentação feita em Barcelona, Espanha, perante mais de uma centena de jornalistas, o CaixaBank apresenta o BPI como sendo uma rede “atrativa” que conta com uma “equipa excelente” que é liderada por Fernando Ulrich.

Em Barcelona, Espanha, a convite do CaixaBank

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 2 Fevereiro 2017

Trump repensa a Coreia do Norte e grita com o PM australiano, Le Pen quer pôr um imposto na contratação de imigrantes, e outras três notícias que marcam a atualidade mundial.

Trump rejeita o “acordo estúpido” de acolhimento de refugiados que Obama assinou com a Austrália, a Alemanha começa o programa de pagar a requerentes de asilo para que voltem para os países de origem, e Le Pen propõe taxar contratos de trabalho com imigrantes. Leia as seis notícias que marcam a atualidade mundial esta quinta-feira.

Financial Times

EUA vão rever a política em relação à Coreia do Norte

O novo secretário da Defesa dos EUA, o General James Mattis, está de visita à Coreia do Sul e ao Japão, e a Casa Branca aproveita para lançar uma revista da sua política em relação à Coreia do Norte, focada especialmente na ameaça nuclear que o país apresenta. Fontes que falaram ao Financial Times afirmaram que a revisão servirá para perceber o que Donald Trump pode fazer de diferente em relação ao seu antecessor no cargo para melhor gerir a relação com o país autoritário. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Le Monde

Marine Le Pen propõe taxar contratos de emprego com imigrantes

A candidata da Frente Nacional à presidência francesa vai apresentar o programa este fim de semana, mas algumas das suas propostas já foram avançadas numa entrevista ao Le Monde. Marine Le Pen quer taxar os novos contratos feitos com trabalhadores estrangeiros, e promete fazer imediatamente dois referendos: um de alteração constitucional e um de saída da União Europeia. Leia a notícia completa no Le Monde. (Conteúdo em francês / Acesso pago)

The Guardian

Acordo de refugiados entre Austrália e EUA em risco após chamada pouco diplomática

Mais uma gafe diplomática para o presidente Donald Trump, que desta vez terá gritado com o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull e terminado a chamada meia hora antes do previsto. Turnbull pretendia discutir com Trump o acordo que ficara assinado com a administração de Obama em novembro, em que os Estados Unidos se comprometeram a alojar 1250 requerentes de asilo que se encontram detidos nas ilhas-prisão utilizadas pela Austrália, em Nauru e na ilha de Manus. No Twitter, Trump rematou: “Vou estudar este acordo estúpido!” Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El País

Banco de Espanha mudou normas contabilísticas no início da crise

A Direção Geral de Supervisão do Banco de Espanha alterou as normas contabilísticas usadas na regulação no princípio da crise financeira, em 2008, impedindo que se identificassem mais rapidamente os seus impactos na economia espanhola. Segundo o El País, a interpretação “mais branda” das regulações, efetuada através de decisões não oficiais, constitui maquilhagem, e incluiu iniciativas como aligeirar a supervisão de operações como o refinanciamento de empréstimos hipotecários e de consumo. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Times

May enfrenta críticas internas após vencer votação parlamentar

Após passagem pela prova de fogo parlamentar, a primeira-ministra britânica Theresa May vai ter de aplacar os deputados do seu próprio partido, já que os Trabalhistas ameaçam não apoiar o processo do Brexit a não ser que haja garantias de que os cidadãos europeus que vivem no Reino Unido vão poder lá permanecer. Os aspetos individuais do acordo do Brexit, que Theresa May vai depois levar aos negociadores europeus, vão ser votados no parlamento na próxima semana. Leia a notícia completa no The Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Deutsche Welle

Começa programa para pagar a requerentes de asilo para saírem voluntariamente da Alemanha

A Alemanha pôs de parte 40 milhões de euros para pagar a requerentes de asilo que aceitem regressar aos seus países de origem. O programa começou esta quarta-feira, e prevê aumentar o número de migrantes e requerentes de asilo a sair voluntariamente da Alemanha: pessoas com candidaturas de asilo ainda a ser processadas podem receber 1200 euros se aceitarem sair antes de saberem o resultado, e pessoas cuja candidatura tenha sido rejeitada podem receber 800 euros se não recorrerem. Leia a notícia completa na Deutsche Welle. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Bolsa nacional recua pela quarta sessão

Fevereiro começa mal para a praça nacional, que se apresenta novamente em baixa pela quarta sessão seguida. Lisboa está a ser pressionada pela Jerónimo Martins e pela EDP Renováveis.

Se janeiro acabou mal, fevereiro não começou muito melhor. A bolsa nacional volta a abrir esta quinta-feira sob pressão vendedora e acumula já quatro sessões de perdas consecutivas. Condicionam sobretudo os títulos da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis, numa sessão europeia que também não acordou muito bem disposta.

O PSI-20, o principal índice português, perde 0,26% para os 4.456,24 pontos, prolongando as perdas pela quarta sessão seguida. E isto depois de um mês de janeiro que fechou com uma desvalorização de 4,36%. As ações da Jerónimo Martins destacam-se pela negativa: perdem 0,76% para 15,57 euros. Também no grupo EDP há fonte de pressão, com a EDP Renováveis a cair 0,94% para 5,87 euros.

Há mais pontos de interesse na bolsa portuguesa. O BCP, cujo período de subscrição dos direitos do aumento de capital termina esta quinta-feira, recua 1,6% para 0,1609 euros, depois de duas sessões em que valorizou mais de 10%. Já a Pharol evita quedas maiores em Lisboa com um disparo de 4,66% para 0,292 euros, depois de ontem ter informado o mercado que a Samba desistiu de uma ação judicial depois de ter chegado a um acordo com outros acionistas da Africatel.

Em relação aos CTT, que tem sido uma das histórias negativas este ano, sobretudo depois de Francisco Lacerda ter avisado que os resultados vai sair uns furos abaixo, as ações voltam a ceder 0,2% para cotar abaixo dos cinco euros.

“A abertura do mercado nacional deverá ser similar à dos pares europeus”, referem os analistas do BPI. “Os mercados europeus negociavam com ligeiras perdas. Depois da decisão da Fed não ter surpreendido o mercado, a Época de Resultados e a reunião do Banco de Inglaterra são os dois temas principais da sessão de hoje”, acrescentaram.

Lá por fora, o IBEX-35 de Madrid perdia 0,22% e o DAX-30 de Frankfurt cai 0,3%.

(Notícia em atualizada às 8h29)

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Receitas do Facebook superam estimativas graças aos smartphones

Dispositivos móveis garantiram mais de 80% das receitas do Facebook. Vendas dispararam 50% para mais de oito mil milhões de euros no último trimestre do ano passado.

As receitas do Facebook subiram mais do que o esperado no quarto trimestre do ano passado, impulsionadas pela publicidade nos dispositivos móveis. Em 2016, a rede social conseguiu triplicar os lucros para 10,2 mil milhões de dólares.

A maior rede social do mundo informou esta quarta-feira que o volume de negócios disparou 51% para os 8,81 mil milhões de dólares (8,16 mil milhões de euros) no último trimestre de 2016, superando as projeções dos analistas que apontam para vendas na ordem dos 8,51 mil milhões de dólares. O número de utilizadores ativos no Facebook aumentou 17% face ao ano anterior para 1,86 mil milhões de pessoas, com 1,23 mil milhões sendo frequentadores diários e 1,74 mil milhões acedendo através dos seus smartphones.

O desempenho no final do ano passado permitiu à tecnológica liderada por Mark Zuckerberg cimentar o segundo ligar no mercado de publicidade mobile, atrás do Google da Alphabet, depois de ter anunciado em 2016 que começou a explorar espaços publicitários no e a acrescentar ferramentas de e-commerce no Instagram, uma plataforma de partilha de fotografias que conta com mais de 600 milhões de utilizadores.

A publicidade mobile representou, de resto, 84% do total de receitas no trimestre, indicou o Facebook.

“O Facebook e o Google são dois elementos fundacionais para a publicidade digital”, referiu Brian Wieser, analista da Pivotal Research Group. “O Facebook é tão grande em termos de capacidade para manter os utilizadores ativos na plataforma que não falhará qualquer objetivo que coloque em relação à publicidade se mantiver os utilizadores”, acrescentou.

O lucro entre outubro de dezembro ficou nos 1,41 dólares por ação, um resultado que bateu a estimativa de 1,31 dólares dos analistas sondados pela Bloomberg. No total do ano, os lucros situaram-se nos 10,2 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros), três vezes mais do que em 2015.

Nem tudo foram boas notícias para o Facebook no final do ano passado. Além da necessidade de combater as notícias falsas que cada vez mais vão ocupando os feeds dos utilizadores, a rede social reconheceu que durante dois anos calculou mal uma das principais métricas para os anunciantes: a quantidade média de tempo gasto a ver um vídeo. Uma situação que deixou os anunciantes mais desconfiados em relação ao verdadeiro impacto das suas campanhas no Facebook e obrigou Mark Zuckerberg a corrigir metodologias de algumas métricas de alcance social.

As ações do Facebook subiram esta quarta-feira 3,6% para os 133,23 dólares.

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UGT: Nova subida do salário mínimo é decisão que depende da “realidade da economia”

O líder da unidade sindical não dá como certa a subida do salário mínimo para 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019, como prevê o acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda.

Carlos Silva não garante que a UGT vá concordar com novas subidas do salário mínimo. O acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda prevê que o salário mínimo suba para 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019, mas o líder da unidade sindical, em entrevista ao Público, destaca os impactos que estas medidas poderão ter para as empresas.

“É uma pergunta que fica. Vamos aguardar até ao final do ano para ver que condições é que há para avançar com o acordo que o PS sufragou com o Bloco de Esquerda. É naturalmente uma decisão política que terá de responder à realidade da economia”, disse ao jornal.

Mesmo a atualização agora conseguida, para 557 euros, pode causar estragos, acredita Carlos Silva. “Há empresas que aguentam e outras que não aguentam. Agora, a maioria das empresas tem condições de fazer a atualização. Para as que não tiverem tem de haver essa compensação. E é por entendermos que era importante a compensação que não nos opusemos à medida. Em nome da fragilidade, sobretudo das micro e pequenas empresas”, disse ao Público.

Seja como for, o acordo tripartido, subscrito pelo Governo e por cinco parceiros sociais (a CGTP ficou de fora), já prevê que a atualizações do salário mínimo em 2018 e 2019 fiquem dependentes da evolução da economia. “Desenvolver esforços para tornar exequível, verificadas as condições económicas e sociais que o possibilitem, a progressiva evolução do valor real da [Remuneração Mínima Mensal Garantida] até 2019”, pode ler-se num dos pontos do acordo.

Assinatura da adenda depende da CGTP

No início desta semana, a UGT garantia ao ECO que vai assinar a adenda ao acordo tripartido, subscrito por Governo e parceiros sociais, que prevê a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC). Agora, um dia antes da data marcada para a assinatura desta adenda, Carlos Silva diz ao Público que só assina se a CGTP ficar de fora.

Em causa está o facto de a CGTP ter sido o único parceiro social que não subscreveu o acordo tripartido. O presidente da UGT entende, por isso, que a intersindical não deve estar presente na assinatura de sexta-feira. “Para assinar a adenda, tem de subscrever primeiro o acordo tripartido. Se assinar a adenda e houver aceitação por parte do Governo que a adenda seja assinada sem se vincular ao acordo tripartido, naturalmente a UGT não estará nessa“, disse Carlos Silva.

O sindicalista frisa que “o acordo tripartido foi subscrito por cinco parceiros sociais e pelo Governo”, pelo que, se houver aditamentos, “os outorgantes é que têm de assinar”. E acrescenta: “Agora, seria de bom tom e até muito bem-vindo, como um reforço da concertação social, que todos os seis parceiros pudessem assinar”.

Na entrevista, Carlos Silva aproveita para lançar duras críticas à atuação da CGTP desde que o Executivo de António Costa tomou posse. “A CGTP, verdade seja dita, nunca enganou ninguém. A CGTP defendeu sempre que um conjunto de matérias deveriam ser discutidas no Parlamento. Porquê? Porque se nunca está disponível para acordos, se não cultiva o espírito do compromisso, porque é que a Concertação Social é que vai discutir um conjunto de situações em que a CGTP sempre defendeu que há um desequilíbrio nos parceiros?”.

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Startup Lisboa. A incubadora que acelerou a cidade

Cinco anos depois do dia 1, a Startup Lisboa contribuiu para a criação e aceleração daquilo que Lisboa é hoje: uma cidade que acolhe e faz crescer empreendedores e startups.

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As primeiras chaves da Startup Lisboa foram entregues a 2 de fevereiro de 2012. A Uniplaces foi uma das primeiras startups residentes.

No dia em que a Uniplaces assentou arraiais na rua da Prata, Miguel, Mariano e Ben trabalharam com os computadores pousados na mesa do almoço. “As mesas das salas ainda não tinham chegado à Startup Lisboa mas nós precisávamos de trabalhar mesmo assim”, conta Miguel Santo Amaro, cofundador e CEO da Uniplaces, o primeiro inquilino da casa.

Miguel e os sócios Mariano Kostelec e Ben Grech fundaram a Uniplaces e foram dos primeiros a ocupar o espaço do número 80 da rua da Prata, na Baixa lisboeta. Na altura, chegaram a partilhar o prédio com uma senhora que viveu no último andar do edifício durante quase um ano após a abertura do espaço da incubadora. E o facto de “ninguém” conhecer o termo startup e a sinalização estar no prédio dava mais alento do que desmotivava os “desconhecidos” moradores.

"As pessoas passavam e perguntavam: sabe o que é que é isto da Startup Lisboa?”

Miguel Santo Amaro

Uniplaces

“Acabámos por entrar antes da inauguração oficial e foi engraçado ver que as pessoas que integravam o projeto foram construindo a ideia do que é isto do empreendedorismo, ver os primeiros venture capitalists — estes investidores que não percebiam muito de tecnologia nem do que estávamos a fazer –, e hoje ver a evolução que a cidade e que a própria Startup Lisboa tiveram. A fasquia está bastante alta mas acredito que pode ser muito mais alta”, recorda Miguel Santo Amaro, em conversa com o ECO.

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Viver para contá-la

Inaugurada a 2 de fevereiro de 2012, a ideia de criar uma incubadora de startups na cidade surgiu a partir do Orçamento Participativo 2009/10, um projeto da Câmara que desafia os cidadãos a dar ideias para a cidade. A ideia, uma das mais votadas, serviu de catalisador a um projeto desejado pela Câmara mas que, sem a ‘aceleração’ do orçamento participativo, provavelmente demoraria muitos mais anos a concretizar, acredita Graça Fonseca. Desde a sua fundação, há cinco anos, a Startup Lisboa recebeu mais de 3500 candidaturas e apoiou 255 startups de empreendedores de mais de 35 países.

“A Câmara Municipal de Lisboa decidiu começar a trabalhar no projeto em várias dimensões. A primeira foi encontrar e definir a localização”, recorda Graça Fonseca, à data vereadora da Economia e Inovação da autarquia e que viria a ser presidente da Associação Startup Lisboa durante cerca de quatro anos. Na altura, optaram pela Baixa: apesar de ser uma zona com pouca circulação de empresas e empresários, a ideia era que a incubadora fosse em pleno centro da cidade.

A incubadora também é uma startup. Fomos descobrindo o mercado.

João Vasconcelos

Secretário de Estado da Indústria

Estamos a falar de uma altura em que, na Baixa, às 19 horas, não havia uma luz acesa além da do nosso prédio, não havia um sítio para comer uma sandes, era um sítio tenebroso. Toda a rua estava vazia a partir das sete da tarde”, recorda João Vasconcelos, diretor da incubadora durante os primeiros quatro anos de vida e que agora é secretário de Estado da Indústria e um dos dinamizadores do Startup Portugal, a estratégia nacional para o empreendedorismo lançada pelo Governo no ano passado.

De Atlantic Business Center a Startup Lisboa

Decidido o local — uma parceria com o Montepio, a instituição bancária que, desde o primeiro momento, apoiou o projeto –, era altura de pôr mãos à obra. Foi nessa perspetiva que a Baixa, outrora sem movimento, assistiu a uma revitalização de uma das suas ruas mais célebres da cidade: o primeiro edifício a dar teto à incubadora lisboeta tinha como objetivo fundamental a “atração de novas pessoas”.

“Por isso, não era um trabalho apenas para a Câmara mas para todos: foi nessa perspetiva que desafiámos instituições bancárias a juntarem-se a nós e fomos procurar outros parceiros”, explica Graça Fonseca.

O projeto original estava desenhado muito antes de João Vasconcelos chegar. “Era uma espécie de soft landing para PME’s dos PALOP, e ia chamar-se Atlantic Business Center. O Montepio já tinha disponibilizado o primeiro edifício. Depois, tanta coisa aconteceu. Decidimos ver o que outras capitais europeias estavam a fazer e descobrimos que, no meio da maior crise dos últimos anos, Lisboa estava a conseguir atrair estrangeiros para montar empresas. Percebemos que havia ali tração, focámo-nos no digital e começámos a trabalhar nisso. Criámos uma rede de mentores e de investidores, tivemos muita sorte com os primeiros empreendedores que conseguimos atrair: foi uma construção deles também”, conta João Vasconcelos, em entrevista ao ECO.

A Startup Lisboa nunca foi um agregado de startups ou de vontades. Criou-se uma comunidade.

Graça Fonseca

Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa

O objetivo era fazer com que o edifício fosse, mais do que espaço de desenvolvimento de um conjunto de ideias de negócio, o ponto de partida para um ecossistema. Berlim e Londres serviram de inspiração mas o que, a partir de fevereiro de 2012, se foi criando naquele prédio da rua da Prata foi muito mais do que uma mera incubadora.

“Era um espírito verdadeiramente único. Tivemos sorte por sermos convidados a fazer parte da equipa de fundadores, mas o que é interessante é que, hoje, muitos dos nossos amigos e parceiros continuam a ser as mesmas pessoas que estavam connosco nessa altura. Acaba por ter aquele core connosco: passados cinco anos, e mesmo que apenas uma percentagem pequena das empresas sobreviva, continuas a ter essas pessoas a representar bem Portugal no mundo. E é interessante que um edifício na rua da Prata, numa zona praticamente abandonada pela cidade, se tenha tornado um hub tecnológico”, detalha Miguel Santo Amaro.

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António Costa, na altura presidente da Câmara de Lisboa, Graça Fonseca, então vereadora, Zeinal Bava e Tomás Correia, no dia da inauguração da Startup Lisboa, a 2 de fevereiro de 2012.

Outro fator preponderante, considera o secretário de Estado da Indústria, foram as visitas de António Costa a cada dois meses: o presidente da Câmara da altura estava pessoalmente envolvido no processo. “Isso faz com que toda a cidade abrace o projeto. Não tínhamos orçamento, não tínhamos dinheiro relevante, não havia fundos comunitários em Lisboa. Vivíamos muito de as empresas perceberem que aquilo era útil para eles, e as pessoas foram-se envolvendo. Fomos aprendendo todos muito”, explica João Vasconcelos.

“No início, a lógica passava por construir uma relação muito próxima entre os elementos e isso foi muito importante porque permitiu tornar mais ágil e dinamizar o ecossistema, acelerar processos, etc. (…) Escolhemos uma ou duas empresas consolidadas numa fase inicial e quisemos apostar em novos negócios: creio que naquele primeiro dia entregámos 40 chaves a startups”, recorda Graça Fonseca.

Curioso como um edifício, umas paredes e as pessoas que começaram lá, acabem por ser uma das razões para o Web Summit ter vindo para Portugal e para que grandes empresas hoje olhem para Lisboa como base para o futuro.

Miguel Santo Amaro

Uniplaces

Entretanto, já em 2015, foi inaugurado mais um edifício para incubação, o Espaço Caixa Empreender by Startup Lisboa, localizado no número 81 da Rua da Prata. Também na Baixa, perto dos dois edifícios com espaços de trabalho para as startups, na Rua do Comércio (n.º8), foi inaugurada a Casa Startup Lisboa, com 14 quartos, e onde já passaram mais de 50 pessoas. A estes, junta-se mais um, no Marquês de Pombal, espaço de incubação de startups de comércio e serviços que, em breve, terão uma loja para implementação de projetos pop-up na Rua da Prata, adianta Miguel Fontes, atual diretor geral da Startup Lisboa.

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Miguel Fontes, diretor da Startup Lisboa, foi um dos responsáveis pelo lançamento da primeira coleção de merchandise da incubadora.Paula Nunes / ECO

Em cinco anos, a Startup Lisboa permitiu a recuperação de dois edifícios históricos na Baixa, a criação de mais de 1500 postos de trabalho e 80 milhões de euros de investimento nas suas startups incubadas. E, no ano passado, lançou outra grande notícia: a gestão do projeto do hub do Beato, The Base, um projeto da câmara de Lisboa que tem como ambição criar uma cidade inovadora e criativa na zona ribeirinha da capital, num espaço com cerca de 35.000 metros quadrados que serviam armazém da Antiga Manutenção militar.

“A ideia é que, naquele espaço que é enorme, tem muitos edifícios e numa zona que está a mudar a face da cidade e junto ao rio, possamos criar ali um polo que seja aglutinador e dinamizador daquilo que de mais inovador está a ser feito debaixo de quatro eixos: empreendedorismo — queremos trazer para o Beato boas ideias e conceitos debaixo da ideia da incubação, aceleração, fab labs –, indústrias criativas, e um terceiro pilar mais corporate declinado em dois: procurar os bons projetos de I&D e aquilo a que se chama scale-ups e global companies. A soma disto tudo é o que será o Beato: intencionalmente a mistura de diferentes perfis e ambientes em que a única coisa que é comum é a ideia da inovação”, explica ao ECO Miguel Fontes, assinalando a ideia clara para a implementação do projeto.

Não queremos que o Beato substitua aquilo que já existe na cidade porque isso não acrescentaria valor. Queremos o contrário: a partir de um espaço posto à disposição da cidade e da comunidade consigamos atrair projeto ainda a ser desenhados ou que ainda cá não estão, ainda não são conhecidos e tenham esta marca de serem inovadores e gerem impacto por essa via”, esclarece.

João Vasconcelos e Graça Fonseca na inauguração da Startup Lisboa, a 2 de fevereiro de 2012.
João Vasconcelos e Graça Fonseca na inauguração de um dos edifícios da Startup Lisboa.D.R.

Medir o impacto

Depois da Startup Lisboa, foram muitos os projetos ligados ao empreendedorismo e às startups a instalar-se em Lisboa. Casos como os londrinos Second Home ou Impact Hub, escolheram Lisboa para instalar os seus mais recentes hub e, a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo da Europa, o Web Summit, mudou-se para Lisboa e organizou o evento, pela primeira vez fora de Dublin, em novembro de 2016.

Esta dinâmica cada vez mais divulgada levou a que, ainda na semana passada, Lisboa tenha sido considerada uma das dez cidades mais amigas das startups pelo Fórum Económico Mundial.

Há pouco mais de um ano na direção da Startup Lisboa — depois da saída de João Vasconcelos –, Miguel Fontes garante que, na incubadora, o tempo vive-se de maneira completamente diferente. “É qualquer coisa de muito forte em termos de impressão: um ano de vida aqui corresponde a sete porque é tudo tão intenso, tão acelerado, tão vibrante que, de facto, notável quando olhamos para trás e passou ‘só’ um ano que se desdobra em mil coisas”, detalha.

"A história do ecossistema de Lisboa cruza-se muito com o da Startup Lisboa. E a realidade está aí para o demonstrar. Há cinco anos, contava-se pelos dedos de uma mão o que havia para contar dentro desta área. E isso tem muito a ver com a missão da Startup que é, obviamente, apoiar as startups aqui incubadas como também ajudarmos ao desenvolvimento do próprio ecossistema empreendedor da cidade.”

Miguel Fontes

Diretor Startup Lisboa

Cinco anos intensos que não deixam margem de dúvidas quando se fala em marcas. “O impacto que a Startup Lisboa tem tido na cidade é enorme. O que aconteceu a partir daí foi, por exemplo, a criação de uma rede de incubadoras, projetos privados motivados pelo dinamismo que lá viam. Muitos dos negócios de comércio que agora existem na cidade começaram entre aquelas paredes. Muita gente começou a ser empreendedora na Startup Lisboa”, recorda Graça Fonseca.

Para João Vasconcelos, a questão do impacto mede-se em função do espanto. “Essa é que foi a surpresa: em Portugal, toda a gente falava de crise e de desemprego. E, ao mesmo tempo, no meio deste cinzentismo todo havia uma coisa colorida. Durante pelo menos três anos, o edifício da Startup Lisboa era uma coisa à parte do país, era outro país. Toda a gente ali dentro acreditava no futuro, acreditava que Lisboa e Portugal eram o melhor sítio para montar o negócio, toda a gente queria contratar, exportar. E mal se saía da porta, toda a gente queria emigrar, ir embora. Não digo que tenha sido só da Startup Lisboa que tenha nascido essa contaminação boa para o país, mas ajudou. Sentimos que fizemos parte desse processo. O que mais prazer me deu em termos pessoais foi sentir que éramos uma espécie de farol de esperança para o país: demonstrámos que era possível.”

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Theresa May apresenta hoje “livro branco”

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2017

A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresenta hoje o “livro branco” sobre o ‘Brexit’, no qual especifica os objetivos do governo para as negociações de saída da União Europeia.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresenta hoje o “livro branco” sobre o ‘Brexit’, no qual especifica os objetivos do governo para as negociações de saída da União Europeia (UE).

A primeira-ministra conservadora fez o anúncio na terça-feira, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns, depois de deputados da oposição trabalhista terem exigido um documento formal com as metas para as negociações com Bruxelas.

Num discurso pronunciado em meados de janeiro, Theresa May adiantou as linhas principais das negociações do ‘Brexit’, tendo nomeadamente apontado o controlo do número de europeus que chegam ao país, a saída do mercado único europeu e a celebração de um amplo acordo comercial com a UE.

O parlamento britânico começou na terça-feira a debater o projeto de lei que autorizará o executivo a acionar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, dando início a um período de dois anos de negociação.

Após concluído o debate e votação na Câmara dos Comuns, em princípio na próxima semana, o projeto passa para a Câmara dos Lordes.

O projeto deve estar aprovado pela rainha Isabel II a 09 de março e nessa altura, segundo a imprensa, May comunicará formalmente aos 27 parceiros europeus a decisão do Reino Unido de sair da UE.

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Empresas podem candidatar-se a apoio ao emprego em maio e em outubro

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 2 Fevereiro 2017

O Instituto de Emprego e Formação Profissional vai lançar dois novos períodos de candidatura à medida Contrato-Emprego: maio e outubro foram as datas escolhidas. O primeiro período está em curso.

As empresas que contratem desempregados vão ter mais duas oportunidades para se candidatarem ao novo apoio financeiro Contrato-Emprego. O segundo período de candidatura decorre entre 1 e 31 de maio e o terceiro entre 1 e 31 de outubro, indica o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) na sua página.

A primeira oportunidade para aderir a esta medida já está em curso e termina a 25 de fevereiro. Porém, as empresas que queiram concorrer já a este apoio terão de registar a sua oferta de emprego mais cedo. E não serão consideradas ofertas registadas antes de encerrado o anterior período de candidatura (ao abrigo da antiga medida Estímulo Emprego). Trocado por miúdos, podem agora ser submetidas a candidatura todas as ofertas de emprego registadas no portal do IEFP entre o dia 25 de julho de 2016 e o dia 20 de fevereiro de 2017, inclusive, explica o regulamento da nova medida. Se o registo ocorrer mais tarde, apenas será elegível no próximo período de candidatura.

Cada um dos três prazos de adesão ao longo de 2017 conta com uma dotação orçamental de 20 milhões de euros. As candidaturas que não sejam aprovadas num primeiro momento podem ser aceites em períodos posteriores, em termos a definir, indica ainda o regulamento. O objetivo é integrar, ao todo, 15 mil desempregados, conforme já noticiou o Público.

A medida Contrato-Emprego apoia financeiramente as empresas que contratem desempregados inscritos nos centro de emprego, nas seguintes situações:

  • Desempregados inscritos há mais de seis meses
  • Beneficiários de prestações de desemprego ou de Rendimento Social de Inserção (RSI)
  • Pessoa com deficiência e incapacidade
  • Pessoa que integre família monoparental ou cujo cônjuge também esteja desempregado e inscrito no IEFP
  • Vítima de violência doméstica
  • Refugiado
  • Ex-recluso e aquele que cumpra ou tenha cumprido medidas judiciais não privativas de liberdade e esteja em condições de se inserir na vida ativa
  • Toxicodependente em recuperação
  • Desempregados inscritos no IEFP há, pelo menos, dois meses consecutivos, com menos de 29 anos ou mais de 45
  • Desempregados inscritos no IEFP há, pelo menos, dois meses consecutivos, que não tenha registos na Segurança Social como trabalhador dependente ou independente nos últimos 12 meses
  • Pessoas que concluíram há menos de 12 meses estágio financiado pelo IEFP no âmbito de projetos reconhecidos como de interesse estratégico
  • Outro grupo específico a definir por despacho

Em causa está um apoio de 3.791,88 euros no caso de contratos sem termo e de 1.263,96 euros quando se trate de contrato a prazo. Mas o apoio à contratação a termo é limitado: só abrange desempregados com determinadas características (por exemplo, beneficiários de RSI, pessoas com mais de 45 anos ou inscritos nos centros de emprego há mais de 25 meses) e o contrato tem de ser celebrado por período igual ou superior a 12 meses.

Se o contrato for a tempo parcial, o valor do apoio é reduzido proporcionalmente.

O incentivo pode ser majorado em 10% em casos específicos, nomeadamente quando está em causa a contratação de beneficiários de RSI, bem como de pessoas que vivem em agregados monoparentais ou cujo cônjuge também esteja desempregado. Pode ainda acrescer outra majoração de 10% caso o posto de trabalho seja localizado em território economicamente desfavorecido.

Estão ainda previstas majorações em 20% ou 30% (consoante se trate, respetivamente, de vínculo a termo ou permanente) quando é contratado um desempregado de sexo sub-representado (menos de 33,3%) em determinada profissão.

Em troca, as entidades empregadoras têm de garantir que o trabalhador recebe formação profissional. Além disso, o incentivo depende da criação líquida de emprego e só é atribuído a empresas que não estão em situação de irregularidade, nomeadamente no que toca a salários em atraso.

As empresas que convertam contrato a termo em permanente têm igualmente direito a um prémio, igual a duas vezes a retribuição base prevista no contrato, com o limite de 2.106,6 euros.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Juliana Nogueira Santos
  • 2 Fevereiro 2017

O aumento de capital do BCP atinge a reta final e o Deutsche Bank divulga os resultados do último trimestre de 2016. O que acontece mais nesta quinta-feira?

Se é investidor e pretende participar no aumento de capital do BCP hoje tem a última oportunidade, já que termina o período de subscrição dos direitos. Mas há muitos outros assuntos a ter debaixo de olho no dia de hoje. Para além de também poder saber quanto os bancos estão a oferecer de remuneração nos depósitos a prazo e a cobrar para dar crédito, o dia está recheado de divulgação de contas trimestrais na Europa e EUA, onde também serão conhecidos dados sobre o desemprego na maior economia do mundo. Do lado de cá do Atlântico, o Banco de Inglaterra decide sobre os juros.

Dia D do BCP

Depois de dois dias de negociação fora da bolsa, termina nesta quinta-feira o período de subscrição dos direitos do aumento de capital do Banco Comercial Português. Os direitos estiveram no mercado durante uma semana, tendo saído no dia 31 de janeiro a cair cerca de 20%. Como o ECO noticiou, apenas um terço dos títulos que permitem participar no aumento de capital do banco trocaram de mãos durante este período, um sinal de que os seus acionistas estão interessados em participar na operação.

Como vão os juros da banca?

São divulgadas no site do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira, dados relativos às taxas de juro dos novos depósitos e empréstimos concedidos nos diferentes países da zona euro em dezembro. Será que o último mês do ano vai confirmar a tendência de descida dos juros, que tem penalizado a remuneração das poupanças dos portugueses, mas beneficiado quem recorre ao crédito? Além destas estatísticas, o BCE divulga também o seu boletim económico mensal, um documento que oferece informações relativas aos interesses do mercado monetário, perspetivas de crescimento, tendências de poupança e diversos problemas económicos.

Depois das multas, vêm os resultados do Deutsche

O último trimestre de 2016 não terá sido de sonho para o Deutsche Bank: depois das nuvens negras de um possível resgate se terem abatido sobre Berlim, este viu-se obrigado a pagar milhares de milhões em multas para encerrar processos judiciais nos Estados Unidos. O banco alemão foi acusado de vender títulos hipotecários tóxicos entre 2006 e 2007. Assim prevê-se que os resultados hoje apresentados — relativos, precisamente, ao último trimestre — incluam perdas. Além do Deutsche Bank, esta quinta-feira é dia de empresas como a Merck, a Amazon e a Snap Inc. também apresentarem as suas contas.

Primeira “super quinta-feira” de 2017

O Banco de Inglaterra vai fazer a primeira reunião de política monetária deste ano, com o governador Mark Carney a divulgar depois desta as decisões relativas às taxas de juro, bem como o relatório trimestral da inflação. Com o país a ultrapassar as expectativas na segunda metade de 2016, tudo indica que o regulador melhore as previsões de crescimento. A questão será quanto mais poderá crescer um país com uma moeda enfraquecida que traz a inflação para cima e o consumo para baixo.

Quantos pediram subsídio de desemprego nos Estados Unidos?

“Este é o último relatório de emprego antes da eleição? Porque se for eu ganho isto facilmente”, dizia Donald Trump no segundo debate contra Hillary Clinton. Hoje será conhecido o número de cidadãos que se inscreveram para receber subsídio de desemprego na semana de 23 a 28 de janeiro. Será que Trump já conseguiu influenciar este indicador na sua primeira semana na Casa Branca?

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